Nesta
quarta-feira, 20/04, segundo muitos juristas, contra o bom senso, a
lógica e a Lei, os que descondenaram um ladrão condenado em TRÊS
instâncias para que concorra à eleição, prenderam e retiraram os
direitos políticos de um deputado por “crime de opinião” numa sessão
inominável. A liberdade parece uma ficção neste país submetido à sanha
togada, instrumentalizada pela esquerda sedenta de poder. O alvo
principal do ajuntamento é o presidente Bolsonaro que, aliás, precisa
chegar hígido às eleições e ganhar com tal diferença de votos que outro
resultado seja inverossímil. Entendeu, não é?
Vejo na TV e
em sites esquerdistas um esforço gigantesco de guetização da
candidatura do Presidente num troço que eles chamam de extrema-direita.
Embora não consigam dizer do que se trata efetivamente o epíteto, os
objetivos são claros - jogar o PR na extrema-direita significa
aplicar-lhe um selo de portador de interesses danosas à sociedade.
É a
técnica conhecida como falácia do espantalho, em que se cria um monstro
fantasioso para que sirva de alvo da narrativa. Difícil é indicar UM
movimento, programa, projeto, lei, decreto, seja lá o que for, com
origem no governo federal no sentido da tal extrema-direita que ninguém
consegue decifrar.
Como mentir faz parte da natureza mesma do
socialismo, não creio que seja difícil desmascará-lo.
Enquanto
isso, a mesma mídia passa pano para a extrema-esquerda, muitíssimo bem
representada por grupos travestidos de “organizações populares”, que
investem radicalmente contra princípios liberais. Entre elas, o MTST,
MST, LCP etc., etc.
O próprio Lula da Silva disse recentemente que tais
grupos terão forte protagonismo em um eventual governo petista [vade retro, Satanás.]
Com base
em suas declarações, pode-se deduzir que, em caso de vitória, a partir
de janeiro de 2023 estará aberta a temporada de roubo e invasões de
patrimônio alheio. Isto sim é extremismo, é agressão frontal a um
princípio básico da Constituição Federal – a propriedade privada.
Quando
reflito sobre a liberdade, recorro quase sempre a um economista do
século 19, inspirador de ícones como Ludwig Von Mises, Friedrich Hayek,
Murray N. Rothbard e muitos outros. Refiro-me a Fréderic Bastiat que em
“A Lei”, de 1850, afirma os direitos naturais como princípios de matiz
filosófica. Diz ele: “Não é porque os homens aprovaram leis que a
personalidade, a liberdade e a propriedade existem, pelo contrário, é
porque a personalidade, a liberdade e a propriedade existem que os
homens fazem leis… Cada um de nós certamente recebe da Natureza, de
Deus, o direito de defender sua pessoa, sua liberdade, e sua
propriedade.”. Não poderia ser mais claro.
Hipócritas
da espécie lulopetista vão seguidamente aos meios de comunicação se
dizer democratas enquanto ameaçam cada um desses direitos. A defesa do
aborto confronta a vida, a pretensão de controle da mídia solapa a
liberdade, o estímulo às invasões ameaça a propriedade privada.
Infelizmente, incautos atraídos “pelo politicamente correto” cedem em
fatias (como dizia Hayek) cada um desses direitos, fazendo com que
avance a perspectiva de transformação do Brasil em um Estado Socialista
que o mesmo Bastiat, já denunciava autoritário e opressor.
É claro que
este debate virá à tona durante o processo eleitoral. Apesar da
“justiça” atuar a favor da agenda socialista, com fachinices, xandices e
barrosidades, antecipando o autoritarismo do tipo restritivo da
liberdade de expressão e de acesso às mídias sociais, e dando
declarações de alcance internacional tão levianas quanto fora da
liturgia de seus cargos, há aqui na planície, um vigoroso movimento de
defesa dos direitos naturais.
Seu principal líder na atualidade, Jair
Bolsonaro, precisa pouco mais do que espelhar Bastiat para agrupar a
maioria esmagadora da população que, segundo pesquisas recentes, se
declara conservadora.
Sim, apesar
de toda a roubalheira que patrocinaram, da desmoralização pública de
seus líderes e do atraso a que nos relegaram, eles têm aliados
poderosos. Aqui mesmo, neste recanto do Brasil, vi outro dia um desses
representantes de “movimentos populares” de invasão de propriedade
alheia ser tratado a pão de ló em uma entrevista. Enquanto o sujeito de
mãos sedosas derramava seu falatório tão clichê quanto falso em ataque
ao direito de propriedade, o entrevistador demonstrava um encantamento
digno de uma criança em frente ao picadeiro.
Não restam
dúvidas de que depois de quatro anos fora das tetas governamentais,
esses grupos farão qualquer coisa para readquirir visibilidade e enganar
a população com seu velho canto da sereia igualitário, por mais
fracassado que tenha sido em todas as experiências realizadas, incluindo
as atuais.
Não por
acaso, desavergonhadamente, a eminência parda do lulopetismo, Zé Dirceu,
em seguidas declarações vêm alertando para a necessidade de articulação
com setores “ao centro”.
Percebe o outro descondenado e tutti quanti
que de cara lisa, sem máscara nem biombo, falando as suas verdades que
escapam aqui e acolá, seu projeto de ditadura socialista naufragará.
Nem
seus amigos supremos e superiores o salvarão da avalanche que virá dos
“autoritários” que clamam pelo direito à vida, liberdade e propriedade,
do “ditador” que grita pelo cumprimento da Constituição Federal.
Para
concluir, volto a Bastiat, que xandão certamente leu, mas esqueceu:
“...quando um homem é atingido pelo efeito do que se vê e ainda não
aprendeu a discernir os efeitos que não se vêem, ele se entrega a
hábitos maus, não somente por inclinação, mas por uma atitude
deliberada”. Prestem atenção, o jogo não acabou.
Conservadores e Liberais - Valterlucio Bessa Campelo