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sexta-feira, 1 de setembro de 2023

As mentiras de Lula - Revista Oeste

Silvio Navarro

De volta ao poder, o petista espalha fake news impunemente pelo mundo, é aplaudido pela imprensa velha e passa longe de qualquer investigação do Judiciário

Presidente Lula | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock/Ricardo Stuckert/PR



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante sua última viagem internacional, que “sente vergonha” porque o Brasil não tem voos para o continente africano. 
No exterior, disse que a Operação Lava Jato jamais encontrou um centavo que o vinculasse a empreiteiras corruptas. Também afirmou que “não é frustrado por ser pobre” e que Dilma Rousseff foi inocentada, pela Justiça, do crime das pedaladas fiscais. 
Em tom irônico, elogiou o comportamento pacato da imprensa na ditadura de Angola. Tudo isso em uma semana. É a marca do seu terceiro mandato: a mentira.

Vamos aos fatos: o Brasil tem voos regulares para a África, operados pela Latam, Ethiopian Airlines e Gol, para destinos como Joanesburgo, Adis Abeba e Luanda, partindo do Aeroporto de Guarulhos (SP). 
Qualquer busca no Google mostra que a Lava Jato descobriu milhões depositados na conta da empresa de palestras do petista (L.I.L.S) por empreiteiras do esquema corrupto. Em declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado, Lula informou ter patrimônio de R$ 7,4 milhões — ou seja, está longe de ser um pobre frustrado. 
 
O Tribunal Regional Federal (TRF-1) manteve o arquivamento de uma ação por improbidade administrativa contra Dilma Rousseff, mas jamais se manifestou sobre o mérito da causa ou disse que ela é “inocente” do crime fiscal. A imprensa em Angola não é livre jornalistas que criticam o governo são presos por fake news ou ataque à soberania nacional.
Desta vez, a viagem ao continente africano não chamou a atenção só pelas cifras milionárias — dinheiro dos pagadores de impostos — que o casal Lula e Janja tem torrado mundo afora. 
Nem pela velocidade no embarque: já somam um tour internacional a cada 20 dias. Foi a 12ª viagem em oito meses, para 16 destinos, um recorde até mesmo para os padrões do petista — que já chegou ao novo mandato com retrospecto de 80 países visitados, além da Antártida, Guiana Francesa e Palestina. O que mais despertou a reação nas redes sociais foi a profusão de fake news. 
 
Lula e a mulher desembarcam em São Tomé, na África | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Diz o editorial do jornal:
“fabricar desinformação”.  
Mas isso não é alvo de um inquérito — talvez mais de um — no Supremo Tribunal Federal (STF) há quatro anos? 
Por que nenhuma fala do atual presidente é enquadrada em fake news? Por que as agências de checagem, a polícia da imprensa livre, não o corrigem?

Há casos em que as bravatas do petista podem ser desmentidas simplesmente pela matemática. Por exemplo: disse que o Produto Interno Bruto (PIB) não cresceu em 2022 — o resultado positivo foi de 3%, superior ao da China —, bem como os números do desmatamento da Amazônia e do cerrado (que subiram na gestão Marina Silva neste ano). Ou que o PT erradicou a fome no Brasil. Ou, ainda, que o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) não invade nem destrói áreas privadas produtivas. indica que o MST voltou com força total. Já são 66 invasões de terras neste ano. 
 
(.....)

Nesta semana, outro golpe brasileiro contra o governo norte-americano: Lula defendeu a entrada do Irã no banco do Brics, agora comandado por Dilma Rousseff. Desde janeiro, o banco de fomento tem ganhado contornos de enfrentamento contra o G7 — o grupo das sete economias mais industrializadas do mundo.

O outro combustível para a fábrica de mentiras é a certeza da impunidade. 
 Num país que assistiu à prisão de dezenas de pessoas por fake news, à perda das redes sociais por políticos, jornalistas e influenciadores “da direita”, à censura de um documentário, Lula tem permissão para dizer o que quiser.  
Nenhum simpatizante da esquerda é investigado pelo Supremo Tribunal Federal. Provavelmente, nunca será. Porque, juntos, eles “derrotaram o bolsonarismo”, como deixou escapar o ministro Luís Roberto Barroso.

