Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

De onde vêm as palavras: Greve das mulheres de Atenas e Vitória

As gregas fizeram a greve delas, mas as brasileiras obrigaram os maridos a fazer outra greve, proibida pela Constituição

As esposas dos policiais do Espírito Santo, estas novas “mulheres de Atenas”, cansadas de outra guerra, mostraram ser boas alunas de Lisístrata, uma personagem do grego Aristófanes. Na peça, ela lidera uma greve de sexo em 411 a.C., com o propósito de pôr fim às hostilidades que estavam arruinando a Grécia ontem. Hoje, outras guerras devastam o Brasil. Lisístrata significa em grego “desorganizadora do exército”, papel que não foi cumprido por nossas Lisístratas…
Cerca de cem mulheres se reuniram em frente ao 10˚ Batalhão da Polícia Militar, em Guarapari, no Espírito Santo, para pedir melhoria de salários condições de trabalho da PM capixaba - 04/02/2017 (Vinícius Rangel/Estadão Conteúdo)

Há muitas outras diferenças que separam as antigas gregas das capixabas nesses mais de 2.400 anos. As divergências começam pela greve, que não foi das espírito-santenses e não foi de sexo. As gregas fizeram a greve delas, mas as brasileiras obrigaram os maridos a fazer outra greve, proibida pela Constituição. Assim procedendo, transformaram seus cônjuges em amotinados. Nós precisamos dar às coisas os nomes que as coisas têm e pelos quais são conhecidas. Greve é uma  coisa, motim é outra.

As capixabas não fizeram greve, palavra vinda do Francês grève, nome de uma praça forrada de areia às margens do rio Siena, em Paris, onde trabalhadores se reuniam para reivindicar seus direitos, interrompendo o trabalho.  As mulheres dos policiais amotinados foram designadas abundantemente na mídia por “mulheres”, nem “esposas”, nem “senhoras”. Esta sutileza diz muito dos lugares atribuídos à mulher na sociedade brasileira. E às vezes os conceitos e os preconceitos vêm tão escondidos que requerem uma leitura da estrutura profunda onde se homiziaram.

A palavra mulher veio do Latim mulier para o Português e tornou-se hegemônica sobre seus sinônimos para designar o feminino de homem, mas há complexas variações no uso dos sinônimos quando a mulher é referida em outros contextos.  Lembremos que a matriz latina de mulier para designar o mundo feminino é substituída quando a mulher recorre a médicos ou médicas ginecologistas  para um exame  ginecológico  ou para fazer uma ginecoplastia.  Daí o étimo é o Grego gynaikós, equivalente a “mulier” e “femina” no Latim.

Desde sempre as mulheres têm desempenhado papel importante em momentos decisivos de nossa História. No real, de que são exemplos Ana Quitéria,  Bárbara Heliodora, Chica da Silva e Anita Garibaldi, entre muitas outras. E no imaginário com obras artísticas e literárias famosas, como as três personagens emblemáticas de Jorge Amado, títulos de grandes romances: Gabriela Cravo e Canela, Teresa Batista Cansada de Guerra e Tieta do Agreste.

Mas, como, segundo Hegel, a História só se repete como farsa, desta vez as senhoras do Espírito Santo, esposas de militares, representaram uma farsa e deram ao mundo mais um exemplo do jeitinho brasileiro: seus esposos as contrataram e terceirizaram a greve! [só que as mulheres dos militares não fizeram greve, o que elide a alegada terceirização; elas apenas bloquearam as saídas do quartel e não existe nenhuma forma de considerar tal ato uma greve.
Não existe o menor ampara para alguma instância judicial considerar greve a conduta das mulheres capixabas.] Com tal procedimento, disfarçaram o motim, que tem punições muito mais rigorosas do que a greve.


Transcrito da Coluna do Augusto Nunes

 

 

Será que Mello está prestes a derrotar o governo? Acho que não!!!

Três juízes federais já concederam liminares ilegais contra a nomeação. Santo Deus! Há 1.600 deles. Imaginem se todos decidirem se comportar como bedéis

Da forma como se está noticiando a coisa aqui e ali, parece que o governo está vivendo a véspera de uma grande derrota no Supremo. E, se querem saber, a minha aposta pessoal é outra.  Celso de Mello, ministro do STF, concedeu 24 horas ao presidente Michel Temer para que exponha as razões da nomeação de Moreira Franco para a Casa Civil. Trata-se de algum movimento especioso, hostil ao governo, a indicar que o magistrado está prestes a conceder a liminar? Nada disso.

Fez o certo e o que é de praxe num caso como esse.
Rede Solidariedade e PSOL recorreram ao Supremo com mandado de segurança para suspender a nomeação de Moreira. Afirmam tratar-se de desvio de função porque o objetivo seria conceder-lhe foro especial.  Já volto a Mello. Bem, três juízes federais já concederam liminares ilegais contra a nomeação. Santo Deus! Há 1.600 deles. Imaginem se todos decidirem se comportar como bedéis do governo federal. Trata-se de algo acintoso.

