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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

O pesado custo lulopetista

Decisões econômicas irresponsáveis resultaram em recessão, desemprego e pobreza

Os contribuintes brasileiros pagarão por um belíssimo aeroporto na cidade de Nacala, em Moçambique. O aeroporto opera com 4% de sua capacidade. Em sua pista de 3.100 metros pousam apenas dois jatos de médio porte por semana, transportando menos de uma centena de passageiros cada um. Este é um retrato bem acabado da incúria no manejo dos recursos públicos que marcou a triste passagem de Lula da Silva pela Presidência da República.

O premiado projeto do aeroporto, feito por um escritório de arquitetura paulistano, foi executado pela Odebrecht com recursos financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A obra custou US$ 125 milhões e deste montante o BNDES levou um calote de US$ 22,5 milhões do governo moçambicano, um rombo que será coberto com recursos do Tesouro Nacional.

Trata-se de mais uma conta imposta aos brasileiros pelo chamado capitalismo de compadrio que caracterizou a política econômica dos governos lulopetistas.  As empreiteiras brasileiras que hoje estão no centro da Operação Lava Jato viveram uma época áurea durante os mandatos de Lula da Silva e Dilma Rousseff. Entre outras políticas irresponsáveis e custosas à Nação, os ex-presidentes franquearam o acesso ao cofre do BNDES para que tais empresas expandissem, às expensas do distinto público, sua presença na África e na América Latina e para que os “países amigos” mais amigos ficassem.

Pouco importou o interesse público na escolha dos tais “campeões” e menos ainda a pertinência da execução de projetos grandiosos no exterior para os objetivos estratégicos do País, se é que havia algum então. Evidentemente, à época da assinatura dos acordos de cooperação, tanto Lula da Silva como Dilma Rousseff apresentaram suas razões para dar seguimento a tais projetos. A Operação Lava Jato mostrou a que preço e por que razões foram levados a cabo.  O calote de Moçambique é mais uma tunga no bolso dos contribuintes como consequência direta da irresponsabilidade de Lula da Silva e Dilma Rousseff na escolha de suas “apostas” para turbinar empresas nacionais em território estrangeiro, decisões tomadas muito mais por razões de natureza ideológica do que por critérios econômico-financeiros que levassem em conta o interesse nacional.

A ele se soma, entre outros, o calote dado pelo governo de Cuba com o Porto de Mariel, outro mastodôntico projeto executado pela Odebrecht ao custo de quase US$ 700 milhões, também financiado com recursos do BNDES em condições muito camaradas, por assim dizer, e garantias de retorno muito frágeis.A má notícia é que o buraco em que Lula da Silva e Dilma Rousseff meteram o País é mais fundo. Os próximos países a serem considerados caloteiros pelo governo brasileiro são Venezuela e Angola, que devem ao País US$ 3,2 bilhões e US$ 1,9 bilhão, respectivamente.

Isso tudo sem falar no prejuízo causado aos cofres públicos por “campeões nacionais” como o Grupo X, do empresário Eike Batista, e o Grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, hoje presos. Muito ainda haverá de ser investigado sobre os contratos de financiamento firmados com recursos do BNDES durante os governos petistas, pautados sempre por afinidades e interesses que passavam longe daqueles que representariam o melhor para o País.

Diante de tudo que já veio à luz, é salutar rever a política de concessão dos financiamentos públicos – o que já vem sendo feito pela nova administração do banco – e atribuir mais peso a especificações técnicas do que às ingerências políticas.  Ainda custará muito aos brasileiros o desastre que foram as administrações lulopetistas, cujas decisões econômicas irresponsáveis serviram apenas para jogar o País em uma profunda recessão, aumentar o desemprego e levar milhões de brasileiros à pobreza extrema, deixando um saldo a ser pago pelas futuras gerações.


Editorial - O Estado de S.Paulo

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Brincando de apartheid

Assim como o bom velhinho, a lenda do ex-operário que enfrentou as elites movimenta um mercado gigantesco 

Sérgio Cabral chegou para depor ao juiz Marcelo Bretas com uma biografia de Nelson Mandela nas mãos. Estratégia corretíssima. Está mais que provado que o Brasil ama delinquente fantasiado de coitado. Mandela morreu durante o julgamento do mensalão. Antes mesmo de ser enterrado já tinha virado alter ego de mensaleiro preso. Se ele aguentou a cadeia, nós também aguentaremos – bradava a bandidagem companheira. E assim surgiu uma dinastia de mandelas carnavalescos, que terá seu apogeu com a prisão de Lula.

Quando a Justiça deixar de fricote e puser o filho do Brasil na cadeia, se sucederá o espetáculo mais folclórico já visto na pátria do folclore. A Marquês de Sapucaí parecerá um corredor de escritório em dia de feriado perto do que se verá no país. Nada de revolta, insurreição ou multidões em polvorosa – porque o brasileiro é distraído, mas nem tanto. Vida normal. O que explodirá é o carnaval da lenda – um tsunami abstrato, simbólico, covarde, que já mobiliza um batalhão de defensores da ética de butique.


