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sábado, 22 de agosto de 2015

Senadores preveem que Janot será reconduzido, mas sabatina sempre pode ser adiada forçando a posse de um interino



Senadores apostam na recondução de Janot, mas sabatina ainda é uma incógnita

Na Comissão de Constituição e Justiça, oito parlamentares são investigados na Lava-Jato

Não há dúvida, entre os senadores, de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, será reconduzido ao cargo, com a aprovação por um placar de cerca de 55 votos, como apostam alguns. No entanto, a sabatina dele na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que ocorrerá na próxima quarta-feira, é cercada de suspense. Dos 27 titulares da CCJ, oito delespouco mais de um terço são investigados pela Operação Lava-Jato; já dos suplentes, apenas dois. Janot precisa de maioria simples na CCJ para ter seu nome referendado. No plenário, precisa de maioria absoluta, ou seja, 41 votos. 
 Alguns senadores preveem que Janot enfrentará uma tempestade de questionamentos. O maior inquisidor deve ser o senador Fernando Collor (PTB-AL), denunciado nesta semana pelo procurador-geral ao Supremo Tribunal Federal (STF) sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.  Collor, que já xingou Janot da tribuna do Senado de “filho da p. e qualificou a denúncia apresentada contra ele de “teatro” e “festim midiático”, apresentou um voto em separado, na quarta-feira passada, no qual se posiciona contrário à recondução de Janot ao cargo. O senador também questiona um contrato para prestação de serviços de uma empresa publicitária à Procuradoria-Geral da República.

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A avaliação de aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é de que o procurador-geral da República denunciou Collor antes da sabatina na CCJ justamente como forma de tentar neutralizar a ação dele na sessão. A avaliação é que Collor fará “muito barulho”, mas já na condição de denunciado. Na noite de quarta-feira, Renan jantou com os senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE), Humberto Costa (PT-PE), Jorge Viana (PT-AC), e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), para fazer uma avaliação da situação. 
 Segundo aliados de Renan, ele está tranquilo, no sentido de que o problema maior está na Câmara, mas consciente do momento político. Aliados de Renan dizem que ele fez o movimento acertado de adotar uma estratégia de não enfrentamento com o próprio Ministério Público e de ter se afastado do colega Fernando Collor — que faz ataques diretos a Janot — e das táticas de rompimento de Cunha.

MUDANÇA DE ATITUDE [quando o barco começa a afundar, os ratos são os primeiros a abandonar - ser corruPTo já é desonroso, pior ainda corruPTo, covarde e traidor.]
Aconselhado por outros senadores, Renan foi se afastando de Collor, deixando para o ex-presidente os ataques ao procurador-geral. Embora também seja investigado pela Lava-Jato e, num primeiro momento, ter agido nervosamente contra Janot, Renan baixou o tom e passou a trabalhar para aprovar o nome dele. — As sabatinas têm sido exaustivas e profundas. Vamos aguardar a do Janot. As investigações do Ministério Público são legítimas. O MP não deve ser retaliado. Cada um no seu quadrado. Vamos respeitar
as regras do jogo — afirmou o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Fonte: Folha de São Paulo 
 

Acredite quem quiser e for estúpido o suficiente - talvez a Dilma

Governo perde prazo para o envio de projeto de reajuste salarial de funcionários do Executivo

Sem acordo, servidores públicos prometem intensificar greve, prejudicando áreas estratégicas

Sem acordo com os servidores públicos, o governo perdeu o primeiro prazo para enviar ao Congresso Nacional o projeto com o percentual de reajuste do Executivo, a partir de janeiro de 2016. De acordo com a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), em tramitação na Casa, o prazo terminou nesta sexta-feira. O Executivo tem agora uma semana para fechar um acordo com a categoria e enviar a proposta de reajuste salarial junto com o projeto de Orçamento, que precisa ser encaminhada ao Legislativo até o dia 31 deste mês. 
 O Ministério do Planejamento propôs reajuste de 21,3% para os funcionários do Executivo, escalonado em quatro anos, mas os sindicatos da categoria não aceitaram e aguardavam uma nova proposta do governo, o que não ocorreu.

Segundo o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, diante da falta de iniciativa do governo, as entidades pretender intensificar a greve, que já atinge diversas áreas como Ministério do Trabalho, INSS e Ministério da Fazenda, entre outras.- Vamos trabalhar para massificar o movimento e forçar o governo a apresentar uma proposta que seja mais justa - disse o sindicalista. 

