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segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Prêmio Cuscuz Clã de jornalismo - Gazeta do Povo

Vozes - Guilherme Fiuza

Foto: Wikimedia Commons

Com o surgimento da teoria de que o 7 de setembro faz parte de um movimento supremacista branco, foi criado o Prêmio Cuscuz Clã de Jornalismo Investigativo. A seguir, listamos as manchetes das reportagens que concorrem à mais alta láurea do ofício de informar com isenção:

1. A cor branca do cuscuz seria uma referência à superioridade da raça ariana daí o surgimento da seita Cuscuz Clã;

2. Mussolini teria tido a ideia do fascismo na orla de Copacabana;

3. Hitler teria planejado os campos de concentração depois de ver a concentração na Avenida Paulista;

4. O líder máximo do nazismo teria comemorado a invasão da Polônia com uma motociata em Varsóvia;

5. O comportamento pacífico da multidão no 7 de setembro seria um disfarce para que os democratas não desconfiem do golpe;

6. Dois carrinhos de bebê empurrados por duas vovós de verde e amarelo deverão configurar formação de quadrilha, determina projeto de lei do Randolfe;

7. O lema “Independência ou Progresso”, inscrito na bandeira nacional, seria um truque positivista para disfarçar os negacionistas;

8. Getúlio Vargas teria sido ameaçado pelo gabinete do ódio momentos antes do suicídio;

9. Gengis Khan iniciou sua série de atrocidades após o trauma de assistir à onda de ódio na Avenida Atlântica;

10. De acordo com a CIA, o assassino do presidente Kennedy seria eleitor de Bolsonaro;

Veja Também:

    Quando a anestesia passar

    Festa no Tribunal Imperial 

    Doce paredão

 
11. O homem que matou John Lennon teria gritado “mito” antes de atirar;

12. A garrafa de água mineral que chegou ao comprador depois de sua nota de cinco reais passar por diversas mãos na multidão em Copacabana não seria água mineral, e sim um coquetel molotov;

13. O maníaco do parque obrigaria suas vítimas a gritar “Brasil acima de tudo”;

14. A ordem para o extermínio de girafas na Amazônia teria partido de dentro do Palácio do Planalto;

15. O governo brasileiro tem 48 horas para explicar o derretimento das calotas do Ártico;

16. A multidão na Esplanada dos Ministérios seria um truque de Photoshop, diz leitor;

17. A multidão na Esplanada dos Ministérios seria real e provaria a ascensão do fascismo no Brasil, diz outro leitor;

18. O despeito, a falta do que fazer e o espírito de porco estariam por trás da atual Era de Ouro do jornalismo, dizem especialistas;

19. Mentir e inventar é só começar, já dizia Gutenberg;

20. Hitler e Mussolini teriam sido vistos completamente bêbados no Baixo Leblon comemorando o sucesso do 7 de setembro.

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

sábado, 22 de janeiro de 2022

Vacina obrigatória é violação que nem regime fascista pensou em adotar - Jovem Pan

Vacina contra a Covid deveria ser uma opção livre, mas se transformou numa questão puramente política; guerra declarada de Bolsonaro é incompreensível

De todas as violências feitas por governos, organizações privadas e outras aglomerações sociais contra a liberdade, talvez nenhuma se iguale em matéria de sordidez à militância pró-vacina obrigatória.  
É fascismo em seu estado mais puro – na verdade, é alguma coisa pior, pois nem o regime fascista mais alucinado jamais pensou em obrigar as pessoas, incluindo crianças de três anos, a se vacinarem contra o que quer que seja. É falsa ciência, no sentido de que sustenta, como fato provado, a existência de efeitos imunizantes que ainda se encontram em observação por parte dos fabricantes e da comunidade científica. É, enfim, uma violação grosseira de um dos mais elementares direitos universais – aquele segundo o qual nenhum cidadão é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa a não ser em virtude da lei. 
É falso que “o direito de todos” deve prevalecer sobre o direito do indivíduo, como prevê a legislação – por este raciocínio, o direito à saúde, ou a não ser contaminado, seria maior que o direito de não se vacinar. Isso poderia valer se a vacina contra a Covid efetivamente impedisse a contaminação. Mas ninguém pode garantir isso, a começar pela indústria farmacêutica tanto que o Brasil já aplicou mais de 300 milhões de doses e rola por aí, à toda, uma “terceira onda”, como haverá, no futuro, uma quarta, quinta ou trigésima primeira. [comentando: somos decididamente favoráveis às vacinas, tanto que já tomamos a dose de reforço e estamos no aguardo do reforço do reforço.
Destacamos que somos contrários a obrigatoriedade da vacina - se todos, ou a imensa maioria, querem a vacina,qual a razão de impor obrigatoriedade.
Nosso presidente é um ser humano, portanto, passível de errar, e nessa guerra contra a vacina erra feio.
Temos admiração pela  Anvisa,mas cabe um reparo a sua conduta recente, adequada a uma busca por protagonismo e caindo na vala comum, dos inimigos do presidente =  inimigos do Brasil, qual seja a de críticas desnecessárias.
Se a Anvisa liberou o uso do imunizante para crianças, qual a razão dos responsáveis procurarem ficar ocultos, no anonimato = como ficam  a transparência e a publicidade? essenciais no serviço público? 
Com o devido respeito ao presidente da Anvisa,  que parece ter aderido a turma dos que sempre que podem estão manifestando o quase dogma: "NÃO SEI DO QUE SE TRATA, MAS O CULPADO É BOLSONARO".
Ao ensejo, lembramos ao excelentíssimo contra-almirante,  oficial-general, duas estrelas,  da Marinha,  que na condição de presidente da Anvisa, com mandato, ele não é subordinado ao presidente da República. 
Mas, sendo oficial da reserva, permanece sua subordinação ao presidente da República, o que torna oportuno evitar que suas entrevistas sejam maximizadas pela mídia militante e transformadas em  showmícios contra o seu comandante supremo - acreditamos que o atual presidente da Anvisa não tem ambições políticas para a próxima eleição..]

