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quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Ministério da Igualdade Racial, de Anielle Franco, gastou metade das verbas de 2023 com viagens - O Estado de S. Paulo

A conta diz respeito a verbas discricionárias, de uso livre, e não inclui emendas parlamentares executadas pela pasta e nem gastos com servidores. Os dados foram levantados pelo Estadão usando o sistema Siga Brasil, do Senado Federal.

 Gastos do Ministério da Igualdade Racial com passagens e diárias

Em resposta à reportagem, o Ministério disse apenas que mais investimentos em políticas públicas estão “programados”, embora ainda não tenham sido concretizados.

Anielle Franco criou polêmica ao usar um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir de Brasília a São Paulo (SP) neste domingo (24), onde assistiu à final da Copa do Brasil no Estádio do Morumbi. Na ocasião, Anielle também assinou um “protocolo de intenções” de combate ao racismo nos Esportes – o ato público foi feito em parceria com os colegas André Fufuca (Esportes) e Sílvio Almeida (Direitos Humanos). Este último usou um voo comercial para ir à capital paulista. Já Fufuca usou o voo da FAB, como Anielle.

Nesta terça-feira (26), o episódio da viagem a São Paulo resultou na demissão de uma das assessoras que estavam com Anielle Franco no Morumbi. Chefe da Assessoria Especial da pasta, Marcelle Decothé fez postagens com ofensas de cunho racial em seu perfil no Instagram. “Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade… Pior tudo de pauliste”, escreveu ela.

Desde que foi nomeada para o cargo, Decothé fez 19 viagens a serviço, segundo o Portal da Transparência, ou um deslocamento a cada 12 dias, em média. Três delas para o exterior: Colômbia, Estados Unidos, Portugal e Espanha.

Enquanto esteve no cargo, a assessora, que era considerada uma das mais próximas de Anielle Franco, gastou R$ 130,5 mil com diárias e passagens das viagens, de acordo com o Portal da Transparência.

(...) 
 
A viagem mais cara de Anielle foi para Nova York e Washington, nos EUA, de 28 de maio a 01 de junho. Segundo o portal da Transparência, a viagem custou ao todo R$ 63,6 mil
Um único trecho de São Paulo a Nova York saiu por R$ 23,8 mil. 
O evento foi a reunião do Fórum Permanente sobre Afrodescentes da ONU, segundo justificativa do ministério, e a viagem foi classificada como “urgente” – ainda que a programação do evento estivesse disponível no site da ONU desde o dia 19 de abril.

Ao justificar a urgência, a pasta escreveu que “não foi possível atender o prazo para solicitação da viagem, visto que a deliberação da agenda da sra. ministra estavam (sic) em tratativas para um aproveitamento melhor da viagem para um aproveitamento melhor da viagem para articulações das demais agendas a ocorrer na mesma missão”.

O que diz o Ministério da Igualdade Racial

Procurado pelo Estadão, o Ministério da Igualdade Racial (MIR) disse que “há um descompasso” entre os gastos planejados em políticas públicas e aqueles com viagens. A pasta diz ter R$ 35 milhões “programados” para suas ações, a serem executados em breve

“Na presente data, 100% da Ação Orçamentária destinada para a implementação das políticas do MIR estão programadas, representando o valor de R$35.347.175,04″, diz a nota. 

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Política - O Estado de S. Paulo

 

Bancada ruralista reage ao STF, inicia obstrução e adere à PEC que limita poderes do tribunal - OEstado de S. Paulo

Levy Teles

Frente Parlamentar da Agropecuária aumenta pressão contra a Suprema Corte, que considerou inconstitucional o marco

 Em reação à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do marco temporal e por conta da retomada de temas como aborto e porte de drogas, a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) e outras bancadas iniciaram obstrução e declararam apoio a um projeto de emenda à Constituição (PEC) que pretende sustar decisões da Corte, como revelou a Coluna do Estadão
Deputados planejam não marcar presença no plenário e em nenhuma comissão para impedir a formação de quórum e barrar votações em qualquer instância da Câmara.
 
 A posição dos grupos indica o ultimato dado ao Senado para aprovar o princípio que só permite demarcação de terras indígenas ocupadas até 1988, ano da promulgação da Constituição. 
O marco temporal foi revogado pelo Supremo na semana passada.

O projeto de lei que restitui a vigência do marco temporal está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O relatório passará por votação no colegiado nesta quarta-feira, 27, para então ir a plenário. Não há expectativa que a proposta vá imediatamente a plenário em caso de aprovação na CCJ.

Como também mostrou o Estadão, deputados aproveitaram a última sessão da CCJ para mandar mensagens ao Supremo. “Não podemos aqui abrir mão da nossa prerrogativa de legislar, senão fechemos o Congresso de uma vez e aguardemos que todas as questões sejam resolvidas pelo STF”, disse Sérgio Moro (União-PR).

Ao lado de outras frentes parlamentares identificadas com pautas conservadoras, a bancada ruralista publicou uma nota oficial nesta terça-feira, 26, Os grupos dizem que não aceitarão interferência na prerrogativa do Congresso Nacional legislar. “Tomaremos as devidas medidas para reestabelecer o equilíbrio entre Poderes”, afirmou o texto.

O presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), afirmou que já dialoga com líderes dos partidos a fim de abrir espaço para discutir a PEC que pode sustar decisões não-unânimes do STF. “A gente precisa fazer um movimento político que demonstra a insatisfação do Poder Legislativo com essa invasão de competência”, disse. “A gente quer abrir uma comissão especial para discutir o texto. Para isso, precisamos do apoio dos líderes. Vamos conversar com eles”, disse ele, que procurou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar do tema.

A PEC, de autoria do deputado Domingos Sávio (PL-MG), altera a Constituição Federal e diz que seriam necessários 1/3 de membros da cada casa — isto é, 171 deputados e 27 senadores — para apresentar proposta de decreto legislativo que susta decisões sem aprovação unânime do STF. “Não há que se falar em um ‘Poder Supremo’ para o Judiciário, mas antes em dever Supremo de assegurar o respeito às leis elaboradas por aqueles que detém o poder que emana do povo”, justifica o parlamentar.

