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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Lula não sabe lidar com os problemas reais do Brasil, por isso inventa inimigos - J. R.Guzzo

Gazeta do Povo - VOZES

Sempre se pode contar com Lula e com o PT para tentarem aplicar todas as soluções erradas e, no fim, escolherem a pior. Passaram três meses envolvidos até o talo num “governo de transição” em Brasília; segundo se orgulhou o presidente, foi a primeira vez que um novo governo “começou a governar” antes de tomar posse. 
Nada menos que 900 pessoas participaram deste esforço. 
Muitos, é claro, fizeram apenas simulação de atividade – nada como um negócio desses para o sujeito passar três meses da vida ganhando sem trabalhar. Mas outros, infelizmente, se lançaram ao esforço de ter ideias. É daí que saíram, junto com ideias velhas e igualmente ruins, os primeiros movimentos do novo governo Lula. 
[essa viagem do atual presidente do Brasil é uma inutilidade total = acontece que o boquirroto presidente está completamente perdido, seu único programa de governo é combater 'atos antidemocráticos', prender quem falar mal do governo e coisas do tipo; nada de apresentar medidas concretas para melhorar a economia,  combater a criminalidade real - todo o 'governo' atual está perdido - não sabem como governar e resolver os PROBLEMAS REAIS do Brasil e só lhes resta falar mal do Governo BOLSONARO - passado, acabou, não existe mais - e agora viajar. A equipe que acompanha o presidente é a verdadeira SOMA ZERO. Um dos seus integrantes leva na bagagem um projeto de reativação de um programa lançado em 2008 e que a própria Dilma Rousseff 'sepultou' em 2011 - ainda no seu segundo mandato. NEM A DILMA QUIS.
O único resultado é mais gasto de dinheiro público e oportunidade para alguns dos acompanhantes conhecerem os 'States'.]
 
É um fiasco. Em mais de um mês de atuação, toda a sabedoria concentrada nos cérebros dos gigantes da transição (havia até uma cozinheira, para tratar dos problemas da “fome”) não foi capaz de apresentar uma única proposta coerente para encarar qualquer dos problemas reais que o Brasil tem neste momento. 
Em compensação, fez isso aí que se está vendo: um programa de oposição feroz ao governo Bolsonaro, que, como se sabe, não existe mais.

    Em mais de um mês de atuação, toda a sabedoria concentrada nos cérebros dos gigantes da transição não foi capaz de apresentar uma única proposta coerente para encarar qualquer dos problemas reais que o Brasil tem neste momento

Lula, até agora, só anunciou o que quer destruira autonomia do Banco Central, a reforma trabalhista, a blindagem de carros particulares, e por aí afora. Acabou com o serviço de apoio prestado pelo Itamaraty ao agronegócio. 
Acabou com programa de alfabetização do governo federal. Até quando vai continuar? Daqui a pouco não vai haver mais nada para ser demolido; ao contrário, haverá a necessidade de manter os índices de inflação, desemprego e crescimento que recebeu do governo anterior
Não há, nem nas propostas do “governo de transição”, nem do governo que já começou, a mais remota ideia de como lidar com isso tudo – a não ser gritaria demagógica e ignorante para acabar com a independência do Banco Central, que “não cuida dos pobres” e mantém os juros a 13,75% ao ano, para dar lucro “aos banqueiros”
Quer também construir um gasoduto na Argentina, censurar as redes sociais, acabar com as manifestações de rua e prender quem é acusado de “atos antidemocráticos”
Quantos empregos qualquer dessas coisas gera na economia real? Quantos pontos diminui da inflação, ou acrescenta ao crescimento?
[ZERO = TRÊS VEZES ZERO.]

Como não sabe o que fazer, Lula constrói inimigos.  No momento está em guerra contra a “direita”, os bancos”, os “ricos”. É sempre assim – todas as vezes em que se vê diante de uma dificuldade, Lula fica radical e começa a falar bravo. Esta vez não deve ser diferente.

Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Disputa entre governo Lula e Banco Central provoca guerra de narrativas nos bastidores - O Globo

Malu Gaspar 

O embate público entre Lula e o Banco Central está produzindo uma guerra de versões nos bastidores do governo sobre de quem é a responsabilidade pela radicalização do discurso do presidente da República em relação ao presidente do banco, Roberto Campos Neto.

Apesar de a última ata do Conselho de Política Monetária do banco ter sido considerada mais "amigável" por Fernando Haddad, no entorno do ministro o que se ouve é uma versão bem diferente sobre o que se passou nas últimas semanas entre o BC e o governo. No relato que os aliados tem passado a seus interlocutores do mercado – obviamente para tentar ganhar o apoio da Faria Lima –, a equipe da Fazenda tem se comportado corretamente, mas o presidente do BC, não.

Enquanto isso, aliados do presidente do BC afirmam que Lula está procurando uma desculpa para justificar os maus resultados da economia neste ano. Nesse contexto, Campos Neto seria o bode expiatório ideal, por não ser subordinado a Lula e ainda por cima ter protagonizado alguns episódios que deixaram clara sua ligação com Jair Bolsonaro – como o fato de ele ter participado de churrascos com ministros e o presidente da República e ainda fazer parte de um grupo de WhatsApp de ministros do governo anterior.

Embora eu tenha pedido oficialmente a ambos, nem Haddad e nem Campos Neto quiseram comentar o assunto. Nos bastidores, porém, a guerra de narrativas está acirrada.

Segundo a versão da Fazenda, o comunicado sobre a reunião do Copom publicado em 01 de fevereiro mencionando "elevada incerteza" para a economia brasileira foi só a gota d'água.

(...)

Numa dessas vezes, o 02 da Fazenda, Gabriel Galípolo, quis saber de Campos Neto se ele achava que o fim da desoneração dos combustíveis poderia ter efeito sobre a inflação e a taxa de juros – para ouvir que em tese não haveria impacto imediato, porque as expectativas do Copom são projetadas para um horizonte de 18 meses. Até aí, o clima era de colaboração.

Mas quando Lula decidiu que falaria na Argentina sobre o plano de lançar uma moeda comum, pediu à Fazenda que fizesse uma proposta considerando um mecanismo de compensação de dívidas entre bancos centrais que existe na Aladi, associação de treze países da América Latina.O ministério, então, pediu ao BC que enviasse um relatório com informações sobre esse mecanismo para subsidiar o trabalho. Mas não recebeu resposta nenhuma.

Depois disso, o ministério tentou fazer reuniões com o BC para discutir detalhes do pacote fiscal do governo e outras medidas em estudo. Mas Campos Neto não teria participado, porque estava no exterior.

(...)
Os juros realmente foram mantidos, mas o fato de Campos Neto não ter comentado nada sobre o tom do texto que seria divulgado no dia seguinte fez Haddad se sentir traído ao ler o documento.[senhor Haddad, em nossa opinião, o senhor precisa entender, e aceitar,  o significado da palavra INDEPENDENTE e traduzir para linguagem popular para ver se o seu presidente entende. Entendendo o significado exato do termo BANCO CENTRAL INDEPENDENTE o seu presidente e, naturalmente,  o senhor aceitarão que o BC não pode ser utilizado para para fazer política econômica ao gosto do pt = perda total; quanto a moeda única, ousamos aconselhar que o senhor procure conhecer melhor o assunto e suas implicações - em tentar impor uma moeda única para economia tão díspares quanto a do Brasil, Argentina, Venezuela e outros países da América do Sul.
Uma recomendação séria, porém, com humor: o senhor só não deve tomar aulas de economia com seu colega de governo de partido e atual ministro da Educação, visto que ele está tendo dificuldades nas aulas de aritmética = dificuldade em encontrar a some de 8 + 4= 11.]

