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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

PF vai às compras para proteger fronteira: 140 milhões de reais

 Radar - VEJA

Edital já está na rua

A Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná, vai comprar 45 lanchas de patrulha e interceptação. Cada unidade sai por 3,1 milhões de reais, ou seja, um total de aproximadamente 140 milhões de reais.

As embarcações, com motores potentes e de altíssima velocidade, possuem cascos blindados e serão utilizadas no patrulhamento da fronteira com o Paraguai, região mais vulnerável para o contrabando de armas e o tráfico de drogas.

Radar - VEJA
 

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Meteoro explode na fronteira do Uruguai com Rio Grande do Sul

O evento foi registrado pelo Observatório Espacial Heller & Jung, que fica a cerca de 426km da explosão, em Taquara

Na madrugada desta segunda-feira (23/11) um meteoro explodiu na fronteira do Uruguai com o Rio Grande do Sul. O bólido, nome dado a um meteoro que explode na atmosfera, foi registrado pelo Observatório Espacial Heller & Jung, que fica a cerca de 426km da explosão, em Taquara.

 Meteoro explode na fronteira do Uruguai com Rio Grande do Sul

No vídeo, é possível ver por volta das 2h30 o risco branco no céu, seguido da explosão que causou um clarão branco por cerca de 1 segundo. O meteoro tinha magnitude (grau de luminosidade) de -7, que é considerado elevado. Em entrevista ao G1, Carlos Fernando Jung, diretor da Região Sul da Bramon - Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros, apontou que o bólido entrou na atmosfera da Terra a 103km de altitude e explodiu a 94,4km. "Com a queda deste meteoro de elevada magnitude fica comprovado que neste ano de 2020 já ocorreu o maior número de meteoros de elevada magnitude desde 2016, quando iniciou a operação do observatório no RS", afirmou o diretor.

Correio Braziliense - MATÉRIA COMPLETA 

 

 

sábado, 18 de abril de 2020

A nova ordem mundial - IstoÉ

A pandemia de coronavírus marca uma guinada definitiva na história da civilização. 

Ela pode ser o acontecimento inaugural de um ciclo catastrófico ou o ponto de inflexão para uma mudança profunda. Rendidos pelas forças da natureza, como diante de um dilúvio ou de um terremoto, nunca fomos tão frágeis. Tememos a morte, não sabemos para onde vamos e as previsões de longo prazo que tentávamos traçar ruíram, tanto na vida pessoal, como nos planos estratégicos de governos e empresas.

Alguns estudiosos chegam a dizer que se trata do colapso do capitalismo industrial. Outros falam que o modelo de Estado-Nacional, construído no final do século 18, está sofrendo um golpe fatal. Seja como for, o que se verifica, neste momento, é o fortalecimento do Estado como força protetora dos cidadãos. E em meio ao caos ­— confinados no aconchego do lar — temos a oportunidade de aproveitar o tempo para colocar em prática a máxima do filósofo grego Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo”, estampada, há 2,5 mil anos, no oráculo de Delfos, um dos epicentros espirituais da Antiguidade.

A tendência mais imediata, necessária e óbvia relacionada à pandemia de Covid-19 é a redução da mobilidade. De uma hora para outra, o direito de ir e vir tornou-se relativo. A determinação da autoridade de saúde passou a prevalecer sobre qualquer vontade pessoal. O transporte público ficou ameaçador, um lugar de contágio. Há restrições para caminhar pelas ruas. As barreiras sanitárias entre cidades, estados e países aumentaram e continuarão elevadas por meses ou anos. Será difícil cruzar qualquer fronteira no mundo sem um teste negativo de coronavírus.

A tendência mais imediata, necessária e óbvia relacionada à pandemia de Covid-19 é a redução da mobilidade. De uma hora para outro o direito de ir e vir tornou-se relativo

Isolamento até 2022
Ficará dessa crise uma inibição da livre circulação de pessoas, seja no meio urbano, dentro dos países ou entre as Nações. Um estudo da Universidade de Harvard, publicado na revista Science, mostra que o isolamento, ainda que intermitente, deve se perpetuar até 2022 em várias partes do mundo, se não surgir uma vacina. “O vírus nos colocou em casa e nos obrigou a se virtualizar. E quando esse ciclo acabar, a gente vai ter muita vontade de abraçar, beijar e fazer carinho”, diz a filósofa Viviane Mosé. “Mas o importante agora é a boa convivência. Vamos falar em nome do amor, ele que deve reinar”.

(.....)

Valorização da ciência
[será que a ciência vai solucionar os problemas humanos?
o teste de fogo está sendo controlar, extingui, a PANDEMIA em curso. E a ciência não está se saindo bem. 
Infelizmente, tudo indica que o vírus vai se extinguir por si.]