LEIA TAMBÉM: ‘Não estamos fazendo picaretagem com os precatórios; não tem pegadinha’, diz secretário do Tesouro

Sávio já tinha apresentado a PEC no ano passado e fez ajustes. 
A nova versão da PEC reduziu o número de deputados necessários para propor um decreto legislativo para revogar decisões do STF. 
Na versão original, a proposta dizia que a maioria absoluta dos deputados tinha que endossar a apresentação do decreto legislativo. Na nova versão, basta a adesão de 1/3 da Casa.

Política - O Estado de S. Paulo

 

 

terça-feira, 26 de setembro de 2023

A ministra flamenguista curtiu bastante o voo de jatinho da FAB que você paga - Alexandre Garcia

Vozes - Alexandre Garcia

 A ministra flamenguista curtiu bastante o voo de jatinho da FAB que você paga

Foto: Ten. Enilton/FAB/divulgação

[essa ministra me envergonhou e a milhões de brasileiros - envergonhar o Brasil e aos brasileiros é o que ela mais faz - PORÉM, considerando que o MENGÃO é milhões de vezes maior que  a ministra caroneira, continuarei FLAMENGUISTA; 

Considerando que  o governo que a caronista está amontoada, é bem menor que  que a atual administração do MENGÃO, continuarei FLAMENGUISTA.

Considerando que tanto a ministra, quanto o DESgoverno petista e a administração do MENGÃO,  logo passarão,  continuarei FLAMENGUISTA - mas, as minhas custas e quando de moto usando capacete, seja em favela ou em áreas nobres.

Foi péssimo perder o título, mas serviu para compensar a covardia que a direção do MENGÃO fez com o Dorival Júnior. E, pior seria, se o campeão tivesse sido o 'curintians'.]

Muito irônico que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, tenha tomado um avião da FAB para ver o jogo São Paulo e Flamengo. 
Ela ainda teve talvez ingenuidade ou empolgação, de agir como autoridade, de gravar e pôr na rede social: “olha, não é como flamenguista, mas eu estou indo aqui porque lá vai ter evento, que futebol não é racismo e tal, então eu vou embarcando no jatinho”
Gravou de dentro do jatinho, toda feliz que estava usando o jatinho de ministra
Por sua vez, seu colega de ministério, o ministro dos Direitos Humanos, que faz parte da igualdade racial, tomou avião de carreira que custa aí, sei lá, R$ 2 mil, sendo que o jatinho custa uns R$ 70 mil para fazer esse voo. Do contribuinte, é claro.
 
Isso está fazendo barulho nas redes sociais. E é muito bom que a gente cobre, porque se o ministro pode, perfeitamente, pegar voo mais barato, por que ele vai cobrar mais do contribuinte que já paga seu salário, já lhe dá apartamento grátis, já lhe dá a mordomia, o motorista, tudo isso? A partir disso, aproveitando, a gente fala de cor da pele aqui.  
A Anielle e o ministro têm a mesma cor de pele, o que é absolutamente irrelevante, porque o que vale é o caráter das pessoas.
 
Próxima ministra do STF?
Perguntaram para o presidente Lula hoje, se vai ser uma negra a nova ministra do Supremo, em substituição à Rosa Weber, que sai dia 2 de outubro. 
Ela sai da presidência nesta semana, assume Barroso, pois ela completa 75 anos, que é a idade limite. 
E Lula respondeu muito racionalmente. Disse que o critério não é esse. E está muito certo.  
Seria absurdo se o critério fosse sexo ou cor da pele, sendo que o critério previsto na Constituição, para Ministro de Supremo, é notável saber jurídico
Não fala nem de ser formado em Direito, é notável saber jurídico. 
E para Procuradoria Geral da República é alguém da carreira do Ministério Público Federal que tenha mais de 35 anos. 
É esse o critério, e está certo
(...) 
Eu acho que deveria ser o mais brilhante juiz de carreira, mas não é o que diz a Constituição.
 
Aquecimento global
Tem coisas incríveis por aí. Agora, por exemplo, eu vi estudo de uma Universidade do Canadá, Universidade de Waterloo, mostrando que leito de UTI lança na atmosfera mais gases nocivos ao buraco de ozônio que cinco famílias canadenses.  
Só faltou dizer: “mata logo o sujeito que tá na UTI para não afetar o buraco do ozônio”, meu Deus do céu, a que loucura estão chegando. 
Aliás, a propósito disso, eu vi que o Instituto Nacional de Meteorologia disse que há 62 anos não fazia tanto calor. 
Isso significa que 62 anos atrás fazia mais calor do que hoje. 
Só que ninguém chamava de aquecimento global. 
Era apenas ciclo de explosões solares e de aquecimento dos oceanos. 
E aí não tinha essa celeuma toda. Eu passei por isso quando tinha 20 anos. E pronto.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


Os supremos gastos do Senado - Silvio Navarro

Revista Oeste

Isolados da sociedade, os senadores assistem de joelhos ao avanço do Supremo Tribunal Federal sobre as leis e gastam uma fortuna dentro e fora de Brasília

Plebiscito aborto

 Plenário do Senado Federal | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Na última quarta-feira, a votação do marco temporal para demarcação de terras indígenas demonstrou exatamente o que está acontecendo no Brasil. Enquanto o Senado finalizava o debate sobre o tema na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) resolveram fazer o mesmo — inclusive, no mesmo horário, com transmissões simultâneas da TV Senado e da TV Justiça
A base do governo entendeu o recado e travou a sessão para permitir que o STF legislasse sobre o assunto. 
 
O governo abriu mão do embate no Congresso porque não tem maioria para impor sua vontade: a de que os indígenas tenham direito a terras ocupadas anteriormente à criação do Estado brasileiro — algo que remete a 1800, com a vinda da família real portuguesa para a América. 
Pelo rito normal, essa tese não passou na Câmara nem avançará no Senado. 
Mas que governo precisa do Legislativo se tem ministros ideologicamente alinhados no STF? 
A Corte formou maioria contra o marco temporal. 
 
