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domingo, 24 de maio de 2015

Sai o trem bala e entra o trem chinês - fica no meio a ferrovia TRANSNORDESTINA que o Lula inagurou quatro vezes nos dois mandatos. Na última, os vagões ferroviários foram para o local da inaguração em carretas rodoviárias

A máquina de propaganda do governo e a doutora Dilma têm um especial carinho por trens. Em 2004 Nosso Guia perfilhou um projeto de ligação ferroviária entre o Rio e São Paulo. Era o trem-bala. Faria percurso de 500 quilômetros em 90 minutos, cobraria o equivalente a R$ 120 e nada custaria à Viúva. Ficaria pronto para a Copa de 2014. 

Atrasando, era certo que rodasse em 2016 para a Olimpíada. Deu em nada. Ou melhor, deu em parolagem e pariu uma empresa estatal, a EPL. Quando o projeto naufragou, surgiu a palavra mágica ouvida por Machado de Assis em 1883: “lingu”. Ele não esclareceu o que isso queria dizer, mas talvez significasse “investimento”: os chineses bancariam o projeto do trem-bala. Pouco depois um mandarim explicou: “Pedir que uma empresa chinesa assuma um risco tipicamente governamental é uma grande piada”.

Antes do desembarque do primeiro-ministro chinês Li Keqiang, saiu da caixa de mágicas do Planalto o projeto de uma ferrovia transoceânica ligando o Atlântico brasileiro ao Pacífico peruano. Teria 4.400 quilômetros. Nas palavras da doutora Dilma “ela atravessará os Andes”. Custaria entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões. As dúvidas foram desfeitas quando o companheiro Li assinou 53 acordos com a doutora. Na mesa havia apenas o interesse mútuo de começar os estudos básicos da viabilidade do projeto. A ferrovia que iria do litoral brasileiro ao peruano era um exagero. O memorando assinado cuidava apenas da conexão da linha Norte-Sul, que iria de Campinorte, em Goiás, à costa peruana. A linha para o litoral atlântico é uma tarefa brasileira. Se tudo der certo, esse estudo deve ficar pronto em maio de 2016. O que era um estudo básico para analisar a viabilidade do projeto virou uma ferrovia que “atravessará os Andes”.

Cuidando dos seus interesses, os chineses assinaram diversos compromissos, compraram aviões, alugaram navios e arremataram um banco. Todos esses negócios são bons para eles e para o Brasil. Não havia por que botar o “lingu” de Machado de Assis numa ferrovia transoceânica. A agenda chinesa é sempre precisa. Em geral eles querem recursos naturais e proteínas. Além disso, vendem serviços, bens e máquinas. Jogo jogado. A isso junta-se um interesse do Império do Meio de fornecer sua mão de obra para os projetos onde põe dinheiro. São mais qualificados, conhecem a empresa e às vezes custam menos. Há cinco anos eram 740 mil, de Angola ao Uzbequistão. Obras chinesas no Brasil já tentaram importar operários mas foram barradas. Esse pode vir a ser um bom debate, pois o que é preferível, um pasto goiano com 50 vaqueiros ou a obra de uma ferrovia com 500 chineses e 500 brasileiros?

Esse item da agenda chinesa chamou a atenção de Machado de Assis. Em 1883, quando o andar de cima queria imigrantes para substituir a mão de obra escrava, chegou ao Rio o mandarim Tong King-sing. Veio acompanhado de um secretário negro, fez o maior sucesso com suas roupas e foi recebido por D. Pedro II. O imperador disse-lhe que não tinha simpatia por seu projeto e, no melhor estilo chinês, ele foi-se embora.  À época, comentando a visita do mandarim, Machado de Assis escreveu uma cronica, transcrevendo uma carta que teria recebido dele. Esclareceu que preferiu manter a grafia do autor.

A certa altura, como se fosse hoje, Machado/Tong escreveu:
“Xulica Brasil pará; aba lingu retórica, palração, tempo perdido, pari mamma.”

Uma aula sobre o falecido Trem-Bala
Ainda não se conhecem as fantasias que acompanham a ferrovia Transoceânica, mas está na rede uma detalhada narrativa do que foi a maluquice do trem-bala de Lula e Dilma. 

É a reportagem “Um trem para Bangladânia”, de Leandro Demori. (A mistura de Bangladesh com Albânia é um neologismo criado pelo professor Mario Henrique Simonsen.)

Ele foi das raízes do sonho do trem de alta velocidade até a morte do projeto da empresa italiana que vendeu a novidade ao governo. Nela havia planilhas mágicas e um roteiro inexplicável, pois o trem não parava ao longo do percurso. O primeiro administrador do projeto, José Francisco das Neves, o “doutor Juquinha”, dormiu umas noites na cadeia, por malfeitos cometidos na ferrovia Norte-Sul, aquela que cruzará com a Transoceânica.

O repórter Leandro Demori trabalhou 11 meses no assunto, conversou com 30 pessoas e colheu documentos brasileiros e italianos. Conseguiu o apoio da Contributoria, uma plataforma independente ligada ao jornal inglês “The Guardian” e seus leitores. Quem quiser pode inscrever seus temas. Os leitores do “Guardian” votam, e quem não for assinante do jornal deve pagar US$ 3 por mês para participar das escolhas. A ajuda é dada relacionando-se o número de votos que o tema recebeu e a quantia que o jornalista pede. Aprovado o financiamento, o beneficiado vai à luta e fica livre para colocar o texto onde quiser. Demori preferiu hospedar seu texto na plataforma Medium, de Ev Williams, o criador do Twitter.
Os repórteres, como o Fantasma das Selvas, são imortais.

Andar de cima
Não se conhece uma só voz saída da banca para condenar o ajuste fiscal enquanto ele avançou sobre despesas que beneficiavam desempregados, pensionistas e aposentados. Agora que a doutora acrescentou ao ajuste a pimenta da taxação dos lucros bancários, será interessante entender a reação dessa tão fiel torcida.

