Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Os 15 principais jornais do Brasil registraram queda de pouco mais
de 15%, em média, na circulação em 2022. A soma da tiragem média diária
dessas publicações da mídia tradicional terminou o ano passado em cerca
de 400 mil.
A soma dos exemplares impressos de 2022 equivale a aproximadamente
50% do total de quatro anos atrás, quando começou o governo de Jair
Bolsonaro, e a tiragem chegava a quase 850 mil. No digital, a
compensação também foi menor que a esperada, informou levantamento do
site Poder360 nesta terça-feira, 31.
A maior queda foi da publicação mineira Super Notícia,
que mudou a frequência de circulação em abril de 2022: o jornal, que
era diário, passou a ser entregue, em formato físico, só às
sextas-feiras. Sua tiragem caiu de aproximadamente 70 mil exemplares até
março para cerca de 50 mil (queda de 30%), no fim de 2022.
Já entre os veículos de circulação diária, os maiores recuos foram de Folha de S.Paulo (-30%), O Popular (-25%) e O Tempo (-20%). A Folha,
que chegou 175 mil exemplares diários, em média, em 2015, despencou
para 50 mil. Isso equivale a uma retração de 70% em sete anos dos
“gigantes” da mídia tradicional.
Ao observar os dados em números absolutos, o top 3 segue inalterado: O Globo, Estadão e Super Notícia são as publicações de maior circulação impressa no Brasil. O Globo fechou 2021 em 3º lugar, mas alcançou o topo no último ano. Motivo: caiu menos que os concorrentes. O Estadão, que era líder, caiu para 2º.
Lula se voluntaria como construtor da paz global, mas demonstra mais condescendência com a invasora Rússia do que compaixão com a vítima Ucrânia
Lula atravessou as últimas três semanas apresentando um esboço do seu projeto de política externa. Quer ser o construtor da paz entre Rússia e Ucrânia, deixou claro aos jornalistas que acompanhavam a visita do chanceler alemão Olaf Scholz a Brasília, na segunda-feira (30). Scholz preferiu falar sobre a salvação da Amazônia.
Projeta liderar a mediação da guerra com apoio dos governos da Turquia, Índia, Indonésia e África do Sul, e com alguma ajuda da China que, nas palavras dele, precisa “pôr a mão na massa”.
Na lógica do mundo de Lula, o projeto expansionista de Vladimir Putin pode até ser condenável, pelo aspecto da invasão brutal da vizinha Ucrânia. Mas, torna-se palatável, senão justificável, como instrumento de política a partir do momento em que as potências ocidentais colocaram seus “cachorros” da aliança militar Otan para “latir” na fronteira do antigo império russo que Putin tenta restaurar.
Para Lula, a Ucrânia agredida é tão culpada quanto a agressora Rússia, que invadiu o país vizinho. Nas suas palavras, “a Rússia cometeu um erro crasso de invadir o território de outro país. Mas acho que quando um não quer, dois não brigam.” Se tem alguém nesse mundo que não merece ser aplaudido, acha Lula, é o ucraniano Zelensky: “Às vezes, fico vendo o presidente da Ucrânia na televisão como se estivesse festejando, sendo aplaudido em pé por todos os parlamentos, sabe? Esse cara é tão responsável quanto o Putin. Ele é tão responsável quanto o Putin. Porque numa guerra não tem apenas um culpado.”
“Ele [Zelensky] quis a guerra”, acrescenta. “Se ele [não] quisesse a guerra, ele teria negociado um pouco mais. É assim.”
Exala mais condescendência com a invasora Rússia do que compaixão com a vítima Ucrânia: “Eu fiz uma crítica ao Putin quando estava na Cidade do México [em novembro], dizendo que foi errado invadir. Mas eu acho que ninguém está procurando contribuir para ter paz. As pessoas estão estimulando o ódio contra o Putin. Isso não vai resolver. É preciso estimular um acordo.”
Apesar da evidente perspectiva enviesada, Lula diz que não tem lado, e pretende se apresentar a Joe Biden, em Washington, e a Xi Jinping, em Pequim, como voluntário para tentar salvar o mundo dos riscos de uma guerra nuclear. “A única coisa que eu sei é que se eu puder ajudar, vou ajudar”, disse, complementando: “Mas se for preciso conversar com o [Volodymyr] Zelensky, com o [Vladimir] Putin, eu faço.”
Ele quer ascender como líder global, e, para tanto, adota a tática de clamar num suposto vácuo de liderança política que neutralizou a iniciativa em organismos como a ONU. “Ela [ONU] não representa mais a realidade geopolítica. Queremos que o Conselho de Segurança da ONU tenha força, tenha mais representatividade e que possa falar mais uma linguagem que o mundo está precisando. Quando a ONU estiver forte, a gente vai evitar, certamente, possíveis guerras que acontecem. Porque hoje as guerras acontecem por falta de negociação, por falta de alguém, de um conjunto de países que interfira nisso.”
Lula tem um projeto biográfico para sua estadia no Palácio do Planalto. É legítimo. Agora,só falta combinar tudo o que deseja com os EUA, a União Europeia, a China, a Rússia, a Turquia, a Índia, a Indonésia e a África do Sul, entre outros.
O mundo, certamente, deverá atravessar os próximos quatro anos muito preocupado com a autoestima de Lula da Silva, presidente do Brasil.
O presidente Lula, em um mês de casa, ainda não foi capaz de produzir ou propor uma única ação útil em seu governo, mas continua plenamente empenhado em levar adiante a guerra que declarou contra todo o Brasil que não se ajoelha diante dele.
Sua ideia fixa, no momento, é construir pela repetição e arrogância uma mentira oficial, com carimbo da presidência da República, para falsificar a história do Brasil – o disparate de dizer que a ex-presidente Dilma Rousseff foi demitida do poder por um “golpe de Estado”. É uma decisão bem pensada, consciente e deliberada de se comportar de maneira desonesta; não foi um deslize de linguagem, ou uma distração. Lula falou em golpe pelo menos três vezes, inclusive em viagem oficial ao exterior; na última menção, aliás, fez questão de citar o “golpista Michel Temer” – o que, além de mentira, é um insulto grosseiro e gratuito a um homem que nunca lhe fez mal nenhum.
Sua ideia fixa, no momento, é construir pela repetição e arrogância uma mentira oficial, com carimbo da presidência da República, para falsificar a história do Brasil
Lula não quer paz; chegou à conclusão de que, não tendo nada de positivo a apresentar, nem agora e nem no futuro próximo, o mais lucrativo para ele é continuar fazendo discursos para construir inimigos artificiais e espalhar veneno em tudo o que fala.
A alegação do golpe contra Dilma é demente.
Dilma foi destituída da presidência por um processo absolutamente legal de impeachment, estritamente dentro do que estabelece a Constituição. Sua demissão foi aprovada pelos votos de 61 senadores, num total de 81, e 367 deputados num total de 513 – um placar de goleada histórica.
O processo levou nove meses inteiros para ser concluído; a acusada pode exercer, ao longo deste tempo, todos os seus direitos de defesa. O STF, em pessoa, fiscalizou cada passo do impeachment. Como um presidente da República pode chamar isso de “golpe de Estado”? É 100% irresponsável.