A associação que fazem com o caso de Lula, cuja nomeação para a Casa Civil do governo Dilma foi suspensa por liminar de Gilmar Mendes, é absurda sob vários aspectos: o petista já era um investigado, e as evidências de que o PT exigia que ele fosse guindado a ministro para ter foro especial estavam em todo canto. E há as gravações. Como esquecer do “Bessias”, aquele que levou a Lula a antecipação do termo de posse para que ele pudesse usá-la no caso de algum perrengue com a Policia Federal?

Será que Mello dará a liminar? Tendo a achar que não. Além das diferenças que já mencionei, há outro dado óbvio: Temer não guindou do nada um aliado ao Ministério, como Dilma tentou fazer com Lula. Ao contrário: na prática, Moreira já era um dos ministros mais influentes junto ao presidente. “Ah, ele passará a ter foro especial!” E daí? O que vem depois, a consequência, não pode ser tormada causa.

Ademais, se Moreira for denunciado (ele nem é investigado ainda) e se o STF aceitar a denúncia, ele terá de deixar o governo. E vai para a primeira instância.  Isso tudo não passa de conversa mole. Espero que Mello ponha um pouco de ordem na bagunça.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo
 

 

Justiça censura reportagem da Folha sobre extorsão a Marcela Temer

A pedido do Palácio do Planalto, a Justiça de Brasília censurou reportagem da Folha sobre uma tentativa de extorsão sofrida pela primeira-dama Marcela Temer no ano passado.  Uma liminar concedida pelo juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, impede que a Folha publique informações sobre uma tentativa de um hacker de chantageá-la, no ano passado.
A petição foi assinada pelo advogado Gustavo do Vale Rocha, subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, em nome de Marcela. O pedido menciona também o jornal “O Globo”, cujo site publicou uma reportagem sobre o assunto logo após a Folha. O texto foi publicado no site da Folha às 18h45 na sexta (10). A ação foi protocolada às 17h47, segundo registro do tribunal de Brasília.


A Folha foi intimada da decisão às 9h05 desta segunda (13). No site do jornal, o texto foi suprimido após a notificação.  Segundo o juiz, os fundamentos apresentados pela defesa da primeira-dama são “relevantes e amparados em prova idônea”. “A inviolabilidade da intimidade tem resguardo legal claro”, diz o despacho. “Defiro o pedido de antecipação dos efeitos da tutela para determinar que os réus se abstenham de dar publicidade a qualquer dos dados e informações obtidas no aparelho celular da autora. Isto sob pena de multa no valor de R$ 50.000,00”, diz o juiz.

O hacker Silvonei de Jesus Souza foi condenado em outubro a 5 anos e 10 meses de prisão por estelionato e extorsão e cumpre pena em Tremembé (SP).  Souza usa um áudio do celular de Marcela clonado por ele para chantagear a primeira-dama e menciona o nome do presidente Michel Temer. Todo o conteúdo de um celular e contas de e-mail de Marcela Temer foram furtados pelo hacker.

A reportagem da Folha teve acesso a informações tornadas públicas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.  Os processos são os seguintes: 0000057-20.2017.8.26.0520, 0036961-28.2016.8.26.0050, 0036960-43.2016.8.26.0050 e 0032415-27.2016.8.26.0050.

Qualquer advogado ou pessoa cadastrada no site do tribunal pode acessar os autos.
O advogado da Casa Civil diz que a ação para impedir a publicação de informações sobre a primeira-dama “serve a evitar prejuízo irreparável à autora, que, caso tenha sua intimidade exposta indevidamente pelos veículos de comunicação, que mais uma vez estão a confundir informação com violação da privacidade de uma pessoa pública”.  Ele pede que, no caso de os dados terem sido publicados, que sejam “imediatamente retirados do site e recolhidas eventuais edições impressas”.
“Sob pena de multa de R$ 500.000,00 por acesso no site e edição vendida”, diz o pedido do advogado.

RECURSO
O diretor jurídico do Grupo Folha, Orlando Molina, considera que a decisão atenta contra a liberdade de imprensa. “Eu vejo como uma tentativa brutal de impedir a liberdade de informação”, diz. “Isso configura censura ao veículo de imprensa.” A Folha vai recorrer da decisão.

Fonte: UOL/Notícias

 


Botafogo proíbe Flamengo de jogar no Engenhão

A briga de torcidas que resultou no assassinato de um torcedor do Botafogo ontem, terá consequências para o Flamengo: o clube de maior torcida do Brasil não jogará mais no Engenhão.

O presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, vai proibir o Flamengo de jogar no estádio. Nem contra o Botafogo, nem contra ninguém. A decisão está tomada, segundo Pereira revelou a alguns interlocutores nesta manhã. E será formalizada numa reunião de diretoria que será realizada hoje.

A CBF e a Federação de Futebol do Rio de Janeiro, ainda de acordo com o presidente do Botafogo, serão avisadas amanhã da decisão.
[lamentável a morte do torcedor do Botafogo em uma briga de torcidas , estando presente a suspeita de que foi assassinado por um torcedor do Flamengo.
Mesmo não havendo provas, o presidente do Botafogo aproveita a tragédia para se vingar de mais uma derrota que o 'foguinho' sofreu diante do MENGÃO.
O cartola não pode esquecer que o prejuízo com a proibição será maior para o 'foguinho'.]

Fonte: Blog do Lauro Jardim 

 

Nome aos Bois

Atendendo a um pedido de amável leitor, postado nos comentários de 11 de fevereiro corrente, tenho a dizer:

A Constituição foi rasgada diversas vezes nos últimos tempos.

