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domingo, 5 de novembro de 2023

Por que Lula sabota a economia brasileira - Leandro Ruschel

         A Folha afirma em editorial que Lula sabota o país, ao anunciar que o governo deixará de cumprir a meta fiscal, uma postura "incompreensível", segundo o jornal.

Em primeiro lugar, é preciso lembrar do papel da Folha, e de praticamente toda a "imprensa", que se transformou em mero aparelho de esquerda, cujo único propósito é militar pela agenda socialista, ao mesmo tempo que promove a censura e a perseguição aos não alinhados.

Fazem isso por ideologia, já que os jornalistas são formados em universidades dominadas pela esquerda há décadas, e por incentivos econômicos, pois recebem gordas verbas publicitárias dos governos esquerdistas, enquanto passaram fome durante o governo Bolsonaro.

Por conta disso, a militância de redação de Globo, Folha, Estadão e afins atacaram sistematicamente o governo anterior, e chancelaram a operação de retirada de Lula da cadeia, alçando o descondenado pelo maior escândalo de corrupção da história à presidência, sob o absurdo argumento de "defesa da democracia".

Ora, o grande promotor de ditaduras pela América Latina é o próprio Lula. Em parceria com o carniceiro Fidel Castro, ele fundou o Foro de São Paulo, cujo objetivo manifesto é recriar no continente "o que foi perdido no Leste Europeu", ou seja, ditaduras socialistas.

Cuba é o modelo, exportado com sucesso para países como Venezuela e Nicarágua, e parcialmente implementado em outros países, como Bolívia e Argentina.

Não fosse o suporte diplomático, político e econômico do Brasil, durante os governos petistas, não haveria o desastre venezuelano, que produziu a maior crise imigratória da história da América Latina, com 7 milhões de pessoas deixando o país (de uma população total de 30 milhões). Já os que ficaram, enfrentam o inferno, menos os integrantes do partido e seus parceiros, enriquecidos além da imaginação.

Essa é a deixa para ajudar a Folha a entender a postura do descondenado Lula. 
O objetivo de qualquer socialista não é promover o bem do povo, ou mesmo de redistribuir a riqueza entre os pobres. 
Infelizmente, muitos militantes de redação acreditam nessa falácia, além de outros idiotas úteis na esquerda.
 
O objetivo do movimento socialista é EMPOBRECER a população, para facilitar o controle político absoluto. 
É muito mais fácil se eternizar no poder quando a população é dependente do estado. 
É exatamente por isso que a esquerda domina o Nordeste, por exemplo.
Só que esse movimento de empobrecer completamente a população não é fácil de ser promovido, especialmente num país de dimensões continentais, como o Brasil. 
Na Argentina, em que o processo está bem avançado, surgiu Javier Milei como resposta, arriscando colocar água no chopp peronista.
 
A última tentativa do PT nesse sentido foi rechaçada pelo povo, resultando na queda da Dilma, e na prisão "do chefe do esquema", segundo o Ministério Público.  
Com ajuda determinante da militância de redação, a operação Lava-Jato foi desfeita, e o descondenado está "de volta à cena do crime", junto com Alckmin, que cunhou a frase durante a campanha em que fazia de conta que era oposição, no famigerado Teatro das Tesouras que envolveu a cena política brasileira desde a redemocratização.
 
Seguro de que NUNCA mais acontecerá nada parecido com a Lava-Jato, Lula acredita que o país está pronto para que o projeto socialista avance. Logo, ele acha que conseguirá destruir parcialmente a economia brasileira para eternizar seu grupo no poder. 
Esse sempre foi o projeto de longo prazo, apesar de eventual aceitação estratégica das regras de mercado, pelas circunstâncias favoráveis.

Para fazer avançar o processo, o PT apresenta o jogo dialético, a especialidade da esquerda. Enquanto o companheiro Haddad faz o jogo de "amigo do mercado", fazendo de conta que busca a responsabilidade fiscal, Lula joga para a galera, dinamitando as contas do governo, sob a desculpa de "ajudar os pobres", contra "a ganância do mercado".

Assim, vai se criando uma dinâmica em que Lula empurra o país para o desastre planejado, enquanto o companheiro Haddad promove os dois passos para trás, quando há exageros, evitando que a corda arrebente e seja produzido um novo desfecho Dilma.

A coisa só não avança tão rápido porque o Centrão, que faz o contra-peso à busca da hegemonia política petista, não embarcou no projeto.  
Não por falta de interesse numa ditadura chavista à la brasileira, mas porque não confia que o PT iria de fato dividir o poder num arranjo desses.

O Centrão, diferentemente do PT, enxerga um certo nível de liberdade econômica como a galinha dos ovos de ouro para alimentar os cofres públicos, mantendo de pé os milhares esquemas de corrupção que opera, evitando assim uma revolta das massas, como ocorreu durante o desastre econômico de Dilma, que colocou todo o sistema corrompido sob risco de morte.

