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domingo, 2 de janeiro de 2022

Papa Francisco completa 85 anos

Na sexta-feira, 17 de dezembro,   o papa Francisco completou 85 anos. Gosto do seu “jeitão” todo pastoral de conduzir a Igreja. Às vezes, em entrevistas, parece dar seus tropeços. Ora, mas até Pedro, em sua simplicidade de pescador, também deu. Paulo, ao contrário, era guerreiro e teólogo.

A história da Igreja e a Igreja na história traz a beleza dos dilemas humanos e respeita a personalidade e vocação de cada um. Em alguns momentos, a Igreja necessita de pescadores. Noutros, de pastores. Existiram papas guerreiros, diplomatas, filósofos e santos. A Igreja Católica está no mundo há 2 mil anos e acumulou sabedoria suficiente para saber se manter no mundo sem ser aniquilada pela total adequação ao mundo.

O momento sensível de hoje exige um pastor. Ontem, exigiu um teólogo. No Renascimento, um guerreiro. Durante a Segunda Guerra, um diplomata

Muitos católicos, hoje, tomados pelo espírito bélico alimentado pelo imaginário ideológico anticomunista, antiliberal, antissocialista, anticapitalista e até anticatólico, querem um papa guerreiro, não um papa pastor. Não querem Francisco. Na verdade, querem um papa que satisfaça os próprios tormentos políticos, que combata impiedosamente os inimigos. Contudo, a finalidade da Igreja é anunciar o Evangelho de Cristo e não ceder ao delírio triunfalista dos ideológicos.

Eu, olhando a história da Igreja e a Igreja na história, penso o seguinte: o momento sensível de hoje exige um pastor. Ontem, exigiu um teólogo. No Renascimento, um guerreiro. Durante a Segunda Guerra, um diplomata. E, entre a opinião da maioria tresloucada em busca de um líder enérgico para conter as nossas próprias fraquezas e o milenar Magistério da Igreja, que soube se manter no mundo sem se familiarizar demasiadamente com o mundo, eu fico com a Igreja.

Quando me converti, ninguém me provou, por meio de sofisticados cálculos e argumentos abstratos, a existência de Deus; ninguém me deu evidências, cabalmente comprovadas, de que Jesus de Nazaré era o Cristo, e que Ele foi morto, sepultado e ressuscitou no terceiro dia. Não se trata de provas. E eu não exigia isso. Tampouco me deram um esporro, um berro ou um tapa. Deram-me testemunho. Vieram-me ao encontro com toda disposição pastoral. Eu precisava de narrativa pessoal.

Na época, eu era um jovem leitor assíduo de Nietzsche, Baudelaire e Heidegger. Tinha muitas certezas. E uma delas era a inexistência de Deus. Hoje, tenho muitas dúvidas que atingem o “coração” – o centro de todo pessoa – em sua forma íntima. Este centro com o qual mergulhamos no abismo, este vazio de nós mesmos. E é lá onde descobrimos que Deus não está morto, pois Ele vive e reina.

A propósito deste Reino que o Natal sempre me faz lembrar, gostaria de dizer o seguinte: o pequeno Jesus de Nazaré não nasceu em berço de ouro e, quando homem feito, Cristo não morreu na glória: traído, açoitado, debochado, motivo de chacota entre romanos, de ódio entre os judeus, morreu crucificado. Cristianismo é escândalo: há 2 mil anos cristãos são perseguidos, torturados e martirizados.

Cristãos superaram o Império Romano, a perseguição árabe, alguns foram massacrados por chineses, japoneses e turcos. Venceram o Terror da Revolução Francesa, a noite escura da Revolução Russa... enfim, toda vez que vejo qualquer pagãozinho secularista tentando debochar do “sentimento religioso” dos cristãos, atacando seus símbolos mais caros, lembro-me que o cristão é o sal da terra e Cristo, a Luz do Mundo. Mas nada pior que o cristão que persegue em nome da fé, por medo e vingança.

A finalidade da Igreja é anunciar o Evangelho de Cristo e não ceder ao delírio triunfalista dos ideológicos

Por isso, diante do deboche do mundo para com o amor cristão, lembro-me da confiança de Nossa Senhora, do martírio de Estêvão, da conversão de Paulo e da brutal morte de Pedro, da solidão de Santo Antão, da vida de Santo Agostinho, da coragem de Santa Cecília, dos hinos de Santa Hildegarda de Bingen, da Suma Teológica de Tomás de Aquino, da catedral de Estrasburgo, da entrega de São Francisco de Assis, dos quadros de El Greco, da música de Palestrina, da Paixão segundo São João de Bach, do Réquiem de Mozart, da filosofia de Leibniz, dos estudos de Christophorus Clavius, dos monges trapistas, do martírio dos monges cartuxos retratado no filme O Grande silêncio.

Enfim, lembro-me ainda da minha avó rezando ao pé da cama, do Kyrie Eleison que minha mãe cantarolava, da firmeza teológica de Bento XVI e da doçura pastoral do papa Francisco. Toda a minha loucura por vingança, toda a minha ira para com o mundo, passa num instante e compreendo o sentido de ser cristão.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

O p... dos f..., a perseguição contra a fé cristã e as eleições

O grupo P... dos F... , voltou a debochar da fé cristã neste fim de ano de 2021. Às vésperas do Natal, o grupo escarneceu da fé cristã mais uma vez, agora retratando Jesus como um adolescente, tendo de se adaptar à vida na escola, consumindo pornografia, sofrendo bullying dos colegas e encontrando Deus, seu pai, em um prostíbulo.

Detalhe de "Cristo Carregando a Cruz", de Hieronymus Bosch.

Detalhe de “Cristo Carregando a Cruz”, de Hieronymus Bosch.| Foto: Wikimedia Commons/Domínio público

O vilipêndio como método
Não é a primeira vez que o p... f...  resolve afrontar a fé cristã de forma direta. Em 2013, um programa de Natal do grupo causou controvérsia e protesto, pois na interpretação do grupo teria havido relações sexuais entre Deus e Maria, o que teria levado à sua gestação e ao nascimento de Jesus, que tentou fazer “negociações” com os soldados que o pregaram na cruz. Em 2014, decidiram que o alvo da zombaria seria o patriarca Abraão, com piadas também sobre Deus. Como um dos integrantes do grupo afirmou, as Escrituras Sagradas seriam uma “fábula [...] um bom mote para o humor. [...] Ótimas para subverter e brincar”. Em 2016, voltaram a ridicularizar os relatos bíblicos sobre Jesus Cristo, retratando-o como “um humano seletivo no seu amor”, e alguém que acha a missa chata, falsa e entediante. E, em 2019, retrataram Jesus Cristo como homossexual, e Maria como adúltera e usuária de drogas.

Governo edita MP que obriga cartórios a adotarem serviços eletrônicos

Como entender o ódio e o desprezo aberto pela fé cristã por parte desse grupo, sobretudo na data em que se celebra tradicionalmente o nascimento do único Salvador, o Messias Jesus, adorado por 81% dos brasileiros como o Deus que assumiu a natureza humana?