Nesse conto de fadas altamente lucrativo para um pedação do Brasil (cada vez maior), Lula será o Mandela brasileiro – e poderá até ser esquecido na prisão, porque na realidade ninguém está nem aí para ele. As obras completas da ladroagem do messias foram esfregadas na cara do país, e a relação da população com a alma mais honesta virou uma espécie de síndrome do Papai Noel: há os que querem acreditar, os que fingem acreditar e os que querem que os outros acreditem. Lenda é lenda.

E assim como o bom velhinho natalino, a lenda do ex-­operário que enfrentou as elites movimenta um mercado gigantesco – no caso, de altruísmo contrabandeado e bondade de aluguel. É como um conto de Natal pornô: vai tudo muito bem, até que você é obrigado a tirar as crianças da sala quando o herói da pobreza fica milionário com o dinheiro do povo. Aumenta o som do “Jingle bell” (também serve algum hino canastrão da MPB) e segue o baile, que se fantasiar de progressista revolucionário está dando um vidão para muita gente. Viva o Lula. Dane-se o Lula.

A planilha da propina na Odebrecht revelou uma série de desembolsos para as reformas do sítio que não é do Lula, totalizando R$ 700 mil em menos de duas semanas – por uma coincidência atroz, exatamente as duas últimas do governo Lula. Sergio Moro já sabe das contas de propina abertas na Espanha pela Engevix para Lula e Dirceu. E por aí vai. Ou foi. São só duas novidades de uma epopeia caudalosa (o maior assalto governamental já perpetrado na história da democracia), mais do que suficiente para prender o grande líder por várias encarnações. Mas Luiz Inácio está soltinho da Silva – graças à lenda.

>> Mais colunas de Guilherme Fiuza

Ele, Dilma workalcoolic e grande elenco bandoleiro. Janot, que protegeu a gangue se fingindo de justiceiro, conspirou com o laranja bilionário do PT às sombras do STF e nem investigado é. Assim como o padre pedófilo, valeu-se da autoridade de guardião da virtude para montar a operação mais obscura envolvendo a Presidência da República desde a ruptura institucional dos militares. Um procurador blindado até hoje por essa mesma lenda progressista que lhe permitiu agir ao arrepio das instituições (leiam suas denúncias no original), exatamente como faziam as autoridades nos anos de chumbo.

E aí você dá de cara com a notícia de um aeroporto-fantasma em Moçambique, construído pela Odebrecht com dinheiro do BNDES – enfim, o mesmo DNA, a mesma tecnologia, o mesmo know-how de rapinagem que o governo do PT, apenas o governo do PT, como nunca antes do governo do PT alguém ousou fazer. Porque ninguém jamais teve a ditadura da lenda, a mágica de ser governo e coitado ao mesmo tempo. Um habeas corpus vitalício.

Essa praga de transformar qualquer disparate na internet em escândalo hediondo contra os direitos humanos e as minorias S.A. uma histeria fashion que não ajuda em nada as causas verdadeiras – é a disputa por esse legado hipócrita. Lula irá em cana fingindo ler os ensinamentos do companheiro Mandela, e os mandelas de carnaval continuarão à solta cafetinando a boa-fé.  A não ser que a plateia passe a vaiar o teatrinho. E mostre ao Cabral que nem um Maracanã repleto de diamantes é tão fraudulento quanto brincar de apartheid.


Ricardo Fiuza - Revista Época

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Ministério Público acusa Pimentel de improbidade administrativa no âmbito da Operação Acrônimos

O MPF afirma que o governador recebeu, entre 2011 e 2014, entre R$ 11,5 milhões e R$ 12 milhões da Odebrecht em troca de beneficiar a empreiteira enquanto era ministro

Na Folha:

O Ministério Público Federal do Distrito Federal enviou à Justiça, nesta terça-feira (1º), uma ação de improbidade administrativa contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e outras cinco pessoas, incluindo Marcelo Odebrecht.  O processo está no âmbito da Operação Acrônimo e tem por base a delação do empresário Benedito Rodrigues Oliveira Neto, o Bené, que era amigo de Pimentel.

Caso seja condenado, o governador pode perder o mandato. O petista irá concorrer à reeleição no ano que vem.  O MPF afirma que o governador recebeu, entre 2011 e 2014, entre R$ 11,5 milhões e R$ 12 milhões da Odebrecht. Na época, Pimentel era ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior e teria beneficiado a empresa em processos na Câmara de Comércio Exterior.

