Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Alckmin
diz que o País precisa reduzir o custo Brasil e melhorar a
produtividade aprofundando reformas – as mesmas às quais o PT sempre se
opôs e tenta, quando pode, reverter
“O
Brasil ficou caro antes de ficar rico”, constatou o vice-presidente da
República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços,
Geraldo Alckmin, em reunião na Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo. “É um país caro, e é caro exportar, tem dificuldade para
exportar, a não ser produto primário. Tem de reduzir o Custo Brasil,
melhorar a produtividade e a competitividade. Não tem bala de prata. É
fazer a lição todo dia: reforma trabalhista, tributária, previdenciária,
administrativa.”
Com
efeito, segundo levantamento do Movimento Brasil Competitivo, em
comparação com a média de custos dos países da OCDE – um grupo das
democracias ricas –, as empresas brasileiras desembolsam todos os anos,
em despesas adicionais, algo em torno de R$ 1,7 trilhão, cerca de 20% do
PIB.
As causas são várias: mão de obra pouco qualificada, excesso de
encargos trabalhistas, tributação complexa e onerosa, infraestrutura
precária, crédito escasso e caro, complexidade regulatória e insegurança
jurídica.
Muita
coisa foi feita nos últimos anos. A reforma da Previdência aliviou a
pressão fiscal e reduziu a discriminação entre servidores públicos e
trabalhadores privados. O marco do saneamento está viabilizando
investimentos privados. A autonomia do Banco Central foi um avanço no
controle da inflação. A reforma trabalhista colaborou com a queda no
desemprego. A reforma tributária, ainda que desfigurada e desidratada,
eliminará distorções competitivas e simplificará procedimentos custosos.
O elemento comum dessas reformas foi reduzir o peso e as
arbitrariedades do Estado que freavam o potencial de crescimento e
perpetuavam desigualdades de renda e de oportunidades.
Além
de aprofundar essas reformas, outras medidas nesse sentido seriam
importantes para aliviar o custo Brasil, como a redução de tarifas de
máquinas e insumos ou mais privatizações para acabar com feudos
políticos. É a “lição de casa de todo dia” a que Alckmin se refere. Só
tem um problema: faltou combinar com os companheiros.
Como
se sabe, o lulopetismo foi ferrenho opositor de medidas como essas, da
autonomia do BC e do marco do saneamento às reformas trabalhista e da
Previdência.
Se a atual gestão não as revogou, não foi por falta de
vontade, e sim de base parlamentar.
Mas brechas foram abertas aqui e
ali, muitas vezes com a ajuda de uma caneta companheira no Judiciário,
como a flexibilização das regras que restringiam indicações políticas a
cargos em autarquias e empresas estatais ou de economia mista.
Agora
mesmo o governo tenta reverter na Justiça a privatização da Eletrobras, e
busca interferir nela e noutras empresas privadas nas quais tem
participação, como a Vale. A política de preços da Petrobras voltou a
ser opaca, e a intenção de utilizá-la como instrumento de políticas
públicas é manifesta. Sobre a segurança jurídica, a lição de casa ficou
para as calendas.
De
quando em vez um ministro ou secretário faz jogo de cena anunciando
“estudos” para uma reforma administrativa, mas quem se lembra da última
vez em que o presidente da República tocou no assunto? Ao
invés de reformas, o governo anuncia com fanfarra “novas” políticas
industriais com toda sorte de estímulos de curto prazo, isenções,
subsídios e reservas de mercado que fazem grupos de pressão
oligopolistas salivarem.
Quanto
à redução dos juros, a principal política do governo é demonizar o
Banco Central. No mais, flerta com o desrespeito às metas fiscais que
ele mesmo estabeleceu e contrata despesas permanentes com receitas
provisórias. “O
único item para controlar a inflação são os juros. Não pode ser assim.
Tem de ter melhor política fiscal”, disse Alckmin – em 2005.
À época,
ele recriminou o “modo petista de governar” por arrecadar muito e gastar
mal – “é o custo PT” –, deixando no ar uma pergunta retórica que
continua a ecoar: “Qual medida o governo tomou para fechar a torneira do
desperdício de dinheiro público?”.
Será que, em 2024, o neossocialista
Geraldo Alckmin, alçado a vice-presidente e ministro do Desenvolvimento
do governo lulopetista, tem uma resposta?
É a
dimensão pedagógica dos acontecimentos que fornece alguma utilidade para
estes dias de padecimento cívico.
Se nada aprendermos deles, então,
sim, o pontapé da fatalidade e do arbítrio terá posto abaixo os
sentimentos mais nobres da alma nacional.
Aprender dos
fatos! E o que nos dizem os dois sucessivos dias 8 de janeiro? O de 2023
foi proporcionado por populares.
Eram pessoas simples, pacatas, que
amam o Brasil, leem a Bíblia, rezam e cantam hinos. Talvez não houvesse
ali um único conhecido meu, mas como eu conheço o que ia na alma da
imensa maioria deles! – desesperança que faz pedir socorro, sensação de
abandono, tristeza, medo. Um caldo de sentimentos que não se recomenda
às multidões porque as faz vulneráveis a infiltrações enganosas como as
que de fato aconteceram.
Para efeitos
de comparação, e ainda no balanceamento dos movimentos de massa, é bom
observar que os “populares” da esquerdasão executores de tarefas:
- black
blocs para quebra-quebras, MST para invasão e destruição de
propriedades alheias, sindicalistas para juntar gente.
Pessoas assim não
abraçam ideologias pacatas.
Vejamos,
agora, o evento colarinho branco do último dia 8 de janeiro. A turma
chegou de carro oficial.
Os que vieram de fora, tiveram passagens,
diárias e reservas providenciadas por alguém.
Alguns senadores presentes
haviam impedido o adequado funcionamento da CPMI que pretendeu
desvendar os mistérios do 08/01/2023.
Manter a névoa e o sigilo é o
melhor modo de reforçar a narrativa oficial. Ela inclui o “golpe”
vapt-vupt das 15 h às 17 h, sem tropa nem comando, e as culpas
compartilhadas sem individualização dos agentes. Tudo sem anistia,
claro, porque ninguém roubou coisa alguma.
Acho que nada
expressa melhor os absurdos do último dia 8 do que a frase da
jornalista da Globo, para a qual quem politizou o evento foram os
governadores que não compareceram...
A culpa dos ausentes e a inocência
dos presentes tem sido uma constante nos acontecimentos destes tempos
enigmáticos.
No ângulo desde o qual os observei anteontem, eu vi ali uma
parceria política entre membros de poder que deveriam preservar seu
recato.
Vi o incentivo retórico à radicalização política, promovido por
quem condenava aquilo que fazia enquanto falava, arrancar ruidosos
aplausos e erguer indignados punhos ao ar.
Os predadores
de bens públicos no 8 de janeiro de 2023e os manifestantes da praça e
portões dos quartéis, eram pessoas do povo.
Os do dia 8 de janeiro de
2024, prometendo e aplaudindo anúncios de choro e ranger de dentes, são
autoridades do Estado.