Renato Duque
A entrada do filho de Renato Duque na roda do dinheiro e das investigações da Lava-Jato assustou o comissariado.  O ex-diretor de serviços da Petrobras seria o arquivo que guarda as conexões do PT e de alguns de seus comissários com as petrorroubalheiras.  O “amigo Paulinho” só concordou em colaborar com o governo quando os investigadores mostraram-lhe que envolvera familiares em práticas criminosas. Até então, o PT considerava “satisfatórias” as patranhas que ele contava.

A Lava-Jato já custou a Renato Duque uma coleção de arte de novo rico e o equivalente a R$ 68 milhões depositados em Mônaco. Sua defesa diz que esse dinheiro não é dele. Amanhã, Eremildo, o Idiota, pretende se habilitar à sua titularidade.

Choque à vista
O senador Renan Calheiros e o deputado Eduardo Cunha, ilustres figuras da lista de parlamentares investigados pelo Ministério Público, decidiram jogar pesado contra a possível recondução de Rodrigo Janot ao comando da Procuradoria Geral da República. Rejeitá-lo, caso seja indicado pelo Planalto, além de ser uma imensa carapuça, poderá levar a uma inédita mobilização do Ministério Público, refletindo-se em setores do Judiciário, inclusive em seus gaveteiros.

Fonte: Elio Gaspari - O Globo

Enquanto for dada voz a pessoas como a educadora de vítimas da Candelária a bandidagem 'di menor' cometerá, impunemente, crimes e mais crimes

Família, escola e Estado falharam com suspeito de crime na Lagoa”, diz educadora de vítimas da Candelária

Fundadora do projeto onde estudavam crianças mortas na chacina da Candelária, a educadora Yvonne Bezerra de Mello diz que a história do adolescente suspeito de matar a facadas um médico na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, mostra como “a família, a escola e o Estado falharam”.

Jaime Gold, de 57 anos, foi morto quando andava de bicicleta na Lagoa Rodrigo de Freitas, em um caso que chocou o país.  O principal suspeito do crime, de 16 anos, tem 15 anotações em seu histórico criminal e já havia sido internado em instituições para adolescentes pelo menos nove vezes. [indiscutivelmente um irrecuperável.]

Segundo a imprensa local, ele abandonou a escola em 2013, só viu o pai duas vezes na vida e, aos dez anos, foi encontrado perambulando pelas ruas do bairro do Leblon à noite com fome e sem dinheiro para voltar para casa - sua mãe foi notificada por abandono de incapaz. Após a última internação, que durou menos de um mês, no início deste ano - por furto de bicicletas na Zona Sul do Rio - foi encaminhado para uma instituição onde ficaria em semi-liberdade, mas acabou fugindo.

Yvonne, fundadora do Projeto Uerê, diz que a história do menino é um "retrato da falência do Brasil."

"Tudo falhou na vida dele, e é preciso perceber que parte da culpa também é nossa, é da sociedade", afirma. "A rua embrutece, torna a criança selvagem, a coloca em contato com a droga e gradualmente banaliza a violência e a morte”, completa.

Veja os principais trechos da entrevista:
BBC BrasilO Rio tem visto uma onda de esfaqueamentos e assaltos, muitos deles perpetrados por jovens e adolescentes. Quem são esses garotos? É possível traçar um perfil? Na sua experiência, o que leva um jovem a cometer crimes como estes?
Yvonne Bezerra de Mello - Estamos falando aqui de filhos de famílias onde invariavelmente falta o pai ou a mãe, e na minha escola, por exemplo, em 70% dos casos a ausência é paterna. São crianças criadas por tias, avós, parentes, pelos irmãos, e por mães negligentes, que muitas vezes consomem drogas, e que precisam sair para trabalhar, em geral como faxineiras em bairros da Zona Sul do Rio, o que as deixa praticamente o dia todo fora de casa.


Ler na íntegra......... BBC BRASIL




Rombo na Previdência deve atingir o maior patamar em seis anos

Com a deterioração do mercado de trabalho e sucessivas derrotas do pacote de ajuste fiscal no Congresso, o governo federal passou a projetar um salto do déficit da Previdência Social neste ano. De 43,6 bilhões de reais calculados na versão original do Orçamento, feita no ano passado, o rombo esperado nas contas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foi elevado em 67%, para 72,8 bilhões de reais, com as novas estimativas de receitas e despesas divulgadas na sexta-feira (22). Trata-se de um aumento de 28,4%, bem superior à inflação, em relação aos 56,7 bilhões de reais do ano passado. Como percentual do PIB (Produto Interno Bruto), o déficit sobe de 1% para 1,2%, maior patamar em seis anos.

A piora das contas previdenciárias explica boa parte das dificuldades enfrentadas pela equipe de Joaquim Levy (Fazenda) na tentativa de reequilibrar o caixa do governo. Para reforçar a arrecadação do INSS em 5,4 bilhões de reais neste ano, foi proposta em fevereiro uma revisão drástica da política de desoneração tributária das folhas de pagamento das empresas, uma das marcas do primeiro governo de Dilma Rousseff. O projeto, no entanto, sofre resistências dos próprios partidos que dão sustentação ao Palácio do Planalto no Congresso. Depois de atrasos e modificações, a expectativa de ganhos até dezembro se tornou remota.

O mesmo aconteceu com a medida provisória destinada a endurecer as regras para a concessão de pensão por morte e auxílio-doença, desfigurada com a ajuda decisiva do PT e do PMDB. Com o desemprego em alta e a renda em queda, as perspectivas de arrecadação da contribuição previdenciária – em sua maior parte, incidente sobre as folhas de salários – ficaram mais sombrias. A receita esperada no ano com o tributo foi reduzida em 28 bilhões de reais, um montante semelhante aos gastos projetados com o Bolsa Família. Uma das principais explicações é a projeção de queda de 2,9% da massa salarial (soma de todos os salários recebidos), descontada a inflação.