[como é recorrente, reiteramos nossa posição de repúdio, desprezo, nojo à esquerda e a outros grupos que representam a imundície que a falange sinistra pretende  impor ao mundo.
Uma das formas de expressar nossa rejeição a tais coisas,  é que sempre ao mencionar em nossas postagens qualquer dessas coisas ou nominar seus líderes, usamos abreviaturas e caracteres em tipo mínimo = uma forma visual de impedir que se tornem alvos de holofotes e também de mostrar o quando são insignificantes.(confiram aqui.).
Ao ensejo, renovamos sugestão a tais coisas que deixem a covardia e em vez de ataques à Religião fundada por NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, ataquem outras religiões que serão implacáveis no revide. Até ilustrações serão suficientes para que vocês recebam o que merecem - a fé cristã não permite o revide, a vingança. 
Mas, outras... agem de forma diferente. 
Antes que nos acusem de neste modesto comentário estarmos estimulando atos criminosos, nada disso = apenas sugerimos a vocês que mudem os alvos dos seus ataques imundos.] 
 
O ódio dos esquerdistas à fé cristã
A explicação mais simples é que esquerdistas tem aversão à fé cristã, por mais que afirmem o contrário. Dennis Prager resumiu algumas das razões do ódio que os adeptos desta ideologia têm do cristianismo, sobretudo da celebração do Natal. De acordo com Prager, em primeiro lugar, “a esquerda vê no cristianismo seu principal inimigo ideológico e político. E está certa nisso. A única oposição organizada e de larga escala contra a esquerda vem da comunidade cristã tradicional – protestantes evangélicos, católicos tradicionais [...] – e de judeus ortodoxos.  O esquerdismo é uma religião secular e considera todas as outras religiões imorais e falsas”. Prager destaca corretamente: A esquerda entende que quanto mais as pessoas acreditam no cristianismo (e no judaísmo), menor a chance de a esquerda ganhar o poder. A esquerda não se preocupa com o Islã, porque o percebe como um aliado em sua guerra contra a civilização ocidental e porque os esquerdistas não têm coragem de enfrentá-lo. Eles sabem que o confronto com os religiosos muçulmanos pode ser fatal, enquanto o confronto com cristão não implica riscos”.

Como entender o ódio e o desprezo aberto pela fé cristã por parte do p... f... , sobretudo na data em que se celebra tradicionalmente o nascimento do único Salvador?

Em segundo lugar, adaptando os argumentos à nossa realidade, “a esquerda considera o cristianismo como parte intrínseca da identidade nacional” brasileira, “uma identidade que desejam erodir em favor de uma identidade de ‘cidadão mundial’”.

E uma terceira razão é que, de acordo com Prager, “a esquerda é triste. Qualquer coisa e quem quer que a esquerda influencie tem menos alegria na vida. Conheci liberais felizes e infelizes e conservadores felizes e infelizes, mas nunca encontrei um esquerdista feliz. E quanto mais à esquerda você for, mais irritadas e infelizes serão as pessoas que encontrará. [...] O Natal é feliz demais para a esquerda. Noite Feliz não é uma canção para ela”.

Voltando ao p ... f ..., o desprezo que o grupo demonstra pela fé cristã é parte da campanha aberta implementada pelas esquerdas contra a fé cristã. Como Jones Rossi comentou, tratando do líder do grupo: “Talvez g. g.,  não planeje os ataques [à fé cristã] de forma tão premeditada – até para isso seria necessário ter uma sólida formação intelectual. Mas, ao fazê-lo, segue à risca o roteiro pré-determinado de parte da esquerda que deseja impor sua agenda [anticristã] sem resistência”.

O que os ideólogos esquerdistas almejam é o Estado laicista, marcado por intolerância religiosa, que almeja eliminar Deus e a fé cristã, atacando fortemente a liberdade religiosa e banindo do meio público qualquer expressão ou símbolo de religioso. E, como afirmou o papa Bento XVI, o Estado laicista intenta implantar a “ditatura do relativismo”, eliminando a verdade e o direito natural. Assim, uma das formas de criar embaraços à prática da fé cristã no Brasil é que numa das frentes são realizados ataques contra o direito à liberdade religiosa por meio da tentativa de aprovação de projetos de lei, ações civis públicas, recomendações administrativas, decretos, decisões judiciais e ataques midiáticos, intentando suprimir a fé do espaço público. Em outra frente, esquerdistas insuflam o deboche vulgar contra a fé cristã, por meio de programas como o p... f... , ou em paródias sobre o Senhor Jesus em blocos carnavalescos.

O testemunho das Escrituras sobre Jesus
O apóstolo João registrou uma fala de Jesus aos judeus, diante do Templo em Jerusalém: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isso ele disse a respeito do Espírito que os que nele cressem haviam de receber” (João 7,38-39). O que o único Messias e Senhor ensinou, em outras palavras, é que somente podemos falar do Salvador a partir do que as Escrituras Sagradas revelam sobre ele. 
Pois as Escrituras Sagradas são a única fonte confiável que temos sobre a vida, feitos e obra do Salvador. 
Décadas depois, o apóstolo João, exilado por causa da fé na ilha de Patmos, afirmou após receber revelação divina que o Messias Jesus é “a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. [...] Que nos ama e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai”, digno de receber toda “a glória e o domínio para todo o sempre”. E que também “ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão por causa dele” (Apocalipse 1,5-7). Portanto, como Martinho Lutero escreveu, “da mesma forma como vamos até o berço tão somente para encontrar um bebê, também recorremos às Escrituras apenas para encontrar Cristo”. Somente as Escrituras Sagradas nos revelam quem, de fato, é nosso Salvador.

Assim sendo, recebendo como verdadeiro o testemunho de Jesus revelado na Escritura Sagrada, lembremos do que C. S. Lewis escreveu tempos atrás: “Estou tentando impedir que alguém repita a rematada tolice dita por muitos a respeito de Jesus Cristo: ‘Estou disposto a aceitar Jesus como um grande mestre da moral, mas não aceito a sua afirmação de ser Deus’. Essa é a única coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse somente um homem e dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre da moral. Seria um lunático – no mesmo grau de alguém que pretendesse ser um ovo cozido – ou então o diabo em pessoa. Faça a sua escolha. Ou esse homem era, e é, o Filho de Deus, ou não passa de um louco ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser um louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demônio; ou pode prostrar-se a seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal condescendência, dizer que ele não passava de um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa opção, e não quis deixá-la”. Portanto, aqueles que recebem como verdadeiro o testemunho das Escrituras Sagradas só têm como opção reconhecer que Jesus é o Senhor, o único Messias, o eterno Filho de Deus, o Deus-homem, o único mediador entre Deus e a humanidade pecadora.

Quanto aos que debocham de Deus, aqueles que são da fé não devem se abalar. As Escrituras Sagradas ensinam que diante dos ataques contra Deus e seu Messias, é o próprio Senhor que ri diante dessa situação

Como celebrado no famoso hino Oh, vinde, fiéis (Adeste Fideles), de 1751, atribuído ao músico católico John Francis Wade, e cantado por todos os cristãos no Natal:

Deus de Deus, Luz de Luz
Carregado no ventre de uma virgem
Deus verdadeiro, gerado, não criado

Oh, vinde, adoremos!
Oh, vinde, adoremos!
Oh, vinde, adoremos a nosso Senhor!

