Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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sábado, 16 de maio de 2015
Como a Petrobras quase produziu o barril de petróleo mais caro do mundo
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terça-feira, 3 de março de 2015
Só a Dilma pode tirar o povo da rua no próximo dia 15, com um único ato: RENUNCIANDO - Mas falta dignidade à soberana para PEDIR PARA SAIR
O 15 de Março – O Planalto conta com Janot para tirar o povo da rua
Emissários
do governo Dilma decidiram ter um mínimo de juízo, coisa que o PT e a
CUT, como entes, definitivamente, parecem não ter. A central sindical
marcou para o dia 13 atos em defesa da Petrobras. Defesa contra quem? Só
se for contra os petistas e os cutistas, não é mesmo? É uma piada. Lula
já estrelou aquela patuscada no Rio, e todos viram no que deu a coisa:
os tontons macoutes do petismo distribuíram porradas em meia dúzia que
protestavam contra a roubalheira e só contribuíram para acirrar ainda
mais os ânimos.
Pois bem: o
Planalto quer que a CUT desista do ato por alguns bons motivos. Em
primeiro lugar, acha que será um fiasco, já que nem os esquerdistas
andam com muito ânimo para “defender a Petrobras”. Mas a razão principal
é outra: eventual manifestação do dia 13 acabaria pondo lenha da
fogueira e servindo, na verdade, como um estímulo para o ato em favor do
impeachment da presidente, que está marcado para o dia 15 em várias
cidades do país.
É
crescente a preocupação do governo com essa manifestação. A situação
política se deteriorou de tal maneira que o Palácio teme uma
manifestação gigante, para a qual não haveria resposta. Se vai mesmo
acontecer, ninguém sabe. Em 2013, os brasileiros expressaram um
sentimento difuso de mudanças. A presidente pôde então enrolar a turma
com a patranha das reformas. Em 2014, os protestos tinham como alvo os
gastos da Copa. Neste 2015, vai-se pedir é o impeachment da presidente.
Nesse caso, ela própria não teria muito a dizer.
Alguns
palacianos estão apostando todas as suas fichas na “Lista de Janot”.
Avaliam que, se ela estiver recheada com alguns nomes da oposição, a
pressão sobre o governo diminui, e o ânimo anti-Dilma arrefece. O Planalto, em suma, conta com Janot para tirar o povo da rua.
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Lava Jato: Associações e Ministério Publico junto ao TCU querem impedir acordos de leniência na CGU
“Em
defesa da Operação Lava Jato”, três entidades apresentaram ao Ministério
Público de Contas preocupações em relação a possíveis acordos de leniência
celebrados, neste momento, pela Controladora Geral da União (CGU) com as
empresas investigadas. O procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério
Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União, acatou a argumentação e
encaminhou ontem (20) representação ao presidente da Corte, ministro Aroldo
Cedraz.
Os
questionamentos que ocasionaram a representação do procurador foram
manifestados pela Associação Contas Abertas, a Associação Nacional dos
Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil e a Associação
da Auditoria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União. O objetivo é
impedir qualquer homologação de acordos que venham ser celebrados entre o Poder
Executivo da União e as pessoas jurídicas de direito privado envolvidas na Lava
Jato.
Entre os
argumentos da representação, o procurador destacou que os acordos ferem “a
divisão harmônica dos poderes e competência entre os diversos órgãos da
República que estando uma operação em curso, conduzida pelo Ministério Público
Federal com suporte da Polícia Federal, com amplas repercussões cíveis e
penais, possa um órgão do Poder Executivo, com esfera de atuação muito mais
limitada, atravessar a operação para celebrar acordos de leniência que tenham
por substrato fático o mesmo conjunto de fatos já investigados pelo Ministério
Público Federal”,explica.
Dessa
forma, para Oliveira, a possibilidade da celebração de acordos de leniência
pela CGU no âmbito da Operação Lava Jato só faz sentido para aquelas pessoas
jurídicas que já fizeram acordos desse tipo com o próprio Ministério Público
Federal, o que traria para o colaborador que efetivamente trouxe ganhos para
investigação benefícios correspondentes e merecidos na esfera administrativa.
