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segunda-feira, 12 de junho de 2023

Em Cuba, o horror do regime comunista. Todos os presos políticos são torturados - Marinellys Tremamunno

Ideias - Gazeta do Povo

Manifestantes pedindo “liberdade” são interceptadas pelas forças de segurança e brigadas de apoiadores da ditadura, originando confrontos violentos e detenções, em 2021 - Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa

“Gabriela foi torturada por protestar e com a idade de 17 anos; quando a levaram para a prisão, os guardas a violentaram. E o que acontece com as mulheres adultas? María Cristina e Angélica foram presas e espancadas até desmaiar. María Cristina foi transferida para um lugar chamado ‘Prisão da AIDS’. Ambas estão mantidas lá até hoje."

As histórias de terror de Gabriela, María Cristina e Angélica são apenas três dos 181 casos abordados no Primeiro Estudo sobre Tortura em Cuba, criado pela organização sem fins lucrativos Prisoners Defenders (Defensores de Prisioneiros), com sede na Espanha. Um verdadeiro manual de horrores que em suas 271 páginas (leia aqui) descreve em detalhes o que sofrem as vítimas do regime cubano.

O relatório, intitulado “Tortura em Cuba”, foi apresentado em 30 de maio, em uma coletiva de imprensa online liderada pelo ativista de direitos humanos Javier Larrondo, presidente da Prisoners Defenders. Além disso, participaram a Vice-Presidente do Parlamento Europeu, Dita Charanzová; Javier Nart, membro do Parlamento Europeu e vice-presidente da Dcam (Delegação para as Relações com os Países da América Central); e Juan Salafranca, secretário-geral adjunto do Grupo PPE, entre outros.

Javier Larrondo explicou que os 181 casos foram escolhidos, como amostra, entre os 1.277 presos políticos registrados na ilha nos últimos 12 meses, de abril de 2022 a março de 2023. “E confirmamos que todos os presos políticos, todos, foram torturados, e 80% deles sofreram mais de 5 tipos de tortura”, afirmou.

O presidente da Prisoners Defenders assegurou que o estudo demonstra que “em Cuba, toda pessoa detida por expressar uma opinião contrária ao sistema vigente foi torturada. Eles os torturam impiedosamente e implacavelmente, com o único limite de evitar que haja muitas evidências ou evitar a morte do prisioneiro. Enquanto é possível, porque isso também aconteceu”.

Além disso, dos 181 casos documentados, quatro vítimas eram menores de idade quando foram detidas e 22 tinham menos de 21 anos: “Jonathan Torres Farrat, preso aos dezessete anos, sofreu quinze tipos de tortura; Gabriela Zequeira Hernández, dezessete anos, quatorze tipos de tortura; Brandon David Becerra Curbelo, dezessete anos, oito tipos de tortura; Cristian Enrique Salgado Vivar, dezessete anos, oito tipos de tortura”.

E não só isso, o relatório conseguiu documentar pelo menos 15 padrões de tortura:
por meio de depoimentos feitos em um formulário com 38 campos de resposta, o que permitiu compor um banco de dados em Excel. “As formas mais comuns de tortura, incluindo maus-tratos e tratamento desumano infligidos a menores, neste estudo foram: humilhação, abuso verbal e degradação, isolamento punitivo, agressão física, confinamento solitário, isolamento, privação de sono, privação de líquidos e alimentos, e negação de atendimento médico”, listou. “E mesmo que não matem os torturados, fazem com que muitos desses jovens queiram parar de viver. Já são vários os que tentaram o suicídio”, acrescentou, dirigindo um apelo à União Europeia para que atue em defesa da “verdade”.

“Cuba tortura ferozmente cada um de seus presos políticos – continuou Larrondo –, passei semanas lendo os depoimentos de mais de 250 entrevistados e não pude deixar de chorar, mas na maioria das vezes meu coração estava cheio de raiva pela dor que é infligida a numerosas famílias cubanas enquanto aqui na Europa desviamos o olhar e ignoramos esta realidade”. Não surpreendentemente, a notícia do relatório da tortura cubana foi ignorada pela mídia italiana, enquanto foi publicada pela maioria da mídia hispano-americana.

A ocasião foi propícia para recordar a recente visita do Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros a Havana: "Julgue se isso é compatível com o serviço externo da União Europeia, com a visita de Josep Borrel para elogiar e subsidiar empresas cubanas”, disse Larrondo, denunciando o fato de o funcionário europeu ter evitado encontros com os dissidentes vencedores do prémio Sakharov, com os familiares das vítimas e com qualquer membro da sociedade civil cubana. “Entendo os deveres da diplomacia, mas há algo que precisa ser defendido: a verdade. Se tentarmos silenciar a dor dos outros, isso não é a Europa… E a verdade é que membros do governo cubano estão cometendo incansavelmente crimes contra a humanidade. Senhores: Videla, Pinochet, Somoza, hoje se chamam Castro, Díaz Canel, Maduro, Ortega e Arce. São os mesmos monstros, com um chapéu diferente mas tão podres (ou até mais) quanto os anteriores”, reiterou.

A chamada revolução cubana “começou com o fuzilamento de milhares de pessoas e ainda hoje, sessenta e quatro anos depois, aprisiona e tortura milhares de pessoas. Tanto que hoje a principal causa da emigração não é apenas a miséria, mas também a repressão. Assim, no ano passado, cerca de 400 mil pessoas fugiram do país”.

Ao mesmo tempo, a vice-presidente do Parlamento Europeu, Dita Charanzová, informou que nos últimos dias recebeu em audiência um grupo de especialistas das Nações Unidas e da Fundação para os Direitos Humanos em Cuba, para abordar a situação dos direitos humanos e das liberdades na ilha. “Todos concordaram com a gravidade da situação e destacaram o agravamento da crise migratória, a escassez de alimentos e remédios e as violações dos direitos humanos."

Charanzová lembrou os laços de Cuba com Vladimir Putin e também insistiu na importância de a União Européia não manter laços econômicos com ditaduras e países que sistematicamente violam os direitos humanos. Ao contrário do que fizeram as regiões italianas da Lombardia, Piemonte e Calábria, que se valeram da presença de médicos cubanos em troca de contratos milionários que ainda hoje financiam os cofres do regime castrista. Só na Calábria, como já escrito aqui, Occhiuto assinou um contrato que garante 2,3 milhões de euros anuais à estatal “Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos, S.A.”, apesar das sanções dos Estados Unidos.

Marinellys Tremamunno é uma jornalista profissional ítalo-venezuelana, natural de Caracas. É bacharel em Comunicação Social pela Universidade Central da Venezuela (2002) e mestre em Jornalismo Digital pela Universidade Internacional de Valência (Espanha, 2011). Hoje mora em Roma, trabalha para Nuova Bussola Quotidiana e é correspondente de vários meios de comunicação internacionais.


© 2023 La Nuova Bussola Quotidiana. Publicado com permissão. Original em italiano.

 Transcrito de Ideias - Gazeta do Povo - pelo Blog Prontidão Total

 


 

segunda-feira, 5 de junho de 2023

Cuba cai no esquecimento - Fernando García, La Vanguardia

        Cuba não produz açúcar suficiente para abastecer a cotas esquálidas do cartão ou cesta de racionamento.  
A ilha terá que importar grandes quantidades do produto que durante séculos a engrandeceram e agora, com uma colheita próxima à da guerra de independência, vergonha.