Diante do “Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade”, e que revelou “a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (João 1,14), lembramos da máxima de Inácio de Loyola: “Para aqueles que creem, nenhuma explicação é necessária; para aqueles que não creem, nenhuma explicação é possível”.

Quanto aos que debocham de Deus, do Messias e do que é sagrado aos cristãos, aqueles que são da fé não devem se abalar. As Escrituras Sagradas ensinam que diante dos ataques contra Deus e seu Messias, é o próprio Senhor que ri diante dessa situação. Como aprendemos no antigo livro de orações do povo de Israel: o Deus todo poderosoque habita nos céus dá risada; o Senhor zomba deles. Na sua ira, a seu tempo, lhes falará e no seu furor os deixará apavorados”. E Deus diz ao seu eterno Filho, destinado a dominar todo o universo, da oposição que reinos tentam fazer contra ele: “Com uma vara de ferro você as quebrará e as despedaçará como um vaso de oleiro” (Salmos 2,4-5.9). Haverá um tempo de prestação de contas diante do Deus que não se deixa escarnecer!

A serviço de partidos esquerdistas
As limitações à liberdade religiosa vêm crescendo em todo o mundo nos últimos anos. E os cristãos também são os mais perseguidos, sobretudo em países dominados pelo islamismo ou pelo comunismo. Na China, crescem progressivamente as restrições e perseguições à manifestação da fé cristã. Agora, o governo autoriza apenas pregações nas redes sociais de doutrinas religiosas “que conduzam à harmonia social” e que guiem os fiéis chineses “ao patriotismo e ao respeito à lei”. Agora, os esquerdistas no Ocidente não escondem mais seu ódio e desprezo contra o cristianismo.

O grupo p... f ... , é apenas uma pequena parte desse movimento esquerdista que tenta vilipendiar e ridicularizar a fé dos cristãos. O que a esquerda almeja é, como escrevem Thiago Vieira e Jean Regina, a imposição do “Estado Secular, o resultado final do laicismo. Nele o fenômeno religioso praticamente inexiste (pelo menos não de forma pública), e os elementos religiosos permanecem apenas como símbolo cultural. De certa forma, na secularização [...] existe um aculturamento total do fenômeno religioso a ponto de seu elemento transcendental deixar de existir”. E, para fins de boa compreensão, os dois fazem o contraste: “Por outro lado, laicidade implica na preservação dos poderes religioso e político, cada um com total autonomia e independência dentro de sua ordem. E essa autonomia do poder religioso existe exatamente por ter em seu objeto a transcendência, em outras palavras, por ter em si mesmo exatamente o oposto do que a secularização significa e propõe”.

Veja Também:
  • Guilherme de Carvalho: O universo moral pobre do Porta dos Fundos

  •  
    Aliás, o já citado d...  é fervoroso apoiador do deputado federal Marcelo Freixo, agora no PSB – inclusive pedindo dinheiro nas redes sociais em 2014 para financiar suas campanhas. Freixo, que era do PSol, começou recentemente a visitar igrejas evangélicas, para tentar angariar apoio à sua campanha ao governo do estado do Rio de Janeiro. d..., que já declarou voto no ex-presidente Lula nas eleições do ano que vem, também é firme apoiador do PT. Ele tem destaque no site oficial do partido que legou, na percepção popular, o governo mais corrupto da história do Brasil – não custa lembrar que as duas condenações de Lula e outras ações no âmbito da Operação Lava Jato foram anuladas devido a decisões do STF relativas a questões processuais. [lembramos que o STF não conseguiu encontrar elementos que justificassem declarar o ex-presidente petista, o maior ladrão do Brasil, inocente. Apenas o descondenaram por manobras jurídicas.] E Lula foi solto depois de 580 dias preso porque o STF mudou de entendimento quanto à prisão em segunda instância. Mas em 2012 o STF condenou dirigentes do PT sob o argumento de que eles lideraram esquema que desviou dinheiro público para compra de apoio político no Congresso.
Que, nas eleições que ocorrerão em 2022, os cristãos católicos e protestantes se lembrem dessas associações, diante do esforço intencional e deliberado por parte do p... f ..., Porta dos Fundos de ridicularizar a fé cristã. E fica a pergunta: será que ainda há cristãos que conseguem votar no PT, PCdoB e PSol?  
Acólitos destes partidos abertamente atacam a fé cristã e vilipendiam seus símbolos. 
Haverá mesmo cristãos que ainda votarão nesses partidos?
* * *

O colunista deseja boas festas e ótimo ano novo a todos os seus leitores! Os textos dessa coluna retornarão em 1.º de fevereiro de 2022.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Agressões gratuitas - Revista Oeste

Cristyan Costa

Os ataques do movimento LGBT+ a símbolos cristãos prejudicam a causa gay e dificultam o debate sobre religião e homossexualidade

Na maior parte dos países ocidentais, inclusive nos mais religiosos, a comunidade LGBT obteve nos últimos anos conquistas legais de igualdade de direitos entre heterossexuais e homossexuais, como a união civil e a adoção de crianças por pais do mesmo sexo — no Brasil, por exemplo, o Supremo Tribunal Federal reconheceu, em 2011, os mesmos direitos de casais héteros para gays. Contudo, os ataques da militância contra símbolos cristãos nunca pararam.

Valer-se de símbolos sacros do cristianismo para promover causas tem sido um comportamento recorrente do movimento, sobretudo no Brasil. Ao mesmo tempo em que acusam o outro lado de hostil e intolerante, os dirigentes do movimento atacam personagens bíblicos sob a égide de “luta pelos direitos dos gays”.


Foto: Montagem com imagem Shutterstock
Foto: Montagem com imagem Shutterstock

Os ataques também vêm de “satélites” do movimento LGBT. Em 2013, o grupo extremista Femen protagonizou uma manifestação na Praça São Pedro, no Vaticano., tiraram a roupa enquanto o papa Bento XVI rezava uma missa e gritaram palavras de ordem contra a homofobia. Em seus corpos, estava pintada a frase “In gay we trust”. Ainda em 2013, no Rio de Janeiro, durante a Jornada Mundial da Juventude, manifestantes da “Marcha das Vadias” quebraram imagens sacras na rua, esfregaram as estátuas nas genitálias e introduziram um crucifixo no ânus.

Em junho de 2015, um ativista trans se vestiu de Jesus e foi “crucificado” na Parada Gay, na Avenida Paulista. Em cima da cruz havia uma placa com o texto: “Basta de homofobia”. Em 2019, a produtora P...  lançou um especial de Natal na Netflix protagonizado por um Jesus gay. Neste ano, o grupo humorístico dobrou a aposta e exibiu um vídeo mostrando um Jesus que consome pornografia e se encontra com Deus em um bordel. Os integrantes do P...  se dizem defensores de causas gays.

