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sábado, 5 de novembro de 2022

Começou a vingança - Revista Oeste

  Cristyan Costa
 

Pressões do TSE e do PT apressaram demissões que modificaram o rosto da Jovem Pan 

Foto: Montagem Revista Oeste 

 Foto: montagem Revista Oeste

Em 11 de maio deste ano, durante um jantar na casa da senadora Kátia Abreu, que reuniu senadores e ministros do Supremo Tribunal Federal, uma frase acendeu o sinal amarelo: “É preciso calar Os Pingos nos Is“, resumiu um parlamentar, referindo-se ao programa de maior audiência da Jovem Pan. Neste 31 de outubro, horas depois de oficializada a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial, foi aceso pela própria empresa o sinal vermelho: Augusto Nunes e Guilherme Fiuza, 

O encontro no apartamento em Brasília incluiu Renan Calheiros (sete processos no STF),  Randolfe Rodrigues, Marcelo Castro (acusado pelo Ministério Público de ter recebido R$ 1 milhão para votar no então presidente da Câmara Eduardo Cunha), Jaques Wagner (ministro de Lula na época do Mensalão e de Dilma quando foi descoberto o Petrolão), Tasso Jereissati e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. A esta babel, juntaram-se os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski.

“Um grupo de senadores teve conversas com vários ministros do STF e com o presidente do Senado, algumas vezes, sobre a necessidade de institucionalmente defendermos a democracia, a Constituição e a separação dos Poderes”, confessou Renan, ao admitir a realização do sarau numa entrevista à Folha de S.Paulo. “Continua o terror institucional e não podemos deixar o STF sozinho”, delirou. O emedebista alagoano acrescentou também que o grupo tivera encontros individuais com Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli, também ministros do Supremo. “O alvo da conversa desse jantar foi o presidente Jair Bolsonaro e o inquérito das milícias digitais que se uniu ao ataque às urnas eletrônicas”, afirmou José Maria Trindade, correspondente da Jovem Pan em Brasília e integrante dos Pingos nos Is. “Dessa conversa saiu o nome da Jovem Pan e a independência dos Pingos nos Is ao falar sobre eleições e urnas eletrônicas. Essa união, que é uma novidade, entre o Supremo Tribunal Federal e a elite do Congresso Nacional é perigosa.” Rodrigo Pacheco considerou Augusto Nunes especialmente perigoso para a solidez das instituições.

A primeira ofensiva
O início dos ataques contra a Jovem Pan ocorrera nove meses antes. Um requerimento de Renan Calheiros, relator da CPI da Covid, pediu a quebra do sigilo bancário da empresa. O documento acusava a rádio de disseminar fake news e integrar um “gabinete do ódio” que nunca existiu. A emissora retrucou com um duro comunicado escrito por Augusto Nunes e lido por Joseval Peixoto. No dia seguinte, os articuladores do requerimento recuaram. “O próprio senador Renan ficou muito chateado, porque não tinha conhecimento, pediu para retirar e vai falar sobre isso hoje”, desculpou-se Omar Aziz, presidente da comissão. “Não cabe a nós quebrar sigilo de emissora de rádio e televisão ou coisa parecida. Não tem nada a ver com a CPI. Nosso comportamento, indiferente de posicionamento editorial, tem de dar liberdade à imprensa para se posicionar.”

A primeira rendição
Na noite do jantar oferecido por Kátia Abreu, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, dono da emissora, estava fora do Brasil, assim como Augusto Nunes. Foi Marcelo Carvalho, irmão de Tutinha e diretor da empresa, quem decidiu que a Jovem Pan não mencionaria o episódio. Até então, Os Pingos nos Is não havia sofrido qualquer restrição.

Idealizado por Tutinha, Os Pingos estreou em 28 de abril de 2014, ancorado pelo jornalista Reinaldo Azevedo, com a participação de Mona Dorf e Patrick Santos. O programa foi um sucesso desde o nascimento, logo alcançando a média de 100 mil ouvintes por minuto na época, não era transmitido pela TV ou internet. Hoje partidário de Lula, Reinaldo era um dos mais ferozes críticos do PT, que atacou fortemente nos livros O País dos Petralhas e O País dos Petralhas II — O Inimigo Agora É o Mesmo.

Em 3 de julho de 2017, o comando dos Pingos foi assumido por Joice Hasselmann. A bancada era formada por Felipe Moura Brasil e Claudio Tognolli, substituído em 10 de outubro por Augusto Nunes, que recebeu de Tutinha a missão de elevar a audiência do programa, então em queda. Joice foi afastada, Felipe tornou-se âncora e José Maria Trindade completou a bancada ao lado de Nunes. 
Um marco na história dos Pingos aconteceu em 24 de setembro de 2018, quando Jair Bolsonaro, hospitalizado no Albert Einstein, concedeu a Nunes a primeira entrevista depois do atentado em Juiz de Fora. A partir daí, a audiência passou a subir expressivamente.

Às vésperas da eleição, a pedido da coligação lulista, o TSE determinou que a Jovem Pan afirmasse que o ex-presidente era inocente

O programa chegou ao auge em 2020, quando se consolidou o time formado por Nunes, Guilherme Fiuza, Ana Paula Henkel, José Maria Trindade e Vitor Brown. Só no YouTube, eram mais de 200 mil visualizações ao vivo, número que ultrapassava 1 milhão de espectadores em poucas horas. Na mesma época, Tutinha pediu a Nunes que montasse um programa de entrevistas campeão de audiência nas noites de segunda-feira.

O pedido foi atendido logo na estreia do Direto ao Ponto, em outubro daquele ano. A entrevista com o vice-presidente, general Hamilton Mourão, teve mais de 1 milhão de visualizações. A marca seria batida diversas vezes nas semanas seguintes, somando mais de 100 milhões de visualizações nas 99 entrevistas realizadas.

A segunda ofensiva
O sucesso crescente também aumentou a ciumeira de outros veículos,
indignados também com o viés direitista da empresa que lançara a TV Jovem Pan News. Em agosto e setembro, a revista Piauí publicou uma série de reportagens acusando-a de ser “o braço mais estridente do bolsonarismo” (como se um braço pudesse ser estridente) e Os Pingos nos Is de “dar eco a ideias extremistas” (como se as paredes de um estúdio tivessem a mesma ressonância das que delimitam as melhores salas de teatro). O surto da Piauí tem origens evidentes. Enquanto a Jovem Pan só tem crescido, a revista que sobrevive graças ao dinheiro do banqueiro João Moreira Salles viu sua tiragem despencar de quase 40 mil exemplares, em 2018, para pouco mais de 20 mil, em 2021.