É, também, uma agressão direta ao preceito de que cabe ao médico, e só a ele, o direito de receitar medicamentos para os seus clientes – da mesma forma que só o médico pode indicar uma cirurgia, um tratamento de quimioterapia ou qualquer outro cuidado com a saúde.  

Não é um ministrinho do Turismo da Austrália, ou um governadorzinho qualquer, desses 27 que há por aí, que podem ir injetando substâncias farmacêuticas no seu organismo, não é mesmo? É mentira, enfim, que a vacina contra a Covid seja a “mesma coisa” que a vacina contra a pólio e outras doenças infantis, de virtudes provadas além de qualquer dúvida; nem os laboratórios dizem que é.

A vacina obrigatória é apenas a expressão dos anseios de ditadura que a epidemia espalhou entre autoridades e burocratas, quase sempre gente que nunca foi eleita para nada, pelos quatro cantos do mundo. Há dois anos eles tiram enorme proveito do poder que ganharam para dar ordens a populações em pânico abrem, fecham, permitem, proíbem, mandam, desmandam, prendem, soltam. São tratados como gente importante. Levam cada vez mais vantagem. O ministrinho da Austrália, por exemplo, ganhou seus 15 minutos de fama mundial proibindo o tenista Novak Djokovic de participar de um dos principais torneios do circuito internacional de tênis. (Foi copiado de imediato pela França, onde o presidente da República disse que um dos seus objetivos de governo é “irritar” quem não tomou vacina.) Também virou, de um instante para o outro, um herói da esquerda pelo mundo afora. (É claro: não há a mais remota possibilidade, nunca houve, de se ver a esquerda a favor da liberdade, qualquer tipo de liberdade, em qualquer causa e em qualquer lugar.) Hoje querem que você tome duas doses de vacina; amanhã vão querer três, depois de amanhã quatro e depois disso alguma outra coisa, até o fim da vida.

A vacina contra a Covid, num mundo com mais equilíbrio e mais vergonha na cara, deveria ser uma opção livre: quem quer toma, quem não quer não toma, ficando os governos obrigados a fornecer para todos as duas doses básicas, mais a dose de reforço

Qual poderia ser a dificuldade com isso? Se os que não quiserem se vacinar não ameaçam a saúde de ninguém, pois o vírus continua a correr o mundo com vacina ou sem vacina, é problema deles, e só deles, se tomam ou não. Mas o mundo, hoje, não é um lugar de equilíbrio. Na verdade, não há nada mais distante da realidade do que a ideia de uma vacina abundante, disponível para todos e voluntária, como qualquer outro tratamento médico. A vacina contra a Covid, hoje, se transformou numa questão puramente política para governos, partidos, mídia e quem mais pretende ter alguma influência na sociedade. 

A facção que aproveita a Covid, e o pânico causado em torno dela através de autoridades e comunicadores, para impor soluções de repressão, quer que a vacina seja obrigatóriaé mais uma arma para juntar-se ao lockdown, a exigência de testes, as proibições de fazer isto ou aquilo, ao “passaporte” sanitário e ao resto da camisa de força que querem impor à população. A esquerda, naturalmente, é a favor da vacina obrigatória – ela está sempre a favor de uma ditadura mundial permanente, e não ia perder essa chance de suprimir direitos e liberdades individuais. Não está nem aí para a imunização ou qualquer aspecto médico-científico; quer o Estado dando ordens e pronto.