Para o MPF, Pimentel cometeu ato de improbidade administrativa por enriquecer ilicitamente e atentar contra os princípios da administração pública. Caberá à Justiça Federal de Brasília analisar se condena o governador.  A pena prevista inclui perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, proibição de contratar com o poder público por dez anos e pagar multa de até R$ 48 milhões –três vezes o valor atualizado da propina.  O mesmo fato foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República em novembro de 2016, quando Pimentel foi acusado de corrupção passiva. O processo tramita no Tribunal Superior de Justiça (STJ), que ainda não decidiu se aceita a denúncia.  O governador responde ainda a outro processo no âmbito da Acrônimo no STJ. A denúncia, por corrupção e lavagem de dinheiro, foi feita em maio do ano passado e também não foi analisada pela Corte.

PROPINA
Além de Pimentel e Marcelo Odebrecht, foram acusados nesta terça (1º) Eduardo Lucas Silva Serrano, ex-chefe de gabinete do ministério, Pedro Augusto Medeiros, João Carlos Maris Nogueira e o próprio Bené. A Construtora Norberto Odebrecht também foi alvo. 

Segundo o MPF, além de Bené, Marcelo Odebrecht narra em sua delação o pagamento de propina a Pimentel. A construtora procurava obter a liberação de cerca de US$ 1,7 bilhão em seguros referentes ao soterramento de uma linha ferroviária na Argentina e à construção de um corredor de ônibus em Moçambique. Ainda de acordo com a ação civil, Bené operacionalizou a entrega do dinheiro, que foi usado na campanha de 2014 ao governo de Minas. A ação diz que houve oito entregas de R$ 500 mil em espécie.

OUTRO LADO
A defesa de Pimentel afirma ter provas que desmentem a ação proposta pelo MPF. O advogado Eugênio Pacelli afirma que o fato em questão já está submetido à jurisdição do STJ e está contaminado por erros cometidos no início da Operação Acrônimo, assim como as ações penais em curso.  De acordo com Pacelli, a operação tem “irregularidades insuperáveis” como “apreensão de documentos e bens sem ordem judicial”.

Em nota, a defesa de Marcelo Odebrecht afirmou que ele “está inteiramente comprometido com o acordo de colaboração celebrado e à disposição da Justiça para confirmar, durante o processo judicial, os fatos de que teve conhecimento e que já foram relatados ao MPF e homologados pelo Supremo Tribunal Federal”.
A assessoria do grupo Odebrecht afirmou que está colaborando com a Justiça no Brasil e nos países que atua, inclusive “já reconheceu os seus erros, pediu desculpas públicas, assinou um acordo de leniência com as autoridades do Brasil, Estados Unidos, Suíça, República Dominicana, Equador e Panamá, e está comprometida a combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas”.
As defesas dos demais acusados não foram encontradas.

 

sábado, 24 de dezembro de 2016

Só a diminuição do tamanho do Estado pode conter a corrupção

Documentos divulgados pelo Departamento de Justiça dos EUA apontam que a Odebrecht pagou a fábula de mais de US$ 1 bilhão em propina: US$ 599 milhões foram distribuídos a patriotas brasileiros, e US$ 439 milhões, a estrangeiros.

Estrangeiros? Sim, autoridades de Angola, Moçambique, Venezuela, Equador, Argentina, Colômbia, República Dominicana, Guatemala, México, Panamá e Peru se deixaram corromper. No grupo, há ditaduras de esquerda, quase ditaduras, quase democracias, regimes propriamente democráticos, fazendolas comandadas por milícias etc. Sem preconceitos!

Só se compra quem está à venda. Só se vende quando há compradores. "Ah, já sei, isso é que se chama lei do mercado, né?" Errado, gafanhoto! Essa é a lei universal e atemporal da canalhice. Afinal, Angola, Moçambique, Venezuela e Equador, por exemplo, até em razão de seus respectivos regimes políticos, são exemplos não exatamente do funcionamento das leis da oferta e da procura, mas de seu colapso.

A Odebrecht e as demais empreiteiras envolvidas no petrolão, como resta claro a esta altura, pagaram caro, obtendo lucros fabulosos, para que as regras de mercado não funcionassem.  O que todos esses países têm em comum com o Brasil, ainda que em graus variados, mas sempre acima da média dos países de institucionalidade avançada? A resposta é simples: Estado na economia. Em todos eles, é a arbitragem do governo –ou seu arbítrio– que define as regras do jogo. E a corrupção é diretamente proporcional à capacidade que tem esse Estado de definir vencedores e perdedores.