Por sua vez, o grande empresariado faz um jogo duplo, em que mantém certo apoio ao governo petista, enquanto pressiona pela manutenção dos pilares da economia, entre eles, a responsabilidade fiscal. Esse grande empresariado depende, direta ou indiretamente, do governo, seja por receita direta, seja por regulações que podem fazer seus negócios prosperarem, ou serem destruídos.

Todos os agentes citados concordam em apenas um aspecto da agenda totalitária em curso no Brasil: a necessidade de criminalizar a direita, cuja agenda moralizante, e de diminuição do estado obeso, representa a grande ameaça ao establishment corrupto.  
Já em relação à economia, há profunda discordância e oposição à agenda petista de destruir para conquistar.

Logo, o cenário mais provável é a manutenção de um processo de diminuição das liberdades políticas, e de perseguição aos não alinhados, enquanto a economia ficará em banho-maria, pois, ao mesmo tempo que os petistas não tem força para promover a terra arrasada, proponentes do liberalismo econômico (meia bomba) tampouco tem meios de impor essa agenda.

Resumindo, o Brasil está entre o chavismo sonhado pelos petistas, e o capitalismo de estado chinês, em que o traço em comum é o fim das liberdades individuais, com o segundo oferecendo algum nível de prosperidade financeira. A esperança é que os agentes de poder sigam discordando.

Não é nada animador, mas é o que temos para o momento.

*         Enviado pelo autor. Original em https://leandroruschel.substack.com/p/por-que-lula-sabota-a-economia-brasileira

Transcrito do site Percival Puggina


sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Mas, porém, todavia, contudo... - Gilberto Simões Pires

TURMA DOENTIA
Mais do que sabido e pra lá de percebido, a doentia turma do - MAS, PORÉM, TODAVIA, CONTUDO- tem se mostrado incansável na hercúlea tarefa de tentar DIMINUIR, e se possível ZERAR, os importantes frutos que vem sendo colhidos pela valorosa equipe econômica do governo liderada pelo ministro Paulo Guedes.

FORMA DEPLORÁVEL

Ontem, tão logo o IBGE divulgou o IPCA -Índice de Preços ao Consumidor Amplo- referente ao mês de julho, mostrando DEFLAÇÃO DE 0,68%, de antemão considerada como a MENOR TAXA desde o início da série histórica em 1980 -, a inconformada e/ou revoltada TURMA DO -MAS, PORÉM, TODAVIA, CONTUDO-, em coro, tratou de noticiar o importante FATO de forma deplorável.

A NOTÍCIA DA DEFLAÇÃO
A rigor, desde o primeiro dia do mandato do presidente Jair Bolsonaro, a CONJUNÇÃO ADVERSATIVA representada por - MAS, PORÉM, TODAVIA, CONTUDO, ENTRETANTO- tem sido fartamente utilizada com o propósito de diminuir o EFEITO POSITIVO de tudo que pode ser desfrutado pelo sofrido povo brasileiro. 
Ontem, como se viu, não foi diferente: como a notícia da DEFLAÇÃO não tinha como ser escondida, a TURMA DO MAL (Globo, Estadão, Folha, etc.) colocou o - MAS-, dizendo: - O Brasil tem deflação de 0,68 em julho, MAS o preço da comida sobe-.

FIQUE EM CASA
Ora, esta mesma TURMA, mais do que sabido, é composta por aqueles maus comunicadores que, durante a pandemia, a todo momento tratavam de influenciar o povo brasileiro através do criminoso -FIQUE EM CASA- A ECONOMIA A GENTE VÊ DEPOIS. 
Pois, este DEPOIS, embora com todos os importantes esforços despendidos pelo governo, se apresenta, para muitos, em forma de FOME. De novo: os mesmos que pregaram enfaticamente o FIQUE EM CASA se mostram -surpresos- com os indiscutíveis efeitos. Pode?

FOME É PARA BRASILEIROS DE SEGUNDA CLASSE
Detalhe importante nisso tudo: quero que alguém aponte qual servidor público deste nosso imenso Brasil - ativo ou inativo - foi prejudicado com a pandemia e, principalmente, com os criminosos LOCKDOWNS. 
Mais: seria importante divulgar e/ou saber qual servidor público está passando fome. Ou seja, pelo que se sabe, a FOME é algo que só existe para brasileiros de SEGUNDA CLASSE. A PRIMEIRA CLASSE está sempre fora dessas encrencas. 
 
Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires

 

 

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Eles perderam de vez a noção - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Jair Messias Bolsonaro levou uma facada em 2018 e quase morreu. O autor, Adélio Bispo, era um ex-filiado do PSOL, esteve na Câmara pelo que indica o registro, e contou com suporte jurídico após a prisão. Quem mandou matar Bolsonaro? Essa pergunta nunca saiu da boca de quem insiste diariamente na questão de quem matou Marielle Franco, a vereadora do PSOL. Em vez disso, petistas como o próprio Lula chegaram a chamar a facada de "fake", de farsa. Bolsonaro já passou por várias cirurgias por conta dela.