“Já o contrário não faz sentido”, afirma.
Para o
procurador, admitir uma ampla possibilidade de acordos de leniência celebrados
pela Controladoria com empresas envolvidas nas operações em curso no MPF
acarreta tanto insegurança jurídica para as entidades, quanto problemas em
relação ao avanço e sucesso das investigações.
Tendo em
vista os argumentos, Oliveira pediu que o Tribunal de Contas da União determine
à CGU que se abstenha de celebrar quaisquer acordo de leniência com o
Ministério Público Federal. “De modo a evitar que se celebrem acordos que
possam atrapalhar o curso das investigações dessa importante operação e que se
premiem as empresas que deram contribuição efetiva para o desmantelamento da
organização criminosa acusada de saquear os cofres da maior empresa do Brasil”,
aponta.
Os acordos
de leniência impedem que a empresas sejam consideradas inidôneas, ou seja, que
as empresas fiquem proibidas de contratar com a Administração Pública ou
participar de licitações por pelo menos dois anos. O prazo pode ser estendido
enquanto perdurarem os motivos que levaram à punição ou até que a empresa
promova o ressarcimento dos prejuízos provocados
De acordo
com o jornal O Globo, a CGU tentou fazer um acordo com a força-tarefa do
Ministério Público Federal encarregada da Operação Lava-Jato. A intenção era
limitar punições às empreiteiras envolvidas em fraudes na Petrobras e evitar
que fossem declaradas inidôneas e, consequentemente. A proposta foi rejeitada
pela força-tarefa. O acordo foi encarado pelos investigadores como uma
tentativa do governo de salvar empresas que estão à frente de grandes obras
públicas no país.
Confira aqui a representação
do procurador Júlio Marcelo de Oliveira
Confira aqui a representação
das associações
MPF cobra
empresas da Lava Jato
O MPF
ajuizou ontem (20) cinco ações de improbidade contra empresas e executivos
investigados pela Operação Lava Jato. Ao todo, o órgão cobra R$ 4,47 bilhões
por desvios de recursos da Petrobras. O montante envolve ressarcimento ao
erário, indenização por danos morais coletivos e multa civil. São alvo das
ações a Camargo Corrêa, Sanko-Sider, Mendes Júnior, OAS, Galvão Engenharia, e
Engevix.
Do total
cobrado nas cinco ações, a maior parte corresponde a indenizações por danos
morais coletivos – R$ 3,19 bilhões. Outros R$ 959 milhões dizem respeito a
multas civis, enquanto R$ 319 milhões correspondem a ressarcimento ao erário
por desvios de recursos da estatal. Segundo o
MPF, as ações de improbidade, ao contrário das ações penais que já tramitam na
esfera criminal contra os acusados, permitem que as empresas também possam ser
punidas por eventuais irregularidades. Se aceitas pela Justiça, as ações de
improbidade devem tramitar na esfera cível.
O órgão
pede ainda a proibição de contratar com o poder público e de receber benefícios
ou incentivos fiscais ou de crédito. Ficam sujeitas às sanções, ainda, empresas
ligadas ao mesmo grupo econômico eventualmente condenado. Conforme
o MPF, as ações detalham a participação dos envolvidos no pagamento de propina
para funcionários da Petrobras. Os valores variavam entre 1% e 3% do total de
contratos bilionários obtidos através de licitações fraudadas. Ainda conforme o
MPF, o esquema perdurou entre os anos de 2004 e 2012, com pagamentos se
estendendo até o ano de 2014.