A mentira oficial de Lula vai ainda adiante. Ele sustenta a enormidade segundo a qual as maravilhas do seu governo e do tenebroso governo Dilma foram “destruídas” por Michel Temer.
Estamos, aí, em plena insânia. Lula-Dilma, para ficar só no grosso, deixaram o Brasil com a maior recessão de toda a sua história econômica, com mais de 5% de recuo, 14 milhões de desempregados, juros recorde.
Temer, em pouco mais de dois anos, consertou tudo isso; é o que mostram os fatos, e esses fatos mostram o contrário do que Lula diz. Mais: se Temer é golpista, como garante o atual presidente da República, então o seu governo terá sido ilegal, e todas as decisões que tomou também são ilegais.
Que tal, nesse caso, que Lula exija a demissão do ministro Alexandre de Moraes, do STF? Ele foi nomeado pelo ”golpista” Michel Temer. Onde está a coragem que exibe no discursório?
É extraordinário que o governo Lula tenha dois – não um, dois – órgãos oficiais diferentes para combater a “desinformação” e as “fake news” tão amaldiçoadas pela esquerda, na Advocacia-Geral da União e no seu Ministério da Propaganda, a “Secom”. O que vão fazer esses vigilantes da verdade, agora, diante da brutal violação dos fatos pelo presidente da República?
Dizer que houve um “golpe” contra Dilma é mais do que praticar “desinformação” – é uma agressão comprovada à verdade mais elementar. Quais as sanções que serão tomadas?
A esquerda, mais uma vez, veio com uma tentativa de explicação perfeitamente hipócrita para as mentiras de Lula: disse que ele “pretendeu dizer” que tinha havido “um golpe dentro da Constituição”.
É uma desculpa safada. Se quisesse mesmo dizer isso, Lula teria dito; se não disse, é porque não quis, e fez questão de falar em golpe e acusar de golpe um homem que fez um governo 1.500 vezes melhor do que o seu. O que o presidente quer é confronto. Não tem outra coisa a apresentar.
"Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.
Afobação
Kim Kataguiri: otaku fantasiado de deputado. Ou seria “depotaku”?| Foto: Reprodução/ YouTube
Estamos em janeiro. Ainda. E já tem pedido de impeachment do presidente Lula. Na verdade, dois. O primeiro foi feito pelo deputado Ubiratan Sanderson; o segundo, pelo também deputado Evair de Melo. Ambos têm como justificativa o revisionismo histórico de Lula, que insiste porque insiste que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe. Mas todo mundo sabe que os documentos praticamente iguais estão destinados ao fundo da gaveta o presidente da Câmara, Arthur Lira.
Ao ler as petições quase infantis, dirigidas a Arthur Lira naquela linguagem entre a do cartorário e do escrivão de polícia, me veio à mente a figura sempre patética dos petistas que, a cada espirro de Fernando Henrique ou Temer, pediam o impeachment deles. Mas aí me segurei pelo colarinho e falei para mim mesmo com uma expressão de Dirty Harry: “Não era você mesmo que outro dia estava cobrando uma oposição dura a Lula?”.
Era. Digo, sou. Daí minha preocupação com essas traquinagens que fazem a festa dos ingênuos e dos oportunistas, ao mesmo tempo em que só servem para reforçar os falsos temores que emanam sobretudo do Supremo Tribunal Federal. O pouco de democracia que nos resta parece desaparecer quando oportunistas se aproveitam do picadeiro esvaziado para contar a piadinha sem graça do “impeachment precoce” ou do "mandato interrompido".
Como já diagnosticava alguém, o problema do Brasil não é nunca o governo; é sempre a oposição. Isso está claro desde os anos 1990, com a oposição burra e histriônica do PT aos Fernandos.
Depois, com a oposição frouxa do PSDB aos intermináveis 16 anos do PT no poder.
Em seguida, com a oposição do PT, acrescido de seus partidos-satélites e de uma imprensa cada vez mais antagonista (no pior sentido da palavra), a Temer e Bolsonaro.
Sei que essa oposição que está aí não é exatamente a mesma oposição que trabalhará de fato para proteger o Brasil dessa tragédia anunciada chamada Lula. Sei que até o dia 2 de fevereiro estamos numa espécie de limbo de representatividade, uma oferta da nossa mutcho loka legislação eleitoral – tão poderosa que em torno dela gravitam casos e mais casos de censura e até um permanente Estado de exceção. Coisas contra as quais, espero, a nova legislatura atue com um mínimo de dignidade. (É, minhas expectativas são bem baixas mesmo).
"Otaku, gamer e deputado" Mas os sinais que vêm da dupla Sanderson & Melo, ambos reeleitos, são preocupantes e revelam uma oposição meramente oportunista, afoita e apaixonada pela própria imagem. Características, aliás, que se aplicam também à traquinagem do moleque e deputado federal Kim Kataguiri, em teoria do partido União Brasil, mas na prática um representante do MBL, aquele grupo que só quer ver o circo pegar fogo.
Pois não é que alguém soprou no ouvido de Kataguiri que seria uma boa ideia denunciar Lula por desinformação(novamente usando a história do “impeachment foi golpe”, na qual, aliás, de tanto repetirem estou começando a acreditar) ao imoralíssimo órgão de repressão criado pela AGU do eterno garoto de recados Bessias?
Com isso, Kataguiri conseguiu o que queria: espaço no noticiário.
Por causa essa brincadeirinha narcisista do “otaku, gamer e deputado”, agora corremos o risco de ver chancelada a existência do Departamento de Censura petista.
Uma oposição séria e razoavelmente adulta (não confundir com a oposição prudente & sofisticada das Joices e Frotas da legislatura passada) lutaria com todas as forças contra a criação do órgão de repressão. E não tentaria usá-lo infantilmente contra o governo totalitário que se insinua. Isso é coisa de moleque que gosta de bancar o espertalhão para, por uns poucos dias, receber o aplauso dos parvos, incautos e distraídos. Não se usa a força imoral do Estado contra o Estado; política não é judô.
As traquinagens dos três deputados servem apenas para corroer ainda mais a nossa débil cultura democrática – estratégia usada há décadas pelo PT e que, hoje, serve de justificativa tanto para as arbitrariedades do STF quanto para o desespero estúpido dos vândalos de 8/1. Pirotecnias talvez agradem o tuiteiro que esteja à toa na vida.
Mas não se engane: essa banda que passa tocando refrões marxistas é muito mais perigosa do que a banda anterior, desafinada, mas bem-intencionada.
Placar da disputa vai mostrar a força da bancada bolsonarista para fustigar o Supremo na Casa
Mesmo considerando pouco [?] provável uma vitória do bolsonaristaRogério Marinho (PL-RN) na disputa pela presidência do Senado, integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF)
têm expressado uma preocupação nos bastidores com o número de votos que
o ex-ministro de Bolsonaro vai ter no confronto contraRodrigo Pacheco (PSD-MG), na quarta-feira (1).[a votação de Marinho certamente será mais que expressiva, visto que além de suficiente para eleger Marinho novo presidente do SENADO FEDERAL, também mandará para o ostracismo merecido o omisso Pacheco.]