Compõem a elite da oligarquia que governa o país
sobre destroços das instituições republicanas que conhecíamos.
Percival Puggina (79) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org),
colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas
contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A
Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia
Rio-Grandense de Letras.
Estamos admitindo que o furto de celular acontecerá em toda festa de rua ou mesmo sem festa
Apareceu na categoria esperteza: calcinha com bolso de zíper, na frente, para levar o celular.
Novidade para o carnaval,
espécie de contramalandragem para escapar dos furtos, devidamente
anunciada nos sites de roupas femininas. Coloque no Google “calcinha com
bolso”, e aparecem diversas opções de modelos e preços. Há cuecas,
também, mas não têm, digamos, a mesma graça.
A recepção na imprensa foi positiva. Grande sacada. Destaca-se que a
moça pode levar o celular e um cartão de débito, embora este seja
dispensável.
Pode-se pagar tudo pelo celular, não é mesmo?
Também é
verdade que, se ganha em segurança, a roupa íntima perde em
sensualidade.
Que fazer?Trata-se de um trade off diante da onda de furtos e
arrastões. A ideia, ao que parece, saiu do Rio, mas o problema é
nacional. Na festa da virada no Centro de São Paulo, um cara foi
apanhado com 17 celulares, e isso antes da meia-noite.
Nos divertimos com a história quando comentamos na CBN, mas depois deu
um baixo-astral. Caramba, gente, então estamos rindo porque neste
carnaval seremos mais espertos que os bandidos?
Estamos admitindo que o furto de celular acontecerá em toda festa de
rua ou mesmo sem festa, num simples passeio na praia ou no parque. É da
vida social. A resposta, logo, só pode ser algum truque de
sobrevivência. E se o bandido for violento? Aí, é torcer para escapar
com o mínimo de danos.
Estamos nos acostumando com o errado, com o crime, com o pouco que já
está bom. Revela falta de confiança nas instituições, nas leis e nas
pessoas que deveriam garanti-las. E um certo desânimo com o país.
Há pelo menos quatro décadas, a economia brasileira segue nessa toada:
algum crescimento, inflação, pasmaceira, recessão, pequena recuperação,
outra estagnação. Na média, o PIB e a renda real evoluem em torno de 1% ao ano.
Neste momento, comemora-se um crescimento de quase 3% que deve ter sido
obtido no ano passado.
Segundo o FMI, o número se equipara à média
mundial, mas é inferior à dos países emergentes (4%) e muito menor que o
resultado dos asiáticos (5,2%).
Só é melhor que a média esperada para a
América Latina (2,3%) — dos nossos irmãos de baixo desempenho econômico
e social.
Também se dá por coisa da vida que os juros no Brasil são mais
elevados. Teoria e História mostram que os países com juros baixos
exibem contas públicas equilibradas, gasto público eficiente, amplo
espaço para a prosperidade das empresas e para o desenvolvimento de
iniciativas pessoais e privadas, além de ganhos de produtividade com boa
educação.
Por que não se consegue ao menos imitar os bem-sucedidos?
Considerem a educação. No fim do ano passado, comemorou-se por aqui,
discretamente, é verdade, o resultado do Pisa(sigla em inglês para
Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).
Os alunos
brasileiros quase não sofreram perdas em consequência da pandemia.
Pouco
se notou que o padrão vinha de muito baixo, de onde é difícil cair.
E
se deixou de lado o principal: os alunos das escolas privadas foram bem,
enquanto os estudantes das públicas ficaram entre os piores desempenhos
do mundo.
Parecia jogada política. Esconder o ruim. Pensando bem, foi o costume.
A
escola pública é ruim, assim mesmo.
Em alguns estados, foi boa até os
anos 1960. Daí foi piorando, em meio a infindáveis discussões sobre o
melhor modelo educacional e adequado ao Brasil.
Há países ricos com boas escolas públicas. Há países emergentes,
especialmente os asiáticos, que deixaram a pobreza enquanto melhoravam a
qualidade de suas escolas públicas.
A relação é direta:escola boa,
produtividade da mão de obra, crescimento forte e melhor distribuição da
renda, porque os pobres têm oportunidades educacionais próximas às dos
ricos.
Há escolas públicas de qualidade em diversas cidades brasileiras. Isso
quer dizer que, mesmo aqui, sabe-se como ensinar língua, matemática e
ciência para um mundo de inteligência artificial.
Para todo lado onde se olha, sabe-se o problema. Olhando um pouco em volta, encontram-se soluções corretas.
E a gente aqui inventando calcinha com bolso de zíper.
Desde os seus primeiros instantes, um ano atrás, os tumultos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023 têm sido um assombro.
O quebra-quebra nos palácios dos Três Poderes, que acabou assim que a polícia chegou e do qual ninguém saiu machucado, foi imediatamente apresentado como uma tentativa de “golpe de Estado”.
O “golpe”, oficialmente certificado como golpe pelo STF, o complexo Lula-PT e a maior parte da imprensa, é um clássico em matéria de crime impossível: não poderia materialmente ter sido cometido pelos acusados. É a velha fábula do sujeito que dá três tiros na cabeça de um cadáver.
Ele não pode ser julgado por homicídio, pois é impossível matar uma pessoa que já está morta.
A partir daí, passou a valer tudo – a começar pela abolição dos direitos civis dos réus.
O ministro, na entrevista, disse que houve uma “tentativa de planejamento”.
O que poderia ser, mais exatamente, uma “tentativa de planejamento”?
O caso acaba de ganhar um intenso “plus a mais” na véspera de completar seu primeiro aniversário.
O ministro Alexandre de Moraes, segundo ele próprio afirmou numa entrevista ao jornal O Globo, seria enforcado pelos supostos golpistas na Praça dos Três Poderes, ou assassinado na estrada de Brasília a Goiânia. É a acusação mais grave de todas as que já foram feitas desde o começo dessa história.
Seria, na verdade, o pior ato de violência contra um homem público brasileiro desde a facada que quase matou o ex-presidente Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018 – com a diferença, felizmente, que o enforcamento do ministro, ao contrário da facada, não aconteceu.
É mais um assombro. Como um crime dessas proporções ficou em sigilo até hoje?
Por quebrarem umas vidraças e tirarem do lugar as cadeiras dos ministros no STF,as pessoas estão sendo condenadas a até 17 anos de cadeia. Um possível homicídio, então, estaria clamando a vingança dos céus.
Em todo caso, não poderia ser reduzido a uma declaração em jornal.
O fato é que está sendo feito um esforço concentrado para dar novas vidas à ficção de que houve uma tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro.
Infelizmente para o conhecimento do público, a melhor oportunidade para se esclarecer isso tudo era a própria entrevista – mas não ocorreu a ninguém perguntar nada ao ministro Moraes.
Quem planejou o enforcamento, ou o assassinato na beira da estrada? “Eles”? “Eles”, só, não basta.
Quem iria cometer os crimes?