Haddad disse a interlocutores próximos que vinha segurando os ânimos de Lula em relação ao BC, mas, depois disso, não teve mais como segurar o presidente da República.

Com a ata da reunião do Copom que Haddad considerou "amigável", bombeiros do mercado e do governo entraram em campo para tentar aliviar a tensão entre os dois lados, mas nem Lula e nem seus aliados no PT estão ajudando.

Ontem mesmo, o presidente voltou a dizer que a culpa dos juros altos é do Banco Central e que só os senadores é que podem trocá-lo. Os aliados Gleisi Hoffmann (presidente do PT) e Paulo Rocha (ex-senador pelo partido) também atacaram publicamente Campos Neto.

Rocha, que deixou o Senado no último dia 1, chegou inclusive a publicar nas redes sociais um card que dizia : "Renuncia cidadão! O Brasil não aguenta mais o presidente bolsonarista do BC 'autônomo".

De seu lado, o presidente do BC aproveitou um evento com investidores em Miami para defender a independência do Banco Central. A principal razão da autonomia do Banco Central é a possibilidade de desconectar o ciclo da política monetária do ciclo político, porque eles têm diferentes lentes e diferentes interesses. Quanto mais independente você é, mais efetivo você é e menos o país vai pagar em termos de custo-benefício para a política monetária", afirmou Campos Neto.

Malu Gaspar, jornalista - O Globo

 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Em vez de atacar BC, Lula precisa começar a governar - Editorial - O Globo [a direção do Blogo mudou?]

A opinião do GLOBO

Na posse do economista Aloizio Mercadante no comando do BNDES, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a repetir suas diatribes contra o Banco Central (BC) e a taxa de juros. “Não existe justificativa nenhuma para que a taxa de juros esteja em 13,5% ao ano [na verdade, está em 13,75%]”, afirmou. “É uma vergonha esse aumento de juro.”  
Lula pode não saber, mas declarações como essa só contribuem para o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC precisar manter o juro nas alturas. E o desprezo que ele tem demonstrado por conceitos básicos da economia não ajuda. Os próprios ministros da área econômica estão incomodados. 
 
A incerteza diante da falta de regras fiscais confiáveis e os riscos de volta de um modelo econômico fracassado elevaram as expectativas inflacionárias pela oitava semana consecutiva (para 5,78%, segundo a pesquisa Focus, do BC)
Como o BC não controla o juro real, apenas estabelece a taxa nominal necessária para conter a inflação, não é acaso que ela tenha de ser tão alta. Em vez de reclamar dos juros ou de tentar repetir em seu governo o que já deu errado nas gestões anteriores do PT, Lula deveria fazer avançar a agenda voltada para o crescimento prometida na campanha eleitoral.
Deputados e senadores já foram empossados, e as lideranças do Congresso estão eleitas. 
As investigações sobre o 8 de Janeiro seguem seu curso. 
O Estado Democrático de Direito foi salvo, e as instituições permanecem atentas para evitar novos ataques. Para fortalecer a democracia, o melhor que o governo pode fazer agora é começar a governar.  
O projeto de reforma tributária e a proposta de um novo arcabouço fiscal, metas anunciadas tantas vezes, precisam se tornar realidade. 
Mas não só. O Brasil também tem demandas urgentes na infraestrutura e 
 
A reforma do caótico sistema de tributos brasileiro é prioritária. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem uma equipe competente [?; há dúvidas.] que deverá aproveitar em seu projeto as propostas já avançadas na Câmara e no Senado para unificar impostos e simplificar a legislação. Acertadamente, Haddad prometeu uma reforma neutra, que não aumentará a carga tributária. Mas haverá redistribuição de impostos entre setores
É essencial que o governo adote uma estratégia de comunicação capaz de explicar à opinião pública e ao Congresso que as eventuais perdas de regalias de determinados setores serão compensadas pelo avanço do país. Todos ganham quando aumenta o potencial de crescimento do PIB.

Concomitantemente, o governo precisa agir noutras frentes. O gargalo na infraestrutura limitará vendas externas de açúcar já neste ano. É urgente privatizar portos, garantir independência às agências reguladoras e melhorar o ambiente de negócios para atrair investidores em infraestrutura.

Por fim é crítica, como deixou clara a última ata do Copom, a recuperação da credibilidade das contas públicas, abalada pelas sucessivas rupturas do teto de gastos e pela falta de regras fiscais confiáveis. Não adianta repetir que será apresentado um novo “arcabouço fiscal”
Enquanto ninguém souber o que essas palavras significam na prática, a incerteza persistirá
Declarações desastradas de Lula tentando atribuir ao BC uma responsabilidade que é dele em nada contribuem para dissipá-la
Ao contrário. Está na hora de o PT mostrar que aprendeu com os erros do passado. E precisa começar a agir logo.

Editorial - O Globo


Um Banco Central lotado de militantes obedientes é a nova obsessão de Lula - J. R. Guzzo

Gazeta do Povo - VOZES

O governo Lula, desde a eleição, tem mostrado que o seu principal propósito administrativo é a demolição, e não a construção
Em vez de fazer alguma coisa, quer desfazer o que está feito, e principalmente o que está bem feito – não importa o que. 
Veio do tempo de Bolsonaro? Então tem de ser destruído. 
Pode ser o programa de alfabetização, ou um departamento do Itamaraty que dava apoio no exterior ao agronegócio, ou qualquer outra coisa; a meta é não deixar de pé nada que tem origem no governo anterior. 
A grande obsessão do presidente, no momento, é eliminar a independência do Banco Central, em vigor desde 2021; 
- quer ocupar a presidência e os cargos de diretoria com militantes políticos que obedeçam a suas ordens. 
O resultado concreto disso é que decisões essenciais para a ordem na economia, como taxa de juros, emissão de moeda ou câmbio, voltariam a ficar subordinadas à vontade do presidente da República.
 
Todas as democracias sérias do mundo, sem nenhuma exceção, têm bancos centrais independentes do Poder Executivo
Será que fazem isso por algum capricho – ou por que acham que a estabilidade da moeda é um elemento essencial para a existência de uma sociedade democrática? 
Mas no Brasil de hoje tudo é diferente. Lula e o seu Sistema dizem a cada quinze minutos que ele salvou a democracia neste país – só que a sua democracia inclui cada vez menos os fundamentos dos regimes democráticos, e cada vez mais o aparato das ditaduras de Terceiro Mundo, ou dos governos fracassados em geral. 
Uma das marcas mais evidentes de umas e de outros é, justamente, o controle do Banco Central por quem está ocupando a presidência da República. Nunca deu certo, em lugar nenhum.