Os senadores só devem concluir a votação, a favor da aplicação da regra temporal, no final de setembro. Como essa confusão será resolvida é um mistério. Há entendimentos difusos tanto de parlamentares quanto no meio jurídico. Defensores do marco afirmam que o STF só analisa casos pontuais — a votação em andamento é sobre a posse de área em Santa Catarina — e que é papel do Legislativo formular leis. 
O governo, contudo, diz que será formada jurisprudência pela inconstitucionalidade do marco e que isso valerá para todos os casos nos tribunais do país. 
 
É um retrato do atropelo das funções constitucionais que ocorre sistematicamente na Praça dos Três Poderes. 
A ministra Rosa Weber pautou a descriminalização do aborto até três meses de gestação — ela se aposentará no dia 2 de outubro. 
A intenção é deixar registrado seu voto a favor do pedido do Psol, de 2017, para liberar o aborto — é crime, segundo os artigos 124 e 126 do Código de Processo Penal. 
Ou seja, Rosa Weber pode ajudar o pleito da esquerda no futuro, mesmo longe da Corte.

“A sociedade não é ‘progressista’, mas conservadora, pró-vida”, afirma o senador Marcos Rogério (PL-RO). “Estamos discutindo com o presidente do Senado um plebiscito para que a sociedade seja ouvida sobre isso. Se eles (ministros do STF) têm dúvidas sobre qual é o desejo da sociedade, vamos fazer um plebiscito e ouvir o povo brasileiro, especialmente as mães do Brasil. Não dá para driblar o Poder Legislativo e querer, pelo Judiciário, criar normas contra aquilo que a sociedade pensa.”

Outro assunto é a liberação do porte de drogas para consumo próprio — a Corte já tem cinco votos favoráveis. Este último tema foi capaz de tirar da inércia o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 
Num lampejo de sinal de vida do Congresso, ele apresentou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) na contramão do STF. “A lei considerará crime a posse e o porte, independentemente da quantidade, de entorpecentes e drogas afins sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar”, diz o texto do Senado. Nos bastidores, contudo, parlamentares e assessores afirmam que o pano de fundo para a reação de Pacheco não foi nenhum sopro de bravura, mas a certeza de que seu plano de conseguir uma vaga no Supremo no lugar de Rosa Weber naufragou. [não importa o motivo do sopro de bravura do Pacheco, o 'omisso', o importante é que ele se posicionou.]
 
A oposição também conseguiu apoio de alguns parlamentares que ainda não sabem bem como foram parar no Senado para investir na mudança do processo de impeachment de ministros do STF. 
É um projeto de autoria do ex-senador gaúcho Lasier Martins (Podemos), que tira a decisão das mãos do presidente do Senado depois de 15 dias. Ou seja, se nesse período ele não tomar nenhuma decisão, os integrantes da Mesa Diretora podem se reunir e tomar a decisão de levar ou não o caso adiante. 
Nos últimos cinco anos, Rodrigo Pacheco e seu antecessor, Davi Alcolumbre (UB-AP), engavetaram mais de 80 pedidos.

(...)

Festa cara
Além da inoperância, nos últimos anos, a Casa também se tornou símbolo do distanciamento com a sociedade. Como são eleitos para um mandato de oito anos — muitas vezes exercido por um dos dois desconhecidos suplentes —, os senadores desaparecem depois das urnas. Dificilmente um eleitor conhece um único projeto do representante do seu Estado em Brasília. Ou, diante da deterioração dos quadros políticos, se lembre de um discurso útil.

Cinco eleitos, por exemplo, nem chegaram a tomar posse, porque estão no Ministério de Lula. 
Os eleitores não são representados pelos nomes que escolheram nas urnas. 
Não é exagero afirmar que muitos eleitores nem sequer conhecem o rosto dos desconhecidos Fernando Farias (AL), Margareth Buzetti (MT), Mauro Carvalho Junior (MT), Jussara Lima (PI), Ana Paula Lobato (MA) e Augusta Brito (CE). Ana Paula é mulher do presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Othelino Neto (PCdoB), amigo de Flávio Dino.


(...)

De acordo com dados do Orçamento, o Congresso brasileiro custa R$ 40 milhões por dia, inclusive quando não há expediente. São quase R$ 14 bilhões por ano — cerca de R$ 8 bilhões para a Câmara e R$ 6 bilhões para o Senado. 
Esse dinheiro reúne desde os gastos com os salários dos parlamentares e funcionários até aqueles com a manutenção dos elevadores e o cafezinho. O custo mensal dos gabinetes envolve passagens aéreas para os respectivos Estados, carro com motorista e gasolina, apartamentos funcionais — ou auxílio-moradia de R$ 5,5 mil para senadores — e plano de saúde vitalício para a família. 
 
A Câmara tem 513 cadeiras, renovadas a cada quatro anos
No Senado, são 81, renovadas em duas etapas: os mandatos são de oito anos, mas as eleições ocorrem em duas etapas — a cada quatro anos, duas vagas, e depois, uma. Ao contrário da Câmara, o Senado não tem uma divisão proporcional no número de cadeiras pelo tamanho do eleitorado do Estado. Isso faz com que as Regiões Nordeste e Norte, por exemplo, tenham mais representantes do que Sul e Sudeste, apesar do peso do eleitorado — Roraima, por exemplo, tem 360 mil eleitores. 
Em São Paulo são 34 milhões. 
Mas os dois Estados têm três senadores cada. 
Ou seja, um senador paulista representa 11 milhões de votantes, enquanto o roraimense fala por 120 mil pessoas. 
 
(...)

À frente da Casa, Renan Calheiros (MDB-AL) usou “a serviço” um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para fazer implante capilar.

Nesta semana, um levantamento de O Estado de S. Paulo mostrou que senadores fizeram “rachadinha” de salários e chegam a empregar 80 assessores. Um detalhe chama a atenção: tudo dentro das regras.