O grau de psicopatia é assustador. Em vez de deixar diferenças políticas de lado, muitos esquerdistas torcem abertamente pela morte do presidente. Alguns desejam isso com ar de filosofia pragmática, como fez Helio Schwartsman na Folha. Mas eles não conseguem esconder o ódio em seus corações, a falta de empatia pelo próximo, e o veneno que intoxica suas almas ocas. [um jornalista recentemente sugeriu que o presidente se suicidasse; quarta-feira um ilustre e desconhecido youtuber comunicou que havia comprado fogos de artifício para  comemorar eventual morte do presidente. Mario Frias, secretário de Cultura, postou respondendo a pergunta de um amigo sobre se conhecia o famoso youtuber: "Realmente eu não sei. Mas se eu soubesse diria que ele precisa de um bom banho".
Com a súbita fama, decorrente de uma postagem de péssimo gosto - agourando o presidente da Republica - o youtuber se tornou conhecido ser o ofensor um historiador negro e defensor do comunismo. Imediatamente um ex-ator de novelas, em final de carreira,acusou Frias de racismo.]

LEIA TAMBÉM: ONU condena prisões arbitrárias em Cuba e exige liberação de manifestantes
Em imagens: chuvas causam destruição na Europa

Agora que o presidente foi internado novamente, com risco de nova cirurgia, a turma podre saiu do bueiro uma vez mais, para expor sua falta de limites, de ética, de compaixão. São várias mensagens no mesmo teor, e esse claro discurso de ódio não é censurado nas redes sociais, que por sua vez impedem questionar sobre a real eficácia das vacinas - minha conta principal do Twitter foi suspensa uma semana por isso, e o vídeo da estreia do programa 4por4 foi retirado do YouTube com mais de 700 mil visualizações, só porque falamos que as vacinas experimentais são... experimentais!

Eis o tipo de coisa que circula livremente, e sem o repúdio dos nossos "humanistas" de plantão, inclusive aqueles que demonstram absoluta revolta quando o mesmo Bolsonaro dá uma resposta mais atravessada a algum jornalista:  Pausa aqui para mostrar como o MBL hoje em dia é indistinguível do Felipe Neto, que eles detonavam antes. Arthur do Val praticamente escreveu a mesma mensagem que o imitador de focas. Ninguém sério leva mais a sério os PsolKids, que se provaram oportunistas com claro viés de esquerda. Mas segue o show de horrores:

Esses são nossos "democratas" que se vendem como a resistência ao fascismo, que existe somente em suas imaginações toscas. Os que acusam Bolsonaro de insensível ou mesmo genocida destilam insensibilidade e torcem pela morte do presidente. A tática consiste em desumanizar o oponente, trata-lo como bicho, como um rato, um verme, e aí justificar essa postura abjeta.

Quem quer criticar o governo Bolsonaro ou a postura do presidente é livre para fazê-lo, e é legítimo que o façam numa democracia. O que estamos vendo, porém, é algo bem diferente disso. Estão tratando Bolsonaro como se fosse o próprio vírus chinês. Estão o colocando no rol dos piores tiranos genocidas do planeta, como se ele fosse Hitler, Stalin, Mao ou Fidel Castro. E isso enquanto normalmente defendem esses tiranos, ao menos os comunistas!

Tudo que podemos fazer numa hora dessas, além de expor a hipocrisia de seus discursos "humanitários", é rezar por suas almas. Essas pessoas devem ser muito infelizes, com vidas bem medíocres e vazias, para destilar tanto veneno e ódio assim...

Rodrigo Constantino, colunista -  Gazeta do Povo -VOZES 

 

quarta-feira, 10 de julho de 2019

[IntercePTação] divulga primeiro áudio de Deltan para procuradores da Lava Jato

Em gravação divulgada por site, ele comemora proibição de entrevista de Lula à Folha

[onde está o crime? qual lei proíbe que um cidadão comente e expresse alegria sobre decisão judicial - decisão judicial já proferida e o comentário foi feito entre colegas do cidadão, ele e todos são procuradores ?

Crime, houve quando o aplicativo foi invadido e alguns conteúdos roubados e repassados a terceiros - invadir é crime, receber e usar produto de furto é crime.]

 Um mês após a primeira reportagem sobre mensagens atribuídas ao ex-juiz Sergio Moro e a membros da Lava Jato, o site The Intercept Brasil divulgou nesta terça (9) o primeiro áudio das conversas, obtido de fonte anônima a partir de dados [obtidos de forma criminosa, mediante invasão do aplicativo de mensagens Telegram ] do aplicativo Telegram. No arquivo de som divulgado pelo Intercept, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, afirma que a proibição de entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Folha, no ano passado, era "uma notícia boa".