Fonte: Contas Abertas
PETROLÃO - PT - Dono da UTC quer contar tudo e governo tenta impedir
Revelações estarrecedoras - que se feche o PT
Ricardo Pessoa, da UTC, está prestes a falar – e fechar o elo da cadeia criminosa do petrolão
Petrolão: dono da UTC quer contar tudo – e governo faz tudo para demovê-lo
Preso em Curitiba, Ricardo Pessoa quer falar: esquema começou em 2003, operado por Delúbio; bancou despesas de Dirceu; carreou R$ 30 mi para o PT só em 2014; e Cardozo tenta mesmo evitar sua delação premiada
Que se feche o PT: revelações de empreiteiro demolem Lula, Dilma, Dirceu, Cardozo, Wagner, Delúbio, Gabrielli…
O engenheiro baiano Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC e coordenador do cartel de empreiteiras no esquema de corrupção da Petrobras, fez chegar à VEJA um resumo do que está pronto a revelar à Justiça caso seu pedido de delação premiada seja aceito:1) O esquema organizado de cobrança de propina na Petrobras foi montado em 2003, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, então amigo do empreiteiro. O operador era o tesoureiro do PT Delúbio Soares, réu do mensalão.
2) A UTC financiou clandestinamente as campanhas do hoje ministro da Defesa, Jaques Wagner, ao governo da Bahia em 2006 e 2010. A campanha de Rui Costa, em 2014, também foi financiada com dinheiro desviado da Petrobras.
3) A empreiteira ajudou o ex-ministro e mensaleiro petista José Dirceu a pagar despesas pessoais a partir de simulação de contratos de consultoria. Dirceu recebeu 2,3 milhões de reais da UTC somente porque o PT mandou.
4) O presidente petista da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, sempre soube de tudo.
5) Em 2014, a campanha de Dilma Rousseff e o PT receberam da empreiteira 30 milhões de reais desviados da Petrobras.
Ricardo Pessoa pode demonstrar que esse dinheiro saiu ilegalmente da estatal, através de contratos superfaturados, e testemunhar que o partido conhecia a origem ilícita.
Também pode contar que o esquema de propinas foi montado pelo PT com o objetivo declarado de financiar suas campanhas eleitorais. O presidente do BNDES (mantido no cargo), Luciano Coutinho, avisou Pessoa que o tesoureiro de Dilma, Edinho Silva, o procuraria para pedir dinheiro, conforme VEJA revelou três semanas atrás. Pessoa confirma que deu mais 3,5 milhões de reais à campanha presidencial petista após ser procurado por Edinho e a revista acrescenta agora que a conversa entre eles teve duas testemunhas.
6) O suposto ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ciente de que Pessoa estava prestes a denunciar Lula, Dilma e Dirceu, procurou os advogados do empreiteiro, e o acordo de delação premiada que ele negociava com os procuradores da Operação Lava Jato foi suspenso.
Ao contrário do que pregam OAB, Kennedy Alencar, Ricardo Noblat e o próprio ministro, as reuniões secretas não partiram dos advogados, mas sim de Cardozo, disposto a cometer qualquer tipo de abuso para obstruir o inquérito.
Em suma: se Ricardo Pessoa, em vez de ceder à pressão petista, denunciar à Lava Jato toda essa máfia infiltrada na máquina pública, e se os investigadores conseguirem demonstrar item por item, então o impeachment de Dilma na base legal do artigo 85, inciso 5, ou a cassação de seu mandato na da lei federal nº 9.504 são muito pouco para o bem do Brasil: o PT tem de ser extinto e os mandantes do esquema têm de apodrecer atrás das grades.
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
A lição de Valério
Vamos começar guardando as proporções de praxe.
Inclusive porque as atuais, do esquema
de corrupção montado na Petrobrás, se mostram muito mais profundas e graves se
comparadas ao
sistema de alimentação financeira de partidos aliados ao governo do PT mediante
desvio de recursos públicos.
Mas há fatos, nomes e atos surgindo no cenário que
tornam inevitável a sensação de que estamos
próximos de assistir a uma reprise ampliada do que foi o escândalo do mensalão.
Sentimento, aliás, compartilhado por ex-ministro do Supremo Tribunal
Federal que participou daquele julgamento e, se na época já desconfiava que o
caso seria um marco no procedimento da Justiça em relação a figuras de destaque
na vida pública, hoje está absolutamente convicto disso. "Sem o mensalão não haveria
petrolão", diz.
