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quinta-feira, 18 de março de 2021

Município do Rio Grande do Norte Zera Óbitos Por Covid Usando Tratamento Precoce Com Ivermectina

O município de Maxaranguape (RN) não registrou nenhum óbito e não teve nenhum caso de UTI e urgência devido à covid desde o início da segunda onda da pandemia do vírus chinês. 
Em entrevista na semana passada, o prefeito da cidade afirmou que o sucesso no combate à pandemia deve-se ao tratamento precoce com ivermectina e outras iniciativas, incluindo barreiras sanitárias e fiscalização.
 
Segundo o prefeito Luís Eduardo, até o dia 08 de março havia 96 casos suspeitos de contaminação pelo vírus chinês no município. 
Antes disso, 511 casos foram descartados, 264 confirmados, sendo destes 3 óbitos de pacientes que apresentavam alguma comorbidade. 
Além disso, o município registra 248 recuperados, e atualmente 13 pessoas encontram-se em tratamento em isolamento, porém, sem necessidade de serem internados.

 


Maxaranguape zera óbitos por Covid-19 com Ivermectina e barreiras sanitárias

A prefeitura de Maxaranguape comprou cerca de 15 mil comprimidos de Ivermectina para uma população de cerca de 13 mil habitantes. O medicamento é distribuído gratuitamente na farmácia do município sob prescrição médica. A Ivermectina é um vermífugo que, juntamente com a hidroxicloroquina, tem se mostrado o mais eficaz medicamente para uso off label para a prevenção e tratamento precoce da covid.

As alegações de que estes medicamentos não possuem “comprovação científica” são falsas e cínicas, e refletem tão somente o descompromisso com a vida e os interesses escusos de natureza política ou econômica de quem as profere. Experiência como a do município potiguar de Maxaranguape (RN) espelham experiências semelhantes bem-sucedidas de cidades como Porto Feliz (SP) [Saiba mais], Porto Seguro (SC) e inúmeras outras.

É inexplicável e inaceitável, portanto, que diante de evidências empíricas inquestionáveis sobre a efetividade do tratamento precoce e preventivo com medicamentos como ivermectina e hidroxicloroquina, o Governo Federal não tenha tido competência para implementar em âmbito nacional as experiências bem-sucedidas destas cidades no combate a covid. Milhares e milhares de vidas teriam sido salvas se tivéssemos tido um titular à frente do Ministério da Saúde que fizesse valer sua autoridade institucional e determinasse como política de Estado do Governo do Brasil a adoção ampla e generalizada do tratamento precoce e preventivo contra a covid. Rússia, Índia e Coreia do Sul adoram estas políticas e salvaram milhares de vidas de seus concidadãos.
 
 Mas em vez disso, desde o início da pandemia do vírus chinês, a despeito do posicionamento correto do Presidente Bolsonaro em favor do tratamento precoce, não tivemos em momento algum um Ministro da Saúde à altura dos desafios do cargo para o momento da pandemia.
 
[competência? autoridade institucional? o Governo Federal do Brasil, que vice sob a égide do 'estado democrático de direito' não tem autonomia para decidir sobre tais assuntos.
Pensou o Poder Executivo da União em decidir sobre saúde ou assunto correlato, e logo um governador  - pretenso a pretenso futuro candidato em 2022 - ou um partideco sem votos, noção, programa de governo, etc... logo ingressa na Justiça para bloquear o pensamento do Presidente da República, e o assunto pensado é proibido.]

Em vez disso, todos os titulares que passaram pela pasta foram omissos, renderam-se ao lobby internacional das vacinas, e capitularam ante à pressão da grande mídia e do governadores, e em momento algum nenhum deste titulares teve coragem o bastante para fazer o que precisava e precisa ser feito.

Critica Nacional  - Transcrito em 18 março 2021


segunda-feira, 8 de março de 2021

Povão começa a reagir aos “covideiros”? - Jorge Serrão

Edição do Alerta Total

Não basta mais usar máscara. O sistema midiático de geração de amedrontamento agora recomenda que você use duas máscaras. Quem quiser vesti-las, junto com um face shield (aquele protetor de face, de plástico), melhor ainda. A ordem (ops, recomendação) vem sempre acompanhada da mensagem: “A orientação é da Organização Mundial da Saúde”.  Ou seja, quem não obedecer é transformado, automaticamente, em inimigo mortal da saúde pública. Ganha o rótulo de negacionista. A pecha simplista de fascista. Por tal lógica, precisa ser reprimido duramente pelas forças estatais de vigilância. Assim, a repressão e a supressão da liberdade ganham ares de “normalidade” e pretensa “legitimidade”. Tudo em nome de “uma boa causa humanitária”. Impossível maior cinismo pragmático...

