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sábado, 21 de outubro de 2023

O fiasco diplomático de Lula - Revista Oeste

Silvio Navarro

Liderada pelo PT, diplomacia brasileira tem resolução sobre a guerra em Israel vetada na ONU e mostra sua pequenez ao mundo

 

Presidente da República, durante abertura da 78ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas | Foto: Ricardo Stuckert/PR  

“O terror avançou sobre Israel e foi lançado pelo Hamas, que tem o objetivo de destruir Israel e matar os judeus. Foi o pior massacre contra judeus desde o Holocausto.” A fala é de Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), durante sessão do Conselho de Segurança, na segunda-feira, 16. 
Foi seguida de Dame Barbara Woodward, do Reino Unido: “Apoiamos o direito de Israel à autodefesa, de acordo com a legislação internacional”. O colegiado se reuniu duas vezes nesta semana sob o comando do Brasil, num sistema de governança rotativo. O resultado foi um fracasso. A resolução brasileira para a guerra em Israel foi vetada.

O fiasco diplomático aos olhos do mundo derrubou de vez a campanha de marketing do presidente Lula feita desde a virada do século, quando o PT chegou ao poder: de que o Brasil merece uma cadeira permanente no Conselho de Segurança. 
E a explicação nunca foi tão óbvia: quando teve a oportunidade de demonstrar de que lado da história está, Lula escolheu o errado.
 
Liderada pela esquerda, a diplomacia brasileira não só foi incapaz de condenar com veemência o terrorismo do grupo palestino Hamas — e, consequentemente, defender os valores democráticos do Ocidente. 
Na quarta-feira, 18, passou pelo vexame de ter sua resolução barrada. Os Estados Unidos, cujo presidente Joe Biden estava em solo israelense no mesmo dia, votaram contra — o texto sequer citava o direito de defesa de Israel, apoiado pela Casa Branca.

Os membros efetivos do Conselho têm poder de veto. Além dos Estados Unidos, a resolução precisa do aval de Rússia, China, Reino Unido e França. A embaixadora Linda Thomas-Greenfield mais uma vez foi enfática em relação ao Brasil “Os Estados Unidos estão desapontados”, disse. “Em ataques anteriores de grupos como Al Qaeda e ISIS, este conselho reafirmou esse direito. Este texto deveria ter feito o mesmo.”

Após vetar proposta do Brasil, EUA se dizem ‘desapontados’ por texto não mencionar direito à autodefesa de Israel.

“Em ataques anteriores de grupos como Al Qaeda e ISIS, este conselho reafirmou esse direito. Este texto deveria ter feito o mesmo”, afirmou a embaixadora… pic.twitter.com/kaNF782Lq7— Metrópoles (@Metropoles) October 18, 2023

Os sinais de que os ataques terroristas do Hamas deixaram a diplomacia brasileira atordoada começaram já no dia 7 de outubro. 
Com raras exceções de países comandados pelo Foro de São Paulo — como Cuba, Venezuela e agora a Colômbia —, os países do Ocidente repudiaram com firmeza o avanço da barbárie. 
O mundo ainda conta os mortos do Hamas, mas já se sabe que há vítimas de 41 nacionalidades. No Brasil, pais enlutados pela morte precoce de jovens de 24 anos sequer ouviram do governo o pesar pelo “terrorismo do Hamas”. O motivo? Segundo o assessor para assuntos internacionais de Lula, o ex-chanceler Celso Amorim, as imagens do banho de sangue não bastam: o termo só será empregado se a ONU determinar.

“Foge, no momento, da nossa política, considerar o Hamas um grupo terrorista (…) Declaramos países, organizações ou pessoas que são designadas pela ONU, o órgão delegado a velar pela paz e pela segurança internacional. O Conselho de Segurança não classificou o Hamas como um organismo terrorista até agora. Portanto, o Brasil segue essa orientação. O mesmo serve para sanções.”
(Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, em audiência no Senado)

O PT chegou a divulgar uma nota indecente, na qual acusa Israel de “genocídio” — palavra que nunca mais saiu do dicionário da sigla depois da pandemia. “Condenamos os assassinatos e sequestro de civis, cometidos tanto pelo Hamas quanto pelo Estado de Israel, que realizam, neste exato momento, um genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra”, diz o texto. Nas redes sociais, a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, ainda deu um jeito de colocar os “bolsonaristas” na confusão que ela arrumou. Bolsonarismo segue mentindo e delirando nas redes e subindo ataques a @LulaOficial depois da reunião do Conselho de Segurança da ONU. Foram 12 votos a favor da proposta de cessar-fogo apresentada pelo Brasil, mostrando grande articulação do nosso presidente. O veto à paz foi…— Gleisi Hoffmann (@gleisi) October 18, 2023

O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, reagiu ao disparate petista. “Justificar as atrocidades do Hamas é falta de humanidade”, disse, em entrevista a Oeste.

A bancada de deputados petistas e seus satélites no Congresso tentaram votar moção em repúdio a Israel. 
O presidente Lula, além de duas breves aparições nas redes sociais, sumiu. 
A primeira-dama, Janja da Silva, caçadora de holofotes, tampouco aparece há duas semanas. Acuados, os ministros só se arriscaram a falar pelo Twitter.

Paralelamente, o país ainda assiste ao silêncio aterrador de autoridades do Judiciário e do Ministério Público, que sempre têm opinião sobre tudo — e que não hesitaram em chamar os baderneiros do 8 de janeiro de terroristas
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) — dois deles, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, são judeus — e integrantes do Ministério Público Federal estão calados. 
 
‘Fake news do bem’
Há mais de dez dias, é notório o constrangimento da velha imprensa, obrigada a acompanhar os desdobramentos da tragédia. Os jornais tradicionais e emissoras de TV optaram por terceirizar as críticas a Israel com especialistas” convidados — nove em dez deles são professores universitários de esquerda.  
Todos insistem em usar o escudo da criação do Estado da Palestina — tema legítimo e honesto — como atenuante à selvageria do Hamas.