O alarido foi ampliado por um “braço estridente” — a Folha, que acusou a Jovem Pan de ser beneficiada por verbas do governo federal e receber tratamento privilegiado do YouTube. Segundo o jornal, a big tech estaria sugerindo os vídeos da emissora com frequência para os usuários da plataforma. “O grupo Jovem Pan repele, enfaticamente, as falsidades divulgadas em suspeita parceria pela revista Piauí e pela Folha”, informou a emissora, num editorial escrito e lido por Augusto Nunes. “Ao contrário do que afirmam a publicação semiclandestina que se arrasta em menos de 30 mil exemplares e o jornal decadente, as relações entre a Pan e o YouTube são normais.” A tiragem da Folha caiu de mais de 100 mil exemplares, em 2018, para cerca de 55 mil, em junho deste ano. O YouTube desmentiu o conteúdo das reportagens.


A segunda rendição
A campanha eleitoral mal começara quando a Jovem Pan decidiu anexar a seus programas a figura do “contraponto”. No caso dos Pingos nos Is, Diogo Schelp foi o escalado. Os demais integrantes sempre afirmaram que o contraponto ao programa era feito por todas as emissoras e todos os jornais, que vocalizavam sem exceções o discurso esquerdista. A Rede Globo, por exemplo, não dá espaço a um único jornalista de direita e jamais foi cobrada por isso.

A terceira ofensiva
Com o início da campanha eleitoral, cresceu a ofensiva
agora estimulada pelo Tribunal Superior Eleitoral, em geral e, particularmente, por seu presidente, Alexandre de Moraes. A duas semanas da eleição, o TSE proibiu alusões à situação judicial de Lula. Um dos advogados da empresa interpretou a ordem com extraordinário rigor. Para livrar-se de punições das quais fazia parte uma multa pesadíssima, a Jovem Pan proibiu os comentaristas de associarem ao ex-presidente um punhado de expressões. Exemplos: ladrão, ex-presidiário, descondenado e amigo de ditadores.

Dias depois de oficializar a censura prévia, o TSE sustentou num vídeo que apenas exigira o cumprimento do direito de resposta. Foi apoiado por militantes de esquerda, que atribuíam a censura à própria Jovem Pan. Durante o programa, Nunes não perdeu a oportunidade de driblar o cerco: “Autorizado pelo site oficial do TSE, digo que o Lula é ladrão, amigo de ditadores, ex-presidiário e descondenado”.

A terceira rendição
Às vésperas da eleição, a pedido da coligação lulista, o TSE determinou que a Jovem Pan afirmasse que o ex-presidente era inocente. “Em resposta às declarações dos jornalistas Ana Paula Rodrigues Henkel, Guilherme Fiuza e Roberto Bezerra Motta no programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan News, é necessário restabelecer a verdade”,
dizia o comunicado do PT. “O Supremo Tribunal Federal confirmou a inocência do ex-presidente Lula, derrubando condenações ilegítimas impostas por um juízo incompetente. “A ONU reconheceu que os processos contra Lula desrespeitaram o processo legal e violaram seus direitos políticos. Lula venceu também 26 processos contra ele. Não há dúvida: Lula é inocente.” Guilherme Fiuza e Ana Paula Henkel também ficaram fora dos Pingos naquela semana. Oficialmente, o trio voltaria em 31 de outubro, um dia depois da apuração, e o programa retomaria a antiga fórmula, sem contraponto.

“No momento em que órgãos de imprensa são proibidos de se manifestar no período pré-eleitoral, em que se pode dizer ‘não publique essa notícia’, ainda mais por antecipação, e retirar, inclusive, o aspecto financeiro de alguns veículos, isto é censura”, afirmou o jurista Ives Gandra Martins, em entrevista a Oeste. “O artigo 220 da Constituição Federal fala da liberdade absoluta de comunicação. Sete cidadãos do TSE dizem o que é e o que não é democracia, pessoas que não foram eleitas pelo povo. Tenho a impressão de que vivemos um momento terrível para a democracia brasileira.”

A capitulação
Na manhã de segunda-feira, começaram as demissões, que resultaram no desligamento de Augusto Nunes, Guilherme Fiuza, Caio Coppolla, Cristina Graemel, Fabiana Barroso, Carla Cecato e Guga Noblat.  
O petista Noblat foi afastado por não ter defendido a empresa afetada pela censura imposta pelo TSE. 
Os demais foram punidos por terem defendido a empresa afetada pela censura imposta pelo TSE. 
Talvez por isso, Noblat afirma que não entendeu direito por que perdeu o emprego. Tutinha jura que a orientação ideológica do grupo não vai mudar. Procurado por Oeste, não respondeu às mensagens. Nunes está impedido por contrato de se manifestar sobre o caso.

No cabo de guerra com a Jovem Pan, Alexandre de Moraes venceu.

Leia também “O PT coloca em prática o plano de amordaçar a imprensa” 

 

Cristyan Costa, colunista - Revista Oeste

 

domingo, 30 de outubro de 2022

A máquina da desinformação - Percival Puggina

Pela portaria, mosquito não passa. Há, porém, uma entrada lateral para elefantes. Intimidar o queixoso é prática recorrente no TSE. Na sociedade da informação, desinformar é tarefa comum e universal.

 

Tem sido assim ao longo dos últimos meses no pleito brasileiro. Agora, no estágio final, a equipe de Bolsonaro encaminhou a derradeira denúncia: a não divulgação de um número alarmante de veiculações publicitárias em rádio e TV. 
A reação imediata do xerife da eleição foi tratar o fato com a habitual animosidade. 
Disse que a reclamação poderia constituir crime. E as provas? 
No dia seguinte, as provas caíram sobre sua mesa.  
O que fez Alexandre de Moraes? Afirmou que não era assunto dele. A ele interessava – vejam só! – saber, imediatamente, quanto custou e de onde veio o dinheiro para fazer a auditoria que produziu aquelas provas!

Valha-me Deus! É isso que chamam “estado de direito”? É assim que se faz a “defesa da democracia”?

Onde estão os observadores internacionais? Sete deles integram as Missões de Observação Eleitoral (MOEs) Internacional e observam o sistema sob o ponto de vista técnico (urnas, votação, transmissão, totalização, etc.). O maior número, porém, observa o sistema como um todo. São, na maioria, instituições políticas, culturais e de ensino interessadas em conhecer e avaliar a qualidade da democracia brasileira.

Eles, portanto, estão vendo o que a velha imprensa relata e não relata. Estão presenciando a mais manipulada de nossas eleições: a prática da intimidação e da censura, a conduta militante padronizada do jornalismo, o fato de o tribunal exigir que um dos candidatos, não por acaso o da esquerda, seja tratado pela corrente oposta como se não tivesse passado, nem amizades, nem relações internacionais sobejamente conhecidas. O que dizem esses observadores? Nada!

Não observam que no homogêneo oceano de uniformidades que é o jornalismo nacional, há quatro anos alinhado à oposição, estão sob censura e intimidação uns poucos veículos que atuam com sucesso no ambiente digital como reduto do pluralismo e qualidade, como Jovem Pan, Brasil Paralelo, Revista Oeste, Gazeta do Povo?  