O ministro, segundo sua denúncia, seria levado para uma prisão em Goiânia, ou morto no caminho para lá. Qual prisão?
Um quartel do Exército?
Uma delegacia de polícia?
Cárcere privado?
Há alguma prova para as acusações feitas?
Por que Alexandre de Moraes só falou disso agora, quase um ano depois dos fatos?
É alguma coisa que as investigações só descobriram nestes últimos dias?
O ministro, na entrevista, disse que houve uma “tentativa de planejamento”. O que poderia ser, mais exatamente, uma “tentativa de planejamento”? Algum dos “golpistas” tentou planejar os crimes, mas não conseguiu?
A única pista para a ausência de perguntas e respostas é uma afirmação do próprio Moraes: “Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso aconteceu, então está tudo bem”.
O fato é que está sendo feito um esforço concentrado para dar novas vidas à ficção de que houve uma tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro.
Fica mais patente, a cada dia, que os processos criminais contra os participantes do quebra-quebra – e mesmo contra quem estava a quilômetros de distância, protestando diante do QG do Exército em Brasília – são o maior monumento ao absurdo que a Justiça brasileira jamais construiu ao longo de sua história.
Os réus tinham tanta possibilidade concreta de dar um golpe naquele dia quanto a de invadir o planeta Marte; é por isso, entre outras razões, que começa a crescer no Congresso a ideia de uma anistia.
É essencial, então, impor a imagem de que são os criminosos mais hediondos do Brasil – embora o linchamento do ministro Moraes em praça pública, segundo ele mesmo diz, seja algo com que não vale a pena perder tempo. É mais um espanto.
Embora costume brincar sobre o tema da
minha idade dizendo que tenho 79 anos, mas "de banho tomado fico como
novo", o fato é que algumas coisas mudaram na percepção que tenho da
minha realidade existencial. Assim: quando eu era jovem, o futuro ficava
num horizonte móvel. Ele se ampliava e se distanciava a cada passo
dado. Agora, eu o percebo fixo.
A distância entre mim e ele encurta a
cada velinha soprada.
Um dos
fascínios da vida, aqui de onde eu a vejo, é a possibilidade de ouvir o
que os jovens falam e o que alguns dizem aos jovens.
Nessa tarefa
instigante de ouvir, comparar e meditar, volta e meia me deparo com a
afirmação de que os anos 60 e 70 produziram uma geração de jovens
alienados.
Milhões de brasileiros teriam sido ideologicamente castrados
em virtude das restrições impostas pelos governos militares que regeram o
Brasil naquele período. Opa, senhores! Estão falando da minha geração.
Esse período eu vivi e as coisas não se passaram deste modo.
Bem ao
contrário. Mesmo num contexto pouco propício, nós, os jovens daquelas
duas décadas, éramos politizados dos sapatos às abundantes melenas.
Ou
se defendia o comunismo ou se era contra o comunismo. Os muitos centros
de representação de alunos eram disputados palmo a palmo. Alienados,
nós?A alienação sequer era tolerada na minha geração!
Havia passeata
por qualquer coisa, em protesto por tudo e por nada.
Certa ocasião
participei de um protesto contra o preço de feijão e durante alguns dias
usei um grão desse cereal preso à lapela.
Surgiu,
inclusive, uma figura estapafúrdia - a greve de apoio, a greve a favor.
É, sim senhor.
Os estudantes brasileiros dos anos 70 entravam em greve
por motivos que iam da Guerra do Vietnã à solidariedade às
reivindicações de trabalhadores.
Havia movimentos políticos organizados e
eles polarizavam as disputas pelo comando da representação estudantil.
O Colégio
Júlio de Castilhos foi uma usina onde se forjaram importantes lideranças
do Rio Grande do Sul.
As assembleias estudantis e os concursos de
declamação e de retórica preparavam a moçada para as artes e manhas do
debate político.
Na universidade, posteriormente, ampliava-se o vigor
das atuações.
O que hoje seria impensável - uma corrida de jovens às
bancas para comprar jornal -, era o que acontecia a cada edição semanal
de O Pasquim, jornal de oposição ao regime, que passava de mão em mão
até ficar imprestável.
Agora, vamos
falar de alienação. Compare o que descrevi acima com o que observa na
atenção dos jovens de hoje às muitas pautas da política, da economia e
da sociedade.
Hum? E olhe que não estou falando de participação. Estou
falando apenas de atenção, tentativa de compreensão.
Nada! As disputas
pelo comando dos diretórios e centros acadêmicos, numa demonstração de
absoluto desinteresse, mobilizam parcela ínfima dos alunos.
Claro que há
exceções nesse cenário de robotização. Mas o contraste que proporcionam
permite ver o quanto é extensa a alienação política da nossa juventude
num período em que as franquias democráticas vão ficando indisponíveis à
dimensão cívica dos indivíduos.
Em meio às
intoleráveis dificuldades impostas à liberdade de expressão nos anos 60 e
70, a juventude daquela época viveu um engajamento que hoje não se
observa em quaisquer faixas etárias.
Nada representa melhor a apatia
política da juventude brasileira na Era Lula do que os fones de ouvido.
Percival Puggina (79) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org),
colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas
contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A
Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia
Rio-Grandense de Letras.
Reforma
da Previdência instituiu 'escadinha', com exigências ficando mais
rígidas a cada ano. Calculadora do GLOBO mostra quanto tempo falta para
você se aposentar e de quanto será o benefício em cada regra de
transição
Em 2024, como acontece a cada virada de ano, as exigências para se aposentar pelo INSS ficarão mais rígidas. A Reforma da Previdência
Social, aprovada há quatro anos, instituiu regras de transição que vão
se tornando cada vez mais restritivas com o passar do tempo.
O GLOBO criou uma calculadora que mostra, para cada trabalhador, de
acordo com o ano em que começou a trabalhar(ou seja, seu tempo de
contribuição), sua idade atual e gênero, as várias maneiras para se aposentar. Em alguns casos, são até cinco regras possíveis de transição.
O resultado mostra o tempo que falta para se aposentar e qual será o
valor do benefício em cada uma das modalidades possíveis de
aposentadoria. E sinaliza qual das regras vai proporcionar um ganho
maior e qual vai permitir que o trabalhador se aposente em menos tempo.
Clicando em cada uma das respostas, o trabalhador pode entender melhor
as regras e saber quanto receberia e em quanto tempo se aposentaria caso
a caso.
Com o envelhecimento acelerado da população brasileira e diante de um
mercado de trabalho em transição, a calculadora do GLOBO permite
planejar melhor o futuro.
A calculadora também mostra as regras para os servidores públicos e
para os professores, que são diferentes das aplicadas aos demais
trabalhadores.
Censo 2022 mostra um Brasil mais envelhecido e feminino - O que muda em 2024
Os brasileiros que começaram a trabalhar depois de novembro de 2019,
quando a Reforma da Previdência foi promulgada, precisam cumprir os
novos requisitos para se aposentar, que são idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 para homens. E, ainda, tempo de contribuição de 30 anos para elas e 35 anos para eles.