Um episódio grave atingiu as redações e os ativistas de esquerda nas redes sociais. Em mais uma cena trágica, um míssil teria atingido um hospital em Gaza. O Hamas disse que morreram 500 pessoas. A gritaria nas manchetes, condenando o exército de Israel, foi imediata. Foi uma das raras vezes em que o casal Lula e Janja saiu do confinamento. A expressão “genocídio” de Israel ganhou tração nas redes sociais, impulsionada pela militância petista.


O ataque ao Hospital Baptista Al-Ahli é uma tragédia injustificável. Guerras não fazem nenhum sentido. Vidas perdidas para sempre. Hospitais, casas, escolas, construídas com tanto sacrifício destruídas em instantes. Refaço este apelo. Os inocentes não podem pagar pela insanidade… https://t.co/uKH3iI9rsG— Lula (@LulaOficial) October 18, 2023

(...)



תיעוד מצולם משעות הבוקר של בית החולים בעיר עזה אשר נפגע משיגור כושל של ארגון הטרור הג'יהאד האסלאמי הפלסטיני אמש.

ניתן לראות כי הפגיעה כתוצאה מהשיגור הכושל של הג'יהאד האסלאמי הפלסטיני היא באיזור החנייה, הסמוכה לבית החולים, ואינה דומה למכתש תקיפה >> pic.twitter.com/2ENpvva8Ii— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) October 18, 2023

A guerra em Israel dá sinais de que pode ser mais longa do que as anteriores. É um cenário que deixará Lula e o seu governo contra as cordas
A próxima viagem internacional está marcada somente para o final de novembro, para Dubai, nos Emirados Árabes, na COP28 — se é que haverá disposição para falar de clima com um conflito em curso na vizinhança. 
Ou seja, é provável que o petista permaneça escondido por mais tempo.  
É possível também que, depois do desastre diplomático no Conselho de Segurança da ONU, o sonho de ganhar o Prêmio Nobel da Paz se torne ainda mais distante.
 
 
Silvio Navarro, jornalista - Revista Oeste
 
 
 

Governo brasileiro não quer vitória da direita na Argentina - Alexandre Garcia

 Gazeta do Povo - VOZES

Eleição no domingo

Javier Milei, candidato à presidência da Argentina.

Javier Milei, candidato à presidência da Argentina.| Foto: EFE/Tomás Cuesta /POOL
 
Estamos em vésperas de eleição para presidente da República no vizinho do sul, na Argentina. São três os candidatos principais, um candidato de esquerda e dois de direita – desses dois, um mais à direita, outro mais ao centro
Sergio Massa é o atual ministro da Economia, economia que está um desastre, com inflação imensa e peso desvalorizado; ele é o candidato do atual presidente argentino, Alberto Fernández, e do presidente Lula
Na centro-direita temos Patricia Bullrich; e, mais à direita, Javier Milei.
 
Milei recebe deputados brasileiros nesta sexta. Uma pequena comitiva de três parlamentares Eduardo Bolsonaro (PL), Marcel van Hattem (Novo) e Rodrigo Valadares (União) – vai levar uma nota assinada por 69 deputados federais brasileiros, de apoio a Milei, que está com 26% nas pesquisas, contra 30% de Massa e 24% de Bullrich. 
Somados os dois de direita, eles já têm 50%. 
A eleição só se decide no primeiro turno se alguém receber 45% de votos; se a direita não estivesse dividida, já ganharia neste domingo, mas talvez a definição fique para o segundo turno, em 19 de novembro, certamente entre Milei e Massa.

Outro dia, jantando com um embaixador sul-americano, ele me perguntou: “será que o governo brasileiro está preparado para o resultado da eleição na Argentina?”. Na quinta o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, respondeu que o governo brasileiro teme o resultado da eleição na Argentina. Mesmo que as pesquisas não estejam mostrando, Milei é favorito, diante da situação caótica da economia argentina.

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Imprensa ignora retiradas forçadas na Amazônia, que já resultaram em morte

Aqui, no Brasil, tivemos nesta quinta mais um episódio triste na Amazônia. Aldo Rebelo, nacionalista e ex-ministro de Lula e Dilma – foi até ministro da Defesa –, disse que é uma tragédia humanitária: brasileiros sendo retirados de território que é brasileiro, forças nacionais brasileiras, forças do Estado brasileiro. 
Primeiro foi na Vila Renascer, onde a retirada forçada continua. 
[SAIBA MAIS, AQUI:  Faz semanas que fervem os espíritos de brasileiros da Vila Renascer, resultado de um assentamento do Incra em 1994, “indevido”, segundo a Funai, na reserva Apyterewa, de 980 mil hectares, onde em 1998 viviam 218 índios Parakanã. [em um cálculo rápido, pouco mais de 4.000 hectares para cada indígena.] ]
Agora é uma reserva que criaram para abrigar os indígenas que saíram da hidrelétrica de Belo Monte. 
Na quinta houve confrontos de paus e pedras contra spray de pimenta e balas de borracha. Já houve uma morte. 
Uma nota oficial afirma que o morto havia agredido um oficial da Força Nacional, tentando tirar a arma dele, e isso resultou na morte. O advogado da comunidade diz que houve um confronto entre os dois, e que um tenente-coronel atirou em Oseias Ribeiro, um produtor rural de 37 anos.

É terrível o que está acontecendo, e mais terrível ainda é a omissão da mídia brasileira, que parece querer jogar sobre nossos olhos e nossos ouvidos fatos que estão acontecendo a mais de 10 mil quilômetros daqui, para não percebermos o que está acontecendo na Amazônia.