De um modo geral, haverá uma maior valorização da ciência para a solução dos problemas humanos e um abandono crescente de ideias obscurantistas e negacionistas que tentam se impor nesse momento trevoso. “Quem vai tirar a gente dessa crise é a ciência”, diz a especialista em educação Tatiana Filgueiras, vice-presidente do Instituto Ayrton Senna. “Mas para formarmos os cientistas do futuro precisaremos de educação”. Ainda que no Brasil, um país confuso que enfrenta a dupla tragédia da pandemia e do comando delirante do presidente Jair Bolsonaro, isso não esteja tão claro no resto do mundo é o pensamento científico que vai dar as cartas. Espera-se, por exemplo, que bolsas de estudos para pesquisadores nunca mais sejam cortadas de maneira arbitrária. A politização da doença é um desvio de caráter.

Em IstoÉ, MATÉRIA COMPLETA




domingo, 15 de março de 2020

Palavra de presidente - Folha de S. Paulo

 Hélio Schwartsman

Bolsonaro mente ou perde a oportunidade de ficar calado

Qual o valor da palavra de Jair Bolsonaro? Julgue você mesmo. Ao longo da última semana, o presidente abordou quatro assuntos principais: manifestações contra o Congresso, Orçamento impositivo, fraude eleitoral e coronavírus. Em duas dessas ocasiões, Bolsonaro mentiu e, nas outras duas, deveria ter ficado quieto.

As mentiras são facilmente demonstráveis. Na quarta (11), ele disse que não convocou ninguém para as manifestações que ocorreriam neste domingo (15). Mas há um vídeo, gravado em Roraima no sábado (7), em que o presidente fala da manifestação e instruí seus simpatizantes a participaremNa terça (10), ele voltou a afirmar em suas redes sociais que não havia negociação entre o governo e o Parlamento em torno da verba do Orçamento disponível para investimentos. Mas há farta documentação mostrando que o governo negociou, sim, e longamente, para ter acesso a ao menos parte do dinheiro. [o próprio articulista e acusador, movido pela honestidade que a hostilidade ao nosso Presidente não conseguiu sufocar, isenta Bolsonaro de dolo, quando reconhece, no último parágrafo, ser comum aos políticos a imprecisão e falta de objetividade nos discursos - o que preferimos considerar adaptações/versões criativas - tornando  fato que palavra de político não combina com a verdade que a palavra do homem expressa.

Infelizmente é aceitável que os políticos tenham o comportamento padrão de sempre tentar em seus pronunciamentos mudar o teor ou sentido do que falou - fosse só o presidente Bolsonaro, seria fácil corrigir tal prática.

Devemos também ter presente que não houve necessidade do presidente mentir - convocar manifestações legítimas é um direito de qualquer cidadão e o cargo de presidente da República não cassa do seu titular a condição de cidadão.]


Passemos às oportunidades perdidas. Na segunda (9), Bolsonaro veio com a história de uma suposta fraude eleitoral que o teria impedido de vencer no primeiro turno. Aqui ele se põe na fronteira do Código Penal. Se tem mesmo provas e não as exibe, comete prevaricação; se não tem e diz que tem, só conta mais uma mentira.

É no coronavírus, porém, que Bolsonaro se supera. Enquanto a maior parte dos líderes mundiais já se decidia por medidas duras para conter a progressão da Covid-19, nosso presidente, talvez por julgar que um ser tão pequenininho como um vírus não pode causar grande mal, passou boa parte da semana denunciando um suposto exagero da mídia e dizendo que a epidemia tinha muito de fantasia. Foi só quando a doença bateu à porta de sua casa que ele passou a agir de forma menos exótica. [é um péssimo hábito dos governantes - que não se limita apenas aos brasileiros - tentar esconder eventuais doenças ou mesmo suspeitas de estar doente - atribuem a morte de Tancredo Neves, ao fato de ter escondido a gravidade da doença que já portava e se manifestou às vésperas da sua posse.
O nosso presidente Bolsonaro agrava essa propensão política com o fato do hábito inconveniente de conceder entrevistas improvisadas - de corredor - quando o correto seria sempre se manifestar através do porta-voz e em entrevistas agendadas e com perguntas apresentadas previamente.]


O discurso de governantes não costuma mesmo ser exemplo de precisão e objetividade, mas o nível de deterioração que Bolsonaro impôs à palavra presidencial impressiona.

 Hélio Schwartsman, colunista - Folha de S. Paulo



domingo, 19 de janeiro de 2020

Presos do PCC que fugiram no Paraguai já podem estar no Brasil

Autoridades dos dois países acreditam que alguns dos presos cruzaram a fronteira após fugirem da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero

Membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) que estavam presos no Paraguai retornaram ao Brasil após uma fuga em massa ocorrida neste domingo (19/1) na Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, acreditam autoridades dos dois países. O presídio fica na fronteira entre os dois países, próximo a Ponta Porã (MS).

No Brasil, o ministro da Justiça, Sergio Moro, se colocou à disposição das autoridades paraguaias e disse que trabalha para que os criminosos não retornem ao Brasil. "Se voltarem ao Brasil, ganham passagem só de ida para presídio federal", escreveu o ministro no Twitter. O governo brasileiro também determinou o fechamento da fronteira entre as duas nações na altura do Mato Grosso do Sul.