    Todas as democracias sérias do mundo, sem nenhuma exceção, têm bancos centrais independentes do Poder Executivo

A única autoridade pública nacional que ainda tem alguma credibilidade no Brasil é o Banco Central; é a âncora que está segurando, por enquanto, a inflação, o dólar e outros índices-chave da economia. Isso acontece porque o BC faz o que é necessário, e não o que Lula quer e, pela lei, aprovada pelo Congresso e confirmada por 8 a 2 pelo STF, num julgamento sobre a sua constitucionalidade, tem o direito e o dever de fazer isso pelos próximos dois anos, quando termina o mandato da atual diretoria. Lula, pelo que diz e repete com voz cada vez mais alta, não quer esperar até lá
Afirma, nos discursos, que o BC não pode ter autonomia porque não “combate a pobreza”, não “faz o país crescer”, não “controla a inflação” e uma porção de outros disparates. 
No caso da inflação, o que o presidente diz não é apenas uma estupidez. É uma mentira frontal, dessas que o seu governo quer punir como “fake news”, ou “desinformação” – a inflação do Brasil, que fechou 2022 abaixo dos 6% ao ano, é inferior à dos Estados Unidos e à de quase todos os países ricos da Europa.
 
Lula, na verdade, está pouco ligando para a pobreza, o desenvolvimento ou o equilíbrio econômico do país; o que quer é transformar o BC, o único órgão importante da administração pública no qual ainda não manda, num serviço de atendimento aos interesses políticos do governo. 
Nada poderia demonstrar isso de maneira mais objetiva do que as declarações de uma das ativistas radicais mais eminentes do seu ministério – a ministra da Ciência e Tecnologia, que acaba de exigir, também ela, o fim da autonomia. 
Que diabo o Banco Central tem a ver com ciência, ou com tecnologia? 
O fato é que a ministra, no mundo das realidades, não cuida de nenhuma das duas coisas
O que está fazendo é política extremista e subdesenvolvida – cumpre instruções de um presidente obcecado com a ideia de obter poderes absolutistas sobre a economia do Brasil.

Conteúdo editado por:Jônatas Dias Lima


J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sábado, 4 de fevereiro de 2023

A próxima vítima - Gilberto Simões Pires

RELAÇÃO CONSENSUAL 
Ainda que milhões de brasileiros -pessoas físicas- já estejam sentindo, na carne e na mente, os danos promovidos por conta da destruidora forma PETISTA -COMUNISTA- de governar, em se tratando de -instituições-, é mais do que notória a existência de uma RELAÇÃO CONSENSUAL carregada de imenso amor, prazer e privilégios de todos os tipos e tamanhos.
 
BANCO CENTRAL INDEPENDENTE 
 No ano de 2021, mais precisamente no dia 25 de fevereiro, para felicidade geral da Nação, por força da Lei Complementar 179/2021 o BANCO CENTRAL ganhou a importante condição de INSTITUIÇÃO INDEPENDENTE, caracterizada basicamente pela "ausência de vinculação a ministério, de tutela ou de subordinação hierárquica". 
Como tal, os mandatos de quatro anos da sua diretoria deixaram de ser coincidentes com o mandato do presidente da República. 
Ainda assim cabe ao presidente da República indicar os nomes daqueles que vão compor a diretoria, que tem como principal objetivo -assegurar a estabilidade de preços, mas também deve zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego-.
 
VÍTIMA DE ESTUPRO 
Ora, considerando que ganhar a condição de INDEPENDÊNCIA torna mais difícil, ainda que não impossível, o envolvimento AMOROSO -CONSENSUAL-, o fato é que se levarmos em conta as constantes afirmações feitas pelo intragável presidente Lula a -instituição- BANCO CENTRAL -INDEPENDENTE- parece ter dias contados. 
Como tal, de forma antecipada, uma vez que a duração do mandato da atual diretoria do BC se encerra no dia 1º de janeiro de 2024 (daqui a menos de 11 meses) até lá a -instituição- será VÍTIMA DE ESTRUPO DE VULNERÁVEL. 
 
PRATO COMUNISTA
 De novo: tomando por base -concreta- o fato de que que Lula já tem sob controle total: a MÍDIA ABUTRE, o STF, o TSE, a maioria do SENADO, grande parte da CÂMARA, o núcleo das FFAA e parcela significativa da SOCIEDADE -manipulada-, este conjunto compõe todos os ingredientes definidos pela CARTILHA DO FORO DE SÃO PAULO para servir, muito em breve, o PRATO COMUNISTA que já estava em forno brando desde 2016, quando ocorreu o impeachment de Dilma Rousseff, que para Lula e seus seguidores foi um GOLPE. 
 
A SAÍDA OU O CAMINHO  
A propósito, depois que anunciei, ontem, o FALECIMENTO DA MINHA ESPERANÇA, muitos leitores, bastante desanimados, querem saber, mais do que nunca, onde está a saída ou o caminho que, dentro do possível, pode tirar o Brasil desta grave situação. Pois, antes de tudo é preciso que a -direita- entendida por -liberais e conservadores- se organize pra valer. Neste quesito é preciso admitir que a -esquerda- é una, focada e organizada, diferente do que acontece na -direita-, que discute, discute, discute e fica apenas na discussão e nas críticas do que os socialistas/comunistas estão fazendo e propondo a todo momento. 
Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires

Contraponto - Carlos Alberto Sardenberg

[estilo 'apedeutico-petista de governar: criar erros do Governo passado - buscando sustentar 'narrativa' que recebeu herança maldita, prender os que PENSAM em criticar o atual governo, falar do mercado e favorecer com dinheiro público = nosso = somos contribuintes - ditaduras  companheiras.]

Do presidente Lula, em entrevista à Rede TV!: “Qualquer palavra que você fale na área social: …‘vou aumentar o salário mínimo em R$ 0,10′, ‘vamos corrigir o Imposto de Renda’, ‘precisamos melhorar (a vida dos pobres)’, … o mercado fica muito irritado”.

E mais: “Agora, um deles (Jorge Paulo Lemann, acionista principal da Lojas Americanas) joga fora $ 40 bilhões de uma empresa que parecia ser a mais saudável do planeta Terra e esse mercado não fala nada, ele fica em silêncio”.

O mercado falou, presidente. E protestou do modo mais firme que conhece: derrubou o preço da ação de 40 reais para perto de zero, o que impõe perda enorme aos acionistas, inclusive Lemann.

Além disso, todos os grandes bancos privados, credores das Americanas, manifestaram claramente seu desagrado acionando na Justiça a Americanas e seus acionistas principais. Claro que há, digamos, acionistas inocentes – aqueles que não exercem controle sobre a empresa e compram o papel para poupança. 
Esses minoritários, parte do mercado, também estão na Justiça e cobrando atitudes mais responsáveis dos controladores, inclusive aporte substancial de capital.

Lula também atacou no pessoal: “Esse Lemann era vendido como o suprassumo do empresário bem-sucedido no planeta Terra, que financiava jovens para estudar em Harvard para formar um novo governo e falava contra a corrupção todo dia”.