Ninguém sabe, ninguém viu a tesoura que desabou sobre dezenas, se não centenas de influenciadores digitais, encerrando páginas, perfis, canais e microempresas individuais. 

 Percival Puggina - Conservadores e Liberais


quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Senador pede impeachment de Alexandre de Moraes

Lasier Martins argumentou que o juiz do STF cometeu 'abuso de autoridade' ao proferir decisões judiciais 

 O senador Lasier Martins (Podemos-RS) pediu o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o parlamentar, o juiz do STF cometeu abuso de autoridade. No processo, Martins citou a ação autorizada por Moraes contra empresários a favor de Bolsonaro.“Há violação do princípio constitucional do livre pensamento e da livre expressão, praticado contra oito empresários brasileiros, que, em caráter privado, por WhatsApp, dialogavam sobre os riscos da eleição de um candidato à Presidência da República”, argumentou o parlamentar, no documento.

Lasier sustentou que o “arbitrário exercício” no STF “precisa ser contido”, e que Moraes “continuará suas tropelias e atropelamentos da Constituição”.

O parlamentar afirmou ainda, no pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, que o ministro tomou decisões monocráticas de “censura” contra órgãos de imprensa e canais de comunicação, como a Jovem Pan, a produtora Brasil Paralelo e o jornal Gazeta do Povo. Atualmente, Moraes é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Também Oeste foi alvo de um pedido de censura protocolado pelo Partido dos Trabalhadores. Um ministro do TSE, contudo, decidiu não permitir que o perfil da revista no Twitter fosse tirado do ar, como solicitara o PT. [ dificilmente o pedido do senador Lasier será aceito - o Senado ainda é presidido pelo Pacheco, político mineiro com elevado talento de não causar problemas a ninguém; mas,em 2023, com Bolsonaro na presidência, Pacheco longe da presidência do Senado, conservador, o ministro Moraes será impedido ou pede pra sair.] Leia também: “Um tribunal que joga contra Bolsonaro”, reportagem publicada na Edição Eleições 2022 da Revista Oeste

 

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Uma facada na democracia - Ana Paula Henkel

Revista Oeste

O Brasil se tornou uma distopia. Quem poderia imaginar que as páginas de ficção de 1984, escritas por George Orwell em 1949, se tornariam o cotidiano do brasileiro em 2022? 
Ministros do TSE, durante sessão que ampliou os poderes da Corte no combate à suposta 'desinformação' nas eleições - 20/10/2022 | Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

Ministros do TSE, durante sessão que ampliou os poderes da Corte no combate à suposta 'desinformação' nas eleições - 20/10/2022 | Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE 

Depois de vivermos tempos sombrios durante a pandemia, quando duas semanas até achatar a curva” se tornaram dois anos de opressão, coação, tirania e insanidade promovidos por governantes, legisladores e até juízes no Brasil e no mundo, agora o brasileiro ganha a versão estendida de um cenário de ações e medidas só vistas em ditaduras e regimes totalitários. 

Já durante a pandemia, o Brasil pôde sentir o gostinho das canetadas inconstitucionais que viraram febre em nove entre dez juízes, magistrados e projetos de tiranetes. Mas não parou por aí. 
O preço do silêncio de muitos diante de incontáveis atos de claro desrespeito à nossa Constituição não ficou apenas nos históricos anos de 2020 e 2021. 
Totalitarismo e tirania, pilares de ditaduras, não são implantados da noite para o dia, e o 2022 dos brasileiros, ano de eleição presidencial, seguiu as páginas distópicas de Orwell. 
Depois de sermos cerceados e guilhotinados por questionar um vírus que pode ter sido criado em laboratório, vacinas experimentais sendo forçadas na população, tratamento, lockdown e medidas restritivas inconstitucionais, fomos cerceados de questionar e debater medidas de maior segurança para o nosso sistema eleitoral.

O “Ministério da Verdade”, presente na ficção de Orwell e transportado para a nossa realidade em assustadora velocidade, vem ditando há mais de dois anos o que pode ou não ser debatido ou questionado no Brasil. A tirania do judiciário brasileiro que temos vivido através de ministros do STF e do TSE, que fere prerrogativas exclusivas do legislativo e executivo, deu passos gigantes nesta semana em direção ao absoluto totalitarismo.

Em algumas decisões para lá de autoritárias, ministros do (P)TSE/STF proferiram votos tão absurdos que ninguém precisa ser advogado ou jurista para entender a bizarrice das palavras ditas por aqueles que deveriam apenas aplicar o que já está escrito em nossa Constituição. 
Na toada que censurou veículos de imprensa como a Jovem Pan e a produtora Brasil Paralelo nesta semana, Alexandre de Moraes bradou as seguintes palavras em seu voto a favor da censura: “(o conteúdo) …é a manipulação de algumas premissas verdadeiras, onde se juntam várias informações verdadeiras, que ocorreram, e que traz uma conclusão falsa, uma manipulação de premissas”. Ou seja, você até pode estar diante de fatos verídicos e documentados nas páginas da história, mas o ministro achou melhor você não ver ou ouvir algo que — embora verdadeiro! — pode fazer com que você tire as conclusões erradas — leiam-se conclusões de que eles não gostam.  
Não pudemos questionar, debater e até opinar em 2020 e 2021. 
Em 2022, não podemos questionar, debater, opinar e concluir.
Alexandre de Moraes faz sinal de degola durante julgamento no TSE
Foto: Reprodução/TSE

O curioso é que no livro do próprio Alexandre de Moraes, Direito Constitucional, no capítulo 12 podemos ler: “A liberdade de expressão e de manifestação de pensamento não pode sofrer nenhum tipo de limitação prévia, no tocante à censura de natureza política, ideológica e artística”. E continua: “A censura prévia significa controle, o exame, a necessidade de permissão a que submete, previamente e com caráter vinculativo, qualquer texto ou programa que pretende ser exibido ao público em geral. O caráter preventivo e vinculante é o traço marcante da censura prévia, sendo a restrição à livre manifestação de pensamento sua finalidade antidemocrática. O texto constitucional repele frontalmente a possibilidade de censura prévia.”