Porém, o ministro do Interior paraguaio, Euclides Acevedo, disse acreditar que alguns dos presos tenham escapado para o Brasil logo após a fuga, dada a proximidade do presídio com a fronteira.  Além disso, a Polícia de Ponta Porã (MS) encontrou três veículos queimados na BR-463, próximo ao distrito de Sanga Puitã, do lado brasileiro da linha internacional que separa os dois países. Como o achado se deu logo após a fuga, o secretário da Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Antonio Carlos Videira, também acredita que parte dos criminosos fugiu para o Brasil.

Ação nas fronteiras
Ele disse que 200 policiais de várias forças foram deslocados para a região. "São homens da Polícia Rodoviária Estadual, do Departamento de Operações de Fronteira, além de equipes do Bope, Choque e Garra da capital (Campo Grande), com apoio de helicóptero nosso. Vamos fechar não só a fronteira, mas também as divisas com os Estados de São Paulo, Paraná e Goiás, pois já temos a informação de que muitos dos fugitivos são brasileiros de fora do nosso Estado".

[são bandidos extremamente perigosos, com longa folha de crimes, sentenças longas e não se renderão;
haverá confronto e ou os policiais os abatem ou serão abatidos e para salvaguardar os policiais o 'excludente de ilicitude' é necessário.
Só que a turma dos DIREITOS DOS MANOS, não quer mortes, mas, defendem que se alguém tem que morrer que sejam policiais.]
O secretário informou ter feito contato com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), com as secretarias desses Estados e com a Guarda Nacional do Paraguai para ações conjuntas. "Nossa inteligência está em contato ininterrupto com a polícia do Paraguai para troca de informações e, se necessário, de documentos. Pode haver casos de presos de lá que não tenham mandado de prisão aqui. Vamos dar apoio incondicional a eles nesse caso, pois interessa à nossa segurança", disse. Segundo o secretário, as seguranças de terminais rodoviários, aeroportos e postos de fiscalização foram colocadas em alerta.

Fuga facilitada
Um túnel foi encontrado perto da prisão, mas o governo paraguaio acredita que a fuga tenha sido facilitada, pois as primeiras informações são de que os detentos conseguiram sair pela porta da frente. A ministra da Justiça paraguaia, Cecilia Pérez, afirmou que o efetivo policial havia sido reforçado no presídio depois que um plano de fuga foi descoberto, em dezembro. Segundo apurou-se à época, agentes penitenciários podiam receber até US$ 80 mil para deixar que líderes do PCC fugissem. 

Após descrever o episódio como "extremamente grave e sem precedentes", Cecilia colocou o cargo à disposição do presidente Mario Abdo Benítez. O número exato de presos não estava claro até a última atualização desta matéria. Inicialmente, falou-se em quase 100 fugitivos. O número, depois, foi reduzido para cerca de 75. Sabe-se porém, que, entre os que escaparam, está David Timóteo Ferreira, considerado o líder do PCC dentro do sistema penitenciário do Paraguai. Outros seis são tidos como matadores de aluguel ligados ao tráfico.

Com informações da Agência Estado
 

domingo, 10 de março de 2019

Toma lá, dá cá

Proposta dos militares tira na Previdência e põe nos soldos. Guedes quer “conta zero”

A proposta das Forças Armadas para a previdência dos militares é, na verdade, um pacote que tira de um lado (o da previdência) e põe no outro (nos soldos). A intenção é cobrar cota de sacrifício até de pensionistas, mas criando gratificações para os da ativa que fizerem cursos, como compensação para perdas acumuladas há décadas.
“Sempre perguntam se nós não vamos contribuir com a reforma. Mas nunca deixamos de contribuir”, diz o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva. Para ele, os militares são sempre os primeiros a sofrer cortes, “para o bem do País”, e acabaram com soldos muito defasados em relação à inflação e às carreiras de Estado. “Em relação ao Judiciário e ao Legislativo, nem se fala.”

O ministro entrega nesta semana a proposta dos militares à equipe econômica e à área jurídica do governo e estima levá-la ao Congresso até início de abril. Esse é um passo importante para esvaziar as desconfianças dos parlamentares, inclusive da base aliada, que resistem a privilégios para militares. Azevedo e Silva foi pessoalmente à residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, na quinta-feira passada, não só para antecipar a ideia geral da proposta para os militares como para falar das compensações: “Vamos subir a receita, mas também equilibrar melhor as despesas”, resumiu. Maia pensa como o ministro Paulo Guedes e o secretário Rogério Marinho: os militares não podem aproveitar a reforma para compensar defasagens antigas. No mínimo, a conta tem de zerar. Pelo projeto, só vai zerar no quinto ano. Até lá, eles ficam no lucro.