Não tenho aqui as contas, mas asseguro, por princípio e lógica, que, considerado o tamanho de sua economia, Angola lideraria o ranking da corrupção entre esses 12. Afinal, é o que fornece as melhores condições estruturais para o exercício da cleptocracia porque o mais autoritário.  O Brasil tem-se deixado enredar num debate nem sempre esclarecido sobre o que fazer para combater a corrupção. Com alguma frequência, o moralismo rombudo e oportunista tem ocupado a cena, com suas respostas estridentes e sua vocação para disciplinar os costumes com cordas e guilhotinas. Movimentos assim costumam resultar em cabeças cortadas, pescoços quebrados e emergência de novos viciados em velhos vícios. Sabemos que, na revolução de bichos, os porcos aprendem depressa a andar sobre duas patas...

Não há endurecimento possível da legislação penal ou reforma do Judiciário capazes de responder a contento ao quadro de descalabro que há no Brasil –e, certamente, nos demais países da Lista da Vergonha. Ainda que se proceda a julgamentos sumários, em praça pública, para que os faltosos sintam a força do exemplo, continuaremos a produzir corruptos e corruptores, só que com um pouco mais de barbárie.

Precisamos, em suma, é de mais democracia se queremos menos corrupção. E a tanto só chegaremos com a diminuição da presença do Estado na economia. No dia em que não houver estatais para vender dificuldades, haverá menos gente para pagar por facilidades. Infelizmente, apesar dos descalabros que vieram à luz, o Estado, o verdadeiro algoz da sociedade, tem saído incólume. Alguns imbecis têm preferido oferecer como remédio o ataque às garantias democráticas. Ou por outra: querem é ainda mais arbítrio do aparelho estatal, o pai de todas as corrupções, a tempo privatizado por empreiteiras e afins.

Fonte: Folha de SP - Coluna do Reinaldo Azevedo

PS -
Este escrevinhador tira três semanas de folga. Só volta a escrever no dia 20 de janeiro. Que todos possamos estar, nestes dias e em todos os outros, em espírito ao menos, perto dos nossos amores. Até a volta.


segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Quando será o Juízo Final do Poderoso Chefão?

Ainda não se sabe quando a Lava Jato deflagrará alguma operação com o apelido de "juízo final", "Dom Corleone" ou "Poderoso Chefão", para fisgar quem seria o coordenador máximo da Propinocracia petista. 

No entanto, já se especula que estão na mira da Força Tarefa nomes poderosos: Luciano Coutinho (ex-presidente do BNDES) e Erenice Guerra (ex-Ministra da Casa Civil). Especula-se que Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda preso e logo solto semana passada, volte a ser um "companheiro de cárcere" de Antônio Palocci Filho - o "Italiano" - engaiolado provisoriamente por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco, na Operação Omertá, a 35a da Lava Jato.

A tendência é que Palocci seja premiado com uma prisão preventiva. O juiz Sérgio Moro mandou bloquear R$ 128 mihões em ativos de Palocci, do assessor Branislav Kontic e do ex-chefe de gabinete, Juscelino Dourado. O bloqueio também atinge as empresas Projeto Consultoria Empresarial e da J&F Assessoria. Investigadores da Lava Jato identificaram montanhas de dinheiro pagas pelo setor de "Operações Estruturadas" da Odebrecht. Mesmo que Marcelo Bahia Odebrecht mantenha seu silêncio digno da filosofia mafiosa da "omertá", sem aderir a um complicado acordo de delação, a Força Tarefa decifrou codigos em planilhas que comprovam os pagamentos de propinas em negociatas que vão além da Petrobras.

Inegavelmente, o cerco se fecha a Luiz Inácio Lula da Silva. A operação contra Palocci confirmou que, em 2010, ocorreu uma operação milionária para a compra de um terreno para a nova sede do Instituto Lula. A Lava Jato teria outras provas de que, via "patrocínios culturais", a Odebrecht investiu na montagem de um sofisticadíssimo sistema de inteligência em informática que o IL utiliza estrategicamente para obter informações do mercado político e econômico. Os negócios envolveriam Palocci e o compadre e principal advogado de Lula, Roberto Teixeira. As "colaborações premiadas" da Lava Jato são fatais para o time de Lula.  

Embora se dedicando a dar um show de demagogia e mentiras nas campanhas para prefeito de aliados, Lula sabe que está na corda bamba ou com ela no pescoço. Nos meios policiais, já se especula que haveria um "alerta" na Interpol para impedir que Lula embarque em qualquer espécie de voo ao exterior, sem a devida autorização judicial, já que é réu em pelo menos dois processos de Lava Jato, além de ser investigado em um outro grande escândalo de tentativa de obstrução do judiciário, na manobra de nomeação para a "Casa Covil" da ex-presidenta Dilma Rousseff - onde a "Jararaca" prometia deitar e rolar...

O Alerta Total antecipou que Lula, posando há muito tempo de "perseguido político no Brasil", já tem uma alternativa concreta de exílio, caso seja levado à pressão extrema pelos "meninos da Força tarefa da Lava Jato",  com condenação e prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro. A Costa Rica é o destino planejado, com logística preparada, para o eventual plano de asilo político pedido por Lula. O ex-Presidente já descartou o Uruguai, a Itália, Cuba ou a Venezuela como destinos prováveis. O esquema costariquenho, usando a casa de um poderoso magistrado como refúgio, seria mais seguro. com menor risco de extradição.

