Um honconguês de 33 anos, que ficara doente, se recuperara e recebera alta em abril, viajou à Espanha e, ao regressar, no início deste mês, submeteu-se a teste para a doença com resultado positivo, embora sem sintomas — nada como uma vigilância epidemiológica funcional, diga-se de passagem.
Muitos especialistas já apostavam que o Sars-CoV-2 acabaria por se tornar endêmico, a exemplo dos vírus das gripes sazonais e dos resfriados, que os corpos humanos aprenderam a combater. Do ponto de vista prático, a reinfecção traz algumas implicações. A ideia de passaporte da imunidade, que já andava em baixa, sai ainda mais chamuscada. Quem já teve a doença não pode se considerar protegido com certeza senão por um período muito fugaz. Quanto à vacina, fica reforçada a perspectiva de reaplicação periódica. Pacientes recuperados provavelmente também deverão entrar na fila da imunização, ainda que não como grupo prioritário.
Opinião - Folha de S. Paulo
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