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terça-feira, 18 de agosto de 2020

Inferno na Globo: Bolsonaro em alta e clã Marinho em delação

Portal Terra

Canal vê seu principal crítico ganhar aprovação popular enquanto precisa desmentir denúncia de doleiro preso

A sexta-feira (14) foi atípica nas reuniões de pauta do telejornalismo da Globo. Os editores discutiram duas notícias inimagináveis até então: 
o crescimento da popularidade de Jair Bolsonaro, apontado em pesquisa do Datafolha (37% de "bom ou ótimo"), 
e a citação de dois dos três donos da emissora — os empresários e irmãos Irineu Roberto Marinho e José Roberto Marinho — em delação do "doleiro dos doleiros" Dario Messer ao Ministério Público Federal, segundo a revista Veja.

Ambos os assuntos foram abordados no Jornal Nacional. A recuperação súbita da aprovação do presidente mereceu gráfico comparativo dos levantamentos anteriores, quando a imagem dele estava mal avaliada. A 'bomba' sobre o suposto fornecimento clandestino de dólares à família Marinho recebeu abordagem sucinta. William Bonner leu uma "nota seca", sem imagem ilustrativa.
"A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, esclarecemos que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm e nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma forma, nunca realizaram operações não declaradas às autoridades brasileiras", informou o âncora e editor-chefe.

Principal concorrente da Globo no Ibope e na linha editorial, a Record TV dedicou 1 minuto e 35 segundos para o tema em seu principal telejornal noturno. "O doleiro Dario Messer, que é investigado pela Lava-Jato, disse em delação premiada que entregava pacotes de dinheiro para integrantes da família Marinho, dona da Rede Globo", introduziu Cristina Lemos, apresentadora do Jornal da Record.

Ao vivo, a repórter Vivian Casanova informou detalhes das hipotéticas operações com moeda norte-americana, mas não incluiu uma informação destacada em outros veículos de comunicação: Dario Messer disse que entregava os dólares na sede da Globo, no Rio, porém nunca encontrou pessoalmente Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho.

No portal Terra, MATÉRIA COMPLETA


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