E o outro lado? O diabo, nessa história, é que não há o “outro lado”pode haver no mundo das ideias, mas não há na vida real. É muito simples: lutar contra a vacina, como programa de governo, é algo francamente absurdo. Pode ser uma posição pessoal; não pode ser um objetivo oficial de quem governa. A vacina anti-Covid é uma conquista científica de primeira grandeza; em pouco mais de um ano, um prazo de rapidez inédito, a indústria farmacêutica mundial desenvolveu um imunizante que contribuiu de maneira decisiva para o combate à epidemia, sobretudo na redução do número de mortos. Não funciona como um escudo absoluto, capaz de oferecer 100% de proteção. 

Mas tem sido extremamente eficaz. Há poucos casos de efeitos colaterais graves. E os médicos, em peso, recomendam que se tome a vacina – o que parece um argumento bem decisivo a seu favor. As pessoas, com certeza, deveriam ter a liberdade de tomar ou não a vacina. Mas não é assim que está sendo na vida como ela é. Aí, no mundo das coisas concretas, as autoridades vêm impondo cada vez mais a obrigatoriedade – e certamente têm fortes apoios na opinião pública. Declarar guerra à vacina, à essa altura e nessas condições, não faz nexo. Cada um tem pleno direito à sua opinião, é claro, mas os governos não dispõem deste espaço. Sua obrigação é fornecer as vacinas, apenas – e não ficar fazendo, ao mesmo tempo, campanha contra.

Não há um único caso nesses 300 milhões, nenhum, de alguém que foi forçado a se vacinar

A vacina compulsória é um ataque à liberdade individual, sem dúvida – mas existe, no caso, um fator que muda a natureza da questão. O fato, indiscutível, é que as pessoas querem tomar vacina; no Brasil, pelo menos, a grande maioria quer. Fizeram fila para tomar vacina. Ficaram felizes quando receberam sua carteirinha de vacinação. Ninguém aí achou que a sua liberdade estava sendo ameaçada; o governo pode estar obrigando, mas e daí, se a população quer ter essa obrigação? 
A vacina, na verdade, foi um objeto de desejo intenso. Todo mundo esperava ansioso a chegada das vacinas à sua “faixa etária”; até houve, naturalmente, escândalos com peixes graúdos que furaram a fila. 
 
Era uma neura: o sujeito tomava a vacina e se achava o autor de um ato heroico, ou o beneficiário de um favor do céu. Todo mundo tirava selfies na hora da picada, mandava mensagens para causar inveja aos conhecidos do Whatsapp, se orgulhava de ser um “vacinado”. O Brasil aplicou mais de 300 milhões de doses da vacina anti-Covid – pouco mais de 160 milhões receberam uma primeira dose e quase 150 milhões estão com a vacinação completa. Não há um único caso nesses 300 milhões, nenhum, de alguém que foi forçado a se vacinar. Por que raios, então, não deixar quieta essa história? Se todo mundo quer tomar a vacina, por que se meter numa cruzada contra a vacinação?

A guerra que o presidente da República declarou à vacina da Covid é incompreensível. Ele diz que faz isso por uma questão de princípio – para defender “a liberdade”. Não cola. Se estivesse realmente empenhado em lutar pela liberdade no Brasil, já teria comprovado isso com ações em muitos episódios anteriores, ao longo dos seus três anos de governo. Sua posição deveria ser uma campanha popular; virou, rapidamente, apenas uma implicância. O Brasil foi um caso de sucesso de categoria mundial na aplicação da vacina – em pouco mais de um ano, vacinou quase toda a sua população adulta, sem atropelos ou maiores problemas. 

É algo para se orgulhar, especialmente no caso do governo federal, de onde vieram as verbas para pagar a conta toda. Mas não. O presidente decidiu ser o líder de uma seita – e por conta disso arrumou para si próprio o papel que seus adversários sonhavam: o do inimigo número um daquilo que foi e continua sendo um dos maiores desejos da sociedade brasileira. Por que isso? É um mistério.

Bolsonaro já se referiu a defensores da vacina como “tarados”. Pior: ataca violentamente um serviço do seu próprio governo, a Anvisa, repartição que tem por dever funcional cuidar de questões como a vacinação. É como se a agência fosse um departamento do PT – ou um órgão de governo que faz oposição ao governo. 
Se a Anvisa é subordinada a ele, por que não cumpre a orientação do presidente da República? 
Faz parte do governo do Paraguai, por acaso? O espaço de autonomia das agências públicas não pode servir de desculpa para uma aberração dessas.  
O ministro da Saúde, ao mesmo tempo, é um dos maiores incentivadores da vacina anti-Covid; será que ele também está fazendo oposição? 
É impossível, enfim, estimar quantos votos Bolsonaro poderia ganhar para as eleições presidenciais de 2022 com a sua cruzada contra a vacinação. Por que, se os eleitores são maciçamente a favor da vacina, ele simplesmente não fica calado e vai falar de outro assunto? É um mistério dentro do mistério.
 

J. R. Guzzo, comentarista - Jovem Pan

 

segunda-feira, 5 de julho de 2021

A CPI é um sucesso - Revista Oeste

Guilherme Fiuza

Os senadores Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e Renan Calheiros
Os senadores Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e Renan Calheiros [um deveria de há muito estar preso, o outro os detalhes de como é ser um prisioneiro já o alcançaram e o outro é questão de tempo ser preso.]
 