Leia também “O mosaico do 8 de janeiro”
 

Colunista Silvio Navarro - Revista Oeste
 
 
 


sexta-feira, 20 de março de 2020

Um vírus mudando o mundo - Fernando Gabeira

Em Blog


segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Macron diz esperar que Brasil 'tenha logo' um presidente 'que se comporte à altura' do cargo - O Globo


[E o Brasil espera que o presidente francês antes de se intrometer nos assuntos internos brasileiros, cuide dos problemas da França, o que inclui, sem limitar, os 'coletes amarelos']

Presidente francês afirma que comentário de Bolsonaro sobre a mulher dele, Brigitte, foi 'triste', 'desrespeitoso' e 'uma vergonha' para as mulheres brasileiras

O presidente da França, Emmanuel Macron, reagiu nesta segunda-feira a um comentário feito no Facebook pelo presidente Jair Bolsonaro, que no sábado endossou a postagem de um internauta que zombava da mulher de Macron, Brigitte, 24 anos mais velha que o chefe de Estado francês. Em entrevista coletiva ao lado do presidente do Chile, Sebastián Piñera, Macron disse que o comentário sobre Brigitte foi "triste" para os brasileiros, uma "vergonha" para as mulheres brasileiras e "extremamente desrespeitoso". Afirmou ainda que "respeita" os brasileiros e que espera que "eles tenham muito rapidamente um presidente que se comporte à altura" do cargo. — O que eu posso dizer a vocês? É triste, é triste, mas é em primeiro lugar triste para ele e para os brasileiros — afirmou o presidente francês.


No sábado, um seguidor postou foto dos casais Macron e Bolsonaro em um post no Facebook do presidente brasileiro, com a legenda: “Agora entende por que Macron persegue Bolsonaro?”. O presidente brasileiro respondeu: “Não humilha cara. Kkkkkkk”. A postagem do seguidor foi acompanhada de uma montagem: de um lado, Emmanuel Macron e sua mulher Brigitte; e, do outro, o presidente brasileiro e sua mulher, Michelle, 27 anos mais jovem que o chefe de Estado  do Brasil.
A resposta de Bolsonaro viralizou e foi repercutida na imprensa francesa, que criticou a atitude sexista do presidente. Brigitte tem 66 anos, e Macron 42. Na sua campanha para a Presidência, em 2017, Macron já havia reagido a comentários sobre o assunto, dizendo que, se ele tivesse 20 anos a mais, “ninguém pensaria por um segundo que não poderíamos estar legitimamente juntos”.
Promessas descumpridas
Na entrevista ao lado de Piñera, Macron disse que cada dirigente é eleito por seu país, mas que era obrigado a constatar que houve, sem dúvida, "um mal-entendido com o presidente Bolsonaro", que, segundo sua avaliação, descumpriu a promessa de zelar pelo meio ambiente. Ele mencionou, ainda, o episódio ocorrido no final de julho em que o brasileiro cancelou na última hora um encontro em Brasília com o chanceler francês, Jean-Yves le Drian, e foi ao barbeiro , de onde fez uma transmissão ao vivo.
— Eu o encontrei uma primeira vez e ele me falou, uma mão sobre o coração, que tudo faria pelo reflorestamento e o engajamento com o Acordo de Paris para poder assinar o acordo do Mercosul com a União Europeia, e 15 dias depois fazia o contrário demitindo cientistas. Pode-se dizer que não me falou a verdade. Algumas semanas depois, teve um compromisso de urgência no cabeleireiro quando deveria receber nosso ministro das Relações Exteriores. E, ontem, considerou que era uma boa ideia que um de seus ministros da República fizesse insultos a minha pessoa — disse Macron, referindo-se ao ministro da Educação, Abraham Weintraub. [os franceses são tidos como 'refinados' e devem conhecer o protocolo diplomático que não obriga um Chefe de Estado - Bolsonaro - a se encontrar com um chanceler = um ministro de Estado.
O chanceler é que se arvorou, certamente por ser francês, igual ou superior ao Presidente da República Federativa do Brasil, pleiteando um encontro sem agendamento prévio (e sem justificar), quando o seu igual no Brasil é o chanceler Ernesto Araújo.]
No domingo, em sua conta no Twitter, Weintraub disse que Macron é "um calhorda oportunista buscando apoio do lobby agrícola francês". Ele comparou Macron ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chamou de "Le Ladrón": "Ferro neste Macron, não no povo francês", escreveu o ministro da Educação.
Em sua fala, o presidente francês prosseguiu:
  E ele [Bolsonaro] fez comentários extraordinariamente desrespeitosos em relação a minha esposa. O que posso dizer? É triste. Mas é triste, sobretudo, para ele e os brasileiros. Penso que as mulheres brasileiras têm, sem dúvida, vergonha de seu presidente. Penso que os brasileiros, que são um grande povo, têm um pouco vergonha de ver esse comportamento. Eles esperam, quando se é presidente, que se comporte bem em relação aos outros. Tenho muito respeito e admiração pelo povo brasileiro, e espero muito rapidamente que eles tenham um presidente que se comporte à altura — afirmou.