Em miúdos: o desfecho do julgamento, as
condenações foram essenciais para que se rompesse a cultura de que gente
importante fica sempre impune e que, portanto, o pacto de silêncio entre
corruptos e corruptores é a melhor saída. O STF mostrou que as coisas podem ser
diferentes. Foi um paradigma e não apenas um ponto fora da curva. É o que ficou
demonstrado com a decisão do ex-diretor da Petrobrás Paulo
Roberto Costa de fazer acordo de delação premiada, seguido do doleiro Alberto Youssef, de outros participantes do
esquema e mais recentemente exposto na linha de defesa
do empresário Gérson de Mello Almada, da empreiteira Engevix, cuja tese
é endossada pelo advogado de Youssef.
E qual é o argumento? Que os contratos superfaturados da Petrobrás foram usados pelo governo federal
para sustentar campanhas eleitorais e comprar apoio de
parlamentares no Congresso. Acusação fortíssima, mas que precisa ser
provada, evidentemente. O inédito é que uma afirmação dessa gravidade seja
feita. Até antes da ocorrência do mensalão, o silêncio era a lei. O prudente
calava. Marcos Valério, operador do esquema, calou. Foi
condenado a 40 anos de prisão, a maior pena de todos. Ele e a
ex-banqueira Kátia Rabelo continuam presos enquanto todos os políticos
condenados estão em casa.
Restam em regime semiaberto apenas os ex-deputados
João Paulo Cunha e Roberto Jefferson. Conta o ex-ministro do Supremo que
durante o julgamento em conversas reservadas os integrantes do tribunal estranhavam o fato de Valério não ter escolhido
fazer delação premiada. Concluíram que ele confiava na "palavra de alguém" de que não haveria rigor no desfecho
do processo. Quando o publicitário
deu-se conta do engano, por volta do mês de setembro de 2012, quis fazer um acordo, mas era tarde.
O colegiado chegou a discutir a questão. Naquela altura, porém, o processo estava estruturado e as penas definidas. Na
dúvida se Marcos Valério teria mesmo algo a acrescentar ou se pretendia apenas
tumultuar o processo, o STF decidiu recusar. Se quisesse prestar depoimento que
o fizesse ao Ministério Público em outro procedimento. Se o
publicitário tivesse feito a delação ou se dispusesse a colaborar na hora certa,
a história
poderia ser outra. Haveria, talvez, mais envolvidos a serem
investigados, conforme ele chegou a prometer.
Valério provavelmente não teria a pena mais grave
de todas, mas perdeu o "timing",
não se beneficiou e isso serviu de
exemplo para os que hoje, precavidos, preferem falar enquanto é tempo. O
que não significa necessariamente que estejam falando a verdade. Há, no
entanto, uma mudança de comportamento: antes
protegiam os políticos acreditando que teriam deles proteção. Agora jogam os
políticos no fogo, procurando se colocar como as peças mais frágeis de
uma engrenagem movida pelo poder central. A conferir se a Justiça acreditará na
existência de querubins nesse mundo de negócios escusos.
Por: Dora Kramer, colunista do Estadão
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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
Um desastre de Lula/Dilma = a exploração do pré-sal já era. Cada barril retirado aumenta o prejuízo
Não ouviram o sábio ensinamento do xeque Yamani, inventor da Opep: a Idade da Pedra não terminou por falta de pedra
O preço do petróleo tem ciclos e pelo menos parte da história funciona assim. O mundo entra em um período de crescimento — e aí falta o combustível, cuja produção estava ajustada à demanda anterior, de baixa expansão econômica. Sobe o preço do petróleo e isso viabiliza mais investimentos na exploração e produção de óleo, especialmente quando se supõe que o crescimento global é duradouro.E as pessoas têm uma tendência irresistível de achar que agora vai, e vai por muito tempo. Daí, podem acontecer duas coisas: o ciclo de expansão é longo ou curto. Neste último caso, o preço do petróleo cai e volta logo ao patamar anterior, pois a oferta fica maior que a demanda, diminuída com a redução do crescimento do PIB mundial. Procurar, explorar e produzir petróleo novo não é atividade trivial. Requer muita tecnologia e investimentos pesados. Se o ciclo de expansão global for muito curto, às vezes nem dá tempo de se iniciar a busca. Investimentos são paralisados ainda na fase de planejamento.