Na leitura de ministros que estão acompanhando de perto os bastidores
da disputa, uma votação expressiva de Marinho vai demonstrar a força da
bancada bolsonarista para lançar ofensivas contra o STF -- como, por
exemplo, abrindo uma CPI para apurar abusos de autoridade de
magistrados.
Para abrir uma CPI, são necessárias pelo menos 27 assinaturas – este é o
número-chave da votação no Senado, na avaliação de integrantes do STF.
“Se Marinho sair derrotado, mas obtiver mais de 30 votos, os
bolsonaristas vão ter uma capacidade muito grande de fazer estrago”,
disse reservadamente à equipe da coluna um ministro com bom trânsito no
Parlamento. “A questão não é apenas a vitória do Pacheco, mas o placar
dela.”
Não à toa, alguns ministros do Supremo tem telefonado para senadores
para sondar o ambiente e pedir que votem em Pacheco, com o argumento de
que a reeleição do atual presidente do Senado seria fundamental para o
distensionamento da crise política e a pacificação entre os poderes.
O alvo principal dos bolsonaristas é o atual presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes,
relator dos inquéritos que já fecharam o cerco contra o clã Bolsonaro: o
das fake news, o das milícias digitais e o dos atos antidemocráticos do
último dia 8 de janeiro. Moraes também já aplicou multa milionária contra o deputado federal Daniel Silveira
(PTB-RJ), condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por
ameaças e incitação à violência contra ministros da Corte, mas
beneficiado por indulto de Bolsonaro.
Em 2021, Pacheco derrotou a hoje ministra do Planejamento, Simone Tebet
(MDB-MS), por 57 votos a 21. Aliados do atual presidente do Senado
apostam que o placar agora será mais apertado e que ele terá entre 51 e
55 votos, mas ainda o suficiente para se manter no cargo.Já apoiadores de Rogério Marinho juram que ele tem hoje o apoio de mais de 35 dos 81 senadores.
Mesmo que esses votem se confirmem, isso não significaria que todos
estarão automaticamente a favor da abertura de uma CPI contra o
Judiciário. Mas uma votação expressiva indicaria que os senadores estão
sensíveis ao discurso de Marinho de que Pacheco "não defende o
parlamentar" e se comporta de forma subserviente em relação ao
Judiciário. E se pelo menos 27 senadores decidirem assinar um
requerimento para abrir uma CPI, Pacheco não terá como impedir.
O entendimento do Supremo hoje é o de que o presidente do Senado não
tem o poder de sufocar minorias e impedir a instalação de CPIs, caso
haja o número mínimo de assinaturas — ⅓ do número de senadores na Casa.
Foi essa a jurisprudência utilizada pelo ministro Luís Roberto Barroso
para mandar abrir a CPI da Covid, em abril de 2021, numa decisão que
enfureceu o Palácio do Planalto. Pacheco segurou por mais de 60 dias o
requerimento pelo início da investigação, mas após a decisão do Supremo,
foi obrigado a agir. “A criação de comissões parlamentares de inquérito é prerrogativa
político-jurídica das minorias parlamentares, a quem a Constituição
assegura os instrumentos necessários ao exercício do direito de oposição
e à fiscalização dos poderes”, observou Barroso naquela decisão.
A presidência do Senado é um posto estratégico para os bolsonaristas,
já que o dirigente da Casa também preside o Congresso Nacional e dispõe
de uma série de prerrogativas que podem atrapalhá-lo. Entre elas estão o poder de pautar sabatinas de indicados para o STF e
embaixadas, a abertura de CPIs, a tramitação de medidas provisórias e
até mesmo o impeachment de magistrados do Supremo - uma bandeira cara à
extrema-direita já levada a cabo quando Jair Bolsonaroapresentou um pedido contra Alexandre de Moraes, rechaçado sumariamente por Pacheco.
Aliados de Rogério Marinho vêm tentando reeditar nessa disputa pela
presidência do Senado a polarização da última campanha pelo Palácio do
Planalto, que opôs bolsonaristas e antibolsonaristas.
Nas redes sociais e grupos de WhatsApp, militantes bolsonaristas estão
tentando pressionar os parlamentares a votar no ex-ministro do
Desenvolvimento Regional de Jair Bolsonaro, como se a disputa pelo
controle do Senado fosse uma espécie de “terceiro turno” contra o
presidente Lula, que apoia Pacheco.
O deputado federal Deltan Dallagnol, em recente artigo publicado na Gazeta do Povo (íntegra aqui), escrutina os 10 mais graves erros já cometidos pelo governo Lula. Vou
ater-me ao sétimo, no qual o parlamentar que assume sua cadeira no dia
1º de fevereiro escreve sobre a proposta para mudar a Lei das Estatais.
Sétimo:
você não vai se surpreender, mas em menos de um mês o governo já começou
a minar o sistema anticorrupção, tentando mudar a Lei das Estatais.
Lula pretende abrir espaço para indicar políticos aliados para cargos
executivos ou no conselho de administração das empresas, ainda que não
tenham currículo – conhecimento ou experiência – para a função. São 587
cargos em estatais federais, mais 315 em seus conselhos de administração
e 272 posições de diretores executivos. Será uma farra. É importante
recordar que essa lei foi aprovada em 2016 em reação ao esquema do
petrolão, criando mecanismos de governança e obstáculos para o
loteamento político-partidário das estatais, a fim de evitar que
voltassem a ser saqueadas. Além disso, o governo quer rever os acordos
feitos pela Lava Jato com empreiteiras e já sinalizou que pode escolher o
futuro Procurador-Geral da República fora da lista tríplice, formulada
para que a escolha do procurador-geral recaia dentre procuradores
testados e aprovados ao longo de décadas de atuação, com experiência e
maior independência.
A Lei das
Estatais, aprovada por iniciativa do governo Temer, teve sua eficácia
comprovada no subsequente governo Bolsonaro. Quando se refere à escolha
dos quadros dirigentes das estatais – Conselhos de Administração e
Diretorias – a lei fecha uma série de portas para esse velho vício
nacional:
Exige dez
anos de experiência no setor público ou privado em área conexa àquela
para a qual sejam indicados, ou quatro anos em cargos de direção. Proíbe
a nomeação para tais funções de pessoas que tenham exercido nos 36
meses anteriores, mandatos eletivos, participado de campanhas
eleitorais, integrado quadros de direção partidária, ou desempenhe
funções de liderança sindical.
No entanto,
os 1174 cargos inventariados por Dallagnol funcionam como favo de mel
para o urso petista que faz do aparelhamento seu meio de sobrevivência e
da vida pública seu meio de vida.
É diante
desses e de tantos outros arroubos que sobrevirão que precisamos de um
Congresso Nacional sob comando independente do governo. Dê uma olhada (aqui) na lista dos senadores que apoiam Rodrigo Pacheco para o Senado e você vai entender do que estou falando.