A narrativa continua a mesma. O pandemônio, também. A maioria foi convencida a tomar vacina. O problema, previsível, acontece. Continua faltando vacina para todo mundo. A oposição perdida e sua midia abestada jogam a culpa em Odorico Paraguaçu (ops, Jair Bolsonaro).   Só que ele não é o fabricante da vacina, nem o comerciante que lucra com sua venda em massa. Os megalaboratórios priorizaram os países do Primeiro Mundo, onde vivem seus acionistas controladores, que querem dividendos, mas, antes de tudo, imunização. 
Os habitantes do Terceiro Mundo dependem do fornecimento pela China e Índia. 
Nossos laboratórios estatais Butantan e Fiocruz não têm capacidade produtiva suficiente, além de dependerem dos insumos vindos do exterior.

Sem vacina suficiente, sem leitos de UTI que nunca tivemos de sobra (nem nos hospitais particulares caríssimos), os hospitais seguem sobrecarregados. 

Assim, a narrativa volta a se concentrar no “use máscaras (agora duas)”, no “mantenha distanciamento social”, no “Fique em casa” e, na mais terrível e falsa alternativa, o tal do “Lockdown” (em livre tradução Tabajara: “fecha a porra toda, e dane-se quem precisa trabalhar, produzir, gerar emprego e pagar impostos sem fim”. Governadores e Prefeitos seguem ditando as ordens, como determina a Constituição, reforçada pela interpretação do Supremo Tribunal Federal.

O Monstro do Lockdown (já solicitamos uma entrevista oficial a ele) segue reinando. A maioria dos lojistas não teve outro jeito, senão aceitar a repressão estatal, só permitindo o regime de comércio semi-aberto para entrega (que fica mais bonito chamar de Delivery)
Até a Organização Mundial da Saúde já advertiu que o lockdown tem pouca eficácia prática, a não ser permitir um descanso dos profissionais de saúde sobrecarregados de trabalho. 
O curioso é que o lockdown vale para o comércio, porém a regra não se aplica, na prática, aos transportes públicos superlotados, sobretudo nas grandes cidades.

Por causa dessa contradição mal resolvida, os segmentos mais revoltados da população começam a reagir. Partem para protestos na porta das mansões (ops, residências) dos governadores e prefeitos. Alguns dos dirigentes reagem truculentamente. O governador de São Paulo, por exemplo, ameaça processar quem reclama dele. Parecem de guerra (ou de uma operação militar de alta envergadura) as imagens de dezenas de viaturas e motos cercando o quarteirão no qual mora João Dória, em um riquíssimo bairro de São Paulo. Até a vizinhança está bronqueada com ele. Tanto que um vizinho filmou a suposta festa dada pelo filho de Dória no fim de semana. Ele alega que foi apenas música alta. Só que ninguém acredita… A calça apertou ainda mais…


Os “covideiros” já estão com as barbas de molho. O povão começa a reagir às narrativas absolutamente falsas que não encontram respaldo na realidade prática da vida. Infelizmente, a terrível doença segue presente e deve continuar a pleno vapor, porque a vacinação ainda é lenta e seus resultados reais ainda carecem de comprovação estatística e científica, por mais que a propaganda oficial e médico-farmacêutica diga que o remédio funciona. Desta forma, a população prossegue refém do medo, da incompetência estatal e das incertezas econômicas geradas pelos “lockdowns”.

Dica segura? Beba água, tome sol (vitamina D), consuma alimentos com vitamina C, mantenha a higiene pessoal e evite, ao máximo, aglomerações, principalmente em espaços públicos lotados, sujos e inseguros.  
No mais, é torcer para o Covidão não te pegar. O Monstro do Lockdown já te pegou. Cedo ou tarde você sentirá os desastrosos efeitos econômicos. O cinismo pragmático e o medo seguem ganhando de goleada. O Bem Amado Odorico que se cuide!

No mais, vamos celebrar o Dia Internacional da Mulher - que deveria ser todo dia. Mas quem quiser comemorar o Dia Internacional do Homem (não sei que dia é) [uma colega acaba de dizer que é o 1º de abril - os fundamentos ela não apresentou...basta vestir uma máscara dark do Dart Vader. Afinal, a coisa segue preta...

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Imunização, Já! - Alerta Total

Por Clynson Oliveira

Não… Não estamos falando de imunização para a COVID-19.