Presidente, é uma pena que o senhor não conheça o trabalho da Fundação Lemann. Aplica bastante dinheiro para financiar o desenvolvimento de projetos pedagógicos e de gestão no ensino público. Toma também iniciativas para instalar internet de alta velocidade nas escolas públicas. E, sim, manda estudantes para Harvard.

Veja: o bilionário poderia abrir uma escola privada e se aproveitar dos financiamentos do governo, mas em vez disso coloca seu dinheiro para apoiar o ensino público. Ajuda a reduzir a desigualdade. O cientista político Fernando Schüller escreveu um excelente artigo na revista Veja, A Lição de Tocqueville, - Super-ricos pedem para pagar mais imposto”,  mostrando a importância dessas iniciativas dos ricos muito ricos. Certamente o dinheiro que Lemann gasta na Fundação rende mais benefícios à sociedade do que se todos esses recursos fossem para o governo na forma de impostos. Também duvido que o setor público fosse mais eficiente.

Aliás, como mostra Schüller, o segundo maior orçamento do governo federal é da educação. E nossos alunos das escolas públicas vão para os últimos lugares nos testes internacionais.O fato de Lemann cometer um enorme erro na Americanas não tira o mérito de outras coisas que faz.Lula também investiu contra a independência do Banco Central, atacou a recente decisão do Copom  – “não existe nenhuma razão para a taxa de juros estar em 13,75” e pediu meta de inflação maior. Também voltou a dizer que o teto de gastos é contra o povo e que não funciona.

Na mesma semana passada, quando o dólar caiu abaixo de R$ 5, o Instituto Lula disse que resultava da confiança no governo. É o contrário, presidente. A moeda americana desvalorizou praticamente no mundo todo porque o mercado – sim, o mercadoentendeu que a taxa de juros nos EUA vai subir menos do que pensava. Com juros menores nos EUA, investidores internacionais procuram mercados que oferecem taxas maiores.  Vai daí que entram dólares aqui, são trocados por reais, isso provocando a valorização de nossa moeda.

Na verdade, presidente, o dólar cairia mais se o senhor e seu pessoal deixassem esse tema por conta do Banco Central.  
E o teto de gastos, adotado no governo Temer, funcionou sim. 
No seu período, a taxa de juros (Selic) caiu de 14,25% ao ano (herança Dilma) para 6,40%. O PIB voltou a crescer, depois de dois anos de recessão. E a inflação caiu de 9,3% para 2,7%.

         Hoje, o dólar continua caro e os juros seguem elevados por causa da lambança anunciada nas contas públicas e pelo festival de declarações equivocadas.

Como este contraponto dele, presidente. Ataca a independência do BC e depois diz que o “seu” BC foi bem porque atuou com … independência.

Pô, presidente!

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista  


sábado, 28 de janeiro de 2023

Os velhos erros - Carlos Alberto Sardenberg

 Se ao menos fossem erros novos …

Inevitável esse pensamento diante das propostas de política econômica que vão surgindo nas diversas esferas do governo Lula.

         Dirão: um erro é um erro, não importa se novo ou velho. Certo, na teoria. Na prática, não é bem assim. Um erro novo pode resultar de uma sincera tentativa de mudança. Não diminui o erro, mas diminui a culpa do autor. Pode ser admitido e corrigido.

         Mas é incrível que, neste Brasil, não se admita nem se tente corrigir uma visão de política econômica já testada e fracassada. Por exemplo: agora estão falando em elevar a meta de inflação para facilitar … o combate à inflação!

         O argumento tem um disfarce. Sustenta que perseguir uma meta muito baixa exige taxa de juros muito elevada, o que atrapalha o crescimento. Não se define o que seja muito baixa ou alta, mas a ideia por trás é a mesma de quase 40 anos atrás, quando se fez, com o Cruzado, a primeira tentativa de criar uma moeda estável: tolerância com a inflação.

         É verdade que alguma inflação sempre haverá, mesmo em países com histórico de estabilidade. Deflação, por exemplo, uma queda acentuada e persistente de preços, pode resultar em redução dos investimentos. Isso ocorre quando o empresário desiste de ampliar sua produção ou de lançar novos produtos porque teme não conseguir elevar seu preço para ter mais margem ou cobrir custos novos.

         Mas isso tudo é diferente de tolerância com a alta persistente de preços. Neste caso, entende-se que a inflação é um meio de crescimento. Até pode ser por algum momento, mas se crescer significa aumento da renda e do emprego em ambiente estável, então a inflação é o mal a ser extirpado. O Brasil tem muita experiência, negativa, nesse quesito. 
A inflação prejudica os mais pobres, ao reduzir o salário real. 
Na corrida preços/salários, os preços sempre tomam a dianteira. 
Queda do salário significa menos mercado e consumo e, pois, menos investimentos.

         Sim, é simples assim. Se inflação alta e crônica fosse meio de crescimento, o Brasil seria rico há muitos anos. Em outras palavras, o que atrapalha a economia brasileira hoje não é o combate à inflação. É o gasto público muito elevado e pouco eficiente, financiado com dívida. Déficits frequentes e dívida em expansão geram inflação, a ser combatida com elevação da taxa de juros pelo Banco Central.

         Mais exatamente, o problema atual é a total contradição entre a política fiscal, de expansão do gasto público (da demanda) e a política monetária, restritiva, ou seja, com juros reais altos o suficiente para esfriar consumo e investimentos. Cada uma puxando para um lado, o resultado é menos crescimento e tempo maior para debelar a inflação. Isto, de sua vez, significa juros mais altos por mais tempo.

         O que está fora de lugar é a política fiscal. Em vez de admitir esse erro muito, muito antigo, o governo Lula cisma com o Banco Central, com sua independência e suas metas de inflação. Quer reduzir as metas

E quando o próprio governo anuncia que vai tolerar inflação mais elevada, é lógico que os preços sobem mais depressa.

         Outro erro velho em vias de ser cometido está no BNDES.  
Só nesta semana, o presidente Lula prometeu que o banco vai financiar obras na Argentina e em outros países amigos do Sul. 
Também disse aos governadores que o BNDES pode ajudar Estados a compensar perdas de receita provocadas pela redução de impostos sobre a gasolina e energia. Mais: garantiu que o banco ampliará financiamentos às estatais à indústria brasileira.
 
         Pergunta-se:  BNDES pode perder dinheiro nisso, como já perdeu? A resposta: não vai perder, pois os empréstimos têm garantia. De quem? 
Do Tesouro brasileiro, alimentado pelo contribuinte brasileiro. 
Ora, seria mais correto gastar aqui mesmo o dinheiro do contribuinte. E não dar empréstimo baseado em ideologia, mas sim na análise do crédito do financiado. Simples assim.

         Outro erro velho iminente?  A condução da Petrobras.

         E assim vamos. Para trás.

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista 

Economia / Política - Coluna publicada em O Globo


sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

O verdadeiro Lula - Carlos Alberto Sardenberg

O presidente Lula considera uma bobagem esse negócio de banco central independente. Diz que o sistema não está funcionando porque a meta de inflação é muito baixa, a inflação real está elevada e os juros muito altos. Arremata dizendo que no tempo do seu primeiro governo o BC não era independente e conseguiu derrubar inflação e juros.