Além de aumentar o tempo de contribuição dos militares, de 30 para 35 anos, a proposta prevê aumento da alíquota para todos, de 11% para 14%, com um detalhe: viúvas, cadetes e recrutas, hoje isentos, também passarão a contribuir com o mesmo porcentual. Do outro lado, está a recuperação de uma das vantagens perdidas com a MP 2215, do final do governo FHC, mexendo nas gratificações pelos vários cursos que, sargentos ou oficiais, eles têm de fazer ao longo da carreira. Gratificação não tem impacto na previdência, aumento de salário teria. Está descartada a volta de auxílio-moradia, pensão para as filhas, ida para a reserva com um posto acima e licença especial. Uma facilidade para aprovação do pacote militar, conforme enfatizou o próprio presidente Jair Bolsonaro, é que não precisa emenda constitucional, só projetos de lei. É fato, mas não exagera! Uma semana na Câmara e outra no Senado, só em sonho.

O grande esforço não só das Forças Armadas, mas da própria cúpula do governo – até porque as coisas se confundem é martelar que os militares não estão incluídos no regime de previdência. Têm regime próprio e, aliás, estão fora das normas trabalhistas: não têm hora extra, adicional noturno, adicional de periculosidade.
Se elas tivessem esses benefícios, um tenente atuando na fronteira com a Venezuela ou nas enchentes na BR 163 (Cuiabá-Santarém) mais do que dobraria seu salário – que é mais baixo do que seus correspondentes civis no serviço público.

Uma terceira frente, além dos soldos e da previdência diferenciada, é o orçamento para as atividades-fim e os projetos estratégicos do Exército, Marinha e Aeronáutica que, como diz o ministro, “precisam de condições para sustentar a paz”.
Ter Bolsonaro, oito militares no topo do Executivo e mais de cem no segundo escalão é faca de dois gumes: é bem mais fácil para as três Forças defenderem seus pleitos no governo, mas gera desconfianças e confrontos fora dele. Principalmente quando se vende o militar como santo e o político como demônio. É melhor para o governo e para o presidente calibrar melhor o tom. A reforma passa e o Brasil ganha.
 
Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Vexame na fronteira

Segue o baile

Em nota divulgada, ontem, no início da noite, a Presidência da República classificou como “exitosa” a “participação do governo brasileiro” em “reunir e transportar as doações” de alimentos “até o destino de distribuição” aos venezuelanos famintos em luta contra o governo do ditador Nicolás Maduro.  Sem mais detalhes, a nota informa que se inicia “uma segunda fase da operação com os últimos preparativos de logística para a entrega dos produtos que se encontram armazenados na capital do Estado, Boa Vista.” Como comunicado oficial, a nota é primorosa na ocultação dos fatos e na manipulação do que o mundo todo viu. [apesar da nota deixar espaço para uma interpretação destacando uma possível  'manipulação dos fatos', temos que ter presente que não há nenhuma inverdade a parte que competia ao Brasil - levar os produtos até a fronteira foi cumprida com êxito.
A nota que desabona o Brasil é aceitar passivamente que integrantes das FF AA da Venezuela, estacionados em território daquele país,  tenham efetuado disparos,  contra pessoas e objetos que se encontravam em solo brasileiro, sem nenhuma reação do Exército brasileiro.]

Pela televisão, viu-se a chegada à fronteira entre os dois países de dois caminhões pequenos com uma fração de duzentas toneladas de alimentos. O pneu de um dos caminhões furou. Uma vez lá, e diante da decisão do governo Maduro de impedir sua entrada no país, os caminhões recuaram para um local seguro.  Foi só isso o que aconteceu e que o governo celebrou como “êxito”. Repórteres de O Estado de S. Paulo, que estavam lá escreveram que os caminhões “ficaram apenas na linha de fronteira: uma rua com uma bandeira do Brasil e outra da Venezuela”. A linha fica a 800 metros das barreiras militares venezuelanas.

O chefe da operação de ajuda, coronel José Jacaúna, queixou-se dos efeitos sobre o território brasileiro do que se passou a pouca distância dele no lado venezuelano: “Recebemos uma chuva de gás lacrimogêneo vindo do território venezuelano e esperamos que isso não fique assim”. E concluiu exaltado:  – Quem vai dizer que foi uma agressão ao País é o presidente (Jair Bolsonaro), nosso comandante. Não reconhecemos o governo Maduro. A diplomacia já disse isso e é quem deve se manifestar. [presidente Bolsonaro: o ato das Forças Armadas da Venezuela exigiu, exige e continuará exigindo uma retaliação. 

A Venezuela pode até ser mais forte que o Brasil nas primeiras horas de eventual confronto, especialmente em termos de força aérea, mas, não tem apoio logístico para um embate demorado - isso é público e notório para nós leigos e desinformados e certeza para o senhor e os generais que estão no seu Governo.]