O “fatiamento” do impeachment foi o ato mais evidente.

Permitir a prisão de um réu antes do trânsito em julgado de sua sentença condenatória, é um regresso à barbárie. A Carta Magna consagra o princípio da presunção da inocência. Ignorá-lo, é admitir que os fins justificam os meios.
 

Admitir a criação de reserva “indígena”, com a expulsão de agricultores, brasileiros, de parte do território nacional, é tornar possível a criação de um enclave; embrião de um “Kosovo”, com perda de soberania e/ou de território. Por “coincidência” a dita reserva está sobre a maior mina de nióbio do mundo (alvo da cobiça estrangeira) avaliada, por baixo, em TRILHÕES de dólares (USD).

[Um pouco fora do Tema.
Incompetência autêntica ou esperteza ladina?
 Lobão quando era ministro das Minas e Energia não sabia diferenciar uma tomada elétrica de um focinho de porco.
Agora presidente da poderosa CCJ do Senado declara que anistia a caixa 2 é constitucional - uma demonstração da mais completa ignorância jurídica, haja vista que não havendo (pelo menos até a eleição passada) a tipificação penal da prática denominada 'caixa 2', os seus praticantes não estavam cometendo nenhum crime. o que torna desnecessário qualquer tentativa de anistiar o não crime.]
 
Quanto aos traidores, corruptos e mentirosos, apelo à inteligência dos leitores. A imprensa (canalha) e as redes sociais, todos os dias nos brindam com um elenco de nomes.  Os bandidos mais perigosos aparentam ser “bonzinhos”. Outros, menos hábeis e inteligentes, mentem e/ou se deixam pilhar em manobras desairosas.

Talvez haja em toda a classe política, umas raras aves peregrinas, sem mácula aparente. No entanto, no dia da fúria, os inocentes pagarão junto aos pecadores.


Por: Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador. Transcrito do Blog Alerta Total

 

Rentismo “paitrocina” o Crime Institucionalizado

Em seu pragmatismo cínico, sempre em busca de resultados no curto prazo, na base do custe o que custar, a ideologia rentista tupiniquim consegue se superar em análises idiotas que acabam vendidas ao mercado como “visão estratégica” (que piada...). Até outro dia, na “exegese rentista”, a Lava Jato era apontada como o fator que espantava investimentos no Brasil. Agora, quem espana os “investidores” são os “motins de PMs”, expondo a insegurança pública brasileira que só incomoda rentista quando algum deles é assaltado, seqüestrado ou assassinado...
 

Algumas perguntinhas para os cínicos rentistas: Quem financia, de verdade, o sistema do Crime Institucionalizado no Brasil? Quem movimenta, de modo tão profissional, a dinheirama que as diversas atividades criminosas movimentam no Brasil e pelo mundo afora? Quem lucra, de verdade, com a ação institucionalizada do crime, sobretudo com a corrupção e os variados tráficos (de drogas, armas, gente, órgãos e produtos)? Quem forma o braço financeiro das super-máfias? Quem investe na insegurança para lucrar alto com a “indústria da pretensa segurança”?

O Crime Organizado é uma atividade dirigida pela ideologia rentista. Ninguém divida que o rentismo está na essência do Crime Institucionalizado – que é a associação para fins delitivos entre quem movimenta a máquina estatal e bandidos de toda espécie que lucram, direta ou indiretamente, com o controle político e econômico da sociedade. O rentismo “paitrocina” o Crime! Por isso, não adianta combater o crime no Brasil sem antes neutralizar a hegemonia da mentalidade rentista. O rentismo é uma doença que destrói a humanidade.

O Brasil tem de se livrar da refinada canalhice rentista. O problema é que isto é complicado, porque a mentalidade rentista domina e escraviza o “pensamento” político e econômico. O rentismo controla tudo, principalmente a mídia e a área de ensino que forma nossas “zelites”. Por isso, parece “natural” a reprodução da ideologia rentista. Quem ousa pensar diferente deles é inviabilizado. Quando permite, é cooptado. Se atrapalhar demais, acaba exterminado.

Dá tristeza ver que tem self-made-man idiota que sente orgulho de ser chamado de “rentista”. O imbecil econômico, geralmente também um arrogante analfabeto que pensa fazer “leitura política”, tem a ilusão de faz parte da ‘Elite” graças aos seus milhões ou bilhões acumulados por via legal ou ilegal, geralmente improdutiva. São estas bestas quadradas quem dão sustentação a governos socialistas fabianos, essencialmente capimunistas, no qual o Estado-Ladrão dita as regras, como é o caso do PMDB (sempre governista) e suas variantes PT (mais radical) e PSDB (mais moderada, o paradigma palatável do “jeitinho rentista brasileiro”).

Quem se contrapõe e é prejudicado, sabotado e às vezes até ideologicamente cooptado pelo rentismo? O maior inimigo do rentismo é o super-produtivo agronegócio brasileiro. O setor é o verdadeiro sustentáculo do Brasil: 35% do PIB nacional. Exatamente por isto ele é o mais combatido pelos braços ideológicos do Crime Institucionalizado. Não é à toa que a grande missão rentista é cooptar o produtor que trabalha de verdade, sem ficar preocupado com as meras cotações de bolsas de valores de mentirinha.