Mas se o período de crescimento for longo o suficiente, os novos investimentos vão a campo, viabilizados pela contínua alta da demanda. Foi o que aconteceu nos anos 90 e no início deste século 21, até a grande crise de 2008/09. O consumo mundial de óleo subiu o tempo todo e chegou aos 93 milhões de barris/dia. Preços foram para a lua e viabilizaram mesmo a produção do petróleo caro — e caro, nesta história, é sempre em relação à mixaria que se gasta na Arábia Saudita para tirar um barril de óleo bom: menos de US$ 5. Para comparar: nosso petróleo mais barato, o da Bacia de Campos, sai por algo como US$ 15 o barril.
Já o óleo novo, do pré-sal, varia de US$ 30 a US$ 70. No seu programa de investimentos até 2018, a Petrobras fez todas as contas considerando o barril a US$ 100 na média do período. Pois o preço está abaixo dos US$ 60. Ficando assim, inviabiliza alguns campos e reduz as margens de lucro de todos os outros. Quer dizer, o investimento fica proporcionalmente mais caro.
Quando se olha para a economia mundial, o que se vê hoje? Entre os desenvolvidos, só os EUA vão bem. A recuperação ainda é moderada, diz o Federal Reserve, Fed, o banco central deles. Mas é muito melhor do que ocorre no Japão e na Europa, onde só a Inglaterra tem dados animadores. A China, motor emergente, está em clara desaceleração. Em consequência, o resto do mundo necessariamente cresce menos. E não dá alimento para novas altas do petróleo.
Para alguns economistas, o capitalismo já era, de modo que, no máximo, teremos ciclos muito curtos de crescimento modesto. O que vem depois? Não dizem. Não sabem. Mas se aceitarmos que o capitalismo é o melhor sistema que a humanidade conseguiu criar, a melhor ideia disponível, então certamente teremos novos longos ciclos de crescimento.
Portanto, para os países que têm boas reservas de petróleo, é só ter calma, moderar os investimentos atuais (fatal), mas ficar preparado para um novo ciclo de crescimento global. Certo? Mais ou menos. É verdade que o óleo negro é a mais eficiente fonte de energia jamais descoberta.
Mas é poluente. Isso não era importante quando se iniciou a era do petróleo, mas agora, obviamente, é. Além disso, acontece que boa parte da humanidade, a maior parte, está farta dessa dependência do petróleo. Primeiro, porque dá excessivo poder político aos donos do óleo. Segundo, porque transfere muita riqueza a esses donos. Depois, porque picos e vales dos preços desarrumam a economia global, ora gerando inflação, ora deflação.
Resultado, está todo mundo procurando e desenvolvendo outras fontes de energia que, a cada dia, tornam-se mais viáveis, econômica e tecnicamente. Aqui cabem desde as novas formas de se obter óleo e gás, como a extração do xisto, até as outras fontes, etanol, palha de cana, vento, sol, e um mundo de alternativas nas quais trabalham centros de tecnologia pelo mundo afora. Tudo considerado, fica evidente que o Brasil, nos governos Lula e Dilma, perdeu uma imensa oportunidade. Cinco anos sem leilão para a exploração de novas áreas, enquanto se discutia e se tentava aprovar a nova forma de dividir o dinheiro do óleo, deixaram um enorme prejuízo. Perdeu-se um momento de preço alto, que certamente atrairia investimentos, nacionais e estrangeiros, ávidos pelos novos campos.
Quando se juntam a cobiça e a miopia política, histórica e econômica, o resultado só pode ser um imenso desastre. Lula e Dilma anunciaram a autossuficiência em petróleo e a devolução da Petrobras ao povo brasileiro, para terminar importando combustível caro e jogando a Petrobras no mar da corrupção e do atraso. Sem contar a quase destruição do etanol. Pode haver desastre maior que esse?