                       Vídeo comprovando o sinal de 'degola' aos 40'

Para o caso da Jovem Pan, os comentaristas e o próprio noticiário foram proibidos de informar os brasileiros sobre os fatos que envolvem a condenação de Lula. Debates que permeiam o próprio campo jurídico no país sobre o assunto foram categoricamente suspensos. A emissora argumenta que a decisão da Corte Eleitoral foi proferida “ao arrepio do princípio democrático de liberdade de imprensa”, que proíbe qualquer forma de censura e obstáculo para a atividade jornalística. “Não importa o contexto, a determinação do Tribunal é para que esses assuntos não sejam tratados na programação jornalística da emissora. Enquanto as ameaças às liberdades de expressão e de imprensa estão se concretizando como forma de tolher as nossas liberdades como cidadão neste país, reforçamos e enfatizamos nosso compromisso inalienável com o Brasil. Acreditamos no Judiciário, nos demais Poderes da República e nos termos da Constituição Federal de 1988. Defendemos os princípios democráticos da liberdade de expressão e de imprensa e fazemos o mais veemente repúdio à censura”, diz o comunicado oficial da emissora que mais cresceu em audiência no último ano no Brasil.

O respeitado jurista Modesto Carvalhosa disse nesta semana que o TSE promove uma “censura prévia” à Jovem Pan, ao impedir que a emissora veicule determinados conteúdos sobre o ex-presidente Lula, como corrupção e condenações: “A medida feriu o artigo quinto da Constituição, inciso XIV, que assegura o acesso à informação a todos. Não temos um regime democrático efetivo, a partir da clara tendência do tribunal de defender uma das partes do candidato. E a Corte Eleitoral está fazendo isso de uma maneira grosseira e antijurídica. A censura é uma forma de impedir que os eleitores tenham acesso aos fatos. O resultado da eleição está maculado por esse ato de força do TSE contra um dos veículos de imprensa brasileiros”, afirmou Carvalhosa.

Em mais decisões tirânicas completamente desenfreadas, a ministra Cármen Lúcia, vetando a veiculação de mais um documentário da produtora Brasil Paralelo (Quem Mandou Matar Jair Bolsonaro?), ensaiou uma defesa da liberdade de expressão e de imprensa, mas acabou sucumbindo ao tosco corporativismo da Corte. Durante a votação que guilhotinou mais uma vez a liberdade de expressão, ela disse: “Não se pode permitir a volta de censura sob qualquer argumento no Brasil. Medidas como esta, mesmo em fase de liminar, precisam ser tomadas como algo que pode ser um veneno ou um remédio. Vejo isso como uma situação excepcionalíssima. Se, de alguma forma, isto se comprovar como desbordando para uma censura, deve ser imediatamente reformulada esta decisão”, completou. Apesar de sua declaração, Cármen Lúcia, que já bradou as “corajosas” palavras “cala a boca já morreu” para defender a liberdade de expressão, votou favoravelmente às restrições de veiculação do documentário. [confira o áudio e vídeo do voto da ministra, o qual  chamamos de 'voto envergonhado'.]Disse ser uma situação “excepcionalíssima” e que as determinações serviriam para assegurar a segurança do pleito. Segurança de quem?

Por que hoje a corte que deveria manter a ordem no país só consegue trazer caos e divisão?

Não custa trazermos, enquanto ainda podemos, parte da decisão do STF na ADI 4451, de 2018, quando a suprema corte no Brasil declarou inconstitucionais — por unanimidade — dispositivos da Lei das Eleições que vedavam sátira a candidatos. Curiosamente, todos os ministros seguiram o voto do relator — sim, Alexandre de Moraes —, segundo o qual os dispositivos violavam as liberdades de expressão e de imprensa e o direito à informação. Em um trecho do documento, a Corte decidiu: “São inconstitucionais os dispositivos legais que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, subordinação ou forçosa ou adequação programática da liberdade de expressão a mandamentos normativos cerceadores durante o período eleitoral”.

Tem mais.

“Tanto a liberdade de expressão quanto a participação política em uma democracia representativa somente se fortalecem em um ambiente de Total visibilidade e possibilidade de Exposição crítica das mais variadas opiniões sobre os governantes.”

Não acabou, não.

O direito fundamental à liberdade de expressão não se direciona somente a proteger as opiniões supostamente verdadeiras, admiráveis ou convencionais, mas também aquelas que são duvidosas, exageradas, condenáveis, satíricas, humorísticas, bem como as não compartilhadas pelas maiorias. Ressalte-se que, mesmo as declarações errôneas estão sob a guarda dessa garantia constitucional.

A cereja do bolo dessa votação, que pode ser encontrada no YouTube, é a declaração do atual traidor da Constituição e da pátria, Alexandre de Moraes. Na época, ele disse: “Quem não quer ser criticado, quem não quer ser satirizado fique em casa. Não seja candidato, não se ofereça ao público, não se ofereça para exercer cargos políticos. Essa é uma regra que existe desde que o mundo é mundo, e querer evitar isso por meio de uma ilegítima intervenção estatal na liberdade de expressão é absolutamente inconstitucional”.

O que mudou? Por que hoje a corte que deveria manter a ordem no país só consegue trazer caos e divisão? Diante de nossos olhos, a clara devoção não apenas a um corrupto condenado em três instâncias por magistrados apontados por esse mesmo político corrupto, mas a vontade de fazer parte de um projeto nefasto de poder.

A obra 1984, de George Orwell, foi publicada em 1949 como uma advertência contra o totalitarismo. Na Oceania de Orwell, um dos três estados totalitários em guerra perpétua (os outros dois são a Eurásia e a Lestásia), o território é governado pelo Partido, que controla tudo e que fez uma lavagem cerebral na população para uma obediência impensada ao seu líder, o Grande Irmão. 
O Partido criou uma linguagem propagandística conhecida como Novilíngua, destinada a limitar o livre pensamento e promover as doutrinas do Partido. 
Suas palavras incluem o duplipensar, crença em ideias contraditórias simultaneamente, que se reflete nos slogans do Partido: “Guerra é paz”, “Liberdade é escravidão” e “Ignorância é força”.
Livro 1984, de George Orwell, com os dizeres 
“Big Brother is watching you” (O Grande Irmão está te observando, 
em tradução livre) | Foto: Divulgação

Para quem não leu o livro, não espere mais nenhum segundo. Sem maiores spoilers, o herói do livro, Winston Smith, vive em uma Londres que ainda está devastada por uma guerra nuclear que ocorreu pouco depois da Segunda Guerra Mundial. Ele pertence ao Partido Externo (Outer Party) e seu trabalho é reescrever a história do Ministério da Verdade, alinhando-a com o pensamento político atual. 

No entanto, o desejo de Winston pela verdade e decência o leva a se rebelar secretamente contra o governo. Ele embarca em um caso proibido com Julia, uma mulher que pensa da mesma forma, e eles alugam um quarto em um bairro habitado por Proles. Winston também se interessa cada vez mais pela Irmandade, um grupo de dissidentes. Sem o conhecimento de Winston e Julia, no entanto, eles estão sendo observados de perto pelo Grande Irmão (Big Brother).