         Confusão danada.

         Começando pelo fim: o banco central nos dois primeiros mandatos de Lula, de fato, não tinha autonomia ou independência formal. Mas Henrique Meirelles, então um deputado tucano e ex-presidente mundial do Bank of Boston, só aceitou o convite de Lula para assumir o BC se tivesse plena independência. Lula prometeu e cumpriu.

         Meirelles, também sustentado pelo então poderoso ministro da Fazenda Antônio Palocci, escolheu sua diretoria e administrou a política monetária segundo a teoria e a prática de um banco central moderno.

         Quando Palocci caiu, Guido Mantega assumiu a Fazenda e tentou derrubar Meirelles. Queria colocar no lugar Luiz Gonzaga Belluzzo, da Unicamp, com propostas opostas às de Meirelles. Quase conseguiu. Preocupado com a reação dos mercados e dos operadores da economia real, Lula manteve o ex-banqueiro.

         Desfazendo a primeira confusão: Lula reclama hoje da independência, legal, do BC e argumenta que no tempo dele funcionou bem … com independência. Só que era uma independência na prática, concedida pelo presidente. Assim como fora na época de FHC.

         Essa independência era uma fragilidade, demonstrada na gestão de Dilma. A presidente interferiu direto na política monetária, ordenando uma redução de juros quando não havia condições para isso e que veio a dar na inacreditável combinação de inflação alta, juros altos e recessão.

         Provou por que o BC deve ser independente. Fica imune às políticas eleitoreiras e/ou populistas do governante de plantão. A lei de independência do BC brasileiro foi votada pelo Congresso em 2021. Determina que o BC deve perseguir a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, e fixa o mandato dos diretores do banco. Assim, o atual presidente do BCB, Roberto Campos Neto, tem mandato até dezembro de 2024, para cumprir metas já fixadas.

Mas a confusão armada por Lula começa em outro ponto da política econômica, o estado das contas públicas. O presidente ataca o teto de gastos e a exigência de responsabilidade fiscal, diz que os fiscalistas são contra os gastos sociais e logo em seguida assegura que seu primeiro governo praticou a responsabilidade fiscal.

         Este último ponto é verdade. Por influência de Palocci e Meirelles, Lula cumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal, entregando superávits elevados todos os anos. Repararam? Lula está invocando seu passado responsável de respeito à autonomia do BC e produção de superávits fiscais – para rechaçar qualquer regra nesses itens.  
Só que agora é para tolerar uma inflação mais alta, BC à parte, e obter uma licença para gastar e produzir déficits elevados.

         O que está por trás dessa confusão?

         É que o Lula do primeiro governo não era o verdadeiro. Ele praticou políticas responsáveis, ortodoxas, por medo da reação dos meios econômicos. Tanto que começou a mudar a postura no segundo mandato, quando se sentiu mais seguro. Tudo considerado, Dilma foi o verdadeiro Lula, com a gastança do governo, suas estatais e seus bancos.

         É o que Lula quer reviver, mas as circunstâncias mudaram. No primeiro governo, Lula recebeu a casa arrumada e um presente da globalização: o mundo todo em crescimento, com o boom das comodities trazendo dólares ao Brasil.

         Agora, o mundo desacelera, os juros são altos para combater a inflação. Aqui também. Por isso Lula não precisa reclamar da meta de inflação. A inflação real e que atinge os mais pobres já está bem acima da meta.

         Pode apostar: vai sobrar para o BC independente. 

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista

Coluna publicada em O Globo / Economia / Política

 

domingo, 22 de janeiro de 2023

À espera do CMN - AlonFeuerwerker

Análise Política

O pensamento econômico governamental para o curto prazo está delineado nas medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda e nos discursos pronunciados pelo presidente da República. 
 A dúvida que persiste é quanto das ideias expostas nas palavras de Luiz Inácio Lula da Silva se transformará em providências adotadas pelas pastas econômicas, e quanto reflete apenas desconforto e inconformismo com limitações materiais aos desejos do mandatário.

A charada começará a decifrar-se na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional, que dá a largada no último dia deste mês. Ali saberemos se os arrufos do presidente com a meta inflacionária provocarão algum movimento da tríade Fazenda, Planejamento e Banco Central ou se vai ficar por isso mesmo, se vai ser só jogo para a plateia ir se entretendo enquanto a nova administração pega ritmo.

Aparentemente, o nó político está  
- 1) no BC, que mantém a taxa lá em cima (o juro real brasileiro continua fazendo bonito em escala global), pois as projeções dos preços superam o teto da meta e persiste alguma incerteza sobre a estabilização do quociente dívida/PIB; 
- e 2) no governo, que gostaria de ver o BC reduzindo juros para enfrentar outras projeções, que desenham um cenário de desaceleração econômica.
 
Visto que o BC tem autonomia para perseguir a meta de inflação, e só precisa se preocupar com esse objetivo, restam ao governo apenas dois caminhos para “apertar” o BC para além do plano da retórica:  
- 1) comprometer-se com um aperto fiscal crível e/ou 
- 2) elevar a meta de inflação. No caso deste segundo ponto, correria o risco de despertar a ira de parte de sua “frente ampla” na opinião pública e assistir a uma fabricada deterioração de expectativas. 

Foi para enfrentar o primeiro ponto que o governo apresentou um plano de aumento da arrecadação, a fórmula disponível para continuar gastando e ao mesmo tempo realizar um aperto fiscal.
 A dúvida é se a elevação do gasto público à custa do aumento carga tributária, combinado com juro real alto (mesmo que o BC baixe, improvável, ele continuará alto), não agravará a desaceleração econômica já desenhada.
 
A esta altura, um governo mais ortodoxo estaria vendo como cortar gastos e reduzir impostos para estimular o BC a cortar juros e assim abrir espaço ao investimento privado
E estaria acelerando privatizações e concessões, para alavancar investimentos mas também para reunir numerário capaz de fazer frente a ambiciosas metas dos programas sociais. Só que, por enquanto, o governo não admite recuar para a ortodoxia.

Posto que os fatos são teimosos, restará aguardar pelos resultados. Falar mal do governo anterior é recurso válido, porém datado. Ali por meados do ano, a nova administração precisará dizer a que veio na economia, o que é especialmente sensível diante da correlação de forças no Congresso Nacional, onde uma maioria conservadora só aguarda alguma dificuldade governamental para movimentar-se. 

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político

 


sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

E Lula dilmou de vez - Percival Puggina

Adivinhe qual a emissora de TV que Lula escolheu para sua primeira entrevista de temas múltiplos após o início de seu governo? Bingo! Acertou de cara, amigo leitor: a Globo News, representada no ato pela indefectível jornalista Natuza Nery, comentarista de política do canal e de quem nunca se viu, em quatro anos, o mais tênue deslize em sua trincheira oposicionista.

Lula falou sobre a necessária aplicação da lei aos que tentaram golpe de Estado, disse que os militares devem tirar a farda para fazer política e prometeu acabar com o desmatamento. E, de repente se pôs a falar sobre Economia. Nessa área ele consegue ser pior do que Fernando Haddad e transforma a estabanada Dilma Rousseff em seu posto Ipiranga.