Nem tente negar o parágrafo acima. Será perda de tempo. O tribunal circense de Renan Calheiros venceu. Naturalmente, com a ajuda da imprensa marrom — que hoje é a maioria esmagadora. E isso não é papo de gueto, não é ladainha desses perseguidos profissionais que vivem se lamuriando para demarcar seu lote — igualzinho àqueles de quem se queixam. Este signatário sempre se recusou a criticar genericamente a imprensa. Ela é o oxigênio da liberdade. Era.

Imprensa que transforma Renan Calheiros em herói da ciência, da ética e da empatia é imprensa marrom. Fim de papo. Durmam com esse barulho. E com os faniquitos do Randolfe.  Mas, como já ressalvado, isto não é um manifesto choroso contra a decadência do jornalismo. Até porque ele já tinha decaído antes, desde o cerco conspiratório ao Palácio do Planalto em 2017, numa tentativa tosca de virada de mesa com a famigerada dupla Janoesley. Prezada e novíssima imprensa marrom: nem o Temer, que não tinha voto, que não tinha nada, você conseguiu derrubar. 
Mas conspirar e mentir é só começar. As fake news de grife vieram para ficar. E não é disso que vamos falar.

A seita do lockdown mental nunca teve uma ajuda tão valiosa

Vamos falar de um Brasil de audiência que consagrou a arapuca do Omar. Se é abjeto, desprezível e sórdido, por que vocês só falam disso? Ah, porque é abjeto, desprezível e sórdido. É mesmo? Então a armadilha deu certo. Os de boa-fé caíram como patinhos. O truque era colocar essa pegadinha no centro da política nacional. E deu certo. Graças aos picaretas e aos indignados.

Vamos repetir: essa constatação é irrefutável. A maioria dos brasileiros que têm propósitos sérios para o seu país só fala desse circo. Contando ninguém acredita. Ah, mas é para deplorar… E daí? Deplorando, xingando, discutindo, dando audiência vocês estão consagrando essa porcaria como o fato dominante da nação. Nem Rodrigo Maia, o rei da roda presa, teve uma conjuntura tão favorável para sentar em cima da agenda de reformas.

A seita do lockdown mental nunca teve uma ajuda tão valiosa no seu plano neurótico de deixar tudo parado: 

vocês, que detestam Renan Calheiros e só falam de Renan Calheiros. Como diria o Evandro da Blitz: ok, vocês venceram. 
Mas fica aqui o voto vencido para o que essa inacreditável CPI deveria merecer do país que não quer capitular no atoleiro: indiferença e polícia.

Não fiquem achando que isso é um problema para o Bolsonaro. Para ele (eleitoralmente) está ótimo. Ninguém pode ter uma campanha melhor do que ser diariamente atacado por Renan Calheiros. O mais esperto dos marqueteiros não sacaria uma estratégia dessas. Quem se arrebenta com um país hipnotizado por uma CPI circense é ele, o país.

Leia também “Reflequissões sobre uma çepeí”

Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste 

 

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Imprensa brasileira tem sua ineficácia comprovada - Gazeta do Povo

Sir Karl Popper. Ilustre liberal, grande pensador, homem da ciência. Fico pensando em como Popper estaria perplexo com a quantidade de bobagem repetida em nome da ciência atualmente. Aqueles que desejam politizar tudo, até remédios, insistem na falácia de que o tratamento imediato teve sua ineficácia comprovada. É pura ignorância ou má-fé, coisa de quem não faz a menor ideia do que seja o processo científico.

Testa-se uma hipótese, buscando sempre refuta-la, nunca comprova-la. Isso para impedir o viés de confirmação, a seletividade dos dados, o
"cherry picking". Se você só viu cisnes brancos até hoje, isso não lhe dá o direito de repetir, em nome da ciência, que cisnes negros não existem. Sua afirmação, cientificamente falando, deveria ser a de que hoje ainda não há provas da existência de cisnes negros. Até o dia que eles foram encontrados...

Vejo em tudo que é veículo de comunicação a chamada de que a hidroxicloroquina e a ivermectina tiveram sua ineficácia comprovada. Isso é simplesmente falso, fake news. Há inúmeros estudos que apontam para sua eficácia, há a observação médica de quem está na ponta cuidando de pacientes, não lacrando entre uma música e outra. O que não há, ainda, é o tal teste padrão ouro, que não existe para cerca de 90% dos medicamentos que utilizamos para várias outras doenças.