O Brasil do Agronegócio precisa de aliados consistentes, entre os segmentos esclarecidos da sociedade, para neutralizar e superar a ideologia rentista que mantém no subdesenvolvimento o Brasil (dominado pelo Crime Institucionalizado). O rentismo, que deu o conveniente golpe na otária da Dilma Rousseff, dará toda sustentação para que o fantoche Michel Temer cumpra sua missão rentista de entregar o ouro do Brasil aos bandidos.

O rentismo só pode ser derrotado por uma profunda e inédita Intervenção Cívica [Militar] Constitucional – que colocará o Brasil no rumo do verdadeiro desenvolvimento. Os rentistas farão o diabo para impedir que a autodeterminação do Brasil se torne uma realidade. O inimigo do Brasil é o rentismo improdutivo. O resto é conseqüência.

Felizmente, segmentos decisórios do Poder Militar e do Poder Judiciário (não contaminados ou subjugados pelo Crime) sabem muito bem disso... Eles estão preparados para lidar com o momento violento e instável que o Brasil já vive e que vai se agravar no curto prazo.     
 
 [o governo Temer ainda não fracassou e pode melhorar e muito a situação do Brasil e dos brasileiros.
Precisa apenas que Temer tome uma decisão: ser mais ITAMAR e menos Sarney.
O quase impossível é Temer entender que esta decisão é urgente, tem que ser tomada agora, antes do Carnaval seria o ideal, não pode deixar para quando seu mandato terminar.]
 
Angorazinho

Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão
 
 
 

O regime militar e a esquerda desarmada

A historiografia universitária brasileira que trata do regime militar é muito limitada. 

Além do viés ideológico em favor daqueles que foram derrotados militarmente, também não explora certas temáticas que, pesquisadas com seriedade, trariam sérios problemas para a narrativa vitimista da esquerda. Vejamos o exemplo da ocupação dos departamentos universitários pela militância esquerdista durante a ditadura.
 
A hipótese do professor Olavo de Carvalho, para esse caso, é a de que os militares só combatiam a esquerda armada, deixando bastante à vontade aqueles segmentos esquerdistas desarmados, inclusive para ocupar cátedras universitárias. Em outras palavras, os militares nunca levaram a sério o combate ideológico aos comunistas e, pior ainda, foram responsáveis pela anulação das principais lideranças de direita no país. Nesse sentido, em artigo publicado no Diário do Comércio (02.03.2012), o autor d'O Jardim das Aflições nos apresenta várias possibilidades a serem exploradas.


Sabemos que, logo após 1964, figuras como Fernando Henrique Cardoso, Florestan Fernandes e alguns outros perderam as suas cátedras, com aposentadorias compulsórias. O que discutimos, aqui, porém, é a relação leniente dos militares com a intelectualidade da esquerda desarmada ao longo do regime. O próprio FHC teve liberdade suficiente para criar o CEBRAP e receber financiamento dos americanos em pleno ano de 1969, depois do AI-5, período identificado pela “historiografia vermelha” como “Anos de chumbo”. 

Mas, voltemos ao que nos interessa. Tendo cursado ciências sociais na década de oitenta, sempre me chamou a atenção o fato da maioria dos meus professores terem uma trajetória de esquerda. Alguns, inclusive, tendo partido para o exílio, voluntariamente ou não. Ora, se estávamos numa ditadura militar de “direita” e o processo de seleção dos docentes era a partir de convites, como foi que aquela turma toda conseguiu assumir essas vagas em pleno “campo inimigo”?

Lamentavelmente, ainda não temos uma pesquisa de escopo nacional sobre esses processos que, tenho razões para acreditar que ocorreu em várias universidades federais. Entretanto, apresento, a seguir, alguns elementos que podem nos auxiliar no entendimento do fenômeno, pelo menos no âmbito da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), mais especificamente, no campus II, na cidade de Campina Grande.


Entre 1976 e 1980, a UFPB teve como reitor o professor Lynaldo Cavalcanti, engenheiro civil (formado na UFPE) com vasta experiência em agências estatais durante o regime militar, sobretudo naquelas que estavam voltadas para o setor educacional. Deixemos que uma das professoras, hoje aposentada, nos relate como se davam as contratações que aqui nos interessam:
Aquele foi um período marcado pela contratação de novos professores temporários, porque não havia vagas para contratações de professores efetivos. (...) Era um programa estimulante, diferente do programa de Professores Substitutos de hoje, inclusive pela facilidade e “flexibilidade ideológica” com que se faziam as contratações desses professores colaboradores. Uma prova disso é que o programa [de Pós-Graduação em Sociologia] se beneficiou muito desses professores que tinham sido fichados pelo DOPS ou outros órgãos de repressão no período da Ditadura Militar, e que, por este motivo não encontravam emprego muito facilmente em outros lugares. Era uma conjuntura muito especial e nisso aí o professor Lynaldo Cavalcanti também atuou positivamente, “quebrou lanças”. Ele dizia: “Tudo bem professora, a contratação desse aqui emperrou, por estar fichado no DOPS, mas a gente resolve”. E ele resolvia mesmo! (Josefa Salete Barbosa Cavalcanti) (*)


Importante realçar que não estamos falando, aqui, de quatro ou cinco militantes de esquerda que, escondendo o seu passado, eram contratados. Ao contrário, foram dezenas de intelectuais devidamente conhecidos (alguns, fichados no sistema de inteligência militar) que foram contratados para dar continuidade a uma revolução cultural que já vinha sendo gestada durante o próprio regime, como mostram inúmeras publicações produzidas pela máquina editorial da esquerda na época – Zahar, Civilização Brasileira, Alfa/Ômega, Brasiliense, Martins Fontes, Hucitec etc.