Pelos cálculos oficiais, o INSS arrecadará o equivalente a 6,25% do PIB. Não se pode acusar a previsão de pessimista: em 2014, com o emprego em alta, o índice foi de 6,1%, recorde histórico. No primeiro trimestre, as receitas cresceram menos do  que as despesas, e o déficit da Previdência subiu de 11,7 bilhões de reais, em 2014, para 18 bilhões, neste ano. [as negociações se tornaram difíceis devido as mentiras da presidente Dilma durante a campanha.
Prometeu não retirar direitos dos trabalhadores e antes mesmo de iniciar o segundo mandato já estava retirando beneficios trabalhistas.
Que credibilidade tem um ministro que serve a uma presidente mentirosa?
Quando a queda na arrecadação é fruto da incompetência da Dilma, que levou o Brasil para uma situação de recessão e consequente desemprego o que gera queda da arrecadação.]

Fonte: Folhapress

24 de Maio - Dia da Infantaria do Exército Brasileiro

 24 de Maio - Dia da Infantaria do Exército Brasileiro




Canção da Infantaria
                                  Nós somos estes infantes                                                                                    
Cujos peitos amantes
Nunca temem lutar;
Vivemos,
Morremos,
Para o Brasil nos consagrar!
Nós, peitos nunca vencidos,
De valor, desmedidos,
No fragor da disputa,
Mostremos,
Que em nossa Pátria temos,
Valor imenso,
No intenso,
Da luta.
És a nobre Infantaria,
Das armas a rainha,
Por ti daria
A vida minha,
E a glória prometida,
Nos campos de batalha,
Está contigo,
Ante o inimigo,
Pelo fogo da metralha!
És a eterna majestade,
Nas linhas combatentes,
És a entidade,
Dos mais valentes.
Quando o toque da vitória
Marcar nossa alegria,
Eu cantarei,
Eu gritarei:
És a nobre Infantaria!
Brasil, te darei com amor,
Toda a seiva e vigor,
Que em meu peito se encerra,
Fuzil!
Servil!
Meu nobre amigo para guerra!
Ó! meu amado pendão,
Sagrado pavilhão,
Que a glória conduz,
Com luz,
Sublime
Amor se exprime,
Se do alto me falas,                                                                                   
Todo roto por balas!
REFRÃO { És a nobre Infantaria, etc...}  

Dia da Infantaria - 24 de maio

O Dia da Infantaria é comemorado no dia 24 de maio.

Infantaria é a mais antiga arma do Exército e é formada por soldados que podem combater em todos os tipos de terreno e sob quaisquer condições meteorológicas, além de poderem utilizar vários meios de transporte para irem para o campo de batalha.

Origem do Dia da Infantaria Brasileira

O Dia da Infantaria é comemorado no dia 24 de maio pois é na data do aniversário do seu patrono, Antônio de Sampaio.

Sampaio passou por diversos cargos no Exército, foi de alferes a brigadeiro, e por ter dedicado toda sua vida a Infantaria. Em 1940 ele foi declarado o Patrono da Arma de Infantaria do Exército Brasileiro.

sábado, 23 de maio de 2015

Caminho viável

Apesar da reação politicamente irracional de alguns movimentos da sociedade civil, que exigem o impeachment da presidente Dilma e acusam o PSDB de ter fugido da luta ao optar por outra ação contra o governo que não o crime de responsabilidade, as chances de sucesso da representação dos partidos de oposição por crime comum devido às "pedaladas fiscais" são muito maiores e têm base factual já comprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Além do que não há no momento condições políticas para um impeachment. O processo poderá até mesmo criar essas condições. [o único inconveniente do caminho das 'pedaladas fiscais' é que depende do Janot concordar em fazer a denúncia e do Zavascki aceitar.
E contra uma decisão do Rodrigo Janot pelo arquivamento não cabe recuso.]
 
A petição, preparada pelo jurista Miguel Reali Jr. será entregue ao procurador-geral Rodrigo Janot na próxima terça-feira, mesmo dia em que grupos de querem o impeachment chegam a Brasília para uma manifestação. A opção pelo crime comum é a alternativa politicamente mais consequente, pois contorna algumas das imunidades processuais que a Constituição dá aos Presidentes da República.


O Presidente só pode ser processado com autorização prévia de 2/3 da Câmara dos Deputados, e não pode ser preso por crime comum antes da sentença condenatória proferida pelo Supremo Tribunal Federal. Mas a principal proteção, razão pela qual o Procurador-Geral da República já recusou investigar Dilma no início da Operação Lava-Jato, é a chamada "relativa e temporária irresponsabilidade" pela prática de atos estranhos ao exercício de suas funções, como está previsto no art. 86, § 4º da Constituição.

 
Nesse caso, há uma discussão teórica sobre se a proibição de o Presidente ser "responsabilizado" por atos estranhos a seu mandato inclui a investigação do crime. Há juízes que consideram que o Presidente não pode ser condenado no exercício do cargo, mas pode ser investigado. Outros afirmam que a proteção à figura do Presidente da República existe em diversos países para impedir que uma eventual investigação que o considere culpado produza uma crise institucional.


Como as "pedaladas fiscais" foram realizadas no primeiro mandato, e têm repercussão nesse segundo, o Procurador-Geral Rodrigo Janot não poderá alegar as mesmas razões que o colocaram contra a investigação da Presidente devido à denúncia de que a campanha presidencial em 2010 recebeu dinheiro desviado da Petrobras em forma de doação legal. Janot, pediu, e foi atendido, que o ex-ministro Antonio Pallocci, que era um dos coordenadores da campanha, seja investigado pelo fato, mas alegou na ocasião que estava impedido constitucionalmente de investigar a presidente da República, com o que concordou o relator da Operação Lava-Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki, pois ela era apenas candidata quando o fato teria ocorrido, e, tendo sido eleita, fica protegida de ser processada por atos cometidos antes de se tornar Presidente.


As “pedaladas fiscais” do governo foram denunciadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em auditoria aprovada pelo plenário. Foi constatado que o Tesouro Nacional atrasou repasses a instituições como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil para pagamento de programas governamentais como o Bolsa-Família e Minha Casa, Minha Vida. Por isso os bancos estatais tiveram de usar recursos próprios para os pagamentos, o que caracterizou empréstimo ao Governo Federal, proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.


Como o TCU já considerou crime a ação, e por isso a encaminhou ao Ministério Público, os oposicionistas consideram quase impossível que o Procurador-Geral não aceite a representação. Se isso acontecer, o caso será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que indicará um relator entre os seus 11 ministros, que decidirá monocraticamente se autoriza a investigação.