Existe uma vulnerabilidade em você, que talvez você nem saiba que existe. Sua cognição, seu pensamento está sob ataque, neste exato momento, você sabia? 

Crédito da Imagem: Luiz Augusto @LuizJacoby

“[…] desconstrua! construa uma oposição hierárquica, demonstre que a mediação passa por extremos e inverta a hierarquia, formulando, assim, um meio termo que inclua os extremos […]” (Frédéric Vandenberghe)


Existe uma técnica desenvolvida ao longo de séculos para desenvolver o politicamente correto e estimular a espiral do silêncio, com o objetivo de criar realidades e controlar a narrativa. Na era da pós-verdade é fundamental criar crenças baseadas nestas narrativas inventadas e assim consolidar o poder, em quaisquer dos campos do poder, do econômico ao político, do psicossocial ao militar, e até no campo tecnológico.

Para conter qualquer tipo de epidemia é necessário criar um remédio, um antídoto que dificulte sua expansão. A liberdade de expressão, em tempos de pós-verdade é esta epidemia. Mais uma vez, a vacina que imuniza contra a COVID-19, não vai imunizar a sua liberdade de expressão contra aqueles que querem tomá-la de “assalto” e assim controlar o seu pensamento, de uma vez por todas.

Ontem o Facebook iniciou um novo cerceamento da vontade política de seus usuários, amanhã políticos tentarão inverter a lógica e criarão o crime de pensamento, como previu George Orwell na década de 40, em seu livro 1984. O pensamento livre, desconectado de padronizações, independente de patrulhamento é o principal obstáculo à tomada do poder. O brasileiro foi imunizado cognitivamente durante mais de 16 anos para não perceber os absurdos de corrupção que assolaram o País.

[aos inimigos do Brasil, arautos do pessimismo e contadores de cadáveres que querem atribuir ao general Pauzuello, ministro da Saúde do Governo do Presidente Bolsonaro, a imagem abaixo mostra o verdadeiro culpado - leia a dedicatória:]



Imunizando contra o BOLSONARISMO

Na última semana lemos dia após dia frases de efeito como:

“[…] o bolsonarismo corrompeu a democracia […]” Ministro do STF Edson Fachin.

“[…] decisão da Justiça derruba…tratamento precoce da COVID-19 …o bolsonarismo foi derrotado […]” Roberto do PSOL

“[…] bolsonarismo + maioria da Câmara entregou o Banco Central do Brasil nas mãos do poder financeiro internacional […]” Jandira Feghali

Nada de bom que o governo faça lhe é dado crédito, mas tudo de ruim, incluindo as ilações sem prova alguma, são creditados na conta do bolsonarismo. Existe bolsonarismo? É uma doutrina? É uma religião? Para reflexão. Como chegamos a esse ponto? Como chegamos a desprezar o andamento da vida administrativa do País em uma simples palavra que parece ser o GOVERNO em si?

A resposta é, nos acostumamos tanto a cair nas armadilhas de cortinas de fumaça dos atos medonhos de corrupção ocorrendo em nossos narizes que a técnica é usada para dar certo, novamente, assim como deu quando nos deixarmos envolver por atos e palavras nos últimos 16 anos, sem nos darmos conta de que estávamos sendo enganados, de uma maneira torpe e vil. O fato é que os perdedores das eleições de 2018 desejam que tudo seja “psicologicamente pior”, economicamente desastroso, educacionalmente inexistente (ainda não abrimos nossas escolas, desde o início da pandemia em 2020).

[ A mudança que ilustra este recado não foi realizada pelos que se julgam Supremos e pretendem autorizar até quem deve ter o direito de nascer.

Um alerta: desnecessário, mas para perfeito entendimento dos que quando desenhamos não conseguem compreender, que o 'coisa ruim', o de vermelho, está muito triste pela não realização do carnaval 2021.

A mudança mostrada foi realizada por DEUS, o SER SUPREMO,que realmente pode tudo.]

Se pretende, assim, destruir o sentimento de Nação, causar desesperança para que, um deles, possa reabrir os passos para a criação de uma América Latina “feliz”, unida em prol da pobreza e da miséria, como na Venezuela e em Cuba, tudo isso usando a imunização cognitiva da população como uma arma acessória ao “politicamente correto” e à “espiral do silêncio”.

Afinal, o que é a imunização cognitiva? A imunização vem do verbo imunizar que significa proteger, defender, resguardar. Cognitiva vem de cognição que é o processo de aprendizagem que inclui o pensar, o refletir, o estar consciente, a atenção, o discurso, a percepção do meio ambiente e tudo que envolve os processos mentais que influenciam nossas atitudes e comportamentos.

