Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Hamilton Mourão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Hamilton Mourão. Mostrar todas as postagens

sábado, 25 de janeiro de 2020

A volta do encrenqueiro - Carluxo retorno com tudo, detonando a comunicação do Governo e atacando os transgêneros - IstoÉ

O vereador Carlos Bolsonaro, o filho 02 do presidente, havia submergido a conselho do pai, para não lhe provocar mais dissabores, mas o silêncio durou pouco: Carluxo retornou com tudo, detonando a comunicação do governo e atacando transgêneros

Desde que o pai se elegeu presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, o Carluxo, vem arrumando confusões com adversários e, principalmente, com aliados, precipitando demissões de ministros e criando crises atrás de crises. O pai, que deveria impor-lhe limites, não consegue controlá-lo e nem mesmo tomar-lhe de volta as suas próprias senhas de acesso à rede de mídias sociais pessoais e do governo. Assim, o 02 fala as maiores barbaridades na internet, muitas vezes em nome do pai, causando-lhe graves saias justas, como a que envolveu o vice-presidente, Hamilton Mourão. O general foi agredido verbalmente por Carluxo ao ponto do pai tentar, desesperadamente, e sem sucesso, apreender as senhas em poder do rapaz, fazendo-o calar-se. O vereador teve que esconder-se do pai em uma isolada praia de Santa Catarina, onde ficou dias incomunicável, sem atender as ligações do pai e nem mesmo responder aos seus apelos incontidos pelo WhatsApp.

Mas não devolveu as senhas. Depois desse mal-estar, Carluxo aprontou novamente. Publicou uma mensagem em nome do pai apoiando a prisão em segunda instância. Bolsonaro ficou furioso com o filho, pois não queria se comprometer com a medida. O presidente mandou-o “submergir”, ficando um tempo longe do smartphone pelo qual dispara mensagens agressivas e polêmicas pelo Twitter, Facebook, Instagram e Youtube.
[sendo recorrente: o Presidente Bolsonaro não enquadra os filhos, começando pelo Carluxo, por não querer.
Algumas dicas:
- qualquer filho do presidente Bolsonaro que falar em nome dele, presidente da República, deve ser imediatamente desautorizado por nota sucinta e clara emitida pelo porta-voz do presidente;
- senha de qualquer rede social pode ser 'tomada' pelo titular da conta,  de qualquer pessoa que porventura a tenha recebido - a propósito senha não se passa para ninguém.

O problema das 'inconveniências' dos filhos do presidente Bolsonaro é que o próprio,  nem seus pupilos,  entenderam que não existe filho de presidente da República e sim filhos da pessoa física que foi eleita para o cargo de presidente da República (a eleição não foi para monarca - regime de governo em que a família do monarca,  família real,  pode também exercer o governo.)
Os filhos da pessoa física, que possuem CPF diferente dos do pai, não MANDAM ABSOLUTAMENTE NADA, NÃO PODEM FALAR EM NOME DO PAI e DEVEM CUIDAR DE EXERCER OS MANDATOS LEGISLATIVOS QUE DETENHAM.
E quando, qualquer um deles, fizer comentários pessoais ofensivos à membros do Governo, que sejam processados.]


Sem trégua natalina
Quando todos imaginavam que ele ficaria recolhido definitivamente, para não atrapalhar ainda mais o governo do pai, o vereador voltou a atacar, 45 dias depois do “exílio” imposto pelo pai em novembro. O encrenqueiro voltou.  E retornou com a corda toda. Desprezando o clima natalino, Carluxo fez posts com críticas indigestas à política de comunicação do governo. No próprio dia de Natal ele tuitou:
“É lamentável somente nós lutarmos para mostrar o que tem sido feito de bom 24h ao dia, enquanto se vê uma comunicação do governo que nada faz”. E emendou: “A comunicação do governo está uma bela porcaria”. Paralelamente à trama iniciada para a derrubada do publicitário Fábio Wajngarten da chefia da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Carluxo se meteu num debate desgastante na área de gênero, promovendo um intenso tiroteio verbal com a cantora Gretchen e seu filho transgênero Thammy Miranda, um conflito que ainda permanece nas redes. 
[sobre o assunto trans, há uma reportagem que prova certos absurdos advindos da imposição da teoria que recusar qualquer desejo de trans, pode ser considerado crime.

Uma clínica ginecológica  está sendo acusada de transfobia por se recusar a atender a uma mulher trans.
Razão da recusa: 
a clínica de ginecologia alegou não poder  atender uma mulher trans porque ela tem um pênis, não uma vagina. Confira aqui.]