Mas, para quem já estava no mercado de trabalho quando a Reforma da
Previdência foi aprovada, há quatro anos, são até cinco regras de
transição. E em duas dessas regras - o sistema de pontos e a idade
mínima progressiva - as exigências ficam cada vez mais rígidas a cada
ano que passa.
Sistema de pontos A regra do sistema de pontos funciona assim: cada ano de recolhimento ao INSS corresponde a um ponto, enquanto cada ano a mais de idade vale outro.
Quando a tabela começou, em 2019, o mínimo era de 86 pontos para as
mulheres e de 96 para os homens. Esses patamares avançam anualmente. Em
2024, serão de 91 pontos para as mulheres e 101 pontos para os homens.
Em 2028,a pontuação alcançará o limite de 105 pontos para os homens,
sem novos aumentos. Cinco anos depois, em 2033, é a vez das mulheres, no
limite de 100 pontos.
Na calculadora do GLOBO, basta inserir a sua idade e o seu tempo de
contribuição para saber quanto tempo falta para você se aposentar por
essa regra e pelas demais.
Pensão e acúmulo com aposentadoria Em outra ferramenta,a calculadora da pensão, é possível checar o quanto você receberá em caso de falecimento de seu cônjuge, considerando as novas regras para este benefício e para o seu pagamento para quem já é aposentado, instituídas pela Reforma da Previdência.
A reforma estabeleceu redutores para o acúmulo de aposentadoria com
pensão e reduziu o valor pago por dependente. A calculadora da pensão do
GLOBO, abaixo, faz a simulação para todos os perfis de família.
Além do sistema de pontos, outra regra da aposentadoria que passa por
alterações em 2024 é a da idade mínima progressiva, que a cada ano sobe
seis meses.
Em 2024, a idade mínima para as mulheres se aposentarem sobe para 58
anos e 6 meses. No caso dos homens, sobe para 63 anos e 6 meses.
E, a cada virada de ano, a exigência aumenta, até chegar aos 62 anos
para as mulheres em 2031 e os 65 anos para os homens em 2027 - quando
então ambos cumprirão a mesma regra válida para os brasileiros que
começaram a trabalhar após a promulgação da reforma.
Lembrando que, além da idade necessária, é preciso cumprir um tempo
mínimo de contribuição. Na calculadora do GLOBO, é possível fazer essa
simulação.
Demais regras
Para quem estava perto da aposentadoria em 2019, faltando só dois anos
para se aposentar, há também a regra do pedágio, que na prática exige
que o trabalhador cumpra 50% a mais em relação ao tempo que faltava se
aposentar quando Reforma da Previdência foi promulgada.
Para quem tem mais de 60 anos (homens) ou 57 anos (mulheres), há ainda a
regra do pedágio de 100% sobre o tempo de contribuição - ou seja, tem
que cumprir o dobro desse período em relação ao que teria que cumprir
antes da reforma. São 35 anos de tempo de contribuição para homens e 30
para mulheres.
Há ainda a regra de aposentadoria por idade, que exige porém um mínimo
de 15 anos de contribuição, mas que costuma ser mais vantajosa apenas
para quem não conseguiu se manter no mercado de trabalho contribuindo
regularmente ao INSS de forma contínua.
Servidores públicos e professores A Reforma da Previdência alcançou os funcionários públicos. A calculadora do GLOBO também faz simulações sobre tempo da aposentadoria para os servidores, que têm suas próprias regras de transição.
A ferramenta mostra ainda como fica a situação dos professores,tanto
na rede privada quanto na pública, já que o magistério tem condições
diferentes para a aposentadoria.
As
antigas folhinhas de xaropes e pílulas costumavam vir ilustradas com a
imagem de um ano ancião que saía, barbas brancas, encurvado sobre sua
bengala e um ano novo que chegava enrolado em fraldas. Posta na parede,
ali ficava como “marco temporal” de nossos planos de réveillon.
Contudo, o
Sol e a Lua não contam seus giros nem dão bola para as promessas que
fazemos a nós mesmos.
O tempo é coisa que usamos, mas não nos pertence; é
utilidade, convenção, relatividade. Meia hora na cadeira do dentista
dura bem mais do que meia hora numa roda de amigos.
Na infância,
eternidade é o tempo decorrido entre dois Natais ou duas visitas de
Papai Noel.
Minha mãe, por seu turno, tão logo terminava um ano começava
a se preocupar com o Natal vindouro “porque, meu filho, logo, logo é
Natal outra vez”.
A vida
familiar e a vida social se fazem, entre outras coisas, do cotidiano
encontro da maturidade com a juventude. Imagine um mundo onde só haja
jovens ou onde, pelo reverso, só existam idosos. Imagine, por fim, a
permanente perplexidade em que viveríamos se a virada da folhinha nos
trouxesse, com efeito, um tempo novo, flamante, que nos enrolasse nas
fraldas da incontinência urinária, com tudo para aprender.
Felizmente
não é assim, nem deve ser visto assim. O importante, em cada recomeço, é
ali estarmos com a experiência que o passado legou. Aprender
da História! Aprender da vida! E, principalmente, aprender da
eternidade!
Quem aprende da eternidade aprende para
a eternidade. Aprende lições que o tempo não desgasta nem consome,
lições que não são superadas, lições para a felicidade e para o bem.
Por
isso, para os cristãos, a maior e melhor novidade de cada ano será
sempre a Boa Nova, que infatigavelmente põe em marcha a História da
Salvação, cumprindo o plano de amor do Pai.
Bem sei o
quanto é contraditório à cultura contemporânea o que estou afirmando. E
reconheço o quanto as pessoas se deixam cativar pela mensagem do
hedonismo “revolucionário”,supostamente coletivista e igualitário. Mas é
preciso deixar claro que tal mensagem transforma o mundo num grande
seio onde, a cada novo ano, se retoma a fase oral e se trocam as fraldas
da imaturidade.
A quantos lerem estas linhas desejo um 2024 de afetos vividos, aconchego familiar, realizações, vitórias, saúde e paz.
Percival Puggina (79) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org),
colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas
contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A
Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia
Rio-Grandense de Letras.
Cristo como juiz no Juízo Final, em vitral da Catedral de York, na Inglaterra.| Foto: Wikimedia Commons/Domínio público
Apocalipse 20,1-15 está relacionado com os capítulos anteriores,
que tratam do anúncio e da queda da Babilônia (Ap 17,1–19,5), e do
juízo de Jesus contra as duas bestas e as forças ímpias do mundo no
final da história (Ap 19,6-21). Agora, finalmente, o dragão também será
derrubado para sempre. Como resume Simon Kistemaker: “O capítulo [20]
apresenta quatro quadros que diferem entre si, porém estão intimamente
relacionados. O primeiro [quadro] mostra a prisão de Satanás [20,1-3].
Então, depois de Satanás ser preso, vemos um quadro do que acontece aos
santos [20,4-6]. O terceiro retrata a soltura e ruína de Satanás
[20,7-10], e o último descreve o Dia do Juízo [20,11-15]. O primeiro e o
segundo ocorrem contemporaneamente; o terceiro e o quarto seguem um ao
outro sequencialmente”.