O jornalista Álvaro Gribel, da mesma Globo, e sobre cuja posição não cabe dúvida, pois considerou serem palavras “de estadista” aquelas com que Lula respondeu as três questões mencionadas acima, criticou fortemente as posições do novo presidente em questões econômicas. Lula considerou uma bobagem a independência do Banco Central, reiterou ser contra a meta de inflação e contra o teto de gastos.

Lula sempre pensou assim. Lá atrás, no começo do século, ele já pensava “que uma inflaçãozinha não fazia mal algum”. Não foi por outra razão, além da inveja que tinha de FHC, que seu partido se opôs ao Plano Real, sem o qual estaríamos até hoje em hiperinflação. E aquela loucura dos anos 90 do século passado começou com alguma inflaçãozinha e descontrole fiscal vinte anos antes.

Para Lula, estabilidade social e fiscal são objetivos antagônicos por causa da ganância das pessoas mais ricas.  
Ao que se acresce uma sentença que deveria ganhar versões em bronze e enviada aos empresários que apoiaram a volta de Lula ao poder: “O empresário não ganha muito dinheiro porque trabalhou, mas porque os empregados dele trabalharam”.

O novo governante tem instalada na cabeça, sobre Economia, uma verdadeira súmula das idéias que deixaram a situação fiscal do Brasil em pandarecos nas mãos de seu partido, mesmo transcorridas suas quatro gestões num dos períodos mais benfazejos em tempos de globalização. Para ele, todo gasto do governo, mesmo furando o teto, mesmo aumentando impostos, mesmo reestatizando o que foi privatizado, mesmo ampliando a inflação, é “investimento”. Gasto, do tipo dinheiro roubado (imagino), é pagamento de juros.

Ele não sabe que juros elevados não são sobrepreço de empreiteiras e fornecedores. 
Eles são pagos a quem usa seus recursos privados para financiar a despesa pública superior à receita. 
Ou seja, juros da dívida são a consequência inevitável da irresponsabilidade fiscal.  
E é exatamente isso que ele vem prometendo cada vez que fala sobre Economia.

Se, como se diz, “promessa é dívida”, as de Lula  fazem isso mesmo: vão aumentar o endividamento do Estado. Em entrevista exclusiva à Globo, como deferência à empresa e prenúncio de tragédia à nação, Lula apontou o caminho do fracasso.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Começou o DESMONTE = Boletim Focus: mercado espera inflação maior e PIB menor em 2023

Pela 5ª vez seguida, mercado sobe estimativa da inflação de 2023

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) voltaram a elevar as estimativas de inflação para 2023. Há também a expectativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) trabalhe em queda este ano, segundo projeções divulgadas nesta segunda-feira (16/1) pelo Relatório Focus.

Lula frustrou as expectativas do mercado, diz ex-ministro da Fazenda

O economista Mailson da Nóbrega diz que o presidente da República frustrou as expectativas, e hoje se aproxima mais de uma nova versão do governo Dilma Rousseff do que de sua primeira gestão. Ele avalia ainda que o pacote fiscal apresentado poderia ter sido mais bem elaborado 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) frustrou as expectativas de economistas e do mercado financeiro, que esperavam que o novo mandato fosse uma repetição do primeiro. “Pelas declarações mais recentes, inclusive na parte econômica do discurso de posse, Lula se aproxima do período da Dilma (Rousseff)”, lamenta o economista, ex-ministro da Fazenda e sócio-fundador da Tendências Consultoria, Mailson da Nóbrega.
 
(...) 

Economia - Correio Braziliense
 

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Três enigmas para a largada de Lula - Alon Feuerwerker

Análise Política

No contexto da festa dos vitoriosos, e enquanto não esfria a cabeça dos removidos do poder, vale olhar os primeiros desafios do novo governo. Os principais são três.

1) A assimetria entre a composição do governo e a do Congresso. A governabilidade, neologismo que veio para ficar, será função da dança coordenada entre um Executivo inclinado para a esquerda e um Legislativo muito pendente para a direita. Na teoria, isso pode ser bem resolvido com a concessão de espaços de poder, especialmente orçamentário, em troca de apoio.

Mas há dois potenciais complicadores: a) o peso inédito de um certo “liberal-progressismo” nas pastas ministeriais voltadas aos temas correspondentes; e b) o relativo conforto orçamentário proporcionado aos parlamentares pela conjugação das decisões do Supremo Tribunal Federal sobre as emendas de relator e do Congresso Nacional sobre a PEC dos gastos excedentes.

Se o parlamentar conservador precisar votar quatro anos contra o governo de esquerda, tem um colchão de emendas de execução obrigatória que lhe oferecem uma boia para atravessar a correnteza.

Uma variável a observar é quanto o STF vai ajudar o Planalto a enquadrar o Congresso.

2) O risco de piora macroeconômica no curto prazo. [desejada, inevitável e necessária para a purificação do Brasil - a melhor reforma é aquela em que se demole tudo e recomeça do zero.] A dupla Paulo Guedes/Jair Bolsonaro deixa a economia com o PIB em recuperação, a inflação razoavelmente contida, a dívida pública estabilizada e o desemprego em queda. Claro que prosseguirá, até o fim dos dias, o bate-boca sobre a sustentabilidade ou artificialidade da melhora neste pós-pandemia, mas, objetivamente, o novo governo não está pegando um caminhão na banguela ladeira abaixo.

O problema são certos mata-burros no curto prazo, como as pressões inflacionárias decorrentes de uma possível elevação nos preços dos combustíveis, entre outros fatores. Se a inflação der uma rugida, é pule de dez que o Banco Central autônomo vai cuidar mais da própria reputação que da popularidade da dupla Luiz Inácio Lula da Silva/Fernando Haddad.

Claro que todo novo governo tem a saída de colocar a culpa no anterior, mas sempre é útil lembrar-se da historinha das três cartas (*).

3) Bolsonaro não sai destruído do governo, e o núcleo de sua base está preservado. O Datafolha da transição mostra um presidente que sai com 39% de ótimo+bom e 37% de ruim+péssimo. Mostra também que 23% consideram-no o melhor presidente que o Brasil já teve (Lula tem 37%). Nas circunstâncias, é um desempenho bastante razoável. Uma fatia de mercado político-eleitoral consistente como plataforma para oposição.

É bem possível que o novo governo receba um período de graça importante, dada a rejeição que o anterior construiu junto a setores sociais influentes. É um capital político que precisa ser bem administrado, de olho na possibilidade de atrair a simpatia, ou ao menos diminuir a resistência, na turma entrincheirada do lado de lá. Será inteligente usar bem o período das vacas gordas. Pois a única certeza na política é que alguma hora a hora das vacas magras chega.

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(*) O governante assume após uma crise política e o antecessor entrega-lhe três cartas, numeradas. “Abra a primeira na primeira crise, a segunda na segunda e a terceira na terceira.” Na primeira crise, ele abre a primeira carta e nela está escrito “culpe o governo anterior”. Na segunda crise, abre a segunda e nela está recomendado fazer uma reforma ministerial. Na terceira crise, ele abre a terceira carta e lê: “Escreva três cartas”.[a terceira crise chega antes de junho 2023.]