A questão da Amazônia é simples: ela só será brasileira se for ocupada por brasileiros. Mas, segundo Aldo Rebelo, as ONGs estrangeiras é que pressionaram o governo federal a tirar os brasileiros de lá, porque aí fica mais fácil o domínio. A posse do nosso território começou em 1500; continuou sobre Tordesilhas, com a construção de Brasília, com a saída do litoral, só terminaremos de conquistar essa terra quando chegarmos lá na Cabeça do Cachorro, no Amazonas. 
Por enquanto, como me disse um militar outro dia, lá na Cabeça de Cachorro existe apenas uma colônia brasileira. 
Só é Brasil se tiver estrada até lá, se um caminhão puder chegar e continuar, dali entrar em outros países. 
É assim que se forma uma nação.
 
 
Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 
 
 
 

O STF é o responsável direto pela impunidade dos corruptos no Brasil - J. R. Guzzo

Gazeta do Povo - VOZES
Luís Roberto BarrosoLuís Roberto BarrosoLuís Roberto Barroso

O ministro Luís Roberto Barroso, dando sequência ao seu programa de comícios através do mundo, apresentou ao público, desta vez em Paris, suas recomendações para que o Brasil e o cidadão brasileiro se tornem melhores do que são. 
O que o presidente do Supremo Tribunal Federal, de quem a lei exige imparcialidade em todas as circunstâncias, estava fazendo numa reunião estritamente política? 
Não é culpa dele, informou mais uma vez.

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A Constituição decidiu cuidar de todo o tipo de assunto, do regime de impostos ao direito ao lazer e o STF, coitado, é obrigado a julgar tudo
A solução mais óbvia para isso, caso os ministros quisessem mesmo cuidar só de assuntos constitucionais, seria não aceitar mais o julgamento sobre imposto sindical, terras indígenas ou regras para o meio ambiente – e toda a enxurrada de ações que entram ali com a facilidade com que se entra num campo de futebol. 
Mas Barroso e seus colegas, no mundo das realidades, querem exatamente o contrário. 
Querem uma “agenda” para o Brasil.  
Querem promover o “progresso”. 
Querem “empurrar a história”. 
Querem que a sociedade brasileira seja o resultado de suas decisões.

A OCDE aponta um fato prodigioso, já comentado com frequência na mídia independente: não há no Brasil, no momento, nenhum preso por corrupção.

Ninguém pediu nada disso a eles, e nem a lei os autoriza a agirem como estão agindo. 
 Por mais que a Constituição seja um angu onde entra tudo, está claro que política é uma coisa e justiça é outra – e todas as “pautas” do STF, como se diz, são política pura. 
A verdade é que o STF deu a si próprio poderes que a lei jamais lhe outorgou e criou uma coisa única no mundo democrático:  - um regime de Dois Poderes subalternos e Um Poder que manda em ambos, todas as vezes em que determina que a história não está sendo empurrada na direção desejada pelos onze ministros, nem com a rapidez que eles estimam ser necessária.
 
“Agenda?” O STF não pode ter agenda. Não tem de achar se isso é “melhor”, ou “pior”, do que aquilo. 
Tem de exercer as funções de Corte Superior de Justiça, como em todas as democracias sérias do mundo – e só essas funções. 
Dizer se o país tem de ser assim ou assado é tarefa do Poder Legislativo, exclusivamente, e não pode ser terceirizada para ninguém.
 
Foi um brutal chamado à realidade, no mesmo momento em que Barroso agia como chefe de partido político, que ali mesmo em Paris, não longe do palco de seu comício, o organismo que reúne as economias mais avançadas do mundo (China e Rússia não entram; são ditaduras) tenha lançado um relatório devastador sobre a corrupção no Brasil. 
A OCDE, na qual o Brasil até hoje não foi aceito, afirmou o que os brasileiros sabem há anos, mas muitas vezes são impedidos de dizer para não serem acusados do crime de fake news: a corrupção tornou-se objetivamente impune no Brasil.
A responsabilidade por isso, segundo a OCDE, é do Sistema de Justiça brasileiro. 
 O relatório aponta, como o exemplo mais recente e mais chocante disso, a decisão do ministro Dias Toffoli, do mesmíssimo STF, de anular todas as provas de corrupção contra a Odebrecht – apesar das indiscutíveis confissões de culpa da empresa e da devolução de bilhões de reais do dinheiro roubado.
A OCDE aponta um fato prodigioso, já comentado com frequência na mídia independente: não há no Brasil, no momento, nenhum preso por corrupção. 
É como se o Brasil fosse o país menos corrupto do planeta, quando os fatos comprovam exatamente o oposto. 
O responsável direto por isso é o STF, cujas decisões comandam o funcionamento de todo o aparelho judiciário brasileiro – eliminou por completo a Operação Lava Jato, trata como inimigos os seus magistrados e absolve de forma sistemática os acusados de corrupção. 
Esse é o Brasil real – o Brasil de Toffoli, da Odebrecht e da cassação do procurador Dallagnol
Barroso, e todas as suas filosofias, estão no coração dele.
 
 
Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
 
 

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


Lula deveria se ocupar com o Brasil - Carlos Alberto Sardenberg

Vamos falar francamente: só os Estados Unidos têm capacidade de intervenção no conflito do Oriente Médio. Deve-se ao presidente Biden — com sua arriscada viagem a Tel Avivo único movimento, digamos, no sentido da redução de danos: obter a concordância de Israel e do Egito na abertura do corredor para levar comida, água e remédios para a sofrida população de Gaza.

E o Brasil?

Ia escrever capacidade zero. Mas perto de zero é mais adequado. Por um motivo: as boas relações de Lula e de Celso Amorim, seu assessor especial, com lideranças palestinas, incluindo, muito especialmente, o Hamas. E com o Irã, patrocinador dos terroristas do Hamas e do Hezbollah. Tratamos desse tema na coluna da semana passada. Voltamos para acrescentar novos dados.