Macron anunciou ainda uma ajuda financeira de € 20 milhões e também apoio militar para combater os incêndios na Amazônia, respeitando a soberania de cada país da região, mas construindo uma governança que inclua diferentes atores.[confiamos que as Forças Armadas do Brasil NÃO ACEITARÃO o apoio militar dos franceses e nem de nenhum outro país;
quanto a governança proposta pelo francês é desnecessária - cada país cuidará da parte da Amazônia em seu território e a política externa do Brasil não é assuntos dos entes federativos brasileiros.
Na América do Sul, onde Macron pode ter ingerência é a Guiana Francesa.]
— A Amazônia é uma floresta repartida entre nove Estados. Juridicamente falando, cada Estado é soberano. E cada Estado possui também suas regras. São Estados federais em que as regiões têm um papel importante. Quando o ministro das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, viajou ao Brasil em julho, encontrou vários governadores, que são também bastante engajados nesse tema. O Exército brasileiro também foi bastante mobilizado para proteger a floresta que é tão importante para o país. Creio que não se deve esquematizar uma posição brasileira. Há a soberania de cada Estado que deve ser respeitada, e há em cada Estado competências. Devemos construir uma iniciativa que permitirá reflorestar a Amazônia, mas que seja respeitosa da soberania de cada um, do papel das regiões, e a Guiana Francesa será plenamente associada, dos estados do Brasil, dos povos nativos, que são os que fazem viver essa floresta há milênios, e que não podem ser excluídos dessa transição. É preciso encontrar a boa governança.
Internacionalização da Amazônia [o parágrafo abaixo não deixa dúvidas sobre as traiçoeiras intenções do presidente francês.]
O presidente francês deixou ainda em aberto o debate sobre a internacionalização da Amazônia:
— Associações, ONGs e também certos atores jurídicos internacionais levantaram a questão de saber se é possível definir um status internacional da Amazônia. Não é o caso de nossa iniciativa, hoje, mas é um verdadeiro caso que se coloca se um Estado soberano tomasse de maneira clara e concreta medidas que se opõem ao interesse de todo o planeta. Há um todo um trabalho jurídico e político a ser feito. Mas creio poder dizer que as conversas que o presidente Sebastián Piñera (Chile) teve com o presidente Jair Bolsonaro não vão nesse sentido. Acredito que ele tem consciência dessa importância. Em todo caso, tenho essa esperança. Mas é um tema que permanece aberto e continuará a prosperar nos próximos meses e anos. A importância é tão grande no plano climático que não se pode dizer que “é apenas o meu problema”.  

Fernando Eichenberg, especial para O Globo

domingo, 14 de janeiro de 2018

INsegurança Pública no DF - atualização - Recomendação dos EUA procede; só que limitaram o risco a apenas quatro cidades, quando o risco é em todo o DF, incluindo Plano Piloto

EUA pedem que americanos evitem quatro cidades do DF devido à violência

Segundo o Departamento de Estado do país, os crimes em Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá são comuns principalmente à noite

O Departamento de Estado dos Estados Unidos da América divulgou, nessa quarta-feira (10/1), um novo alerta de viagens que coloca quatro cidades do Distrito Federal no nível 2 de risco, que exige maior cautela dos viajantes norte-americanos ao Brasil por conta da criminalidade. Segundo o órgão americano, as cidades de Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá devem ser evitadas durante à noite.