Pode ser que o troço seja placebo?
Até pode, mas há indícios de que não é este o caso. Não obstante, jornalistas arrogantes e ignorantes adotam narrativas imbecis, tudo para atingir Bolsonaro, e o fazem em nome da ciência. É de arrepiar! Aí nos deparamos com a notícia de que Oxford está realizando testes para a ivermectina. A revista Exame deu a notícia de forma normal antes, depois apagou e passou pelo filtro do lacre:

Reparem na torcida do contra, na distorção e manipulação na nova chamada. O "corpo da matéria", porém, não esconde a expectativa de sucesso com o remédio para parasita: Coronalovers e pandeminions não conseguem mais esconder que torcem contra o tratamento, tudo por ódio ao presidente. É doentio! Mas deixando o resultado de lado por enquanto, cabe perguntar: ué, mas se há "ineficácia comprovada, então por que Oxford vai realizar testes para averiguar a eficácia? Isso quer dizer, pasmem!, que ainda não há uma tal ineficácia comprovada?! Isso quer dizer que a nossa imprensa em peso mente para seu público? Tudo por fins políticos?! Que coisa feia!

O duplo padrão também tem sido a marca registrada da mídia nacional.  
Bolsonaro sem máscara já vira genocida, enquanto isolacionistas que são vistos sem máscara longe das câmaras são protegidos em sua hipocrisia, e o fato de que a maioria deles contraiu o vírus é algo que passa batido pela imprensa. 
Enquanto isso, o Papa, sem máscara, toca em seus fiéis. Seria o Papa um genocida negacionista? O presidente Bolsonaro, com sutileza, passou o recado aos jornalistas: Uma liderança verdadeira precisa demonstrar coragem e fé. O Papa, sem máscara, toca nas pessoas, pois “se proteger” não pode ser a única meta de um líder. Mas vai explicar isso para quem acha que o ícone da liderança na pandemia é um governador hipócrita, que diante das câmeras aparece até com duas máscaras, mas depois vai para Miami relaxar da afetação de falsa virtude!
Por falar no tal governador... uma coisa ele faz bem: persuadir jornalistas a nunca o criticarem! Não se sabe que tipo de "argumento" ele usa para tanto. Minha colega de bancada gagueja muito quando o tema é a gestão doriana. O Brasil tem péssimo resultado pois tem mais de 500 mil mortes, mas São Paulo não está ruim pois é o décimo estado em termos relativos, sendo que tem mais de 120 mil mortes? 
Isso sem levar em conta que São Paulo tem mais mortes do que sua população representa do total brasileiro. 
O governador tem mérito por ouvir a ciência, mas a turma repete que não houve lockdown em São Paulo verdadeiro, como na Europa? Eu fico sem saber se Dória é parte do problema ou da solução!

Quando falamos do Papa, lembramos da Argentina também, outro incômodo enorme para a narrativa da mídia. A Argentina, que terminou de destruir sua economia com o lockdown mais longo da América Latina, registrou 792 óbitos ontem e chega a 90 mil mortos por coronavírus. Isso com uma população que é um quarto da nossa, ou seja, em termos relativos já tem quase a mesma quantidade de óbitos, e deve nos passar. O presidente lulista não fechou a compra da vacina da Pfizer por "cláusulas leoninas", mas Bolsonaro é culpado pela "falta" de vacina, no país que é o quarto que mais vacinou no mundo. Dura a vida de um militante disfarçado de jornalista, não?

A Argentina tem a moeda mais desvalorizada no momento, pois segue ladeira abaixo rumo ao destino venezuelano. Enquanto isso, o dólar cai abaixo de cinco reais, por otimismo dos investidores com as reformas aprovadas pelo governo Bolsonaro: 
Mas a Argentina não escutou a voz da ciência, não fez lockdown? 
Que pasa? 
Aliás, vocês se lembram de quando o lockdown era defendido como uma medida emergencial por 15 dias apenas para "achatar a curva" e ganhar tempo? Hoje é o Santo Graal da Seita dos da Terra Parada, dos isolacionistas gourmet que não pararam de trabalhar um só dia na pandemia, mas defenderam o desemprego em massa para os pobres, já que a economia fica para depois. Hipocrisia pura...

Essa mídia não está preocupada em fazer as perguntas certas da ciência. Leandro Ruschel fez no lugar da patota: no Chile, mesmo com 70% da população recebendo uma dose e 50% das pessoas completando a vacinação com duas doses, as mortes seguem em patamar elevado, numa média de 120 por dia, o que equivaleria a uma taxa de 1300 por dia no Brasil. Afinal, qual é a eficácia da vacina chinesa? Ele continua: já na Indonésia, centenas de casos de médicos que tomaram Coronavac e foram infectados pela última onda da pandemia que varre o país, segundo a Reuters. E o que falar de Seychelles, uma pequena ilha com o maior índice de vacinação do mundo, com 60% da população vacinada ainda em maio? Apresentou uma explosão de casos...