Alon Feuerwerker,  jornalista e analista político

 

terça-feira, 22 de novembro de 2022

Como nos tempos do AI-5, as instituições brasileiras pararam de funcionar - Gazeta do Povo

J. R. Guzzo - VOZES

Abusos do STF

O Brasil se acostumou a viver na ilegalidade e não há sinais, até agora, de nenhuma reação efetiva contra isso declarações de protesto, manifestações na frente dos quartéis, críticas aqui e ali, mas nada que mude o avanço constante do regime de exceção imposto ao país pelo poder judiciário. As autoridades cumprem ordens ilegais. 
 
Os poderes Executivo e Legislativo não exercem mais suas obrigações e seus direitos. As instituições pararam de funcionar. É como no tempo do Ato Institucional Nº 5. Ficou determinado pela força, na ocasião, que nenhuma decisão do poder Executivo estava sujeita à apreciação judicial. 
Na ditadura de hoje nenhuma decisão do ministro Alexandre de Moraes e dos oito colegas que seguem a ele no STF está sujeita a qualquer tipo de recurso – só se pode recorrer a eles mesmos, o que obviamente não adianta nada. [nos tempos do AI-5 a determinação era clara: Ato Institucional nº 5, - Art. 11 - Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.
E agora,  quem deu poderes absolutos ao STF?]  
 
A Constituição Federal e as leis brasileiras em vigor, quaisquer que sejam, são violadas diariamente pelos ministros do STF; as liberdades públicas e os direitos civis dos cidadãos foram eliminadas.  
Deixou de funcionar, para efeitos práticos, qualquer sistema de controle aos atos do STF; e sem controle de ninguém, os nove ministros que mandam no tribunal estão governando o Brasil de hoje através de um inquérito policial, de ordens pessoais e decretos sem nenhum fundamento legal
O último episódio, numa série que está aí há quatro anos, é o bloqueio das contas bancárias de 43 empresas de transporte, por ordem do ministro Moraes. Não há legalidade alguma nessa decisão – é pura e simples violência. [vive o Brasil uma situação de anomia? se até a CF é desrespeitada, ignorada, impõe-se perguntar: será que não está na hora, ou até passando, do  artigo 142 da Constituição ser acionado, tendo em conta a necessidade de garantia da lei?]

Na ditadura de hoje nenhuma decisão do ministro Alexandre de Moraes e dos oito colegas que seguem a ele no STF está sujeita a qualquer tipo de recurso

Uma conta bancária não pode ser bloqueada sem um processo previsto em lei, por nenhum juiz brasileiro – nem as contas dos traficantes de droga estão fora desta determinação. A solicitação do bloqueio tem de vir do Ministério Público, obrigatoriamentecomo qualquer denúncia criminal. 
No caso, as contas foram bloqueadas sem processo legal nenhum; foi apenas uma ordem de Alexandre Moraes, mais nada. O Ministério Público não pediu coisa nenhuma; na verdade, sequer foi informado do bloqueio pelo ministro. 
Em suma: está tudo errado, mas o Banco Central apenas obedece. 
Está cumprindo uma ordem ilegal, e fica tudo por isso mesmo. As transportadoras não têm a quem apelar só podem recorrer ao próprio STF, e o STF nega todo e qualquer recurso feito contra as suas decisões.
 
Tudo isso é aplaudido como uma ação decisiva para combater “atos antidemocráticos”. Essa é a palavra mágica do novo Ato-5; 
serve como justificativa para todas as decisões ilegais do STF. 
Serve também, cada vez mais, para designar qualquer manifestação contrária ao novo governo.


J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES



sábado, 30 de julho de 2022

Prendam esses números - Revista Oeste

J. R. Guzzo

Para “salvar o Brasil da direita”, estão trocando a disputa política por fanatismo, histeria e rancor

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

Tudo isso é falso. Chamem a polícia, então, para prender os algarismos que atestam a falsidade — ou, quem sabe, o ministro Moraes, para proibir a sua divulgação nas redes sociais, por ameaçarem a “democracia”. Também se poderia entregar o caso às “agências de checagem”, para declarar que todos esses números, além de ilegais, são “fake news inventadas pela direita.

Até outro dia, os jornalistas davam como certo que a inflação estava “fora de controle”. Quando escreviam isso, com a certeza de quem anuncia um fato científico, estava acontecendo justamente o oposto no mundo das coisas reais

 Que tal começar pela inflação? O último boletim do Banco Central, que hoje é independente do governo, informa que a inflação vai fechar 2022, de ponta a ponta, em 7,3% — são os cálculos do IPCA, ou Índice dos Preços ao Consumidor. É isso mesmo: são 7,3%, no ano inteiro. Este é um dos números mais ilegais e mais odiados de todos.

Edição 123

                   Ele desmancha, sozinho, a sentença de morte sem apelação que o “consórcio de órgãos de imprensa” e os seus analistas de mesa-redonda já tinham passado para a economia brasileira. Até outro dia, os jornalistas davam como certo que a inflação estava “fora de controle”. Quando escreviam isso, com a certeza de quem anuncia um fato científico, estava acontecendo justamente o oposto no mundo das coisas reais. A inflação, naquele preciso momento, não apenas estava sob controle; estava caindo.  

A se confirmarem as estimativas do Banco Central, que não costuma errar nesses casos, o Brasil terá, na verdade, uma das menores taxas de inflação do mundo.                                                                              Vale a pena, aí, pensar um ou dois minutos nesses 7,3%.          Isso é menos do que a inflação prevista para este ano nos Estados Unidos, que está rolando na beira dos 8,5% para os últimos 12 meses, e pode subir ainda mais; é a pior dos últimos 40 anos. Muito bem.           A pergunta a fazer, no caso, é a seguinte: você se lembra, alguma vez na sua vida, de ter visto a inflação no Brasil ser menor que a dos Estados Unidos? Está acontecendo agora; como, então, a economia brasileira poderia estar “destruída”? 

O Brasil não baixou nenhum decreto de “tabelamento de preços”; em vez disso, fez o preço da gasolina baixar. Esse é o tipo de coisa que deixa a esquerda nacional à beira de um colapso de nervos

A inflação é um índice geral; no universo das coisas mais específicas e mais próximas ao bolso das pessoas há um outro número antidemocrático, e da pior espécie. 
 Os preços dos combustíveis, pagos pelo consumidor na bomba do posto de gasolina, acabam de cair pela quarta vez seguida. 
É um desastre, para o Brasil que combate o “fascismo”. 
Anunciava-se, nesse meio, que a explosão mundial nos preços do petróleo ia mandar o Brasil e o governo Bolsonaro para o espaço; 
para o condomínio que luta em favor da democracia, do STF e da perfeição das urnas eletrônicas, por sinal, o preço do combustível subia só no Brasil, e só por culpa direta do presidente da República. E agora? 
 
