A grande surpresa de Milei na Argentina revela outros fenômenos
“As mudanças são globais: jovens sem ter nem aspirar a ter empregos consolidados”
Publicado em VEJA, edição nº 2856 de 25 de agosto de 2023,
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
“As mudanças são globais: jovens sem ter nem aspirar a ter empregos consolidados”
Publicado em VEJA, edição nº 2856 de 25 de agosto de 2023,
“Rico não gosta de construir esgoto”, disse Lula durante a sua campanha eleitoral, junto com a promessa do Bolsa-Picanha, a convicção de que policial não é “ser humano” e outras coisas desse nível. De todas as mentiras que disse desde que saiu da cadeia, por um decreto do STF que até hoje não o absolveu de nenhum dos crimes a que foi condenado, essa é com certeza uma das mais desonestas.
É desonesta porque joga em cima dos “ricos”, que não têm nada a ver com isso, a culpa por uma tragédia pela qual os únicos culpados são justamente ele próprio, Lula, e as forças do atraso das quais ele é o maior ídolo neste país – a cada eleição, há 40 anos, elas jogam todos os seus imensos recursos para que continue a mandar no Brasil, junto com o PT e o resto do seu Sistema. É uma culpa direta, exclusiva e indiscutível.[os brasileiros que vão continuar dependendo do carro-pipa,também gostam do esgoto a céu aberto, as pessoas nessas condições querem é o bolsa-família, e outras benesses. Além de gostar da miséria, por isso são presas fáceis para os lulas da vida, a imensa maioria deles possuem uma aversão crônica ao trabalho e ao estudo.]
No mundo das realidades, a anulação efetiva da lei do saneamento é uma garantia de que não vai haver esgoto nenhum.
O novo marco do saneamento, aprovado após anos a fio de discussão, permite que as empresas privadas entrem no setor e construam o que o “Estado”, que até há pouco tinha o monopólio sobre essa atividade, comprovadamente não construiu durante mais de um século. Os efeitos revolucionários da nova lei foram imediatos.
Em pouco mais de dois anos, só dois anos, as empresas privadas investiram 80 bilhões de reais na construção de novas redes, em 240 cidades. Lula, em sua canetada, acabou com isso: para todos os efeitos práticos, está expulsando a iniciativa privada da área e mantendo tudo na situação de calamidade que havia até agora, na qual só as empresas estatais podem operar – elas, os seus empregos de marajá e os negócios que permitem para os políticos que as controlam.
Sem a miséria Lula não respira; vai fazer tudo, sempre, para que continue a existir no Brasil o seu estoque particular de miseráveis.
A decisão não é apenas mais uma prova cabal da incompetência sistemática do Sistema Lula-PT em tudo aquilo em que põe a mão – é um ato deliberado de fraude e de apoio intransigente ao retrocesso. Naturalmente, veio cercado da hipocrisia sem limites que marca todas as ações do governo Lula.
J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo -VOZES
É uma tragédia; o Brasil está produzindo analfabetos, quando necessita desesperadamente fazer o exato contrário - dar à população ensino de melhor qualidade
A educação pública no Brasil vive possivelmente os piores momentos que já teve em muitos anos; está entre as mais infames do mundo e, além disso, como se vê agora, é assaltada por quadrilhas de corruptos. A polícia investiga a exigência e o pagamento de propinas, numa operação de tráfico de influência na distribuição de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação para as escolas municipais. O ex-ministro Milton Ribeiro foi preso, por suspeitas de envolvimento no esquema. Treze mandados judiciais de busca e apreensão estão sendo cumpridos, em quatro Estados. Pastores evangélicos são denunciados por sua participação no roubo. É um fundo de poço – se fosse possível saber se este poço tem fundo.
Tudo o que o Brasil não precisa neste momento é exatamente isso que está acontecendo. Com as escolas fechadas durante dois anos, por conta dos “lockdown” anti-covid, o número de crianças de seis e sete anos de idade que não sabem ler nem escrever aumentou de 1,4 milhão, em 2019, para 2,4 milhões em 2021. É uma tragédia. O Brasil está produzindo analfabetos, quando necessita desesperadamente fazer o exato contrário: dar à população ensino de melhor qualidade, com a transmissão dos conhecimentos hoje indispensáveis para que os jovens possam aspirar à uma vida profissional mais digna e contribuir com o bem-estar da sociedade. O país está imensamente atrasado nesta área - fica, a cada pesquisa internacional sobre situação do ensino, entre os piores do planeta.
Que esperança de progresso real se pode ter, em pleno século XXI, quando o número de analfabetos aumenta? Não se trata, aí, dos casos já perdidos - adultos que não aprenderam o suficiente e agora não tem condições de recuperar o conhecimento perdido. Trata-se, isto sim, de fabricar crianças analfabetas, uma garantia de que nunca estarão qualificadas para a execução dos trabalhos melhor remunerados, menos primitivos e mais promissores profissionalmente. É uma agressão direta à cidadania - e uma das atitudes mais eficazes que uma sociedade poderia tomar para aumentar a concentração de renda, agravar as dificuldades e produzir pobreza.