Em março deste ano, Amorim assinou o prefácio da edição em português do livro “Engajando o mundo: a construção da política externa do Hamas”. O autor, Daud Abdullah, que esteve no Brasil para o lançamento, vive na Inglaterra. Já foi processado sob acusação de incitar ataques terroristas.

Em seu prefácio, Amorim declara ter ficado “encorajado” com estas palavras do autor: “O Hamas pode representar um papel central na restauração dos direitos palestinos”. Isso, acrescenta o embaixador brasileiro, “através de maiores esforços diplomáticos e alianças globais”.

Como percepção geopolítica, trata-se de um equívoco monumental. Esforços diplomáticos de um grupo cujo objetivo formal, escrito em estatutos, é destruir Israel e assassinar judeus?  
Como um diplomata experiente pode equivocar-se tanto?

A menos que não seja análise, mas propaganda. O autor Abdullah certamente é propagandista do Hamas. Amorim, de sua parte, acentua as relações históricas de Lula com o movimento palestino. O que é verdade. Tanto que, nos primeiros dias depois do ataque do Hamas, Lula e Amorim evitaram qualificar o caso como terrorismo.

Pois não seria este o momento de usar essas relações? 
Se o objetivo for evitar a escalada, há um movimento essencial que depende do Hamas: a libertação dos reféns presos em Gaza, entre os quais há muitos civis não israelenses, inclusive, possivelmente, brasileiros.

Há uma pressão global para que Israel cesse os bombardeios em Gaza e desista do ataque por terra. Não fará isso unilateralmente. A pressão interna sobre o governo israelense não permite. Uma troca pelos reféns pode levar pelo menos a uma parada temporária na guerra, abrindo espaço à diplomacia.

Lula tem acesso direto ao presidente do Irã, Ebrahim Raisi, aliás recentemente admitido como integrante do Brics. 
O Irã financia e lidera o Hamas. Amorim certamente tem como chegar a lideranças palestinas ligadas ao Hamas. 
Por que o governo brasileiro não se engaja nessa direção? 
 
Toda a movimentação diplomática do governo brasileiro simplesmente não deu em nada até agora. E não dará. 
Todo mundo sabia que a resolução apresentada no Conselho de Segurança da ONU seria derrubada pelos Estados Unidos, que pretendem manter abertas todas as suas opções de negociação e intervenção. 
Os 12 países que votaram pela resolução o fizeram para marcar posição interna ou em relação aos Estados Unidos (como a China). E votaram sabendo que a proposta brasileira cairia.

Retirar os brasileiros de Israel foi simples. Não houve qualquer obstáculo de Israel, ao contrário. Mas e os reféns que estão em Gaza?

O Hamas quer apoio como o apoio incondicional que recebe de esquerdas internacionais, cuja manifestação em Nova York pedia um só Estado Palestino, “do rio (Jordão) ao mar”.  
Ou seja, varrendo Israel do mapa. Esquerdas brasileiras, incluindo partes do PT, embarcaram nessa.  
Mas Lula teve de chamar o terrorismo do Hamas de terrorismo, por pressão local e internacional.

Ora, isso elimina a capacidade de fala com o Irã e o Hamas. Como o governo brasileiro não tem abertura para o outro lado, acabou qualquer possibilidade de intervenção no conflito.

Para falar a verdade, o governo deveria aplicar todo o seu tempo, sua energia e seu dinheiro nos graves problemas internos: a seca no Amazonas, chuvas no Sul, o desastre da segurança especialmente na Bahia e no Rio.   
Mas isso é mais difícil, né? [afinal o DESgoverno petista, NÃO TEM PLANO DE GOVERNO - em nenhuma área = como pode resolver algo?]

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista 

O Globo - Coluna 21 outubro 2023


sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Hedionda revelação - Alex Pipkin, PhD


         Irrefutavelmente, não existe nada de bom em uma guerra, seja qual for.

No entanto, como judeu, não posso negar que o fato de as “máscaras estarem caindo”, traz-me certo lenitivo.

Mesmo em uma era da hiprocrisia, do cinismo, da horrorosa reprovação da virtude, do farsante grito de guerra dos direitos humanos, diria eu desumanos, e da intransigente, mas ideologizada  “defesa dos grupos minoritários” (sem dúvida alguma exceto dos judeus), o escancaramento do antissemitismo é avassalador e vergonhoso.

Nem mesmo durante o sanguinário período nazista, bebês, crianças e mulheres, foram assassinados de forma tão bestial.

Para o sadismo e o delírio de verdadeiros nazistas, de sectários ideológicos da esquerda da destruição e, claro, de uma gigantesca massa de antissemitas enrustidos, os requintes de barbárie e de selvageria dos terroristas do Hamas foram curtidos abissalmente. E com honras… Não importava se bebês estivessem sendo degolados, jovens que participavam de uma festa pela paz e o amor fossem fuzilados, e mulheres e idosas raptadas fossem estupradas e queimadas vivas.

Triste, porém eu faço uso daquela popular expressão: “Eu já sabia!”.

É nauseante ver e ouvir esses hipócritas e farsantes, apologistas dos direitos (des)humanos, arrotarem mentiras, proselitismos e sentimentalismos baratos.

Eu tenho nojo de “bondosos vermelhos” que afirmam não estarem contra os judeus, mas sim defendendo a causa palestina. 
Que causa é essa que mata bebês, crianças e mulheres, sanguinariamente?! 
Que demanda é essa?!

Eu tenho verdadeiro asco desses impostores, pregadores do “ódio do bem”, genuínos antissemitas, declarados e/ou enrustidos.