O All-Star Game do beisebol cubano, expoente máximo da paixão dos ilhéus pelo desporto nacional, tornou-se suspensa na época do que deveria ser o 60º aniversário desta emulação das ligas principais americanas com o nata dos jogadores de beisebol do país. O problema não é só isso faltam estrelas do beisebol na ilha porque muitos têm emigrou, é que faltam bolas, faltam tacos e em momentos chave faltaram-lhes uniformes.

Na famosa sorveteria Coppelia em Havana, aquela das filas sem fim em qualquer dia do ano, se caminhe na calmaria. A mídia local crítica que, após um fechamento temporário, mas histórico, em janeiro por falta de sorvete, agora a qualidade é tão baixo que o estabelecimento teve que vender sua alma e começar a vender kits de refrigerantes, sucos, biscoitos e chocolates; tudo para cobrir a impotência na oferta de "sabores e especialidades" em que Fidel Castro concebeu como “a melhor sorveteria do mundo”.

Quando o açúcar, o beisebol e o sorvete faltam em Cuba, por não falar sobre música e balé após inúmeras fugas de artistas para o norte, é claro que lá “a diversão acabou” e não no significado que o compositor Carlos Puebla deu à frase em sua famosa canção de boas-vindas à revolução: “E nisso veio Fidel”.

Não é à toa que Cuba vive uma crise migratória sem precedentes que nos lembra as de 1994. No ano passado, o número de cubanos que entraram nos Estados Unidos por via terrestre pulverizaram o tristes recordes anteriores ao se aproximar de 300 mil. E outros 6.182 fugitivos deixaram a ilha por mar no ano fiscal de 2022.

Outros 30 mil receberam autorização de viagem pelo procedimento de liberdade condicional. Mas na fila para conseguir isso visto especial existem mais de 380 mil pedidos.

“A crise que o meu país atravessa é pior do que a dos anos noventa”, causada pela queda da União Soviética e sua grande ajuda. Esta é a opinião do professor emérito de Economia na Universidade de Pittsburgh e um dos melhores conhecedores das finanças de Cuba, Carmelo Mesa-Lago. "A situação – acrescenta em uma conversa telefônica– é o pior que mora lá desde a Grande Depressão" de 1929. [caso o apedeuta petista não seja impedido, seguindo o rito estabelecido pelas leis vigentes e com a maior brevidade possível, Cuba se somará a Albânia em mais um exemplo de fracasso a ser imposto ao Brasil, pela notória INcompetência do atual presidente.]

Trecho de um artigo atualíssimo e revelador - Clique aqui e leia na íntegra.


segunda-feira, 8 de maio de 2023

Jurista compara prisão de Anderson Torres à tortura de Guantánamo

Cristina Graeml
 
Entrevista com o jurista Fabrício Rebelo

Entrevista com Fabrício Rebelo, jurista baiano, pesquisador de Segurança Pública, escritor e jornalista, que compara as prisões políticas no Brasil ao que os Estados Unidos faziam com presos da penitenciária de Guantánamo, em Cuba, onde há casos confirmados de tortura para forçar delações que incriminem outras pessoas, mesmo que não tivessem cometido crimes.

Ele cita, especificamente, o caso da prisão do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, sob "prisão preventiva perpétua", sem acusação formal e direito ao devido processo legal.

terça-feira, 2 de maio de 2023

Liberdade de expressão - Lula quer controlar as redes sociais - Sergio Moro

VOZES - Gazeta do Povo 


O presidente Lula e o PT estão entre os apoiadores do PL 2.630.| Foto: EFE/Andre Borges

Escrevo sob a sombra do PL 2.630, com o qual o governo Lula pretende obter o controle sobre o que se posta nas redes sociais.
No fim, superadas as discussões técnicas e os detalhes, é disso que trata o projeto.

A boa notícia que o início de semana nos traz é que o risco de aprovação do projeto aparenta ser declinante. 
Placares informais dos votos dos parlamentares apontam para a rejeição do projeto. O mais provável é que não seja colocado em votação diante das chances de rejeição.
 
Favoráveis ao projeto estão apenas o PT, partidos satélites e outros partidos que se aproximam sempre de qualquer governo.  
Como o PT não vê qualquer problema em ditaduras como Cuba, Venezuela e Nicarágua, é natural que não tenha óbices ao PL 2.630.
 
Faço aqui uma confissão. Gostaria muito de só ler coisas boas nas redes sociais. Seria um sonho não ver nelas postagens agressivas ou grosseiras e poder confiar em tudo o que nelas se posta. Se elas fossem uma fonte dinâmica de informação verdadeira e confiável, seria o melhor dos mundos. Aliás, desde 2014, sou uma das principais vítimas de fake news espalhadas pelo PT e por seus aliados
A lista é gigantesca, passando do negacionismo da corrupção na Petrobras às acusações falsas de ligações com a CIA ou o governo norte-americano. Apesar disso, mesmo quando ocupava a posição de ministro da Justiça, jamais defendi conceder ao governo que integrava um poder de censura sobre as redes.

    Desde 2014, sou uma das principais vítimas de fake news espalhadas pelo PT e por seus aliados. A lista é gigantesca

Não discordo de que as redes sociais precisam de alguma regulação. Há uma disputa comercial entre elas e a imprensa. 
O jornalismo profissional se ressente de produzir material e nada receber financeiramente por sua veiculação nas redes sociais ou na internet.  
Há bons argumentos para ambos os lados e defendo que a questão seja debatida em projeto de lei próprio e específico para que ela não seja contaminada pelo debate sobre a censura nas redes sociais.
 
Discordo da utilização das redes sociais para disseminar pornografia infanto-juvenil, veicular ameaças ilegais e golpes financeiros ou incitar a prática de violência
Com falhas, as redes sociais já atuam para excluir conteúdos da espécie e reputo razoável que a lei preveja mecanismos para garantir que sejam excluídos. 
Em relação a este tipo de postagem, é mais improvável termos divergências quanto à sua caracterização como impróprio ou mesmo para reconhecê-lo.

Já ofensas, calúnias e difamações são um problema nas redes, mas essas condutas são criminosas e a legislação penal já as trata como crimes, sendo de se questionar a necessidade de regras especiais aplicáveis às redes sociais.
Veja Também:

    Todo corrupto é um ladrão

    Dobrando a aposta

    Contra o domínio do crime e da mentira 

Os filhos de Putin

Também sou favorável à ampla transparência das redes sociais. Conteúdo promovido ou patrocinado deve ser identificado. 
Contas automatizadas, inautênticas ou mecanismos artificiais de disseminação deveriam ser suprimidos ou completamente identificados.
 As regras de automoderação e autocontrole já utilizadas pelas plataformas deveriam ser publicizadas e deve haver mecanismos que promovessem a transparência de sua aplicação. 
Às plataformas ainda deveriam ser impostas regras que garantissem o espaço para o livre debate público, com respeito à pluralidade de opiniões e com a proibição de concessão de vantagens a conteúdos por motivos político-partidários ou por preferências ideológicas. Nesses aspectos, o PL 2.630 é bem falho. [o objetivo do PL é apenas um: impedir que as mentiras do Lula sejam apontadas, assim como roubos, má conduta dos seus ministros e outras trapaças que bem caracterizam o PresiMENTE.
Querem silêncio total sobre tudo de ruim que cerca e integra o atual presidente. 
Basta terem conta, que  um ministro do presidente apedeuta  agrediu até a GRAMÁTICA quando quis impedir que dito elemento fosse chamado de ex-presidiário, quando é pacífico que quem foi alguma coisa sempre será EX, exceto se voltar a ser o que foi.]