Desde que vieram à tona as mensagens publicadas pelo Intercept, a partir de 9 de junho, tanto Deltan como Moro têm repetido que sempre agiram conforme a lei e que não podem garantir a veracidade dos diálogos divulgados. Em 28 de setembro do ano passado, antes das eleições, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski autorizou a colunista Mônica Bergamo, da Folha, a entrevistar Lula na prisão. No fim do mesmo dia, a decisão foi suspensa pelo ministro Luiz Fux. Na ocasião, ele também decidiu que, se a entrevista já tivesse sido realizada, sua divulgação seria censurada. A decisão de Fux só foi revogada em abril deste ano pelo presidente do tribunal, Dias Toffoli.

Logo após a determinação de Fux, Deltan enviou em um grupo de procuradores: "URGENTE. É SEGREDO. Sobre a entrevista. Quem quer saber ouve o áudio". No arquivo, ele dizia: "Caros, o Fux deu uma liminar suspendendo a decisão do Lewandowski que autorizava a entrevista dizendo que vai ter que esperar a decisão do plenário", disse Deltan em um grupo de procuradores. "Agora não vamos alardear isso aí, não vamos falar para ninguém. Vamos manter, ficar quieto, para evitar a divulgação o quanto for possível. Porque quanto antes divulgar isso, antes vai ter recurso do outro lado, antes isso aí vai para o plenário", acrescentou.

"O pessoal pediu para a gente não comentar publicamente e deixar que a notícia surja por outros canais pra evitar precipitar recurso de quem tem uma posição contrária a nossa. Mas a notícia é boa para terminar bem a semana depois de tantas coisas ruins e terminar bem o final de semana. Abraços, falou!"

A mensagem foi enviada após um dia de intensa troca de mensagens dos procuradores sobre o episódio. Após a liberação de Lewandowski, a procuradora Laura Tessler disse que era "revoltante". "Lá vai o cara fazer palanque na cadeia. Um verdadeiro circo. E depois de Mônica Bergamo, pela isonomia, devem vir tantos outros jornalistas... e a gente aqui fica só fazendo papel de palhaço com um Supremo desse...".

Os procuradores passaram a discutir sobre a possibilidade de impedir a entrevista ou formas de diluir a entrevista entre vários veículos.  “Plano a: tentar recurso no próprio STF, possibilidade Zero. Plano b: abrir para todos fazerem a entrevista no mesmo dia. Vai ser uma zona mas diminui a chance da entrevista ser direcionada", afirmou o procurador Januário Paludo no grupo.

Procurada, a força-tarefa da Lava Jato do Paraná não comentou o caso de forma específica. Disse em nota que "as supostas mensagens atribuídas a integrantes da força-tarefa são oriundas de crime cibernético e não puderam ter seu contexto e veracidade verificados". "Diversas dessas supostas mensagens têm sido usadas, editadas ou descontextualizadas, para embasar falsas acusações que contrastam com a realidade dos fatos", afirma o comunicado.
 
Folha de S. Paulo
 
 

domingo, 9 de junho de 2019

"Nota do Sindicato dos Ladrões"

Lula disse que não é ladrão nem pombo correio para usar tornozeleira. Foi uma declaração um pouco enigmática, mas logo os esclarecimentos surgiram. O Sindicato dos Pombos Correios soltou uma nota oficial confirmando que a instituição não aceita filiados ficha suja já basta a porcariada no chão da praça. Já o Sindicato dos Ladrões, também em nota oficial, declarou que Lula continua filiado e provavelmente está negando isso por se encontrar inadimplente.  “Não vamos aceitar calote só porque Lula é a maior referência da nossa categoria”, reagiu o presidente do Sindicato dos Ladrões. “É verdade que ele não está podendo ir ao banco pagar o nosso boleto. Mas por que não manda o Haddad, que não está fazendo nada?”

A nota do Sindicato lembra ainda que há vários filiados em situação de inadimplência por terem gasto todo o produto dos seus roubos – e esses merecem a solidariedade da instituição. “Mas não é, absolutamente, o caso do Sr. Luiz Inácio da Silva”, continua a nota, “que coordenou um assalto bilionário aos cofres públicos, do qual todos nos orgulhamos. Mas se formos abrir exceção para todo filiado multimilionário iremos à falência, que nem o Brasil depenado magistralmente pelo próprio Lula, argumenta a nota.

Procurado pela imprensa, o presidente do Sindicato dos Ladrões informou que sua posição sobre o caso está integralmente exposta na nota oficial da instituição. Mas não se furtou a um apelo de viva voz:  “Não vamos anistiar o Lula. Se ele quer declarar que não pertence mais à nossa categoria, não vou negar que isso dói na gente. São muitos anos de cumplicidade e formação de quadrilha, muitos momentos felizes com o dinheiro dos outros, e essas coisas o ser humano não esquece. Mas nem tudo é festa. É preciso um mínimo de seriedade e compromisso com as instituições – e o Sindicato dos Ladrões, como todos sabem, é uma instituição milenar. Então não tem conversa. O companheiro Lula está cansado de saber que aquela lei dos cem anos de perdão já foi revogada há muito tempo. Hoje, ladrão que rouba ladrão tem que pagar. Pague ao Sindicato os boletos em aberto, Sr. ex-presidente”.