Não ouviram o sábio ensinamento do xeque Yamani, inventor da Opep: a Idade da Pedra não terminou por falta de pedra.
Fonte: Carlos Alberto Sardenberg - jornalista, O Globo
domingo, 7 de dezembro de 2014
Procurador-Geral da República desmente tentativa de abafar Operação Lava-Jato
Janot diz que não permitirá que desacreditem investigações da Operação Lava-Jato
Revista o acusou de propor um acordo com empreiteiras investigadas
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, saiu em
defesa das investigações da Operação Lava-Jato, que revelou a existência
de uma organização criminosa responsável por desvios bilionários na
Petrobras. Em nota divulgada neste sábado, Janot informou que “não
permitirá que prosperem tentativas de desacreditar as investigações e os
membros desta instituição”.
Janot não especificou que tentativas de desacreditar as investigações foram essas, mas diz que soltou a nota “em função das recentes notícias veiculadas na imprensa”. Segundo ele, a investigação é “técnica, independente e minuciosa”. Em sua última edição, a revista “Istoé” trouxe matéria dizendo que Janot se reuniu com empreiteiras e propôs plano para impedir que Planalto seja investigado no escândalo. Segundo a revista, as empreiteiras também admitiriam alguns crimes, e em troca poderia, continuar disputando obras públicas e seus executivos cumpririam pena em regime domiciliar. À revista, Janot negou que tenha proposto o acordo. Na nota, ele não faz referência à matéria da revista.
No comunicado, o procurador ressaltou também a dimensão da “rede criminosa”. Segundo ele, a Operação Lava-Jato envolve pelo menos nove crimes: improbidade administrativa, corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude à licitação, formação de cartel e associação criminosa.
Na maior parte da nota, Janot faz um resumo da operação, que “apura a existência de um grande esquema criminoso instalado no país”. Lembra que, diante do tamanho do esquema, e da prioridade do MPF ao combate à corrupção, foi constituída uma força-tarefa composta por procuradores da República “qualificados e experientes em investigações de alta complexidade, garantindo-lhe todas as condições necessárias para o seu funcionamento”. A nota informa também que a investigação já revelou graves irregularidades envolvendo a Petrobras, empreiteiras e outros agentes. Entre os crimes investigados, diz Janot, estão corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude à licitação, formação de cartel, associação criminosa, além de atos de improbidade administrativa.
Veja a íntegra:
“Em função das recentes notícias veiculadas na imprensa, o procurador-geral da República esclarece:
1. No caso conhecido como Lava-Jato, o Ministério Público Federal apura a existência de um grande esquema criminoso instalado no País, envolvendo crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude à licitação, formação de cartel, associação criminosa, além de atos de improbidade administrativa.
2. Ante a dimensão da rede criminosa investigada, o montante dos valores envolvidos e considerando a prioridade dada pelo Ministério Público Federal ao combate à corrupção, em abril de 2014, o procurador-geral da República constituiu uma Força-Tarefa composta por procuradores da República qualificados e experientes em investigações de alta complexidade, garantindo-lhe todas as condições necessárias para o seu funcionamento. A investigação vem sendo realizada em conjunto com o gabinete do procurador-geral da República, que tem a atribuição de processar as autoridades com foro no Supremo Tribunal Federal.
3. Em respeito à função institucional de defender a sociedade e combater o crime e a corrupção, o Ministério Público Federal cumprirá seu dever constitucional e conduzirá a apuração nos termos da lei, com o rigor necessário. O procurador-geral da República não permitirá que prosperem tentativas de desacreditar as investigações e os membros desta instituição.
4. Até o momento, a investigação revelou a ocorrência de graves ilícitos envolvendo a Petrobrás, empreiteiras e outros agentes que concorreram para os delitos, o que já possibilitou ao Ministério Público Federal adotar as primeiras medidas judiciais. A utilização do instrumento da colaboração premiada tem permitido conferir agilidade e eficiência à
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