O que eu constato a olhos nus, num contexto de selvageria contra os judeus, é o aumento e/ou o acordar de um antissemitismo bárbaro, ao invés da total condenação do massacre desumano de judeus. 
Realmente tenho vivido momentos de angústia e perplexidade. 
Evidente que eu sei que há animais, em vez de seres humanos, porém, afloraram sentimentos e percepções escondidas em gente que, anteriormente, já tinha seu lugar no céu reservado. Isso é que é realmente um horror!

Ao invés de solidariedade ao massacre judeu, o que se tem, factualmente, é um grito antissemita cada vez mais estridente. Isso que estamos longe do Oriente Médio, embora o sectarismo religioso e ideológico, lógico, ocorre no mundo todo.

Estou em Cuba do Sul, e por aqui tenho que ouvir bastardos estúpidos afirmarem mentiras e asneiras do “wishful thinking” canhoto.

Claro que eu já sabia de que lado “esse presidente brasileiro” e a trupe petista e assemelhados, estariam posicionados: a favor do massacre de civis inocentes, afinal, são judeus. Enquanto isso, os israelenses fazem o impossível, em Gaza, para poupar vidas humanas de civis palestinos. Não há retórica, são os fatos.
Sinceramente, não me impressiona o aumento do antissemitismo. Na verdade, nem se trata de aumento, mas objetivamente, apenas de uma revelação.

Repito, eu já sabia dos ânimos nazistas de grande parte da turma esquerdista.

O que me causa asco, é o “silêncio dos inocentes”, verdadeiros antissemitas enrustidos, que salivam por entre os dentes caninos a cada causa de minorias identitárias e/ou dos direitos (des)humanos.

Evidente que os judeus estão fora “dessas”.

Nós, o povo judeu, sabemos que sentimentos e ações antissemitas sempre existiram, tentando nos destruir.

Contudo, quem resistirá somos nós, os judeus!

O POVO DE ISRAEL VIVE!

 Alex Pipkin, PhD


quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Senado vota na semana que vem PEC que limita poderes de ministros do STF - Lauro Jardim


A demarcação de espaços entre o Senado e o Supremo, comandada pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, vai sair do discurso e ganhar uma decisão efetiva nesta segunda quinzena de outubro.

O Senado discute hoje a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que impõe limites às decisões monocráticas dos ministros do STJ e do STF. Com o debate realizado nesta quinta-feira, Pacheco vai pautar a votação em plenário da PEC para a semana que vem. Quem conhece os humores do Senado, não tem a menor dúvida de que a matéria será aprovada.

Pela proposta, apresentada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), não será mais permitido que um ministro tome decisões individuais que suspendam a eficácia de uma lei ou de um ato normativo com efeito geral ou ainda que suspenda atos dos presidentes da República, do Senado, da Câmara ou do Congresso.

A PEC também estabelece que pedidos de vista deverão ser concedidos coletivamente e por prazo máximo de seis meses. 

Lauro Jardim, colunista - Blog em O Globo

 

Guerra no Oriente Médio segue fazendo vítimas inocentes de todos os lados - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo - VOZES

Tragédias contínuas, por décadas, seguem afligindo Israel e suas fronteiras difíceis. Agora temos o caso do hospital atingido. Segundo as últimas versões, satélites e drones dizem que não foi um míssil, mas um foguete que veio da artilharia palestina. O foguete é burro, atinge quem quer que seja; se estiver mal carregado, se a carga propulsora tiver algum defeito, ele cai pelo caminho. Este foguete teria caído no estacionamento de um hospital com 80 leitos, e matou muita gente. Consta também que o hospital não foi destruído; a capela do hospital é que teria recebido o impacto. Não se sabe até agora quantos mortos houve. Mais uma tragédia, atingindo civis, pessoas que não participam da guerra como soldados.

Entre as vítimas do lado israelense, agora se descobriu o caso de Celeste Fishbein, israelense filha e neta de brasileiros. Ela tem 18 anos, mas não servia o exército de Israel; o corpo dela estava cheio de estilhaços de foguete, na zona de Gaza. Foi atingida no kibutz onde trabalhava cuidando de crianças. Foi sequestrada como refém e assassinada depois. 
Não sei por quais torturas ela pode ter passado, já vimos tantas... Não é a primeira vez que a família sofre com o terrorismo; a tia de Celeste mostrou que, em 2001, foi vítima de um atentado suicida numa pizzaria em Israel que matou 18 pessoas, inclusive o marido da tia. Ela ficou 17 dias no hospital.

WhatsApp: entre no grupo e receba as colunas do Alexandre Garcia

Câmara quer saber por que diplomacia brasileira está poupando o Hamas
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara está convidando o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro de facto, Celso Amorim, que é o autor da política externa brasileira e assessor de Lula para assuntos internacionais, uma espécie de Marco Aurélio Garcia. A Câmara quer que eles expliquem as posições brasileiras, como o pedido de cessar-fogo, que os Estados Unidos e o Conselho de Segurança da ONU recusaram. Primeiro o Hamas ataca; quando Israel vai revidar, o Brasil pede cessar-fogo.
Relatório de Eliziane Gama na CPMI não surpreendeu ninguém
Na quarta-feira, no Congresso, a principal notícia foi a aprovação do relatório da senadora Eliziane Gama, que todo mundo dizia já estar pronto desde o primeiro dia da CPI.  
O texto foi aprovado por 20 votos a 11: os 20 governistas se juntaram, enquanto 11 estão votando um relatório paralelo de 400 páginas pedindo o indiciamento de Lula, de Flávio Dino e de Gonçalves Dias
O relatório de Eliziane Gama tem 1,3 mil páginas e pede o indiciamento de pessoas que nem foram ouvidas. 
Como é que alguém pode ser acusado de alguma coisa se não é sequer ouvido? 
O ex-presidente Jair Bolsonaro, os generais Luiz Eduardo Ramos, Paulo Sérgio Nogueira (que foi ministro da Defesa) e Freire Gomes (que foi comandante do Exército), o almirante-de-esquadra Almir Garnier (que foi comandante da Marinha).
Não ouviram nem a deputada Carla Zambelli, que está ali na mesma casa. Não sei se tiveram medo de ela pintar e bordar, porque ela é muito eloquente, tem uma boa verve.  
O general Augusto Heleno, por exemplo, saiu de lá coroado.
 