“Então
vi descer do céu um anjo que tinha na mão a chave do abismo e uma grande
corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o
prendeu por mil anos. Lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para
que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disso,
é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo.
Assim como a prisão do diabo é limitada a mil anos, o reinado intermediário dos santos é igualmente limitado.
Vi
também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada
autoridade para julgar. Vi ainda as almas dos que foram decapitados por
terem dado testemunho de Jesus e proclamado a palavra de Deus. Estes são
os que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam a sua
marca na testa e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil
anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os
mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é
aquele que tem parte na primeira ressurreição. Sobre esses a segunda
morte não tem poder; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de
Cristo e reinarão com ele os mil anos.
Quando,
porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e
sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue
e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. O número dessas é como a
areia do mar. Marcharam, então, pela superfície da terra e cercaram o
acampamento dos santos e a cidade amada. Porém, desceu fogo do céu e os
consumiu. O diabo, que os tinha enganado, foi lançado no lago de fogo e
enxofre, onde já se encontram a besta e o falso profeta; e serão
atormentados de dia e de noite, para todo o sempre.
O abismo
é uma restrição figurada, pela qual Satanás ficou impossibilitado de
pôr em prática sua perversidade que tinha antes de sua restrição.
Vi
um grande trono branco e aquele que está sentado nele. A terra e o céu fugiram
da presença dele, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os
grandes e os pequenos, que estavam em pé diante do trono. Então foram abertos
livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram
julgados, segundo as suas obras, conforme o que estava escrito nos livros. O
mar entregou os mortos que nele estavam. A morte e o inferno entregaram os
mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
Então a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda
morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida,
esse foi lançado no lago de fogo.
Estas
imagens que João viu em seu exílio em Patmos, que precedem e sucedem a última
batalha, parecem ser caleidoscópicas, sobrepostas, tremidas.
A prisão de Satanás João viu descer do céu um anjo, uma visão cheia de símbolos que ocorre antes da última batalha entre o Messias e seus inimigos na história (Ap 19,11-21). O anjo tem na mão a chave do abismo e uma grande corrente, o que indica capacidade para restringir as atividades do dragão, a antiga serpente (uma alusão ao Éden), Satanás (o “adversário”), o diabo (o “acusador”). O anjo segurou [...] e o prendeu por mil anos. Como escreveN. T. Wright: “A passagem que agora temos diante de nós [...] é a única passagem na Escritura em que um ‘milênio’ é sequer mencionado. Aqueles que buscam interpretações especulativas de profecias, é claro, pegam esses e outros trechos, tiram-nos (geralmente) de seus contextos reais e construíram uma cosmovisão bem diferente, na qual desempenham um papel muito mais importante do que eles têm na própria Escritura”. Se estes acontecimentos ocorrem antes do último combate contra a besta e o falso profeta, então o aprisionamento e os mil anos são a autoridade de Cristo que restringe o diabo de algum modo durante o período após sua morte, ressurreição e ascensão. Esse aprisionamento de Satanás não se refere a uma total cessação das suas atividades. Ele ainda está ativo, mas agora opera sob a restrição da autoridade de Cristo.
O abismo é uma restrição figurada,
pela qual Satanás ficou impossibilitado de pôr em prática sua
perversidade que tinha antes de sua restrição. Assim, até a hora
designada por Deus, Satanás será incapaz de enganar as nações
estrangeiras. Portanto, a prisão e a expulsão de Satanás estão
relacionadas com a primeira vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em
regiões onde foi permitido ao diabo exercer quase que poder ilimitado,
durante os tempos do antigo Israel, ele é agora forçado a ver os servos
de Jesus pouco a pouco ganhando território. Segundo William Hendriksen:
“Num comparativamente breve período, o cristianismo se espalha por todo o
sul da Europa. Logo ele conquista o continente. Pelos séculos que se
seguem ele é proclamado em todos os lugares [do mundo] de modo que os
confins da terra ouvem o evangelho daquele que foi crucificado e muitos
dobram os joelhos diante dele. [...] A Bíblia já foi traduzida em [...]
[cerca de] 1 mil línguas [e algumas partes foram traduzidas em 3,6 mil
idiomas]. [...] Em alguns países, as verdades abençoadas do cristianismo
afeta[ra]m a vida humana em todas as suas áreas: política, econômica,
social e intelectual”.
Mas no fim da era de mil anos,
imediatamente antes da volta de Cristo, Satanás interromperá a pregação do
evangelho e lançará uma cortina de ilusão sobre as nações, com o objetivo de
preparar o ataque devastador contra o povo de Deus. Portanto, o abismo
representa uma esfera espiritual na qual Satanás ainda opera de modo restrito
ao longo desta era, e o restringe para que ele não possa fazer o que fez no
passado. Ele foi capaz de iludir muitos israelitas no passado, de modo que eles
tiveram dificuldade em cumprir sua missão de ser uma luz salvadora para as
nações. E a nação permaneceu sitiada pela opressão de nações estrangeiras que
tentaram exterminá-la. Essa tentativa de destruir Israel culminou no ataque de
Satanás a Jesus. Agora, preso, o diabo não será capaz de deter a pregação do
evangelho nem o seu recebimento cada vez maior durante a maior parte da era que
precede a volta de Jesus.
Ao fim desta era, o diabo será solto
por um pouco de tempo. Portanto,
os cristãos precisam ter em mente que a época durante a qual o povo de Deus
será capaz de espalhar o evangelho em todos os lugares não durará indefinidamente;
nem mesmo até o momento da segunda vinda de Cristo. E não há regiões desta
terra, como Sudão, Paquistão, Etiópia, China, Coreia do Norte, Índia, Nicarágua
e até mesmo na Europa ocidental e nas costas dos Estados Unidos, que parecem já
estar entrando no pouco [...] tempo de Satanás?
O reinado dos santos De onde vêm os exércitos do céu que seguiam aquele que é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores (Ap 19,14-16)? João viu tronos no céu enquanto ao mesmo tempo Satanás está preso no abismo. E o que acontece no abismo ocorre simultaneamente ao que João viu no céu. E os que estão assentados nos tronos fazem parte do tribunal celestial de Deus, um cumprimento das promessas de que os vencedores exercerão autoridade com Cristo sobre as nações e se assentarão com ele em tronos (Ap 3,21). Esses são os decapitados por terem dado testemunho de Jesus e proclamado a palavra de Deus, que foram martirizados enquanto mantinham sua fé, a despeito de todo o tipo de sofrimentos e perseguições infligidos pelo Estado iníquo. Eles permaneceram fiéis até a morte. E são referidos como almas, para deixar claro que eles ainda aguardam a ressurreição do seu corpo glorificado. O primeiro grupo se refere literalmente a mártires, que são em seguida acompanhados nos tronos pelos restantes dos santos falecidos, os que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam a sua marca na testa e na mão. Esse segundo grupo incluiria todos os cristãos fiéis, quer isso se refira a mártires por causa da fé ou aqueles que sofrem outros tipos de perseguição.