A única função do banco é servir ao Brasil, não dar dinheiro a ‘países pobres’
O governo Lula ainda
nem completou o seu primeiro mês e o presidente, mais os marechais de
campo da sua “equipe econômica”, já anunciaram o que tem tudo para ser o
pior negócio, ou um dos piores, que o Brasil pode fazer nos próximos
quatro anos com o dinheiro dos pagadores de imposto deste país. É o que
se chama de “desastre contratado” – uma dessas armações financeiras que
conseguem, desde o seu primeiro minuto de vida, não ter nenhuma
possibilidade de dar certo. Começam com taças de champanhe na hora de
assinar o papelório do contrato.
Acabam em lágrimas para os pobres
diabos que vão pagar cada centavo do que for gasto e, no fim, receberão
do governo a notícia de sempre: “Sabe aquele empréstimo que a gente fez
com o seu dinheiro? Pois é. Dançou”.
Foi o que aconteceu na primeira passagem de Lula pelo governo: o BNDES emprestou
alguns bilhões de dólares para a construção de portos, aeroportos,
metrôs e outras obras em“países latino-americanos”e levou um calote
espetacular numa porção de contratos. Não se sabe ao certo, até hoje, o
tamanho real do prejuízo.
Uma das cifras mais citadas indica que o Tesouro Nacional entregou ao BNDES acima de US$ 850 milhões para compensar o banco por dinheiro queVenezuela, Cuba e
outros países dessa categoria receberam do governo Lula, e nunca
pagaram.
“Tesouro Nacional” quer dizer, sempre, dinheiro da população,
direto na veia – esse que você paga a cada vez que abastece o tanque do
carro, compra 1 quilo de arroz ou acende a luz de casa. Querem fazer
precisamente a mesma coisa, de novo – e não explicam em nenhum momento
por que haveria resultados diferentes desta vez.
A festa, agora, é a entrega de US$ 700 milhões ou US$ 800 milhões do BNDES, ou Deus sabe quanto ao certo, para a construção de um gasoduto na Argentina.
Está tudo errado nessa história.
A Argentina está devendo mais de US$
40 bilhões só ao FMI, não paga e ameaça os credores com mais um mico. A
garantia é o gás que “será produzido” em algum momento do futuro.
Os
juros são baixos – nem a China aceitou cobrar tão pouco.
O projeto é
conhecido como gasoduto de Vaca Muerta – isso mesmo, Vaca Muerta,
acredite se quiser.
A obra será construída, é óbvio, com a participação
das grandes estrelas da Operação Lava Jato
–as empreiteiras nacionais que confessaram por escrito a prática de
crimes de corrupção, devolveram dinheiro roubado e tiveram diretores
cumprindo pena na cadeia.
O negócio todo se baseia numa ideia
doente – a de que o BNDES tem o dever de dar dinheiro a “países pobres”,
para promover o seu “desenvolvimento”.
É falso. A única função do BNDES
é servir ao Brasil.
Nota do editor: Este texto contém duas breves reflexões do sacerdote sobre
aborto. Ambas me foram enviadas por terceiros. O título e a imagem foram
escolhidos por mim para fins de edição no site.
As
pessoas não são mais capazes de diferenciar o que é uma mera condenação
retórica do aborto de um efetivo combate político ao mesmo.
Uma
condenação retórica é apenas a declaração de "ser contra" o aborto,
desaprová-lo moralmente, dizer que não o faria... Isso até um abortista é
capaz de fazer.
O efetivo
combate político ao aborto consiste em lutar para que os abortistas não
cheguem ao poder e impedi-los por todos os meios possíveis de alcançar
os seus objetivos.
A retórica
serve apenas para nos mostrarmos bonzinhos; no final, é só uma
demonstração de vaidade. O combate político visa atingir metas, não é
apenas uma paróquia esquálida e vazia.
***
Esse papinho,
de que a mudança da legislação sobre o aborto compete ao poder
legislativo, ignora completamente os indevidos avanços do STF nessa
matéria, avanços que estão sendo desinibidos neste momento pelas ações
do atual chefe do executivo et caterva.
Não tenham
dúvida: caso a presidência do Senado seja ocupada por um cúmplice do
atual status quo, não terminaremos o semestre sem que o aborto tenha
sido descriminalizado.
Claro! Tudo
com aquele isentismo que se esconde por detrás da alegação de democracia
e não sem aquela lamentação de prostituta traída, característica de
"católicos, só que não", que é apenas obsceno teatrinho que esconde a
conivência fria e consciente com os agentes da morte (pra eles, isso
tudo é fixação delirante).
Pouco a pouco, nota-se o surgimento de algum desconforto com Luiz Inácio
Lula da Silva estar, essencialmente, governando[governando? ou ainda planejando, em transição?] com os dele e com as
ideias dele e dos dele. O motivo da linha de Lula parece relativamente
singelo e foi antevisto em meados do ano passado.
“Ao contrário do que propõe a sabedoria convencional, o ex-presidente
evita (...) inclinar-se programaticamente ao centro. Uma hipótese é o
petista querer atrasar esse movimento o máximo possível, para reduzir o
alcance das inevitáveis concessões. Mas há outra explicação, pragmática:
Lula não modera o discurso e o PT não lipoaspira seu programa porque,
simplesmente, não precisam fazer isso.” (“Todos trabalham por Lula”, de 17 de junho de 2022).
A tática política costuma ser a expressão concentrada da correlação de
forças. É verdade que Lula venceu as eleições por margem pequena e para
isso dependeu dos minguados, ainda que decisivos na ocasião, votos do
autonomeado centro democrático. O que poderia levar a duas conclusões
opostas:
1) fazer de tudo para reter esses votos, portanto guinar ao
centro; ou
2) buscar ampliar a base própria, para não depender desse
pessoal nas próximas empreitadas.
Vale a pena ficar de olho na segunda hipótese.
Desde o último debate no segundo turno, Lula tem insistido na
interpretação de que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe de
estado. Isso tem o potencial de alienar hoje apoiadores, mas
simultaneamente coloca o segmento na desconfortável posição de
identificados com o hoje demonizado Jair Bolsonaro.
Pois o jogo da deposição de Dilma só foi decidido mesmo quando PSDB e o
então PMDB se juntaram à direita raiz para alçar Michel Temer ao
Planalto.
Na época, o centro democrático deu o número parlamentar para a operação,
mas, como se verificaria depois, era a direita raiz quem já oferecia ao
movimento a base de massas e o coração da narrativa. Não existe
“inevitabilidade” política, mas essa associação permitiu a Bolsonaro
arrastar por gravidade a esmagadora maioria dos votos do centro
democrático em 2018 e, com isso, suplantar Fernando Haddad cavalgando o
antipetismo.
Assim como Lula surfou na onda anti-Bolsonaro para atrair, também por
gravidade, um contingente centrista quatro anos depois. Verificou-se,
portanto, que se trata de um grupo pendular e instável. O raciocínio
cartesiano recomendaria adulá-lo para retê-lo. Mas a política nem sempre
é cartesiana, e às vezes vale a pena procurar desenvolver musculatura
própria para não depender, ou depender menos, de companheiros de viagem.
Se com essas ações Lula vai colher hegemonia própria ou crise, os fatos
dirão. Vai depender, na última linha da planilha, dos rumos da economia,
se o petismo econômico “puro” conseguirá produzir bem-estar ou assistirá
à desaceleração do crescimento e à perda de tração da queda do
desemprego.Sobre a economia, aliás, um detalhe que não ajuda na estabilidade das
relações entre o petismo e o centrismo é exatamente o fator econômico na
história da derrubada de Dilma.