Além dessa pendência, o governo precisa encontrar uma solução para acabar com a greve dos advogados públicos e dos auditores fiscais, que prejudicam áreas estratégicas como o andamento das sentenças judiciais contra a União e a arrecadação de impostos e contribuições do governo federal.

Procurada, a assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento informou que o governo vai encaminhar ao Congresso uma solicitação de alteração do prazo fixado no projeto da LDO, para encaminhar a proposta de reajuste dos servidores com o projeto de orçamento para 2016. Ainda segundo a pasta, as negociações com as categorias continuam.

Fonte: O Globo

Sair do Brasil = Se ainda existir PT em 2018 e ele ganhar qualquer eleição - acima de síndico - é um caminho a ser seguido

O êxodo dos brasileiros

Quem são os jovens, casais e famílias que estão abandonando o País e se mudando para o Exterior, acuados pela recessão econômica e a violência e revoltados com a corrupção

A família do publicitário Dijan de Barros Rosa, de 38 anos, não via a hora de embarcar para Vancouver, no Canadá, em janeiro deste ano. Mas, ao contrário da maioria dos brasileiros que viajam para esse país de férias, a aventura de Dijan, sua mulher Ana, 36, e as filhas Eduarda, 12 e Helena, 10, tinha data para começar, mas não para acabar. De mala nas mãos, eles abandonaram a cidade em que viviam, São Paulo, tudo o que haviam construído e partiram para uma nova vida. O fator que impulsionou a emigração foi um estado de insatisfação geral. “Viemos por conta da situação atual do País. Eu não tinha segurança de sair de casa sem saber se seríamos assaltados”, diz o publicitário. 

(...)

 
Gerente de vendas de uma indústria de tintas nos últimos cinco anos, ele pediu demissão, mesmo recebendo um bom salário, e arriscou tudo para dar um futuro melhor para as filhas. “Decidi investir na qualidade de vida da minha família.” Assim como Rosa, muitos brasileiros estão deixando sua terra natal em busca de um cenário mais promissor. São jovens profissionais, casais e famílias acuados diante da recessão econômica, dos índices de criminalidade elevados e do alto custo de vida e desiludidos com os infindáveis escândalos de corrupção.

Nesse cenário, empreender parece ainda mais difícil. “Há uma dificuldade de abrir o próprio negócio no País. A legislação é complexa e a estrutura tributária mais ainda, o que acaba desestimulando a iniciativa privada”, diz Braga. É por esse motivo que os recém-casados Alexandre Gala, 25 anos, e Fernanda Gala, 23, planejam sair do Brasil. Em setembro eles embarcam para Miami, nos EUA, onde pretendem abrir um negócio na área de alimentação. “Por mais que eu tenha uma situação favorável no Brasil, tenho uma insatisfação”, diz Alexandre. “Fiz um comparativo e vi que nos EUA eles incentivam mais o empreendedor. No Brasil seria muito diferente, tem muita burocracia.” Para ele, além dos obstáculos para empreender, pesaram na balança também os índices ruins da economia. “As pessoas aqui estão endividadas. Se eu tivesse casado há dois anos, talvez estivesse nessa situação também.”


Em época de mau desempenho econômico e contenção de despesas, as empresas evitam fazer novas contratações, o que afeta especialmente os jovens profissionais. “A falta de oportunidade de emprego é um fator determinante para a mudança de país, sobretudo para os mais novos. As vagas aqui estão muito disputadas e a remuneração média lá fora é superior”, diz Braga. A busca por melhores chances de estudo e trabalho foi o que motivou o paulistano Vinicius Ponce de França Gomes, de 21 anos, a se mudar para Paris em 2014. 

“Antes de vir para a França eu era estagiário em São Paulo, mas não fui efetivado. Cheguei a trabalhar em um cartório, fazia hora extra, mas no fim do mês sobrava muito pouco”, diz Gomes. Sem dinheiro para bancar uma universidade particular ou um cursinho preparatório, ele decidiu deixar o País. “Eu tenho uma tia na França e cidadania portuguesa, o que ajudou no processo de mudança”, diz. No ano passado, Gomes frequentou aulas de francês bancadas pelo governo de lá. Agora está fazendo um estágio e em breve será contratado por uma multinacional que promete financiar parte de seus estudos. “No Brasil, eu não estava motivado a continuar estudando. Aqui, consegui dar sequência à minha educação e tenho a oportunidade de construir uma carreira”, afirma. “Tive que começar do zero, deixar muitas coisas de lado, porém não me arrependo de nada. Fora do Brasil você consegue viver e não apenas sobreviver.