Portanto, a relação da esquerda desarmada com o regime militar ainda está por ser contada pela nossa historiografia. Nesse sentido, vale a pena seguir a hipótese do autor d’O Imbecil Coletivo, para entendermos o “ponto zero” do processo através do qual as nossas universidades se transformaram em madrassas do pensamento totalitário de esquerda.

(*) Revista Raízes, Campina Grande, vol. 22, nº 01, p. 125–143, jan./jun. 2003. MESA REDONDA: IMPRESSÕES, MEMÓRIAS E REGISTROS DOS 25 ANOS DA PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA EM CAMPINA GRANDE.



Rodorval Ramalho é sociólogo e professor da Universidade Federal de Sergipe.


Retorno à pobreza: o regresso ao Bolsa Família - Uma ESPERANÇA: novo pobre é jovem, urbano e pode sair rápido da assistência social

Estudo inédito do Banco Mundial aponta que o Brasil pode ter até 20,9 milhões de pessoas vivendo na pobreza até o fim do ano. 

Para o diretor da instituição, Martin Raiser, o país precisa rever suas políticas públicas para estancar o avanço de ao menos 2,5 milhões de brasileiros, que não eram considerados pobres em 2015

Quais as causas do aumento da pobreza?
Mais ou menos três quartos do aumento da pobreza ou da redução da renda nas categorias mais pobres vêm do mercado de trabalho. São pessoas que perderam renda no mercado ou perderam o emprego. Portanto, não tinham necessidade de se registrar no Bolsa Família. Até chegarem ao programa, se registrarem e receberem o benefício, demora um pouco. Por isso é preciso fazer esse esforço para, de um lado, ampliar os programas de assistência social a fim de cobrir os novos pobres, e, de outro lado, focalizar esses mesmos programas para assegurar uma eficiência máxima.

O pente-fino que excluiu milhões de famílias que não atendiam às regras do Bolsa Família é uma boa medida de focalização?

Ler íntegra, clique aqui 


TRAGÉDIA: a situação é pior que a pior imaginada -Brasil terá ao menos 2,5 milhões de ‘novos pobres’ até o fim do ano

Estudo inédito do Banco Mundial comprova que a destruição do Brasil, efetuada por que Lula e Dilma, foi pior que as projetadas nos piores cenários: 2,5 milhões de novos pobres com perfil:   jovem, urbano e escolarizado

Será que o estilo veloz e decidido do Temer conseguirá, pelo menos, reduzir este número? 

[Lula tenta apoio da tal Comissão de Direitos Humanos de Costa Rica para não ser preso pelos seus crimes.

Mas, ele e Dilma devem ser denunciados ao Tribunal Penal Internacional por genocídio.

É a única forma de puni-los pelos crimes de incitar pobres ao endividamento irresponsável, gastança desenfreada e sem um emprego e salário garantidos. Criaram um mundo de ilusões, só que as consequências sobre os que acreditaram neles são CRUÉIS e REAIS. ]

Estudo inédito do Banco Mundial, ao qual o GLOBO teve acesso, aponta que o número de pessoas vivendo na pobreza no Brasil aumentará entre 2,5 milhões e 3,6 milhões até o fim deste ano. Denominados de “novos pobres” pela instituição internacional, porque estavam acima da linha da pobreza em 2015 e já caíram ou cairão abaixo dela neste ano, eles são na maioria adultos jovens, de áreas urbanas, com escolaridade média e que foram expulsos do mercado de trabalho formal pelo desemprego. 
 Se quiser estancar o crescimento da pobreza extrema aos níveis de 2015, base mais atual de dados oficiais sobre renda, o governo terá que aumentar o orçamento do Bolsa Família este ano para R$ 30,4 bilhões no cenário econômico mais otimista e para R$ 31 bilhões no quadro mais pessimista, aponta relatório do Banco Mundial. Para 2017, o programa de transferência de renda tem R$ 29,8 bilhões garantidos.

Como o benefício do Bolsa Família varia conforme a composição familiar, número e idade dos dependentes, presença ou não de gestantes, entre outros aspectos, os técnicos da instituição internacional fizeram uma análise complexa para estimar o ajuste necessário no programa. Segundo as projeções, de 810 mil a 1,1 milhão de famílias serão elegíveis para receber o benefício este ano, o que demandará o orçamento adicional calculado.

Por meio de simulações, o relatório projetou a taxa de pobreza extrema no país, calculada em 3,4% em 2015, com e sem o incremento no Bolsa Família. Se o programa não aumentar, aponta o Banco Mundial, a proporção de brasileiros em situação de miséria subirá para 4,2% este ano no cenário otimista e para 4,6% no pessimista. Caso a cobertura seja ampliada, conforme recomendado, a taxa terá um leve crescimento para 3,5% e 3,6%, nos dois quadros econômicos traçados.