Se houver a denúncia, o STF encaminhará à Câmara um pedido para processar a Presidente da República. Nesse caso, ela será afastada da presidência por 180 dias, até que a decisão final do pleno do STF seja tomada.


Fonte: Merval Pereira 
 

Oficial da reserva da Marinha é intimado para depor por pedir INTERVENÇAO MILITAR CONSTITUCIONAL - qual motivo de LULA e Stédile, que ameaçam publicamente a ordem pública com seu “exército” esquerdista, ainda não terem sido intimados?

Líder INTERVENCIONISTA será investigado pela POLÍCIA FEDERAL

Líder INTERVENCIONISTA será investigado pela POLÍCIA FEDERAL e pode ser enquadrado em lei que prevê até quatro anos de prisão.

O oficial da reserva da Marinha Sérgio Luiz Zorowich, apontado como um dos líderes dos protestos que pedem uma intervenção militar “constitucional” no Brasil, foi intimado para depor em um inquérito da Polícia Federal que, segundo ele, tem como objetivo enquadrar os defensores da volta do regime militar na Lei de Segurança Nacional.

O militar mora em Santos e recebeu a intimação há algum tempo, para depor na semana que vem.    O depoimento faz parte do inquérito 0161/15-4 instaurado pela Polícia Federal. A intimação não diz o motivo da investigação.     O militar disse que seu advogado apurou que a intenção seria usar a lei de segurança nacional contra os defensores da Intervenção Militar no Brasil. A lei prevê pena de até quatro anos de detenção.

Algumas postagens em blogs e redes sociais, atribuídas ao militar chamam a sociedade à oposição contra o governo.

“A PRESIDENTE DILMA E O EX PRESIDENTE LULA DESTRUÍRAM AS MINHAS EMPRESAS E MINHA FAMÍLIA , NOS FURTARAM E NOS DEIXARAM DOENTES _ PORTANTO EXIGIMOS A CASSAÇÃO E A PRISÃO DE AMBOS .”

O  militar foi dono de empresas que prestavam serviços à Petrobras e acabaram falindo, Zorowich é bastante ativo nas redes sociais, onde tem muitos seguidores e publica mensagens nas quais pede a ação imediata das Forças Armadas para realizar uma intervenção MILITAR. Ele chegou a acusar a presidente DILMA de ser ligada a grupos criminosos como  PCC e Estado Islâmico.   
 VÍDEO:O CASO ZOROVICH & PETROBRAS
 Sergio Luiz Zorovich, diretor presidente do Grupo Zorovich denuncia e acusa dirigentes da Petrobras de serem os responsaveis pela quebra de suas empresas por acordos e contratos não cumpridos.
A maior parte das pessoas que pedem Intervenção Militar não admite a hipótese de um impeachment e desejam que os MILITARES retirem a presidente e seu vice.  

Obviamente ninguém na mídia tradicional vai perguntar o motivo de LULA e Stédile, que ameaçam publicamente a ordem pública com seu “exército” esquerdista, ainda não terem sido enquadrados na mesma lei que pode ser usada contra o militar da RESERVA da Marinha do Brasil. 

Desse jeito vamos acabar acreditando que alguém tem medo que os grupos intervencionistas, ao expressar sua opinião, acabem convencendo as Forças Armadas a realizar a chamada Intervenção MILITAR Constitucional“.

Fonte:  Sociedade Militar

 

Multidão solitária (ou sem liderança?)

A oposição parece descrer da seriedade da multidão. Parece supor que seu clamor é como fogo de palha: labaredas altas, mas sem consistência, que se apagam com rapidez 

O que fragiliza as manifestações populares contra o governo Dilma é o que, em tese, deveria fortalecê-las: seu caráter espontâneo e apartidário. Não há dúvida de que o engajamento da sociedade, hoje, é bem mais consistente que ao tempo do impeachment do governo Collor, em 1992.

Mas aquele movimento seguiu uma rota mais clara e objetiva que a vislumbrada até aqui.
E o motivo é que, à frente das manifestações – produzindo-as e incentivando-as -, estavam os partidos políticos de oposição e toda uma vasta falange de entidades e instituições com eles articuladas: governos estaduais, prefeituras, centrais sindicais, entidades religiosas – numa palavra, a sociedade civil.

Hoje, embora o clamor da sociedade seja ainda maior, a ponto de dispensar monitoramentos, esbarra na ausência de comando e organicidade. [liderança = os políticos estão  sem credibilidade e isso faz com que as pessoas que começam a liderar qualquer movimento - agindo de uma forma até mesmo incompreensível - façam questão de deixar claro que não são políticos nem querem liderar nada. e as massas precisam ser lideradas, conduzidas. As entidades que deveriam representar a sociedade civil, incluindo a CNBB, OAB e ABI, estão aparelhadas pelo PT e, até aqui, não proferiram uma só palavra contra os sucessivos escândalos que têm vindo à tona.

Quando se manifestam é exatamente para questionar moral e ideologicamente os manifestantes, ainda que estes peçam o óbvio – justiça para os corruptos – e se revelem na conta dos milhões, perpassando todas as classes sociais. Os atos de corrupção que levaram à derrocada de Collor se afiguram quase infantis diante do que a Operação Lava-Jato vem revelando.

Objetivamente, tem-se um oximoro: uma multidão solitária, sem líderes. Um exemplo claro do que isso produz é a situação do grupo de rapazes, que lideram os movimentos que vêm organizando as manifestações. Eles saíram a pé, de São Paulo, há quase um mês, rumo a Brasília, com o objetivo de entregar ao Congresso um pedido formal de impeachment da presidente. O grupo articulou-se com alguns parlamentares, mas não com os comandos partidários. Resultado: dez dias antes da chegada à capital federal prevista para o dia 27 próximo -, a oposição desistiu de pedir o impeachment. Baseou-se num parecer do jurista Miguel Reale Junior, ligado ao PSDB, que desaconselha aquela via e sugere que se deponha Dilma pela via do Código Penal. [ou seja, foram desprezados pelos políticos; aliás, já afirmamos várias vezes que o PSDB e a chamada oposição podem querer tudo, menos o impeachment da Dilma.]
 