Ao assumir, ela aceitou nomear um ministro da Fazenda liberal e adotar
medidas econômicas que teoricamente lhe trariam apoio fora da esquerda.
Aconteceu o contrário: os adversários centristas aproveitaram o choque
político do “estelionato eleitoral” para acelerar o processo político
desencadeado em junho de 2013, de que Dilma conseguira escapar na
reeleição. O ditado é antigo mas vale: gato escaldado tem medo de água
fria.
Toda a velha imprensa está dando enorme destaque para o caso dos Ianomâmis, e zero de atenção para uma potencial CPI sobre as tais manifestações golpistas.
Por que os petistas e a mídia buscam abafar o caso? Por que não querem investigar a fundo o que aconteceu ali?
Lula, Zeca Dirceu, Randolfe Rodrigues: todos se manifestaram contra uma CPI sobre o"maior ataque à democracia da história". Por quê?
As pautas prioritárias dos nossos "jornalistas" são um espanto! Seus interesses "parecem" bater exatamente com aqueles do atual governo.
Uma baita "coincidência", não acham? Vejam, por exemplo, o inexistente interesse desses veículos de comunicação em mostrar, como fez a Gazeta do Povo, o recorde de investimento produtivo estrangeiro direto em 2022.
Para um governo que era "pária mundial", até que foi um resultado expressivo, não?
O saldo do Investimento Direto no País (IDP) foi de US$ 90,6 bilhões no ano passado, 95% superior ao apurado em 2021 (US$ 46,4 bilhões). Trata-se do melhor resultado nominal desde 2012. Que "despiora"...
O Projeto Veritas divulgou um vídeo com o diretor da Pfizer confessandoque a empresa pode explorar vírus mutante para novas vacinas.
Ele pede no vídeo, sem saber que estava sendo filmado, para o interlocutor nunca contar isso a ninguém, por motivos óbvios.
O vídeo já teve 10 milhões de visualizações no Twitter. Alguém ouviu algo na velha imprensa, da turma que monopolizou a "ciência" e parece vendedora de vacinas? [o famigerado consórcio da VELHA IMPRENSA = o da 'mentira unificada' - encerrou suas atividades ontem.]
As redes sociais Rumble e Instagram têm desafiado ordens ilegais do ministro Alexandre de Moraes, que resolveu dar numa canetada uma multa de R$ 1,2 milhão ao Instagram por desacatar a decisão de censurar o deputado Nikolas Ferreira, o mais votado do país que não cometeu qualquer crime.
A velha imprensa, em vez de expor esse absurdo arbitrário e autoritário, toma o lado do ministro e aplaude o avanço da censura no país.
Eis a chamada em destaque no site do GLOBO: "Asfixia a financiadores, vigilância a redes sociais, criação da Guarda Nacional: Flavio Dino prepara pacote antigolpe". Tecla SAP: ministro comunista de Lula prepara golpe final e fatal contra a democracia e nossas liberdades, com o apoio da velha imprensa.
Lula anuncia o uso do BNDES, uma vez mais, para financiar regimes camaradas. Para a ministra Marina Silva, o Brasil tem cem milhões de famintos, mas seu governo quer mandar bilhões para a Argentina para um gasoduto. Como lembra Ciro Nogueira, "A exploração do gás de xisto é proibida no Brasil por trazer grande prejuízo ao meio-ambiente. Já na Argentina explorá-lo é investimento, que, inclusive, Lula já garantiu financiar com o nosso dinheiro. Marina Silva viu isso? Ou será que lá o meio-ambiente é outro? Vai saber!"
A imprensa não viu, pois finge normalidade nesses financiamentos bizarros que transferem recursos do brasileiro trabalhador para ditadores e corruptos socialistas amigos do PT.
A mídia passou anos importunando e demonizando o empresário Luciano Hang, e deixou passar batido o maior escândalo corporativo dos últimos tempos, envolvendo uma empresa controlada por Jorge Paulo Lemman. A jornalista Paula Schmitt comentou: "Quer uma prova da total incompetência, estupidez, demência e corrupção da grande imprensa brasileira? Basta comparar quanto tempo gastaram falando do Luciano Hang da Havan nos últimos 2 anos com o quanto investigaram e alertaram sobre o rombo das Americanas".
Esses são apenas alguns exemplos de por que a velha imprensa agoniza, sem qualquer credibilidade.
A mídia mainstream se tornou um instrumento do poder petista.
O público não é trouxa como alguns pensam, e buscam, órfãos, quem ofereça jornalismo e análise de qualidade.
Não por acaso esta Gazeta do Povo vem crescendo o número de assinantes, que já passa dos cem mil...
É claro que nenhum governo pode apresentar resultados em
um mês. Mas o problema é que está sendo feito um esforço inédito na
história deste país para não se chegar a resultado nenhum
Ministros do governo Lula - Foto: Ricardo Stuckert/Flickr
Não, não é você que não está entendendo direito as coisas.Não, você não
viu este filme antes — e se não consegue achar pontos de contato entre o
terceiro governo Lula e os seus dois governos anteriores é porque não
há pontos de contato entre um e os outros. O fato puro e simples,
embora haja pouco de simples e nada de puro nisso tudo, é que o Lula de
20 anos atrás não existe mais.
É um outro homem que vive hoje no Palácio
do Planalto — e ele está fazendo um governo incompreensível nestes seus
primeiros 30 dias no comando do país.
Os circuitos normais do
pensamento político não estão funcionando.
Está fora do ar, também, a
lógica habitual da administração pública.
O presidente, dia após dia,
repete declarações que não têm nada a ver com nada; a única preocupação
que demonstrou, até agora, é a de manter o Brasil em guerra.
Os
ministros e o resto do primeiro escalão não fizeram um único dia de
trabalho útil de 1º de janeiro para cá; em vez disso, produzem
manifestos. Os sinais vitais da atividade normal de governar estão
frouxos. O sistema, como se diz hoje, parou de responder. [o melhor para o Brasil e para milhões e milhões de brasileiros é que pode piorar e VAI PIORAR - e quem vai produzir a PIORA é o próprio governo Lula.]
O Brasil precisa de emprego, de renda e do investimento indispensável para uma coisa e outra
O principal comprovante da trava geral que o país vive neste momentoé
a recusa do governo em fazer qualquer movimento que possa se conectar
com a ideia básica de produzir.
Nada do que se fez até agora conduz à
produção de um único parafuso — e, como consequência direta e óbvia
disso, não há perspectiva da mínima melhoria em qualquer aspecto da vida
real do cidadão.
Lula e o seu entorno, nas decisões que estão tomando,
agem como se fossem contra a produção — ou, pior ainda, como se não
soubessem o que é produção, e nem como funcionam os circuitos
produtivos mais elementares de uma economia.
É claro que nenhum governo
pode apresentar resultados em um mês; já está muito bom se realmente
fizer alguma coisa que preste em quatro anos, ou pelo menos se não
piorar muito aquilo que se tem hoje.