recomendação, principalmente entre 18h e 6h, se dá devido à “crimes violentos, como assassinatos e assaltos à mão armada, que são comuns em áreas urbanas, de dia e de noite”. O alerta ainda ressalta que as atividades do crime organizado são generalizadas no país.   A escala de alerta americana varia de 1 a 4, e o Brasil está na mesma categoria de países europeus como Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Dinamarca e Bélgica, por causa da possibilidade de ataques terroristas nesses países .[como bem destaca a matéria são situações distintas, já que nos países europeus a insegurança é resultado de ações terroristas, enquanto no Brasil, NÃO HÁ TERRORISMO, a criminalidade é devido falta de polícia mesmo.
Provavelmente a fonte dessa informação deve ser o FBI e a CIA, que falharam feio ao citarem apenas quatro cidades do DF, 'esqueceram' de mencionar:
- proximidades da Praça do Buriti, TJDFT, Câmara Distrital, onde recentemente foi assassinato um ciclista - crime ainda não esclarecido;
- não citaram a 408 Sul, coração do Plano Piloto, local em que neste final de semana uma senhora de 54 anos foi baleada no peito em uma tentativa de latrocínio - crime ainda não esclarecido;
- não mencionaram Taguatinga, Águas Claras e outras cidades em que ocorrem crimes tanto durante o dia quanto a noite - homicídios,  assaltos, roubo de veículos e assemelhados;
- não foi citado o campus da UnB, onde ocorrem vários tipos de crimes, de furto de veículos a homicídios, passando por estupros ou tentativas;
- não relacionaram o Parque da Cidade, que no estado de abandono que se encontra, passou a ser uma área de altíssimo risco, especialmente a noite, quando fica infestado de adeptos/portadores  do homossexualismo;  

- não citaram  áreas de Condomínios de alto padrão, onde ocorrem crimes com frequencia, merecendo destaque o duplo assassinato de dois vizinhos, praticado em meados de dezembro passado, por um agente de segurança do MPF - o assassino só foi preso devido após o crime ter ido comemorar o feito em um bar das proximidades.

- citaram só o período noturno mas os crimes ocorrem a qualquer hora - o tiroteio de ontem (13) no P Sul, que tudo indica foi continuação do ocorrido na sexta-feira, ocorreu no inicio da tarde; 

- ocorrem tentativas de assaltos durante o dia até no Conjunto Nacional de Brasília - um exemplo: loja de celulares às 15h - shopping localizado no coração da Capital Federal e este não foi o primeiro assalto;

a INSEGURANÇA PÚBLICA é resultado da falta de polícia e a criminalidade é democrática, se espalhando por todo o DF - inclusive com invasões de residências no Lago Sul.
Exceto algumas residências oficiais, o que inclui os palácios  do Planalto, Jaburu e Alvorada, residências oficiais de generais do EB situadas no Setor Militar Urbano, proximidades do 'Forte Apache', residência dos presidentes da Câmara e do Senado, da procuradora-geral da República  - todos os outros locais oferecem baixa segurança.

Para comprovar a FALTA DE POLICIAMENTO como a principal causa de INsegurança Pública no DF, o atual efetivo da Policia MIlitar do DF é pouco mais da metade do existente no inicio do milênio e de 90 para hoje a população do DF praticamente dobrou;
o efetivo da Policia Civil do DF é inferior a metade do existente no inicio do século.
A população cresce, as áreas a serem patrulhadas aumentam e o número de policiais encolhe.
Assim não dá!!!]

Saiba mais, clicando aqui

Entre as dicas de segurança estão o cuidado ao caminhar ou dirigir à noite, não exibir sinais de riqueza, como o uso de relógios caros ou jóias. Outra orientação do departamento é a de que os estrangeiros no país não reajam a assaltos e evitem pedir ajuda a desconhecidos. Outro item de segurança apontado é o cuidado ao usar o transporte público, especialmente à noite.

A determinação do Departamento de Estado dos Estados Unidos irritou o Governo do Distrito Federal. O GDF emitiu nota de repúdio à recomendação do governo norte-americano na tarde desta quinta-feira (11/1), em que declarou que a segurança nas quatro cidades está "dentro da normalidade".

Outros locais de risco

A recomendação ainda diz para evitar áreas dentro de 150km das fronteiras terrestres internacionais com a Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e o Paraguai. Ainda é recomendado que os turistas evitem frequentar favelas, porque nestes ambientes "nem as empresas de turismo nem a polícia podem garantir a segurança". O documento ainda faz uma menção quanto à praia de Pina, em Boa Viagem, no Recife, local também considerado inseguro. 

O Correio entrou em contato com a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil para obter mais explicações sobre a formulação da lista e continua aguardando retorno.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Bolsonaro vem aí?

O desempenho de Jair Bolsonaro na pesquisa MDA chamou a atenção. Dirigente de partido de oposição diz que os cerca de 5% podem decidir 2018. Cita o pleito de 2014, definido por 3,2% de votos. A desmoralização do PP governista (Lava-Jato) abre portas para sua candidatura. Se vingar, num 2º turno, o voto do segmento não irá por gravidade para outro candidato. Mas de forma organizada e será negociada. 