Não poderia ter havido desfecho mais à altura de episódio tão canhestro. Dele participou também o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que voou à Colômbia só para ser fotografado ao lado do autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó e de um diplomata americano de terceiro escalão.  E assim o governo do capitão fez sua estreia ruidosa no campo das relações internacionais. Desprezou a opinião dos generais que emprega, contrários a que o Brasil se metesse na crise venezuelana e ainda mais a reboque dos Estados Unidos. Desprezou tudo o que nossa diplomacia havia construído até agora.

Blog do Noblat - Veja

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Venezuela - Entrevista: 'Não há nenhuma possibilidade de confronto', diz ministro da Defesa

Segundo general Fernando Azevedo e Silva, 'a determinação recebida do presidente Jair Bolsonaro é de que, de jeito nenhum, as Forças Armadas brasileiras atravessarão a fronteira'

Mesmo com o conflito registrado nesta sexta-feira, 22, na região da fronteira, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse ao Estado que “não há possibilidade de confronto militar” entre Brasil e Venezuela. “A determinação que nós recebemos do presidente Jair Bolsonaro é de que, de jeito nenhum, as Forças Armadas brasileiras atravessarão a fronteira” para levar ajuda humanitária aos venezuelanos.  

O Brasil poderá entrar na Venezuela para levar alimentos e medicamentos?
De jeito nenhum as Forças Armadas brasileiras atravessarão a fronteira. A ajuda se dará pelo lado brasileiros, com o abastecimento de caminhões venezuelanos, dirigidos por motoristas venezuelanos. O Brasil não entrará em território venezuelano. Esta já é a segunda operação humanitária e logística. Nós vamos nos preposicionar na faixa de fronteira com medicamentos, gêneros para que os venezuelanos ou as autoridades constituídas venham apanhá-las aqui. De forma alguma nós vamos manter qualquer ingerência em relação ao território venezuelano. É uma operação simplesmente humanitária, de levar uma possível ajuda para fronteira Brasil-Venezuela, para que os venezuelanos venham pegar isso aqui.

E se eles não conseguirem passar para o lado brasileiro ou regressarem para o lado venezuelano?
Os medicamentos e alimentos estarão à disposição dos venezuelanos assim que eles puderem vir buscar, a partir deste dia 23 de fevereiro. A determinação que nós recebemos do presidente Jair Bolsonaro é de que, de jeito nenhum, as Forças Armadas brasileiras atravessarão a fronteira para levar ajuda humanitária aos venezuelanos. A ajuda se dará pelo lado brasileiro, com o abastecimento de caminhões venezuelanos.

Houve mortes do lado de lá. Se esse quadro se repetir, o Brasil pode agir, fazer alguma coisa para defender os venezuelanos?
Não vamos fazer nada. Não temos ingerência sobre território venezuelano. A soberania venezuelana tem de ser respeitada.

Há preocupação com confrontos de tropas brasileiras e venezuelanas?
Nenhuma preocupação em relação a isso. Não há motivo para isso. Não há motivo para um confronto entre tropas brasileiras e venezuelanas. Não tem essa possibilidade. Não haverá isso. Não há possibilidade de confronto militar.

Há prontidão na fronteira brasileira por conta da tensão na Venezuela? Ou aumento de pessoal na fronteira?
Nenhuma. A posição das nossas forças no local é de completa normalidade.

Não seria natural que se aumentasse o número de militares na fronteira diante de uma possibilidade de confronto?
Não. Não aumentamos número de militares porque não há possibilidade de confronto.

Circularam informações de que o presidente Madurou posicionou o Sistema de Mísseis de Defesa Aérea próximo à fronteira com o Brasil? O governo tem essa confirmação? É uma atitude hostil?
Nenhuma informação a respeito disso. Não vejo essa possibilidade como informação verdadeira.

Saiba mais

O Estado de S. Paulo





terça-feira, 20 de novembro de 2018

À espera de caravana - Exército dos EUA instala quilômetros de arame farpado na fronteira com o México

Eles começaram a trabalhar no frio da manhã e se movem rapidamente, desenrolando carretel atrás de carretel de arame farpado para depois prendê-lo a postes enfiados no chão.

A cerca foi instalada em três dias por aproximadamente 100 soldados do 19° Batalhão de Engenheiros do exército americano, que fica em Fort Knox, Kentucky.  Os efetivos não estão em uma zona de guerra, mas em Laredo, cidade na fronteira com o México, dominada por um trecho do Rio Grande.
 Soldados do 19 Batalhão de Engenheiros dos EUA instalam cercas na fronteira com o México, em Laredo, Texas - AFP/Arquivos

O presidente Donald Trump enviou 5.800 soldados à fronteira para prevenir a chegada de grandes grupos de migrantes centro-americanos que viajam pelo do México, uma medida que os críticos denunciaram como uma tentativa de conseguir vantagem política antes das eleições de meio mandato celebradas no começo deste mês.