Reale acha que não há base jurídica para o impeachment, muito embora um colega seu, mais ilustre, Ives Gandra Martins, sustente o contrário. Reale prefere explorar as pedaladas fiscais cometidas pelo governo, o que colocaria no centro do processo não o Congresso, mas a Procuradoria Geral da República.[e Rodrigo Janot, por razões que até as pedras conhecem, não tem o menor itneresse em denunciar Dilma.]
 
O PSDB e os demais partidos de oposição acataram a tese, mas a justificaram com argumentos aritiméticos, não jurídicos. Para que o impeachment fosse aceito pela Câmara, dizem eles, precisaria de 342 votos favoráveis e estes não existiriam. Os manifestantes alegam que tampouco há garantias de que o procurador-geral Rodrigo Janot vá encaminhar o pedido ao STF e que muito menos este, por meio do ministro Teori Zavaski, vá aceitá-lo. Em tese, ambos os caminhos são complicados. O que pode descomplicá-los é exatamente a manifestação popular. [até mesmo a liderança mais natural, deputado JAIR BOLSONARO, tem evitado participar das manifestações exatamente para não deixar a impressão que está buscando vantagem da incomPTncia da Dilma.
BOLSONARO prefere chegar à presidência da República via urnas.]
 
O ritual planejado para a entrega do pedido de impeachment ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, teria (ou por outra, terá, já que a programação está mantida) por pano de fundo uma multidão, clamando por aquela providência. É difícil imaginar que, em tal cenário, o presidente da Câmara negligencie o pedido.  Ao receber das mãos dos presidentes da OAB e da ABI, em 1992, o pedido de impeachment de Collor, o então presidente da Câmara, Ibsen Pinheiro, declarou: “O que o povo quer esta Casa acaba querendo também”. O princípio, em tese não mudou, já que o papel daquela Casa continua sendo o mesmo.

Porém, a oposição parece descrer da seriedade da multidão. Parece supor que seu clamor é como fogo de palha: labaredas altas, mas sem consistência, que se apagam com rapidez. Diante das manifestações das ruas, mostra-se tão desconfortável quanto o governo, resignada ao papel burocrático de criticá-lo, mas jamais de depô-lo, ambos submetidos a um único e mesmo script.

O parecer de Reale frustra a multidão. Vejamos como reagirá.

 Fonte: Ruy Fabiano, jornalista
 

Levy, disfarça e pede pra sair - você não está agradando nem a NOMENKLATURA nem ao POVO. Você não merece ficar submisso a essa corja lulopetista

Levy está se sentindo cada vez mais um estranho no ninho do governo 

Gripado? Até que Joaquim Levy, ministro da Fazenda, estava gripado, ontem à tarde.
Mas não foi a gripe que o impediu de comparecer à entrevista coletiva onde ele e o ministro Nelson Barbosa, do Planejamento, anunciariam os cortes no Orçamento da União.
Levi não foi porque perdeu a guerra por cortes maiores. Acabou derrotado pela dupla Nelson-Aloisio Mercadante, chefe da Casa Civil. Os dois fizeram a cabeça de Dilma.

Assim, Levy quis demonstrar sua insatisfação.  No início da semana, Levy antecipara que os cortes ficariam entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões. Se dependesse dele, bateriam nos R$ 80 bilhões. Nelson e Mercadante esticaram a corda para que os cortes ficassem no máximo entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões. Ficaram em R$ 69,9 bilhões. Em cima da hora de começar a entrevista coletiva para o anúncio dos cortes, Levy telefonou para Nelson e disse que não iria. A conversa deles foi dura.

O nome de Levy, impresso em papelão e posto diante da cadeira que ele deveria ocupar, permaneceu lá até o fim da entrevista. Pura birra de Nelson.  Levy estava no seu gabinete no prédio do Ministério da Fazenda. E lá continuou o resto da tarde, despachando.
Os porta-vozes formais e informais do governo foram orientados a negar que exista qualquer rixa entre ministros. Muito menos entre Dilma e Levy. O ministro da Fazenda se queixa de estar praticamente sozinho no esforço de por as contas públicas em ordem.

Segundo ele, ou seus colegas e a presidente não se dão conta da gravidade da situação ou acham que poderão continuar empurrando o problema com a barriga. De público, Dilma não se empenha em defender Levy de forma enfática. Lula muito menos. O PT? Nem pensar.  Na última quarta-feira, Linbdberg Farias, senador pelo PT do Rio, meteu o pau em Levy, pediu a cabeça dele e assinou um manifesto contra o ajuste fiscal.

Dilma respondeu que Levi merecia sua confiança. E foi só.  A verdade é que Levy é um estranho no governo. É visto como um estranho pela maioria dos seus colegas ministros. Tratado como um estranho. E se sente um estranho. Acha que ainda é possível fazer o que se propõe porque o Orçamento da União não passa de uma peça de ficção.
O que de fato valerá será o controle diário das despesas da boca do caixa. Levy se imagina como dono da chave do cofre.

A conferir.

Fonte: Blog do Noblat


O que Lula fez para escapaz do MENSALÃO - PT

Os segredos do mensalão, dez anos depois

A história secreta de como o ex-presidente Lula escapou do escândalo de suborno que levou à prisão congressistas, empresários e toda a cúpula do PT