[Nota: Por ser política do Blog Prontidão Total não publicamos fotos do tipo das  que constam da reportagem transcrita,  devido o caráter blasfemo das mesmas, extremamente ofensivo  aos valores CATÓLICOS/CRISTÃOS.
De igual modo abreviamos nomes de pessoas e outras coisas que ofendem os mesmos valores - conduta que se enquadra na nossa política de não concessão de holofotes a coisas que repudiamos
Uma sugestão a esses movimentos que desrespeitam VALORES SAGRADOS: 
- passem a apresentar suas produções, seus protestos, encenar espetáculos e  vilipendiar valores e símbolos de outras religiões, em alguns países que reagiriam de forma implacável contra os atos de vocês;
Deixem de ser covardes, ataquem outras religiões (incluindo, sem limitar,  as monoteístas). 
Não se limitem a agredir VALORES CRISTÃOS = O Cristianismo é uma religião que impede seus seguidores de reagir da forma que vocês merecem. 
JESUS CRISTO pregou a PAZ, o PERDÃO - que vocês não merecem, mas, temos que conter reações à altura dos atos que praticam.
O artigo 208 do Código Penal Brasileiro cuida dos crimes contra o sentimento religioso, sendo de ação pública e incondicionada.]

A mais recente polêmica do movimento foi um ensaio fotográfico para a revista alemã Siegessäule, voltada para o público gay, mostrando uma versão trans da Virgem Maria. A imagem estampou a capa da publicação, exibindo Nossa Senhora de véu azul, túnica branca e barba, segurando um bebê, que representava Jesus. Ao abrir a galeria de fotos, o leitor dava de cara com outra imagem: Maria abraçada com um homem, em alusão a uma família gay. O modelo que aparece no ensaio é R. S. embaixador de causas LGBT+ no Parlamento Europeu. “Se ignoramos o fato de que Jesus não era branco, poderíamos acreditar que a Virgem Maria tinha barba. Por que não?”, escreveu S... nas redes, ao divulgar a revista. “Obrigado à equipe que me ajudou a criar essas imagens e se recusou a receber por isso”, acrescentou, ao mencionar que o dinheiro da venda das revistas será direcionado a sua fundação, com o objetivo de combater a aids na comunidade gay. Como porta-voz da diversidade, S... afirma que trabalha para “acabar com a discriminação contra LGBTs no mundo por meio do diálogo”.

Desrespeito e desvio de finalidade
A atitude agressiva do movimento tem gerado críticas até mesmo de homossexuais. É o caso do deputado estadual Douglas Garcia (PTB-SP). O parlamentar avalia que a encenação da Nossa Senhora trans é um “vilipêndio ao cristianismo e à fé católica”. Ele afirma que não se vê representado pelo movimento LGBT. “Muitos agem de maneira agressiva e promovem ataques desproporcionais a quem não concorda com as bandeiras defendidas por eles”, disse. “Eu, inclusive, sou vítima de ameaças rotineiras de membros desses grupos”, afirmou, ao mencionar que atitudes assim dinamitam pontes para o diálogo.

“Enquanto isso, vários homossexuais estão sendo perseguidos e mortos no Oriente Médio”

Ao discorrer sobre a preferência do movimento por símbolos do cristianismo, Garcia afirma que a civilização ocidental tem como base valores cristãos. “Esses grupos encaram a luta em defesa de sua visão de mundo necessariamente como uma luta contra esses valores cristãos que deram origem à sociedade em que eles vivem”, explicou. “Por isso, procuram denegrir a imagem da religião e de religiosos como meio de defesa das suas pautas.”

Conhecido como Dom Lancelotti, Diego Guedes tem o pensamento semelhante ao de Garcia. Homossexual, ele lidera um movimento de gays conservadores, composto de membros que discordam do pensamento do establishment sobre como esse público deve agir. Dom explica que a repercussão por meio de ataques a símbolos é uma tática antiga para emplacar pautas e dar notoriedade a grupos ou indivíduos: “Eles querem chocar. Fazem as coisas de caso pensado”.

Dom critica a mudança de foco do grupo, hoje alinhado a uma agenda da esquerda internacional. “O movimento LGBT surge num momento em que era crime ser homossexual em vários países”, disse. “Na primeira onda do movimento LGBT, seus líderes queriam descriminalizar a homossexualidade. Hoje, está falando em linguagem neutra, exigindo personagens gays na Turma da Mônica e atacando a religião ao reinterpretar Maria, por exemplo. Enquanto isso, vários homossexuais estão sendo perseguidos e mortos no Oriente Médio”, observou. “Sou conservador, mas não quero acabar com o movimento LGBT. Quero participar do debate e mostrar o que acho ser o caminho correto. Eles se esqueceram do real objetivo. Perderam totalmente a mão.”

À falta de diálogo e ao debate cada vez mais polarizado, Tiago Pavinatto, advogado e ativista liberal gay, acrescenta que há o surgimento de polos antagônicos, que sobrevivem um do outro: radicais do movimento LGBT e cristãos homofóbicos. “Uma dupla que se retroalimenta. Uma tira sua legitimidade do descrédito da outra”, afirmou. “Esse revezamento tem um único resultado: eterniza o problema em nome do monopólio da violência”, disse. Pavinatto trata do tema em seu recente livro: Estética da Estupidez: a Arte da Guerra Contra o Senso Comum.

Pavinatto não vê problemas de movimentos usarem símbolos religiosos para a promoção de causas, desde que com respeito. “Cristo é uma causa universal”, afirmou. “A cruz pode estar na causa negra, na causa trans, na causa LGBT. Mas com respeito. O que artistas fazem é usar a figura de Cristo com desrespeito. E o desrespeito nunca pode ser um ato lícito.”

Para lideranças do Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR), as agressões ao cristianismo funcionam como instrumento de coação para impor uma agenda à força, bem como eliminar, pelo constrangimento, vozes contrárias. Além disso, o objetivo de alguns militantes não é preservar direitos das democracias ocidentais, mas, sim, obter privilégios. “Em diversos países, os membros de tais grupos chegam a ter direitos especiais, acima de outros cidadãos, o que representa uma ruptura com o conceito de ‘isonomia’, característica ao Estado de Direito”, salientou o movimento, em entrevista ao jornal Gazeta do Povo.

Francisco Borba, professor universitário e coordenador de projetos do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, diz que a melhor estratégia é a busca do diálogo. “Tanto os cristãos do lado ofendido quanto os LGBTs que se sentem discriminados têm de procurar estabelecer pontes”, defendeu. “Dessa forma, poderão mostrar, de maneira clara, o que é respeitoso para os dois lados”, disse. “Trata-se de uma conduta ética.”

Leia também “Os mais recentes ataques da linguagem neutra”

Cristyan Costa - Revista Oeste


sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

QUE O NATAL CONSOLE O ARREPENDIMENTO, DECEPÇÃO E DOR... Adriano Marreiros

Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim'

Evangelho de São Lucas

Abra o tal do Google no Natal e constate que, após um monte de presepadas em datas inexpressivas, não haverá um presépio na principal data da humanidade..Não é à toa.  Não é esquecimento.  É método! Hoje, em público, só é permitido pregar a nova religião secular com seus dogmas canhestros e politicamente corretos.  
Cristianismo: só dentro de templos e com as restrições impostas pelos senhores do mundo...


Este foi um ano triste. Um ano de dor: pessoal e cívica. Um ano de perdas.
Chorei perdas na minha casa.
Chorei perda de liberdades.
Chorei perdas de ilusões...