Quando Winston é abordado por O’Brien, um oficial do Partido que parece ser um membro secreto da Irmandade, a armadilha está armada. O’Brien é, na verdade, um espião do Partido, à procura de “criminosos de pensamento”, e Winston e Julia são eventualmente capturados e enviados ao Ministério do Amor para uma reeducação violenta. Algo como o atual “ódio do bem”. 
O aprisionamento, a tortura e reeducação de Winston que se seguiram destinam-se não apenas a quebrá-lo fisicamente ou fazê-lo se submeter, mas a erradicar sua independência e destruir sua dignidade e humanidade. 
Na Sala 101, onde os prisioneiros são forçados à submissão pela exposição aos seus piores pesadelos, Winston entra em pânico quando uma gaiola de ratos é presa à sua cabeça. Ele grita para seus algozes: “Faça isso com Julia!” e afirma que não se importa com o que aconteceria com ela. Com esta traição, Winston é libertado. Mais tarde, ele encontra Julia, e nenhum deles está interessado no outro. Em vez disso, Winston passa a amar o Big Brother que agora o protege.

Winston é o símbolo dos valores da vida civilizada, e sua derrota é um lembrete pungente da vulnerabilidade de tais valores em meio a estados todo-poderosos e totalitários, seja pelas mãos de presidentes, monarcas ou togados. A obra foi escrita como um aviso após anos de reflexão de Orwell sobre as ameaças gêmeas do nazismo e do stalinismo. Sua representação de um estado onde quem ousar pensar diferente e questionar será “premiado” com tortura, onde as pessoas são monitoradas a cada segundo do dia e onde a propaganda do Partido supera a liberdade de expressão e pensamento é um lembrete sóbrio dos males de governos irresponsáveis.

O presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), aproveitou o Bicentenário da Independência do Brasil para relembrar o atentado da facada que foi avo, em 7 de Setembro de 2018
Presidente Jair Bolsonaro, no momento em que levou uma facada -
Foto: Reprodução/Redes sociais
Em 2018 o então candidato Jair Bolsonaro levou uma facada e quase morreu. Quatro anos se passaram e, nesse período, demonizaram e desumanizaram um homem que foi eleito democraticamente e que jamais ousou rasgar uma página de nossa Constituição
Em 2020 e 2021, silenciaram o mundo “pela saúde”, “pelo bem coletivo”. Desumanizaram médicos, pais, cientistas, cidadãos.  
Guilhotinaram virtualmente todos aqueles que ousaram questionar o atual Big Brother.  
Em 2022, silenciaram brasileiros preocupados com nossas urnas, silenciaram empresários livres, prenderam e silenciaram parlamentares eleitos pelo povo, silenciaram um ex-ministro da Suprema Corte do Brasil que ousou dizer que Lula não foi inocentado
E agora silenciaram a imprensa.

Em 2022, a democracia no Brasil sofreu um duro golpe e corre risco de morte. Mas não se preocupem, a censura é “apenas por duas semanas”, só até achatar a curva.

Leia também “Lobos em pele de cordeiros”

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste


quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Oremos pela Jovem Pan... - Adriano Alves-Marreiros*

E Julieta disse a Romeu: De que vale um nome, se o que chamamos rosa, sob outra designação teria igual perfume?

William Shakespeare

O Bardo falou de perfume, mas a coisa vale para aromas menos agradáveis, também.  Andei estudando Análise Comportamental do Direito e tenho até um livro em que  a uso bastante.  Ainda lembro das aulas do Prof. Júlio no Mestrado, explicando que a Consequência condicionada socialmente generalizada  do Direito é a sanção.  
E que para a sanção ser efetiva, ela tem que ser aversiva e consistentemente aplicada.  
Explicando melhor, tem que ser algo que desagrade o sancionadoque faça com que o que ele tem a perder seja mais que o que tem a ganhar –  e, usualmente, ser aplicada quando ocorrer a conduta que ser coibir.

E não é só disso que lembro.  Lembro também que estava ministrando uma palestra-debate num congresso com meus amigos Alexandre e Henrique e, de repente me surgiu uma questão: o que acontece se, em vez de ser consistentemente aplicada quase sempre que ocorre um determinado comportamento, ela só for aplicada a um determinado grupo.  Digamos, se num jogo de futebol só marcam faltas e pênaltis, inclusive inexistentes, contra um time e o outro pode tudo?  Bem, o que decorre disso é uma guerra assimétrica com grandes dificuldades de vitória para o lado prejudicado.  Não é para isso que são aplicadas as sanções: se bem que Stalin discordaria...

Por algum motivo, isso me fez lembrar do “politicamente correto” e do que sempre se fala dele, e com muita razão: “o politicamente correto não é sobre o que se fala, mas sobre QUEM fala”.  Militantes de certas ideologias possuem, em geral, salvo conduto para falar qualquer coisa tida como proibida sem sofrer as consequências que os que não seguem ideologias sofrem, até mesmo quando não dizem, mas “alguém” inventa que ele quis dizer isso ou aquilo, isto é, quando são atacados com a falácia do espantalho: aquela em que inventam que você disse o que não disse e batem nessa invenção... 

Com as tais “fake news”, parece que acontece a mesma coisa: uns podem inventar qualquer narrativa sem punição, enquanto outros são acusados de “ desinformação” até quando falam a verdade [Fato: luLadrão conseguiu proibir Bolsonaro de divulgar vídeo no qual luLadrão agrade a natureza por ter criado a covid-19. Ele conseguiu 'apagar' coisas que ele mesmo falou e foram gravadas em áudio e vídeo.
 
 
Curioso é que essa  modinha de falar em “fake news” tenha surgido justamente quando mais verdades começaram a aparecer nas redes.  Parece até que os alvos não são as fakes...  
Sei lá, talvez seja só a impressão delirante de “teórico terraplanista  e outros istas”, como vão me xingar.  Mas é só pra coibir mentiras, não é?! Bem, esta semana eu vi ser censu, digo, devidamente barrado (não quero que esta crônica o seja), um vídeo em que só usavam notícias e fatos verdadeiros mas chegavam a conclusões incômodas, digo, erradas, muito erradas!!! (não posso comprometer a Tribuna).  
Ficava claro que era mesmo um caso de desordem informacional, de que eu nunca ouvi falar, não sei do que se trata, mas quero afirmar que ocorreu, está correta  a decisão e só não a entendo por causa da minha ignorância e desordem: desordem porque ainda não recebi as ordens que me farão entender. 

Em todo caso: é melhor orar  pela Jovem Pan!

Caiam Mil ao teu lado

E dez mil à tua Direita

E Tu não serás atingido

E só com teus olhos contemplarás

E verás o castigo dos ímpios

Porque o Senhor é o teu refúgio

E do Altíssimo fizeste o teu abrigo

Salmo 90/91

*       Adriano Alves-Marreiros, que vai orar muito e não só pela Jovem Pan...

P.S.1:  Leiam o artigo do Morgenstern sobre “fake news” no livro “O Inquérito do fim do mundo” da Editora E.D.A.