A imunização cognitiva é o processo de proteção do pensar diferente, é o processo de padronização dos pensamentos que de forma direta e subliminar que objetiva extinguir toda a capacidade dos desavisados de se contrapor às maiores obviedades. Assim, plantam-se narrativas e reforça-se o sentimento de inação governamental, implanta-se o desespero como rotina, um novo normal. Mantenha-se atento à imunização cognitiva que chega diariamente até você, bem na palma da sua mão. Fique atento!

Semana que vem conto como este processo se dá em 4 fases!

Transcrito do Blog Alerta Total - Jorge Serrão

Clynson Oliveira é PhD em ciências militares e guerra psicológica pela ECEME e Mestre em gestão de projetos pela FGV. Atuou em mais de 10 países incluindo EUA, Haiti e Índia. É professor de MBA de Gestão Empresarial e Financeira da Universidade Estácio de Sá e empresário na área de consultoria em inovação e economia digital. Originalmente publicado no site Vida Destra, em 12 de fevereiro de 2021.


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Bolsonaro está mais forte. E as oposições? [quais oposições? tem algum aoposição no Brasil?

Felipe Maia

Não há escolha política acertada sem uma correta compreensão das relações de força. Por isso é forçoso constatar que Bolsonaro hoje está mais forte que há dois anos. As razões que explicam o fenômeno ainda estão por ser mais bem entendidas, mas a leitura dos fatos dificilmente permite outra conclusão. A vitória dos candidatos do governo nas eleições para as mesas das duas casas legislativas no início de fevereiro consolidou um realinhamento de forças políticas que teve início em meados do ano passado quando Bolsonaro livrou-se de Sérgio Moro e ampliou a participação do assim chamado “centrão” em seu governo. 
[NÃO EXISTE oposição ao governo Bolsonaro - o que existe é um amontoado de insatisfeitos com o resultado das eleições 2018, formado por adeptos do 'quanto pior, melhor' somados aos inimigos do Brasil, misturados aos inimigos do presidente e os sempre derrotados petistas e assemelhados  - que no desespero sentem que a caminhada dos brasileiros e brasileiras, sob o comando do Presidente Bolsonaro, rumo ao Brasil da ORDEM E PROGRESSO, do PLENO EMPREGO, da INDEPENDÊNCIA ECONÔMICA, da SAÚDE, da EDUCAÇÃO, da ERRADICAÇÃO TOTAL da Miséria, é inexorável, inevitável e exitosa. 
São tais coisas que pretendem - ou são consideradas - oposição?]

O que foi visto à época como um seguro contra um eventual processo de impeachment, pode se tornar agora o modus operandi permanente da relação entre governo e legislativo. Uma eventual reforma ministerial, com se especula, seria o próximo passo na reorganização das forças do governo. Ela poderia consolidar a aliança entre o grupo palaciano e os partidos dominantes no Congresso, num amálgama de interesses corporativos, religiosos e econômicos, em que se mistura a agenda cultural reacionária com a economia ultraliberal, que vê no desmonte das redes de proteção social e ambiental a tábua de salvação  ... 

... mas para derrotar o grupo de Rodrigo Maia e Baleia Rossi até em seus próprios partidos. Estima-se que até nos partidos da oposição de esquerda a aliança vencedora tenha amealhado votos, tendo sido emblemática a divisão da bancada do PT na escolha do posto que lhe cabia na composição da mesa diretora da casa. O arranjo encabeçado por Rodrigo Maia, que reunia partidos de centro-direita independentes do governo e a oposição de esquerda, se desfez. Foi essa articulação que permitiu manter a Câmara longe do controle do governo, o que serviu como um muro de contenção para reduzir os danos da política destrutiva de Bolsonaro. Desfeito o obstáculo, o governo tem agora caminho mais livre para encaminhar sua agenda no Legislativo. 

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E isso ainda mais se Bolsonaro conseguir manter o controle de outros elementos chave da dinâmica política. Em sua relação com o Judiciário, ele vem, aos poucos, ganhando terreno. Já indicou um ministro ao Supremo Tribunal Federal, que vai se revelando bastante colaborativo, e ainda poderá indicar ao menos mais um até o fim de seu mandato, o que não é suficiente para alterar a composição do plenário que é hoje, com todas as críticas que se possa ter a ela, resistente aos impulsos autoritários.

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No novo quadro, ele fica mais isolado no “mundo ocidental”, mas não no planeta, pois os autoritarismos de direita têm força no globo, na Índia e na Rússia, que são potências, e que não vão isolar Bolsonaro por razões democráticas. Nem a China o fará.