Vão-se as pombas do pombal de Raimundo Correia e, como os sonhos do poeta, as ilusões também não voltarão ao coração

Perdi ilusões com pessoas: com CPF e com CNPJ.

Tive arrependimentos que jamais imaginei que teria.  Preocupante.

Fiquei pasmo com convicções repentinas, insuspeitas – mas hoje tão convenientes – de pessoas que, em décadas jamais falaram daquilo.  Decepcionante...

Vi as pedras de tantas cláusulas constitucionais virarem areia por meio de malabarismos e magia circense, com escalafobéticas palavras mágicas: “não retrocesso”, “constituição viva”, “nenhum direito é absoluto (exceto se for de alguém da ideologia).  Aberrante...

“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, depois que fura, aí prossegue de furadeira elétrica sem nem tentar disfarçar o barulho que serve, inclusive, para que as vozes de protesto não sejam ouvidas: e às vezes sejam caladas sem figuras de linguagem.  Silenciante... Vi a Sociedade sem pai nem mãe quando mais precisou, aliás, pior, transformados na madrasta, qual Cinderela sem sapatinho ou baile: a não ser que fosse fanque...  Chocante

Vi criminosos colocados nas ruas e a liberdade colocada em prisões...  Encarcerante...

Nesta semana quero tentar esquecer isso por uns dias.  Quero comemorar o Nascimento do Senhor e depois contar mais um ano a partir dele.  
Quero fazer isso em público enquanto for permitido, enquanto não inventarem que é ofensivo, enquanto não inventarem que as ruas são laicas num país em que ofender Cristo e o Cristianismo gera arquivamento e criticar certas pessoas é profanação punida com prisão e o fogo do inferno na Terra.  
Porque quando não for mais permitido, buscarei fazê-lo assim mesmo: que Daniel me inspire!!!

Feliz Natal: enquanto deixarem que ele seja feliz.  Quando não deixarem, seremos felizes, assim mesmo, em razão do advento do Salvador!!!

Se algumas pessoas se afastarem de você,

não fique triste!

Isso é a resposta da oração:

“Livrai-me de todo o mal, Amém!”

Caio Fernando Abreu

 Crux Sacra Sit Mihi Lux / Non Draco Sit Mihi Dux 
Vade Retro Satana / Nunquam Suade Mihi Vana 
Sunt Mala Quae Libas / Ipse Venena Bibas

(Oração de São Bento cuja proteção eu suplico)

 

Tribuna Diária -  Adriano Alves-Marreiros

Que também é um homem de pouca fé, mas está buscando crer apesar de tudo...


sábado, 23 de outubro de 2021

Quem “manda” hoje na Lei Rouanet é um capitão da PM e cristão fervoroso - Blog Maquiavel

Tulio Kruse

Braço direito de Mário Frias na Secretaria Especial da Cultura, André Porciúncula multiplicou a aprovação de projetos de cunho

Na última sexta-feira, 22, o secretário nacional de Incentivo e Fomento à Cultura, André Porciúncula, publicou nas redes sociais uma caricatura dele mesmo. No desenho, assinado pelo ilustrador Emerson Glauber, Porciúncula segura uma torneira quase seca em que se lê “Rouanet”. A reação do secretário ao reproduzir a ilustração se limitou a três figurinhas indicando que ele deu risadas com a piada.

Secretário Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciúncula  -    Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

 

Além de fazer uma alusão à crise hídrica  que já aumentou o preço da energia elétrica no País e arrisca um retorno aos apagões, o desenho traz uma narrativa comum entre apoiadores do governo Jair Bolsonaro: a de que gestões anteriores promoveram farras com o mecanismo de isenção fiscal da Lei Rouanet, e que a distorção teria sido corrigida com a entrada dele e do secretário especial Mário Frias na administração federal. Com frequência, ele lembra com orgulho que a secretaria está diminuindo os recursos destinados a diversos setores da cultura. 

Ao mesmo tempo, já participou de transmissões na internet com artistas gospel e defendeu que o governo federal deve direcionar os recursos da cultura para mais artistas cristãos. Reportagem publicada na última edição de VEJA mostra que o número de projetos religiosos aprovados pela gestão Frias-Porciúncula saltou de um para dezenove.  [nosso PARABÉNS à dupla de gestores, pela política em PROL DOS VALORES QUE DEVEM REALMENTE SER PRESERVADOS; 
- projetos ateus, que atentem contra os Bons Costumes, à Família, à Moral, à Religião, aos Valores Cristão, divulguem o ateísmo, a imoralidade, religiões criadas por decreto ou sentença judicial, devem ser devolvidos antes mesmo de serem protocolizados.
Brasil acima de todos; DEUS ACIMA DE TUDO.]

Capitão da Polícia Militar da Bahia, Porciúncula tem mais de 100 000 seguidores no Twitter e faz do seu perfil na rede social uma tribuna em defesa do cristianismo. As publicações passam por trechos bíblicos, elogios à influência de Olavo de Carvalho no campo da direita, e digressões que questionam a separação radical entre Igreja e Estado. “O declínio civilizacional que experimentamos é o resultado da perda da substância cristã que anima nossa civilização”, escreveu o secretário na noite da última quinta-feira, 21, nas redes sociais. Contudo, o secularismo moderno desgastou de tal forma a substância cristã da nossa sociedade que já não possuímos, como civilização, os meios intelectuais e morais necessários para superar o mero formalismo de uma ordem legal oca.”

Porciúncula costuma dizer que o conceito de Estado laico tem origem em uma epístola do papa Gelásio I no ano de 494, que dividiu com o imperador bizantino da época as funções de poder temporal e poder espiritual. O papa fazia a ressalva de que, embora responsável pela administração pública do império, ainda estava submetido à tutela dos sacerdotes para vigiar o respeito a valores cristãos. Com esse argumento, e com críticas às mudanças que vieram com a era moderna, o secretário se mostra favorável a um retorno a algo mais próximo do modelo medieval. “Nós estamos num Estado laico porque somos uma sociedade cristã e foi a partir do cristianismo que a ideia de separação emergiu, então agradeça a nós cristãos”, ele diz.

Quanto às críticas de que o governo federal está direcionando as verbas de cultura para alguns grupos em detrimento de outros, Porciúncula trata do assunto com naturalidade. Em recente entrevista à TV Brasil, o secretário disse que “dirigismo cultural” faz parte do papel do governo. Ele respondia a uma carta da Associação de Produtores Teatrais do Rio (APTR) que criticava a pasta. “Quando acusam a mim e ao secretário especial de fazer isso chega até a ser engraçado, estão lhe acusando de ser governo. É exatamente isso que estamos fazendo”, respondeu.

Blog Maquiavel - Revista VEJA


quinta-feira, 30 de setembro de 2021

IGREJA E COMUNISMO: UM SÉCULO DE EMBATES - Brian Kranick

A Igreja Católica nunca se deixou enganar pelas trapaças do socialismo e do comunismo. Encíclicas atrás de encíclicas denunciaram, desde o princípio, a falsa ideologia de Marx e Engels.

