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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

A mão que afaga... - Alon Feuerwerker

E o governo notou que ainda não descobriram como juntar numa única equação 
1) o teto de gastos, 
2) a manutenção de um auxílio emergencial, 
3) os programas sociais, 
4) uma projeção declinante para a dívida pública e 
5) a preservação do ritmo ascendente da popularidade do presidente da República. [essa é para infartar muitos inimigos do Brasil: deixem o presidente Bolsonaro governar - não atrapalhem, não boicotem, não emitam decisões absurdas, não façam perguntas cretinas e provocadoras, não sabotem, - e a solução aparece.]


Que, dotado de faro político, sentiu o cheiro de queimado (leia).
Talvez Jair Bolsonaro não queira repetir o experimento Dilma Rousseff. A então presidente alinhou sua política econômica no início do segundo mandato ao que lhe pedia o chamado mercado. Fez um ajuste daqueles. Mas, infelizmente para ela, em vez de colher o apoio do mercado e dos políticos e atores da chamada sociedade civil que louvam o mercado 24 x 7, colheu o impeachment.

Mesmo se Bolsonaro não fosse politicamente esperto, o recente infortúnio da antecessora talvez já servisse para acender-lhe a luz amarela. Como dizem os versos clássicos, a mão que afaga é a mesma que apedreja. Sem base orgânica no Congresso ou no establishment, Bolsonaro sabe que não pode ver a popularidade desabar. A não ser que queira ter a cabeça servida na bandeja.

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Alon Feuerwerker, jornalista e analista político


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