Gretchen chegou a provocar o filho do presidente, dizendo que ele “não pode assumir sua sexualidade por causa do pai”, insinuando que seria homossexual. Carluxo nunca desmentiu esses rumores. Além das postagens, o vereador é ácido nas críticas a atos do governo. Quando soube que o pai nomearia a atriz Regina Duarte para o lugar de Roberto Alvim na Cultura, Carluxo estava no gabinete do senador Flávio, seu irmão, e não se conteve: “Ele vai escolher essa comunista?”.  Mas o que criou certo constrangimento nos bastidores do poder foi a iniciativa de Carluxo em apear Wajngarten da Secom. Afinal, foi o próprio Carluxo quem o indicou para o posto em abril do ano passado, com o intuito de servir-lhe de instrumento para a realização de seu grande sonho: controlar a comunicação governamental. 

No início, ter o comando parcial nas comunicações o satisfazia, mas o vereador passou a querer mais: deseja agora ter o controle total da máquina da Secom, com 180 cargos comissionados, de alto valor salarial. Emplacou alguns protegidos lá. Só não conseguiu a nomeação do primo Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, com quem mantém uma relação mais do que especial, por causa do veto do general Carlos Alberto Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo. Wajngarten até que vinha servindo aos propósitos de Carluxo, mas, passados alguns meses, o 02 se convenceu de que o publicitário estava montando na Secom um esquema próprio de obtenção de vantagens financeiras, num claro conflito de interesses. Soube-se agora que Wajngarten recebe mensalinhos das emissoras de televisão às quais são destinadas volumosas verbas publicitárias oficiais. Não era isso o que Carluxo pretendia que fosse feito na Secom quando derrubou do cargo de chefe do órgão Floriano Amorim, para colocar Wajngarten em seu lugar. Carluxo desejava ter uma secretaria com poder para irradiar as ideologias de comunicação do pai, o que ele faz desde a campanha eleitoral. Bolsonaro sempre achou que o filho era um gênio nessa área, e que ele teria contribuído, em muito, para a sua eleição em outubro de 2018.

“Fera nas mídias sociais”
Há controvérsias, no entanto, sobre essa habilidade de Carluxo. Pessoas que trabalharam diretamente na campanha ao lado de Bolsonaro, como Gustavo Bebianno, dizem que o 02 pouco fez durante o processo eleitoral, já que preferia passar o dia todo trancado no quarto de sua casa na Barra da Tijuca ao lado de Léo Índio, com quem dividia inclusive a residência, localizada no mesmo condomínio do pai. Mesmo assim, na formação do governo Carluxo pediu ao pai para ser o chefe da Secom. Bebianno, então nomeado ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência, e o general Carlos Alberto Santos Cruz, até então o melhor amigo do presidente e já no cargo de ministro da Secretaria de Governo, ao qual a Secom é ligada, barraram a ideia. Não fica bem nomear um filho para esse cargo”, disse Bebianno a Bolsonaro, que retrucou: “O cara é uma fera nas mídias sociais”. Mas o general Santos Cruz foi voto de minerva contrário à nomeação do 02 e 
Bolsonaro não o nomeou.

(.....)  

Em IstoÉ, MATÉRIA COMPLETA

 

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Reeleição de Gleisi no PT é presente de Natal a Bolsonaro - Radar e Blog do Noblat

Por Robson Bonin

PT volta a sonhar com a saída fácil: fingir que a roubalheira e os crimes do passado não existiram e apostar na magia de Lula para voltar ao poder

A aliança do antigo PMDB Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Michel Temer à frente que levaria Dilma ao cadafalso começou a se formar nesse período. Uma capa de VEJA mostrou como o hegemonismo do PT enfraquecia as lideranças de outros partidos no Parlamento e começava a criar o monstro que lhe derrubaria do poder. No comando dessa estratégia desastrosa — ao lado da “presidenta” estava Gleisi Hoffmann, levada para a Casa Civil do Planalto após a queda de Antonio Palocci. Na bolha palaciana, Dilma e seu time produziriam o desastre econômico do país que incendiou as ruas em 2013 e selou o destino da aliança fisiológica com os grandes partidos que sustentou o sucesso lulista.