Na edição de 18 de maio de 2005, VEJA publicou uma reportagem exclusiva sobre um funcionário dos Correios filmado quando embolsava uma propina de 3 000 reais. Era puxado ali o fio da meada do mensalão, o primeiro dos dois esquemas de compra de apoio político engendrados no governo do PT. Nos doze meses seguintes, o Congresso esquadrinhou cada peça dessa engrenagem criminosa abastecida com recursos desviados dos cofres públicos. 
 O ex-presidente Lula sobreviveu à CPI do mensalão, não foi acusado pelo Ministério Público e não pôde ser incluído no processo do Supremo Tribunal Federal: mais que habilidade(Alex Majoli/Magnum Photos/VEJA)
É bom ter em conta que durante o MENSALÃO - PT ser Lula o chefe da organização criminosa era algo apenas insinuado, murmurado. Hoje, ja se fala abertamente que ele é o chefe de todos os crimes cometidos pelo PT, incluindo o mais recente, PETROLÃO - PT, embora tenha ainda o CAIXÃO - PT, BRASILZÃO - PT, ELETROLÃO -T, BANDESÃO - PT e outros.
Os resultados produzidos representaram um ponto fora da curva na tradição de impunidade que beneficia os poderosos. Com base em provas colhidas pela CPI dos Correios, três deputados tiveram o mandato cassado, quarenta pes­soas foram denunciadas pelo Ministério Público e 24 condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A antiga cúpula petista foi sentenciada à prisão. Antes cotado para a sucessão de Lula na Presidência, José Dirceu passou quase um ano atrás das grades numa penitenciária em Brasília. Banqueiros e empresários ainda estão encarcerados. Os criminosos de punho de renda foram finalmente apresentados ao castigo - não sem antes ouvir uma reprimenda moral histórica. "São eles, corruptores e corruptos, os profanadores da República, os subversivos da ordem institucional, são delinquentes e marginais da ética do poder", disse o decano do STF, o ministro Celso de Mello.

Hoje, o mensalão ocupa um papel secundário no panteão dos escândalos nacionais. Foi superado, em cifras e ousadia, pelo petrolão, mas alguns de seus pontos ainda precisam ser elucidados. O mais intrigante deles é como o ex-­presidente Lula se livrou da responsabilidade no caso, se era, em última instância, o principal beneficiário dos votos comprados no plenário da Câmara. VEJA desta semana desvenda como Lula escapou do risco de ser apontado como o chefe do mensalão e de responder a um processo de impeachment durante a CPI dos Correios. O sucesso da blindagem ao ex-­presidente não decorreu apenas da capacidade de negociação de seus articuladores políticos. 

O PT negociou o silêncio do empresário Marcos Valério quando ele - às vésperas da conclusão da CPI dos Correios - avisou que acusaria Lula de comandar o mensalão se não recebesse uma ajuda financeira milionária. Um empresário amigo foi convocado para pagar a fatura e Valério se recolheu. Lula se livrou da CPI, reelegeu-se em 2006 e foi o efetivo cabo eleitoral de Dilma em 2010. Em 2012, Valério contou parte de seus segredos ao Ministério Público, tentando um acordo de delação premiada. Já era tarde. Lula não podia mais ser incluído no processo. O empresário cumpre uma pena de 37 anos de prisão. Definitivamente, não fez um bom negócio.

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Outros destaques de VEJA desta semana

 

Dilma e a classe média na penúria - acabou a festa da classe C

A classe média na penúria

Produtos e serviços com elevação de preços maior que a inflação oficial destroem o poder de compra e obrigam milhões de brasileiros a mudar os hábitos de consumo

Enquanto a crise econômica não chega ao bolso das pessoas, elas tendem a achar que os problemas anunciados pelos especialistas não passam de miragem. O PIB empacou? Os investimentos caíram? O governo trabalha sem superávit? Se isso não afeta a vida ou trabalho de alguém, provavelmente não vai significar coisa alguma. Mas as questões financeiras dos brasileiros passam por um momento singular. A inflação, aquela velha senhora que parecia domada pelo Plano Real, está de volta. Junto dela, ressurgem lembranças ruins e os temores que pareciam confinados a um passado distante. Para quase todo mundo, não há nada mais chocante e verdadeiro no campo econômico do que a descoberta de que os preços estão em forte disparada. Isso não só escancara a crise – sim, ela está aí e desta vez veio com força – como causa impactos financeiros imediatos. 

DE SAÍDA
Paolina Pin, 21, trancou a faculdade para estudar nos EUA. “Mesmo com o dólar
a R$ 3, sai mais em conta viver lá do que morar sozinha em São Paulo”, diz.
Paolina mora com a mãe, a empresária Catia, 43, e o irmão, Levi, 2.
Para economizar, Catia tem cortado o cabelo do filho em casa

Para a classe média, essa realidade é ainda mais cruel. A conta para esse grupo de brasileiros está pesada. Entre janeiro e abril, as mensalidades escolares subiram, em média, 10%. No supermercado, alguns alimentos ficaram, neste ano, 40% mais caros. O preço da gasolina acelerou 9%. Nos cursos de idiomas, a alta superou 11%. Tudo isso para uma inflação oficial de 4,56% nos quatro primeiros meses de 2015. Está caro demais viver no Brasil – e, se o governo não agir com tenacidade, vai ficar ainda mais.

O estouro inflacionário deixou a classe média no sufoco e vem provocando mudanças nos hábitos de consumo. A publicitária e blogueira Loreta Berezutchi, 32 anos, está acostumada a fazer contas para encaixar as necessidades e caprichos dos filhos Pedro, 7, e Catarina, 5, no orçamento que divide com o marido, o engenheiro civil Flávio, 37. No começo do ano, quando viu que as mensalidades da escola subiriam cerca de 15%, Loreta passou um pente fino na imensa lista de materiais pedidos e reciclou lápis, pastas e cadernos. Ao perceber que o avanço dos preços era generalizado, sobretudo o do leite, que praticamente passou a custar o dobro, a blogueira tomou medidas ainda mais radicais. Cortou os R$ 300 que ela e o marido gastavam na academia e dividiu um professor com outros moradores do prédio onde mora, ao custo de R$ 70 por pessoa. Na mesma época, o plano de celular e internet, que antes custava R$ 99, aumentou para R$ 135. “Não dava para manter como estava”, diz Loreta. “Então reduzi meu tempo de ligação e dados de internet. Continuei pagando o mesmo valor, mas por um serviço pior.”