Trump disse que o avanço da caravana de migrantes implicava uma “emergência nacional” diante no que classificou de “invasão”. Até agora, o aspecto mais visível da resposta de Trump é a cerca de arame, um obstáculo físico destinado a levar os migrantes em busca de refúgios a pontos da entrada organizados em território americano.

[Trump tem cometido alguns erros, mas, desta vez ele está certíssimo: 

é inaceitável, inconcebível que um bando de pessoas decidam, unilateralmente, que vão morar em outro país e o invadam = é isso o que essa caravana pretende fazer = INVADIR TERRITÓRIO DE UMA NAÇÃO SOBERANA.

Não terão êxito - serão neutralizados.]

– Pastéis –
Durante o final de semana, se pôde ver o pelotão do tenente Alan Koepnick estender a cerca de arame ao longo das margens de um parque tranquilo junto ao rio, perto do centro de Laredo.  Enquanto as famílias andavam com cães, faziam churrasco na grelha e relaxavam, os soldados montavam o arame, não sem rasgar os uniformes de camuflagem com as penas de metal.

Koepnick reconheceu que alguns moradores de Laredo mostraram sua preocupação com as cercas e a presença das tropas.  “Mas também há muito apoio, pessoas que vêm, veteranos que apertam as mãos, nos trazem bolos, água… coisas assim”, disse Koepnick à AFP.

Cerca de 100 metros atrás dele, pode-se ver um grupo de pessoas no lado mexicano do rio.
“Você verá pessoas do outro lado do rio, nos xingando em espanhol e jogando garrafas em nós, mas deste lado é mais positivo”, disse Koepnick.  O tenente e seus homens ficam desarmados, embora um grupo de policiais militares armados permaneça ao seu lado como uma “força de proteção”.  As leis dos Estados Unidos não autorizam os militares a exercer funções policiais. Portanto, os soldados não terão qualquer interação direta com os imigrantes.

Trump, que quer construir um muro ao longo dos 3.200 quilômetros de fronteira com o México, elogiou o trabalho militar na semana passada: “Eles construíram grandes cercas e construíram uma barreira muito poderosa”.  Laura Pole, uma turista britânica que visita Laredo pela terceira vez, ficou menos entusiasmada. “Isso me lembra Hitler e os campos de concentração”, disse ele. [comparação sem sentido e  feita por alguém que mora em uma ilha e os ingleses certamente não aceitam que seu território seja invadido.]

– Sem risco de combate –
A missão fronteiriça colocou o exército sob um holofote desconfortável, e o secretário da Defesa, Jim Mattis, visitou tropas destacadas na fronteira na semana passada. Mattis disse que “não fazemos manobras militares” e que o trabalho de curto prazo era ajudar os agentes da Alfândega e Proteção das Fronteiras (CBP, na sigla em inglês), que têm poucos recursos, e colocam obstáculos físicos no limite.
Depois que alguns membros se queixaram à mídia sobre o propósito da missão, eles agora têm ordens estritas de não dar suas opiniões pessoais à imprensa. 

– Foco em Tijuana –
Os grandes grupos de caravanas não vão para Laredo, mas a Tijuana, a pouco mais de dois mil quilômetros a oeste, onde as autoridades dizem que mais de três mil migrantes já chegaram.  No entanto, um agente alfandegário dos EUA, que disse não estar autorizado a dar seu nome, expressou sua satisfação com a assistência militar, já que todos os dias “centenas” de imigrantes tentam atravessar o trecho de aproximadamente 50 km da patrulha de fronteira.

A ação militar está programada para terminar em 15 de dezembro e não está claro o que acontecerá com a cerca instalada. Os ventos que sopram no Vale do Rio Grande estão acumulando lixo, roupas e sacolas plásticas ao longo da sanfona. “Ninguém parece saber quando será desmontada. Realmente não é decisão nossa”, explicou Koepnick.

AFP

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Brasil acolhe menos de 0,58% dos que fogem de seus países

Chegada de venezuelanos expõe incapacidade e falta de vontade do Estado em acolher fluxos imigratórios

[Pessoal, o Brasil tem mais de 13.000.000 de desempregados, um sistema de Saúde Pública falido, Educação Pública precária, transporte público péssimo, INsegurança Pública total;

acolher alguém em vez de ser um ato humanitário está mais para ser uma ação de repartir o sofrimento.]

A travessia de mais de 60.000 venezuelanos pela fronteira de Pacaraima (RR), em fuga de uma crise humanitária sem precedentes em seu país e em busca de abrigo em terreno brasileiro, expôs o Brasil a duas realidades incontestáveis. A primeira, de que recebe apenas uma gota dos refugiados e imigrantes espalhados pelo mundo. A outra, de que ainda não reaprendeu a lidar com fluxos imigratórios.  “É vergonhoso o Brasil não conseguir administrar o ingresso desses imigrantes e refugiados. É preciso parar com essa política reativa, pensar que a imigração é um fenômeno sem volta neste começo do século XXI e tirar o melhor proveito desse fenômeno”, afirmou João Carlos Jarochinski, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal de Roraima.