Questionado se não estava sendo rigoroso demais com o membro mais ilustre da categoria, o presidente do Sindicato encerrou:  “Não tenho nada pessoal contra ele. Mas é que no nosso meio, se não cobrar com energia, ninguém paga. É da nossa natureza, entende? O Lula é um ídolo, mas é muito evasivo. Se alguém cobra alguma coisa dele, já monta um teatro, faz uma quizumba, joga areia nos olhos da plateia e sai de fininho. Então estou avisando: não vai adiantar chamar a ONU, a Folha, o El País ou o Papa pra contar história triste. Lula, sabemos que o seu sol está nascendo quadrado, mas sabemos também que o seu boi está na sombra. Portanto, pare de reclamar e pague o que deve”.

Em off, o presidente do Sindicato dos Ladrões acrescentou que acha essa história da tornozeleira uma grande bobagem. Segundo ele, Lula sabe que não vai precisar de tornozeleira nenhuma, porque já está condenado a mais 12 anos no processo de Atibaia – e a menos que conseguisse comprar todo mundo na segunda instância, terá a pena de reclusão confirmada. Fora os outros seis processos nos quais é réu. “Esse papo de progressão pro semiaberto é só pra animar os mortadelaços e os festivais Lula Livre”, explicou o sindicalista da ladroagem, arrematando em tom confessional: “O que seria da nossa categoria sem os trouxas?”

Ele disse achar válidos esses alarmes falsos de soltura do ex-presidente, em ações cirúrgicas de petistas infiltrados no Judiciário e no Ministério Público. “Isso mantém elevado o moral da tropa imoral”, esclareceu sorridente – orgulhoso da tirada. Mas fez um alerta: esse aparelhamento da era de ouro do parasitismo, que protegeu democraticamente tantos delinquentes do bem, pode estar com os dias contados. “O fascismo tá aí”, afirmou o presidente do Sindicato dos Ladrões, agora com lágrimas nos olhos. “Se ninguém der uma bagunçada no país, o bicho vai pegar pra nós. Cadê o Janot?”"


Coluna do Guilherme Fiuza - Correio do Povo

 

domingo, 21 de outubro de 2018

Haddad chama Bolsonaro de miliciano, trambiqueiro e destrambelhado no CE

[desespero por perder a eleição - tudo indica por mais de 20.000.000 de votos, faz poste petista mentir, caluniar e ofender o capitão;

também ofende os eleitores de Bolsonaro quando diz que delira quem votar no capitão.]

Fernando Haddad golpeou Jair Bolsonaro abaixo da linha da cintura ao discursar num ato partidário em Fortaleza. “Modéstia à parte, o Brasil precisa mais de um professor que de um miliciano”, declarou a certa altura. Ignorando as pesquisas que colocam o adversário cerca de 19 milhões de votos à sua frente, Haddad afirmou que ganhar a eleição de Bolsonaro terá “um gosto especial, (…) porque não é ganhar de um cara razoável. É ganhar de um trambiqueiro, é ganhar de uma cara destrambelhado.” [a única coisa que o poste petista poderia ganhar de Bolsonara seria uma surra;
só não recebeu tal presente devido Bolsonaro se encontrar convalescendo de duas cirurgias e de uma facada;
além do mais o capitão prefere bater no adversário com alguns milhões de votos.]

Haddad desembarcou na capital cearense e do  aeroporto, foi direto para o local do evento organizado pelo PT, num comitê localizado na Praia de Iracema. Mais cedo, de passagem pelo Rio de Janeiro, dissera que o voto em Bolsonaro é ''delírio''.  Nesse sábado participou de uma caminhada no centro de Fortaleza. Depois, visitará outras duas cidades cearenses: Juazeiro do Norte e Crato. O senador eleito Cid Gomes (PDT) não dará as caras. Na última segunda-feira, ao participar de um ato pró-Haddad, o irmão de Ciro Gomes desentendeu-se com militantes petistas. Língua em riste, Cid declarou que Haddad vai “perder feio” a eleição. Afirmou que será “bem feito”, porque o PT “fez muita besteira” e se recusa a protagonizar “um mea-culpa”. Disse, de resto, que não há muito a fazer, pois “o Lula está preso, babaca.”

Depois que seu discurso virou matéria-prima para ataques contra Haddad no horário eleitoral do adversário, Cid gravou um vídeo reafirmando seu voto no candidato do PT, “infinitamente melhor que o Bolsonaro.” Mas o estrago já estava feito.  Cicerone de Haddad no Ceará, o deputado petista José Guimarães disse que não está previsto nenhum encontro do candidato petista com Cid. [a PF deveria aproveitar e conferir se o Zé Guimarães não conduz alguns milhares de dólares na cueca - foi um assessor dele, por orientação do deputa petista, que foi flagrado no aeroporto de Guarulhos conduzindo alguns milhares de dólares.
Por ter falhado, já que foi descoberto, o assessor foi demitido e hoje vive à mingua.] O hipotético aliado estaria em Sobral, reduto da família Gomes. O irmão Ciro tampouco aparecerá. Terceiro colocado na votação do primeiro turno, Ciro continua no exterior. Volta no dia 27, véspera da votação.