A família de São Paulo mostra como a inflação, aliada à desaceleração da economia, tem reduzido o poder de compra da classe média nos últimos meses. Agora, esses brasileiros não só deixam de sair de casa para jantar, como prestam mais atenção às ofertas e batalham descontos, dão menos importância às marcas, frequentam menos os salões de beleza e evitam os passeios em shopping centers. Alguns chegaram a adiar a troca do carro e, a despeito dos protestos dos filhos, cancelaram a viagem das férias de julho. O cenário pessimista é compartilhado por empresários e economistas. Na semana passada, o mercado elevou suas projeções pela quinta vez consecutiva e a expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a medida oficial da inflação no Brasil) encerre o ano em 8,31%. Se o número provar-se verdadeiro, essa será a maior variação em 12 anos.
 
Embora os preços nos supermercados e restaurantes assustem, o que mais pesa para a classe média são as despesas com habitação. Nesse grupo social, as casas costumam ter mais equipamentos eletrônicos e lâmpadas. Por isso, gastam mais energia. Não por acaso, o recente reajuste nas tarifas elétricas atingiu em cheio a população. De janeiro a abril, segundo o IPCA, a conta de luz subiu 38%. Considerando só a classe média, esse item aumentou 19% apenas em abril e 47% neste ano, de acordo com o Índice do Custo de Vida da Classe Média (ICVM), elaborado pela Ordem dos Economistas do Brasil. O ICVM mede a variação dos preços de 468 itens na Grande São Paulo, mas, segundo seu coordenador, o economista José Tiacci Kirsten, tem alcance mais amplo, já que o comportamento não difere muito no interior do Estado.

Na hora de pagar as contas, o aumento sentido parece muito maior que as estatísticas oficiais. Parte dessa sensação pode ser explicada pela economia comportamental. O psicólogo israelense Daniel Kahneman, vencedor do prêmio Nobel de Economia em 2002, afirma que as pessoas tendem a dar mais importância aos eventos negativos que positivos. No livro “Rápido e Devagar – Duas Formas de Pensar”, Kahneman cita um experimento para comprovar sua tese. Segundo ele, uma única barata tira todo o apelo de um pote cheio de cerejas, mas uma única cereja é incapaz de tornar um pote de baratas mais atraente.

É fácil de entender como o raciocínio se aplica à economia. Basta colocar lado a lado três produtos com o mesmo peso: A, B e C. Se o valor de A subir 10%, o de B permanecer estável e o de C cair 10%, a inflação no período será zero. Contudo, para quem consome mais o produto A – item, portanto, que terá mais peso na cesta –, a sensação de que a inflação subiu é muito maior. “Na prática, famílias com crianças em idade escolar percebem uma inflação mais alta quando ocorrem aumentos nas mensalidades escolares e famílias com idosos a percebem com os aumentos dos remédios e planos de saúde”, diz André Braz, analista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas. “Já famílias de baixa renda, aquelas que recebem até 2,5 salários mínimos mensais, notam mais a inflação quando os preços dos alimentos e das passagens de ônibus urbano ficam mais caras.” Assim, para chegar a uma média nacional, o IPCA é medido em 13 regiões metropolitanas e abrange famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos.

Alguns economistas argumentam que um pouco de inflação não faz mal. Em países estáveis e com economia relativamente desenvolvida, uma taxa ao redor de 2% e 3% é até saudável para o crescimento do PIB. Isso porque estimula os investimentos, o aumento dos salários e o consumo – se um produto ficasse mais barato dia após dia, não haveria razão para comprá-lo agora, nem investir na compra de um equipamento, no caso de uma empresa. Mas a questão brasileira é bem diferente. Quando o índice ultrapassa o limite saudável, os efeitos são perversos. Segundo o próprio Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, essas distorções podem ser observadas “no encurtamento dos horizontes de planejamento das famílias, empresas e governos, bem como na deterioração da confiança de empresários.” Em resumo, corrói o poder de compra, o consumo e o potencial de crescimento da economia, o que afeta também a geração de empregos e a renda. É nesse pesadelo que o País está mergulhado.

Quando fizeram as contas de quanto gastariam numa noite de diversão no Rio de Janeiro, a produtora de eventos Raphaela Rodrigues, 32 anos, e o publicitário André Olive, 45, desistiram de sair na última hora. O valor do ingresso do show (R$ 80 para cada) mais o táxi (R$ 75) e os gastos com bebida seriam um exagero que não podem mais cometer. Optaram por fazer um jantar em casa. “Tinha preguiça de cozinhar, mas agora não tem outro jeito”, diz Raphaela.



(Com reportagem de Ludmilla Amaral e Luisa Purchio)
Fotos: Airam Abel/Ag. Istoé, Thiago Bernardes/Frame; Frederic Jean/Ag. Istoé 

Cortes vão parar obras em rodovias federais - Lula relata a Dilma insegurança de empresários com efeitos do ajuste

Lula relata a Dilma insegurança de empresários com efeitos do ajuste - O Brasil vai parar e só Dilma, a corja petralha e o Levy não querem admitir

Foi ativada a combinação mais perversa: RECESSÃO + INFLAÇÃO = ESTAGFLAÇÃO 

Tateando no escuro -  Lula relatou nesta sexta-feira a Dilma Rousseff e ministros do núcleo político que tem recebido em seu instituto empresários inseguros quanto aos efeitos do ajuste fiscal e à estratégia para retomar o crescimento. Representantes do PIB disseram ao ex-presidente que, além disso, a instabilidade política gera dúvida sobre a aprovação no Congresso de medidas com impacto na economia e que há incerteza até sobre a disposição da presidente de sancionar ou vetar pontos desses projetos.

Lado bom - Passado o anúncio do bloqueio no Orçamento, Lula e Dilma definiram que é preciso afinar o discurso do ajuste e divulgar a versão de que, mesmo com os cortes, o governo tem investimentos mais robustos que os dos governos pré-PT. [só que estão mentindo e mesmo que falassem a verdade . a presidente mentiu deslavadamente durante a campanha eleitoral - os governos pré-PT  é coisa de mais de 12 anos.]

Fonte: UOL/Notícias


sexta-feira, 22 de maio de 2015

A SOMBRA DA DERROTA DO AJUSTE FISCAL



Ponto alto da sessão inconclusa do plenário do Senado, na noite de quarta-feira, foi o discurso  do senador Lindbergh Farias,  do PT do Rio de Janeiro.  Liderando um grupo de onze rebeldes senadores da base governista, entre eles Paulo Paim, também do PT, emocionado, o ex-presidente da UNE e ex-prefeito de Nova Iguaçu,  explicou porque votaria contra  a medida provisória do esbulho dos direitos trabalhistas e previdenciários. 