A gota no oceano está mais visível agora. O Brasil recebeu cerca de 60.000 venezuelanos e deverá acolher outros milhares nos próximos meses e anos. Desse universo, cerca de 35.000 estão incluídos em um contingente de 126.100 estrangeiros que solicitaram o status de refugiado nos últimos anos e que, apenas com um protocolo precário na mão, deverá esperar meses e anos pelo documento.  Dentre todos os solicitantes de refúgio no Brasil nos últimos anos, o governo federal só reconheceu 10.200 por pura falta de estrutura do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), o órgão responsável pelo exame de cada caso.

Entre imigrantes, refugiados, apátridas, asilados políticos, há 148.645 estrangeiros no Brasil sob o olhar protetor da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). No mundo, há 68,5 milhões de deslocados de suas casas, dos quais 25,4 milhões tiveram de fugir para outros países para salvar suas vidas. Essa gota de 148.645 estrangeiros no Brasil tem um volume, portanto, de apenas 0,58%. Os venezuelanos são ainda menos expressivos nesse contexto. Dos 2,3 milhões que optaram por escapar para um vizinho sul-americano, apenas 2% vieram ao Brasil, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Camila Osano, coordenadora de Programas da Conectas Direitos Humanos, afirma que o terreno jurídico é muito mais bem preparado no Brasil do que demais países receptores de venezuelanos da região. Enquanto aqui há a Lei do Refúgio e a nova Lei de Imigração, na Colômbia a questão é regida por atos normativos. Esse país recebeu, oficialmente, 450.000 venezuelanos — 7,5 vezes mais que o Brasil. Extraoficialmente, no entanto, as contas chegam a mais de um milhão.  “Isso traz uma imensa insegurança jurídica para o imigrante”, explicou. “O Brasil precisa dar uma resposta mais robusta para os venezuelanos imigrados e de referência para os demais países.”
Mas as coisas não são bem assim.
“Não há estrutura neste país para receber imigrantes há muitas décadas. Estamos desacostumados”, disse Manuel Nabais da Furriela, professor de Direito Internacional das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e presidente da Comissão para o Direito do Refugiado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
“O Brasil precisa entender que é destino de imigrantes e refugiados e que isso fará parte de seu destino, se quiser ser uma potência regional.”

Nesta década, o Brasil recebeu milhares de sírios fugidos de um conflito impiedoso e que ainda se arrasta. Também acolheu africanos de diferentes nacionalidades, expulsos pela violência e por perseguições.  Os venezuelanos não foram os primeiros a causar reações xenofóbicas. Vítimas da destruição de um terremoto em 2010, os haitianos seguiram uma longa rota até o Peru, de onde alcançaram o Acre. Reconhecidos como imigrantes por razões econômicas, eles sofreram reações parecidas com as que os venezuelanos experimentam atualmente em Roraima.

É certo que, em ambos os casos, as massas imigratórias alcançaram o Brasil por estados da fronteira terrestre, considerados periféricos, com grande concentração populacional em poucas cidades e serviços públicos limitados. O impacto da chegada de milhares de imigrantes é quase explosivo.

Status indefinido
Mas a atual insistência do governo de Roraima em fechar sua fronteira com a Venezuela não encontra justificativa nem mesmo dentro de suas fronteiras. Para Camila Asano, nada justifica as iniciativas até agora fracassadas de Roraima de bloquear o fluxo imigratório.
Furriela considera ilegais essas iniciativas, por serem exclusivas da esfera federal. Na OAB, ele propõe uma política federal mais eficiente e rápida de distribuição dos venezuelanos concentrados em Roraima para outros cantos do país. Jarochinski mora em Boa Vista e vê todos os dias venezuelanos lavando vidros de carros nas esquinas e virando-se no mercado informal, mas igualmente se opõe a essas medidas. Para o acadêmico, a questão traz consigo o desafio do país de desenvolver as regiões de fronteira e de acabar com a imagem de que são “periféricas e perigosas”. O momento atual, porém, não favorece conversas de tão alto nível.
“O debate político aqui gira em torno da questão imigratória e não alcança a qualidade técnica do tema”, afirmou, referindo-se às eleições de outubro.

O status dos venezuelanos aqui no Brasil é tema que o governo federal demora demais a definir. Por meio de decreto 9.285, de fevereiro, o presidente Michel Temer reconheceu que os venezuelanos fogem da crise humanitária de seu país. Poderiam, portanto, ser considerados imigrantes por razões humanitárias ou econômicas. Mas também poderiam ser reconhecidos como refugiados, como defende o Itamaraty no Conare. “Se fossem já reconhecidos como refugiados, mais de 35.000 venezuelanos sairiam fora dessa lista imensa de solicitantes de refúgio, que o Conare não consegue vencer”, defendeu Asano.