Já no insuspeito New York Times, jornal esquerdista, há uma reportagem mostrando que vários países apostaram na vacina chinesa e agora enfrentam surtos de Covid: Pois é, precisamos falar sobre a eficácia das vacinas, lembrando que Costa Rica rejeitou a Coronavac, que tampouco é aplicada nos Estados Unidos ou na Europa. O autor de novelas Aguinaldo Silva ficou decepcionado ao chegar no continente e escutar em todo lugar que sua vacinação de nada valia ali. Doria apostou no cavalo errado? A imprensa vai tratar do assunto com objetividade, imparcialidade e postura científica?

Não sabemos direito sobre a real eficácia das vacinas, e não temos as respostas definitivas sobre o tratamento precoce. O que sabemos, com um alto grau de certeza científica, é que nossa imprensa tem sua ineficácia comprovada. É muita militância e pouca seriedade.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

Fux tentou dar um truque para preservar Moro da suspeição. Perdeu por 7 a 4 ... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/reinaldo-azevedo/2021/06/23/fux-tentou-dar-um-truque-para-preservar-moro-da-suspeicao-perdeu-por-7-a-4.htm?cmpid=copiaecola

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Governo e seita

Bolsonaro se dedicou muito mais nesses primeiros cem dias a defender sua pauta de costumes e valores

Temos dois governos, um que funciona, outro que parece uma seita religiosa

Nos cem primeiros dias do governo Bolsonaro, já dá para ver que temos dois governos, um que funciona, outro que parece uma seita religiosa sem um líder ou, pior, com líderes atrapalhados, que às vezes pode ser o próprio presidente, outras é o guru dele, o professor on-line Olavo de Carvalho, que vem acumulando poder na mesma proporção que provoca confusão. Seus seguidores, especialmente os filhos de Bolsonaro, ouvem seus conselhos e nomeiam e desnomeiam ministros baseados neles, com facilidade assustadora. São uma fonte de incertezas, e muitos, entre eles membros do núcleo militar que Olavo vem inutilmente chamando para um bate-boca virtual, consideram que estão atrapalhando a recuperação da economia.

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

As escravas sexuais da Nxivm

Escândalo envolvendo a herdeira do império de bebidas Seagram e uma atriz de Hollywood revela os sórdidos rituais em que mulheres eram abusadas e marcadas a ferro como gado – com as iniciais do líder Keith Raniere. Ele pode ser condenado à prisão perpétua

Bem-vindo à nexium. Ou melhor, Nxivm, a macabra academia de autoajuda fundada em 1998 em Colonie, Estados Unidos, pelo ex-programador de computadores e supostamente gênio precoce Keith Raniere, hoje com 57 anos. Depois de desenvolver um método que prometia revelar os segredos do triunfo pessoal e trazer sucesso e prosperidade, Raniere caiu nas graças de ricas e famosas, ascendendo ao status de guru. 

 LÍDER CRIMINOSO Keith Raniere exigia das discípulas da pirâmide total submissão aos seus impulsos; BILIONÁRIA Além de financiar seita, Clare Bronfman trouxe ilegalmente mulheres de outros países; ATRIZ E ASSECLA Considerada aliciadora pela Justiça, Allison Mack, da série “Smallville”, comandava rituais

Por meio de ciclos de palestras e treinamentos que combinavam doses de filosofia, alguma religiosidade e programação neurolinguística, a organização prosperou atraindo jovens inseguras em busca de autoafirmação. Por trás das falsas promessas, porém, havia uma armadilha para aliciar mulheres e submetê-las a uma sórdida rotina de trabalhos forçados e escravidão sexual. Como se fossem gado, as vítimas eram marcadas a ferro com as iniciais do líder em rituais frequentados por socialites. Na terça-feira 24, o FBI efetuou uma série de prisões — e acrescentou nomes antes insuspeitos ao núcleo central da Nxivm. Entre as detidas está a herdeira da destilaria Seagram, Clare Bronfman, de 39 anos. A atriz de Hollywood Allison Mack, famosa pelo seriado “Smallville”, fora detida em abril, acusada de ser uma das integrantes do que se mostrou ser uma seita de horrores. Raniere, que havia se refugiado no México, também está preso e irá a julgamento em 1º de outubro.

Junto com a bilionária Clare Bronfman foram detidas três mulheres, entre elas Nancy Salzman, de 64 anos, cofundadora da Nxivm. Pesam contra elas acusações de extorsão, roubo de documentos de identidade e participação em um esquema de entrada ilegal de estrangeiras que se tornariam vítimas do círculo interno da empresa, onde funcionava a seita sexual The Vow (O Voto) ou DOS, acrônimo em latim para “Dominus Obsequious Sororium”, algo como “Mestre de Mulheres Submissas”. Próxima de Raniere, Clare é suspeita de arrecadar cerca de US$ 100 milhões para a seita. Parte desse dinheiro seria de sua própria herança. Edgar Bronfman, ex-acionista majoritário da Seagram, morreu em 2013. Dez anos antes, ele já havia denunciado a existência do culto à revista “Forbes”. Ele acreditava que as técnicas da Nxivm o distanciaram de suas filhas Clare e Sara. A advogada de Clare, Susan Necheles, alega que ela é vítima de abuso de poder por parte das autoridades: “Apenas porque o governo discorda de algumas crenças da Nxivm”. No dia das prisões, o diretor-assistente do FBI em Nova York William Sweeney afirmou que os “detalhes desses supostos crimes se tornam cada vez mais sombrios”.