Os últimos cem anos, de 1917 a 2017, têm sido como uma recapitulação do protoevangelho, quando Deus disse à serpente: "Porei inimizade entre ti e a mulher" (Gn 3, 15). Trata-se de uma guerra secular que representa o período mais acentuado desta inimizade. Tudo começou em 1917, com as revelações de Nossa Senhora de Fátima, de um lado, e a Revolução Russa, que levou à implantação do comunismo ateu, de outro. Quais seriam as chances de tamanha coincidência?

Ao longo dos últimos cem anos, a forma mais grotesca que o "corpo místico" do Anticristo já adotou é, sem sombra de dúvida, o materialismo ateu, incorporado mundo afora por governos socialistas e comunistas. A serpente tornou-se Leviatã. Antes da Revolução de Outubro, Maria já advertira, em julho de 1917, que a Rússia espalharia "os seus erros pelo mundo, provocando guerras e perseguições contra a Igreja". O resto, como sabemos, é história.

Este centenário da Revolução de Outubro é uma grande oportunidade para trazer à memória o "horrendo flagelo" — como lhe chamou Pio XI (cf. Encíclica "Divini Redemptoris", de 19 mar. 1937, n. 7) — que vergastou o mundo através das perversas armadilhas do socialismo e do comunismo. Isto é particularmente importante na medida em que as elites culturais do Ocidente e seus simpatizantes vêm há tempos forcejando por minimizar os males do marxismo, como parece ser a intenção do jornal The New York Times, com sua "série de apaixonadas e saudosas recordações dos bons e velhos tempos do comunismo do século passado" [1].

Talvez seja mesmo chegada a hora de passar em revista esses tempos felizes do "século vermelho" com uma relaxante leitura de O Livro Negro do Comunismo ou O Arquipélago Gulag, de Solzhenitsyn. Mas, afinal, o que poderia ser mais enriquecedor do que dedicar um tempo a ler sobre o Grande Salto Adiante e a Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung? Melhor ainda: que tal estourar um saco de pipocas e assistir a Os gritos do silêncio [2], um filme para divertir toda a família?

Alguns, porém, talvez se perguntem: "E quanto ao socialismo do século XXI?" Ora, basta dar uma rápida olhada nas notícias que chegam da Venezuela. Há não muito tempo, a Venezuela era uma país próspero, abundante em petróleo; numa palavra, um milagre socialista! Mas agora, após dezoito anos de marxismo, entre Chávez e Maduro, o país não passa de um inferno socialista. Muitos ali têm passado fome — uma especialidade comunista —, não lhes sobrando outra alternativa senão roubar ou comer animais de zoológico, prática na qual parecem ter especial predileção por carne de búfalo e porco-do-mato.

Isso, infelizmente, não é incomum às experiências socialistas; antes, pelo contrário, constitui a regra geral. A alimentação venezuelana, contudo, deve ainda assim ser mais agradável que a dieta à base de mato e casca imposta aos reclusos na prisão estatal da Coreia do Norte. Os fatos históricos revelam que os demagogos comunistas foram responsáveis pela morte de 140 milhões de pessoas [3], desde Lênin até Stalin, passando por Mao Tsé-Tung, Pol Pot, Kim Jong-un, Chávez, Che Guevara, Fidel Castro... e a lista poderia ir-se alongando. Lênin disse, no final das contas, que é preciso quebrar uns tantos ovos para fazer uma omelete: 140 milhões de ovos quebrados; eis aí uma omelete gigante!

A Igreja, por sua vez, nunca se deixou enganar pelas trapaças do socialismo e do comunismo. Encíclicas atrás de encíclicas denunciaram, desde o princípio, a falsa ideologia de Marx e Engels. De fato, o Catecismo o afirma claramente: "A Igreja rejeitou as ideologias totalitárias e atéias, associadas, nos tempos modernos, ao 'comunismo' ou ao 'socialismo'" (n. 2425). O Catecismo, porém, é curto e sucinto, ao passo que as encíclicas papais são ricas em detalhes e categóricas em suas condenações.

Em 1846, o Papa Pio IX promulgou a encíclica "Qui Pluribus", sobre fé e religião, na qual já combatia vigorosamente as ideias de Marx, que em 1848 publicaria O Manifesto Comunista. Pio IX ali se referia à "nefanda doutrina do comunismo, contrária ao direito natural, que, uma vez admitida, lança por terra os direitos de todos, a propriedade e até mesmo a sociedade humana". Ele advertia contra "as mais perversas criações de homens que, trajados por fora com peles de ovelha, por dentro não passam de lobos rapaces".

Em 1878, o Papa Leão XIII escrevia sobre os males do socialismo na encíclica "Quod Apostolici Muneris". O Pontífice começa a carta referindo-se à "praga mortífera que se tem difundido no seio mesmo da sociedade humana, conduzindo-a ao abismo da destruição". Leão XIII aponta em seguida que "as facções dos que, sob diversas e quase bárbaras designações, chamam-se socialistas, comunistas ou niilistas, espalhados ao redor do mundo e unidos pelos laços estreitíssimos de uma perversa confederação, já não se põem ao abrigo da sombra de reuniões secretas, senão que, marchando aberta e confiadamente à luz do dia, ousam levar a cabo o que há muito tempo vêm maquinando: a derrocada de toda a sociedade civil".

A encíclica também chamava a atenção para o projeto socialista de destruição do matrimônio e da família. Para os socialistas, com efeito, não pode haver maior fidelidade, nem mesmo a Deus e à família, do que a obediência ao Estado todo-poderoso. Leão XIII afirmava ainda que "os fundamentos da sociedade repousam, antes de tudo, sobre a união indissolúvel entre os esposos, conforme as exigências da lei natural". E no entanto "as doutrinas socialistas aspiram por dissolver quase por completo os elos desta união".

Treze anos depois, em 1891, Leão XIII voltou a escrever outra encíclica, "Rerum Novarum", a respeito do trabalho, do capital e da classe operária. Trata-se do texto fundacional da doutrina social católica nos tempos modernos. Dizia o Pontífice: "Os socialistas, para curar este mal, instigam nos pobres o ódio invejoso contra os que possuem e pretendem que toda a propriedade de bens particulares deve ser suprimida". Isto, declarou a Igreja, "é sumamente injusto" e "o remédio proposto está em oposição flagrante com a justiça, porque a propriedade particular e pessoal é, para o homem, de direito natural".

O socialismo ergue-se sobre as bases da cobiça, ou seja, uma transgressão do nono e décimo Mandamentos. Eis o que diz a "Rerum Novarum": "A autoridade das leis divinas vem pôr [...] o seu selo, proibindo, sob pena gravíssima, até mesmo o desejo do que pertence aos outros". O socialismo se baseia, além disso, na falsa ideia da luta de classes. Também para dissipar este erro Leão XIII levantou a voz: "O erro capital na questão presente é crer que as duas classes são inimigas natas uma da outra, como se a natureza tivesse armado os ricos e os pobres para se combaterem mutuamente num duelo obstinado. Isto é uma aberração tal que é necessário colocar a verdade numa doutrina contrariamente oposta".

Como já o fizera em encíclicas anteriores, Leão XIII insiste em defender contra as investidas socialistas as instituições familiar e matrimonial: "À família [...] será forçosamente necessário atribuir certos direitos e certos deveres absolutamente independentes do Estado". "Querer, pois, que o poder civil invada arbitrariamente o santuário da família é um erro grave e funesto."