Dilma venceria as eleições de 2014 com esses mesmo partidos, é verdade, só que comprados por uma fortuna jamais vista em eleições, fruto dos bilhões roubados da Petrobras e de outras centenas de milhões de reais de Joesley Batista. O PT deixou o poder pelas vias do impeachment, depois de acabar com as finanças do país e devolver milhões à pobreza. No partido, uma ala menos fanática pelo lulismo começou a ensaiar o discurso de retomada do diálogo com setores que se afastaram da sigla em meio aos escândalos revelados pela Lava-Jato. Além de reconhecer erros, essa ala defendia a composição com outros líderes de centro-esquerda numa espécie de pós-Lula.

O líder maior do petismo, no entanto, prevaleceu mesmo após ser preso por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele transformou o partido na sigla do Lula Livre. A narrativa de perseguição do Estado contra a “alma mais honesta do país”, como Lula se proclamava, menosprezou a inteligência de milhões de brasileiros. O sentimento antipetista criado a partir disso se revelaria o principal motor da vitória de Jair Bolsonaro em 2018.

Depois de tudo, há algumas semanas, Lula foi solto na esteira de um acordão que acabou com a prisão em segunda instância e abriu caminhos para a invalidação de condenações da Lava-Jato. [nos cabe aguardar até onde irá a ousadia do Supremo ao anular condenações baseando-se em provas não aceitas pela Constituição Federal.
O 'estado democrático de direito' está garantido na Constituição, se o próprio 'guardião' da Constituição a desrespeita, o que resta ser feito?] ] A ala moderada do petismo perdeu-se em algum buraco e o PT voltou a sonhar com a saída fácil. Fingir que a roubalheira e os crimes do passado não existiram e apostar nas mágicas de Lula para retomar o poder. É isso que representa a reeleição de Gleisi Hoffmann ao comando nacional do PT.
Não poderia haver presente melhor de Natal para Bolsonaro.


Radar - VEJA

PT flerta com o impeachment de Bolsonaro

Por Ricardo Noblat

Na contramão de Lula

Reeleita com quase 72% dos votos para presidir o PT por mais quatro anos (uma temeridade), a deputada Gleisi Hoffmann (PR) deixou entreaberta a porta que o ex-presidente Lula fechara nos discursos que fez desde que foi solto depois de 580 dias preso.

No documento final do 7º Congresso do PT realizado no fim de semana em São Paulo, foi acrescentada uma emenda que diz assim: “A partir da evolução das condições sociais e percepção pública sobre o caráter do governo e da correlação de forças, a direção nacional do partido, atualizando a tática para enfrentar o projeto do governo Bolsonaro, poderá exigir a sua saída”.

Gleisi parece ter mudado de opinião a respeito do impeachment de Bolsonaro. Porque em março último, quando ouviu rumores de que se cogitava derrubar Bolsonaro para pôr em seu lugar o vice-presidente Hamilton Mourão, ela foi contra. E atacou:
– A cultura golpista é intrínseca à classe dominante brasileira. Impressionante!

Em 1992, o PT pediu e levou o impeachment do então presidente Fernando Collor. No segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, pediu, mas não levou o impeachment dele. Adversários do PT conseguiram em 2016 o impeachment de Dilma. 

[Collor foi impedido por ter sido acusado de cometer 'malfeitos' - apesar de, posteriormente, inocentado pelo STF, situações recentes nas quais é acusado, suspeito, de prática de outros 'malfeitos', deixam duvidas sobre o acerto de sua absolvição.
As acusações daquela ocasião fundamentaram seu impeachment.

Dilma foi impedida, escarrada, por notória incompetência e conluio com a corrupção.

Contra o presidente JAIR BOLSONARO,  o que existe em tais termos são SUSPEITAS de possíveis atos ilegais cometidos por seus filhos e que mesmo se provadas tais práticas não respingariam sobre o presidente - CPFs diferentes.]

Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - VEJA

 

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Diante da subversão - O Globo

Demétrio Magnoli

Há um projeto subversivo em curso, de ruptura da ordem democrática

Hienas, Chile, militares, AI-5. O Plano A de Jair Bolsonaro não é, como geralmente se imagina, a busca da reeleição em 2022. O núcleo bolsonarista o presidente, seus filhos e os assessores olavistas — querem “ver a história se repetir”, nas palavras do rebento 03. Que ninguém se engane: há um projeto subversivo em curso, de ruptura da ordem democrática.
“Conversei com o ministro da Defesa sobre a possibilidade de ter movimentos como tivemos no passado, parecidos com o que está acontecendo no Chile. A gente se prepara para usar o artigo 142 da Constituição Federal, que é pela manutenção da lei e da ordem, caso eles venham a ser convocados por um dos três Poderes.” O Chile não é um espectro, mas um pretexto. Bolsonaro desenha os contornos de um plano golpista cujo ponto de partida seria a reinterpretação subversiva do texto constitucional.
[Excelente artigo; 
Cabe algumas considerações: 
o plano de ruptura democrática existe, só que não é do presidente Bolsonaro, e sim, da esquerda - que desde 1917 tenta, repetiu em 35, 64 e sempre fracassou e fracassará em mais esta tentativa - se ousar, tentar executar.
NINGUÉM tenta um 'plano de ruptura democrática' com fundamento na Constituição Federal, assim o que o presidente Bolsonaro cogita é de,  se forçado pelos golpistas,  usar os recursos que o artigo 142 da CF fornece - recursos que também estão disponíveis aos chefes dos demais Poderes da República.