Mas o problema, visível a cada
gesto do presidente ou de quem manda em algum pedaço do seu governo, é
que está sendo feito um esforço inédito na história deste país para não
se chegar a resultado nenhum, nunca. O Brasil precisa de emprego, de
renda e do investimento indispensável para uma coisa e outra. A imensa
maioria dos brasileiros precisa, desesperadamente, adquirir mais
conhecimento para ganhar mais com o seu trabalho.
Precisa, é óbvio, que
haja mais oferta do que demanda de emprego — a única maneira coerente
para os trabalhadores conseguirem uma remuneração maior do que têm.
Precisa de mais competição para que se possam gerar produtos de melhor
qualidade, em maior escala e a preços menores. Precisa de assistência
médica mais decente da que recebe hoje, de água e esgoto e de mais
proteção contra o crime.
É uma agenda absolutamente básica — e o
governo, até agora, está fazendo questão fechada de só tomar decisões
frontalmente contrárias a tudo isso. É pior do que ficar parado. É andar
para trás.
O governo Lula montou uma equipe de 900 pessoas, nada menos que 900,
para preparar a “transição”. O presidente se orgulhou, a propósito, por
ter começado a governar “antes da posse”. Conseguiu uma licença para
gastar R$ 170 bilhões, já agora, acima do que a lei permite.
E o que foi
feito, na prática, para se conseguir um avanço mínimo, um único que
seja, em relação a qualquer das questões mencionadas no parágrafo
anterior? A resposta é: três vezes zero.
Isso fica comprovado com um
exame elementar, ponto por ponto, de tudo o que o novo governo fez nos
últimos 30 dias.
Um dos principais esforços da atuação pública do
presidente, por exemplo, é procurar uma briga com os militares. Já disse
que “perdeu a confiança” em parte das Forças Armadas, demitiu o
comandante do Exército e, no momento, está perseguindo com demissões até
cabos e sargentos que servem à Presidência e suas vizinhanças.
Que
brasileiro de carne e osso ganha alguma coisa com isso, no mundo das
questões práticas?Nenhum. Na mesma balada, Lula disse que os
empresários brasileiros não trabalham; o empresário,afirmou ele no novo
departamento de propaganda do governo criado dentro da Rede Globo, “não
ganha muito dinheiro porque ele trabalhou, mas porque os trabalhadores
dele trabalharam”. É falso.
Há neste momento 20 milhões de empresas em
funcionamento no Brasil; cada uma tem pelo menos um dono.
Lula está
chamando de “vagabundos”, então, essa multidão toda?
Já tinha dito que
uma parte do agronegócio, atividade essencial para o funcionamento da
economia brasileira de hoje, é “fascista”. De novo:qual o proveito que a
população pode tirar de um insulto gratuito como esse?
O que se tem,
tanto num caso como no outro, é a aberta hostilidade do governo à
atividade de produzir. O recado é: “Você produz alguma coisa? Então o
governo vai tratar você como inimigo, principalmente se o seu negócio
estiver dando certo”.
Que raio de“distribuição de renda”é essa, que transfere
cada vez mais riqueza da população para o cofre do Estado e para as
contas bancárias dos sócios-proprietários do governo?
Para além do palavrório de Lula, essa ira explícita contra o mundo na
produção fica clara na questão dos impostos. Num país de renda média
baixa, que não cresce de forma consistente, em grande parte, por causa
do excesso de impostos que a população paga, o governo quer socar ainda
mais imposto em cima do país — o contrário, exatamente, do que deveria
estar fazendo se estivesse interessado em progresso econômico e
desconcentração de renda.
O ministro da Fazenda já ameaçou: “muita
gente”, disse ele, “não paga imposto” neste país. Sério? Que “muita
gente” é essa? O ministro não diz — e nem poderia dizer, porque não
sabe.
Na verdade, não tem nenhum interesse em saber; seu único propósito
é cobrar mais. É um impulso suicida:
- como, num Brasil que arrecadou R$ 3
trilhões em 2022 nos três níveis de governo, dos quais 2 trilhões
ficaram nos cofres da União, o ministro pode achar que a população está
pagando pouco imposto?
Quanto que ele quer, então? O governo mostra sua
verdadeira cara, em matéria fiscal, numa das principais decisões que
tomou a respeito do assunto nestes seus primeiros dias: não vai dar a
isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês, ao
contrário do que Lula tinha prometido na campanha. Deve ser essa a nova
política de “incluir os pobres no orçamento” — eles entram no orçamento,
sim, mas do lado de quem paga.
Do lado de quem ganha estão os artistas
da “Lei Rouanet”.Não há dinheiro para reduzir em um tostão o IR dos
pobres (ou Lula acha que quem ganha R$ 5.000 por mês é rico?),mas já sobrou R$ 1 bilhão para os artistas.
Se está desse tamanho em apenas um
mês, onde vai estar daqui a um ano? Ninguém sabe. O que se sabe,
perfeitamente, é que a pobrada vai continuar pagando. Afinal, eles têm
de estar “no orçamento”, não é mesmo?
Como é possível um cidadão brasileiro ganhar alguma coisa
juntando a sua moeda,que no momento circula dentro de uma inflação
inferior a 6% ao ano,com a moeda de um país que está com a inflação
perto dos 100%?
Não pode haver nada mais hostil à produção de um país do que cobrar
imposto da maneira burra, safada, irresponsável e desproporcional às
condições reais da economia como se faz hoje no Brasil — mas o PT quer
piorar o que já é péssimo. Também não pode haver maneira mais eficaz de
concentrar renda. É o contrário, exatamente, do que dizem Lula, o PT e
os cérebros econômicos da esquerda.
Eles dizem que precisam de mais
impostos para “dar aos pobres”. É mentira. Os pobres ficam com umas
esmolas em dinheiro e um serviço público abaixo da crítica.
O coração
daqueles 3 trilhões mencionados acima vai para o bolso das castas
superiores do funcionalismo público, essas onde se ganha de R$ 30.000
por mês para mais, e todo o monumental sistema de despesas que têm em
torno de si.
A isso se soma o pagamento de juros inevitável para um
Estado que gasta mais do que pode e o universo de parasitas,
aproveitadores e piratas que se cola no governo — empreiteiras de obras
públicas, fornecedores de tudo, beneficiários do BNDES (nacionais e, de
novo, “latino-americanos”), empresários com carteirinha de “amigo” e por
aí se vai.
Que raio de “distribuição de renda” é essa, que transfere
cada vez mais riqueza da população para o cofre do Estado e para as
contas bancárias dos sócios-proprietários do governo? É concentração,
direto na veia, e Lula está querendo concentrar mais.
E o que se pode dizer de outra das realizações mais ruidosas deste
terceiro governo Lula — a “moeda latino-americana”, anunciada de novo
num discurso sem pé nem cabeça que o presidente fez em sua viagem à
Argentina? Como é possível um cidadão brasileiro ganhar alguma coisa
juntando a sua moeda, que no momento circula dentro de uma inflação
inferior a 6% ao ano, com a moeda de um país que está com a inflação
perto dos 100%?