Redimiu parte das esquerdas que não aceitam o neoliberalismo da presidente Dilma e do ministro Joaquim Levy, porque a conta do ajuste fiscal não pode ser enviada apenas para o trabalhador.   Lindbergh criticou e pediu o abandono  da política econômica do governo, sendo aplaudido pelas galerias cheias de sindicalistas e pela oposição a Madame. Leu um manifesto de intelectuais, contra a estratégia desenvolvida pelo palácio do Planalto. Outros oposicionistas solidarizaram-se com ele e Paim:  Lídice da Mata, Roberto Rocha, Antônio  Carlos Valadares e  João  Capiberibe, do PSB, Randolfe Rodrigues, do PSOL, Roberto Requião, do PMDB, Cristovam Buarque, do PDT, Marcelo Crivela, do PRB, e Hélio  José, do PSD.

Foi com base nesses dissidentes e pelo adiantado da hora que os lideres do governo, apoiados  pelo presidente Renan Calheiros, decidiram adiar para a próxima terça-feira a votação da medida provisória 664, que reduz  direitos do  salário  desemprego, do abono salarial e dos pescadores. A matéria seria rejeitada, o quórum diminuía  e a sombra da derrota foi   adiada para a semana que vem.  A guerra será de foice em  quarto escuro, inexistindo garantias de que o governo sairá vencedor.  Uma desmoralização dos diabos para os donos do poder. Neste fim de semana os líderes das bancadas governistas estarão refazendo contas e procurado senadores postos em dúvida, claro que levando em suas  bagagens múltiplos atos de nomeação para cargos do segundo escalão, com o que imaginam poder virar o jogo das  especulações.

ACREDITAR, POUCOS  ACREDITAM
Os governadores estaduais deixaram Brasília   mais  ou  menos como chegaram:  desconfiados do haver participado  de uma reunião que a pretexto de discutir o pacto federativo, resumiu-se a um exercício de enxugar gelo e ensacar  fumaça.   Reunidos pelo  presidentes da Câmara e do Senado, com apenas três ausências, os governadores acreditam que dificilmente o Congresso poderá suprir o vazio de suas dificuldades de caixa, de dívidas e de investimentos, coisa que apenas ao governo federal seria dado resolver. Os super poderes do palácio do Planalto tem sido utilizados para aumentar  as agruras dos estados, que por sinal apresentam reivindicações até  contraditórias. A Federação cada vez mais transforma-se em  peça de ficção.

Fonte: Carlos Chagas,  jornalista – Diário do Poder

LIXO MORAL – O assassino do médico Jaime Gold vira vítima e herói - se a sociedade tivesse tido a sorte do jovem 'di menor ter sido abatido com uma bala certeira, certamente alguns crimes não teriam sido cometidos pelo bandido hoje herói


LIXO MORAL – O assassino do médico Jaime Gold vira vítima e herói; no fim das contas, culpada é a classe social do morto


O lixo moral dos nossos dias é asqueroso. Ele transforma algozes em vítimas; vítimas em algozes. Inverte a lógica das responsabilidades. Impõe ao homem comum, que trabalha, que estuda, que luta para ganhar a vida, a pergunta permanente: “O que você pode fazer em benefício daquele que aponta um arma contra a sua cabeça? Onde está a sua culpa na facada que você levará um dia?”.

Faz sucesso nas redes sociais a matéria do jornal Extra, do Rio, sobre o menor de idade que assassinou o médico Jaime Gold, de 56 anos, na última terça. A reportagem conta a trajetória do adolescente de 16 anos, apreendido pela primeira vez em 20 de junho de 2010, aos 11, acusado de roubar um celular e dinheiro de um pedestre na Lagoa Rodrigo de Freitas. Sob a manchete “Duas tragédias antes da tragédia – Sem família e sem escola”, o jornal transforma o jovem em vítima das circunstâncias. 

Leiam este trecho: “O pai, ele só viu duas vezes. A mãe, catadora de latas, foi indiciada por abandoná-lo com fome na rua. A outra barreira de proteção ao menor também falhou: ele desistiu dos estudos no sexto ano. E a recíproca foi verdadeira, a escola também desistiu dele”.

Viram só? Não foi ele quem deu as facadas em Jaime Gold, mas as circunstâncias, especialmente a escola que teria “desistido” dele.  Está chegando às bancas o livro “Podres de Mimados – As consequências do sentimentalismo tóxico”, do psiquiatra inglês Theodore Dalrymple. Transcrevo um trecho em que ele caracteriza uma distorção moral, que teve início com o que chama “era do sentimentalismo romântico”:
“A exibição de vícios tornou-se prova de que [o homem] foi maltratado. Aquilo que se considera defeito moral tornou-se condição de vítima, consciente ou não, e, como a humanidade tinha nascido feliz, além de boa, a infelicidade e o sofrimento eram igualmente prova de maus-tratos e de vitimização. Para restaurar no homem seu estado original de felicidade e bondade, era necessária, portanto, uma engenharia social em larga escala. Não surpreende que a revolução romântica tenha levado à era dos massacres por razões ideológicas”.

É brilhante! Os humanistas do pé quebrado, no fim das contas, são potenciais assassinos em massa. Se o homem nasce puro e é corrompido por uma sociedade má, ele é inimputável, e a culpada é da dita-cuja. Logo, ou refazemos a civilização, ou não há esperança. Para tanto, será necessário que uma força de vanguarda, mais consciente do que a plebe rude, faça esse serviço.

Os fascistas tomaram a tarefa para si.  Os comunistas também.  Deu no que deu. Uns e outros se esqueceram de que os indivíduos devem responder por seus atos. Só os liberais, coitados, que apanham todo dia da imprensa de esquerda, se incomodam com isso.
É o lixo moral e tóxico dos nossos dias.

Por: Reinaldo Azevedo - Blog na Veja