Quem promoveu modificações na forma de emprego das FF AA, via  artigo 142 da CF, foi o ex-presidente FHC, em 99, via Lei Complementar 97, inclusive estabelecendo que o emprego das FF AA a pedido dos Poderes Judiciário e Legislativo deverá ser apresentado ao presidente da República, que decidirá em consonância com diretrizes estabelecidas pelo Chefe do Poder Executivo.]

A liberdade de manifestação pacífica é um dos pilares constitucionais da ordem democrática. O artigo 142 não constitui licença para derrubá-lo. Na hipótese de eclosões de violência em manifestações públicas, a lei permite o recurso à polícia, não aos soldados. Nos meses quentes que antecederam o impeachment, a extrema-direita evocava o artigo 142 para pregar uma “intervenção militar constitucional”. Hoje, o presidente atualiza aquele discurso, explicitando sua meta política.

No Chile, Sebastián Piñera convocou os militares para reprimir manifestantes, rompendo um tabu estabelecido no fim da ditadura de Augusto Pinochet. Tudo que conseguiu foi uma derrota humilhante. No fim, desculpou-se perante os cidadãos, suspendeu o toque de recolher, reformou seu governo e ofereceu um novo pacto social. Bolsonaro aposta no caos. De fato, está dizendo que, ao contrário de Piñera, provocaria um desenlace diferente: a história — de 1964, de 1973 — repetida.

Marco Aurélio Mello enxergou, no vídeo das hienas, uma “bobagem”, enquanto Celso de Mello preferiu rotulá-lo como um “atrevimento”. Na peça, porém, encontra-se a substância da “filosofia política” do Bruxo da Virgínia, o charlatão que orienta o núcleo bolsonarista. A narrativa de uma conspiração geral das “hienas” a ONU, o STF, a imprensa e os partidos, inclusive o PSL — contra o “leão” conduz à conclusão de que a vitória do Bem sobre o Mal exige a ruptura das regras do jogo. À luz das declarações sobre o Chile, não se deveria descartá-la como mera bravata destinada às redes sociais.

Merece exame a ensaiada coreografia da operação. Segundo a história oficial, um sujeito indeterminado postou o vídeo, que Bolsonaro removeu, desculpando-se com o STF. Na sequência, Carlos, o 02, atribuiu a postagem ao próprio presidente, enquanto Filipe Martins, o assessor internacional, reiterava seu conteúdo: “o establishment não gosta de se ver retratado, mas é o que ele é — um punhado de hienas”. Tradução: o “leão” expressava sua convicção profunda, alertando os seus para o perigo — mas, sitiado pelas “hienas”, foi obrigado a recuar. Moral da história: sem a ruptura, as “hienas” triunfarão.

O populismo nasce dentro da democracia, mas a envenena aos poucos, corroendo as instituições que a protegem, até instalar um “autoritarismo eletivo”. A dinâmica — tão clara na Rússia, na Turquia, na Hungria e na Venezuela — não se aplica ao bolsonaro-olavismo. Por aqui, a seita extremista que forma o núcleo do governo sonha com uma cisão radical: a “história repetida”.

“Ou o presidente age agora para fechar os partidos ligados ao Foro de São Paulo ou eles o derrubarão em seis meses”, tuitou o Bruxo da Virgínia, repetindo seu mantra sobre os “seis meses” derradeiros, que emerge semestralmente. Dias depois, o filhote 03 preconizou “um novo AI-5”. A célere erosão da popularidade do governo e as procrastinadas investigações sobre eventuais laços do clã presidencial com as milícias só reforçam o projeto golpista.
“Acho que vira a página”, sugeriu Hamilton Mourão. O vice simula não entender que essa “página” nunca vira. A subversão da democracia, a conclamação à anarquia militar, é o único e verdadeiro programa de governo de Bolsonaro.