A resistência ao autoritarismo e a um segundo mandato de Bolsonaro dependem da política interna brasileira. Vê-se que o governo se refez, mas e a oposição? Seria ela capaz de superar sua fragmentação? As diferenças políticas entre a oposição liberal de João Dória e os partidos de esquerda dificilmente permitiriam a constituição de um movimento programaticamente unitário, mas não deveriam impedir a colaboração em torno de pontos em comum, notadamente, a defesa da Constituição de 88 e a recusa dos “negacionismos” em políticas de saúde ou ambiental, o que, no entanto, apenas muito timidamente se esboça. A derrota da frente mais ampla na eleição para a mesa da Câmara corre o sério risco de ser mal interpretada, enfraquecendo a adesão a iniciativas de oposição que transcendem as divisões programáticas, quando, ao contrário, deveria favorecer o reconhecimento da força do adversário e da gravidade da ameaça que representa.

Na esquerda, a prevalência de estratégias partidárias autocentradas também dificulta a construção de uma concertação mais ampla. É assustadora a perspectiva de repetição da configuração eleitoral de 2018 que pode levar ao mesmíssimo resultado. Ou não aprendemos nada sobre a força do autoritarismo no mundo e no Brasil? Esse é um desafio político, que não se supera sem um realinhamento de orientações partidárias para oferecer à população uma alternativa nova, capaz de dialogar mais amplamente com uma sociedade que é tão heterogênea quanto desigual. Não podemos deixar que a ilusão de uma revanche ou de um tira teima das eleições passadas nos conduza novamente ao abismo autoritário que se anuncia.

MATÉRIA COMPLETAFelipe Maia, professor e pesquisador

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

A grande jabuticaba - Nas entrelinhas

Enquanto o Palácio do Planalto avança na sua “guerra de posições”, a oposição se baratina numa “guerra de movimentos”, cujo objetivo é atalhar o poder com o impeachment

Uma das dificuldades para a compreensão da situação política brasileira é definir o caráter do governo Bolsonaro. O fato de ser um governo com características bonapartistas, ou seja, controlado por militares e que se coloca acima das classes sociais — numa ordem democrática, porém, é uma grande jabuticaba. Historicamente, governos bonapartistas são uma espécie de antessala do fascismo e só existem em regimes autoritários. Não é o nosso caso, o que faz da situação uma espécie de esquizofrenia política.

O fato de o presidente Jair Bolsonaro exaltar o antigo regime militar e, frequentemente, tomar decisões ou ter atitudes que revelam um viés profundamente autoritário, reforça em muitos setores da sociedade e, principalmente, nos partidos de oposição, o temor de que trabalhe dia e noite para resolver essa contradição subvertendo as regras do jogo democrático. Em qual direção? No rumo de uma espécie de “ditadura do Executivo”, na qual seu poder subjugasse o Legislativo, o Judiciário, o Ministério Público, os demais entes federados e os meios de comunicação. A legitimidade da centralização e verticalização do poder seria dada pelo fato de que foi eleito, ou seja, seria esse o desejo da maioria dos eleitores.

Há países cujos governos foram eleitos, mas seus chefes de Estado operam de forma autoritária: Rússia, Turquia, Egito, Cingapura, Filipinas, Índia etc. Esse é um cardápio de opções institucionais bastante variado, mas todas confrontam a Constituição brasileira de 1988. Alguns desses países se destacam, na corrida mundial para reinventar o Estado, por alcançar padrões de modernização compatíveis com integração ao processo de globalização e a revolução tecnológica em curso. O caso de Cingapura é exemplar, porque tem um governo altamente eficiente e um regime de partido majoritário que servem de inspiração para os líderes chineses, que estudam seu modelo na escola de formação de quadros do Partido Comunista.

Esses temores da oposição em relação a Bolsonaro, num ambiente de agravamento da crise sanitária e recessão da economia, leva muitos a acreditar que o presidente da República aposta no caos para dar um golpe de Estado. Seu negacionismo em relação à pandemia da covid-19 e à eficácia das vacinas, a falta de empatia com as vítimas da pandemia, a subestimação de seu impacto nas atividades econômicas e a ausência de um programa claro de saída desta crise somam-se a atitudes e declarações políticas contra a urna eletrônica e suspeita, sem quaisquer fundamentos, de que teria havido fraude nas eleições de 2018. Isso reforça na oposição o sentimento de que é preciso afastar Bolsonaro do poder antes que seja tarde, quando nada porque já é grande o rol de fatos que podem ser caracterizados como crime de responsabilidade. Para esses setores, o impeachment é a melhor alternativa, ainda que isso signifique aumentar o tamanho da patente da jabuticaba, porque no lugar de Bolsonaro assumiria o general Hamilton Mourão, seu vice eleito.