Tudo isso vai agora para a Procuradoria-Geral da República decidir o que fazer
Eliziane Gama afirma no relatório, ao pedir o indiciamento de Bolsonaro, que ele foi o autor moral e intelectual da depredação nas sedes dos três poderes
Bolsonaro foi intimado a depor na Polícia Federal; foi até a sede da PF, mas não depôs, explicou que os advogados apresentariam a defesa por escrito. Acharam em celulares de apoiadores uma referência a “PR Bolsonaro 8”, que seria uma convocação para as manifestações do dia 8. Mas como ele vai responder pelo uso do nome dele em celulares? Bolsonaro disse aos jornalistas: “apontem uma ação minha que tenha sido fora da Constituição”. 
Além disso, o Supremo não é o juiz natural para este caso; é a primeira instância.
 
Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

Cresce a pressão para que a Suprema Corte dos EUA elabore um Código de Ética interno, para superar as críticas que vem recebendo

O Globo

Poder contestado

A aparente crise entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso é uma disputa de poder que ocorre nas democracias, inclusive nos Estados Unidos, cujos pais fundadores buscaram na teoria da separação de poderes de Montesquieu a base da elaboração da Declaração de Independência de 1776. 

No momento, cresce a pressão para que a Suprema Corte dos Estados Unidos elabore um Código de Ética interno, para superar as críticas que vem recebendo por atitudes de alguns integrantes.

Essa possibilidade vem sendo discutida há anos, sempre que o Congresso americano ameaça regulamentar as atividades da Suprema Corte a partir de um Código de Ética elaborado pelos parlamentares. Recentemente, a ministra Elena Kagan apoiou a criação de um código, reforçando o grupo de ministros que entendem importante tal conduta diante das acusações que vêm surgindo.

O ministro Clarence Thomas admitiu que deixou de declarar viagens consideradas “luxuosas” durante os últimos 20 anos com o bilionário Harlan Crow, transações imobiliárias, inclusive a da casa onde mora sua mãe, e o pagamento de US$ 6 mil mensais à universidade de um sobrinho-neto. 

O ministro Samuel Alito contestou a necessidade de declarar viagem ao Alasca a bordo de um avião particular do bilionário Paul Singer. 
Além de alegar que, se ele não fosse, o lugar no avião ficaria vazio, Alito se apoiou na legislação que diz que os ministros não são obrigados a declarar “hospitalidade pessoal”, a mesma argumentação de Thomas.

A partir de março deste ano, porém, houve mudança na legislação, e ambos tiveram de declarar essas e outras vantagens, como viagens para palestras e seminários em universidades e instituições privadas

Há também por lá politização das ações de alguns ministros, como Sonia Sotomayor, acusada de vazar a decisão da Corte sobre a restrição ao aborto para tentar revertê-la com o apoio da opinião pública. Sotomayor, aliás, foi muito criticada por ter recebido de uma editora US$ 3 milhões por direitos autorais de uma biografia que não teria vendido tanto.

Aqui no Brasil, uma decisão recente do Supremo permitindo que juízes atuem em casos de clientes de parentes, desde que em processos distintos, causou mal-estar na opinião pública, assim como a presença de ministros em palestras de instituições privadas no país e no exterior. Recentemente, tivemos a repetição de mal-entendidos durante essas apresentações, como a exposição do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, num seminário em Paris.

O que teve a intenção de ser elogio deixou Barroso em má situação. Depois de ouvi-lo, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy disse que Barroso estava pronto para “outra presidência”, referindo-se claramente à Presidência da República no Brasil. Para sustentar seu elogio, Sarkozy salientou que a palestra de Barroso era “um discurso de orientação política forte, muito mais que um discurso de orientação jurídica”.

Na mesma ocasião, outro ministro do Supremo presente, o decano Gilmar Mendes, disse em entrevista que, “se hoje nós temos a eleição do presidente Lula, isso se deveu a uma decisão do STF”. Tomada ao pé da letra, como foi pelos bolsonaristas, a frase parece “uma confissão de culpa”. Se lembrarmos que, recentemente, o ministro Barroso afirmou, numa reunião da UNE, que “nós derrotamos o bolsonarismo”, veremos que declarações de ministros do Supremo fora dos autos têm provocado muitos mal-entendidos políticos.

Gilmar se referia a sua luta contra a Operação Lava-Jato, que culminou com a decretação pelo Supremo da parcialidade do ex-juiz Sergio Moro e provocou a anulação de todas as condenações e processos contra Lula, permitindo que disputasse a eleição presidencial
E Barroso se referia ao que chamou de “extremismo golpista”, que culminou nos ataques de 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes em Brasília. 
 
Merval Pereira, colunista - Blog em O Globo

Relatório da CPMI - Bandidos protegidos, mocinhos perseguidos - Marcel van Hattem

Gazeta do Povo - VOZES
O relatório da CPMI do 8 de janeiro, apresentado pela senadora Eliziane Gama, não surpreendeu: seguiu o script da “narrativa do golpe”
Com tanta coisa acontecendo no mundo, em especial no Oriente Médio, a balbúrdia do início do ano parece coisa de muito tempo atrás. 
E é nisso que devem apostar os governistas ao apresentar um relatório inteiramente descolado dos fatos e que não indicia nem o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) demitido por Lula, G. Dias, cuja inoperância foi tamanha, para dizer o mínimo, que até o PT decidiu rifá-lo; nem o ministro da Justiça, Flávio Dino, que além de não entregar as imagens das câmeras de segurança do prédio que administra, também admitiu que as mesmas foram apagadas.
 