 O momento de crise também estimula famílias com um alto nível econômico a abandonarem a terra natal. A paulistana Daniele Souza, 38 anos, decidiu morar fora do Brasil por conta da insatisfação com o rumo que o País estava tomando. “Estávamos desacreditados com a política brasileira, por isso decidimos mudar para os Estados Unidos”, afirma. Em outubro de 2014, ela e o marido Edney Souza, 38 anos, engenheiro que tinha um trabalho estável aqui, se mudaram com os filhos Mateus, 16, e Mariana, 8, para Orlando, na Flórida. “Queríamos dar mais segurança para nossos filhos. Aqui, eles estudam em escola pública, algo que seria impensável no Brasil” diz. A adaptação não foi fácil, especialmente pela barreira da língua, mas hoje a família se diz determinada a ficar. “Temos uma reserva de dinheiro e queremos abrir um negócio. Não pensamos em voltar”, afirma Daniele. “Acompanhamos as notícias de corrupção no Brasil e temos a certeza de que saímos na hora certa.”

Se para as famílias e jovens que vão embora do País o futuro se desenha promissor, para quem fica o rumo da nação parece incerto. Enquanto houver crise, mais e mais profissionais e jovens talentos brasileiros tentarão buscar mais qualidade de vida e oportunidades lá fora. Para Braga, do Ibmec, uma possível solução para esse êxodo seria o governo brasileiro criar um órgão que monitorasse e regulasse a emigração de brasileiros. “Hoje essa é uma questão subestimada. Nenhuma dessas pessoas estaria indo embora se tivessem condições de se desenvolver aqui”, diz. “É preciso criar mecanismos de atração para a volta e saber para onde elas estão indo e o que estão fazendo, para que seja possível o regresso.” Por enquanto, para esses milhares de brasileiros, o futuro não é aqui.


 Fotos:João Castellano/Ag. Istoé



PT não intimida instituições

Gilmar Mendes manda investigar campanha de Dilma

Berreiro do PT não intimida as instituições. Gilmar Mendes manda Janot —  que, até agora, ignorou Edinho Silva e Dilma na Lava-Jato —  investigar contas da campanha da presidente

[é sempre oportuno perguntar: quando o Janot vai denunciar o Renan?  - após seu nome for aprovado pelo Senado o que o tirará das  mãos do Renan; 

- ou vai denunciar Renan,  sem estar com a recondução garantida pelo atual presidente do Senado...

não pode ser olvidado que Renan pode a qualquer  momento adiar a sabatina e ocorrendo o adiamento até o dia que expira o atual mandato do Janot, será nomeado um procurador-geral interino.

Tal  Poder ninguém tira do Renan; 

Do mesmo modo ninguém tira do atual presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, o de receber e encaminhar para votação qualquer pedido de impeachment apresentado contra Dilma.]

Os petistas e suas franjas nos ditos movimentos sociais nada mais do que aparelhos do partido financiados com dinheiro público — insistem em chamar de golpe o cumprimento das leis. Ainda que não se conformem, terão de prestar contas ao Estado de Direito. E não há acordão ou arranjão que possam impedi-lo. Até agora, que se saiba, Rodrigo Janot, procurador-geral da República, não demonstrou curiosidade em investigar a ação do hoje ministro Edinho Silva (Comunicação Social) como tesoureiro de campanha de Dilma Rousseff à reeleição, embora, em delação premiada, seu nome tenha sido citado pelo empreiteiro Ricardo Pessoa como arrecadador de um megapixuleco.

