A viagem
de ontem do presidente Michel Temer a Boa Vista marcou o início da
federalização do problema que antes estava entregue apenas a Roraima. A decisão
de criar uma força-tarefa e baixar uma MP para enfrentar a crise veio da
constatação de que a questão dos venezuelanos assumiu dimensão muito grande e
que é preciso uma atuação conjunta de vários órgãos federais, sob o comando das
Forças Armadas.
[a situação da Venezuela é ruim, péssima mesmo;
só que a do Brasil não está entre as melhores
(temos mais de doze milhões de desempregados e o Brasil é governado por um presidente vitima constante de ações de alguns membros de instituições públicas que tentam a todo custo desestabilizá-lo, tudo indica tendo como meta retirá-lo do cargo antes que seu mandato termine.
Só que retirar Temer da governo agora, a menos de um ano do término do seu mandato, o grande prejudicado será o Brasil)
e abrigar os venezuelanos, a quem o Brasil não tem condições de oferecer nada - exceto juntar a miséria deles com a quase miséria dos brasileiros.
Para se ter uma ideia, mais de 10% dos moradores atuais de Boa Vista, capital de Roraima, são venezuelanos em situação de miséria.
Assim, no interesse mútuo de preservar o pouco que ainda resta aos brasileiros daquela capital e ao mesmo tempo desestimular a vinda de mais venezuelanos para o Brasil, só resta o fechamento imediato da nossa com a Venezuela e a devolução dos venezuelanos ilegalmente no Brasil ao seu país de origem.
Tal ação não caracteriza xenofobia, sendo apenas um esforço inadiável de evitar a piora da situação dos brasileiros junto com o agravamento das precárias condições de vida dos venezuelanos ilegalmente no Brasil - lembrando que apesar da extrema situação de miséria que a Venezuela atravessa, o ditador Maduro ainda pensa em ações belicosas, até mesmo de invasão territorial, da Guiana e anexar a região de Essequibo.]
A força-tarefa vai oferecer serviço médico,
alimentação e triagem na fronteira com a entrega de documentos provisórios. O governo
hesitou nos últimos meses, entre agir ou não. O temor é que quanto mais efetiva
for a ajuda, maior o incentivo a vir para o Brasil. Só que o peso da crise
estava todo sobre Roraima. Esta é a primeira crise migratória que o Brasil
enfrenta.
A economia venezuelana apresenta números de país em
guerra. De 2012, ainda no governo de Hugo Chávez, até o final de 2018, o PIB
per capita terá encolhido 50%, pelos cálculos da consultoria Econométrica. Este
será o quinto ano de queda. Isso jamais aconteceu no país, mesmo durante os
dois conflitos do século XIX, a guerra da independência e o tumulto civil
conhecido como a Guerra Federal, conta o economista venezuelano Ángel García
Banchs, sócio da Econométrica, que há seis meses deixou o país para ir morar na
Espanha. Hiperinflação, que pode ter sido de 3.000% no ano passado, desemprego
em massa e desabastecimento crônico estão produzindo a maior onda de refugiados
venezuelanos da história. A Colômbia, primeiro destino, está restringindo a
entrada. O Brasil vem recebendo cada vez mais.
Uma pesquisa feita em Boa Vista, no final do ano
passado pelo Instituto Unama, perguntou a 626 pessoas se o entrevistado
"considera o povo venezuelano amigo do brasileiro", 61% disseram
"não", chegando a 70% na faixa de renda acima de cinco salários
mínimos. A maioria admite que nem conversa com os refugiados e responsabiliza
os venezuelanos pelos problemas de Boa Vista. Eles dizem que o estado
brasileiro não deveria ajudá-los financeiramente e 66% pensam que não deveria
ser permitida a entrada de novas pessoas do país vizinho.
O economista venezuelano explica que a economia não
apenas está encolhendo; ela cai em queda livre.
- Em 2017, o PIB encolheu 13%, pelas previsões, e
vai cair algo como 15% neste ano. É um dado de guerra, e é assim que a situação
vai terminar, com a mais primitiva de todas as soluções. A saída para o
problema não será interna - diz García.
O governo de Maduro antecipou as eleições
presidenciais para 22 de abril. A oposição não sabe se concorrerá. O calendário
eleitoral pode estar por trás do movimento recente do governo de reacender a
discussão territorial com a vizinha Guiana. A questão vem desde o século XIX,
quando a área foi adquirida pela Grã-Bretanha. Recentemente, a Exxon encontrou
petróleo no litoral da Guiana. Como este é o único assunto que une governo e
oposição, o Brasil teme o conflito na nossa fronteira.
A Econométrica apura um índice de escassez no país.
A taxa estava em 55% em janeiro. Faltam, principalmente, alimentos. No caso de
azeites e óleos, o desabastecimento chega a 89%; nos peixes, a taxa está em
87%. A falta de pães, cereais, leite, queijo e ovos é de 80%. A Venezuela
importa praticamente tudo, e estão faltando dólares. As reservas internacionais
estão em queda. O país atrasa pagamentos de dívidas desde o ano passado e tem
hoje menos de US$ 10 bi em caixa. A produção de petróleo, que responde por mais
de 90% dos ingressos internacionais do país, caiu 20% no ano passado, uma
redução de 300 mil barris. A estatal PDVSA atrasou pagamentos e fornecedores
deixaram de prestar serviços ou fecharam as portas. O país, assim, passou a
conviver com o êxodo de seus cidadãos.
- Primeiro, foram os profissionais mais talentosos
e bem preparados. Agora, estão indo pessoas de todas as idades e formações.
Algo como 6 milhões de venezuelanos devem deixar o país neste ano, gente que
foge da fome e busca abrigo nos países da região, especialmente na Colômbia. O
problema não é só da Venezuela, é tão grande que se tornou um tema
internacional - diz García. A Venezuela tem 31 milhões de habitantes.
Essa é a bomba que está armada na fronteira com o
Brasil.
Os pontos-chave
1 Brasil enfrenta sua primeira crise migratória.
Força-tarefa e MP vão lidar com refugiados venezuelanos
2 População de Roraima rejeita venezuelanos; dúvida
do governo é que a ajuda pode ser incentivo à vinda
3 Economia venezuelana perde 50% do PIB em cinco
anos e é uma bomba estourando na nossa fronteira
[LEMBRETE: a meta de Lula e da maldita corja lulopetista era, e continua sendo, (felizmente agora só um sonho para Lula e a maldita esquerda) transformar o Brasil em uma Venezuela - o socialismo bolivariano do século XXI.]
Transcrito site do Exército Brasileiro - Autoria de Míriam Leitão - O Globo
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