 
Demetrio Magnoli, jornalista - Opinião - O Globo
 

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Se Bolsonaro cair, Mourão só assumirá mediante nova 'campanha da legalidade'? Sérgio Alves de Oliveira

Quem tiver alguma visão sobre a política de baixo nível que sempre foi praticada  no Brasil, certamente está acompanhando de perto as manobras e “peripéciasque estão sendo desenvolvidas no Congresso Nacional ,consorciado com o Supremo Tribunal Federal, com o objetivo de encontrarem algum meio de se “livrarem” do  Presidente Bolsonaro, seja por impeachment, seja  por  outra modalidade qualquer.  Não o fizeram até agora certamente porque estão “tremendo”, mesmo se “borrando” de medo,  que se porventura consumarem   a queda  Bolsonaro,quem [assumirá]  deveria   assumir seria   o Vice-Presidente, Hamilton Mourão, nos termos da Constituição.  
                                                      
E isso lhes provoca  “calafrios”, dos pés à cabeça, os “apavora”, principalmente   por certas manifestações do general  que foram tornadas  públicas antes mesmo dele ser escolhido candidato à Vice-Presidente, na chapa encabeçada por Jair Bolsonaro.  Numa retrospectiva histórica, esse tipo de  impasse político e jurídico já teria acontecido  após a eleição do Presidente   Jânio Quadros, e do  seu Vice-Presidente João Goulart, que assumiram em 31 de janeiro de 1961.

Mas por motivos que não ficaram bem claros até hoje, somados ao “destempero” da personalidade  Jânio Quadros, o mesmo acabou renunciando ao mandato presidencial após sete meses  da sua posse, ou seja, em 25.08.1961,muitos garantindo que na verdade ele pretendia que a sua renúncia não fosse aceita e que ele  voltaria com mais força, eliminando as “forças terríveis”, ou “ocultas” ,que o teriam atormentado desde a sua posse, como alegava. Mas Jânio  “quebrou a cara”. Ninguém se manifestou contra a sua renúncia, e ele teve que sair mesmo.

Aí começou o impasse. Os três  Ministros Militares (da Guerra, da Marinha e da Aeronáutica) não permitiram  a posse do Vice João Goulart, a quem acusavam de ser “comunista”. Mas a partir do Rio Grande do Sul , surgiu forte reação contra o impedimento da posse  de “Jango”, encabeçada pelo então Governador Leonel de Moura Brizola, do mesmo partido de “Jango”, o Partido Trabalhista Brasileiro-PTB.                                                                                     
Brizola “encampou” a Rádio Guaiba, e a partir dos porões do Palácio Piratini, em Porto Alegre, montou   a “Rede da Legalidade”, onde passou a se comunicar diretamente com o povo. Nesses mesmos porões, Brizola organizou uma espécie de  “resistência armada ao golpe”. Mas enquanto isso acontecia, a Base Aérea de Canoas, localizada nas “barbas” do Palácio Piratini, teria recebido ordens  de atacar o Palácio, o que só não teria acontecido  pelo fato  dos  sargentos e cabos da Aeronáutica terem boicotado a decolagem  das  aeronaves (pneus furados,vazios,etc.).

Mas a “Campanha da Legalidade” passou a ter uma adesão muito importante e decisiva. Naquela época se faziam generais realmente “machos”. Sensibilizado com a justeza do “Movimento da Legalidade”, e  certamente com o prévio  apoio dos seus subordinados no  então 3º Exército (RS,SC e PR), o seu Comandante, General  Machado Lopes, aderiu de corpo e alma à “Campanha  ou  Movimento da Legalidade”.

Mas antes que estourasse um conflito armado, e bem “rapidinho” (entre  24.08 e 7.O9.61), Brasilia deu  um “jeitinho” de acomodar a situação. Aprovaram o “parlamentarismo” (mais tarde retornou o presidencialismo), retirando parte do poder do Presidente da República, e concederam o “trono”, meio “aleijado”, para Jango, que tomou posse em 7.09.61,governando até 31 de março de 1964, quando foi deposto do Governo e instalado o “Regime  Militar ”, que perdurou até 1985.

