A fala foi dita após Bolsonaro ser questionado sobre repasses de R$ 89 mil feitos por Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho
O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo, 23, ter "vontade de encher de porrada" um jornalista do jornal O Globo em frente à Catedral Metropolitana de Brasília. Durante uma visita a feirinha de artesanato no local, ao descer do
carro, Bolsonaro foi questionado pelo jornalista sobre repasses de R$ 89
mil feitos por Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho, o senador
Flávio Bolsonaro, feitos à primeira-dama Michelle Bolsonaro.
"Vontade de encher tua boca de porrada", respondeu Bolsonaro ao
repórter. Jornalistas que acompanhavam a visita questionaram se a
declaração era uma ameaça, mas o chefe do Executivo não respondeu mais e
seguiu com a visita. Depois, voltou ao Palácio da Alvorada, residência
oficial da Presidência. O Palácio do Planalto foi questionado pelo Estadão sobre o teor da frase, mas não se manifestou.
[O presidente Bolsonaro, precisa ignorar tais perguntas;
O presidente não ameaçou, apenas expressou um desejo -expressar uma vontade, um pensamento, ainda não é crime - o que pode municiar o inimigo é os termos usados = porrada não é chulo.
O presidente precisa ter presente que ele é popular e falar mal do capitão gera holofotes.
Quando for a um local público, use de suas prerrogativas e determine que a a área seja isolada.
Voltamos àquela velha sugestão: entrevista de corredor, de cercadinho, NUNCA;
entrevista só com hora marcada, coletiva, com perguntas por escrito.
Se recorrerem ao Supremo para obrigar o presidente a falar com a imprensa e a Suprema Corte criar uma obrigação que não existe em lei nenhuma, recorra.
Se perder o recurso, estabeleça um sistema de cotas.]
Movimentações do extrato bancário de Márcia de Oliveira Aguiar,
anexados à investigação sobre suposto esquema de 'rachadinha' no
gabinete do senador Flávio Bolsonaro enquanto era deputado estadual no
Rio, registram que seis cheques da mulher do ex-assessor Fabrício
Queiroz foram compensados em favor da mulher do presidente Jair
Bolsonaro em 2011, totalizando R$ 17 mil. Somados aos depósitos feitos
por Fabrício tempos depois, o total chega a R$ 89 mil.
Correio Braziliense
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