Isso tudo ocorre durante mil anos,
que devem ser interpretados simbolicamente, uma referência a um longo
tempo. Pois, como N. T. Wright afirma: “João usou todos os tipos de
números simbólicos ao longo de seu livro. Seria muito estranho se ele,
repetidamente, lançasse um número simbólico e redondo bastante óbvio,
mas esperasse de nós que o compreendêssemos literalmente”. Assim, mil
significa completude, a duração completa desta era aqui descrita.
Aponta para a ideia de uma plenitude de tempo oferecida pela soberania
de Deus, ao fim do qual certamente virá a vitória final dos cristãos que
têm sofrido. Como Gordon Fee escreve: “João não está nesse momento
interessado em um período de tempo como tal, conhecido como ‘o milênio’,
embora o termo ‘mil anos’ apareça um total de quatro vezes nessas
poucas frases. Em vez disso, os dois parágrafos [de 20,1-6], [e] ambos
começam [...] com o verbo ‘eu vi’, são melhor entendidos juntos como um
interlúdio entre a derrubada do triunvirato profano [...] delineado na
seção anterior (19,11-21), e o julgamento final de todo mal, tanto
demoníaco quanto humano, em 20,7-15. [...] Sua intenção geral parece ser
uma palavra final de conforto para aqueles que ainda serão martirizados
por sua devoção a Cristo, em vez de oferecer lealdade incondicional ao
imperador”. E os santos falecidos viveram e reinaram com Cristo durante esse período, ao mesmo tempo em que Satanás está no abismo. A vindicação dos santos consiste na realeza que eles receberam nesse período. Mas apenas os que têm parte na primeira ressurreição vencerão a segunda morte, o juízo de Deus sobre os perdidos, e reinarão com Cristo. Isso significa que os restantes dos mortos, aqueles que não têm parte na primeira ressurreição, são os incrédulos em seu caminho para o juízo eterno.
O Cordeiro reconhece diante de Deus todos que estão inscritos no Livro, e todos identificados com sua justiça, morte e ressurreição, são sua possessão.
O
exercício de juízo pelos santos e o fato de reinarem com Cristo ocorrem
simultaneamente com a prisão de Satanás. Os santos nos tronos também recebem a felicidade de serem sacerdotes de Deus e de Cristo, de estarem protegidos contra a segunda morte, e de reinarem como reis com ele os mil anos. A primeira ressurreição é a trasladação da alma da terra para os tronos de Deus. É seguida, na segunda vinda de Cristo, pela ressurreição do corpo. Assim como a prisão do diabo é limitada a mil anos,
o reinado intermediário dos santos é igualmente limitado, mas é seguido
por uma etapa consumada de reinado na eternidade. A primeira
ressurreição deve ser entendida como espiritual e a segunda como física.
A primeira morte dos santos, que é física, os transfere para a primeira
ressurreição no céu, que é espiritual. A segunda ressurreição dos
ímpios, que é física, os transfere para a segunda morte, que é
espiritual – e eterna. A primeira ressurreição é vivenciada apenas pelos
cristãos, enquanto a segunda morte é vivenciada apenas pelos
incrédulos. A primeira ressurreição, embora incompleta, inaugura uma
ressurreição espiritual que será consumada mais tarde de uma forma
física – e que João não chama de “segunda” ressurreição. Assim, é
razoável interpretar a ascensão da alma na hora da morte à presença do
Senhor como uma forma de ressurreição espiritual, em antecipação à
ressurreição física e à consumação da vida eterna, que ocorrerão na
volta do Senhor. Como afirma N. T. Wright: “A ressurreição, a eliminação
da própria morte, dando ao povo de Deus novos corpos para viver no novo
mundo de Deus, é a grande esperança do judaísmo antigo e do
cristianismo clássico”.
Mas, segundo N. T. Wright, no que se
refere ao período de mil anos, “nesse ponto, acima de tudo [...], não é
necessário ser dogmático demais. Devemos guardar as coisas centrais que João
deixou bem claras [em Apocalipse]: a vitória do Cordeiro e o chamado para
compartilhar sua vitória por meio da fé e da paciência. Deus fará o que Deus
quiser fazer. [...] Quem tem a vitória é o Deus criador, que o faz para
derrotar e eliminar a própria morte e, assim, abrir caminho para o esplendor da
criação renovada. Isso é o que importa”. Pois a confiança dos cristãos é que Deus
não esqueceu dos seus! Os santos mártires são homenageados como reis e
sacerdotes! Os santos redimidos de Deus experimentarão a primeira ressurreição!
Portanto, todo o povo de Deus será feliz e santo e não experimentará a segunda
morte!
A derrota final de Satanás Mas, segundo João, Satanás foi restringido, limitado na sua capacidade de enganar as nações para que juntem forças para atacar e aniquilar o povo de Deus, mas essa restrição é agora removida, e ele liderará um exército procedente de toda a terra, para a batalha. A reunião dessas forças hostis contra o povo de Deus é vista como cumprimento da profecia em Ezequiel 38–39 de que o rei Gogue e [o povo de] Magogue e muitos outros povos se reuniriam para combater Israel. Mas aqui Gogue e Magogue são equiparados a todas as nações em toda a terra. Esses nomes não têm nenhuma relação com qualquer cidade ou país contemporâneo. De acordo com William Hendriksen: “Todo o mundo iníquo perseguirá a Igreja. A perseguição será mundial. [...] O conflito aqui descrito não é entre nações ‘civilizadas’ e ‘incivilizadas’. É, simplesmente, o último ataque das forças do anticristo contra” o povo de Deus. O fato de o número das nações ser, como mencionado, como a areia do mar, ressalta a aparente esmagadora vantagem a seu favor contra os santos. Será que o tempo gasto com especulações de que nações serão Gogue e Magogue não termina por tirar a atenção da centralidade de Deus e de Cristo no Juízo Final e em seu triunfo total sobre todo o mal?
E essas nações marcharam [...] pela superfície [literalmente “largura”] da terrae cercaram o acampamento dos santos, uma alusão ao acampamento dos israelitas no deserto, e a cidade amada[por Deus], expressão usada em referência a Jerusalém. O acampamento dos santosé equiparado à cidade amada, o que enfatiza uma continuidade histórica, e que encontra sua consumação em Apocalipse 21–22. Porém, antes que as nações ataquem os santos, desceu fogo do céu e os consumiu,
referência ao episódio do profeta Elias e dos soldados enviados para
prendê-lo (2Rs 1,9-17) e, de modo figurado, ao Juízo Final, quando Deus
sozinho salvará seu povo ao destruir os seus inimigos. Assim, de acordo
com Richard Bauckham: “O objetivo teológico do milênio é unicamente
demonstrar o triunfo dos mártires: aqueles que a besta matou são os que
de fato viverão – [...] e aqueles que contestaram seu direito de
governar e sofreram por isso são os mesmos que, no final de tudo,
dominarão tão universalmente quanto ela – e por muito mais tempo: mil
anos. Por fim, para provar que a vitória deles no reino de Cristo não
pode ser novamente revertida pela impiedade, e que é a última palavra de
Deus para o bem contra o mal, o diabo recebe uma última oportunidade de
enganar as nações outra vez [...]. Todavia, essa não é uma repetição do
governo da besta. A cidade dos santos prova ser inexpugnável”.
