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domingo, 23 de agosto de 2020

Petrobras tucana - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - O Globo

Na sua 72ª fase, a Lava-Jato voltou às malfeitorias praticadas na Petrobras.

Nas 71 etapas anteriores ela se concentrou nas atividades do comissariado petista. Desta vez, estão diante de uma oportunidade para conhecer o que acontecia por lá durante uma parte do mandarinato tucano.
O jogo de licitações viciadas e aditivos milionários começou bem antes. A escala era menor, mas a metodologia era a mesma.

Maia deu um basta aos planos de saúde
Deve-se ao deputado Rodrigo Maia a trava imposta aos planos de saúde que tentavam aumentar as suas mensalidades em até 20% num país onde uma pandemia já matou mais de 110 mil pessoas. Algum dia será contada direito a voracidade das operadoras. Começaram se recusando a refrescar a vida dos inadimplentes, vá lá. Em seguida, tentaram negar cobertura para testes sorológicos e se livraram dessa despesa por alguns meses. Tudo isso se movendo no escurinho de Brasília.

[Quando o Congresso cumpre o seu dever é elogiado;
Se o bloqueio à tunga partisse do Poder Executivo, seria  o presidente Bolsonaro pensando na reeleição;
Todos esquecem que Maia em dobradinha com seu fiel escudeiro, senador Alcolumbre, pretendem dar um golpe na Constituição - ao tentar a reeleição  para as presidências que ocupam -  e para facilitar o caminho, nada melhor do que fingir defender os interesses das vítimas... epa, clientes  dos planos de saúde.] 
Na semana passada, elas começaram a cobrar reajustes de até 25%. Com a crise, essas empresas perderam 400 mil clientes, mas uma série de circunstâncias permitiu que aumentassem seus lucros. Uma grande operadora lucrou 150% acima do mesmo período do ano anterior. A essa bonança somou-se uma queda da inadimplência. Mesmo assim, tiveram autorização da Agência Nacional de Saúde para empurrar os reajustes.

Maia travou a tunga com um basta: “Aumentar um plano em 25% é um desrespeito com a sociedade.” Ameaçou votar na terça-feira um projeto que proíbe o tasco. Numa época em que o Legislativo está debaixo de chumbo, o presidente da Câmara mostrou que às vezes ele é a última trincheira para a defesa dos interesses da sociedade. Com suas complexas e astutas conexões, as operadoras de planos de saúde sempre mostram que podem muito. Felizmente, não podem sempre.

(...)

Zona de perigo
Não é só o governador Wilson Witzel (Rio) quem está com a cabeça a prêmio.
Ele rala um processo de impedimento e poder vir a ser assombrado por novas revelação e diligências.
Os governadores Carlos Moisés (Santa Catarina) e Wilson Lima (Amazonas) precisam de bons advogados para defendê-los no Superior Tribunal de Justiça.

Nos três casos, as administrações dos doutores estão metidas em malfeitorias relacionadas com o dinheiro que deveria ter ido para o combate à pandemia e pode ter ido para os bolsos de espertalhões.

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Folha de S. Paulo - O Globo - Elio Gaspari, jornalista - MATÉRIA COMPLETA 

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