Há décadas, uma anedota do sociólogo brizolista Darcy Ribeiro, que encerrou a carreira política no Senado, é lembrada para descrever o funcionamento da mais nobre Casa Legislativa do país: “A diferença entre entre o céu e o Senado é que no segundo caso não é preciso morrer para chegar a ele”. 
 A referência vai muito além da cor azul do carpete que dá acesso ao plenário. O Senado é uma festa — uma festa bem cara.

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Leia também “Desastre diplomático”


Coluna Silvio Navarro - Revista Oeste

 

 

 

General Heleno se irrita com relatora da CPMI do 8 de Janeiro: ‘É para ficar p...’; veja vídeo - O Estado de S. Paulo

Weslley Galzo

‘Ela fala as coisas que ela acha que está na minha cabeça’, diz militar após ser questionado por Eliziane Gama sobre se ele acreditava em fraude nas eleições de 2022

O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, se irritou com questionamentos da relatora Eliziane Gama durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro nesta terça-feira, 26.

A senadora havia questionado se ele considerava que houve fraude no resultado das eleições de 2022. Heleno respondeu: “Já tem o resultado das eleições, já tem novo presidente da República, não posso dizer que foi fraudado”, afirmou.

Eliziane, então, disse que o general havia mudado de ideia. Na sequência, o militar deu início aos xingamentos. “Ela fala as coisas que ela acha que está na minha cabeça. P..., é para ficar p..., né. P... que pariu”, disse. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) reagiu e cobrou respeito à relatora. “É muito desrespeito”, disse.

Em seu depoimento, Heleno ainda classificou como “fantasia” a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, que relatou à Polícia Federal detalhes de uma reunião do então presidente Jair Bolsonaro com a cúpula das Forças Armadas para discutir a possibilidade de um golpe de Estado com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Durante o depoimento, o general ainda repetiu uma frase dita por ele no final do ano passado que insinuava um golpe contra o novo governo: “Continuo achando que bandido não sobe a rampa”, numa alusão ao presidente Lula, que chegou a ser preso pela Operação Lava Jato e depois teve suas condenações anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Weslley Galzo, colunista - O Estado de S. Paulo

 

 

Rompendo a espiral do medo - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo 


Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Nesta terça-feira (26), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou pela condenação de mais cinco réus acusados dos atos praticados no dia 8 de janeiro.  
As penas impostas pelo ministro repetem o entendimento estabelecido nos primeiros julgamentos e vão de 12 a 17 anos de prisão - num país em que até assassino pega menos tempo.
 
Essa decisão vem na sequência de um rastro de medidas radicais e - muitos juristas atestam - ilegais tomadas pelo poderoso ministro.  
Partindo da premissa de que a direita bolsonarista é golpista e que sua missão não é tanto defender a Constituição como impedir o avanço desses "opositores", Alexandre vem abusando de sua função constitucional e espalhando medo pelo país.

O deputado Daniel Silveira, com imunidade material de parlamentar, foi preso por um vídeo tratado como "flagrante perpétuo", e mesmo depois da graça presidencial continuou preso. Jornalistas, sem qualquer crime cometido, tiveram contas bancárias congeladas, redes sociais censuradas e passaportes cancelados. A tática alexandrina é a pura intimidação.

Mas, pelo visto, algumas pessoas se recusam a se curvar e ensaiam uma resistência heróica e inspiradora. Quando o desembargador aposentado Sebastião Coelho, atuando como advogado de defesa do primeiro réu condenado pelos "atos antidemocráticos", disse na cara dos ministros supremos que a nação os odeia, o STF resolveu suspender as defesas orais e concentrar tudo no mundo virtual.

Uma brecha na fortaleza se abriu: o ministro acusou o golpe e demonstrou que, por trás da aparência de alguém destemido, há uma pessoa com medo de ouvir certas verdades inconvenientes. 
O mesmo Sebastião Coelho, agora, participa da convocação da volta das manifestações nas ruas, um direito constitucional do povo brasileiro, que não pode se calar de forma passiva por conta das investidas autoritárias do ministro.
 
Durante o evento do CPAC, encontro da direita para debater ideias, Adrilles Jorge lavou a alma de muito patriota ao defender seu direito inalienável de gritar "Fora Alexandre", da mesma forma que já gritaram "Fora FHC", "Fora Lula", "Fora Dilma" ou "Fora Bolsonaro". 
 Um "juiz" que sequer foi eleito não pode estar acima dos representantes máximos da democracia.
 
Com coragem de enfrentar o ministro, Adrilles pregou seu impeachment e a volta do povo às ruas. 
É com atitudes assim que a espiral do medo vai sendo quebrada, inspirando outros patriotas a sair em defesa das liberdades básicas tão ameaçadas no Brasil de hoje. 
E essa reação é fundamental na luta pela verdadeira democracia, já bastante aviltada no Brasil de Alexandre e do PT.
 
Por falar no PT, o comunista Flavio Dino é outro que tem abusado de suas prerrogativas constitucionais, e ainda é cotado para ir para o STF também, engrossar o coro tirânico ao lado de Alexandre. 
Mas Dino tampouco está acima das leis, e precisa ser denunciado por suas bravatas, suas ações suspeitas e o evidente aparelhamento da polícia federal.
 
Ao comentar sobre declaração recente do ministro da Justiça, Flávio Dino, que culpou a política de armas do governo Bolsonaro pela violência na Bahia, o ex-ministro e presidente do PL na Bahia, João Roma, disse que Dino é “um boboca falastrão” que tenta transferir a responsabilidade do problema com “frases de efeito midiático”
Boboca falastrão sim, e também um comunista autoritário e perigoso, que precisa ser enfrentado.
 
Os brasileiros de bem não podem se calar por medo, pois isso significaria entregar de vez a nação nas mãos de quem mira em exemplos nefastos como Cuba e Venezuela, onde não há mais qualquer resquício de democracia ou cheiro de liberdade. 
Essa gente no poder pode muita coisa, sem dúvida, mas não pode tudo.

Se mais e mais patriotas romperem essa espiral do medo, saindo em defesa dos nossos direitos, ficará claro que todo o esforço de intimidação não foi suficiente para acovardar um povo aguerrido e disposto a resistir na luta pela liberdade.


Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo

 

 

Aborto, questão de saúde. Sexo também. - Percival Puggina

 

         Outro dia, a empresa de energia fez uma poda nas árvores de minha rua para liberar os fios de sua rede de distribuição. Enquanto apreciava o trabalho desde o terraço na frente de minha casa, percebi que eles cuidadosamente contornavam determinado galho que, se fosse seccionado, facilitaria o acesso aos galhos circunvizinhos
Ao final, ficou visível o motivo: havia um pequeno ninho ali escondido entre as folhas e os operadores dos serrotes e motopodadores com cabo telescópico cuidaram de preservá-lo, com seus ovinhos, na execução do turbulento serviço. Assim que se faz.  
     
O que indiscutivelmente vale para um pequeno passarinho invisível, mas cuja presença é sabida dentro de um ovo, parece não valer para um ser humano no útero em que foi gerado. Ali, ele é coisificado e disponibilizado para abate. [o mais diabólico: com a concordância, muitas vezes por iniciativa da própria mãe - a quem cabe o DEVER de preservar a vida do SEU filho.]
Não existe qualquer bem imaterial que seja de meu apreço e não seja combatido pela artilharia esquerdista mundo afora e no nosso mundinho brasileiro adentro. O respeitoso e zeloso apreço à vida humana é um deles. Por isso, o mesmo sistema de saúde que desejam acionar para execução de abortos em proporções industriais, deveria ser acionado para evitá-los e atender as mães grávidas em suas necessidades.
 
As vozes abortistas afirmam, com razão, que aborto é uma questão de saúde pública. 
É uma pena que voltem sua atenção ao ato abortivo enquanto silenciam sobre o modo irresponsável como a sexualidade humana é tratada em ambientes formadores de opinião e influentes sobre os costumes:  comunicação social, cultura e educação.
 
As consequências são terríveis na propagação de doenças sexualmente transmissíveis, na gravidez precoce, na perplexidade com que adolescentes e jovens olham para seu teste positivo de gravidez como se não soubessem que “aquilo” poderia realmente acontecer. 
Elas também são percebidas na instabilidade dos casamentos e das estruturas familiares. 
Elas gritam no silêncio sobre as responsabilidades inerentes à sexualidade humana enquanto a meninada recebe aulas sobre anatomia e fisiologia do ato sexual.
 
Mais cedo ou mais tarde, todos aprendem que a irresponsabilidade, assim como a imprudência, em qualquer de suas infinitas manifestações, tem seu preço. E pagam esse preço
É moralmente insustentável que ele seja pago por seres inocentes com o não solicitado sacrifício das próprias vidas.  

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país.. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Voto pró-aborto de Rosa Weber mostra como STF tomou lugar do Legislativo - J. R.Guzzo

Vozes - Gazeta do Povo

A ministra Rosa Weber, que daqui a pouco vai se aposentar do Supremo Tribunal Federal, fez uma das piores despedidas que se pode esperar de um ocupante de função pública – embora, cada vez mais, o que se espera deles todos é cada vez menos. 
Rosa não deu um voto ao se manifestar sobre a questão do aborto no Brasil. 
Leu um manifesto de “coletivo” feminista, desprovido de raciocínios com padrão mínimo de inteligência e escrito em português infame, para anunciar o que já tinha decidido muito antes de votar – quer impor à sociedade brasileira a liberação do aborto para mulheres com até doze semanas de gravidez.

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O STF não precisava votar agora sobre o tema. Aliás, o certo seria que não votasse nunca, porque essa questão só poderia ser decidida pelo Congresso Nacional. 
Mas a ministra fez questão de só sair do tribunal com o seu voto dado; imagina que vai ser algum tipo de “figura histórica” em favor do aborto no Brasil. O resultado foi o que se viu.


    Rosa não deu um voto ao se manifestar sobre a questão do aborto no Brasil. Leu um manifesto de coletivo feminista.

O voto pró-aborto é mais um avanço na aberração fundamental que o STF está impondo à sociedade brasileira
- a eliminação sistemática do Poder Legislativo como autor das leis neste país. 
É a ferramenta mais simples para eliminar a participação do povo nas decisões de real importância para ele. 
No caso, um partido de extrema-esquerda quer anular os artigos do Código Penal que vetam o aborto salvo quando a vida da mulher está em risco, a gravidez é resultado de estupro ou o feto tem deformações incuráveis. Muito bem: tudo o que tem de fazer para isso é aprovar um projeto de lei na Câmara dos Deputados e no Senado Federal
Mas como não há nenhuma possibilidade de se aprovar nada de parecido, pelo menos no presente, o partido em questão corre ao STF e pede que os ministros “se manifestem” – e criem, na prática, a lei que o Parlamento não quer criar.
 
Já aconteceu, só para se ficar nos últimos casos, com a anulação da lei, aprovada pelo Congresso em 2017, tornando voluntário o pagamento do “imposto sindical”.  
Já aconteceu com a anulação do “marco temporal”, já aprovado pela Câmara e em vias de aprovação no Senado. 
Fica suprimido, assim, o direito do Poder Legislativo de fazer as leis do país – exigência elementar da Constituição em vigor.
 
Os parlamentares podem, é claro, decidir os negócios do seu interesse, como “emendas” geradoras de verba, cargos na máquina pública e coisas dessa espécie, mas têm de ficar nisso. 
Quando aprovam uma lei que o STF e o governo não gostam, a lei é anulada. 
Quando querem manter a legislação como está, ou se recusam a mexer nela, o STF declara que há “um vazio legal” e toma a decisão que os deputados e senadores não se decidiram a tomar. 
Um dos direitos constitucionais mais indiscutíveis do Congresso é justamente esse: o de não fazer as leis que não quer.
 