Os “terroristas” do 8 de janeiro, desarmados de pólvora e empunhando bandeiras do Brasil, são para os petistas muito mais nocivos para a sua “democracia” do que os “militantes” degoladores e estupradores do Hamas. Para Lula e seus companheiros, o Hamas não é terrorista. 
Como não seria terrorista, para a esquerda brasileira, o MST, um dos braços armados do PT cuja relação com o Hamas não é coincidência e foi exposta por esta Gazeta do Povo
Ou alguém acredita que o bando que invade terra no Brasil viaja todos os anos a Gaza apenas para colher azeitona?

O relatório incoerente apresentado na CPMI e a posição ultrajante do PT em relação a Israel e ao Hamas são sintomas do mesmo mal: a proteção dos bandidos e a perseguição dos mocinhos, nessa película de filme B que Lula oferece aos brasileiros no dia a dia de seu governo. 

Ou faria sentido que o ministro dos Direitos Humanos de Lula, cuja agenda de encontros bilaterais registra apenas cinco eventos, já tenha se encontrado duas vezes com o embaixador do Irã, país que sabidamente é um dos principais financiadores do Hamas? Da mesma forma: por que o Brasil recepcionou tão facilmente a entrada do Irã nos BRICS?

Felizmente, muitos eleitores e formadores de opinião que “fizeram o L" voltaram a abrir seus olhos em relação à ameaça constante à democracia que representa o PT. 
É preocupante, porém, que a degradação institucional tenha avançado tanto nesse ínterim.
Infelizmente, não é apenas o governo federal que representa o desgaste em nossa jovem democracia. 
O Supremo Tribunal Federal, por exemplo, está na sua pior fase e composição de toda sua história, ultrapassando sua competência de julgar e legislando em claros casos de ativismo judicial.  
Cabe ao Congresso Nacional impor os freios e contrapesos e, à população, auxiliar na pressão para que esse movimento ocorra, de fato.
 
Conteúdo editado por:Jocelaine Santos

As origens do atual conflito no Oriente Médio: a situação dos refugiados - Gazeta do Povo

Marcus L. Susskind

Artigo - Parte 2

Parte 1

 Na foto, refugiados palestinos no campo de refugiados de Al Shati, na Faixa de Gaza.

Depois da Síria, de onde vêm mais de seis dos 26 milhões de refugiados atualmente no mundo, o segundo maior grupo são os palestinos. Segundo a ONU, são 5,6 milhões de refugiados palestinos. Na foto, refugiados palestinos no campo de refugiados de Al Shati, na Faixa de Gaza.| Foto: EFE/Mohammad Ibrahim

A Guerra de Independência de Israel, em 1948, gerou um imenso êxodo. Cerca de 750 mil judeus foram expulsos de países árabes onde viviam havia centenas de anos. Por outro lado, pouco menos de 750 mil árabes saíram de Israel, grande parte por vontade própria: respondiam ao apelo dos exércitos árabes invasores que lhes pediam abrir caminho para permitir “jogar os judeus ao mar”.

Os refugiados judeus chegaram a um país recém criado e empobrecido que se esforçou por absorvê-los. Nenhum deles é chamado de refugiado há dezenas de anos todos receberam cidadania e foram integrados no país, com direitos civis integrais, seus filhos galgando altas posições como médicos, engenheiros, especialistas em alta tecnologia, oficiais militares, juízes, enfermeiros, advogados e toda e qualquer profissão.  
Infelizmente o mesmo não ocorreu com os refugiados árabes que chegaram aos países Islâmicos.
 
Os árabes saídos do atual Israel — e que desde 1964 passaram a se designar palestinos — foram colocados em campos de refugiados, sem direitos de cidadania e, na maioria dos países, sem qualquer outro direito. Excetuando-se a então Transjordânia (hoje Jordânia), todos os demais países colocaram drásticas restrições aos refugiados. A Liga Árabe (e a ONU) define como refugiado palestino também seus cônjuges, filhos, netos e bisnetos, independentemente do país de nascimento ou religião
A maioria vive em 68 campos de refugiados espalhados pelo Líbano, Síria, Jordânia, bem como na Faixa de Gaza (que até 1967 pertencia ao Egito) e a Cisjordânia (que foi incorporada pela Transjordânia e conquistada por Israel em 1967). 
A vida nos campos de refugiados gera frustração, angústia e muita raiva. Alguns exemplos:
 
1- Líbano: nenhum palestino tem direito à cidadania — não votam nem podem ser votados, por não serem cidadãos não têm direito aos serviços médicos, educação aposentadoria ou passaporte. Estão proibidos de terem propriedades. 
Qualquer descendente dos refugiados de 1948 é considerado refugiado. Filhos, netos e bisnetos nascidos no Líbano mantêm o status de refugiados, o que explica a existência de cerca de 420 mil palestinos no país. Praticamente qualquer serviço não braçal é proibido aos refugiados. Por serem apátridas não podem sequer abandonar o país, já que não têm documentos.
 
2- Síria: A Síria recebeu de 70 mil a 80 mil palestinos durante a Guerra de Independência. 
Mantém a mesma norma do Líbano e demais países árabes: filhos, netos, bisnetos e até mesmo quem case com um deles é classificado como refugiado. 
Hoje são 454 mil, depois que cerca de 160 mil fugiram da guerra civil que lá se desenrola. 
Na Síria eles têm direito a trabalho e a possuir apenas uma propriedade — comercial ou residencial. 
Os filhos nascidos na Síria de um dos pais palestino não tem direito à nacionalidade — é considerado palestino. 
Não têm direito a voto, a passaporte e são terminantemente proibidos de possuírem terra arável.

Os campos de refugiados na Faixa de Gaza e na Cisjordânia não foram desmantelados, apesar de estarem sob administração palestina.