O diabo
é destacado como aquele que enganou as nações, levando-as a atacar os
santos. Portanto, Apocalipse 20,7-10 parece ser uma recapitulação de
Apocalipse 19,17-21, o que torna improvável
a suposição de que Satanás
é lançado no fogo muito tempo
depois de seus exércitos. Assim, a besta e o falso profeta foram
lançados no lago de fogo e enxofre (Ap 19,20) ao mesmo tempo queo diabo. Os episódios são simultâneos e, assim, os mil anos devem referir-se
aos acontecimentos que precedema batalha final, ou seja, a atual era. Por fim, a trindade satânica sofrerá uma punição
eterna, ou seja, serão atormentados de dia e de noite, para todo o
sempre.
O dia do Juízo Final Por fim, João viu um grande trono branco, maior que os demais tronos. O trono branco indica a pureza e santidade do Juiz. O julgamento prestes a vir do trono é da parte de Deus, que julga não apenas para punir pelo pecado, mas também para vindicar o seu povo perseguido, a culminação do governo de Deus no julgamento final no fim da história. O plano de Deus se concretizou e foi completado e todo o mal será derrotado. A terra e o céu fugiram significa que, quando o dia do juízo chegar, a criação divina será afetada de tal maneira que a terra sofrerá uma completa mudança. Eventos catastróficos, de enormes proporções, acontecerão; o céu será enrolado como se faz com um rolo, para dar lugar aos novos céus e à nova terra. O que é descrito aqui não trata de destruição ou aniquilação, mas de renovação da criação. E não se achou lugar para eles se refere à destruição completa de todo o sistema mundial pecaminoso.
O fato de que João viu os mortos, os grandes e os pequenos[...] em pédiante do trono assume
que a última e grande ressurreição dos injustos e dos justos ocorreu. A
visão de João assegura que o Juízo Final e a redenção última
acontecerão. Os registros escritosnos livros, que contêmos
julgamentos divinos, referem-se simbolicamente à memória de Deus, que
nunca falha. Por outro lado, uma pessoa será julgada e declarada
absolvida sobre esta base: se seu nome estiver registrado no Livro da Vida.
A pureza desse momento divino final joga luz em meio a tantas visões
obscuras e afirma a destruição final do mal. E notem o efeito da
presença do Juiz! Como as pessoas ainda fazem piada do dia do juízo? O marsimboliza o domínio do mal. Se é assim, Deus agora força esse domínio maligno, assim como amorte e o inferno [Hades
= lugar dos mortos], a liberar os seus cativos para serem julgados. Não
me perguntem como isso se dará. Não está em nosso poder saber os
detalhes. Somente Deus pode fazer milagres. Nossa preocupação deve ser
nos preparar para aquele dia, quando todos estarão de pé para ouvir a
palavra do Juiz.
Viver para sempre com o Senhor é a recompensa que ele outorga a seu povo, cujos nomes estão no Livro da Vida.
O fato de que a morte e o inferno [Hades = lugar dos mortos] foram lançados no lago de fogosignifica
que as forças que imperaram após a primeira morte, a morte física,
agora cessam e são substituídas pela punição eterna no lago de fogo (vale de Hinom = Geena). Isso expressa o fato de que os incrédulos, mantidos anteriormente nos grilhões temporáriosda morte e do lugar dos mortos, serão entregues aos grilhões permanentesdo lago de fogo, que é chamado por João de a segunda morte.A realidade do sofrimento da segunda morte é o ser alvo da eterna ira de Deus, ser expulso do acampamento dos santose da sua cidade amada,
enquanto os justos desfrutam das bênçãos de viverem nela. O alerta de
William Hendriksen é importante: “Em nenhum lugar em toda a Bíblia lemos
que haverá uma ressurreição dos corpos dos crentes antes dos mil anos e
outra dos corpos dos não crentes, após os mil anos. Todos ressuscitam
ao mesmo tempo. A Morte, a separação de alma e corpo, e o Hades, o
estado de separação, agora cessam. Nem no novo céu nem na nova terra nem
mesmo no inferno jamais haverá separação entre corpo e alma depois da
segunda vinda de Cristo para julgamento. Portanto, [...] a Morte e o
Hades [...] são lançados no lago de fogo. E qualquer cujo nome não tenha
sido encontrado inscrito no Livro da Vida será também lançado no lago
de fogo”.
A nota do Juízo Final soa mais uma vez: se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado no lago de fogo.Apesar da ameaça final, os santos encontram refúgio no Livroda Vida,
onde estão escritos os nomes dos eleitos para a fé desde antes da
fundação do mundo (Ap 13,8). Os santos são poupados do juízo. Eles não
são julgados pelas suas obras más, porque o Cordeiro já sofreu por eles:
ele foi morto no lugar dos santos. O Cordeiro reconhece diante de Deus
todos que estão inscritos no Livro, e todos identificados com
sua justiça, morte e ressurreição, são sua possessão. Viver para sempre
com o Senhor é a recompensa que ele outorga a seu povo, cujos nomes
estão no Livro da Vida.
Meditemos com seriedade na afirmação de Jonathan Edwards: “Consideremos
bem que, se nossa vida não está na jornada rumo ao céu, então está na jornada
para o inferno”.
Qual relação que você mantém com Deus?
Você está em Cristo?
Crê em Cristo?
Pertence a Cristo?
Você tem segurança de que seu nome está
escrito no Livro da Vida?
Você confia unicamente em Cristo?
Sua segurança de
ser cristão é confirmada pelas evidências de uma nova vida?
Você está pronto a
ser martirizado por Cristo?
Essas são perguntas importantíssimas! Sua
eternidade depende delas – que pode ser uma gloriosa eternidade no céu ou uma
eternidade de punição no lago de fogo. Pense com muita atenção. Pense com muita
seriedade. Pense agora mesmo sobre essas perguntas. No fim – onde você estará?
“Ó
Poderosíssimo Deus e Pai misericordioso, que tens compaixão de todos os
homens, e que não desejas a morte do pecador, porém seu arrependimento e
salvação. Misericordiosamente perdoa-nos as nossas transgressões;
recebe-nos e conforta-nos a nós que estamos entristecidos e mortificados
com o peso de nossas culpas. Tua propensão é ter sempre misericórdia;
só a ti pertence o perdoar os pecados. Perdoa-nos, portanto, bom Senhor,
perdoa ao teu povo, que remiste; não entre em juízo com os teus servos,
porém de tal maneira aparta de nós a tua ira, de nós que reconhecemos,
humildes, as nossas transgressões e verdadeiramente nos arrependemos de
nossas faltas, e assim apressa-te a ajudar-nos neste mundo, a fim de que
vivamos para sempre neste mundo contigo no nosso mundo vindouro;
mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.”