Há brasileiros contra e a favor do aborto. 
Há argumentos sérios dos dois lados. 
Há pessoas bem-intencionadas numa e na outra posição. 
É natural que seja assim. 
A questão envolve diretamente a proteção da vida humana e a liberdade da mulher. [só que é humano e eticamente impossível se proteger a vida humana e a liberdade da mulher, quando para exercer tal proteção é necessário ASSASSINAR COVARDEMENTE UM ER HUMANO INOCENTE E INDEFESO.] 
Na verdade, é um dos grandes divisores na nossa época. 
Por que a ministra Rosa acha que é a sua opinião pessoal que tem de valer? 
Temas assim são um caso clássico em que é a população, e só ela, que tem de decidir – e seu único representante legal, para isso, é o Poder Legislativo. [lembrando que no Brasil, por vontade soberana dos representantes do povo, a pena de morte, ou mesmo a com característica de prisão perpétua,  são proibidas =  ainda que aplicada aos mais covardes e cruéis assassinos - nicho que tem entre seus ocupantes, sem limitar, os que fazem, e defendem, o aborto.
Então qual razão para se autorizar o aborto?]

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

Amoralidade - O que “Freakonomics” dizia sobre o aborto - Gazeta do Povo

Vozes - Luciano Trigo
O que “Freakonomics” dizia sobre o aborto

O que “Freakonomics” dizia sobre o aborto | Foto: Bruno Covello/Gazeta do Povo

Nos seis estudos reunidos no best-seller Freakonomics O lado oculto e inesperado de tudo que nos afeta, lançado em 2005, o economista Steven Levitt e o jornalista Stephen Dubner se basearam em análises quantitativas para fazer interpretações inusitadas sobre temas controversos, das causas da corrupção ao tráfico de drogas como atividade econômica. Outro tema investigado foi a relação entre aborto e criminalidade nos Estados Unidos.

Atenção, leitor! O que vou fazer a seguir é apresentar, de forma resumida, os argumentos de Levitt e Dubner. Não tire conclusões precipitadas sobre a minha opinião a respeito do tema, que voltou ao debate no Brasil por iniciativa do Supremo.

A tese dos autores de Freakonomics – para lá de controversa – é a seguinte: o maior responsável pela queda brutal da criminalidade em Nova York a partir dos anos 90 não teria sido o aumento do número de policiais, nem a recuperação da economia do país, nem políticas inovadoras de segurança pública, nem mudanças no mercado de drogas, mas a legalização do aborto, em 1973.

Isso porque, sempre segundo Levitt e Dubner, os filhos indesejados que deixaram de nascer, sobretudo entre os mais pobres, teriam probabilidade muito maior de enveredar pelo crime, pelas precárias condições de vida a que estariam sujeitos durante a sua formação: “Qual era o perfil feminino mais provável de se beneficiar [da legalização do aborto]? 
Em geral, a mulher solteira, de menos de 20 anos e pobre, e, algumas vezes, com as três características.
 
Que tipo de futuro o bebê dessa mulher teria?
“Um estudo demonstrou que a típica criança impedida de nascer nos primeiros anos da legalização do aborto estaria 50% mais propensa que a média a viver na pobreza; teria, igualmente, uma probabilidade 60% maior de ser criada por apenas um dos genitores.
“Esses dois fatores — uma infância pobre e um lar de mãe/pai solteiro — estão entre os mais fortes fatores determinantes de um futuro criminoso. Crescer num lar de genitor solteiro praticamente dobra a propensão de uma criança para o crime.
“O mesmo ocorre com os filhos de mães adolescentes. Um outro estudo mostrou que a baixa instrução materna é o fator isolado de mais peso para conduzir à criminalidade.
"Em outras palavras, os próprios fatores que levaram milhões de americanas a fazerem aborto também representam indicadores de que seus filhos, caso tivessem nascido, teriam vidas infelizes e possivelmente criminosas. (...)
“O efeito mais dramático da legalização do aborto — e que levaria anos para se fazer sentir — talvez tenha sido o seu impacto sobre a criminalidade. No início dos anos 90, precisamente quando a primeira leva de crianças nascidas após o caso Roe x Wade chegava à adolescência — época em que os jovens do sexo masculino atingem seu auge criminoso —, o índice de criminalidade começou a cair. O que faltava nessa leva, é claro, eram as crianças mais propensas a se tornarem criminosas. (...)
“É chocante descobrir que o aborto foi um dos maiores fatores responsáveis pela diminuição da criminalidade da história americana. (...) A queda da criminalidade foi, no jargão dos economistas, um ‘beneficio acidental’ da legalização do aborto.”

Esta é uma tese amoral, e os próprios autores assumem isso: o moralismo, afirmam, representa a maneira como gostaríamos que o mundo funcionasse, enquanto a análise econômica mostra como ele realmente funciona.

Mas a tese não é apenas amoral:
ela pode ser facilmente classificada como fascista, ou mesmo genocida. Pois além de associar a criminalidade à pobreza, o que Levitt e Dubner estão afirmando é que a consequência prática da legalização do aborto foi resolver a questão da segurança estimulando as mulheres pobres a abortar – já que isso impediu o nascimento de centenas de milhares de potenciais criminosos na América, em um verdadeiro genocídio invisível.
Nas entrelinhas
, eles apresentam a redução da violência não somente como consequência, mas também como justificativa para a legalização do aborto.

A reação de cada um à tese de Levitt e Dubner é, a meu ver, reveladora de um aspecto importante e paradoxal do debate em curso sobre o aborto, que vem sendo negligenciado. Se me permitem a generalização, no Brasil de hoje aqueles que defendem o aborto são os mesmos que se esgoelam chamando de fascista e genocida qualquer pessoa que pense de forma diferente da sua.

Mas uma jovem progressista de classe média ou alta que grita “Meu corpo, minhas regras” para defender o aborto deveria refletir, porque pode estar apoiando, sem saber, a adoção de uma ferramenta fascista e genocida de controle da natalidade – cujo impacto se abaterá, principalmente, sobre as mulheres pobres (que a jovem burguesinha julga defender e representar).

Já naqueles que são contrários ao aborto, o que a tese provoca é, no máximo, algum desconforto intelectual, já que a violência também é um tema que preocupa, mas sem diminuir sua repulsa à legalização: “A correlação entre a legalização do aborto e a redução da criminalidade pode até fazer sentido, mas nem por isso vou passar a defender o aborto, porque este é um tema que envolve questões morais e espirituais que vão muito além da racionalidade econômica”. [lembrando que a maior violência é consentida e praticada pela mãe aborteira, assassina fria e cruel,  contra um ser humano indefeso e inocente e que ela deveria defender a qualquer preço.]