O Brasil já tem as escolas fechadas por conta da covid – dois anos de pura perda, que não pode mais ser “reposta”. Tem professores sem capacidade para ensinar. Tem uma distribuição insana dos recursos públicos destinados à educação, com bilhões de reais desviados para um ensino superior de péssima qualidade, aparelhado por professores, políticos e funcionários, e inútil na transmissão de conhecimentos capazes de ajudar a uma sociedade moderna. Em cima disso tudo, agora, vem a corrupção. É uma situação de xeque-mate. Não há como dar certo.
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo
Como você sabe, a imprensa tradicional, as plataformas de rede social, as agências de checagem e todo o gabinete do amor estão cortando cabeças para o seu bem. Essa gente empática e democrática está purificando a atmosfera intelectual permitindo só a circulação das palavras certas, das ideias certas e das opiniões certas. A última notícia de um esforço de purificação tão resoluto na história da humanidade se deu quase um século atrás na Europa — quando um purificador abnegado colocou o mundo no caminho da 2ª Guerra Mundial.
O grande purificador acabou perdendo a guerra — e aí sobreveio um mundo cheio de contrastes, complexidades, convivência múltipla de ideias, enfim, uma bagunça. Nenhum purificador de verdade tolera viver num ambiente tão volúvel, em que cada um se expressa de um jeito. Não dá. Era preciso organizar esse caos pra vocês pararem de graça e aprenderem de uma vez por todas que a função da mente humana é repetir o que uma mente superior mandou. Que mente superior? Cala a boca que ninguém te perguntou nada.
Chega de controvérsia. Chega de sofrimento. A partir de agora vamos falar e escrever só as coisas certas, para não dar trabalho aos purificadores — que já estão exaustos de tanto banir, ceifar, suprimir, apagar, apagar de novo (essa gente impura é insistente), suspender, advertir, ameaçar, embargar e censurar (no bom sentido). Segue então uma lista de verdades universais que você pode usar sem medo na internet, no trabalho, na escola, na rua, na praia ou preferencialmente em casa, se todos esses outros lugares estiverem proibidos para você.
Chega de polêmica, falsidade e ódio. Vamos ser felizes repetindo só as coisas certas:
Pronto. Está feito o bem. Só afirmamos coisas que os purificadores dizem que são certas. E liberamos as patrulhas e guilhotinas para ceifar outros pecadores. Viva a pureza.
Leia também “Crachá de cobaia”
Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste
Autoridades americanas preparam a 10ª e última execução do ano, que acontecerá nesta sexta-feira, devido à decisão do presidente Donald Trump de aplicar uma série de penas capitais antes de deixar o cargo.
Alfred Bourgeois, condenado à morte pelo assassinato da filha de 2 anos, receberá a injeção letal no presídio de Terre Haute, Indiana, um dia após a execução, no mesmo local, de outro condenado, Brandon Bernard.
Após um teste de paternidade, o ex-motorista de caminhão, 55, assumiu a guarda temporária de sua filha durante parte do verão local de 2002. Ele abusou da criança e esmagou o crânio da menor contra o para-brisa. Devido ao fato de o crime ter acontecido em uma base militar onde Bourgeois realizava uma entrega, ele foi julgado em um tribunal federal e condenado à morte em 2004.
O governo Trump retomou as execuções federais em julho, apesar de os estados que aplicam a pena de morte as terem atrasado devido à pandemia. Sete execuções ocorreram antes das eleições presidenciais de 3 novembro e o governo republicano anunciou outras seis entre novembro e janeiro, incluindo a de Bourgeois.
Os advogados do preso pediram à Suprema Corte que intervenha, alegando que o mesmo sofre de problemas mentais. Caso aconteça, essa será a 17ª execução em 2020 e a 10ª em nível federal, o maior número em mais de um século.
O Congresso, pelos feitos e malfeitos do presidente, pode dar a ele a paz que tanto diz almejar
[desacreditar o que não existe é impossível.]
Na maior corrida do século para produzir, no mais curto espaço de tempo, uma vacina eficaz e segura contra o novo coronavírus, obstáculos são previsíveis e inevitáveis. Os cientistas aprendem muito com seus erros, o que, tragicamente para os brasileiros, não é o caso do presidente Jair Bolsonaro. Só há motivos para lamentar quando uma das tentativas de derrotar o vírus fracassa ou atrasa. Paranoico, Bolsonaro encontrou um tétrico motivo de júbilo no episódio muito estranho de suspensão dos testes da Coronavac, da chinesa Sinovac, que será produzida pelo Instituto Butantan. O presidente acreditou que seu rival João Doria fora decisivamente atingido pelo evento, que, no final, não era nada daquilo que imaginava.
A precipitação em obter um trunfo político lúgubre apequenou mais uma vez um presidente já diminuído por várias demonstrações desumanas de insensibilidade. Os efeitos nocivos do golpe falho não atingiram só o presidente, o que por si só já seria grave. Com sua patuscada no Facebook, acusando a vacina que será produzida em São Paulo de provocar “morte, invalidez, anomalia” colocou também sob grave suspeita o presidente da Anvisa, o contra-almirante Antônio Barra Torres, um amigo do presidente.