P.S.2: Compre o livro de crônicas aqui: < https://editoraarmada.com.br/produto/2020-d-c-esquerdistas-culposos-e-outras-assombracoes-colecao-tribuna-diaria-vol-iii/ >

P.S.3:  Agora o livro 2020 D.C. Esquerdistas Culposos e outras assombrações tem uma trilha sonora com canções e músicas de filmes citados: < https://open.spotify.com/playlist/49FDRIqsJdf4oxjnM2cpc3?si=SSCu339_T5afOSWjMkk9wA&utm_source=whatsapp >

Crux Sacra Sit Mihi Lux / Non Draco Sit Mihi Dux 
Vade Retro Satana / Nunquam Suade Mihi Vana 
Sunt Mala Quae Libas / Ipse Venena Bibas

(Oração de São Bento cuja proteção eu suplico)

*     Publicado originalmente no site Tribuna Diária e enviado a Liberais e Conservadores pelo autor.


quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Censura: se país não reagir, acabou a liberdade! - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo  

O TSE perdeu qualquer legitimidade. Ninguém, nem o povo, de onde "todo poder emana", nem a Constituição Federal de 1988 concederam este tipo de poder arbitrário e extremamente autoritário aos ministros do TSE. Alguns, sob a liderança de Alexandre de Moraes, vêm agindo como censores, como tiranos, e isso é inadmissível.

O absurdo chegou ao seu grau máximo, e novo patamar assustador, com a perseguição à Jovem Pan e a censura prévia de um documentário da Brasil Paralelo. São coisas que nem no regime militar aconteciam. Apenas em países como Cuba, Coreia do Norte e China, não por acaso todos eles sob ditaduras socialistas aplaudidas pelo PT de Lula.

O editorial da Gazeta do Povo subiu o tom, com a coragem necessária dos verdadeiros jornalistas e patriotas: "Que a equipe jurídica de Lula realmente pretendesse tudo isso é bastante plausível, dado o amor do petismo pela mordaça; mas apresentar uma enorme lista de pedidos também serve como estratégia, pois o PT sabe que, se conseguisse apenas uma fração dessas medidas, como acabou ocorrendo, já faria um estrago considerável sem deixar tão escancarado o papel do TSE como linha auxiliar da campanha de Lula".

O editorial acrescenta, sobre o descontrole da situação: "A adoção da censura prévia nesta reta final de campanha é a comprovação de que o TSE considera não haver freio nenhum à sua atuação". 
Quem vai colocar um garrote nesse monstro descontrolado? Eis a questão!
 
Guilherme Fiuza, em tom de desabafo mais do que legítimo, convocou todos a fazer algo: "Aos que estão gritando contra a censura hedionda do TSE: o que vocês vão fazer? 
Quem deu poderes absolutos a um tribunal eleitoral? Ninguém? 
Então isso tem q parar. O Congresso foi fechado? 
O Ministério Público foi extinto? 
O povo foi proibido de sair na rua? Não? Então MEXAM-SE."

Silvio Navarro lembrou da velha lição de que fazer vista grossa a tal censura só porque o alvo principal é seu adversário ou alguém a quem você é indiferente representa o caminho para o totalitarismo geral: "Um dia vieram e levaram o vizinho judeu. Não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, levaram o vizinho comunista. Não sou comunista. No 3º dia, levaram o católico. Não sou católico, não me incomodei. No 4º dia, vieram e me levaram. Não havia mais ninguém para reclamar".


Flavio Gordon sintetizou com perfeição: "Tribunalzinho bolivariano de quinta categoria!" Luiz de Orleans e Bragança tentou ver o copo meio cheio: "A censura do Brasil Paralelo significa que a propaganda do bandido na mídia tradicional não está funcionando". 
Sim, bateu desespero na oposição, no sistema podre e carcomido, e eles estão indo para o tudo ou nada, dobrando a aposta. 
Mas por isso mesmo é urgente colocar um freio a esse ímpeto autoritário.

Segundo a Folha de SP, Alexandre de Moraes teria dito, em reunião com a Coligação do PT, que "na hora que prender, eles param rapidinho". Isso é coisa de cangaço, de ditadura comunista. Não podemos aceitar isso em nosso país. Gordon, novamente, foi direto ao ponto: "Até quando serão toleradas essas ameaças e essa usurpação da justiça para perseguição política?"

A Jovem Pan tem sido alvo de perseguição escancarada e, com receio das consequências, já impôs a autocensura. Renata Barreto comentou: "A Jovem Pan afastou temporariamente a Zoe Martinez e proibiu que seus jornalistas chamem Lula de bandido/ ex-presidiário/ descondenado por MEDO de represália. Isso já é censura. E o pior é que jornalistas de esquerda canalhas comemoram achando que nunca se voltará contra eles".

Sobre isso, só podemos externar o nojo de uma velha imprensa covarde e autoritária, que aplaude censura! Ricardo Noblat chegou a insinuar que se Lula vencer nem será preciso tal censura, [não esqueçam que o tal Noblat - continua desempregado? - sugeriu recentemente que Bolsonaro se suicidasse.] pois "ninguém rasga dinheiro", dando a entender que o PT vai irrigar os cofres da emissora em troca de apoio - talvez projetando nos outros o que ele faz, já que para quem só tem um prego tudo se parece com martelo. O filho de Noblat é da Jovem Pan!

Kennedy Alencar, não satisfeito em aplaudir a censura prévia, quis saber quem financia a Brasil Paralelo. Ora, mais de 400 mil assinantes! Coisa que o veículo de comunicação que emprega um sujeito desses jamais terá, pois o público não é trouxa.

São vários os jornalistas que estão comemorando a censura em nosso país, o que é bizarro! Alexandre Borges, da CNN Brasil, defendeu o TSE alegando que há "leis eleitorais", e acusou a emissora que já o empregou de receber "financiamento cruzado" da candidatura bolsonarista para "pseudojornalismo". Falso jornalismo é o que esse ex-conservador e neopetista faz na CNN Brasil, que come poeira em audiência da Jovem Pan. Mas muitos monstros do boleto têm engolido gente por aí, pelo visto...

Os veículos sérios que restaram, como Gazeta do Povo, Jovem Pan e revista Oeste, estão todos sob intenso tiroteiro, enquanto Globo, CNN, Folha e companhia seguem fazendo campanha para o ladrão socialista e demonizando Bolsonaro, sem qualquer consequência. A tal "isonomia", pelo visto, só vale para um lado.

É tudo muito sombrio e perigoso. O Brasil vive um clima tenso. Se o PT realmente levar, nossas liberdades básicas vão acabar. A imprensa será amordaçada. Jornalistas sérios e independentes serão ainda mais perseguidos.  
E tem gente como Arminio Fraga que está achando tudo isso lindo, pois precisamos "salvar a democracia" derrotando Bolsonaro, que jamais mexeu uma palha para censurar a imprensa. Canalhas!