Voltando a Freakonomics: os autores começam o capítulo relacionado ao tema falando sobre Nicolau Ceausescu, ditador comunista da Romênia, que em 1966 declarou ilegal o aborto no país. O objetivo era promover um boom demográfico que fortalecesse a economia:

“Até 1966, a Romênia praticara uma das políticas mais liberais do mundo com relação ao aborto. Essa era, com efeito, a principal forma de controle de natalidade vigente, com cinco abortos para cada nascimento com vida. Agora, praticamente da noite para o dia, o aborto estava proibido. (...)

“Proibiram-se, ao mesmo tempo, todos os métodos anticoncepcionais e a educação sexual. Agentes federais sarcasticamente apelidados de Polícia Menstrual abordavam regularmente as mulheres em seus locais de trabalho para submetê-las a testes de gravidez. Uma mulher que passasse muito tempo sem engravidar era obrigada a pagar um alto ‘imposto de celibato’.

    Uma jovem progressista de classe média ou alta que defende o aborto pode estar apoiando, sem saber, a adoção de uma ferramenta fascista de controle da natalidade


(...)

 
Como sugerem os autores de Freakonomics, a lição do caso romeno, também útil para o debate em curso, pode ser outra: a de que, historicamente, a legalização do aborto sempre interessou às ditaduras de esquerda.
Se não, vejamos: na União Soviética, o aborto foi legalizado e disponibilizado para todos à custa do Estado – modelo adotado, com  algumas variações, por todos os países sob a esfera de influência do Kremlin.

Em Cuba, o aborto é legalizado desde 1965: a mulher pode abortar sem restrições até a 10ª semana de gestação, sem precisar apresentar um motivo.

E na China, até outro dia, o aborto não era apenas legalizado: era, em muitos casos, obrigatório: em função da “política do filho único”, estima-se que mais de 300 milhões de mulheres foram obrigadas a abortar e 108 milhões foram esterilizadas. 

Dá o que pensar.

Luciano Trigo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


A expectativa do mercado para a prévia da inflação

IPCA-15 será divulgado na terça-feira, 26

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de setembro, considerado uma prévia da inflação, será divulgado na terça-feira, 26. O mercado espera uma aceleração na leitura mensal entre agosto e setembro (de 0,28% para 0,37%), via Transportes, ao passar de +0,23% em agosto para +1,97%. A expectativa é da Warren Renascença. [Banco Central errou feio quando reduziu juros por pressão do DESgoverno, enquanto em outros países os juros foram elevados. É indispensável ter em conta que se a esquerda quer uma coisa, não pode e nem deve  ser atendida, já que a esquerda é, e sempre será, contra o Brasil, os brasileiros e, obviamente, as pessoas de bem.
Torcemos para que na próxima reunião do COPOM o Banco Central eleve a taxa de juros e reenquadre a inflação.]

Os reajustes de diesel e gasolina, no fim do mês passado, aumento no preço de automóvel novo, além da alta de 6% do preço das passagens aéreas em setembro devem reverter parte da queda do mês anterior (-11,69%).

A Warren espera que o grupo alimentação no domicílio mantenha a deflação em torno de 1% vista em agosto. “Esperamos continuidade de desaceleração de preços de Hortaliças e verduras, Carnes, Leites e derivados e panificados. Este grupo deve apresentar deflação de -0,12% no acumulado 12 meses. Último movimento visto neste sentido foi em 2018”, afirma a casa, em relatório.

Os principais riscos do número devem vir de automóveis, gasolina, energia elétrica e higiene.

 Economia - Revista VEJA


TSE - A Justiça Eleitoral também vai para cima do PT? Ou foi só com Bolsonaro? - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo

Na última quinta-feira (21), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), pediu o fim da justiça eleitoral ao criticar multas impostas ao PT

O ex-presidente Jair Bolsonaro continua inelegível. Ele entrou com um embargo de declaração no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não conseguiu.

Confirmaram a decisão inicial a pedido do PDT, porque ele fez aquela reunião com embaixadores no Palácio Alvorada, levantando dúvidas sobre a segurança das urnas e das apurações. Fez críticas à Justiça Eleitoral, tal como disse o líder do PT ontem, Zeca Dirceu: a Justiça Eleitoral está, sim, sujeita a críticas. Só que foi Bolsonaro quem fez isso, então ficou inelegível.

Eu não sei se isso não facilita a vida para ele, porque agora ele vai ser um líder nacional que não pode receber voto, mas que tem poder de indicar candidatos, de apoiar candidatos e de eleger pessoas. Ele se torna o “grande eleitor”.

O Bolsonaro já foi beneficiado por fatos em outras ocasiões. Uma delas foi quando deram a facada nele; a facada deu-lhe muitos votos. Depois ele foi prejudicado por fatos, quando seus apoiadores Roberto Jefferson e Carla Zambelli usaram armas na rua às vésperas da eleição.

Agora, eu acho que ele está sendo beneficiado por essa decisão, porque ele não fica sujeito às regras de candidato e fica com uma força política muito grande, como uma liderança da direita que ele despertou. O país que só tinha um lado, só tinha a esquerda militante, e o outro lado era silencioso e passivo. Ele despertou esse outro lado.

Mas ainda sobre esse assunto da Justiça Eleitoral, nós tivemos esse pega” entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o presidente da Justiça Eleitoral, Alexandre de Moraes. Gleisi Hoffmann, num desabafo depois que o PT recebeu R$ 23 milhões em multa por não ter cumprido a cota para mulheres, disse que não pode existir Justiça Eleitoral e que o único país do mundo que tem é o Brasil.

Aí o ministro Moraes disse que ela estava usando de informações errôneas e falsas.
Ela, então, disse que foi mal interpretada. Mas o líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu, confirmou essa posição, aliás repetindo coisas do pai dele, dizendo que Justiça Eleitoral é, sim, passível de críticas.