O “pavor” sentido pelos adversários de Bolsonaro, no Congresso e no Supremo, para derrubá-lo, como desejam, certamente  reside   no fato da plena consciência  que eles têm que seria muito mais difícil “boicotar”” a  posse do Vice-Presidente Hamilton  Mourão, na hipótese de afastamento de Bolsonaro, do que “antes” foram as tentativas de impedir a posse do então Vice-Presidente João Goulart, em face da renúncia do então Presidente Janio Quadros,lá em 1961. [logo que se iniciou o governo do Presidente Bolsonara, o 'primeiro-ministro' Maia,secundado pelo presidente do Senado, Alcolumbre, tentaram impor o parlamentarismo branco.
Ainda tentam, mas, o ânimo arrefeceu.]
Sinceramente,eu não gostaria de estar no “pelo deles”  !!!

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Devotos do pau oco - José Nêumanne


Para adiar votação do segundo turno da reforma da Previdência, marcada para ontem, senadores de todas as siglas inventaram compromisso no Vaticano, a canonização de irmã Dulce no domingo 10. 

Os cínicos não votaram assunto de interesse popular e arribaram para Roma ao lado do procurador-geral da República, Augusto Aras, do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e do vice-presidente Hamilton Mourão, o único com delegação oficial de representante do presidente. Não corresponderam à humildade da canonizada, que certamente reprovaria a revoada.

Blog do José Nêumanne  

República dos corruptos aos pés da santa dos humildes


sábado, 28 de setembro de 2019

O drama silencioso de Marco Maciel - IstoÉ

Discreto e grande conciliador político, o ex-vice-presidente de FHC por dois mandatos convive com Doença de Alzheimer

Marcado pela discrição e por seu físico alto e magro, o político pernambucano Marco Maciel, de 79 anos, teve seus caprichos exemplares e foi um sagaz articulador nos tempos em que tinha poder. Enquanto não estava no posto de chefe de Estado durante as viagens do presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem foi vice por dois mandatos seguidos, preferia trabalhar em seu gabinete, no subsolo do Palácio do Planalto. Era uma forma figurada e literal de demonstrar que não queria fazer sombra para o chefe do Executivo. Se somados os dias alternados em que governou de fato naqueles oito anos de governo, ficou mais de um ano na Presidência. Fernando Henrique lhe dedicou espaço em seu “Diários da Presidência — 1995-1996”, lançado em 2015. Em suas 936 páginas, o ex-presidente cita seu vice 122 vezes. Considerado um coordenador político, recebia discretamente levas e levas de políticos em seu gabinete, aliviando o presidente de desgastes desnecessários.

Junto com Michel Temer, também de 79 anos, Marco Maciel é um dos ex-vice-presidentes brasileiros ainda vivos. Só que ao contrário do sucessor de Dilma, Maciel jamais rompeu com o titular do mandato, nem tentou ir além de suas atribuições. Visto como uma figura protocolar pelos detratores, seu verdadeiro papel foi de conciliador. Nesse ponto, pode ser considerado o vice ideal, algo raro na história republicana, principalmente após a redemocratização. Lembremos que Itamar rompeu com Collor, José Alencar foi peça decorativa de Lula e o atual de Jair Bolsonaro, Hamilton Mourão, já derrapou com as palavras algumas vezes. Maciel primava pela lealdade e jamais foi duro com o superior hierárquico acomodado na cadeira presidencial.

Volta da democracia
O destino, no entanto, está sendo duro com Maciel. Acometido pelo Doença de Alzheimer, há cinco anos ele está afastado do convívio público e vive sob os cuidados de uma equipe de saúde coordenada por sua esposa, Ana Maria, de 78 anos, com quem está casado desde 1967. Os problemas de saúde vem se complicando. Sua condição não era segredo, porém se antes ele pouco falava e tinha lapsos de memória, agora está praticamente mudo e sequer caminha, necessitando de amparo em todos os momentos. Sua esposa veio a público em 21 de setembro, dia mundial da conscientização sobre esta grave e incurável doença neurodegenerativa que acomete principalmente idosos, sem fazer distinção de classe social. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 1,2 milhão de brasileiros sofrem desse mal. “As pessoas têm preconceito com o Alzheimer. Acham que a pessoa começa a falar um monte de bobagem e se desliga do mundo. Com meu marido não foi assim. Ele continua sendo o mesmo homem educado com todos”, disse Ana Maria ao jornal Correio Braziliense.

Após deixar seu cargo mais importante, Maciel seguiu na política até 2011, quando terminou o mandato de senador pelo DEM. Com 20 anos no Senado em dois períodos, sua derrota na última tentativa de reeleição foi como um prenúncio da doença. O que parecia uma depressão foi se agravando. O diagnóstico correto de nada adiantou, mas preparou a família. Até 2014, a doença pouco o afetava, mas Ana Maria conta que o marido não conseguia acompanhar conversas e não lembrava de fatos históricos. “Ele percebia o esquecimento e ficava constrangido. No fim de 2014, não quis mais sair [de casa], só para consultas e coisas corriqueiras”, conta a esposa. Como os cuidados especiais exigem o trabalho de uma equipe, o casal mudou do apartamento que possui em Brasília para uma casa alugada onde pudesse acomodar os cuidadores.