A partir dos dados oficiais sobre renda mais recentes, coletados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, o Banco Mundial estima que 8,7% da população, ou 17,3 milhões de brasileiros, viviam abaixo da linha da pobreza naquele ano, contra 7,4% em 2014.

Foi o primeiro aumento da pobreza após uma década de quedas sucessivas. E as projeções do Banco Mundial apontam que a curva continuou ascendente em 2016 e assim permanecerá neste ano.

PESSIMISMO: 20,9 MILHÕES DE POBRES
Segundo a instituição, o número de pobres deve chegar a 19,8 milhões de pessoas num cenário otimista de crescimento econômico em 2017, dos quais 8,5 milhões estarão na extrema pobreza. Na previsão pessimista, de mais um ciclo de recessão, serão 20,9 milhões de pobres, sendo 9,4 milhões em estado de miséria. 

Com uma metodologia sofisticada de microssimulações, a nota técnica sobre o Brasil traçou os dois cenários considerando variáveis macroeconômicas e demográficas. O mais positivo tem variação anual do PIB de -3,4% (2016) e 0,5 (2017), com taxa de desemprego de 11,2% (2016) e 11,8% (2017). No quadro mais pessimista, o PIB é de -3,7% (2016) e -1% (2017), com desemprego de 11,2% (2016) e 13,3% (2017).

Cerca de nove em cada dez pessoas que deverão se tornar pobres este ano residem em área urbana. A idade média dos chefes das famílias é de 37,9 anos, 38,2% estudaram ao menos até o ensino médio e 33,5% são brancos. Os “novos pobres” estarão mais no Sudeste (39,7%) e Nordeste (35,2%). A maioria (58,8%) trabalhava na área de serviços em 2015.

Celiane da Silva Neves, maranhense de 25 anos, começou na labuta cedo. Trabalhou de doméstica, foi secretária de uma construtora e, nos últimos três anos e meio, era operadora de telemarketing. Mas acabou demitida na redução de pessoal feita pela firma em meados de 2016. Após o fim do seguro-desemprego em novembro, Celiane, que tem o ensino médio completo, ficou sem renda. Entrou no time dos “novos pobres”.


 Celiane da Silva Neves com o filho Hyago, de 1 ano e 3 meses - André Coelho / Agência O Globo

Com o único filho, Hiago, de um ano e três meses, a maranhense conta que hoje vive com R$ 100 dado mensalmente pelo avô paterno do menino, que também cedeu temporariamente uma casa num conjunto habitacional popular de Planaltina de Goiás (GO) para ajudá-la. Ela usa o dinheiro para comprar gás e pagar as contas de água e luz. A alimentação é garantida na base da solidariedade. Celiane limpa a casa e cuida das crianças da vizinha, que, por sua vez, divide com ela a cesta básica, carne, frutas e verduras.

Enquanto distribui currículos e participa de algumas entrevistas de emprego, a jovem apelou para o Bolsa Família. Já foi habilitada para ingressar no programa, com a comprovação de necessidade. Agora, aguarda ser contemplada, o que só ocorre quando surge uma “vaga” no município. A maior preocupação de Celiane é com o bem-estar de Hiago, que passou a tomar leite de caixinha, no lugar do produto em pó, depois que a mãe perdeu o emprego. A substituição levou a uma diarreia.

O perfil dos “novos pobres” é bastante diferenciado dos “estruturalmente pobres”, aqueles que já viviam em condição de pobreza em 2015 e continuam nessa situação, no conceito formulado pelo Banco Mundial. Essa parcela da população, aponta a instituição, é menos escolarizada (17,5% com ensino médio ou mais), mais velha (média de 41 anos do chefe de família) e tem presença importante na área rural (36%), o que a difere dos que estão caindo na pobreza de 2016 para cá. Para o Banco Mundial, os “novos pobres” podem ser mais facilmente alcançados por políticas de geração de renda devido ao perfil.

Fonte: O Globo

 


domingo, 12 de fevereiro de 2017

Não Leve David Coimbra a Sério

A profissão de jornalista pressupõe, em tese, imparcialidade e desapego a paixões ideológicas. Especialmente quando um colunista ou editor resolve abordar temas que exigem, pelo menos, a compreensão da realidade à qual ele se refere são essas as virtudes que procuramos. Infelizmente, essas características vêm sendo cada vez mais esquecidas em todos os nossos veículos de informação. Avançam aos postos mais influentes da imprensa somente aquelas pessoas que possuem um discurso politicamente alinhado e comprometido em difundir um tipo de pensamento que, no caso brasileiro, é o de esquerda. Não que isso seja ruim. Porém, mesmo para dar credibilidade a um artigo de opinião, por exemplo, é necessário entender as causas que levam às consequências. Mas não é isso o que vemos.
 