Estratégias
Na política propriamente dita, porém, esse não parece ser o rumo verdadeiro do governo Bolsonaro. Houve uma mudança de estratégia muito significativa do primeiro para o segundo ano de governo, na qual a confrontação permanente com os demais Poderes, inclusive, com a mobilização de seus apoiadores mais radicais e truculentos, foi substituída por uma política de construção de uma base parlamentar robusta, que começou como uma atitude de resistência contra um eventual pedido de impeachment, mas acabou se transformando na articulação de uma base parlamentar majoritária no Congresso. A eleição de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) como presidente do Senado e do deputado Arthur Lira (PP-AL), da Câmara, coroou esse trabalho de articulação política, cujos principais artífices foram os militares que ocupam o Palácio do Planalto, entre os quais o ministro Luiz Eduardo Ramos, secretário de Governo, e os líderes do Centrão, cujos partidos saíram bastante fortalecidos das eleições municipais.

Objetivamente, houve uma aposta do governo Bolsonaro na política. O Centrão existe desde a Constituinte, que, em alguns momentos, deu as cartas na Câmara, em outros, não. As vitórias acachapantes do DEM no Senado e do PP na Câmara, se olharmos para o resultado das eleições municipais, são frutos de uma mesma trajetória de acumulação de forças desses dois partidos, que miram as eleições de 2022. Mesmo que fomente uma militância armada, frequentando formatura nos quartéis e adulando corporações violentas, Bolsonaro ainda aposta na própria reeleição, o que pressupõe caminhar no leito da ordem democrática. [tanto que todas as decisões do presidente Bolsonaro, expressam a vontade soberana dos seus eleitores - quase 60.000.000 de votos, referendada pela aprovação da maioria do Congresso - formada por legítimos (eleitos) representantes do povo = o que reforça a legalidade das decisões.] Mesmo que o cenário não lhe seja tão fácil, em razão dos desgastes que vem sofrendo, até agora todas as pesquisas apontam sua presença no segundo turno das eleições presidenciais.

Enquanto o Palácio do Planalto avança na sua “guerra de posições”, a oposição se baratina numa “guerra de movimentos”, cujo objetivo é atalhar o poder com o impeachment, como se isso fosse possível sem o apoio do Centrão e o doce constrangimento do vice-presidente Hamilton Mourão e dos militares que, hoje, controlam o governo. As dificuldades de êxito dessa estratégia, melhor dizer, desse taticismo, foram demonstradas nas eleições da Câmara, onde a oposição sofreu uma derrota acachapante. O impeachment é um julgamento político, no qual não bastam os crimes de responsabilidade, [provados - a prova é tão importante que até o presidente da OAB, que não se alinha entre os defensores do capitão, reconheceu em recente entrevista a necessidade da verificação do crime; houvesse outra alternativa, aquele advogado jamaisfaria tal reconhecimento .]há que se ter uma correlação de forças sociais (mobilização popular) e políticas (maioria parlamentar) favorável. Não existe uma coisa nem outra. O leito natural da alternância de poder é a eleição. Melhor faria a oposição se definisse logo seus candidatos a presidente da República.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense

 

 

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Como Bolsonaro pode ganhar o jogo - Folha de S. Paulo

Vinicius Torres Freire 

Vítimas potenciais da Covid podem estar vacinadas até maio, economia despiora

A vacina do Brasil depende da boa vontade da China e da Índia. Ainda assim, não é descabido estimar que até meados de abril seja possível vacinar aqueles grupos de pessoas em que morrem 75% das vítimas de Covid-19 neste país. Os adversários de Jair Bolsonaro [antes de tudo inimigos do Brasil]  deveriam prestar atenção nessa hipótese razoável, assim como deveriam moderar ilusões sobre uma catástrofe econômica que estaria para triturar o prestígio presidencial já em 2021.

Em primeiro lugar, as vacinas. Lá pela metade de abril, talvez tenha sido possível vacinar uns 38 milhões de pessoas, aquelas de 60 anos ou mais, pessoal da saúde e indígenas. É quase um quarto da população com mais de 18 anos.  A conta considera o limite inferior da produção do Butantan, o cronograma que a Fiocruz divulgou na sexta-feira (5), as doses já disponíveis e o 1,6 milhão de doses da Covax, chutando um desperdício de 5%, otimista. Podem vir mais doses: mais da Covax ou mais 28 milhões das vacinas russa e indiana que o governo diz negociar.