Diplomático, o maior feito de Maciel é praticamente desconhecido. A ele é creditada a capacidade de conter o explosivo senador Antônio Carlos Magalhães (PFL/DEM-BA), que presidiu a casa de 1997 a 2001. Ele também ajudou a dissipar o escândalo da pasta Rosa, que denunciava o financiamento ilegal de campanhas de aliados do governo. Seus críticos diziam que ele jamais se expunha. Durante os governos Sarney e Collor, o deputado Ulysses Guimarães (PMDB) afirmava que o senador Maciel era capaz de falar por horas sobre os assuntos mais complexos sem proferir nenhuma opinião ou se posicionar, mesmo sendo presidente do PFL. 

Não era de todo verdade. Egresso do movimento estudantil no início dos anos 60, entrou na Arena, partido de sustentação da ditadura militar, sendo eleito deputado estadual e federal. No ocaso dos militares, defendeu abertamente a volta da democracia e chegou a ser cogitado como alternativa civil à presidência do general João Figueiredo (1979-1985). Depois, Maciel rompeu com o PDS, sucessor da Arena, ajudando a criar o PFL, que se alinhou com Tancredo Neves contra Paulo Maluf na eleição indireta para suceder Figueiredo. Nessa época, era presidente da Câmara. Foi conservador, claro, mas nem de longe era omisso ou um mero cortesão político. É uma triste ironia que um mestre do diálogo esteja enclausurado no labirinto de sua mente deteriorada justo nesses tempos de tamanho embate político.

IstoÉ - Edição 2596

 

terça-feira, 10 de setembro de 2019

País não pode achar naturais mensagens antidemocráticas da família presidencial - Míriam Leitão

O Globo

O filho do presidente da República avisa que “por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos... e se isso acontecer.” Carlos Bolsonaro passou o recado para a militância bolsonarista. A conclusão é óbvia. Não podemos achar natural que o filho do presidente dê um aviso desses.

Carlos é um especialista em mídia social, reconhecido assim pelas pessoas próximas ao seu grupo político. “Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!” Ele sabe a repercussão sobre o que escreve, não agiu por impulso. Até porque não foi um ato isolado. Ainda ontem, seu irmão Eduardo foi armado visitar o pai no hospital. Uma pessoa não pode entrar com armas naquele ambiente. Mas ele entrou. O deputado já havia sugerido que para fechar o STF bastaria um soldado e um cabo. Quem respeita as instituições se horroriza.

As falas autoritárias são frequentes na família porque Jair Bolsonaro passou a vida inteira defendendo ditaduras militares, a daqui ou as de outros países da região. Ele não mudou de ideia até hoje. O livro de cabeceira dele foi escrito por um torturador, Carlos Alberto Brilhante Ustra, que tem 46 mortes no currículo dentro do Doi-Codi paulista, e é o herói inclusive do vice-presidente. Hamilton Mourão também já comentou o autogolpe como uma possibilidade de governo.

A soma dos sinais mostra claramente que não se pode ser ingênuo. Eles têm mostrado uma coerência. Defendem medidas autoritárias e antidemocráticas para fazer prevalecer seus pontos de vistas.  O Brasil tem instituições fortes e uma população com convicções democráticas. Mas é preciso manter a vigilância. Carlos não falou sem pensar. Ele usou o Twitter para passar mais um recado. As mensagens são sucessivas, e apontam a preferência para soluções antidemocráticas. É um risco que o Brasil não quer correr.

Miriam Leitão, jornalista - O Globo

Governo tem ‘festa militar’ na ausência de Bolsonaro em Brasília - Veja

Homenagem do comando do Exército para o general e porta-voz Rêgo Barros terá presença de Mourão, o general e presidente em exercício



Com Jair Bolsonaro no estaleiro em São Paulo, o comandante do Exército Edson Pujol vai realizar nesta quarta-feira uma homenagem para o porta-voz Otávio Rêgo Barros, general que vai para a reserva depois de quase 40 anos de caserna.
A cerimônia, marcada para 10h30 desta quarta, será também uma rara oportunidade de confraternização da ala militar do governo. Afinal, o presidente da República amanhã ainda será Hamilton Mourão.