Dentre tantos "opinadores" que temos na imprensa aqui do sul, um deles se tornou quase que um ídolo pop: David Coimbra. Não sem méritos. Seu estilo de crônica aplicado a assuntos esportivos, ao quotidiano (especialmente à relação homem-mulher) não é ruim. O problema é que quando se entra em assuntos do mundo real, tangível, a coisa muda de figura; principalmente nesses tempos de internet e jornalistas alternativos que dão ao cidadão comum a possibilidade de acessar a informação por outro meio que não aquele viciado pelo filtro ideológico que toda a imprensa e a mídia brasileira aplicam. Para fazer frente a essa nova realidade, o profissional que se aventure em fazer um diagnóstico real de determinada situação precisa ter conhecimento daquilo que está falando e despir-se de preconceitos e reflexos condicionados que lhe foram implantados desde os bancos da faculdade. E, neste ponto, David Coimbra é um fracasso retumbante.
 
Sua última coluna, de 7 de fevereiro de 2017, é dedicada a expressar o seu temor pela admiração que Bolsonaro tem de uma parcela significativa da população. O texto foi motivado pelos diversos xingamento recebido por ele quando falou mal do deputado. Para David, Bolsonaro é ainda pior do que o "troglodita" Trump. E, embora saiba reconhecer os méritos deste, ataca aquele dizendo que "Bolsonaro é apenas grosseiro".
 
Pensar que um é troglodita e o outro, grosseiro, não é nada de mais. É o puro direito de opinião sendo exercido. A falha de David está no diagnóstico do porquê Donald Trump foi eleito presidente dos EUA e do crescimento de Bolsonaro. Para ele, um foi eleito devido ao medo do terrorismo pelos americanos. O outro, cresce pelo medo da escalada da violência urbana.
 
Para quem mora em Boston e não faz outra coisa que não pesquisar e buscar entender o que se passa, é imperdoável que o colunista ignore que a eleição de Trump foi motivada pelo desastre deixado por Obama, e não apenas pelo medo ao terror. Foram estes resultados, e o fato de Trump  ser um outsider que o colocaram na presidência. Eis  uma ínfima parte do que a administração do queridinho da mídia fez com os EUA.
 
Analogamente, não é apenas a violência urbana que faz Bolsonaro crescer, mas todo o status quo que impera no Brasil. A população brasileira e mundial simplesmente se cansaram da agenda da esquerda que não atingiu resultado algum. Pelo contrário! Está promovendo o desmantelamento de toda a herança civilizatória que nos foi legada e aniquilando as soberanias nacionais ao redor do globo. Tudo sintetizado no império do politicamente correto que modifica pensamentos, cultura, costumes e padrões morais. Um verdadeiro processo de engenharia social criando uma sociedade "culturalizada artificialmente". [até na denominação o maldito 'politicamente correto', expressa um erro: se é político, não pode ser correto.]
 
Mas para David Coimbra, criticar a imposição do politicamente correto é um erro. Para ele, se não concordam com ele, basta não segui-lo e fica tudo bem. Essa é uma análise completamente irresponsável e que demonstra toda a falta de conhecimento e capacidade de captar a realidade tangível que o colunista tem. Lamentável. Finalizando o seu artigo, David evoca, de forma velada,  o velho chavão de que Bolsonaro é a favor da violência contra a mulher, discrimina negros e tem preconceito contra homossexuais. Parece ignorar que o deputado quer a castração química de estupradores, a universalização do acesso a uma educação de qualidade para que o pobre e o negro não continuem iludidos com as cotas e que luta contra a imposição da homossexualidade a crianças em idade pré-escolar. Ou seja, total distorção dos fatos. 
 
David Coimbra ainda deixa transparecer que Bolsonaro é contra os direitos humanos, o que é uma falácia sem qualquer fundamentação. O deputado, assim como a grande maioria da população, é contra o fato de que esses direitos sejam aplicados a bandidos, assassinos, estupradores, etc. O parlamentar exige mais rigor contra essas pessoas para que a sociedade não tenha que lhes dar regalias como o inacreditável auxílio-reclusão ou prioridade em atendimento médico quando são feridos em conflitos com a polícia.
[o que o futuro presidente da República, Jair Messias Bolsonaro deseja é que os DIREITOS HUMANOS sejam concedidos, prioritariamente,  aos HUMANOS DIREITOS; pela regra dos esquerdopatas os bandidos, estupradores e assemelhados , devem ter prioridade sobre os CIDADÃOS DE BEM, os TRABALHADORES, em suma: bandidos antes dos seres HUMANOS DIREITOS.
 
Imaginem que um cidadão com pouca instrução escolar rala trinta dias - isto quando encontra emprego - para ganhar pouco mais de R$900,00; já um bandido qualquer, arranja uma família, na maior parte das vezes a 'esposa' é tão bandida quanto ele, e passa a receber um auxílio reclusão de valor superior a um salário mínimo.
Já tivemos oportunidade de ouvir depoimentos de assalariados dizendo que ganhariam bem mais se optassem pela criminalidade - demonstraram por A + B que se estivessem presos a família receberia um auxílio para comprar pelo menos o básico e pagar água e luz e o chefe da família teria três refeições por dia e outras benesses enquanto encarcerado.
 
O pior é que tivemos que concordar.
Infelizmente a política nefasta do auxílio reclusão já  levou desempregados a cometerem crimes para que seus familiares recebessem o famigerado auxílio e o criminoso as benesses da cadeia.
E ainda tem ministros do Supremo - entre eles a atual presidente o ministro Barroso que acham que cadeia é ruim, chegando o citado ministro a defender a soltura de maconheiros e assemelhados para esvaziar as cadeias, tornando-as mais acolhedoras.] 
 