Dilma é eleita a melhor do ano por economistas que acham que 30% de 30% não é 30% de 30%
Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil | Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Ouvi pela primeira vez um discurso de improviso de Dilma Rousseff no verão de 2010, quando Lula já decidira transformar em sucessora a chefe da Casa Civil. Fiquei atônito. Na forma, o palavrório era um desfile de frases sem começo, meio e fim, desentendimentos entre sujeito e predicado, plurais com “sss” amputados, verbos no infinitivo acaipirados pelo sumiço dos “rrr”, reticências que anunciavam abruptas mudanças de rumo que também não chegariam a lugar nenhum, vírgulas bêbadas atrapalhando o trânsito das palavras, fora o resto. No conteúdo, o falatório empilhava platitudes de debutante e maluquices.
Das duas, uma: ou eu me transformara numa cavalgadura ou aquela mulher era uma perfeita besta quadrada.
Não havia uma terceira hipótese.
Nos dias seguintes, enquanto examinava com lupa meus próprios escritos, mantive sob estreitíssima vigilância tudo o que Dilma dizia.
Com a sofreguidão dos obsessivos profissionais das crônicas de Nelson Rodrigues, comecei a assediar todo jornalista que tivera alguma conversa com Dilma Rousseff.
Segurava-lhe os braços e repetia o interrogatório: “E então? Deu para entender alguma coisa? Ela disse alguma frase compreensível?”.
Um deles garantiu que a entrevista transcorrera normalmente. Outro afirmou que ela sempre se mostrava bem mais desembaraçada em conversas a dois. E quase todos estranharam minha aflição: ninguém havia notado nada de estranho em Dilma Rousseff. Eu certamente andava exagerando. E então fui socorrido pelo jornalista Celso Arnaldo, um craque em língua portuguesa e bom senso que se tornara colaborador do blog que eu mantinha no site de Veja. “Essa mulher fala um subdialeto indecifrável”, liquidou o assunto Celso Arnaldo. Quem dizia que compreendia o que vinha da boca de Dilma estava mentindo, concluímos. Ponto final.Foi esse blog que batizou o mistério linguístico e deu o furo mundial:Dilma Rousseff, e ninguém mais no mundo, falava dilmês. Nos meses e anos seguintes, a coluna acompanhou com tamanha atenção a estranha figura que há tempos me dei conta do paradoxo sem precedentes. Dilma é a única chefe do governo brasileiro desde 1978 com quem nunca conversei.Mas talvez seja quem eu mais conheça. Nunca serei fluente em dilmês, até porque para tanto é preciso não falar coisa com coisa. Mas aprendi o necessário para afirmar, no começo da campanha eleitoral de 2010, que o Brasil poderia ser presidido por uma candidata perto de quem dona Maria I, a Louca, seria considerada um exemplo de sensatez.
A advertência não impediu que o neurônio solitário de Dilma ganhasse a disputa pela Presidência em 2010.
(Cumprimentei pela façanha o principal adversário, José Serra: não é fácil ser derrotado por uma concorrente com severas avarias na cabeça.) Tampouco evitaria a reeleição com o triunfo sobre Aécio Neves e o maior desastre econômico sofrido pelo país neste século. A essa altura, já era tratada como piada de péssimo gosto pelo Brasil que pensa e presta. Foi essa parte saudável da nação que exigiu o despejo de Dilma depois de descobertas as pedaladas criminosas e impôs o impeachment ao monumento à cegueira coletiva.
Durante cinco anos e meio, a seita que tem num presidiário o seu único deus aplaudiu o desfile de espantos. Dilma anunciou, entre tantas outras ocorrências assombrosas, que por trás de toda criança há um cachorro oculto, que uma ponte é muito importante porque une um ponto a outro, que é gravíssimo permitir que a pasta saia do dentifrício, que 13 menos 7 é igual a 9, que 30% de 30% não é 30% de 30%, que a pandemia só seria liquidada pelo isolamento horizontal porque as famílias vivem na horizontal e o coronavírus — muito esperto, muito solerte — aprendeu a atacar sempre na horizontal.
O PT, embora menos esperto, menos solerte, tratou de manter Dilma longe de palanques desde o fiasco da candidatura ao Senado por Minas Gerais em 2018. Lula, capaz de deixar pra trás a família inteira se for esse o preço de uma vitória nas urnas, não reservou um espaço para a companheira no latifúndio ministerial com 39 gabinetes de luxo. Preferiu mandar Dilma Rousseff para a China, que no cérebro despovoado de neurônios do presidente é o país mais longínquo do planeta(e mesmo assim, quem diria?, foi invadido por Napoleão Bonaparte, pelo menos na cabeça de Lula).
O País do Carnaval já foi considerado o país das oportunidades.
Hoje é um viveiro de oportunistas de picadeiro.
Há pouco mais de três anos, por exemplo, a paranaense Janja da Silva era namorada de preso. Hoje é primeira-dama.
Aos 20 anos, Dilma Rousseff militava num grupelho que acha possível derrubar à bala o governo militar, sepultar o regime capitalista e instalar a ditadura do proletariado. Hoje, a jovem assaltante de bancos é a sessentona que ganha uma fortuna por mês para presidir o Banco do Brics.
Está feliz como pinto no lixo, confirma a mais recente aparição de Dilma na internet. A bordo de um avião, ouve de uma passageira a exclamação: “Viajando de primeira classe!…” A mais rabugenta governante da História foi à réplica: “Lógico, querida. Eu sou presidente de banco, querida. E você acha que presidente de banco viaja como?”. Dito isso, seguiu em frente para alojar as malas em alguma parte do bagageiro que nunca lembra qual é.
Enquanto isso, na primeira classe da Emirates: “Eu sou Presidente de Banco, querida”. — Roussef, Dilma (2023) pic.twitter.com/jEjdS8WyQc— Renata Barreto (@renatajbarreto) December 13, 2023
Não se sabe direito o que anda fazendo na China. Ninguém sequer ouviu falar de um único e escasso projeto relevante produzido por sua gestão. Mas o que fez, faz ou deixou de fazer foi considerado suficiente pelo Sistema Cofecon/Corecons, que reúne o Conselho Federal de Economia e os Conselhos Regionais de Economia,para outorgar-lhe a máxima condecoração da entidade: Mulher Economista de 2023. É possível que, isolada na China, Dilma tenha aprendido a somar, subtrair, multiplicar e dividir. Se isso aconteceu, os economistas eleitores e a economista eleita se merecem.
Preciso agora descobrir o local do evento. Dilma certamente vai falar. Tomara que seja de improviso. Faz tempo que não ouço uma peça retórica em dilmês castiço.Meme com frase de Dilma Rousseff | Foto: Reprodução/Redes Sociais Leia também “Aqui o passado não passaAugusto Nunes, colunista - Revista Oeste