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo

 

domingo, 16 de outubro de 2022

Moraes inclui a si próprio em equipe de propaganda do TSE

Manobra do presidente do Tribunal Superior Eleitoral mostra que ativismo da Corte deverá se acentuar nas eleições

 O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, reforçou a equipe de ministros responsável pelas questões de propaganda na Corte. Em uma atitude inédita, o magistrado incluiu a si mesmo na distribuição desses casos, que avaliam pedidos dos presidenciáveis para derrubar vídeos no YouTube com conteúdos supostamente falsos. [Esclarecendo e comentando: com o presente comentário esclarecimento queremos deixar bem claro que não estamos pretendendo, tentando ou mesmo pensando em praticar ato antidemocrático, insuflar ânimos ou atentar contra a SOBERANIA do TSE e suas decisões.
 Apenas destacamos que nos parece haver um forte viés da Corte Eleitoral contra o presidente Bolsonaro - que, com as bênçãos de DEUS vencerá o segundo torno no próximo dia 30. 
Tal viés percebido nas decisões proferidas, nos leva a pensar que tudo que for pedido pelo candidato do perda total = PT, contra o presidente Bolsonaro será concedido = algo no estilo 'o petista não pede, o petista ordena' e tudo que for pedido pelo candidato que será reeleito no próximo dia 30 será negado = algo do tipo 'aqui Bolsonaro não requer, aqui ele suplica e engole as decisões negativas'.
Tudo nos leva a perguntar: quanto mais parcial for  as decisões de uma Corte de Justiça,  maior será o nível de dificuldade de serem aceitas? ou não tem influência?]

 É a primeira vez que um presidente do TSE decide se incluir na distribuição dos processos de propaganda. Em portaria assinada neste domingo, 16, Moraes também incluiu a ministra Isabel Gallotti na equipe de propaganda, que passa a contar com cinco magistrados.

A postura do presidente do TSE mostra que o ativismo da Corte Eleitoral deve acelerar ainda mais nestas eleições. Essa medida permite que Moraes tenha mais controle e poder sobre os processos. Isso porque, com sua inclusão na equipe de propaganda, Moraes poderá proferir decisões sobre o tema. Anteriormente, o ministro apenas se manifestava quando esses casos eram levados pelos colegas para análise no plenário.

Durante as eleições, Moraes discordou das decisões liminares dadas por outros integrantes do TSE. Ele não avalizou, por exemplo, as decisões que barraram vídeos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamando o presidente Jair Bolsonaro (PL) de “genocida”. O ministro também discordou da decisão que manteve no ar tuítes do atual presidente da República que associavam o Partido dos Trabalhadores (PT) ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Nesses dois casos, com o voto de Moraes, o plenário do TSE reverteu as decisões individuais dos ministros. No fim, a Corte Eleitoral atendeu a pedidos da campanha de Lula.

Os processos de propaganda são, de maneira geral, encaminhados para os ministros substitutos. O TSE é formado por sete ministros titulares e outros sete substitutos. A manobra é uma tentativa de evitar que os casos de propaganda parassem nas mãos do ministro Kassio Nunes Marques, que é substituto — e, supostamente, alinhado ao Palácio do Planalto.

Redação - Revista Oeste


domingo, 25 de setembro de 2022

O taco de beisebol da velha imprensa - Revista Oeste

Ana Paula Henkel

O conglomerado oposição política histérica/STF/TSE/velha imprensa segue armando as guilhotinas necessárias para a imposição do silêncio geral  

 O sistema anda se estrebuchando. E não estou falando do velho e carcomido sistema político em Brasília que, desde 2018, vem demonstrandode maneira óbvia e vexaminosa que até hoje não aceitou o resultado das eleições presidenciais de 2018. 
O sistema de que falo é o conglomerado oposição política histérica/STF/TSE/velha imprensa. 
Cada um no seu quadrado, de maneira estratégica, mas juntos e misturados, seguem armando as guilhotinas necessárias para a imposição do silêncio geral. 
Além de povo na rua vocês querem falar também?

Diante da mais clara perda do monopólio da informação, já que produto ruim encalha mesmo, nesta semana, a parte da velha imprensa do conglomerado do antibolsonarismo psicótico partiu para mais um ataque. O alvo?  
A Jovem Pan, o programa Os Pingos nos Is e os jornalistas da emissora que vêm tirando o sono das concorrentes com os espetaculares números de audiência na TV, no YouTube e no rádio. 
Em mais uma jogada ensaiada — muito vista e já manjada aqui nos EUA — um veículo do conglomerado escreve um hit job, uma peça no melhor estilo “fontes disseram”, “há indícios” e “diz leitor”, para que um alvo seja atingido.
Em uma “pesquisa” publicada numa “matéria” e espalhada por uma “jornalista”, a encomenda do ataque à Jovem Pan que parece até ter saído de um certo jantar em Brasília quando senadores, ministros do STF e asseclas reclamaram do programa Os Pingos nos Is, dizendo que “era preciso dar um jeito naquela gente que anda falando demais!” — traz lamentações como: “O YouTube privilegia vídeos pró-Bolsonaro em recomendações aos usuários, diz estudo”. A choradeira continua: “Levantamento da UFRJ mostra que plataforma sugere mais conteúdos bolsonaristas publicados pela Jovem Pan; (…) o algoritmo do YouTube privilegia a Jovem Pan e vídeos a favor do presidente Jair Bolsonaro em suas recomendações, indica um estudo da UFRJ; (…) Em levantamento, os canais da Jovem Pan foram indicados 14 vezes mais na página inicial do YouTube com um ou mais vídeos sugeridos. O mais recomendado aos usuários foi a participação de Jair Bolsonaro no programa Pânico no dia 26 de agosto”.  
O programa teve mais de 600 mil acessos ao vivo e menos de 24 horas após sua transmissão já havia mais de 3 milhões de visualizações.

Os missionários do bom ladrão
A acusação contra o YouTube é que a plataforma estaria empurrando propositalmente conteúdo que possa beneficiar o presidente Jair Bolsonaro. 
Agora vejam vocês o horror: uma plataforma que monetiza com seus anúncios recomendar os vídeos que são mais assistidos.
Vídeos que milhões de pessoas acessaram e em que deixaram a marca de que o conteúdo é relevante. A turma que não tem mais relevância, que fala apenas para uma bolha isolada de narcisistas que se lambem 24 horas por dia sem ter o menor contato com a realidade, com o povo e com as mazelas do nosso país, agora quer guilhotinar quem está em contato com o quede fato — importa para o Brasil, e não para uma casta de ungidos da elite política.
 
