Presídio de Segurança Máxima manterá presos isolados por concreto e aço
[Lula que durante seus governos se especializou em fraudar os incautos, inaugurando 'pedra fundamental' de universidade, será o responsável pela inauguração do presídio - será o primeiro preso.]
Correio visitou as instalações do presídio, que será pré-inaugurado em 15 de novembro. Com 208 vagas para um preso por cela, intenção é funcionar 30 % abaixo da capacidade
Ao custo aproximado de R$ 40 milhões, instalações estão 99 % concluídas. São quatro pavilhões com quatro corredores e 13 celas em cada um
Instalada no Complexo Penitenciário da Papuda, o Presídio
Federal de Segurança Máxima de Brasília será pré-inaugurado em 15 de
novembro. Com a promessa de começar a funcionar a partir de janeiro, a
cadeia conta com um monitoramento intenso. São quatro pavilhões de
acesso restrito. Gradeados, os blocos gravam toda a relação dos presos,
inclusive as visitas com familiares e conversas nos parlatórios com
advogados. O único acesso sem vigilância é a cela de visita íntima, mas o
direito é restrito. Hoje apenas detentos estrangeiros, réus
colaboradores de investigações e outros de bom comportamento têm acesso
ao benefício.
Na tarde de ontem o Correio
visitou as instalações que estão 99% concluídas. Em cada um dos quatro
pavilhões ,existem quatro corredores com 13 celas. Os presos ficam
sozinhos em um espaço de pouco mais de 6m² com uma estrutura de cama de
concreto armado, duas prateleiras, pia e vaso sanitário. Todas as
paredes também são revestidas com o mesmo material. Não há tijolo, capaz
de permitir a fuga dos presos, e as paredes são protegidas contra
explosões e disparos.
Trancados, os internos
não têm comunicação com ninguém. Com vaga para 208 presos, um por cela,
por segurança a intenção é que a capacitação fique 30% abaixo, ou seja,
entre 150 a 160 presos. A porta das celas, de aço, é vedada de cima a
baixo. Só há duas portinholas para o contato do agente federal com o
detento. Em uma, há comunicação visual. Na outra, é por onde passam as
roupas que precisam ser lavadas, alimentos e remédios. O único
relacionamento com outros presos é no banho de sol. Em cada pavilhão, há
um pátio onde ficam até 13 internos juntos.
A
hora do banho é controlada. De um cano instalado no teto sai a água, mas
aquecida, diferente dos demais presídios, onde a água é fria. As luzes
são apagadas todos os dias às 22h. Só existe uma pequena janela de
ventilação. As visitas de familiares ocorrem uma vez por semana. Podem
entrar mãe, pai, filhos, enteados, avós e sobrinhos, mas eles passam
por três procedimentos de revista com scanner que detecta inclusive
metais pequenos. O encontro com os familiares é em um pátio vigiado por
um servidor instalado em uma torre. Na Penitenciária Federal em Brasília
trabalharão de 200 a 250 agentes federais de execução penal.
A
obra começou em 2013 e a previsão inicial era que ficasse pronta em
2014. Ao custo de aproximadamente R$ 40 milhões, é a quinta estrutura de
segurança máxima no país, depois dos presídios federais de Campo Grande
(MT), Catanduvas (PR), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO). Em 15 de
novembro o Departamento Penitenciário Federal (Depen) fará uma inspeção
para corrigir eventuais falhas. A partir desta data, a empresa
responsável pela construção terá 90 dias para corrigir.
Na
grande estrutura construída há, ainda, duas salas blindadas onde ficam a
reserva de armaria. Lacradas com concreto armado, é onde ficam desde os
armamentos não letais até fuzis 762 com capacidade para furar carro
blindado. Também há uma ala médica, com atendimentos de saúde física e
mental, para os internos. A intenção é que eles só saiam do complexo em
casos extremos. Nesses locais há celas individuais com chuveiros para
serem usados apenas pelos internos doentes.
Segundo
o diretor-geral do Depen, vinculado ao Ministério da Justiça, Jefferson
de Almeida, não há o que temer em relação à segurança pública. “As
unidades federais possuem protocolos muito bem definidos, os presos
obedecem a uma sistemática de controle e, na história, do sistema
penitenciário federal nunca houve nenhum tipo de anormalidade que
pudesse afetar a segurança pública dos locais onde elas estão
instaladas”, ressaltou.
A estrutura é
construída para os presos mais perigosos. São líderes de facção
criminosa, envolvidos em crime organizados homicidas, latrocidas e
condenados por roubos em série. Para evitar que eles fiquem nas regiões
onde cometeram os crimes, na tentativa de não inflamar outros presos, a
Justiça Federal indica outro presídio. A transferência e a inclusão
deles em estabelecimentos penais federais são reguladas pela Lei nº
11.671/2008.
Luiz Fernando da Costa, conhecido
como Fernandinho Beira-Mar, líder da facção Comando Vermelho (CV) no Rio
de Janeiro, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico na
Favela da Rocinha, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, responsável
pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, são alguns dos criminosos que
estão, atualmente, em presídios de segurança máxima.
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