Bolsonaro - Foto: Givaldo Barbosa

O fermento à direita
O Movimento Brasil Livre, o Revoltados Online e o S.O.S. Forças Armadas, vinculados ao que se define como direita, foram a vanguarda e usaram as redes sociais para chamar o protesto de 15 de março. Pregam contra o comunismo, pelo combate à corrupção e contra a interferência do Estado na economia. O Revoltados elegeu Jair Bolsonaro como maior porta-voz de suas ideias. O S.O.S. prega a intervenção militar. 

Todas essas organizações vão às ruas atacando as cotas, os nordestinos, os sem-teto e alguns usam símbolos como a suástica nazista. A corrupção (nos governos do PT) e o descrédito do Congresso e dos partidos (pesquisa MDA) criam a química perfeita para o ressurgimento dessa força.


“Peço que contatem os institutos de pesquisa e solicitem manter (e incluir) meu nome nas próximas pesquisas. Estamos no G-4”
Jair Bolsonaro, deputado federal (PP-RJ), pré-candidato a presidente em 2018
Nuvem passageira
O potencial de uma candidatura como a de Jair Bolsonaro (4,6%) ou Ronaldo Caiado (1% nas pesquisas), diz o cientista político Alberto Carlos de Almeida, “não tem expressão real”. Esperidião Amin (PPR) fez 2,7% dos votos no pleito de 1994.

Mas já tem petralha borrando as calças com a perspectiva de Bolsonaro no poder. 
A  primeira medida é revogar as cotas raciais - mais racistas que a Ku Klux Klan - arranjar teto para os marginais sem-teto - mesmo que seja o teto das penitenciárias.

O novo mundo
Hoje todos defendem a livre iniciativa. Os governos são tangidos a manter ou criar programas sociais. O que faz e fará a diferença? Cientistas políticos dizem que será a atitude diante da corrupção. O critério valerá para todos. O juiz Sérgio Moro é uma espécie de passaporte para o futuro. Instituições obsoletas encontraram um veículo para voltarem a ter relevância social. 

A fila anda
Nos primeiros dias de agosto, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), vai colocar para votar cinco pareceres do TCU. São de quando o senador Fernando Collor era presidente do Brasil. São quatro pela aprovação e um pela rejeição.
Os investimentos e o Ibama
Empresas interessadas em investir no Norte do país, adotando medidas de preservação, querem mudar regras relacionadas ao Ibama. Hoje, a autorização de um empreendimento chega a ter 16 assinaturas. Isso ocorre porque no Brasil, ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, o indivíduo é criminalizado, e não o órgão público. 

O andar da carruagem
Um exemplo. A Guiana Francesa já começou a explorar o petróleo descoberto na região da Foz do Amazonas. Mas no Brasil, as empresas que venceram as licitações já esperam há dois anos por autorização do Ibama para iniciar os trabalhos. 

Em novo percurso
A presidente Dilma tem sido vista de bicicleta no Largo Norte, em Brasília. Moradores relatam que ela percorre a via principal às 6h para não ser vista nem reconhecida. O uso obrigatório de capacete ajuda a manter seu anonimato.

Ex-presidente da Câmara, o ministro Henrique Alves (Turismo) tem sido econômico quando fala de política. Ele diz: “A orientação é baixar a bola”. 

Fonte: O Globo - Blog Ilimar Franco


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Quase 1.000 brasileiros estão presos por tráfico de drogas em outros países - O desterro atrás das grades



Número representa 30% do total de brasileiros em prisões fora do Brasil, diz Itamaraty
Além do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, cuja execução por tráfico de drogas ocorreu sábado, pelo menos outros 962 brasileiros estão presos no exterior pelo mesmo crime. O balanço foi divulgado pelo Itamaraty, com base em dados de dezembro de 2013. O número representa 30% dos 3.209 brasileiros em prisões fora do país.

 O número de brasileiros presos, cumprindo pena ou aguardando julgamento no exterior flutua entre 2.500 e 3.000 pessoas (Thinkstock Images/VEJA)

Moreira foi condenado na Indonésia, e os dois pedidos de clemência apresentados foram negados. Um novo apelo foi feito nesta sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff em conversa telefônica com o presidente indonésio, Joko Widodo, que se recusou a suspender a execução.