Agora que o propinoduto da petelândia parece mapeado com provas que podem levar à condenação de seus principais líderes (além de três tesoureiros já presos), fica no ar uma pergunta incômoda: Quando é que a República de Curitiba vai enfrentar o PMDB, agora na cadeira mais alta do Poder Executivo Federal? Será que o sistema de corrupção fica afetado apenas pegando Eduardo Cunha, ou eventualmente Renan Calheiros (outro cabra marcado para se danar), como bode expiatórios? A resposta óbvia ululante é um não rotundo...

Seria melhor não demorar e mexer com a máfia peemedebosta... Simplesmente porque o PMDB herdou toda a estrutura criminosa utilizada pelo PT e demais partidos aliados para financiar o projeto de tomada e perpetuação no poder. A bem sucedida Lava Jato fisgou alguns peixes grandes da politicagem, sobretudo da petelândia. Mas as operações continuam atuando sobre os efeitos - e não nas causas da corrupção.[o PMDB pode esperar; a meta agora é destruir Lula e toda a corja petista, não apenas cortando as cabeças da serpente e sim passando em um triturador, moendo mesmo para que nada sobre.
A meta é a DESTRUIÇÃO TOTAL do PT, Lula, Dilma  e o resto da corja. Depois se cuida do PMDB, PCdoB e outras drogas chamadas de partidos políticos.]

Petrobras e Eletrobras, tirando os lucros reduzidos, e muitos negócios paralisados, continuam do mesmo jeitinho, à mercê dos saqueadores de propinas. Uma pergunta que não ofende e nem quer calar: Quando a cúpula e ex-conselheiros da Petrobras na Era Lula-Dilma serão incomodados pela Lava Jato? A estrutura estatal do crime institucionalizado, mesmo com as empreiteiras sob vigilância e alguns ladrões condenados e presos, continua intacta, prontinha para uso de quem permanece no poder. Esta é a mágoa invejosa dos canalhas da petelândia.

Agora, na cadeia, figuram como "Otários Honrados", o ideólogo petista José Dirceu e o militante-meliante André Vargas. O Zé, que chegou a ser apontado como "capitão do time" e "chefe da quadrilha do Mensalão", termina rebaixado a coadjuvante, a cada nova revelação da Lava Jato. A dúvida é se Palocci e outros futuros presos seguirão as mesma regrinha do mafioso silêncio forçado ou se vão abrir o bico em troca de redução de penas nas transações penais.

O "cheque especial" da conta da Odebrecht e de outras empreiteiras com a petelândia se encerrou, mas ainda tem muita família de corrupto milionária para várias próximas gerações. Será que o mesmo já aconteceu com bandidos de outros partidos? Os próximos capítulos da Java Jato precisam acabar com este mistério perigosíssimo para a judicialização da politicagem em Bruzunganda...

Estamos na Democradura?
O destino cospe para o alto com a declaração do advogado José Antônio Batochio, o mesmo que defende o preso-solto Guido Mantega, condenando, politicamente, a prisão do cliente Antônio Palocci Filho? "Não conheço a acusação porque até o presente momento ela é secreta, no melhor estilo da ditadura militar. Você não sabe de nada, não sabe o que está sendo investigado. Num belo dia batem à sua porta e o levam. Estamos voltando aos tempos do autoritarismo, da arbitrariedade. Qual é a necessidade de prender uma pessoa com domicílio certo, que é médico, foi duas vezes ministro, pode dar todas as informações quando for intimado. É por causa do espetáculo? Ele não fez nada que violasse a lei. Mas vai ter muita gente que vai ser presa sem ter violado a lei. O espetáculo continua".

Em uma outra nota oficial, solta depois da bronca inicial contra a prisão de Palocci,José Roberto Batochio mandou bala na direção do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que, no domingo, em campanha eleitoral de candidatura do PSDB, avisou que a semana seria cheias de operações da Lava Jato: “Soa muito estranho que às vésperas das eleições seja desencadeado mais este espetáculo deplorável, que certamente produzirá reflexos no pleito. Muito mais insólita foi a antecipação do show pelo Sr. ministro da Justiça em manifestação feita exatamente na cidade de Ribeirão Preto, onde Palocci foi prefeito duas vezes. Tempos estranhos”.

Bem feito?!... A Petelândia, que abusou em usar o rigor seletivo e as investigações secretas para assassinar a reputação de inimigos, agora reclama do amargo sabor do mesmo veneno que é forçada a provar por tanta roubalheira e incompetência que destruiu o Brasil, inclusive comprometendo nosso frágil e nada democrático Estado de Direito...

Chamado no guando adiado...


Viraliza nas redes sociais a listinha de feitos internacionais do BNDES na Era Lula-Dilma...





Ler íntegra da matéria, clicando aqui



Leia também:  Lula tem asilo prontinho na Costa Rica, enquanto a Lava Jato detona a "Operação Omertá" contra Palocci


Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão


quarta-feira, 22 de junho de 2016

“O inverno da nossa desesperança”



Os desdobramentos da Lava Jato mostram que a primeira semana da estação será de repouso para alguns parlamentares e de tensão para os eleitores

Eis que, num raro momento de alegria, virtudes e defeitos de nossos políticos se fundem e prometem alguns dias de repouso, a semana com apenas dois dias de trabalho para eles, graças às festas juninas, e a oferta de  um certo fôlego para nós. Não deu certo: a política, hoje, só em parte se faz no Congresso. A Polícia Federal também a faz: prendeu quatro empresários de farto sobrenome, ligados ao avião de Campos que caiu durante a campanha e suspeitos de integrar uma organização criminosa, lançou suspeitas sobre outros figurões, inclusive um senador de família tradicional que foi ministro de Dilma, apurou ligações entre a morte do candidato presidencial Eduardo Campos e a colheita de propinas tão fartas quanto os sobrenomes, e envolveu a OAS num repasse de verbas para sabe-se lá o que. De acordo com a Federal, a operação começou com o caso do avião. “Mas agora queremos desarticular toda essa organização. Quem são os envolvidos, o que fizeram e quem foram os beneficiados”.

E, aproveitando o finzinho dos dias de trabalho desta semana, Eduardo Cunha mostrou que político ainda pode gerar confusão. Deu entrevista dizendo que não renuncia à Presidência da Câmara (da qual foi afastado); não faz delação premiada, porque não praticou nenhum crime; e não tem motivo para ser cassado. Ponto final. A semana que deu início ao inverno será de repouso para alguns parlamentares e de tensão para os eleitores.

Como é a ficha dele
Cunha age com habilidade: se renunciar, continua na situação atual, de presidente afastado, e demonstra que tem algo a esconder. Mas já se sabe que é beneficiário de contas na Suíça, já enfrenta multas por movimentação internacional irregular de dinheiro, já tem mulher e filha envolvidas no caso, ambas sujeitas ao juiz Sérgio Moro. É provável que hoje o Supremo Tribunal Federal  decida autorizar uma segunda acusação proveniente da Operação Lava Jato – manutenção de contas clandestinas no Exterior com dinheiro de propinas oriundas de negócios com a Petrobras.

Ação dos políticos
Frase do ex-presidente Lula: “Quanto mais me provocarem, mais eu corro o risco de ser candidato em 2018”. [presidiário pode ser candidato?]

E se não provocarem? Vai aposentar-se, como prometeu antes de se candidatar à reeleição, dedicar-se à caça e preparo de coelhos em Los Fubangos ─ o seu sítio, o que é confirmadamente seu, hoje abandonado em favor de outras propriedades que, embora sejam dele, não são dele? Alguém imagina Lula quietinho numa eleição, oferecendo chá com torradas aos visitantes e, como conselhos, temperança e amor ao próximo?

 Ação empresarial
Os fatos como os fatos são: para dar conta do matagal de propinas no Brasil e no Exterior, a Odebrecht comprou um banco no paraíso fiscal de Antígua, na América Central. O Meinl Bank Antigua, que antes tinha sido a base off-shore de um antigo banco austríaco, chegou a controlar 42 contas no Exterior, administrando entradas e saídas de fundos secretos – um pouco mais de US$ 130 milhões, ao mesmo tempo.

Ação prática
Por mais precisas que sejam, as delações jamais terminam: sempre sobra uma peninha (que, nas palavras do ministro Teori Zavascki, quando são puxadas revelam mais uma galinha), O mercado está na expectativa de novas revelações de Sérgio Machado sobre pedras preciosas na lavagem de dinheiro. São muito práticas: substituem milhares de dólares e são difíceis de monitorar. Há quem diga que boa parte do ótimo relacionamento dos governos petistas com Angola envolve diamantes, e com um toque religioso que aparece até no nome das instituições financeiras envolvidas. Delação premiada deve incluir tudo – inclusive temas delicados como esse.

Ação oficial
Ah, as relações sociais do Brasil dilmista com os países pobres, mas amigos, irmãos e cooperativos! Angola, que transformou a filha do seu presidente em mulher mais rica da África, recebeu R$ 14 bilhões; a Venezuela, detentora das maiores reservas de petróleo do mundo, R$ 11 bilhões. Seguem-se República Dominicana, R$ 8 bilhões; Argentina, R$ 7,8 bilhões; Cuba, R$ 3 bilhões; Peru, R$ 2 bilhões; Moçambique, R$ 1,5 bilhão. No total, incluindo empréstimos menores, R$ 50,5 bilhões ─ quase um terço do déficit público que inferniza o atual governo e que foi responsável por boa parte da crise que consumiu o governo Dilma.