É uma construção impossível — como querer montar uma
casa, numa armação de Lego, com as peças de um tanque de guerra. Lula
diz que “há países” que “às vezes precisam de dólares” para cumprir os
seus compromissos e que a “moeda sul-americana”, aí, iria ajudar. É
mesmo?Vamos tentar entender.
Esse “alguns países” é a Argentina. O
Brasil, que segundo Lula foi totalmente quebrado pelo governo anterior,
tem no momento acima de US$ 320 bilhões em reservas internacionais.
A
Argentina não tem um tostão furado, deve a meio mundo, não paga ninguém e
vive pedindo dinheiro para o FMI, que não quer dar mais — mesmo porque
os seus diretores não querem acabar na cadeia por fazer empréstimos que
não vão ser pagos. Muito bem:
- Lula inventou que o Brasil, que não
consegue cuidar da população brasileira com um mínimo de decência, tem
de dar dinheiro para a Argentina. Como um governo pode criar riqueza
jogando fora os seus dólares? Que diabo os pobres ganham com isso?
O
Brasil, segundo a ministra do Meio Ambiente, tem “120 milhões de pessoas
passando fome” neste momento; Lula, ao que parece, se contenta com “33
milhões”.
Em qualquer dos casos, como um país nesse estado de desgraça
pode emprestar, ou doar, dinheiro a um dos maiores caloteiros da finança
mundial no momento?
Lula disse que tinha “orgulho”do tempo em que o BNDES emprestava
dinheiro, muitas vezes não pago até hoje, para a “América Latina” —
portos, metrôs, gasodutos e outros portentos em países como Cuba,
Venezuela e daí para baixo. Orgulho? Como assim?
Ele teria de ter
orgulho de um BNDES que ajudasse o povo brasileiro,e não do escândalo
de mandar para bolsos estrangeiros dinheiro que pertence à população
deste país.
Lula não explicou, também, o que o Brasil poderia fazer com
os “surs”, ou seja lá o nome que derem à tal moeda, que vai
receber da Argentina em troca dos empréstimos e exportações brasileiras —
comprar coca da Bolívia, talvez?
Não vai conseguir, é óbvio, nem 1
litro de petróleo da Arábia Saudita, ou um rolo de arame farpado da
China; ali a conversa é em dólar.
Também não há nenhuma explicação
lógica para a ideia de montar em meia hora uma moeda internacional.
A
Europa levou 40 anos para chegar ao euro; Lula vai fazer melhor?
É tudo
um disparate gigante. É claro que toda essa história de “moeda
latino-americana”pode ser apenas um biombo para as trapaças de sempre; o
que estão querendo, mesmo, é o dinheiro do BNDES, como já se viu
durante anos. Nesse caso, tudo só fica pior ainda.
Há, enfim, a grande ideia fixa do Lula “modelo 2023” e do seu governo
— a repressão a quem não concorda com ele, e sobretudo a quem não
concorda em público.Quantos empregos o presidente pretende criar no
Brasil com o “controle social da mídia”?
Quantos por cento o PIB vai
aumentar com isso — ou quantos bilhões em investimento produtivo vão
sair daí?
O governo já tinha anunciado seu projeto de mudar o Código
Penal para criminalizar as manifestações de rua que julgar
inconvenientes.
Os crimes de “golpe de estado” e de “abolição violenta
do estado de direito”,previstos no artigo 359 do Código Penal,só podem
ser cometidos, hoje, se for usada violência ou grave ameaça; - Lula quer
incluir nisso os protestos públicos que julgar “antidemocráticos”.
Seu
último feito foi anunciar a criação de uma “Secretaria Nacional de
Promoção da Liberdade de Expressão”, apresentada pelo consórcio da mídia
como um órgão destinado à virtuosa tarefa de “combater a
desinformação”.
É um desvario de classe mundial. Desde quando, na
história humana, a liberdade de expressão precisou ser “promovida” por
um governo?
Como “promover” a livre opinião montando uma equipe de
vigilantes para controlar o que se diz, se mostra ou se escreve nas
redes sociais ou nos meios de comunicação? O que eles vão fazer, ou
tentar fazer, é censura — vão proibir, unicamente isso.
Ou alguém
imagina que vão incentivar a crítica ao governo e aumentar a liberdade
de expressão?
O Lula de hoje e os extremistas, aventureiros e
assaltantes do Erário que controlam todos os postos-chave do governo— e
parecem, cada vez mais, falar e decidir por ele — não têm compromisso
com o mundo das realidades. Ignoram que o Brasil precisa trabalhar para
prover as necessidades básicas de 215 milhões de pessoas. Estão querendo
criar um Brasil só para eles.
não é de pouco significado o compromisso que têm com a nação no próximo dia 1º de fevereiro.
A nobre
Câmara Alta da República, contando desde 2009, foi presidida por José
Sarney, Eunício Oliveira, Renan Calheiros, Davi Alcolumbre e Rodrigo
Pacheco.Será preciso dizer mais? Haverá mais um elo nessa corrente?
Os
senhores sabem e ouviram nas ruas o quanto o Senado foi sendo apropriado
por interesses distintos da conveniência nacional.
Conhecem os acordos
de bastidor que orientaram as sucessivas escolhas e o mal que causaram
ao estado de direito, à democracia e à liberdade dos cidadãos.
Se é
verdade que a representação popular não é sinônimo de obediência à voz
das galerias, também é verdade que a ruptura com o evidente interesse
nacional não se explica com as razões que têm levado o Senado a se
omitir perante suas responsabilidades. Não se explica!
No meu modo
de ver, pouco interessa se a votação do dia 1º será aberta ou secreta.
Mais um passo nessa sequência de escolhas equivocadas pesará sobre os
ombros de todos.
A omissão do Senado é sementeira do arbítrio e do abuso
que não tem poupado sequer os próprios congressistas.
O que a nação
quer é simples:democracia, estado de direito, lei valendo para todos,
liberdade de expressão, garantias constitucionais.
Sirvam-nos isso e
estaremos bem servidos, cuidando de nossas vidas! Não falo em perseguir
bruxas. A caça a elas que vejo – a única! – está em pleno curso já há
alguns anos enquanto as liberdades e garantias dos cidadãos se foram
esvaindo.
Ponderem. O
sistema de freios e contrapesos entre os poderes enguiçou nas mãos do
Senado!
Enguiçou e enguiçará sempre se quem tem que acionar o freio
fechar os olhos na hora de frear. Enguiçou e enguiçará sempre, se o
contrapeso for tão leve que flutuar na atmosfera das cumplicidades.
A nação os
observa com esperança e temor.
Dois sentimentos antagônicos. Aplaquem o
temor; não promovam o velório da esperança. No dia 1º de fevereiro, ela
estará em suas mãos.
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Inevitável esse pensamento diante das propostas de política econômica que vão surgindo nas diversas esferas do governo Lula.
Dirão:um erro é um erro, não importa se novo ou velho.
Certo, na teoria. Na prática, não é bem assim. Um erro novo pode
resultar de uma sincera tentativa de mudança. Não diminui o erro, mas
diminui a culpa do autor. Pode ser admitido e corrigido.