Em 1931, o Papa Pio XI divulgou a carta "Quadragesimo Anno", por ocasião do 40.ª aniversário da encíclica "Rerum Novarum", à qual chamou a "Carta Magna" da doutrina social católica. Pio XI afirma sem rodeios: "Declaramos: o socialismo quer se considere como doutrina, quer como fato histórico, ou como 'ação' [...] não pode conciliar-se com a doutrina católica". O Pontífice foi ainda mais longe, ao dizer: "Se este erro, como todos os mais, encerra algo de verdade [...], funda-se contudo numa concepção própria da sociedade humana diametralmente oposta à verdadeira doutrina católica. 'Socialismo religioso' e 'socialismo católico' são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista".

Mas o que pensar do socialismo mitigado? Também este fustigou-o o Papa de forma bastante sucinta: "Citamos novamente a juízo o comunismo e o socialismo, e vimos o quanto as suas formas, ainda as mais mitigadas, se desviam dos ditames do Evangelho". Reiterá-lo-ia anos depois o Papa João XXIII, em sua encíclica "Mater et Magistra", de 1961: "Entre comunismo e cristianismo, o Pontífice [Pio XI] declara novamente que a oposição é radical, e acrescenta que não se pode admitir de maneira alguma que os católicos adiram ao socialismo moderado".

E, para ser justo, Pio XI repreendeu também o "individualismo" e o capitalismo extremos por não respeitarem a dignidade humana do trabalhador, cuja atividade não pode ser vendida como um "um simples gênero comercial". O Pontífice apontava ainda que o remédio mais necessário consiste, não na reação violenta dos socialistas em ordem ao desmantelamento do livre mercado, mas, antes de tudo, na "reforma dos costumes". De fato, a postura da Igreja frente a esses problemas sempre foi ponderada, resguardando os direitos tanto do empregado quanto do empregador, mediante uma volta à caridade cristã e ao zelo pelo bem do próximo.

Sua crítica mais dura, no entanto, reservou-a Pio XI à "peste comunista", cujas ações e intenções são desmascaradas nos seguintes termos: "guerra de classes sem tréguas nem quartel e completa destruição da propriedade particular"; "a tudo se atreve, nada respeita; uma vez no poder, é incrível e espantoso quão bárbaro e desumano se mostra"; "aí estão a atestá-lo as mortandades e ruínas"; "ódio declarado contra a Santa Igreja e contra o mesmo Deus"; "a impiedade e iniquidade do comunismo"; "doutrinas que porão a sociedade a ferro e fogo"; "abre caminho à subversão e ruína completa da sociedade."

Mas o Papa não parou por aí. Em 1937, veio a lume outra de suas encíclicas, a "Divini Redemptoris", a respeito do comunismo ateu. O Pontífice não poupou palavras. Exortou a que "os fiéis não se deixem enganar! O comunismo é intrinsecamente perverso e não se pode admitir em campo nenhum a colaboração com ele, da parte de quem quer que deseje salvar a civilização cristã". É um "sistema cheio de erros e sofismas". A encíclica tinha em mente o "perigo ameaçador" do "comunismo, denominado bolchevista e ateu, que se propõe como fim peculiar revolucionar radicalmente a ordem social e subverter os próprios fundamentos da civilização cristã."

O comunismo é particularmente nocivo, já que "priva a pessoa humana da sua dignidade". "Os direitos naturais [...] são negados ao [...] indivíduo para serem atribuídos à coletividade". E é precisamente por isso que "qualquer direito de propriedade privada [...] tem de ser radicalmente destruído". É a coletividade que legisla em matérias de matrimônio e família. "O matrimônio e a família são apenas uma instituição civil e artificial", dependente "da vontade dos indivíduos ou da coletividade". É o ressurgimento das "cartas de divórcio". A difusão do comunismo foi possível graças à propaganda diabólica dos "filhos das trevas" e à "conspiração do silêncio" orquestrada pela imprensa não-católica, silêncio devido em parte às "diversas forças ocultas que já há muito porfiam por destruir a ordem social cristã". Isso soa familiar.

Em 1991, o Papa João Paulo II publicou a "Centesimus Annus", em comemoração ao centenário da "Rerum Novarum". Esta nova encíclica reafirmava o ensinamento segundo o qual a raiz do totalitarismo moderno encontra-se na negação da dignidade transcendental da pessoa humana. O socialismo "considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente subordinado ao funcionamento do mecanismo econômico-social". "Luta de classes em sentido marxista e militarismo têm, portanto, a mesma raiz: o ateísmo e o desprezo da pessoa humana, que fazem prevalecer o princípio da força sobre o da razão e do direito". Como sabiamente notou Fulton Sheen, "o comunismo pretende estabelecer o impossível: uma irmandade entre os homens prescindindo da paternidade divina".

George Orwell conhecia bem o engodo socialista, adaptando-lhe o mantra em sua obra A Revolução dos Bichos: "Todos os animais são iguais", e no entanto, como dirá o porco a certa altura da história, "alguns animais são mais iguais do que outros". A sua verdadeira face, uma hora ou outra, acaba sendo descoberta. É o "duplipensar" do Partido. E como são estranhamente atuais o "pensar criminoso" e a "patrulha ideológica" de 1984 no ambiente politicamente correto que se respira nas universidades norte-americanas e em tantos governos europeus! O Muro de Berlim veio abaixo e a União Soviética dissolveu-se, mas o marxismo cultural está forte como nunca.

As vanguardas progressistas da esquerda são os herdeiros ideológicos do socialismo e do comunismo do século XX. Eles fazem avançar a revolução ao adotarem os "erros da Rússia" e atacarem a propriedade privada, o livre mercado, a liberdade individual e a livre expressão, o casamento e a família tradicionais, a liberdade de consciência e a liberdade de culto. Talvez não haja agora mesmo um "império do mal", um único Estado totalitário; o que há, isso sim, é um totalitarismo das inteligências, a pressão imperiosa exercida pelos media, pela educação, pelos governos e sistemas judiciais. O Big Brother continua à espreita.

 Mas ainda há esperança. A Igreja triunfou, sim, do comunismo ateu, e Cristo garantiu-nos que as portas do inferno não hão de prevalecer contra ela. Nos sombrios idos de 1917, em meio à Primeira Guerra Mundial e à difusão dos males do comunismo ateu, a Virgem Maria prometeu: "No fim, o meu Imaculado Coração triunfará". Sim, o Leviatã continua furioso e com o chicote em mãos; sua cabeça, porém, já foi esmagada.

Referências

 *Reproduzido de www.padrepauloricardo.org

1.       Robert Tracinski, "Why Is The New York Times Trying To Rehabilitate Communism?", em: The Federalist, 3 ago. 2017.

2.       Em inglês, The Killing Fields, filme de 1984 sobre a ditadura comunista de Pol Pot no Camboja.

3.       Cf. os dados levantados por Paul Kengor em The Politically Incorrect Guide to Communism.

 

sábado, 21 de agosto de 2021

O EXTRAORDINÁRIO PODER DOS OMISSOS - Percival Puggina

A frase de Shannon Adler vale por uma sirene de alerta. Diz ele: “Frequentemente, aquilo que as pessoas não dizem, ou deixam de lado, conta a verdadeira história”.