Agora eles querem declarar que a redução de preços é um atentado à democracia e que o governo deve ser punido pela solução que deu para o problema. 
 O Brasil não baixou nenhum decreto de “tabelamento de preços”; em vez disso, fez o preço da gasolina baixar. Esse é o tipo de coisa que deixa a esquerda nacional à beira de um colapso de nervos. 
Sua religião econômica é a da Argentina, onde o governo mete tabela em tudo o que lhe passa pela frente, e não faz baixar o preço de nada. 
No momento, aliás, estão “reforçando o controle oficial de preços” nos supermercados — e a inflação está indo para os 65% ao ano. Como “o Bolsonaro”, que faz o contrário do que fazem os argentinos e do que manda o manual econômico do Brasil “civilizado”, pode baixar o preço dos combustíveis sem fazer tabelamento e, além disso, segura a inflação anual nos 7,3%?

Segundo a oposição, os banqueiros de esquerda e a cantora que sapateia em cima da bandeira nacional, a queda de preços dos combustíveis, mais toda a melhoria nos programas sociais que também foi aprovada no Congresso —, é coisa do mal

Isso não poderia estar acontecendomas, como é exatamente isso o que acontece, a saída da oposição é pedir ao TSE, o braço do STF que controla as eleições brasileiras, a cassação da candidatura de Jair Bolsonaro para presidente da República
A queda de preços, para a mídia, os intelectuais e o resto do “campo progressista”, foi consequência direta da “demagogia eleitoreira” do presidente; não se pode fazer uma coisa dessas. Por que não pode?    O preço dos combustíveis caiu porque o Congresso Nacional, a pedido do governo e com votação quase unânime, aprovou uma redução importante nos impostos estaduais sobre gasolina, álcool e diesel. É lei; - o STF e os governadores querem melar, mas é lei.  
 
Além do mais, como o governo federal poderia ser punido por praticar a sua obrigação de governar o país? 
Quer dizer que em ano eleitoral, então, o governo tem de ficar trancado em casa, sem fazer nada? 
Não interessa. Segundo a oposição, os banqueiros de esquerda e a cantora que sapateia em cima da bandeira nacional, a queda de preços dos combustíveis, mais toda a melhoria nos programas sociais — que também foi aprovada no Congresso —, é coisa do mal.  
Vai ser usada, como as eleições, para a “direita” continuar no governo e, em seguida, “implantar um regime autoritário” no Brasil. Não faz nexo nenhum. Mas é o que estão dizendo todos os dias. 
Há também o PIB, esse bendito PIB que ninguém sabe como é calculado, mas que é uma tragédia quando está baixo, e uma trapaça que só beneficia os ricos quando está crescendo — ou, então, é uma bobagem sem importância nenhuma para “o povo”. É o caso do Brasil de hoje. No final de 2021, era uma certeza para o FMI, os analistas dos bancos nacionais ou estrangeiros e o noticiário econômico em geral que em 2022 o Brasil estaria em recessão. Não só não iria crescer nada; 
- a economia ia andar para trás, como no segundo governo de Dilma Rousseff, que gerou a maior recessão econômica que o Brasil já teve em sua história. 
 
Vem aí, então, mais um número ilegal: o PIB brasileiro, pelos cálculos agora de julho, vai subir 2% este ano. Como assim? 
É precisamente o inverso do que todos juravam que ia acontecer; o ministro Paulo Guedes, a propósito, disse que os economistas, e analistas do “mercado”, e especialistas etc. etc. etc. iriam passar o ano inteiro revendo para cima as suas previsões. 
Estão fazendo isso, mas acham que o PIB positivo não adianta nada; já o PIB negativo, como a saúva, ia acabar com o Brasil
Para a mídia, em especial, a solução é banir esse número para um estado de semiclandestinidade, o mais longe que for possível das manchetes e dos destaques do horário nobre. 
 
Na verdade, o Brasil é um caso raro de saúde razoável num mundo de economia doente
Nesta semana, o FMI anunciou que as perspectivas de crescimento global “estão inclinadas esmagadoramente para o lado negativo” e que, se as previsões se concretizarem, a economia mundial poderá enfrentar uma das piores recessões em meio século. 
Entre as exceções estão o Brasil e o México. 
O aumento da inflação global e uma desaceleração nos Estados Unidos e na China levaram o FMI a diminuir suas projeções. “O panorama ficou consideravelmente sombrio desde abril”, disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas. “As três maiores economias do mundo, os Estados Unidos, a China e a zona do euro, estão empatando nessa estagnação com grandes conseqüências para o panorama global”, estimou ele. 
 
Além do Brasil e do México, a Rússia também apresenta índices econômicos positivos em razão dos preços mais altos do petróleo devido às sanções ocidentais. 
Para a América Latina e o Caribe como um todo, o FMI elevou suas perspectivas de crescimento para este ano para 3%, uma revisão para cima de 0,5 ponto percentual “como resultado de uma recuperação mais forte nas grandes economias”: Brasil, México, Colômbia e Chile.
 
Os índices de desemprego são outra frustração de primeira grandeza. A última cifra é de 9,8%, a menor dos últimos seis anos — ou seja, menor do que era quando começou a pandemia, ou no final do governo Dilma. Neste ano, só de janeiro a abril, foram criados mais de 1 milhão de empregos com carteira assinada;  
em maio, o total de brasileiros com emprego formal estava próximo aos 42 milhões, um recorde na história do cadastro do Ministério do Trabalho, iniciado dez anos atrás. Só no mês de junho, o número disponível mais recente, foram criados 300 mil novos empregos. 
No total, com covid e tudo, o atual governo tem um saldo positivo acima de 2 milhões de vagas.  
 
Se há mais gente empregada agora do que havia antes do governo assumir, e se o STF, os governadores e os prefeitos mantiveram a economia fechada durante dois anos inteiros, o que aconteceu com o “extermínio do trabalho” anunciado com tanta paixão pelos comunicadores, influenciadores e funcionários dos “grandes veículos” de comunicação? É a mesma decepção com o comércio exterior. 
Nos últimos 12 meses o Brasil exportou quase US$ 310 bilhões, e teve um saldo próximo aos 60 bilhões na sua balança comercial; a produção agrícola, em especial, vai bater um novo recorde em 2022. 
Também aí está tudo errado. Segundo garante a nossa melhor elite financeira, o Brasil está “isolado” no mundo: países estrangeiros, bancos internacionais, altas multinacionais e fundos de investimento conduzem um boicote pesadíssimo contra a economia brasileira, para punir o presidente e seu governo pela agressão ao “clima” do planeta em geral, e os incêndios na Floresta Amazônica em particular
É outro mistério. O Brasil é o único país do mundo e da história que está sofrendo um boicote internacional e, assim mesmo, vende cada vez mais os seus produtos no exterior.     
 
O país “destruído” pelo governo atual é uma mentira; pior que isso, é uma bobagem, ou um certificado de estupidez para a frente “equilibrada” que acha uma boa ideia colocar na presidência do seu país um político que passou 20 meses no xadrez, condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em três instâncias e por nove juízes diferentes. 
Para “salvar o Brasil da direita”, estão trocando a disputa política por fanatismo, pela histeria e pelo rancor; 
não respondem mais à razão, e sim aos seus tumultuados desacertos psicológicos. 
 O resultado é que estão em pleno negacionismo dos números.

Leia também “Um tribunal que joga para Lula”

J. R. Guzzo,  colunista - Revista Oeste