Ao discursar, Haddad fez uma menção a Cid. Ex-ministro da Educação de Lula, Haddad disse ter prestigiado o Ceará. Enumerou inaugurações de escolas e universidades. Ao citar “o dinheiro que nós repassamos para o governo do Estado”, pediu reconhecimento: “Meu irmão Cid Gomes, pelo amor de Deus, reconheça. Foram R$ 300 milhões repassados para o Estado quando ele era governador. Eu tô falando com generosidade, porque me dou muito bem com eles. E fiz o meu dever…”

Haddad também injetou no discurso o tema que se tornou sua obsessão na reta final da corrida presidencial: a notícia de que empresários apoiadores de Bolsonaro financiaram ilegalmente a difusão massiva de notícias falsas anti-PT pelo WhatsApp. [percebam o quanto o desespero por saber que perdeu a eleição pode aumentar a burrice de alguém que já é 'privilegiado' pelo excesso de falta de inteligência:
 a obsessão de Haddad é uma matéria jornalística publicada pela Folha e que não apresenta nenhuma prova do que veicula - a própósito, parte do suposto crime seria cometido na próxima semana = NÃO HOUVE CRIME,  NEM EXISTE PROVAS.] Disse esperar que, “com o tranco” provocado pela repercussão da notícia veiculada na Folha, “haja alguma prisão preventiva de empresário, para que eles denunciem em delação o que aconteceu na campanha” de Bolsonaro. [por falar em delação, imagine se Adelio Bispo, o quase assassino de Bolsonaro, decidir contar tudo que sabe.]

Ainda que não venham as prisões, “o Ministério Público Eleitoral já abriu inquérito para apurar a denúncia”, disse Haddad. Absteve-se de informar que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu à Polícia Federal que apure a suspeita de propagação de falsidades nas redes sociais pelas duas candidaturas, não apenas a de Bolsonaro. Isso tudo contém o lado de lá, que vai ficar com um pouco de medo de cometer novos crimes”, limitou-se a afirmar.

Tomado pelas palavras, Haddad parece agarrar-se à novidade do WhatsApp como se lapidasse uma desculpa para a provável derrota no segundo turno. Referiu-se ao fato como se atribuísse a ele toda a hecatombe provocada pelas urnas do primeiro turno, incluindo a derrota imposta a velhos caciques do Senado e as surpresas registradas em disputas estaduais como as de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
“Ninguém entendeu muito bem o que estava rolando”, afirmou Haddad. “A gente vinha crescendo muito forte [no primeiro turno]. Aí a gente passou o Bolsonaro nas projeções de segundo turno. Ficamos uma semana à frente dele nas projeções de segundo turno. A gente ia terminar o primeiro turno em primeiro lugar. Isso era o que todo mundo dizia. Aí a gente não entendeu o que aconteceu nos últimos três, quatro dias.”

Haddad prosseguiu: “Não foi só na eleição presidencial. Na eleição para o Senado, para governador de Minas, do Rio de Janeiro. Um negócio muito estanho. Como é que o eleitor se comporta tão diferentemente do dia para a noite? …Uma mudança brusca dessa natureza… Tinha que ter acontecido alguma coisa. A gente começou a desconfiar. Aí (veio) a reportagem da Folha de ontem (quinta-feira).” [o poste petista está tão sem rumo que atribui a Bolsonaro poderes para além de influir na eleição presidencial, modificar os resultados para governador de vários Estados e também a eleição de senadores e deputados.

Haddad esqueceu que Bolsonaro também modificou a opinião dos eleitores de Fortaleza - cidade na qual Bolsonaro ganhou em todos os bairros.]
O candidato petista fez questão de realçar que a notícia sobre o esquema de divulgação de falsidades em massa contra o PT “não foi divulgada nas tevês.” Em timbre acusatório, Haddad insistiu: “As tevês estão segurando a informação. O Jornal Nacional não deu, a Record não deu, a Band não deu, o SBT não deu.”
Imitando um hábito de Lula, seu criador, Haddad fez pose de vítima: “Provavelmente não darão (a notícia), porque há um conluio deles todos para evitar que o nosso projeto …siga à frente.” O Jornal Nacional, que menosprezara a notícia da Folha na quinta-feira, abriu generoso espaço para o tema em sua edição desta sexta-feira. Ou Haddad não assistiu ou fingiu não ver para que sua tese do “conluio” televisivo não perdesse o nexo.