Não sei se vocês conhecem o Palácio da Justiça Eleitoral em Brasília – é uma coisa maravilhosa. E a Justiça Eleitoral trabalha todos os dias para fazer uma eleição a cada dois anos. Os outros países realmente não têm, mas essa é uma outra questão.

A questão que eu queria destacar também é que Bolsonaro criticou, ficou inelegível. Até agora a gente está só observando para ver o que vai acontecer com a cúpula do PT, que também está criticando.

Aliás, o partido de Bolsonaro recebeu uma multa de R$22 milhões, enquanto o PT, de R$23 milhões
Pelo mesmo critério, o PT deveria receber de R$13 milhões, né? 
Porque parece que o critério foi o número do partido...
 
Bom, agora a outra questão é o PT reclamar e querer a anistia das multas: O partido não cumpriu a lei que ele criou.  
O PT ajudou a fazer e votou na lei das cotas para mulheres. 
Não cumpriu e agora está reclamando que foi punido por isso. 
São coisas estranhas no nosso sistema partidário.

Fogo na Amazônia
Uma outra questão que eu queria rapidamente mencionar para vocês é o fogo na Amazônia
. Muito fogo na Amazônia de novo. Aí eu procurei meus amigos da Amazônia para entender o que que tá acontecendo. E o que está acontecendo: desespero dos pequenos proprietários, que estão com o preço do gado lá embaixo, quase pela metade, enquanto os preços em geral estão muito altos.

E eles não têm condições de fazer a limpeza das áreas, preparar terreno e tal, e aí toca fogo. A coivara tradicional da história brasileira. É isso o que está acontecendo agora: em geral, faziam o preparo da terra com equipamentos, tudo muito bonitinho, sem fogo. Agora estão apelando para o fogo para conseguir sobreviver.

Pobre dos argentinos
E por fim, uma lembrança que é o desespero da Argentina.
Meu Deus do céu!

Vocês já pensaram que o produto que a Argentina mais importa do Brasil neste ano é a soja? É uma loucura. 
Com aquela planura da Argentina que pode encher de soja, com as grandes esmagadoras que lá existem, estão precisando de 10 milhões de toneladas de soja para se manterem funcionando e também para fazerem ração e forragem para a criação argentina. Que desastre! [desastre causado pelos argentinos que cometeram o suicídio econômico e político de votar na esquerda.]
 
Segundo lugar [em importação] são automóveis. 
A Argentina comprava mais da China, agora está comprando mais é do Brasil por causa da soja. 
Eu acho que já comprou aí uns 3 milhões de toneladas de soja, algo parecido. 
Mas a necessidade vai ser de 10 milhões. Incrível, pobre argentino. 
Tudo por causa de um regime que não funciona, um sistema ideológico que não funciona.

Conteúdo editado por: Gabriel Sestrem

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


Na disputa por indicação de Lula ao STF, petistas vivem dilema com Alexandre de Moraes - O Globo

Um grupo de lideranças petistas que tem trabalhado bastante para influenciar as próximas indicações de Lula para o Supremo fechou questão na semana passada em apoio à candidatura do ministro Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União.

Mas apesar da escolha, essa ala do petismo, que inclui os deputados Rui Falcão (SP), Zeca Dirceu (PR), José Guimarães (CE) e o senador Humberto Costa (PE), vive um dilema aparentemente insolúvel.

De acordo com o que esses parlamentares tem dito a interlocutores, eles consideram importante colocar alguém do PT no Supremo, além de evitar que o ministro da Justiça, Flávio Dino, seja o escolhido para a vaga que será aberta nesta semana, com a aposentadoria de Rosa Weber.

Só que, para esse grupo, a maior missão do integrante do STF a ser nomeado por Lula deveria ser trabalhar para "frear" o ministro Alexandre de Moraes.

Eles consideram que o ministro está poderoso demais e que, embora sua atuação tenha sido importante na batalha contra o golpismo de Jair Bolsonaro – e portanto essencial para a vitória eleitoral de Lula –, Moraes nunca foi próximo do PT e nao hesitaria em aplicar ao lulismo a mesma mão pesada que tem adotado contra os bolsonaristas.

Nenhum deles vai dizer em público, mas reservadamente alguns dos membros desse grupo acharam excessivas as penas aplicadas aos primeiros réus julgados no STF por terem participado dos atos de 8 de janeiro.

Na expressão que os próprios petistas usam, é "questão de tempo" até Moraes e o governo Lula estarem em polos opostos, até porque não são poucos entre eles que acreditam que o ministro do Supremo tem ambições políticas.

Um primeiro ruído já surgiu na semana passada, quando a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o Brasil é um dos únicos lugares que tem lugares que tem Justiça Eleitoral no mundo, e que isso "é um absurdo". Em resposta, Moraes, que presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divulgou uma nota afirmando que manifestações como a de Gleisi são "errôneas e falsas" e que a Justiça Eleitoral continuará a combater "forças que não acreditam no Estado democrático de Direito".

Por isso seria importante colocar no cargo alguém capaz de funcionar como um pólo de poder alternativo a Moraes e alinhado ao petismo. Na visão dessa ala do PT, Flavio Dino não só não é alinhado ao petismo como é próximo de Moraes e tenderia a reforçar a liderança do ministro no Supremo.

O dilema vem justamente do fato de que os próprios petistas reconhecem que, apesar de Messias ser um deles e ter a confiança do grupo, ele não tem estofo nem liderança para ser essa alternativa que os petistas procuram.O atual advogado-geral da União tem 43 anos e é a primeira vez que ocupa um cargo no primeiro escalão de um governo.

Um terceiro candidato ao STF, o atual presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, já identificou essa insegurança e tem procurado explorá-la em conversas reservadas com os petistas. Embora também seja jovem (tem 45 anos), Dantas está no TCU desde 2014, e portanto é mais experiente do que Messias, além de ter o apoio de várias lideranças do MDB e do Centrão.

Malu Gaspar,  jornalista - Blog em O Globo