Mas o grande problema é a pretensão do PL 2.630 de retirar das redes sociais as assim denominadas fake news, ainda que a pretexto de proteger a democracia e o debate público. 
Em última análise, alguém terá de ser encarregado de definir se uma informação divulgada na rede é ou não verdadeira.  
O PL 2.630 pretendia resolver isso criando uma misteriosa “entidade autônoma de supervisão” vinculada ao governo, com a atribuição de vigiar as redes sociais e as grandes plataformas. 
Diante de uma reação negativa da sociedade, o relator do projeto, na última versão, suprimiu o artigo que criava tal entidade. 
Ao incauto, o problema pode parecer superado, mas na prática o projeto tem um sujeito oculto e indefinido ao qual caberá a tarefa de censurar as redes sociais. Quem será ele?  
Nem o relator sabe dizer, o que já diz muito sobre o açodamento e a falta de técnica da proposta.  [o relator não entende nada do assunto, o que ele entende e bem, é comer tapioca - quando paga com cartão corporativo = dinheiro público.]


    Nenhum governo é confiável para dizer o que é verdade e o que é mentira. Para isso não cabe solução fácil, não existe uma solução milagrosa ou um Deus ex machina. Essa tarefa cabe a cada um, a nós mesmos

Temos um presidente da República campeão em produzir fake news. Destaco apenas algumas pérolas mais recentes. Segundo ele: - a Ucrânia é tão culpada pela guerra como a Rússia
- os Estados Unidos e a União Europeia incentivam a guerra ao ajudar a Ucrânia a se defender;  
- Cuba, Venezuela e Nicarágua não são ditaduras e a primeira é um paraíso social; 
- os Estados Unidos fomentaram a Lava Jato no Brasil pois as empresas brasileiras estavam ficando competitivas internacionalmente
- o autor deste artigo teria ligações com a CIA ou com o FBI e teria “armado” um plano do PCC para figurar como vítima de um sequestro. 
 
Pois bem, este mesmo presidente quer criar um órgão vinculado ao seu governo ao qual caberá o poder de dizer o que é verdade e o que é mentira. Dá para confiar? Eu diria que não, que esse governo com um histórico vinculado a tentativas autoritárias de controlar a imprensa – recordemos da tentativa frustrada de criação do Conselho Federal de Jornalismo – não é confiável.
 
A questão, porém, é ainda mais profunda: nenhum governo é confiável para dizer o que é verdade e o que é mentira
Para isso não cabe solução fácil, não existe uma solução milagrosa ou um Deus ex machina. Essa tarefa cabe a cada um, a nós mesmos. 
A melhor solução encontrada pela humanidade, em jogo de tentativa e erro, foi o livre intercâmbio de ideias, sem censura estatal, por meio do qual as informações e opiniões puderam ser testadas no grande palco da humanidade e aquelas ruins ou falsas, como a teoria de que o Sol girava em torno da Terra ou de que o comunismo traria liberdade e igualdade para todos, foram jogadas fora. 
 Agora, está na hora de jogar fora o PL 2.630 e sepultar em definitivo a ideia falsa e autoritária de que o governo deve ter algum papel em dizer o que é verdade ou mentira nas redes sociais, na imprensa ou em qualquer meio de comunicação.
 
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
 
Sérgio Moro, senador da República - Gazeta do Povo - VOZES
 
 

sexta-feira, 28 de abril de 2023

A legalização do Ministério da Verdade - Revista Oeste

Rodrigo Constantino

Ao pedir para transformar em lei o que o TSE já vem praticando, Alexandre de Moraes confessa seu crime, assume que tomou várias decisões sem respaldo legal


Presidente do TSE, Alexandre de Moraes | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Aprovado para ser votado em caráter de urgência, o PL das Fake News será decidido na semana que vem.
Ou seja, vamos descobrir em pouco tempo, e sem o devido debate necessário, se o Brasil terá ou não censura institucional, com direito a uma espécie de Ministério da Verdade e tudo.
Os esquerdistas saem em campo para banalizar o troço, relatado por um comunista, como se fosse tão somente regulação normal, como se dá em países europeus. Nada mais falso. 

O projeto visa a delegar total arbítrio nas mãos da tal entidade sob o comando do Poder Executivo.  
 Os conceitos vagos, elásticos e subjetivos como “fake news” ou “discurso de ódio” garantem enorme margem de manobra aos burocratas
O histórico de aparelhamento do Estado pela esquerda deixa claro que haverá escancarado viés na aplicação da censura.

É lamentável ver jornalistas e veículos tradicionais de comunicação defendendo abertamente essa censura no país. O grupo Globo chegou a escrever um editorial pedindo aprovação urgente do projeto, pois “acabou a hora do debate”.  
Jornalistas renomados como Fernando Mitre chegaram a rechaçar críticas de que teremos a censura oficial, enganando seu público ou a si mesmo. O Brasil lulista flerta com regimes ditatoriais comunistas, e esse projeto é o mais importante passo nessa direção. Presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco, recebe o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que levou propostas para serem acrescentadas ao texto da PL da Censura | (25/4/2023) | Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A ida do ministro Alexandre de Moraes ao Congresso para entregar, sem ser convidado, as suas “sugestões” ao projeto comprova como a ingerência do STF chegou a patamares assustadores.
Como muitos parlamentares possuem “rabo preso” ou temem o abuso de poder supremo, que por sua vez julga tais parlamentares por conta do foro privilegiado, a combinação explosiva leva ao ativismo nefasto que praticamente reduz o Congresso a um carimbador de leis impostas por outro Poder.

Ao pedir para transformar em lei o que o TSE já vem praticando, Alexandre de Moraes confessa seu crime, assume que tomou várias decisões sem respaldo legal.
É uma forma de apagar rastros e normalizar o absurdo vigente.
Não podemos esquecer que a ministra Carmén Lúcia condenou a censura, e mesmo assim votou a favor dela “temporariamente”. O sistema se uniu para se livrar de Bolsonaro e criminalizar a direita.

São cúmplices desse projeto nefasto todos aqueles que fizeram o L para “salvar a democracia”, e que agora se calam diante do avanço da censura

Os “atos golpistas” de 8 de janeiro caíram como uma luva para esse projeto
Daí a desconfiança de muitos sobre o papel lulista nisso tudo, ainda mais quando imagens suspeitas são vazadas com a presença do companheiro de longa data de Lula, “sombra” do presidente, o general chefe do GSI, e também jornalista que prepara toda a cena junto ao “terrorista” e ainda checa com ele para ver se a filmagem está a contento. 
O Poder Judiciário e o Poder Executivo estão de mãos dadas para banir de vez os conservadores da vida pública no Brasil. Manifestações em 8 de janeiro de 2023 | Foto: Wikimedia Commons

Criaram a “culpa coletiva”, o que é típico de regime comunista.
Diz o editorial da Gazeta do Povo: “Não há defesa possível do Estado Democrático de Direito quando se nega a cidadãos brasileiros o direito à ampla defesa, quando se aceita um trabalho preguiçoso de acusação, incapaz de demonstrar o que cada denunciado fez de concreto e os motivos reais que justificariam seu julgamento. Compactuar com isso é aceitar que, em nome de uma suposta defesa da democracia, se parta para o arbítrio escancarado e para a tirania judicial”.

A decisão de retirar o Telegram do Brasil sob o pretexto de crimes nazistas ou envolvendo crianças é uma pequena amostra do que vem por aí.
Não é preciso provar mais nada:
basta criar a narrativa e banir toda uma rede social do país.
Como elas são as praças públicas da era moderna, isso é análogo ao Estado jogar uma bomba numa das praças porque alegou estar ali um perigoso criminoso. Seria como jogar um míssil numa favela para pegar o traficante. Esse governo demonstra total falta de apreço pelas liberdades.

Nada novo aqui, convenhamos. Como escreveu Alexandre Garcia: “Está na cara que o projeto pretende fazer censura, e este é um perigo muito grande. Se olharmos de onde são os 238 deputados que aprovaram a urgência do projeto — ou seja, para ir logo ao plenário, sem passar por comissões, embora ainda tenha de ir ao Senado se for aprovado na Câmara —, vemos que as bancadas do PT, do PCdoB, do PSol e da Rede votaram em peso pela urgência. São partidos de esquerda, e a natureza da esquerda é totalitária, é a censura. Ninguém diz que não há censura na Venezuela, em Cuba, na Nicarágua, na China, que não havia na União Soviética, na Albânia… Regimes de esquerda, totalitários, exigem censura”.

A esquerda radical sempre precisou da censura para calar seus críticos, já que na base da persuasão é incapaz de levar adiante seu projeto comunista.  
E ninguém pode ter dúvidas do que está em jogo aqui: é censura sim, e parte fundamental do projeto totalitário de poder da esquerda. 
Não por acaso, o Brasil lulista virou um pária internacional em apenas três meses, ao atacar os Estados Unidos, a Ucrânia e a ONU, enquanto sai em defesa de tiranias como China, Rússia, Venezuela, Cuba e Nicarágua.

São cúmplices desse projeto nefasto todos aqueles que fizeram o L para “salvar a democracia”, e que agora se calam diante do avanço da censura. Muitos se venderam, outros devem ter sido chantageados, alguns são mesmo alienados. 

Mas fica cada vez mais insustentável bancar o indiferente diante do que se passa no Brasil. Como disse o deputado Marcel van Hattem, ou gritamos agora, ou corremos o risco de nos calarem para sempre.

Leia também “Os vilões super-ricos de Krugman”

*

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste 


terça-feira, 25 de abril de 2023

Urgente: o Brasil será amordaçado - Deltan Dallagnol

VOZES - Gazeta do Povo 

Justiça, política e fé

Foto: Unplash

 

Sua liberdade está em perigo. A Câmara votará amanhã, dia 25, a urgência do projeto de lei 2630/2020 que, em nome de “combater fake news”, permitirá que o governo censure a voz dos usuários em redes sociais como Instagram, Facebook, Twitter e YouTube.

Se a urgência for aprovada,
o projeto poderá ter seu mérito aprovado depois de amanhã, na quarta. Como já passou pelo Senado, está muito próximo de se tornar lei. Se você preza sua liberdade de expressão, é urgente que faça algo e vou explicar o porquê.

Há pelo menos cinco pontos do projeto que são extremamente preocupantes. Primeiro, ele incentivará que postagens legítimas sejam derrubadas em massa ao criar a responsabilidade das plataformas de redes sociais de atenuar riscos sistêmicos, definindo de modo vago tanto o que seria a atenuação dos riscos como também os próprios riscos.

Dentre esses riscos sistêmicos, estão os riscos de “difusão de conteúdos ilícitos” relativos a “golpe de estado” e a “discriminação ou preconceito”, riscos em relação à “violência de gênero”, riscos de danos à dimensão coletiva dos direitos fundamentais previstos na Constituição ou relacionados a temas cívicos, político-institucionais e eleitorais.

    Há pelo menos cinco pontos do projeto que são extremamente preocupantes

O que entra nisso?
Será que a defesa do impeachment pode ser penalizada, já que para alguns é um “golpe”? [em um país sério em que as leis não são interpretadas com base na conveniência e ideologia do intérprete, defender o 'impeachment', recurso previsto em em Lei(Lei nº 1.079/50),não é golpe; mas, no Brasil atual, dependendo da conveniência de quem interpretar, pode ser golpe.] 

Críticas à ideologia de gênero? Críticas contundentes ao STF, ao presidente ou aos deputados e senadores? Chamar de “genocida” ou de “presidiário”? Dizer que o governo contribuiu para o 8 de janeiro será considerado um ataque às instituições democráticas? [vai depender sempre da ideologia do intérprete - tanto que autoridades 'sábias', e a imprensa militante,  chamam os manifestantes do 8 de janeiro - desde que bolsonaristas - de terroristas, sendo que os mesmos não praticaram nenhum ato capitulado na Lei Antiterrorismo como terrorismo, que justifique tal imputação.]

Como se observa, as plataformas deverão gerenciar riscos relacionados a comportamentos que são definidos com expressões vagas as quais dão imensa margem à interpretação. Só os direitos fundamentais previstos na Constituição compõem uma extensa lista.

Há um segundo problema aí. O gerenciamento de “risco” é também definido de modo vago. O projeto exige que a rede social “adapte os processos de moderação de conteúdos (...) e, quando necessário, aplique remoção ou indisponibilização rápida de conteúdo”. Exige também que “adapte a concepção, características ou funcionamento dos serviços, incluindo os sistemas e interfaces”.

A vagueza segue adiante: se as redes sociais não “identificarem, analisarem e avaliarem diligentemente os riscos sistêmicos”, e se não “adotarem medidas de atenuação razoáveis, proporcionais e eficazes” mais uma vez, termos vagos – contra os riscos, ficarão sujeitas a pesadas multas que podem chegar a R$ 50 milhões por infração.

Então, o que você acha que as plataformas vão fazer? Como elas não têm condição de analisar cada postagem individualmente, é óbvio que criarão regras e algoritmos para derrubar posts que representem qualquer risco, como aqueles que tenham, por exemplo, “certas palavras” ainda que sejam postagens legítimas numa democracia.

Assim, o projeto estabelece um imenso incentivo para que as redes sociais derrubem automaticamente conteúdos que tenham mero risco de serem considerados ilegais pelo governo. Isso porque os termos são vagos e o que é legal ou ilegal pode ser objeto de disputa e argumentação. Se elas não derrubarem os conteúdos por cautela estarão sujeitas a ter seu negócio inviabilizado por pesadas multas.

    O projeto estabelece um imenso incentivo para que as redes sociais derrubem automaticamente conteúdos que tenham mero risco de serem considerados ilegais pelo governo

Aqui entra o segundo ponto extremamente preocupante: quem vai decidir o que você pode ou não falar, na prática, é o governo. 
É ele que vai supervisionar a moderação e o controle das postagens pelas redes sociais e aplicar pesadas multas. 
Evidentemente, as plataformas dançarão a música que o governo tocar.

O texto, de modo disfarçado, atribui essas competências a umaentidade autônoma de supervisão”, inclusive para regulamentar em detalhes a lei. Contudo, a composição dela será determinada pelo governo, que poderá aparelhá-la ideologicamente para impor sua visão de mundo e suprimir discursos discordantes.

E, lembre-se: o governo terá ampla margem para cercear discursos com base nos conceitos vagos previstos na lei, que determina que sejam moderados conteúdos para atenuar o risco de violações à “dimensão coletiva dos direitos fundamentais”, seja o que for isso.

Assim, o projeto coloca uma espada de Dâmocles sobre a cabeça das redes sociais, pendurada por um fio que o governo pode cortar a qualquer momento. Ao fazer isso, dá-se o controle da moderação, na prática, ao governo. De modo muito simples e direito: a proposta dá um cheque em branco para o governo controlar o que você pode ou não dizer.

A terceira preocupação é a criação pelo projeto do que ela chama de “protocolo de segurança”, que pode ser decretado pelo governo por 30 dias renováveis quando houver “risco iminente de danos à dimensão coletiva de direitos fundamentais”, algo que sequer se sabe exatamente o que é e pode se relacionar a uma imensa gama de situações a depender da vontade política.

    Quem vai decidir o que você pode ou não falar, na prática, é o governo

Esse protocolo é uma espécie de estado de exceção, um estado de sítio das redes sociais ou uma miniditadura digital em que o governo vai poder controlar mais ainda o que se dirá e o que será censurado nas redes sociais. Esse protocolo parece coisa da Venezuela, Cuba, Nicarágua, Rússia e China.

Em quarto lugar, o projeto sujeita as redes sociais à responsabilização se não retirarem rapidamente conteúdos denunciados por usuários como “conteúdo potencialmente ilegal”, sob pena de responsabilização.

De fato, as plataformas ficam obrigadas a, “de maneira diligente e de acordo com seus termos de uso”, “apurar eventual ilegalidade do conteúdo”, “aplicando as ações correspondentes, inclusive a de moderação”.

A avaliação do que é ou não um conteúdo ilegal, mais uma vez, é objeto de discussão. O projeto incentiva as redes a, na dúvida, suprimirem, debaixo do controle e direcionamento do governo.

Até hoje, o Marco Civil da Internet isentava as plataformas de responsabilidade pelo conteúdo postado por terceiros em defesa da liberdade de expressão, com raras exceções. A lógica agora está sendo invertida pelo projeto, num experimento que coloca em risco a liberdade de expressão.

Não é necessária muita imaginação para prever o que acontecerá: usuários progressistas denunciarão o conteúdo conservador e vice-versa. O debate político está em risco de cair por terra. O que é isso se não for censura? E a tal da democracia?

Existe uma clara exceção: deputados e senadores poderão se expressar livremente porque têm imunidade prevista na Constituição. 
Já os cidadãos ou influenciadores não terão o privilégio de debater política e serão amordaçados pelo PL da Censura. 
Até mesmo candidatos sem mandato serão silenciados por denúncias de usuários. 
O projeto cria duas categorias de cidadãos e de cidadania.

Por fim, o projeto poderá ser aprovado sem uma discussão adequada e profunda nas comissões da Câmara, que existem justamente para isso, a fim de aperfeiçoar a proposta e de afastar os riscos que acarreta à liberdade de expressão e à própria democracia.

   O presidente da Câmara, Arthur Lira, anunciou que a urgência do projeto será votada nesta terça, o que permitirá que o seu mérito seja votado no dia seguinte. Além de o tempo ser exíguo, o texto do projeto está sendo mudado todo dia, e bastante, sem ser publicado em lugar algum.

Isso prejudica a transparência e o debate público sobre a proposta. Para produzir este artigo, por exemplo, foi necessário examinar várias versões do projeto recebidas em diferentes grupos, algumas bastante distintas. Foi preciso ainda confirmar qual era a última versão diretamente com seu deputado relator.

Cabe ressalvar que o projeto tem vários aspectos positivos. Por exemplo, estabelece o direito ao devido processo e ao recurso para o usuário que tem sua postagem suprimida, exige maior transparência e análise de riscos sistêmicos, prevê a remuneração de conteúdos jornalísticos nacionais, determina que as plataformas forneçam dados para pesquisas acadêmicas etc.

Contudo, há tantas coisas tão ruins que o projeto joga ralo abaixo o bebê junto com a água suja do banho. 
Precisa melhorar muito para ficar ruim
Ou seja, para combater fake news, o projeto enterra a garantia da liberdade de expressão e viabiliza a censura governamental.

Além disso, o contexto importa: vivemos debaixo de um governo que quer vingança e, para isso, tenta controlar a narrativa. Esse governo amigo de ditaduras criou um ministério da verdade, aumentou verbas para imprensa e agora quer controlar o que se diz nas redes sociais.

Por isso, é urgente a mobilização para que deputados sejam conscientizados sobre os problemas do projeto, a fim de que votem “não” à sua urgência e, se não houver grande alteração do texto e tempo para que seja conhecido, analisado e debatido com a sociedade, rejeitem-no em seu mérito.

Não vamos permitir que calem a nossa voz! Posso contar com a sua ajuda para impedirmos que o Brasil seja amordaçado?
[perguntando enquanto ainda é possível: o relator do projeto é um deputado comunista - não lembramos o nome, é o de um cantor famoso Orlando Dias ...  ou Silva - que quando ministro, parece que da Dilma, gostava de mandioca paga com cartão corporativo; ainda gosta?]

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sábado, 4 de março de 2023

Uma proposta safada - Revista Oeste

J. R. Guzzo

O que querem, ao exigir a proibição das fake news, é proibir a publicação de tudo aquilo que não querem ver publicado. É censura, só isso

 Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock/Freepik

 Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock/Freepik 
 
Só existe uma coisa que faz sentido dizer em voz alta, em todo esse debate histérico sobre a questão das fake news e de seu irmão-gêmeo, o “discurso do ódio” — trata-se de um problema que simplesmente não existe em qualquer ambiente de discussão honesta. 
O governo Lula, a esquerda e os jornalistas dizem 24 horas por dia que o assunto é desesperadamente essencial para a sobrevivência do Brasil, do “regime democrático” e da humanidade.  
Não é, nunca foi e nunca será nada disso. 
Trata-se apenas, no mundo das realidades, de um conto do vigário brutal, degenerado e totalitário. 
 Ninguém, entre os seus apóstolos, tem o mais distante interesse em evitar a divulgação de notícias falsas, ou qualquer outro propósito com um mínimo de decência — a discussão, do começo ao fim, foi 100% inventada pela esquerda para reprimir a liberdade de expressão.  
O falso, aí, não são as notícias; são as intenções de quem prega a virtude, a limpeza e a verdade no noticiário. O que querem, ao exigir a proibição das fake news, é proibir a publicação de tudo aquilo que não querem ver publicado. É censura, só isso. Todo o resto é mentira — aí sim, mentira mesmo.

A esquerda brasileira, com Lula à sua frente, não admite, pura e simplesmente, o conceito universal de liberdade. Ela é igual a todas as esquerdas que existem e jamais existiram

Não há nenhuma complicação especial nessa história. A questão toda se desmancha em 30 segundos, não mais que isso, quando se constata um fato elementar e indiscutível: todas as ditaduras do mundo, sem nenhuma exceção, têm sistemas de repressão às notícias “falsas” e ao “discurso do ódio”. 
É assim em Cuba, Venezuela, Nicarágua, China, Coreia do Norte e por aí afora em todos os lugares do mundo onde os governos se apresentam como de esquerda, “progressistas” e dotados de “democracias populares”
Da mesma forma, não existe democracia séria no mundo, também sem nenhuma exceção, onde o aparelho do Estado se mete a decidir o que é falso e o que é verdadeiro — e proíbe a publicação do que quer que seja na mídia ou nas redes sociais. Se alguém, ao se manifestar em público, prejudica a sociedade ou a algum indivíduo, vai ser processado por difamação, injúria e calúnia, na forma da lei — ou responsabilizado pelo que fez numa corte de justiça. 
O resto é ditadura; é resultado direto da perseguição fanática à liberdade que está na alma de todos os regimes de “esquerda” que jamais apareceram sobre a face da Terra. É exatamente isso que o governo Lula quer para o Brasil, com sua ideia fixa de criar o “controle social” sobre os meios de comunicação.
Nicarágua prisões opositores
Ortega e Lula têm relação estreita | Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência 
Brasil

A chave da questão está num fato fundamental: a esquerda brasileira, com Lula à sua frente, não admite, pura e simplesmente, o conceito universal de liberdade. Ela é igual a todas as esquerdas que existem e jamais existiram. 

Desde 1917, quando apareceu o primeiro regime socialista no mundo, nunca houve um caso, um único que fosse, de governo de esquerda que respeitasse a liberdade — ao contrário, é a primeira coisa que destroem e, depois, a que mais perseguem com as suas polícias secretas e campos de concentração. 
Por que Lula, o PT e a esquerda fariam diferente no Brasil? 
Por acaso são mais virtuosos, ou mais honestos, ou mais íntegros que os esquerdistas que ocuparam governos nos últimos 100 anos através do planeta? É claro que não
Desta vez, inclusive, o presidente abandonou à esquerda radical o controle sobre a maior parte do seu governo — trata-se de gente empenhada em mudar o regime, e não em governar o país. 
Declaram, abertamente, que querem acabar com a “democracia formal”, ou burguesa, ou liberal no Brasil. 
 Pregam a extinção da propriedade privada, tal como ela é entendida hoje. O pecado mais grave do seu catecismo é a liberdade individual.
 
A ideia geral de “combater as fake news” é integralmente safada. Tudo parte de uma proposição virtuosa — criar um mundo onde só circulem notícias verdadeiras.  
Quem não gostaria disso? O governo, a esquerda e a mídia colocam uma questão velhaca para o público: “Você acha que está certo as redes sociais e a imprensa publicarem mentiras?”. É claro que todo mundo diz que não, não está certo. Então “a população brasileira” está contra as fake news, diz o PT — e se está contra as fake news está a favor do “controle social da mídia” que o governo Lula mais as facções que o apoiam querem impor ao Brasil. 
É uma contrafação completa. Vendem-se obviedades falsificadas, do tipo: “A liberdade não pode ser ilimitada”, ou “a liberdade de expressão não pode ser usada para cometer crimes”, ou a “liberdade de um não pode prejudicar os direitos de todos” etc. etc. Claro que não. 
Mas quem é de fato a favor da liberdade de opinião e dos direitos que estão escritos na Constituição Federal não é absolutamente a favor de nada disso — ao contrário, acha que todos devem ser responsáveis pelo que divulgam ao público, segundo dispõem o Código Penal e a legislação civil. Toda essa filosofia de curso primário, na qual a esquerda sustenta que a liberdade de expressão não pode ser utilizada para se fazer o mal, é tapeação pura. O que querem, mesmo, é suprimir o pensamento livre e ganharem o poder de decidir o que pode e o que não pode ser dito.

O propósito de um noticiário onde só seja publicada a verdade é sem dúvida admirável; é, ao mesmo tempo, algo perfeitamente impossível de se obter no mundo das realidades. O fato objetivo é que não há a mais remota possibilidade de definir o que é realmente verdade ou mentira, e isso acontece por uma razão elementar: como não haverá revelação divina a respeito dessa definição, alguém terá de decidir o que é falso ou não é. 

E aí — quem decide? Xeque-mate. Quem decide é um grupo de pessoas, obrigatoriamente. 
E por que diabo esse grupo de pessoas teria mais direito do que aquele para dizer o que é fake news e o que é news verdadeira? 
Não há, humanamente, como responder a essa pergunta; é uma dificuldade que apareceu no primeiro minuto do debate e jamais será resolvida com um mínimo de lógica. 
Nos regimes de esquerda a tarefa de dizer o que é falso foi entregue à polícia. 
No Brasil, por trás da hipocrisia e da mentirada de sempre, querem fazer igual. E então: você confia que um órgão do governo vai ser honesto o suficiente para lhe dizer o que é ou não é a verdade?

As primeiras amostras do que Lula pretende fazer a respeito são um desastre. Não basta a “Secretaria Nacional da Verdade” que montou, de forma ilegal, na Advocacia-Geral da União. Não bastam as múltiplas milícias espalhadas pela máquina estatal para reprimir o pensamento livre. Não basta o inquérito criminal perpétuo (acaba de ser estendido pela sexta vez) que investiga fake news para salvar “o estado democrático de direito”. Acabam de inventar, no novo “Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania”, um “grupo de trabalho” que é a própria cara do governo nessa história toda de “controle social da mídia”

Sua função, pelo que deu para entender, é propor “soluções” — em “180 dias” — para acabar com o “discurso do ódio” e o “extremismo” no Brasil. Que tal? O grupo tem 29 pessoas; todas, sem exceção, são da mesma linha política de esquerda. Mas não caberiam um ou dois membros — vá lá, um só que seja — com opiniões diferentes dos demais? Não, não caberiam; as decisões, ali, serão sempre tomadas por unanimidade. 

A coordenadora, uma ex-deputada do Partido Comunista — mais uma, na extraordinária manada de perdedores que ganharam empregos no governo Lula —, disse que vai combater crimes como a “misoginia”, que as depredações do 8 de janeiro foram causadas pelo “discurso do ódio” e por aí se vai. “Misoginia”
A definição universal da palavra diz que ela significa aversão a relações, inclusive sexuais, com mulheres. Desde quando isso é crime? É essa a qualidade dos nossos tribunais de promoção da verdade.
O problema de Lula, do PT, e da esquerda mundial se chama internet, ou redes sociais. 
A internet foi a maior conquista jamais obtida pela liberdade humana — pela primeira vez, desde que o homem saiu da caverna, a humanidade toda, sem exceção de um só indivíduo, ganhou a possibilidade de manifestar o que pensa, para todo o mundo e ao mesmo tempo, sem controle de governos, padres e déspotas em geral. 
Há, é claro, a vigilância exercida pelas próprias plataformas de comunicação; elas podem vetar a publicação de coisas que seus dirigentes não gostam, ou excluir pessoas e assuntos das redes. Mas não há a polícia política, nem a censura, nem o resto do aparelho de repressão do Estado dando ordens na internet. 
É uma situação insuportável para as ditaduras de todo o mundo — e para o governo de Lula e do PT. 
 
A teoria predominante na esquerda de hoje, segundo a qual não se toma mais o poder através de revoluções, mas pela ocupação da mídia, da universidade e da nebulosa chamada “cultura”, foi muito bem entendida pela militância política e gerou muitos resultados em seu benefício. 
Mas não foi capaz, até agora, de colocar a internet sob o comando de algum comitê enfiado num “Ministério de Direitos Humanos” da vida, ou coisa que o valha. No Brasil a esquerda controla as redações e as salas de diretoria dos órgãos de comunicação, mas não controla as redes sociais — e é aí, não na imprensa tradicional, que está realmente a audiência
Nenhuma ditadura do mundo se conforma com isso. Lula e seu governo também não.
Ilustração: Shutterstock

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J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste

 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Lula e a esquerda não suportam a liberdade de expressão e por isso querem censurar a internet - Gazeta do Povo

Vozes - J. R. Guzzo

 Entre todas as ideias fixas que comandam hoje suas palavras e suas ações na política brasileira, nenhuma parece deixar o presidente Lula tão agitado quando o “controle social dos meios de comunicação”. Virou, a essa altura, um tipo de obsessão. 
Sabe-se que quando Lula tem uma obsessão, o PT e a esquerda ficam automaticamente obcecados com a mesma coisa; eis porque se faz tanto barulho sobre algo que jamais fez parte, nem fará, das preocupações básicas do cidadão brasileiro.
O fato é que Lula, e a multidão de bajuladores ao seu redor, não para de falar no seu precioso “controle”. Ainda agora, mandou uma carta para uma reunião de caciques da ONU dizendo, entre outras barbaridades, que as redes sociais são uma ameaça à “democracia”. [o atual presidente faz muito tempo perdeu a noção das coisas - defender medidas que agridem a democracia e aos princípios democráticos,é apenas mais uma bizarra manifestação de sua falta de cultura política e mesmo domínio da Língua Portuguesa; 
 - mais cômico, é declarar para a Rússia que ela tem que sair da Ucrânia. Tão absurdo ultimato nos leva a adaptar o Brasil e seu atual presidente a famosa pergunta de Stalin dirigida ao Papa. '... quantas divisões possui o Papa?.']

Lula propõe um mundo onde o governo vai fazer com que todos digam a verdade. É a maior mentira de todas.

O surgimento da internet, pela primeira vez nos 10 mil anos de história da humanidade, permitiu a todos os seres humanos, sem exceção, manifestarem livremente suas opiniões e pensamentos; é uma conquista imensa para o homem e para os seus direitos.  
É um perigo, porém, para as ditaduras de todos os tipos – e por isso a comunicação através das redes sociais tornou-se um dos alvos principais da repressão das tiranias pelo mundo afora.  
Lula, desde a sua campanha eleitoral, se juntou a esse coro; quer, também ele, censura do governo sobre a internet.

Naturalmente, ele e a esquerda mais grosseira, com o apoio de praticamente todo o aparelho judiciário, dizem que não é isso. Ao contrário: aproveitando-se da fantasia, tão difundida e tão inútil, segundo a qual “as leis” deveriam proibir que as pessoas dissessem mentiras nas redes sociais, Lula propõe um mundo onde o governo vai fazer com que todos digam a verdade. É a maior mentira de todas.

O “controle social” da mídia vai apenas criar a censura no Brasil – um comitê de militantes do PT passará a decidir o que é mentira e verdade, e isso quer dizer, na prática, que vai ser proibido publicar o que o governo não quer seja publicado. Todo o resto é uma trapaça monumental.
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Lula gostaria de um Brasil como o da campanha eleitoral em que o TSE proibia dizer que ele foi condenado pela Justiça como ladrão, ou que é admirador do ditador da Nicarágua e por aí afora.  
Quer que tudo o que se diga contra ele seja carimbado como “discurso do ódio – e cortado das redes. 
Seu “controle social” dos meios de comunicação é o que se faz em Cuba, Venezuela, Nicarágua, para não falar de China e Coreia.

Não existe nenhuma democracia no mundo que faça o que o Lula está querendo fazer no Brasil. Ele e o PT falam que o direito de expressão vai ser garantido, dizem que “há leis” de controle da internet em “outros países”, que estão defendendo a “democracia” dos seus inimigos etc. etc. etc. 
Não há um átomo de sinceridade, nem de seriedade, em nada disso. 
A única maneira efetiva de se defender a liberdade de opinião é não fazer lei nenhuma a respeito do assunto; é por isso que as ditaduras têm todo o tipo de regras para “ampliar a livre expressãode ideias – e as pessoas não têm nenhum direito de abrir a boca. 
O problema de Lula e da esquerda não tem nada a ver com verdade ou mentira. O que eles não querem é a liberdade.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


domingo, 12 de fevereiro de 2023

A farsa da ‘paz’ - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

 Como a principal autoridade do País se joga nessa promoção aberta da hostilidade ‘de classes’?

Desde que assumiu a Presidência da República, segundo um levantamento de O Estado de S. Paulo, Lula já fez oito declarações jogando pobres contra ricos. Deve ser algum tipo de recorde; nesse ritmo, vai chegar a perto de 400 gritos de guerra até o fim do seu mandato. É demagogia do tipo mais abjeto. 
É uma prova cabal de que a sua campanha foi uma mentira do começo ao fim, com a farsa de que ele iria “devolver a paz” ao Brasil.  
É irresponsável – como a principal autoridade do País se joga nessa promoção aberta da hostilidade “de classes” entre os brasileiros? 
Mas é isso, exatamente, o que Lula sempre foi: um explorador profissional dos “pobres”. Nunca fez nada de relevante, modificador ou duradouro para eles. Ao contrário: o que lhe interessa é manter o Brasil o mais longe possível de qualquer desenvolvimento real, pois só sobrevive politicamente com o suprimento permanente de pobres que sempre rende a base de sua votação
O problema, desta vez, é que a sua demagogia vem acompanhada de ações concretas para agredir o coração da economia do País.
O governo, que em mais de um mês conseguiu o prodígio de não anunciar uma única medida construtiva para os interesses reais do cidadão, nem uma que seja, decidiu cortar uma dezena de linhas de crédito do BNDES para o agronegócio – área que rendeu US$ 160 bilhões, num total de US$ 335 bilhões, para as exportações do Brasil no ano passado, e se tornou absolutamente vital para a economia brasileira. Cortaram de tudo: crédito para a safra, aquisição de óvulos, tratores, redução do carbono, armazéns, irrigação, cooperativas – e até a sagrada “agricultura familiar”, que Lula acha a solução para todos os problemas rurais do País. “O Brasil não pode ser só a fazenda do mundo”, disse o novo presidente do BNDES. É um despropósito. 
Qualquer país ficaria feliz se tivesse a situação do Brasil no abastecimento mundial de alimentos; o governo Lula acha ruim. O que eles querem, então, que o Brasil seja? Querem coisa muito pior que uma fazenda.

Em vez de colocar o dinheiro do BNDES no incentivo à um setor-chave da economia brasileira, o governo quer emprestar dinheiro para Argentina, que está com inflação de 100% ao ano e não paga ninguém, Cuba, Venezuela e outras estrelas da finança latino-americana. 

Cuba e Venezuela, aliás, já deram o calote no Brasil; não poderiam receber um centavo a mais do que já receberam e não pagaram
Mas a culpa do calote foi “do Bolsonaro”, diz Lula; o Brasil rompeu relações com os dois, eles ficaram chateados e resolveram não pagar. Agora ele vai consertar o erro. É a sua política a favor dos “pobres” e contra “os ricos”.

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S.Paulo


domingo, 5 de fevereiro de 2023

Embaixador da União Europeia no Brasil critica Lula por postura com Venezuela, Cuba e Nicarágua

Ignacio Ybanez Rubio, embaixador da União Europeia (UE) no Brasil
Ignacio Ybanez Rubio, embaixador da União Europeia (UE) no Brasil Cristiano Mariz/Agência O Globo

O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, criticou, indiretamente, neste domingo, a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação aos regimes autoritários de esquerda em suas últimas viagens internacionais, em janeiro deste ano.

O diplomata usou um artigo publicado pelo colunista do GLOBO e da “Folha de S.Paulo” Demétrio Magnolli no qual analisa o discurso do presidente na Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celec).

No artigo deste domingo, publicado na “Folha”, Demétrio aponta a falta de crítica por parte de Lula aos regimes da Venezuela, Cuba e Nicarágua. O colunista afirma que o presidente desperdiçou a “oportunidade de levantar a voz por eleições livres na Venezuela, uma abertura política em Cuba e o fim da selvagem repressão do regime de Ortega na Nicarágua”.

Ybáñez postou o artigo nas redes sociais e destacou o verso “O tempo passou na janela e só Carolina não viu”, de Chico Buarque, citado no artigo de Demétrio Magnolli.

Lula começou o seu governo tentando retomar a presença do Brasil nas agendas e negociações internacionais. Para isso, realizou logo em janeiro as suas primeiras viagens internacionais para a Argentina e Uruguai. Lá, Lula e o presidente da Argentina, Alberto Fernandéz, anunciaram que estão empenhados em avançar nas "discussões sobre uma moeda comum sul-americana".

Mundo - Jornal O Globo

 

sábado, 4 de fevereiro de 2023

Lula 2023 é como um pesadelo piorado.- Gazeta do Povo

Vozes - Cristina Graeml

Lula 2023: sem ética na política - ministros envolvidos em denúncias e conchavos nas eleições do Senado

Lula 2023 é como um pesadelo piorado. Um mês sob novo governo e acabou aquela paz de não termos mais notícias de corrupção e prevaricação, crime praticado por funcionários públicos quando fogem do seu dever de ofício, são omissos, ou abusam do poder, provocando prejuízos sociais e econômicos para o país.

Bastou janeiro avançar e já choveu denúncia contra três dos 37 atuais ministros, quantidade que, por si só, configura um atentado contra o orçamento público. E mal fevereiro começou, também o Senado afundou-se em conchavos e abusos de poder, imiscuindo-se com os demais poderes. Ficou claro que sob governo Lula jamais haverá independência, apenas interdependência entre eles.

No vídeo que publico junto com esse artigo relembro alguns fatos deste início de governo Lula 2023. É uma versão piorada e ainda mais sedenta de poder do que aquela da era da rapinagem. [lembrando que a rapinagem continua.]
 Antes das condenações e da prisão, era só ganância e sanha ditatorial. Agora há rancor e ódio movendo os petistas e seus vários aliados de sempre junto com os de última hora.

Por mais indigesto que seja, acho oportuno fazer um breve diário desse "desgoverno" (para usar um termo que lulistas adoram) e, assim, deixar documentada a falta de ética e moral na vida pública, que vem sendo registrada dia após dia, desde que o país foi jogado nesse abismo, aparentemente sem fim.

Lula 2023, denúncias e conchavos
Em poucas semanas o Brasil já tem três ministros envoltos em denúncias: a do Turismo, Daniela Mote de Souza Carneiro (codinome Daniela do Waguinho), acusada de envolvimento com milicianos da baixada fluminense, foi a primeira. As primeiras denúncias surgiram apenas dois dias após a posse.

Na sequência
, logo depois da tragédia de 8 de janeiro e de todo a sanha justiceira do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ficamos sabendo que ele próprio teria recebido informações de agentes de inteligência para reforçar a segurança em Brasília naquele fatídico fim de semana e nada fez.

Depois, o ministro das Comunicações, José Juscelino Filho, foi envolvido num vexame daqueles que, em outros países, seria digno de demissão sumária.
Simplesmente veio à tona que no ano passado, quando ainda era deputado federal, ele usou 5 milhões de reais das emendas de relator (orçamento secreto) para asfaltar uma estrada na frente de sua própria fazenda na cidade de Vitorino Freire, no Maranhão. Outras denúncias já inundaram o noticiário e o chefe, Lula, finge-se de morto.

O Maranhão é, aliás, a terra do companheiro Flávio Dino, onde raras estradas são asfaltadas e há carências de absolutamente tudo. 
A população está entre as mais pobres e pouco instruídas do país. 
No índice de desenvolvimento humano (IDH) do IBGE, o Maranhão sempre figura como o mais atrasado, rivalizando com o vizinho, Piauí.
 
Eleições na Câmara e Senado 
Não bastassem as gravíssimas denúncias manchando o ministério de Lula 2023, todas jogadas para baixo do tapete, teve o show de horrores no Senado abrindo fevereiro. Foi o prenúncio de que o segundo mês do ano também não irá decepcionar os que ignoram a necessidade de ética na política e batem palmas para tamanha sem-vergonhice. Durante semanas acompanhamos o Executivo interferindo no Legislativo, fechando acordões de troca de cargos por votos para Arthur Lira seguir como presidente da Câmara dos Deputados e Rodrigo Pacheco, do Senado.

Sabe-se lá o que foi prometido aos dois para, tão rapidamente, terem colocado suas biografias em risco e aceitado o abraço amigo de alguém com condenações e prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em seu próprio currículo.

Houve muito mais do que meros "acordos de bastidores". O PT parece ter seguido a linha da confissão de Dilma em 2014 ("fazemos o diabo para vencer as eleições") ou a eterna máxima do guru esquerdista/comunista, José Dirceu ("vamos tomar o Poder, que é diferente de ganhar eleições"). Conseguiu 464 votos para Lira e 49 para Pacheco.

Absurdos ao vivo na TV Senado
O YouTube da TV Senado transmitiu a cerimônia de posse dos novos senadores e a eleição para a presidência do Senado ao vivo. Havia cerca de 90 mil brasileiros acompanhando em tempo real e derramando suas preocupações e angústias na conversa interativa do chat. Ali, Rogério Marinho estava eleito com praticamente 100% dos votos.

Quem assistiu, teve o desprazer de ver a ditadura do Legislativo à solta. O tirano de plantão foi o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), proibindo os colegas de mostrar o voto, conforme foi feito em eleições passadas para a presidência. "O voto aberto será anulado", disse o senador, que presidia a sessão. [era só mostrar o voto, deixar anular e com mais de 40 votos anulados, fariam nova eleição - uma hora o Veneziano desistia da chantagem.] E assim foi, bem ao padrão Cuba, Venezuela, Nicarágua, para citar apenas as mais ferrenhas ditaduras próximas ao Brasil e ao PT de Lula. E assim foi. Taí a razão pela qual muitos traíram seus eleitores e não deram o voto a Rogério Marinho, como haviam prometido.

Teve outras barbaridades flagradas pelas câmeras. Os capangas Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues fazendo chacota da vitória anunciada, mais preocupados com quem ganharia o bolão acertando quantos votos Pacheco teria. E os cupinchas fotografando seu próprio voto e enviando por mensagem. Seria para cobrar o pagamento?

Para qualquer patriota realmente preocupado com o Brasil e com sua população, é revoltante acompanhar o que está acontecendo. 


Peço desculpas, portanto, aos leitores desta coluna, mas por mais intragável que seja, o assunto precisa ficar registrado. Assim, no futuro, ao pesquisarem sobre determinados políticos, os jovens eleitores terão o contraponto à narrativa oficial. Saberão, de fato, como os candidatos a deuses do olimpo tupiniquim tratam o país quando estão no poder.

Lembrem-se: querem nos calar justamente para que avancem em suas práticas antiéticas e em seus propósitos escusos e imorais, deixando a verdade longe dos registros da internet ou das páginas da história. Não vão conseguir, afinal, somos resilientes e estamos comprometidos com o país, a verdade, a ética e a moral. E não há mal que dure para sempre.

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Cristina Graeml, colunista - Gazeta do Povo - VOZES