 Ainda, o colunista não enxerga relação entre aumento da violência e fim da "ditadura". De fato, não foi o fim da ditadura que levou ao aumento da violência, mas a Constituição "Cidadã" de 1988 que encheu a população de privilégios e retirou seus deveres. Soma-se a isso, o estatuto do desarmamento (que foi rejeitado pelo povo em consulta popular) que retirou do cidadão o direito de prover sua própria segurança. (alias, David Coimbra compara a "ditadura" militar brasileira com a Venezuela e o Congo, mostrando total incapacidade de entender as diferenças que existem entre elas).
 
Por fim, encerra seu artigo com "chave de ouro" ao dizer que "Bolsonaro não tem nada de inteligente". Como todo o jornalista formado nas cátedras socialistas da academia brasileira, parte para o argumento ad hominem, já que não tem fundamentação para sustentar sua teoria. É evidente que Bolsonaro não é o salvador da pátria brasileira e que seu crescimento não é apenas fruto da violência urbana. Sua ascensão se deve a dois fatores principais: pelo menos até agora,  está imune à onda de corrupção que devasta o país; ele é a voz que os conservadores brasileiros achavam que não tinham, mas tem. E, para desespero dos Davids, a população de nosso país é majoritariamente conservadora.
 
Escrever um artigo de opinião é um veículo do tamanho do jornal Zero Hora deveria requerer honestidade, conhecimento, imparcialidade e responsabilidade. Tudo o que David Coimbra mostrou não possuir neste seu artigo. (Aliás, a própria Zero Hora não tem.)
Não o leve a sério. Ignorância é contagiosa.
 
Fonte: Blog do Lenilton Morato 

No DF o uso do narguilé é livre - Lei Federal proíbe a venda de cigarros a menores de 18 mas os menores usam livremente o narguilé, muitas vezes com o apoio dos pais e a omissão da Polícia



Jovem internado por usar narguilé faz vídeo e reacende debate sobre o uso
Caso aconteceu no interior do Paraná e chamou atenção de usuários essa semana
O vídeo de um adolescente hospitalizado em função do uso do narguilé, uma espécie de cachimbo à base d'água muito utilizado entre jovens e adultos hoje em dia, repercutiu nesta semana na internet e reacende o debate sobre as consequências do seu uso. Nas imagens, o jovem detalha o que sente e faz um alerta a outros jovens.  O vídeo teve mais de 8 milhões de visualizações, e milhares de compartilhamentos e comentários.

O rapaz que aparece no vídeo, deitado na maca de um hospital em Campo Mourão, interior do Paraná, é Henrique Nascimento, 19 anos. Nas imagens, ele aparece frágil e com um dreno ligado a uma região próxima ao pulmão. O objetivo é retirar o excesso de líquido que se armazenou no local.

Ao Correio, ele conta que foi internado no final do mês passado, após sintomas como febre, tontura e falta de ar. "Comecei a me sentir mal e rapidamente piorei. Não conseguia fazer quase nenhum esforço. Foi quando fui ao hospital", detalha. 

O jovem relata que era usuário de narguilé há pouco mais de 1 ano quando se sentiu mal. Nesse período, o adolescente diz que usou o produto todos os dias. Em algumas vezes, a frequência era de três a quatro vezes por dia. "Não usava porque tinha prazer. Usava porque era legal. Para brincar com a fumaça", explica. Ao chegar ao hospital, o jovem foi internado e diagnosticado com excesso de líquido no pulmão. Ele conta que os médicos fizeram uma drenagem. "Fiquei internado uma semana. O pulmão doeu muito. Ainda dói. O dreno também incomodou bastante", detalha.

"Aquele que tá fumando narguilé é bom parar... É o conselho de uma pessoa de 19 anos, que fumava quase todo dia, mas parou" 


Pessoal parem de fumar narguilé
O cirurgião torácico Humberto Oliveira, que trabalha com casos semelhantes ao do adolescente, explica que ele provavelmente contraiu um quadro de pneumonia, que evoluiu para um derrame pleural, que é quando o paciente apresenta excesso do líquido responsável por suavizar o atrito entre as costelas e membranas, conhecido como líquido pleural. 

O especialista explica que, durante o uso do narguilé, o usuário pode inalar substâncias nocivas ao organismo, como fungos, resultando em um quadro infeccioso, que pode evoluir para pneumonia e derrame da pleura, como aconteceu com o paranaense. "A quantidade ideal de líquido pleural no organismo é de 10 ml. Em um paciente de derrame pleural, essa quantidade pode chegar a dois litros", detalha.

De acordo com o especialista, o narguilé é totalmente contra indicado. "Uma sessão de narguilé equivale a fumar 100 cigarros. É extremamente prejudicial a saúde", conta. "Algumas pessoas podem, inclusive, ficar com sequelas, como pontadas na região pulmonar e dores eventuais", acrescenta.

Henrique, que já está em casa com a família há duas semanas, aos poucos volta à rotina. Após o susto, o jovem relata que ainda sente alguns poucos incômodos, como fadiga e dores no pulmão. Sobre usar narguilé, o jovem é contundente: "Não recomendo";


Fonte: Correio Braziliense