Veja


segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Ministro diz que fechamento de fronteira em Roraima é 'ilegal'

Comitiva com representantes de nove ministérios viaja para o estado nesta segunda 

[ministro pode até ser ilegal fechar as fronteiras do Brasil - ainda que para garantir a segurança e o patrimônio dos brasileiros em território brasileiro;

mas, certamente é DEVER do Governo Brasileiro exigir identificação válida de todos estrangeiros que pretendem adentrar ao solo brasileiros (e se tratando de estrangeiros a identificação mais válida é o passaporte, que tem tal 'status' em praticamente todos os países.

Tudo indica que ao permitir o ingresso de venezuelanos em território brasileiro ser ter sequer a garantia que são venezuelanos, as autoridades brasileiras estão cometendo uma ilegalidade.

Quem, ou o que, garante que aquele cidadão com aspecto de sofredor é venezuelano honesto, trabalhador, vitima da crise ou é um bandido?

vamos exercer o DEVER de abrigar os comprovadamente refugiados; vamor cumprir o DEVER cristão de dar alimentação e atendimento médico para os mesmos - desde que comprovadamente sejam refugiados;

vamos distribuir essas pessoas por todo o território brasileiro - óbvio que eles vão ocupar espaço o que vai significar mais brasileiros desabrigados e ao optar por empregar um estrangeiro, o patrão - que na maior parte dos casos será um empresário brasileiro - vai estar desempregado um brasileiro.

Mas, estamos no Brasil e passar fome, frio, necessidades em sua Pátria é melhor que no estrangeiro.] 

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, descartou nesta segunda-feira a possibilidade do fechamento da fronteira entra Brasil e Venezuela. Ele disse que a medida seria ilegal e não resolveria o problema da região, onde no último final de semana ocorreram conflitos entre brasileiros e imigrantes venezuelanos. Nesta segunda-feira, o procurador-geral de Roraima, Ernani Batista, disse que o estado ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando que cotas de refugiados venezuelanos sejam distribuídas para outros estados. Ele pediu ainda a suspensão temporariamente imigração na fronteira com a Venezuela. 

O fechamento da fronteira é impensável, porque é ilegal. Nós temos que cumprir a lei. A lei brasileira de imigração determina o acolhimento de refugiados e imigrantes nessa situação, [supomos que o refugiado e imigrante 'nessa situação' comprovou, de forma válida e legal,  que está no que o general chama de 'nessa situação'.] além disso é uma solução que não ajuda em nada a questão humanitária — afirmou Etchegoyen
Esta não é a primeira vez que o governo do estado de Roraima faz um pedido neste segunda. Em abril deste ano o governo de Roraima protocolou uma ação civil no STF com pedido de tutela provisória para que a fronteira fosse fechada por prazo determinado, impedindo a entrada de imigrantes no estado. A ação pedia ainda recursos adicionais para suprir os custos especialmente de saúde e educação com os imigrantes. Na ocasião, Temer chamou de 'incogitável' o fechamento, e a PGR também se manifestou contra a decisão.

No início da tarde desta segunda uma comitiva de representantes de nove ministérios embarca para Roraima para avaliar a situação local e as decisões que o governo deve tomar. Técnicos dos ministérios do GSI, da Defesa, Relações Exteriores, Justiça, Direitos Humanos, Casa Civil, Desenvolvimento Social, Ciência e Tecnologia e Segurança Pública farão parte da comitiva que embarca em Brasília ainda na tarde desta segunda-feira.
São pessoas técnicas, mas com poder de decisão já delegado para as medidas que forem necessárias. Eles vão buscar dados e condições e a previsão é de voltarem amanhã, porque temos que agir rápido — comunicou o ministro do GSI.

Segundo Etchegoyen, apesar da situação de tensão, não foram registrados conflitos no começa da semana e o governo está trabalhando para dar celeridade no processo de interiorização e transferência dos venezuelanos:  A situação hoje está mais calma, obviamente que há tensão, mas não há conflitos nem perspectiva, nem se comenta conflita nesse momento. O governo está tomando todas as medidas para que aceleremos o processo de interiorização, de transferência daqueles venezuelanos que quiserem ir para outros estados da União. E todas as medidas visam assegurar a segurança e o bem-estar da população de Roraima, obviamente, dando tratamento digna que merece qualquer imigrante e/ou refugiado de acordo com a lei de migração brasileira — afirmou.

Segundo ele, o governo está agindo para evitar que novos atos ocorram e que os envolvidos nos conflitos que aconteceram no final de semana serão responsabilizados:
— Estamos agindo para que eles não aconteçam. Até para responsabilização daqueles que incitaram os atos. O governo está profundamente preocupado em garantir integridade e bem estar dos brasileiros e de atender aos venezuelanos. Mas não vai, para isso, admitir o cometimento de crimes como aconteceram ali. Essas pessoas serão responsabilizadas. Eu imagino que hoje os cidadãos que participaram daquilo devem estar concluindo que aquilo não vai construir absolutamente nada nem vai solucionar o problema — concluiu Etchegoyen.

 O Globo