Veja

domingo, 12 de maio de 2019

Ala militar do governo adota tática para se contrapor ao barulho de olavistas [olavetes]

Núcleo ligado às Forças decide ignorar ataques de escritor e mostrar resultados concretos

Após as críticas do escritor Olavo de Carvalho terem chegado ao ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas, considerado um decano entre os militares, o núcleo fardado do Poder Executivo adotou nova estratégia.  Na tentativa de enfraquecer a influência do ideólogo de direita sobre Jair Bolsonaro, a ala pretende reforçar a contraposição entre os grupos militar e ideológico, ressaltando ao presidente que o primeiro oferece resultados concretos, enquanto o segundo só gerou barulho e sucessivas crises políticas.

Para evitar que o escritor ganhe a atenção dos veículos de imprensa, a ordem a partir de agora é ignorá-lo. A avaliação dos generais do governo é de que já deram a resposta que tinham que dar a Olavo, por meio das manifestações públicas de Villas Bôas, que o chamou de “Trótski de direita” e de “pivô de todas as crises”.   O núcleo militar conta com respaldo de boa parte da classe política, assustada com o bate-cabeça e a falta de ação concreta dos ideológicos.  Além disso, os sucessivos ataques de bolsonaristas aos políticos do centrão no Congresso faz com que eles pendam para o lado dos militares.

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo e um dos alvos de Olavo, passou a receber nos últimos dias uma série de vídeos com discursos feitos por políticos em defesa dele e dos militares do governo.  Outra manifestação de apoio foi feita por governadores durante reunião com Bolsonaro no Palácio do Planalto na última quinta-feira (9).  Os militares ficam incomodados com os sinais trocados dados pelo presidente sobre o conflito entre os dois grupos. Enquanto em declarações públicas e feitas por meio do porta-voz o tom é de “virar a página”, nas redes sociais, as contas oficiais de Bolsonaro defendem Olavo.

Os aliados veem nessa duplicidade de postura uma clara ação do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), um dos filhos do presidente e que é um dos responsáveis por fazer suas postagens na internet.  O núcleo militar já se conformou que Bolsonaro não romperá com o escritor ou enquadrará os seus filhos, seguidores de Olavo. O esforço agora é tentar neutralizar o ideólogo, convencendo o presidente de que ele tem criado crises sem sentido que prejudicam a recuperação econômica do país.  A avaliação, por exemplo, foi feita a Bolsonaro em almoço com os comandos militares, na última terça-feira (7).

Em conversas reservadas, generais demonstraram a ele insatisfação e afirmaram que Olavo não tem contribuído com a pacificação nacional.  Os militares do governo também têm argumentado que acabaram se tornando fiadores da gestão atual e que uma eventual saída deles poderia desestabilizar o mandato do presidente.  As críticas do escritor começaram logo no início do governo e se dirigiram inicialmente ao vice-presidente, Hamilton Mourão. Olavo reclama da atenção dada pelo general à imprensa, a quem sempre se refere de forma pejorativa.  O segundo alvo dos ataques foi Santos Cruz, por estar sob o seu comando a Secretaria de Comunicação Especial.
A ala olavista defende que o Palácio do Planalto mantenha o mesmo tom hostil adotado com a imprensa durante a campanha eleitoral e direcione verbas publicitárias apenas para “veículos amigos”.

Já os militares defendem uma relação cortês com jornalistas e veem nesse embate um desgaste desnecessário para o governo, que precisa transmitir para a população propostas e projetos para garantir o apoio à gestão.  Na visão dos militares, as ofensas dos olavistas começaram em tom pessoal e direcionado, mas ultrapassaram os limites atingindo a instituição das Forças ArmadasCom o silêncio de Bolsonaro, o núcleo militar resolveu dar uma resposta aos ideólogos. Segundo relatos feitos à Folha, ela foi costurada a várias mãos, com o consentimento, por exemplo, dos ministros e generais do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, e da Defesa, Fernando Azevedo.

O escolhido para formular e assinar o texto foi Villas Bôas, que comandou o Exército até janeiro e é considerado um líder das Forças Armadas, além de contar com admiração fora das unidades militares. A aposta era de que, por conta da credibilidade do general, o escritor fosse criticado pela opinião pública caso fizesse provocações contra ele. Para que a iniciativa não fosse brecada, o presidente não foi informado. Segundo assessores palacianos, ele ficou sabendo da resposta apenas após a sua publicação nas redes sociais.

MATÉRIA COMPLETA, na Folha de S. Paulo