A situação acima descrita, aliada à corrupção governamental, falta de emprego e de perspectiva e principalmente ao incitamento anti-Israel nas escolas, nas rádios e TVs bem como nas mesquitas e nos discursos das lideranças faz surgir um violento sentimento anti-israelense e antijudaico
A partir do final dos anos 80 a pregação da violência como sendo o único caminho de libertação irá desembocar na criação de inúmeros grupos adeptos do terrorismo como veículo de liberação das frustrações — um conveniente inimigo externo livra as autoridades de críticas internas.

Este é o fertilizante do terror, como veremos no próximo capítulo.

Marcus L. Susskind, colunista - Gazeta do Povo - IDEIAS


O que sei sobre o novo conflito no Oriente Médio - Jorge Abeid, PhD

Sobre como entender o atual conflito Hamas x Israel sem a narrativa esquerdopata reinante no Brasil, USA e Canadá.

        Vivendo aqui na América do Norte por mais de 26 anos, 27 em Janeiro próximo, o Inglês acabou se tornando minha segunda lingua, só nao passou a ser primeira porque aqui em casa se fala brasileiro, que conhecendo melhor os portugueses passei a achar que brasileiro é, de fato, a língua que se fala ai no patropi.

Dito isso, vamos ao assunto. Tendo a fluência na língua Inglesa eu me informo nesses assuntos de fora do Brasil em jornais e fontes mais seguras, segundo meu julgamento e fora das péssimas traduções feitas aí, e essas fontes são:

- DW News media alemã da empresa Deutsche Welle, que tem um canal em inglês;

- BBC inglesa;

- Sky News Australiana;

- Channel 4 Britânica

- Fox News Americana

- Jornal Epoch Times, jornal impresso do Conservadorismo Americano com tiragem semanal que eu assino e recebo aqui na minha porta às sextas-feiras.

O que aprendi nesse período de 8 dias a se completar hoje, outubro 15, pode ser sintetizado assim:

O Iran dos Aiatolás tem por meta terminar o trabalho iniciado por Adolph Hitler de eliminar o povo Judeu da face da terra e usa os fanáticos e bárbaros terroristas do Hamas para fazer o serviço a peso de muito ouro.

A Pérsia que dominada pelos Aiatolás na revolução de 1979 passou a se chamar Iran tem como arqui-inimigos:

- os USA que eles denominam o grande Satã, porque ajuda Israel e era amigo do Monarca derrubado em 1979 o xá Reza Pahlevi;

- Israel por serem os infiéis que precisam ser eliminados, pela interpretação que eles dão da bíblia deles, o Alcorão;

- Arábia Saudita sua vizinha: Arábia Saudita e Iran são islâmicos. A primeira uma monarquia Islâmica Sunni e a segunda uma Republica Islâmica Shiita; - Acontece que sunni e shiitas são arqui-inimigos, segundo sei quando Maomé morreu, sua sucessão dividiu o mundo Islâmico nesses dois blocos e isso perdura por séculos.

Esse último parece ser a chave que detonou a presente crise, porque Israel, vivendo uma paz relativa que já dura 50 anos desde a guerra do Yon Kippur iniciada em 6 de outubro de 1973, resolveu que chega de guerra. Decidiu tornar-se amigo de seus vizinhos, e se pôs a fazer acordos de paz com os países árabes em seu entorno e estava para ser assinado nestes dias um acordo de paz entre Israel e os Sauditas que entre outras coisas abre o espaço aéreo Saudita para a força aérea israelense, e isso chacoalhou os Aiatolás. 

Para Israel destruir as plantas de enriquecimento de urânio e produtoras da bomba atômica iraniana, que tem por objetivo o extermínio do povo judeu, precisa que sua esquadrilha de caças cruzem o espaço aéreo Saudita por razões técnicas, que envolvem a distância entre Israel e as instalações iranianas. Segundo algumas das fontes acima citadas, o líder iraniano teria publicado no início do mês de outubro, no X, a seguinte pérola: "Israel é um câncer que precisa ser extirpado e isso será feito pelos irmãos do Hamas nos próximos dias.

Essa parece ser a verdade, mas a esquerda, por ser sua natureza, não gosta dessa verdade, e polui as mentes dos incautos com suas narrativas ridículas.

Hoje pela manhã pude ler no caderno Opinião da edição Canadense do Epoch Times de 12 de outubro, o longo artigo escrito pelo brilhante John Robson, e lá pude extrair o parágrafo que pude traduzir como segue:

"Eles (o Hamas) francamente negam a humanidade dos Judeus e o objetivo deles nunca foi a solução dos dois estados, ou até mesmo uma hipotética proposta de retirada pacífica do povo judeu de sua milenar Terra. O objetivo sempre foi o mesmo:  a exterminação do povo judeu... Isso é demência e qualquer um que preste solidariedade a isso é demente."

Consultando uma e outra das fontes citadas acima esbarrei num canal do YouTube que não conhecia, denominado Professor HOC. Lá há um episódio intitulado “Cinco mitos sobre o conflito Israel x Hamas”. A palestra, em português é longa mas vale a pena. Trata-se de uma aula que nos ajuda a entender direitinho os dias que estamos vivendo. Não percam.

Num outro aspecto de toda essa história há o que diz o capítulo do Livro do Apocalipse sobre os dias finais dessa era em que vivemos e cita a guerra que precederá a volta de Nosso Senhor Jesus Cristo. 
Esta guerra atual se assemelha muito com o profetizado naquele livro. Segundo o que li de diversos estudiosos: Católicos, Protestantes e Judaicos há sim semelhança, mas eles são animes em afirmar que ainda faltam outros eventos citados no Livro.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo

*          Em 15 de outubro de 2023

**        O autor é diretor de REMONTECH-Remote Monitoring Technologies Inc., Canadá.