Mas é incrível que, neste Brasil, não se admita nem se tente
corrigir uma visão de política econômica já testada e fracassada. Por exemplo: agora estão falando em elevar a meta de inflação para facilitar … o combate à inflação!
O argumento tem um disfarce. Sustenta que perseguir uma meta
muito baixa exige taxa de juros muito elevada, o que atrapalha o
crescimento. Não se define o que seja muito baixa ou alta, mas a ideia
por trás é a mesma de quase 40 anos atrás, quando se fez, com o Cruzado,
a primeira tentativa de criar uma moeda estável: tolerância com a
inflação.
É verdade que alguma inflação sempre haverá, mesmo em países
com histórico de estabilidade. Deflação, por exemplo, uma queda
acentuada e persistente de preços, pode resultar em redução dos
investimentos. Isso ocorre quando o empresário desiste de ampliar sua
produção ou de lançar novos produtos porque teme não conseguir elevar
seu preço para ter mais margem ou cobrir custos novos.
Mas isso tudo é diferente de tolerância com a alta
persistente de preços. Neste caso, entende-se que a inflação é um meio
de crescimento. Até pode ser por algum momento, mas se crescer significa
aumento da renda e do emprego em ambiente estável, então a inflação é o
mal a ser extirpado. O Brasil tem muita experiência, negativa, nesse quesito.
A
inflação prejudica os mais pobres, ao reduzir o salário real.
Na corrida
preços/salários, os preços sempre tomam a dianteira.
Queda do salário
significa menos mercado e consumo e, pois, menos investimentos.
Sim, é simples assim. Se inflação alta e crônica fosse meio de crescimento, o Brasil seria rico há muitos anos. Em outras palavras, o que atrapalha a economia brasileira
hoje não é o combate à inflação. É o gasto público muito elevado e pouco
eficiente, financiado com dívida. Déficits frequentes e dívida em
expansão geram inflação, a ser combatida com elevação da taxa de juros
pelo Banco Central.
Mais exatamente, o problema atual é a total contradição
entre a política fiscal, de expansão do gasto público (da demanda)e a
política monetária, restritiva, ou seja, com juros reais altos o
suficiente para esfriar consumo e investimentos. Cada uma puxando para um lado, o resultado é menos
crescimento e tempo maior para debelar a inflação. Isto, de sua vez,
significa juros mais altos por mais tempo.
O que está fora de lugar é a política fiscal. Em vez de
admitir esse erro muito, muito antigo, o governo Lula cisma com o Banco
Central, com sua independência e suas metas de inflação. Quer reduzir as
metas.
E quando o próprio governo anuncia que vai tolerar inflação mais
elevada, é lógico que os preços sobem mais depressa.
Outro erro velho em vias de ser cometido está no BNDES.
Só
nesta semana, o presidente Lula prometeu que o banco vai financiar obras
na Argentina e em outros países amigos do Sul.
Também disse aos
governadores que o BNDES pode ajudar Estados a compensar perdas de
receita provocadas pela redução de impostos sobre a gasolina e energia.
Mais: garantiu que o banco ampliará financiamentos às estatais à
indústria brasileira.
Pergunta-se:BNDES pode perder dinheiro nisso, como já
perdeu? A resposta: não vai perder, pois os empréstimos têm garantia. De quem?
Do Tesouro brasileiro, alimentado pelo contribuinte
brasileiro.
Ora, seria mais correto gastar aqui mesmo o dinheiro do
contribuinte.E não dar empréstimo baseado em ideologia, mas sim na
análise do crédito do financiado. Simples assim.
Outro erro velho iminente? A condução da Petrobras.
Os
célebres 10 mil “Imortais” da Pérsia sustentaram por mais de dois
séculos o poder imperial Aquemênida, até a sua queda perante Alexandre, o
Grande. Ao longo da história, muitos outros regimes autoritários se
mantiveram incólumes, por certo tempo, valendo-se da couraça de suas
guardas palacianas, fortemente armadas e bem remuneradas (com o dinheiro
dos impostos extorquidos do povo).
Por algum tempo, mas não para
sempre. Alguns deles terminaram caindo por forças externas, como o de
Dario III, mas a maioria acabou se destruindo internamente, tal como o
câncer acaba corroendo os organismos mais fortes.
Somente depois de
enfraquecidos pela incompetência na gestão econômica; de incapacitados
para manter políticas de pão e circo, na forma de programas
assistencialistas; de dilacerados pelas disputas viscerais pelo poder; e
de imersos na corrupção foi que a população oprimida pode encontrar
formas e meios para derrubá-los, sendo comum que a própria guarda
pretoriana se juntasse à revolta (ou até a encabeçasse).
Diante
dessa retrospectiva histórica, como decifrar o quadro kafkiano da nossa
situação política?
Estamos diante de um governo recém-empossado,
detentor de um mandato com roupagem democrática, obtido em pleito
validado pelo Poder Judiciário, endossado pelo Poder Legislativo e
protegido pelas Forças Armadas.
Tudo indica que estão postas as
condições para a longevidade do regime, não importa a multitudinária
inconformidade de metade(no mínimo)da população brasileira, assombrada
pela avalanche do socialismo “bolivariano”que ameaça afogar nosso
continente.
Afasto,
decididamente, a hipótese de esperarmos que um outro grande Alexandre,
travestido de paladino da democracia,venha impedir a consolidação do
projeto neocomunista anunciado e proclamado pelo presidente, dito
vitorioso nas urnas vulneráveis.
E, na minha despretensiosa perspectiva,
vejo três saídas para impedir que se prolonguem estes tempos de
arbítrio, corrupção e dissolução dos costumes mais caros aos
brasileiros.
Primeira (ardentemente desejada e de vigência imediata): o novo Congresso
Nacional, a empossar-se em fevereiro, assume com patriotismo sua missão
perante o povo e, como Poder legítimo, impõe aos demais podereso
restabelecimento do estado de direito, o respeito à lei e a garantia dos
direitos individuais consagrados na Constituição Federal.
Segunda(técnica e logicamente previsível, a resultar das diretrizes anunciadas
pelo governo): gastos públicos incontrolados, programas sociais e
culturais assistencialistas, associados à insegurança jurídica, levam a
inflação, aversão a investimentos, falta de crescimento econômico
sustentável, crescente insatisfação popular.
Terceira(inevitável, a se manterem a degradação ética da política nacional e a
disposição dos atuais governantes de “fazer qualquer coisa” para
conservar o poder e concluir a proclamada revolução socialista,
neocomunista ou bolivariana):a progressiva consolidação de um sistema
cleptocrático, no qual a disputa pelo poder e pelos potins do saque
contra o patrimônio público provoque a canibalização das lideranças
espúrias.
Desperdiçada
a primeira saída,qualquer das duas outras levará, cedo ou tarde, a uma
nova oportunidade para que se desmonte- tomara que de uma vez por
todas – o pervertido sistema político atual, de modo que o poder seja
entregue às mãos do povo e aos que melhor o sirvam, com honestidade,
lealdade e a devida competência.
Qualquer
que seja das três saídas a que ocorra, o que se impõe à cidadania é que
se mantenha mobilizada e firme na luta pela liberdade, pela restauração
dos direitos constitucionais e pela prevalência da dignidade na vida
nacional.