Na Indonésia há ainda outro brasileiro no corredor da morte por tráfico de drogas, o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte. Além da Indonésia, há outros países nos quais todos os brasileiros presos foram condenados por tráfico: Turquia (45 brasileiros), África do Sul (36), Austrália (seis) e China (quatro), além de Cabo Verde, Catar, Jordânia, Líbano, Moçambique, Nicarágua, Nova Zelândia, República Dominicana, Singapura e Tailândia, cada um com entre um e três brasileiros presos.  A maior quantidade de brasileiros presos por causa desse tipo de crime está na Europa, com 496, ou 44%, de um total de 1.108. Eles são 150 na Espanha, 118 na Itália, 76 em Portugal, 45 na França, 45 na Turquia, 36 na Alemanha, treze na Bélgica e treze no Reino Unido.

Américas Na América do Sul, são 128 brasileiros presos por envolvimento com drogas no Paraguai, 48 na Bolívia, 34 na Argentina, 23 no Peru, dezessete na Venezuela, catorze na Colômbia e doze no Uruguai. Na América Central, dos dezoito brasileiros presos, seis foram acusados de tráfico de drogas. Na América do Norte, são catorze presos por tráfico nos Estados Unidos e um no México, entre mais de 700 tipos diferentes de delitos.

Na África, todos os quarenta brasileiros presos no fim de 2013 respondiam por envolvimento com drogas. Na Ásia, a proporção é de 26%, com 110 dos 417 brasileiros presos, sendo que 101 respondiam por tráfico ou porte de drogas somente no Japão. No Oriente Médio, de vinte brasileiros presos, dez o foram por envolvimento com drogas. Na Oceania, nove dos treze detidos (69%) o foram pelo menos motivo.

Assistência psicológica Os demais brasileiros presos no exterior respondem a crimes leves ou pesados, como situação migratória irregular, falsificação de documentos, desacato, roubo, fraude, dano material, violência doméstica, porte ilegal de armas, formação de quadrilha, tráfico de pessoas, latrocínio, garimpo ilegal e até suspeita de atividade terrorista.

Entre os 3.209 brasileiros em prisões estrangeiras no fim de 2013, os registros mostram que 2.459 são homens, 496 mulheres e 36 transexuais. Os 218 restantes não foram especificados. Apesar de presos, pelo menos 1.421 ainda aguardavam julgamento. O Itamaraty afirma prestar assistência psicológica e jurídica aos presos, o que não inclui pagamento de honorários dos advogados. No caso de Marco Archer, o acompanhamento psicológico ocorre desde 2012, quando sua situação piorou, após a recusa dos dois pedidos de clemência a que tinha direito.

Segundo o Itamaraty, no fim de 2010, existiam 2.659 brasileiros encarcerados em alguma parte do globo.
Entre os sentenciados, dois estão condenados à morte [resta um, já que um dos condenados foi executado anteontem.]
João Paulo Escudeiro de Mauro, 20 anos, é piloto de corridas. Ricardo Costa, 39, é modelo. Rodrigo Moreto Cubek, 30, é advogado. Rodrigo Gulart, 37, é surfista - condenado à morte na Indonésia e deve ser executado em fevereiro/2015; . Marco Archer Cardoso Moreira, 48, é instrutor de voo livre - tinha 53 anos e foi executado anteontem; Luiz Antonio Scavone Neto, 20, é estudante. Esses seis brasileiros têm algo em comum. Todos estão ou estiveram presos em países estrangeiros. Segundo o Itamaraty, no fim de 2010, existiam 2.659 brasileiros encarcerados em alguma parte do globo. Entre os sentenciados, dois foram condenados à morte.

Enquanto Ricardo Costa prepara a volta ao Brasil depois de mais de 1.100 dias preso sem julgamento nos Estados Unidos, dois novos casos ganharam as manchetes dos jornais em janeiro deste ano. Durante um cruzeiro do Allure of the Seas, o maior transatlântico do mundo, Luiz Antonio Scavone Neto foi detido em território americano sob suspeita de ter estuprado uma garota de 15 anos. A adolescente, nascida nos Estados Unidos, relatou à polícia ter sido forçada a manter relações sexuais com Scavone e com outro brasileiro menor de idade numa das cabines do navio. No último dia 19, João Paulo Escudero Mauro acabou preso em Miami acusado de dirigir sob a influência de entorpecentes, homicídio culposo e posse de cocaína. Todos juram inocência.