E eu acrescento: Quantos de nossos males seriam evitados se não comprássemos por dois vinténs de sossego os dissabores de amanhã!

A omissão dos conservadores e liberais favoreceu, nas últimas décadas, a condução do Brasil por maus caminhos, em más companhias. Se é verdade que fizemos nossa autodescoberta em 2018, não é menos verdade que quando acordamos da euforia inerente àquela vitória, a soberania popular jazia entre quatro velas no artigo primeiro da nossa Constituição. Voltamos a ser a galinha dos ovos de ouro no poleiro daqueles que decidem nosso destino e regem nossas liberdades. O mudo consentimento dos omissos permite a migração do poder real da República para mãos impróprias.

Atente, pois. Se alguém lhe jogar por cima etiquetas ofensivas e frases feitas; se disser que “um outro mundo é possível”, que o problema de Cuba é o “terrível bloqueio ianque”, que a ideologia de gênero é uma imposição da vida moderna e uma necessidade das crianças, que as drogas devem ser liberadas, que “interrupção da gravidez” é direito da mulher, que os cristãos devem ficar de boca fechada para que só eles falem porque o Estado é laico, que a pobreza é causada pela riqueza, que a polarização faz mal à política, saiba: aí está alguém animado por mentalidade revolucionária. 

Alguém que fará qualquer coisa pelo poder e que, no poder, agirá por dentro e por fora da ordem para destruí-la, pondo em curso o projeto revolucionário. Saiba mais: essa pessoa não quer melhorar o mundo, como eu e você queremos. Ela quer destruir a civilização e os valores que buscamos preservar. O Brasil, para elas, é apenas um dos espaços geográficos dessa disputa. Por isso, rejeitam o patriotismo, a bandeira e o Sete de Setembro.

Nossos valores, nossos apreço à liberdade, nossa rejeição à tirania e aos totalitarismos os contraria.  
Nós, de fato, preferimos a ordem à desordem e à anarquia. Respeitamos a justiça e o devido processo, o Estado de Direito e a Democracia. Rejeitamos revoluções e abusos de autoridade. Sabemos que a prisão dos criminosos liberta os cidadãos
Não investimos contra os bens alheios e exigimos que a propriedade privada seja respeitada. 
Consideramos que o Estado existe para a pessoa humana e não a pessoa humana para o Estado. Sabemos que a instituição familiar é importante, deve ser preservada e constituir objeto de atenção. Queremos um Estado eficiente nas tarefas que lhe correspondem, não intrometido na vida privada. 
Entre nós, mesmo os ateus reconhecem o valor da moral judaico-cristã, apreciam os fundamentos da civilização Ocidental e estão longe de considerar o Cristianismo como um mal que deva ser extirpado dos corações e das mentes.
As forças que exercem de modo efetivo o poder nacional, em proporção a cada dia mais evidente, rejeitam esse inteiro pacote, sem acordo possível. Querem a posse integral dos meios para dirigi-los a fins opostos. Abandonam os cidadãos à sanha dos bandidos porque lhes convêm o aumento da criminalidade e a insegurança. 
Põem em curso as agendas identitárias, não porque se interessem pelas pessoas concretas, mas porque toda trincheira e toda fratura aberta na sociedade serve ao projeto.  
Defendem a liberação das drogas, não porque considerem isso melhor do que a proibição, mas porque a drogadição abala os valores das comunidades. 
Hasteiam a bandeira dos Direitos Humanos de cabeça para baixo porque as únicas agressões a direitos humanos que os mobilizam são as que, de algum modo, atingem militantes do seu projeto.

Não tenho a menor condição de compor um cenário nacional para os próximos sessenta dias. Só sei que ele, muito provavelmente, será como os omissos permitirem que seja, antes de porem a culpa em alguém.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

sexta-feira, 11 de junho de 2021

A REAÇÃO DO VESPEIRO - Percival Puggina

Meus leitores, habituados a dedicar alguns minutos de seu tempo a estas ponderações, sabem que ideologias totalitárias e revolucionárias não se coadunam com o cristianismo cultural e, menos ainda, com o cristianismo em sua essência religiosa. Alguns filósofos do século XIX viram a fé religiosa como um lenitivo às amarguras da existência, enquanto outros, revolucionários, levaram essa ideia para o lado oposto. Passaram a ensinar que “a religião é o ópio do povo” e que a revolução exigia a derrubada de todo poder, fosse religioso, coroado, eleito ou financeiro.

A partir daí, a filosofia da destruição, lançou as bases de uma empreitada que se foi consolidando e já na segunda metade do século XX, esse trabalho alcançava êxitos infiltrando-se nos setores sociais (órgãos de imprensa, sindicatos, Igrejas, educação, cultura). De modo simultâneo com o desastre político e econômico dos totalitarismos, multiplicavam os sucessos da estratégia montada para derrubar os pilares da civilização ocidental. Seu objetivo permanente: reduzir a importância da família e do cristianismo na transmissão dos valores através das gerações. Mas vão além: da culinária ao clima, nada lhe escapa. Seus agentes são missionários de uma religião laica.

O desmanche do império soviético acabou sendo bom para os comunistas. Sumiu das vistas o mau exemplo que proporcionava e o Ocidente sentiu-se livre de suas até então piores ameaças. Até no extremo oriente, os países que ocidentalizaram suas economias e instituições, prosperaram, enquanto a mentalidade revolucionária ressurgia como pandemia, numa segunda onda, atacando as bases da civilização ocidental.

Aqueles que pressentiram o problema, entre os quais peço licença para me incluir, reconheceram a importância da vitória do exótico Trump em 2016 e viram com tristeza a roda do poder virar para a esquerda nas eleições de 2020. É nos EUA que mais fortemente se trava o combate pela preservação dos valores do Ocidente.

Em 2018, o Brasil assistiu o produto de um despertar. Veio tarde, mas não tarde demais. Nos dois ou três anos anteriores, a sociedade brasileira acordou para o despenhadeiro moral, social, político e econômico a que estava sendo conduzida. Entendeu o jogo de cena em que foi levada a optar entre dois partidos de esquerda, PT e PSDB. Um quarto de século entregue ao absoluto desleixo político de conservadores e liberais!

Nunca, na história de nossa república, um governante suscitou tão orquestrado clamor interno e externo como Bolsonaro. Se é verdade que a alguns desses clamores ele mesmo dá causa, também é verdade que as reações não guardam proporção com os fatos. O que todos vemos tem como único motivo ser, o Brasil, o grande baluarte em que um candidato com pauta não “progressista”, não revolucionária, fez 57 milhões de votos e derrotou a esquerda. Isso não é aceitável.

Eis o motivo pelo qual nosso país e seu governo estão sob ataque desse barulhento vespeiro que se sente ameaçado em suas posições. Ouça-o e verá que nada lhe é mais execrável, ninguém merece mais ser ferroado, do que o inimigo que tinham por destruído. Seja quem for, fosse quem fosse, sentado naquela cadeira que a esquerda tinha por propriedade sua, estaria sujeito aos ataques do mesmo vespeiro.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.