Se os insumos empacarem de novo na China, será mesmo um desastre. Pode ser também que abril esteja muito longe, revoltando os três quartos sem vacina até lá. No entanto, a perspectiva e o fato da redução do número de mortes devem causar alívio social e econômico. De resto, a vacinação continuará a partir de maio, quando 90% das vítimas potenciais da Covid podem estar imunizadas.

O que se vai pensar desse copo de vacina (meio cheio ou vazio) depende da política de governo e da oposição. Bolsonaro sabotou a vacina, mas pode virar esse jogo com vacinação e propaganda em massa.  Na economia, o primeiro trimestre será de estagnação ou de ligeira retração. Haveria recuperação a partir de abril, a depender, claro, de vacinação e das variantes do vírus —ainda não sabemos quão pestilentas são, se vão se espalhar, se vão driblar as vacinas.

Por ora, a expectativa é de crescimento de 3,5% em 2021, o que, na prática, significa quase estagnação em relação ao trimestre final de 2020, mas melhora em relação à média do ano passado. Construção civil, agronegócio muito bem e reposição de estoques devem dar um tapa no desempenho do PIB. Sim, é tudo meio uma porcaria sem futuro, mas isso não quer dizer desastre imediato.

Nos últimos dias, se disse por aí que “o mercado” ficou animadinho com a vitória do centrão e a expectativa renovada de “reformas”. É uma bobice. A Bolsa está animada, embora nem tanto, por causa de juros baixos urbi et orbi, commodities em alta e vacinas. A expectativa básica da praça é que não derrubem o teto de gastos. O resto é meio lucro. Algum resto deve vir. O centrão não quer apenas rapar cargos e emendas. Quer ampliar bancadas e ficar no poder depois de 2022. Pode jogar Bolsonaro do trem se a popularidade dele for para o vinagre, mas não deve explodir a Maria Fumaça dos ovos de ouro. Mas esse é assunto para outro dia.

Haverá mais miseráveis, mas um país selvagem como o Brasil pode não ligar muito para os caídos. Com 230 mil mortos de Covid e outros horrores, cerca de 60% do eleitorado acha que o governo é “ótimo/bom” ou “regular”. Além do mais, haverá algum novo auxílio emergencial. Um fator possível de desgaste de Bolsonaro pode ser a inflação da comida, que foi de mais de 20% em 2020 e ainda será o dobro da inflação média neste 2021. Quem quiser, pois, pode achar que esse nosso copo sujo pode estar meio cheio. Para que se visse o vazio do nosso abismo, seria preciso haver oposição organizada. Não havia e, agora, talvez seja difícil até colar os caquinhos que sobraram.

Vinicius Torres Freire, colunista  - Folha de S. Paulo


sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Campanha de vacinação - A incerteza continua - Merval Pereira

O Globo

Governo menospreza vacina por sua origem, seja chinesa ou paulista

A decisão do ministério da Saúde de não garantir a compra das 54 milhões de doses de Coronavac produzidas pelo Instituto Butantan não tem explicação, [não tem explicação? explicar o que? foi firmado um contrato - contrato, documento em que as partes contratantes - exceto as crianças, os mentalmente incapazes, os idiotas, e similares - se obrigam a respeitar e fielmente cumprir. O contrato estabelece o prazo até o final de maio 2021 para o MS exercer o seu direito de compra. O resto é o resto. O cidadão que preside ou faz de conta que, tem uma certa aversão a documentos escritos - questiona até  a posologia da vacina na bula original. Para ele, a exemplo dos apresentadores, doutores na sinistra arte de  contagem, o que vale é o virtual - escrito, ainda que em bula de medicamento, pode transmitir o corona.]   não ser essa interminável guerra política entre o governo central e o governador de São Paulo João Dória.  Não há vacina suficiente no mundo até o momento, mesmo os países desenvolvidos estão com problemas para vacinar seus cidadãos, e o Brasil parece menosprezar a possibilidade de adquirir milhões de doses, simplesmente por sua origem, não mais chinesa, mas paulista. [cabe um registro: os produtos chineses costumam, ou costumavam, ser vistos com algumas reservas, quanto a qualidade. 
Lembram das lojas de R$ 1,99?  - a petista, escarrada da presidência da República conseguiu falir uma de sua propriedade  - fizeram sucesso e o principal bordão das mesmas era: "baratinhas, mas os produtos são ruins". 
A qualidade melhorou e muito, mas algum receio permanece. Soma o receio dos produtos chineses com a falta de credibilidade do Joãozinho, o faz e desfaz do ainda presidente do Butantan, fica dificil de acreditar. Afinal de contas, o João Doria trancou tudo em São Paulo e viajou para Miami para desestressar, sendo flagrado sem máscara. Seus aspones lembraram do desastre político da viagem e ele voltou em minutos.]