De acordo com o Itamaraty, o número de brasileiros presos, cumprindo pena ou aguardando julgamento no exterior tem flutuado nos últimos anos entre 2.500 e 3.000 pessoas. Entre os países com maior quantidade de brasileiros detidos estão a Espanha (465), Portugal (256) e Estados Unidos (243). Nos EUA e na Europa, um dos crimes mais comuns é “situação imigratória irregular”. Nos países vizinhos da fronteira norte do Brasil, principalmente na Guiana Francesa “atividade ilegal de garimpagem”. Só em Caiena, capital da Guiana Francesa, existem 114 brasileiros detidos.

Garimpo ilegal - Na Guiana e no Suriname, embora não sejam presos por garimpo ilegal, a maior parte dos detentos cometeu crimes vinculados a essa prática, como contrabando de combustível, tráfico de mercúrio e homicídios. "O garimpo é uma atividade extremamente violenta e normalmente envolve dezenas de outros crimes", explica Luiza Lopes da Silva, diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior do Itamaraty. Na primeira vez em que são flagrados pela Justiça, essas pessoas são deportados para o Brasil. Da segunda em diante, ficam alguns meses detidas, o que faz com que muitas usem identidades falsas, dificultando o trabalho dos diplomatas brasileiros.

"A detenção máxima na Guiana Francesa é de três anos", revela Luiza. "A intenção deles não é manter essas pessoas na prisão e aumentar o contingente carcerário, mas mandá-las o mais rápido possível de volta para o país de origem". De acordo com Luiza, esse crime tem se mantido estável nos últimos anos. Na Venezuela, entretanto, onde era bastante comum, praticamente desapareceu. "A polícia venezuelana militarizou as regiões de garimpo, coibindo a prática", diz Luiza. Moradores dos estados do Amapá, Pará ou Amazonas, os garimpeiros são homens, de uma classe social baixa.

Acima dessas particularidades regionais, a acusação que lidera o ranking é a de tráfico de substâncias ilícitas, normalmente cometido por homens, com idade entre 18 e 35 anos, sem antecedentes criminais. São os chamados mulas. Os países onde os brasileiros mais cometem esse delito estão na Europa e na América do Sul. As cidades campeãs em número de detentos são Ciudade del Este (75) e Pedro Juan Caballero (79), no Paraguai, Buenos Aires (128), na Argentina, Lisboa (250), em Portugal, Roma (65) e Milão (94), na Itália, e Madri (300) e Barcelona (141), na Espanha – muitos brasileiros também estão presos na Espanha por falsificação de documentos e violência doméstica (a legislação local sobre o tema é bastante rígida).

"As mulheres também cometem esses crimes, mas os homens ainda são maioria", afirma Luiza. "Esses chamados mulas são atraídos por promessas de dinheiro fácil e enxergam nisso uma possibilidade de conseguir recursos para começar uma nova vida num país estrangeiro. De 10 mulas, só um é pego. Já que normalmente não têm antecedentes criminais, eles costumam alegar que não sabiam que estavam portando drogas". Esses presos raramente ganham notoriedade. Os casos que costumam ganhar visibilidade envolvem algumas particularidades (veja galeria abaixo).

Pena capital - Na categoria "narcotráfico" se enquadram Marco Archer Cardoso Moreira, hoje com 48 anos, e Rodrigo Gularte, 37, condenados à morte na Indonésia por tráfico de drogas. Moreira foi preso em 2003 e, Gularte, em 2005. O primeiro transportava 13,4 quilos de cocaína numa asa delta. O segundo, 6 quilos da droga em pranchas de surfe. Pedidos de clemência do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados não comoveram o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono.

Também condenado por tráfico de drogas, Rogério Paez, 54, ficou encarcerado na Indonésia por oito anos, antes de ser solto em 2011. Parado numa blitz em Bali, onde morava fazia 10 anos, foi preso por causa de um cigarro de 3,8 gramas de haxixe. Engenheiro civil, fluente em oito idiomas, Rogerinho Rock’n’roll – como era conhecido nas areias de Niterói, sua terra natal – afirmou em entrevistas que foi salvo pelo budismo, religião a qual se converteu quando já estava atrás das grades.