Chantagem Detida e liberada após pagar uma fiança de US$ 5 milhões, a atriz Allison Mack entrou para a Nxivm em 2007 pelas mãos da colega Kristin Kreuk, também integrante do elenco de “Smallville”. Enquanto Kristin deixou o culto sem maiores queixas, Allison mergulhou no esquema, ajudando a atrair mulheres para Raniere. Seu julgamento está marcado para 7 de janeiro de 2019. Diante de uma pena que pode ir de 15 anos à prisão perpétua, ela poderia até negociar um acordo judicial, porém preferiu se declarar inocente. Nas redes sociais é possível assistir a alguns de seus vídeos, nos quais fala ao mundo sobre felicidade e autorrealização. A realidade era bem outra para as vítimas. As que escaparam sequer conseguiam convencer as autoridades de que havia um esquema que as escravizava sexualmente. As denúncias não iam adiante, pois Raniere afirmava que as “tatuagens” com suas iniciais eram consensuais. No ano passado, cinco mulheres apresentaram as mesmas queixas, com marcas em suas virilhas e quadris, o que alertou a promotoria federal de Justiça. As marcas seriam feitas sem anestésicos em cerimônias organizadas na cidade de Albany, no estado de Nova York. Mack participaria como mestra, segundo contou uma das vítimas, Sarah Edmondson, ao “The New York Times”. Sarah relatou ter passado por treinamentos “motivacionais” para superar “fraquezas”.
Ela foi obrigada a jurar obediência total ao líder, fez confissões íntimas e até entregou fotos suas sem roupas — que seriam usadas como instrumento de chantagem. Só depois passou pelo ritual de tatuagem. Deitada nua em uma maca e com os olhos vendados, ela teve braços e pernas seguros por outras mulheres. Entre os crimes, Raniere também obrigava as vítimas a seguir dietas de fome para se adequarem aos seus ideais de beleza feminina. Todas tinham a obrigação de saciar o desejo sexual do guru quando melhor lhe conviesse, sem a mínima opção de dizer não.

No esquema da pirâmide, cada mestre deveria arranjar seis escravas, e essas, mais seis cada uma, a fim de subir na hierarquia. Não se sabe o número de mulheres que caíram na armadilha. Em 2016, por mensagem no Twitter, Allison Mack tentou atrair a estrela Emma Watson, da série “Harry Potter”. Não houve qualquer indício de sucesso. Segundo as investigações, como Mack exercia o papel de recrutadora, seus depoimentos serão fundamentais para desvendar outros crimes. Agora as autoridades querem detalhes de como toda essa operação era financiada, já que o estilo de vida de Raniere não era barato. Em seu site, a Nxivm informa que suspendeu suas atividades diante de “eventos extraordinários”.

IstoÉ

 

terça-feira, 17 de abril de 2018

Virou Fanatismo - PT deixou de lado programas e propostas para venerar seu lider

Um partido transformado em seita

Uma das características marcantes das seitas é a idolatria cega aos seus líderes, elevados a seres especiais com autoridade divina e liderança existencial. Quando o fanatismo invade o terreno político, os programas e as bandeiras partidárias se tornam descartáveis. Cedem lugar à adoração e à reverência, típicas de culto. Os militantes se transformam, então, em indivíduos abnegados, desprovidos de espírito crítico e freios morais. Ao acreditarem na infalibilidade dos caciques por eles venerados, a ponto de incluírem a alcunha deles em seus nomes, mesmo quando condenados e presos por corrupção, os “fiéis” exibem traços de fundamentalismo. 

Foi o que o Brasil testemunhou nos últimos dias, em meio ao espetáculo deprimente em que se transformou a prisão de Lula e os dias que a sucederam. No domingo 8, com o petista já encarcerado na sede da PF em Curitiba, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, parecia cumprir uma liturgia ecumênica. Como se exortasse o rebanho a adorar seu “deus”, ela pronunciava frases repetidas como um mantra. “Não vamos sair daqui”, ditava Gleisi. “Não vamos sair daqui”, copiavam eles. “Ocupar e resistir”, ordenava. “Ocupar e resistir”, assentia a turba. Até o bordão final, entoado em uníssono: “Eu sou Lula”. Semelhante ao cortejo de uma seita, a dispersão se deu vagarosamente.