Essa birra está dando oportunidade a que Dória amplie o alcance de seu nome a nível nacional, [ampliação favorável ou desfavorável?até agora ele está se tornando conhecido como "o homem da vacina enrolada".] prometendo vender as vacinas para outros estados, que lutam para conseguir as doses que o governo central não teve capacidade de garantir. A incerteza é tamanha que ontem, ao anunciar o calendário para vacinação na cidade do Rio de Janeiro de pessoas acima dos 80 anos em fevereiro, o secretário de Saúde Daniel Soranz avisou que as datas dependem da chegada das doses das vacinas da AstraZeneca da Fiocruz, e Coronavac do Instituto Butantã.

Nós, que não somos do primeiro mundo, estamos arriscados a ficarmos sem vacina por um bom tempo, já que a escassez de produção no mundo está obrigando a que várias mudanças sejam feitas na entrega das doses, e na utilização das vacinas. [a União Europeia, a maioral do primeiro mundo, está tendo dificuldades com a vacina, imagine aqui. Fica dificil vender, sem pagamento antecipado, para um país cujo presidente não tem autonomia para decidir praticamente nada.*] Já há países que pretendem dar apenas a primeira dose das vacinas, para conseguir começar a imunizar mais cidadãos. Aqui no Brasil, esta possibilidade foi aventada, mas o Instituto Butantan insiste em que as doses da Coronavac devem ser aplicadas com uma diferença máxima de 15 dias.

A vacina da AstraZeneca pode levar até três meses entre as doses, o que a torna mais atraente para o momento inicial da produção. Mas a União Européia pode exigir que a farmacêutica inglesa não exporte suas vacinas antes de garantir a vacinação nos países europeus. Isso dificultaria a chegada das vacinas a países periféricos como o Brasil. Vem da Alemanha também a advertência de que a vacina da AstraZeneca não é aconselhável para pessoas acima de 65 anos, o que, se confirmado pela União Européia, pode causar problemas até mesmo por lá, onde já começou a vacinação em alguns países com ela, justamente entre os idosos.  

Além de toda a trapalhada que o governo fez nas negociações e nas compras, existe esse problema real, com a União Européia já ameaçando proibir a AstraZeneca de exportar antes de servir aos países do continente. É uma situação que não deveria ser assim, mas é. Quem tem mais dinheiro, leva. Isso já se evidenciou no início da pandemia, quando respiradores e material médico foram disputados em leilões onde os países mais ricos levaram vantagens.

Devido à inépcia do governo, estamos nas mãos de duas farmacêuticas produtoras de vacinas, embora existam várias outras sendo aplicadas no mundo. A vacina da Pfizer, por exemplo, foi recusada pelo governo brasileiro sob a alegação de que as condições para a venda eram inaceitáveis.
[*]A vacina está sendo aplicada em diversos outros países, e possivelmente as condições são as mesmas. Só seria cabível a decisão de recusar a vacina se tivéssemos certeza de que a farmacêutica alemã não exigiu de outros países que assumissem os riscos de efeitos colaterais, livrando-a de processos judiciais. A FIFA também fez essa exigência para a realização da Copa do Mundo de 2014, e o governo brasileiro aceitou. [governo? os ladrões do pt?]

A política correta seria comprar qualquer vacina que estivesse à mão, desde que aprovada por organismos internacionais de controle reconhecidos no mundo. Tivemos uma negociação mal feita e pretensiosa, achando que o mercado brasileiro seria atraente. Ora, o mundo tem 7 bilhões de pessoas e os mercados dos EUA e da União Européia são muito maiores do que o nosso, sem contar a China e a Índia. Há mais demanda que oferta, e, portanto, não temos margem de barganha em compras que custam vidas.

Foram erros de estratégia, de negociação e de avaliação, porque o governo não teve, nem tem, a dimensão exata da crise, que vai se aprofundar nos próximos meses, enquanto continuamos com uma vacinação muito lenta e precária, o que faz com que o vírus se espalhe mais rapidamente, especialmente a nova variante encontrada em Manaus.

Merval Pereira, jornalista - O Globo