Os missionários do bom ladrão (by Guilherme Fiuza) estão chateados que a Jovem Pan que, diga-se de passagem, tem em seu quadro jornalistas e comentaristas de todos os lados do espectro político-ideológico — agora encabeça a liderança no campo das notícias, deixando inclusive os antigos campeões de audiência no retrovisor durante boa parte do dia. 
A Jovem Pan caiu nas graças do povo por não compactuar com tanta baboseira dita nos outros canais. A convivência promíscua de políticos/STF/TSE/velha imprensa, que sempre usaram e abusaram de soberba e pedantismo, agora tem de encarar uma receita simples, mas fatal para o seu antigo monopólio da informação: o compromisso com a audiência em relatar o que os nossos olhos estão vendo, sem subestimar a inteligência de quem está do outro lado da tela ou do rádio.
Guilherme Fiuza, no programa Os Pingos nos Is | Foto: Reprodução

No programa Os Pingos nos Is, do qual faço parte com imensa honra, gratidão e orgulho, não há feitiçaria política, promessas fajutas, nem tapinhas na cara — há apenas a verdade. Verdades que eram proibidas de serem ditas: STF aparelhado e ativista, exposição de perseguições pessoais por parte de ministros do Supremo e suas abjetas inconstitucionalidades, mentiras propagadas pelos togados como “o brasileiro quer a volta da cédula de papel nas eleições”, questionamentos pertinentes sobre integridade eleitoral, vacinas, tratamentos, números da economia, e todas as mentiras e mais mentiras de um ex-presidiário que quase destruiu o Brasil nuas e cruas.

Mas o ódio que os falsos democratas têm — ódio mesmo, bem intenso “a là Marilena Chaui” — é que, além de nunca termos normalizado uma candidatura fake de um corrupto de estimação, também não fazemos parte da imprensa de necrotério e noticiamos as boas ações do atual governo. Já tecemos críticas e pontos que podem ser melhorados no futuro, mas nunca com o intuito de afundar o barco em que todos nós estamos. Não somos pica-paus

Brasil decolando economicamente de maneira ímpar e perante um mundo que está sofrendo com altos índices inflacionários e recessões — como os EUA, por exemplo; taxas elevadas de emprego, várias áreas apresentando crescimentos significativos devido ao excelente solo para investimento estrangeiro preparado pelo ministro Paulo Guedes; povo nas ruas pedindo respeito à Constituição, adquirindo liberdade social, econômica, intelectual… Pensando bem, quando as Cassandras pedem que nosso conteúdo tenha um aviso de conteúdo sensível, eles têm razão: 
- não há censor jacobino irrelevante que aguente ver a caravana passar sem se importar com o tilintar das guilhotinas. Parem os algoritmos! O país está despiorando.

Uma trágica heroína shakespeariana
O que tentaram fazer com a Jovem Pan nesta semana, trouxe a lembrança de um episódio famoso no esporte olímpico. Em 6 de janeiro de 1994, a poucos meses da Olimpíada de Inverno da Noruega, o mundo acompanhou pela TV o que se tornaria um dos maiores escândalos esportivos da história. O incidente envolveu as duas maiores patinadoras dos EUA da época: Nancy Kerrigan e Tonya Harding. Kerrigan foi atacada com um bastão de madeira como um taco de beisebol após um treino em Detroit, Michigan, e quase ficou de fora do Jogos Olímpicos daquele ano.

Em 1991, três anos antes dos Jogos, Tonya Harding havia vencido Nancy Kerrigan no Campeonato de Patinação Artística Americano. No mesmo ano, ela triunfou novamente, ganhando a prata no Campeonato Mundial na Alemanha. Apesar de Tonya parecer mais forte naquele momento, as duas patinadoras eram conhecidas rivais técnicas e tinham looks, estilos e personalidades diferentes. Enquanto Nancy era elegante no gelo, Tonya era durona. Enquanto Nancy conquistava o público e patrocinadores com seu carisma, boa educação e boa atuação no gelo, Tonya não recebia da audiência o mesmo carinho e atenção, apesar da capacidade atlética. Kerrigan tinha elegância. Harding tinha agressividade. A rivalidade das duas patinadoras também foi lançada por muitos na época como a já exaurida batalha de classes marxista: “a riqueza de Kerrigan” contra a “pobreza de Harding”.

No programa Os Pingos nos Is não há feitiçaria política, promessas fajutas, nem tapinhas na cara — há apenas a verdade

 (...)
 
Com Nancy fora de ação, Tonya ficou em primeiro lugar no Campeonato em Detroit, mas não pôde aproveitar a glória por muito tempo, já que o FBI não demorou muito para chegar ao mandante do ataque, Jeff Gillooly, marido de Harding.

Em 1º de fevereiro de 1994, Jeff concordou em testemunhar contra Tonya em troca de um acordo com a Justiça enquanto a patinadora se juntava à sua rival nos Jogos Olímpicos de Inverno de Lillehammer, na Noruega, onde ambas competiram. O frenesi da mídia em torno do casal se intensificou, mas Tonya continuava a negar qualquer envolvimento no incidente, afirmando que não tinha conhecimento de nenhum detalhe sobre o plano para atacar Nancy.

(...)

Com uma pilha de provas contra Tonya, ela se declarou oficialmente culpada de participação no ataque, recebeu a pena de três anos em liberdade condicional e foi multada em US$160 mil dólares. Alguns meses depois, seu título de campeã nacional de 1994 foi revogado e ela foi banida da Federação Americana de Patinação para sempre. Com exceção de Harding, todos os outros envolvidos no ataque de Kerrigan, seu marido e os homens que executaram o ataque e a fuga, cumpriram pena de prisão.

(...)

Inveja, nunca
Olavo de Carvalho costumava dizer que a gente confessa ódio, humilhação, medo, tristeza, cobiça. Mas não inveja. “Inveja, nunca”, ele dizia. “A inveja admitida se anularia no ato, transmutando-se em competição franca ou em desistência resignada. A inveja é o único sentimento que se alimenta de sua própria ocultação”, disse o professor.

Para as Tonyas, Veras e Mônicas espalhadas por aí, a meritocracia, a justiça e a democracia só são perfeitas sem a presença do outro, que, irritantemente, insiste em incomodar com trabalho duro, comprometimento com a verdade e com a realidade que nossos olhos veem.

Há uma frase de Winston Churchill muito boa para a ocasião: “Você tem algum inimigo? Bom. Isso significa que você já lutou por algo em algum momento de sua vida”. Na Jovem Pan e aqui, em nossa querida Revista Oeste, seguimos juntos de vocês e com a certeza de que estamos com soldados que dividem as mesmas trincheiras, que defendem os mesmos princípios e com a mesma assembleia de vozes, como Churchill. Talvez se Churchill fosse mineiro, ele diria que juntos somos como massa de bolo; quanto mais batem, mais crescemos.

Então depois de cuscuz, vamos de bolo. Servidos?

Leia também “A receita de Ku Klux Klan”

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste