[ex-um bocado de coisas, inclusive o primeiro ministro demitido por telefone - (e por Lula, o que torna o 'pé na bunda' mais humilhante).
O criminoso petista que teve condenações anuladas, já naquela época, achou que não valia a pena aguardar para na fila dos cumprimentos, dizer "você está demitido". = seu tempo venceu, passou.... acabou.
Esse teu artigo é tão sem pé nem cabeça, que torna bem mais real seguir o conselho do 'aspone' do enganês, o que comanda, ou comandava uma tal de 'secretaria de mobilidade urbana', cuja principal característica é oferecer uma mobilidade que não leva a nenhum lugar.
O 'aspone' que parece ainda estar empregado, quando questionado sobre as aglomeração no transporte público do DF, expeliu: 'o povo deve evitar se aglomerar no transporte público'.
O ex agora resolveu criticar o SUS - um dos raros órgãos da 'saúde pública' que funciona, recebendo frequentes e merecidos elogios.
O ex, agora tão loquaz, omite que foi ministro da Educação e que algumas medidas que adotou, contribuíram em muito para o crescimento das filas. ]
Todos os dias,
milhões de brasileiros perdem horas preciosas em filas de ônibus, e reclamam
corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos percebem os fora-fila: os que
usam carros privados e os que não têm dinheiro nem vale-transporte. Há séculos,
muitos brasileiros fazem fila para obter o que precisam, enquanto outros não
têm direito nem mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de dinheiro;
enquanto outros não precisam se submeter a filas porque têm muito
dinheiro.
Por causa das
ineficiências econômicas, a palavra “fila” caracteriza o dia a dia dos
brasileiros, mas por causa da injustiça social não se percebe os que estão fora
das filas, de um lado e outro da escala de rendas. Alguns porque não precisam
se submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro, outros porque não têm o
direito de entrar nelas. No meio, imprensados, os da fila, ignorando os
extremos. Nós nos acostumamos a ver com naturalidade os que não precisam e
ainda mais os que não conseguem entrar nas filas, por tratá-los como
invisíveis.
[resolvemos transcrever parte deste post e de outro por haver disponibilidade de 'bytes' - aqueles que costumam sobrar e jogamos no lixo.
Assim perguntamos ao senador do perda total, Humberto Costa:, autor da frase: “O objetivo do governo é fazer com que a CPI
não avance, mas os fatos são evidentes, gritantes”, diz o senador Humberto
Costa (PT-PE). Cabe perguntar: Tal frase foi expelida antes ou depois de ganhar o codinome 'drácula'?.
Humberto Costa, do PT pernambucano, virou caso de polícia quando era ministro da Saúde de Lula e se envolveu no escândalo dos Sanguessugas, produzido por gente que desviou com voracidade de vampiro verbas destinadas à área da Saúde. Ganhou da Odebrecht o codinome perfeito: Drácula.
O colega do 'drácula', pela falta de ideias e originalidade não propiciou que encontrássemos motivos para gastar bytes com o mesmo:
Seu colega Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que teve a ideia de
propor a criação da CPI, observa: “O único confronto que nos preocupa é com a
pandemia e o vírus. Se o presidente tem consciência que fez a coisa certa não
precisa temer”.]
No setor da
saúde, nos indignamos com os que tentam furar a fila para tomar vacina, mas não
percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar dinheiro para o atendimento
médico de um pediatra para o filho, de um dentista e de profissionais de todas
as outras especialidades que não estão disponíveis no SUS, com a urgência
necessária. Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não é único: de um lado,
tem o SUS com suas filas; e, do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde - sem
fila para os que podem pagar.
Todos condenamos
os fura-fila do SUS para tomar vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila
nas demais especialidades médicas, inclusive cirurgias, por meio do uso do
dinheiro. Em alguns casos, há reclamação quando a fila se organiza por um
pequeno papel numerado, mas não se protesta quando, perto dali, o atendimento é
imediato, porque no lugar do papel com o número da fila usa-se papel moeda.
Aceita-se furar fila graças ao dinheiro. Nem se considera como fura fila. São
os fora-fila, aceitos por convenção de que o dinheiro pode comprar saúde.
Na moradia,
alguns entram na fila do programa Minha Casa Minha Vida; outros não precisam,
compram diretamente a casa que desejam e podem; outros também não entram na
fila, porque não têm as mínimas condições de financiamento. O mesmo vale para
a educação. Em função do coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas
escolas, em geral pagas e caras, com ensino remoto, computadores e internet em
casa, permitem que alguns cheguem ao ENEM com mais possibilidade de aprovação
do que outros. Apesar de que a aprovação é conquistada pelo mérito do
concorrente, os aprovados se beneficiaram da exclusão de muitos concorrentes ao
longo da educação de base.
A desigualdade na
qualidade da escola desiguala o preparo entre os candidatos, como uma forma de
empurrar alguns para fora e outros para a frente da fila. De certa forma,
alguns furaram a fila para ingresso na universidade, por pagarem uma boa escola
ainda na educação de base. E não há reclamação porque os fora da fila são
invisíveis, porque não concluíram o ensino médio, ou concluíram um ensino médio
sem qualidade que não lhes deu condição sequer de sonhar fazer o ENEM.
Tanto quanto os
que não podem pagar o transporte público não entram na fila do ônibus, os
analfabetos (12 milhões de brasileiros) não entram na fila do ENEM para
ingresso na universidade. Foram
excluídos da formação, por falta de oportunidade para desenvolver o talento no
momento oportuno da educação de base, e, por isso, ficam impedidos de disputar,
por mérito, uma vaga na universidade.
Ninguém fura fila
para chegar à seleção brasileira de futebol, porque todos tiveram a mesma
chance. A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a bola é redonda para
todos, independentemente da renda. Temos a
preocupação de assegurar os mesmos direitos para obter vacina, não o mesmo
direito para a qualidade e a urgência no atendimento de saúde e de educação,
independentemente da renda e do endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos
que há injustiça em furar fila usando dinheiro para ter acesso à educação e à
saúde de qualidade. É como se fosse normal furar fila por se ter muito dinheiro
e normal ficar fora da fila por falta total de dinheiro. No meio, ficam os que,
por pouco dinheiro, ficam na fila e se indignam com os que tentam desrespeitar
a ordem, sem atentar para os fora da fila nos carros, ou os fora da fila
caminhando. Os primeiros aceitamos pelas leis do mercado, os outros tornamos
invisíveis.
Cristovam
Buarque, [ex, abrange coisas inúteis e também sem utilidade que o ex foi ou tentou ser.] professor Emérito da Universidade de Brasília