Ricardo Costa, preso em Sedona, no estado do Arizona, em 19 de dezembro de 2008, foi acusado pela ex-mulher de abusar sexualmente dos próprios filhos. Ele ficou mais de 1.100 dias atrás das grades, sem julgamento. A fiança, que só poderia ser paga em dinheiro, foi estipulada em 75 milhões de dólares – uma das maiores da história dos EUA. Michael Jackson, por exemplo, acusado do mesmo crime, pagou 3 milhões de dólares para recuperar a liberdade.

O reencontro - Embora ignore o dia, a hora e o local, Cristina Costa, mãe de Ricardo, espera abraçar o filho antes do Carnaval. “Eles dizem que não podem revelar os detalhes por uma questão de segurança”, diz ela. “Sei apenas que ele será deixado em solo brasileiro. Pode ser em Porto Alegre, ou em Manaus, de manhã, ou à noite”. O Itamaraty só admite que Ricardo estará no Brasil “nos próximos meses” (o Ministério das Relações Exteriores evita aprofundar-se em casos específicos “para preservar a privacidade dos cidadãos envolvidos”).

O pesadelo de Ricardo começou durante uma audiência do processo de divórcio com a ex-mulher Angela Denise Martin. Cristina e o pai de Ricardo, Sérgio de Souza Costa, testemunharam a chegada dos policiais incumbidos de capturá-lo. A denúncia se baseou na palavra da psicóloga Linda Bennardo, que na época atendia os três filhos do casal. Segundo Linda, as crianças descreveram os crimes durante as sessões de psicoterapia. Meses depois, a terapeuta foi acusada pela entidade que regulamenta a profissão no estado de induzir pacientes menores de idade a mentir, declarando-se vítimas de abuso sexual. Ela renunciou à profissão antes que fosse formalmente proibida de exercê-la. Mesmo alegando inocência, Ricardo continuou preso.

O imbróglio jurídico se estende desde então. A família de Ricardo acredita que a demora excessiva do julgamento do caso pela Justiça americana resulta da ausência de provas e dos equívocos processuais. “Conceder a liberdade era o mesmo que confessar que mantiveram um inocente preso por anos”, afirma Cristina. “As irregularidades começaram no momento em que detiveram meu filho e se estenderam durante todo o processo, que passou pelas mãos de cinco juízes e cinco promotores. Ninguém queria assumir essa culpa”. Ricardo recusou dezenas de acordos que, em troca da confissão e do completo afastamento dos filhos, garantiriam a liberdade e a deportação para o Brasil.
A campanha pela soltura de Ricardo mobilizou o Itamaraty, a Secretaria de Direitos Humanos, embaixadores, senadores e deputados. “Recebemos toda a ajuda possível”, agradece Cristina. “Não somos de família influente, não temos pistolão e mesmo assim a solidariedade e o apoio foram totais”.

Relações exteriores - Conforme explica o Ministério das Relações Exteriores, as autoridades consulares começam a agir assim que são comunicadas oficialmente das detenções. O primeiro passo é entrar em contato com a Divisão de Assistência Consular do Itamaraty e visitar o preso para verificar sua condição física e psicológica. Caso seja autorizado pelo detento, o Itamaraty entra em contato com os familiares. “Alguns presos pedem que a detenção não seja informada, ou que alguns dados relativos à acusação não sejam divulgados, o que é respeitado”, afirmou o ministério, em nota. “A partir daí, a atuação da autoridade consular depende dos dados concretos de cada ocorrência. No entanto, a assistência consular tem como diretriz acompanhar os casos de que o consulado toma conhecimento, sempre buscando se certificar de que os direitos dos brasileiros estão sendo respeitados”. Os parentes podem apelar para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

Segundo Luiza Lopes, o Itamaraty sempre procura transferir o preso de volta para o Brasil. Dependendo do país onde estão detidos, entretanto, alguns preferem não retornar. "Na Escandinávia, na Austrália e na Nova Zelândia, por exemplo, eles têm estudo e trabalho de qualidade na prisão", conta. "No Paraguai a situação é diferente. Muitos querem continuar por lá porque já respondem a crimes, as vezes mais graves, no Brasil".

Apesar da atuação ser condicionada às leis de cada país, bons advogados podem ter papel determinante para que o caso chegue com mais rapidez a um final feliz. O empenho das autoridades brasileiras também pode ajudar bastante, como atesta o exemplo de Ricardo Costa. Nem sempre dá certo, como comprovam os casos de Cardoso Moreira e Gularte. As muitas tentativas fracassadas não diminuíram as esperanças. Eles ainda acreditam que podem converter em prisão perpétua a condenação à morte.

Com Agência Brasil