O líder adorado tinha dado o tom no dia anterior. Segundo ele, a polícia havia prendido seu corpo, não sua mente, como se ele fosse a reencarnação de Jesus Cristo. “Não sou mais um ser humano, sou uma ideia”, pregou Lula durante discurso feito horas antes de ser conduzido à cadeia. Ato contínuo, os militantes choravam, gritavam, se embriagavam, literalmente, e transformavam os momentos de tensão da prisão do morubixaba petista num ato de auto-imolação. Enfim, compunham uma atmosfera de histeria coletiva. Dois dias depois de dizerem “Eu sou Lula” em frente à PF, Gleisi e mais 36 políticos virariam Lula na prática. Acrescentaram o nome do ex-presidente, outrora apelido, em seus registros parlamentares. Assim, Gleisi passou a se chamar “Gleisi Lula Hoffmann”, Paulo Pimenta, “Paulo Lula Pimenta” e assim sucessivamente. Impressionados com a reação dos petistas, agentes da PF local chegaram a compará-los a seguidores de seitas radicais, como a de Jim Jones, um pastor do Tempo Popular, com orientação socialista, que no auge de sua insanidade ordenou que seus 918 discípulos cometessem o suicídio coletivo em Jonestown em 1979, depois de submetê-los a um intenso processo de lavagem cerebral.


O santo do pau oco 
Nos discursos proferidos por Lula, ele se compara a Jesus Cristo
“Sou um homem sem pecados”
“Se eu pudesse mostrar uma imagem das punhaladas que levei e tirar a camisa, meu corpo apareceria mais destroçado do que o de Jesus”
“Não sou mais um ser humano, sou uma ideia”
“Não tem viva alma mais honesta do que eu”
“De vez em quando, eu fico pensando que as pessoas tinham de ler mais a Bíblia para não usar tanto meu nome em vão”
“O Lula não é o Lula. O Lula é uma idéia, assumida por milhões de pessoas. E eles não sabem que o Lula já renasceu em milhões de mulheres e homens”
“Eles estão lidando com um ser humano diferente. Porque eu não sou eu. Eu sou a encarnação de um pedacinho de célula de cada um de vocês”

A história da humanidade está repleta de exemplos de que sempre quando a política se mistura com o fanatismo, o resultado é desastroso para a democracia. Quase sempre levam ao totalitarismo. Aconteceu em Cuba, com Fidel Castro, e na Venezuela, com Hugo Chávez, agora replicado por seu herdeiro Nicolás Maduro. Lá, a manipulação popular acabou empurrando o país ao caos social. Na Europa, o fanatismo aliado à política descambou no fascismo de Benito Mussolini na Itália e no nazismo de Hitler, na Alemanha da década de 40. O saldo não poderia ter sido mais funesto: milhões de judeus foram asfixiados em câmeras de gás por discordarem de um louco varrido. Daí o perigo desse comportamento tão alucinante quanto oportunista.
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 <strong>EM NOME DO PAI</strong> Os filhos de Lula, Lurian. Fábio Luiz, o Lulinha, e Luiz Cláudio, além do neto Thiago, foram à PF na quinta-feira 12 visitar o pai encarcerado
 A primeira visita ao condenado - Os filhos de Lula, Lurian. Fábio Luiz, o Lulinha, e Luiz Cláudio, além do neto Thiago, foram à PF na quinta-feira 12 visitar o pai encarcerado. 
Logo após a posse de Lula ser amigo das figuras acima significava, no mínimo, o direito a sobrevoar o Lago Paranoá em helicópteros da FAB

Os dirigentes petistas parecem não se importar com isso. A ordem é manipular as massas na tentativa de regressar ao poder a todo custo, nem que seja para levar o País ao abismo econômico e social, como ocorreu durante o governo Dilma Rousseff. Por isso, nos últimos dias, fizeram de tudo para ampliar a atmosfera mística em torno da prisão de Lula, que em carga de dramaticidade e holofotes lembra em muito o episódio da detenção do ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson, televisionada ao vivo para todo País. Para manter a toada de culto ao personagem, pela manhã, liderados por Gleisi Hoffmann, os mil manifestantes que acampavam nas imediações da PF, passaram a gritar: “Bom dia companheiro Lula”. As saudações se repetiam à tarde e à noite, antes do repouso do petista. O PT também deslocou o QG do partido para Curitiba. 

 A sigla anunciou que estava transferindo sua sede nacional, que funciona em São Paulo, para a capital paranaense na segunda-feira 9. No mesmo dia, aproveitou para promover uma reunião da Executiva Nacional para reafirmar que “Lula será o candidato do PT a presidente”, mesmo preso, mesmo à revelia da lei da Ficha Limpa. Ao abandonarem seus gabinetes em Brasília e se instalarem permanentemente na cidade, senadores, como Roberto Requião (MDB), além de Gleisi e Lindbergh, praticamente passaram a dar expediente na porta da cadeia. Como cada senador custa para a União R$ 1,2 milhão por ano, segundo levantamento da Transparência Brasil, se eles ficarem um mês por lá, como prometem, o País estará desperdiçando uma verdadeira fortuna.