Sem comentários
Diante do bloqueio de vastas verbas oficiais para as vastas viagens de Dilma, grupos petistas estão estudando o crowdfunding a velha e popular vaquinha. [vale um alerta para os estúpidos militontos petistas: fizeram uma vaquinha para o Zé Dirceu, quando em pouco mais de dois anos ele já tinha roubado quase R$ 30 BI; quem garante que a Dilma não se apropriou de muito mais. Começam a surgir provas de que ela recebeu grana suja para a campanha, tem a Refinaria de Pasadena e outras suspeitas.
Ou os petistas querem mais uma vez das uma de otários? o que fizeram quando da vaquinha para o 'guerrilheiro de festim'.] Contenha-se, caro leitor, e não faça comentários engraçadinhos sobre fazer vaquinha para financiar as viagens da presidente afastada.

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann


sábado, 9 de janeiro de 2016

Dilma garantiu empréstimo camarada do BNDES para ditador de Moçambique

Dilma garantiu empréstimo camarada do BNDES para Andrade Gutierrez em Moçambique

Documentos revelam que o governo atuou em favor da Andrade Gutierrez na contratação de um financiamento de US$ 320 milhões do banco estatal, com condições especiais, na véspera da eleição de 2014 

Em março de 2013, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com o presidente de Moçambique, Armando Guebuza, em Durban, na África do Sul, durante um encontro de países subdesenvolvidos. O assunto era urgente: um empréstimo de US$ 320 milhões do BNDES. Guebuza, segundo relato que fez a seus ministros, disse que as exigências impostas para a liberação do crédito estavam travando as obras de infraestrutura em seu país. Depois de ouvir atentamente, Dilma se colocou à disposição para “resolver o assunto”. 

O teor da conversa foi transmitido por uma das diretoras da Andrade Gutierrez na África Adriana Ribeiro à então embaixadora do Brasil em Maputo, Lígia Maria Scherer. As negociações, porém, não avançaram. Para receber o dinheiro do banco estatal brasileiro destinado à construção da barragem de Moamba Major, em Moçambique, o país africano deveria topar abrir uma conta bancária numa economia com baixo risco de calote. Esse é um procedimento comum nos financiamentos à exportação do BNDES.

>> Saiba mais: Acordo da Andrade Gutierrez com MPF também prevê delação de executivos

Guebuza, porém, recusava-se a aceitar essa condição. Contrariado, em agosto de 2013, o ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, encaminhou uma carta oficial ao governo brasileiro. A correspondência tratava das dificuldades políticas em abrir uma conta em moeda estrangeira no exterior para pagar dívidas com o Brasil enquanto recebia doações de outros governos para projetos sociais.Pegaria mal. A ideia era abrir uma conta no país africano. Essa mensagem foi acompanhada de um recado claro da Embaixada do Brasil em Maputo, capital de Moçambique: caso os recursos do BNDES não fossem liberados, dificilmente a construtora Andrade Gutierrez seria escolhida para construir a barragem. Haveria indícios de que o Brasil perderia o projeto para empresas de outros países se a questão do financiamento pelo BNDES não pudesse ser solucionada”, afirma a mensagem.

O alerta surtiu efeito em Brasília. Um mês depois, no dia 9 de setembro de 2013, foi realizada a 97ª reunião do Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão ligado ao Conselho de Governo da Presidência da República, formado por sete ministérios e presidido naquele momento pelo petista Fernando Pimentel, então ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), fiel escudeiro de Dilma e, atualmente, governador de Minas Gerais. A ata sigilosa, obtida por ÉPOCA, relata uma discussão sobre o pedido de Moçambique de dispensa da exigência da garantia da conta no exterior para a liberação do empréstimo do BNDES. O representante do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, reforçou que a abertura de uma conta era muito importante e ainda ressaltou que caso essa premissa fosse descartada surgiriam outros dois problemas. 

Primeiro, seria difícil controlar a conta dentro de Moçambique. Segundo, o país africano não possuía limite de crédito no Fundo de Garantia à Exportação (FGE), responsável por cobrir um eventual calote. Pimentel discordou e votou pela flexibilização das garantias, abrindo uma clara exceção para Moçambique. Essa opinião foi endossada por representantes da Casa Civil, comandada por Gleisi Hoffmann, e do Ministério das Relações Exteriores, sob a gestão de Luiz Alberto Figueiredo, além do ministro interino do Desenvolvimento Agrário, Laudemir André Müller. Com a aprovação da maioria, a posição defendida por Pimentel prevaleceu.
 Fernando Pimentel, Governador Estado de Minas Gerais, durante visita ao jornal Valor Economico (Foto: Silvia Costanti/Valor)