Um dos voluntários no teste da Coronavac foi encontrado morto no dia 29 de outubro e a polícia suspeita fortemente de suicídio. O óbito foi comunicado à Anvisa em 6 de novembro, uma sexta, e a mensagem ficou parada inexplicavelmente - a versão oficial é de problemas técnicos - até o dia 9. Às 15 horas da segunda-feira, a Anvisa solicitou informações de Dimas Covas, diretor do Butantan. O ofício dava o prazo de uma dia para a resposta, que o instituto disse ter enviado em seguida. No início da noite, um mail da direção do órgão regulador convidara os técnicos do Butantan para um encontro, que não ocorreu: 38 minutos após o mail, a Anvisa suspendeu os testes (Folha de S. Paulo, ontem). [suspender os testes diante de qualquer suspeita de um evento adverso grave vitimando um dos voluntários é DEVER do órgão regulador, da mesma forma que comprovada a não relação entre o evento e os testes seja autorizada a continuidade.
O órgão patrocinador, no caso o Butantã, tem a obrigação de comunicar a ocorrência à Anvisa - o que não impede que o órgão regulador adote medidas logo que cientificado, sem condicionar o cumprimento de um dever de ofício a uma ação do fiscalizado. A SAÚDE PUBLICA EM PRIMEIRO LUGAR. ]
Barra Torres, em entrevista no dia seguinte, disse que suspendera os testes sem ouvir previamente o Butantan. Após reunião com Covas na manhã de terça, decidiu manter sua decisão por considerar as respostas insatisfatórias. Sugeriu um parecer ao Comitê Internacional Independente, que pouco antes das 17h concluiu o que já estava estabelecido - a morte não teve qualquer relação com a vacina. Mas na manhã do mesmo dia, o presidente vangloriou-se no Facebook, “mais uma que o Jair Bolsonaro ganha”, com a mesma alegria de alguém que vibra com desventuras do vizinho após ter-lhe rogado terríveis pragas.
Há mais a averiguar do que a morte do voluntário dos testes da Coronavac. [será que alguém imagina que o "suicídio" foi facilitado para interromper os testes? As aspas em suicídio é que tal nefasta ocorrência necessita ser comprovada pelo IML e outras perícias.] Antes, a importação de vacinas pelo governo paulista parecia prestes a atrasar por falta de aval da Anvisa. O presidente já espinafrara o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por firmar acordo para a compra de 46 milhões de doses da Coronavac, e jurara que a vacinação não seria obrigatória. Pazuello, Barra Torres e Bolsonaro foram infectados pela covid-19.
A atitude precipitada [sic] de Barra Torres interrompendo os testes serviu à exploração política por Bolsonaro. Barra Torres exibiu condutas incompatíveis com o cargo que assumira (então interinamente), de presidente de uma agência reguladora de vigilância sanitária. Em março, quando o então ministro Luiz Mandetta tomava providências contra a covid-19, apesar do presidente, Barra Torres foi com Bolsonaro a uma manifestação, que certamente não foi a favor da democracia, sem máscara. É um convicto aliado do presidente e ficou a seu lado contra Mandetta, demitido. Ontem, a Anvisa liberou os testes.[as máscaras se tornaram obrigatórias no DF em 30 de abril, data estabelecida em decreto do governador do DF = decisão suprema em abril* estabeleceu que todas as medidas de combate ao coronavírus seriam adotadas por governadores e prefeitos.
A propósito: quem é Mandetta? é aquele que foi ministro da Saúde, graduado em ortopedia, tentou ser escritor e o número de exemplares vendidos do que esperava ser um best-seller o tornou, precocemente, um ex-escritor?]
Bolsonaro seguiu roteiro igual ao de outras vezes em que sua família aparece em apuros, desviando atenções com declarações bombásticas e provocativas. Dias antes, o Ministério Publico denunciou o senador Flavio Bolsonaro como chefe de “organização criminosa” no escândalo das “rachadinhas”. 162 mil mortes depois da omissão imperdoável do presidente na coordenação [sic]* do combate à covid-19, Bolsonaro disse que a morte é inelutável e que o Brasil “tem de deixar de ser um país de maricas”.
O
presidente afirmou que não tem “tesão” pelo cargo, depois do opróbrio de
comemorar falsa derrota de um político que quer seu lugar. “Minha vida aqui é
uma desgraça, é problema o tempo todo. Não tenho paz para nada”, disse. A
conduta de seu herói, Donald Trump, na pandemia, ajudou a sepultar sua ambição
de um segundo mandato. Aqui pode ocorrer o mesmo. Ou então o Congresso, pelos
feitos e malfeitos do presidente, pode dar a ele a paz que tanto diz almejar. [o Congresso ter coragem, disposição para tratar do impedimento de um presidente com ampla popularidade?]
Opinião - Valor Econômico