Blog do Josias de Souza

 
 LEIA TAMBÉM: Horário eleitoral é filme de James Bond sem 007

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Os planos tenebrosos de Bolsonaro são expostos nos filmetes do PT. Assistindo-os, o brasileiro descobre, por exemplo, que será sugado por uma máquina do tempo. Ela o arrastará para um imenso complexo subterrâneo, situado em algum porão da década de 1970. Ali, hordas de esquerdistas formarão filas defronte de salas de tortura. Dentro delas, monstros com a cara do Brilhante Ustra conduzirão sessões ininterruptas de pancadaria e choques elétricos.

As intenções diabólicas que se escondem atrás de Haddad são denunciadas na propaganda do capitão. As peças revelam a existência de uma sala especial secreta sob os alicerces da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. À frente de um painel eletrônico, Osama bin Lula manipula Haddad por controle remoto. Simultaneamente, o gênio petista do mal reativa o Foro de São Paulo e prepara a conversão do Brasil numa espécie de Cuzuela’, mistura da ditadura de Cuba com o caos autocrático da Venezuela.

..................................."
 

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Ciro do PT 1: Pedetista complementa adesão à agenda petista: promete reverter marco do pré-sal e critica o Ministério Público e o Judiciário

[Ciro não vai ganhar eleição; sequer irá para o segundo turno - é um sem noção,  e fala demais e pior, só besteira.

Até na escolha do Temer como alvo do seu novo partido - o Perda Total - Ciro fez bobagem.]

Já afirmei aqui que poucos se deram conta de que Ciro Gomes já é o candidato do PT à eleição presidencial de 2018. O entendimento deve ter sido celebrado com o próprio Lula, no encontro que ambos tiveram na cadeia. Se o pré-candidato do PDT já havia deixado isso claro na sabatina promovida por Folha-UOL-SBT, isso se mostrou de forma ainda mais escancarada no discurso que fez nesta terça na XXI Marcha dos Prefeitos. Ciro agregou elementos novos — todos identificados com o petismo — à pauta que havia esboçado naquela conversa.

[a frase adiante merece destaque; inclusive, por ser uma imagem fiel da sabedoria da maior parte dos especialistas do Brasil.
Vamos à frase: 
"Ciro é mais afinado com a linha Dilma: é um verdadeiro especialista em tudo aquilo que ignora." ]


Só para lembrar: na tal sabatina, havia afirmado que, se eleito, porá fim ao teto de gastos e reverterá a reforma trabalhista. Também deixou claro não ver a necessidade de uma reforma da Previdência. Segundo ele, o sistema como um todo ate dá um “tiquinho” de superavit. Afinou também o seu vocabulário com o petismo influente: tais medidas fariam parte do que chamou de “agenda golpista”. Nesta terça, ele juntou outros itens da pauta dos companheiros à sua plataforma conhecida, que foi reiterada. Deixou claro que pretende ainda fazer o marco regulatório do pré-sal voltar a seu padrão anterior, criticou o fato de o preço dos combustíveis variar de acordo o preço do petróleo no mercado internacional e, ora vejam, fez críticas ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. E críticas, note-se, que, em si, estão corretas. A questão é saber a que propósito se destinam.


Afirmou o pré-candidato do PDT:  “Hoje, o Congresso Nacional é desmoralizado; o poder federal, desmoralizado; a autoridade política, desmoralizada. Há uma invasão absolutamente intolerável, que tem de ser posto um fim, de atribuições democráticas por poderes que não são votados. O Ministério Público quer governar no lugar de todo mundo; o Judiciário quer governar no lugar de todo mundo”.


Sim, senhores, eu concordo com essa afirmação. Ela deveria, diga-se, estar na boca também dos candidatos que estão à direita de Ciro e do petismo… Mas, ora vejam!, não está. Ao contrário: expoentes do centro, da centro-direita, dos liberais — ou, para ser genérico, do antiesquerdismo — prestam é reverência  essas forças, a exemplo do que fez João Doria, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, que comandou uma homenagem a Sergio Moro em Nova York por intermédio do Lide, uma associação que reúne empresários de diversos ramos.


E, mais uma vez, o candidato do PDT, que já fala como quem incorporou a agenda petista, mandou ver:  ’Eu eleito, é a certeza de revogação dessa agenda. Por exemplo, será revogada a entrega do petróleo do pré-sal aos estrangeiros. Será revogada toda e qualquer tentativa de internacionalização da Embraer. Será proposta a revogação, e substituída por uma nova regra mais moderna e minimamente séria, dessa selvageria a que eles deram o nome de reforma trabalhista”.


E foi adiante: “Nos seis primeiros meses, vou precisar que as reuniões com prefeitos sejam quinzenais. Pretendo propor um novo projeto nacional de desenvolvimento que vai começar por enfrentar três gravíssimos obstáculos: o explosivo endividamento das famílias, a dependência de importados e o colapso fiscal por conta da Emenda Constitucional 95″.