Depois de destravado o empréstimo para a obra em Moçambique, a operação passou por ajustes jurídicos no BNDES. Em 16 de julho de 2014, dez meses depois da reunião da Camex e já durante a campanha para a eleição presidencial, foi assinado um contrato entre o banco, o país africano e a Andrade Gutierrez, ao qual ÉPOCA teve acesso. O acordo, selado pelo ministro das Finanças moçambicano, prevê uma linha de crédito de até US$ 320 milhões. Esse dinheiro foi endereçado a um consórcio formado pelas empreiteiras Zagope Construções e Engenharia, controlada pela Andrade Gutierrez, e Fidens Engenharia, responsáveis pelo projeto de construção da barragem no país africano. A Zagope é uma empresa conhecida pelos procuradores que investigam corrupção no Brasil.

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De acordo com uma denúncia apresentada pela força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) contra executivos da Andrade Gutierrez, que foi aceita pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, a Zagope usou uma de suas subsidiárias como veículo de pagamento de propina. O dinheiro saía da conta da Zagope Angola para uma empresa sediada no Panamá, administrada pelo operador Mario Goés – que, segundo o MPF, repassava pixulecos para Pedro Barusco e Renato Duque, respectivamente ex-gerente e ex-diretor da Petrobras. As operações da Andrade Gutierrez na África e em Portugal continuam na mira de investigadores da Lava Jato, que fizeram um acordo de cooperação internacional para buscar mais informações sobre as transações financeiras da empreiteira no exterior.

No mês seguinte à assinatura do contrato com o BNDES, no dia 20 de agosto, às 8h54, Edinho Silva, então tesoureiro da campanha presidencial à reeleição de Dilma, visitou Otávio Marques de Azevedo no escritório da Andrade Gutierrez, em São Paulo. A conversa durou quase uma hora. Nove dias depois desse encontro, a empreiteira realizou uma transferência no valor de R$ 10 milhões para a campanha de Dilma. Em seguida, do dia 23 setembro a 22 de outubro de 2014, a construtora doou ao todo mais R$ 10 milhões, em três parcelas. Entre as empreiteiras brasileiras, a Andrade foi a principal contribuidora da reeleição de Dilma, desembolsando quase o triplo do total repassado pela UTC.

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O responsável por receber essa bolada era Edinho, atual ministro da Secretaria de Comunicação Social e também investigado na Lava Jato em inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre doações de campanha em 2014. A Procuradoria-Geral da República apura se Edinho achacou empreiteiros como Azevedo, que tinham contratos com o governo. No fim do ano passado, executivos da Andrade, entre eles Azevedo, presos em Curitiba, fecharam um acordo de delação premiada, em que deverão revelar, entre outras coisas, o esquema de corrupção por trás dos financiamentos de campanhas eleitorais. Policiais e procuradores acreditam que, ao percorrer o caminho do dinheiro movimentado pelas construtoras como a Andrade Gutierrez, poderão, mais cedo ou mais tarde, deparar com os empréstimos liberados pelo BNDES.

Questionada por ÉPOCA a respeito da negociação, a Presidência da República informa, por meio de sua área de comunicação, que o governo Dilma Rousseff sempre teve como estratégia expandir as exportações de produtos manufaturados e bens e serviços para os mercados da África e América Latina. “Seguindo essa diretriz, com total autonomia e sem nenhuma ingerência de qualquer instituição do governo, o Cofig (Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações, colegiado responsável por avaliar as condições de financiamentos do governo federal a operações de exportação) e a Camex tomam suas decisões”, afirma a Presidência, por escrito. “Cabe ainda ressaltar que as doações feitas à campanha de 2014 não tem nenhuma relação com as ações de governo.”

Em nota, o BNDES afirma que o controle na concessão dos créditos à exportação se baseia em critérios técnicos e tem permitido apoio às empresas brasileiras com uma inadimplência extremamente baixa. E também que “não é incomum que uma operação seja aprovada na Camex e depois transcorra, até a contratação, um prazo similar ao observado na operação”. O banco não divulga o fluxo de desembolsos dos financiamentos à exportação.

Para a Andrade Gutierrez, o procedimento todo foi regular. “A Andrade Gutierrez reitera que todos os financiamentos contratados junto ao BNDES obedecem à legislação brasileira e seguem avaliação técnica rigorosa do banco”, afirma a empresa, numa nota. A empreiteira informa, na mesma nota, em relação ao empréstimo do BNDES para a construção da barragem, que o valor de US$ 320 milhões foi contratado em julho de 2014 e não foi liberado naquela data. A empresa não respondeu às questões envolvendo as doações da campanha de 2014. Caberá aos investigadores da Lava Jato esclarecer se há relação entre o empréstimo do BNDES e a doação à campanha de Dilma.

Fonte: Época