Dizer o quê? O colapso fiscal deriva do fato de o governo gastar mais do que arrecada, não de haver um teto de gastos. Assim, a Emenda Constitucional 95 só existe porque os gastos estavam fora do controle; trata-se de uma medida de correção do mal, não é o mal. E como se Ciro dissesse que um paciente infectado por bactérias potencialmente letais deve se manter longe dos antibióticos porque estes sempre provocam efeitos colaterais[Ciro pode até não ter dito tal frase, mas com certeza pensa assim; 
ele e FHC tem o mesmo raciocínio, tanto que  o sociólogo estimulou a privatização das ferrovias (na verdade foi uma redução acentuada da utilização = na prática, desativação) para obter o fantástico resultado transportar combustível fóssil em veículos que utilizam combustível fóssil.] De resto, não tenho a menor ideia do que ele chama de “dependência de importados”, mas sei o que alguns espertos costumam recomendar quando constatam esse suposto mal: uma política de substituição de importações, que vira o paraíso do nativismo empresarial incompetente.


O pré-candidato do PDT aproveitou ainda para atacar a pré-candidatura de Henrique Meirelles pelo MDB. Segundo disse, o ex-ministro está comprometendo a sua biografia o se apresentar como o porta-voz de uma agenda “antipovo, antipobre e antinacional imposta por seu chefe”. Fazia, obviamente, uma referência ao presidente Michel Temer. Ou por outra: Ciro escolheu até o alvo preferencial do PT na disputa: Temer.

 Blog do Reinaldo Azevedo

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terça-feira, 22 de maio de 2018

A verdadeira reforma





Há muitos pré-candidatos a presidente da República, tão diferentes entre si como Ciro Gomes do PDT e Geraldo Alckmin do PSDB, mas com pensamentos comuns no que se refere à economia, talvez uns com tintas mais carregadas que outros, mas todos convencidos de que é preciso usar o primeiro ano de mandato, ou até mesmo os primeiros seis meses, para realizar as reformas necessárias. As mesmas em que nos debatemos há anos: reforma previdenciária, tributária, mas, sobretudo, a fiscal, que garantirá o equilíbrio das contas públicas.

Sem equilíbrio fiscal não há como crescer, afirmam com a mesma convicção os economistas Mauro Benevides Filho, que trabalha para Ciro, quanto Pérsio Arida, coordenador do programa econômico de Alckmin. Não são diferentes dos que assessoram candidatos também distintos entre si como Marina Silva (André Lara Resende e Gianetti da Fonseca) e Bolsonaro (Paulo Guedes).   Uns acham que o equilíbrio fiscal é questão fundamental, mas não suficiente para o crescimento, mas mesmo Benevides, que está no campo da esquerda, discorda da tese, muito em voga entre os petistas, de que o problema fiscal se resolve com crescimento econômico.

Portanto, o teto de gastos tão polêmico será mantido em governos de diferentes tendências, com nuances. O candidato Ciro Gomes disse ontem na sabatina da Folha, UOL e SBT que é preciso ter “uma pedra no coração” para cortar gastos com a educação. Benevides tem declarado que o teto de gastos será flexibilizado para permitir investimentos e dinheiro para a saúde e a educação. Mas haverá cortes em outros setores, para equilibrar as contas. Tanto ele quanto Pérsio Arida têm defendido em entrevistas mudanças na tributação, para cobrar dos ricos mais do que dos pobres. Privatização é uma palavra comum, mas, para Ciro Gomes, Petrobras e Eletrobras são intocáveis. A reforma da Previdência também encontra eco entre os economistas mais distantes entre si, mas com nuances.

Como, a começar por aí, fazer a reforma política que vai tirar o poder de muitos dos que estão no Congresso e lá pretendem manter-se pelas regras atuais, rejeitadas pela população, mas garantidas pelo controle das convenções pelas cúpulas partidárias?
Uma proposta comum, no entanto, é a capitalização privada para as aposentadorias acima de três salários mínimos. Assim como sabemos o que é preciso fazer para atingir o desenvolvimento econômico, não se sabe como enfrentar uma necessidade básica para realizar um programa de governo viável, a tal da governabilidade.


Pior que isso: diante das mudanças que a sociedade está a exigir, do combate à corrupção que se tornou a prioridade para o exercício pleno da cidadania, os líderes partidários começam a dar mais atenção às eleições parlamentares do que à presidencial, em busca de bancadas fortes para tornar mais difícil ao eleito se livrar deles, de seus partidos, muitos deles quase fantasmas a exigir benesses em troca de apoios.   Mesmo nos primeiros meses de um governo eleito diretamente fica difícil prescindir dos partidos. Mas como negociar programas, objetivos, com partidos que há anos estão acostumados ao toma-lá-dá-cá e se cevam nas regalias do governo central?   Essa será a difícil tarefa de quem chegar ao Palácio do Planalto em 2018 e não quiser favorecer uma aliança do baixo clero para recair nos mesmo erros que estão sendo punidos pela Operação Lava Jato. Ou se ver às voltas com uma crise institucional.

Merval Pereira - O Globo