Muito bem! Não dá mais para ficar assim. Quando menos, a investigação terá de ser feita. Gilmar Mendes, ministro do STF e membro do TSE, enviou documentos a Janot e à Polícia Federal recomendando a abertura de investigação criminal  para apurar se a campanha de Dilma recebeu dinheiro do propinoduto da Petrobras. Segundo o ministro, os indícios existem e ensejam a abertura de ação penal pública. Mendes determinou ainda que os dados sejam enviados à Corregedoria Eleitoral para a eventual detecção de irregularidades na prestação de contas do PT.
Aliás, entre os dados colhidos pela Operação Lava-Jato que o ministro usou para orientar a sua decisão, está o trecho da delação premiada de Pessoa, em que ele afirma ter doado R$ 7,5 milhões para a campanha de Dilma em 2014 por temer prejuízos em seus negócios na Petrobras. Quem negociou foi Edinho.
Atenção, essa iniciativa não pertence ao escopo do pedido de investigação da campanha de Dilma feita pelo PSDB, que acusa a campanha da presidente de abuso de poder político e econômico e, também, de receber dinheiro irregular, oriundo de corrupção na Petrobras. A admissibilidade da denúncia está parada no TSE. Luiz Fux pediu vista quando placar estava 2 a 1 em favor da abertura do processo. Um terceiro ministro já havia se manifestado pelo “sim” — bastam quatro votos para que a investigação seja aberta.
Mendes foi o relator da prestação de contas da campanha de Dilma, aprovada em dezembro com ressalvas. O ministro deixou claro, então, que manteria o processo em aberto para a averiguação de eventuais irregularidades. Observa ele: “É importante ressaltar que, julgadas as contas da candidata e do partido em dezembro de 2014, apenas no ano de 2015, com o aprofundamento das investigações no suposto esquema de corrupção ocorrido na Petrobras, vieram a público os relatos de utilização de doação de campanha como subterfúgio para pagamento de propina”.
Escreve ainda o ministro: “Há vários indicativos que podem ser obtidos com o cruzamento das informações contidas nestes autos [...] de que o PT foi indiretamente financiado pela sociedade de economia mista federal Petrobras [o que é proibido por lei]. [...] Somado a isso, a conta de campanha da candidata também contabilizou expressiva entrada de valores depositados pelas empresas investigadas”.
O ministro aponta também uma série de inconsistências nos gastos de campanha. O segundo maior contrato, de R$ 24 milhões só o marqueteiro João Santana recebeu mais se deu com uma empresa chamada “Focal”, que tem como sócio um motorista. O PT adoraria que o simples berreiro na rua mudasse a sua história. Mas não muda. Vai ter de responder perante o eleitor por tudo o que não fez e perante a lei por tudo o que fez.
 

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

 

Operadoras unidas vencerão o WhatsApp? ou o WhatsApp jamais será vencido?

Operadoras se unem e preparam documento contra uso do WhatsApp no Brasil

O WhatsApp, mais do que nunca, está na mira das operadoras de telecomunicações do Brasil. De acordo com a agência Reuters, em dois meses elas pretendem entregar às autoridades locais um documento com embasamentos jurídicos e econômicos contra o funcionamento do aplicativo.

O alvo das operadoras no relatório que deverá ser entregue à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) diz respeito principalmente ao serviço de voz do WhatsApp. O sistema de troca de mensagens não será citado no documento.

As operadoras esperam questionar o modo como a oferta de serviço chega ao usuário. No WhatsApp, ele se dá por meio do número de telefone móvel do usuário, enquanto em outros serviços, como Skype, ele acontece por login específico.

O argumento que as operadoras tem e esperam ser aceito pela Anatel é de que o número do celular
é outorgado pela própria agência e as empresas pagam tributos para cada linha autorizado, coisa que o WhatsApp não faz. Além dessa questão, a fiscalização pela qual passam as operadoras não é repetida com o aplicativo.


Fonte: Reuters 

 

Rasgando (o nosso) dinheiro



PT tem ojeriza à privatização — mais à palavra que ao conceito, diga-se. Prefere-se doar parte do patrimônio nacional ao mercado a dar o braço a torcer

O presidente do Conselho da Petrobras votou contra a abertura de capital da BR Distribuidora, por ponderáveis razões: ainda “há passos a cumprir”, disse ele; antes de abrir o capital a companhia deveria “contratar profissionais com experiência em varejo altamente qualificados”, que preparariam “um plano de negócios e gestão para a BR”. Foi acompanhado pelo conselheiro representante dos empregados, que destacou as dificuldades da economia neste momento, a recomendar o adiamento da venda de parte de um ativo tão relevante e valioso.

É alvissareiro que a passividade dos ministros de Estado que outrora presidiam o conselho de nossa mais importante sociedade de economia mista tenha sido substituída pelo voto atento e arguto de um reputado profissional de mercado e de um representante dos empregados. Mas isto não basta.  Abrir o capital de uma companhia no Brasil e vender parte das ações, neste momento de cotações depreciadas, é uma decisão que somente se justificaria por condições muito peculiares. Basta ver que praticamente nenhuma companhia privada brasileira está se movendo nessa direção. Somente a União Federal deseja fazê-lo, e com alguns de seus ativos mais preciosos.

A condição peculiar alegada para a pressa é a necessidade de recursos. Essa é, realmente, uma razão muitas vezes presente em decisões desse tipo. Dívidas vencendo, estouro de limites de endividamento, risco de rebaixamento de rating, e outros que tais. Mas uma companhia privada somente decide liquidar seus ativos em más condições de mercado se não tem alternativa. E esse não é o caso da União.

De fato, esse mesmo governo que se dispõe a vender muito barato participações minoritárias, em companhias que ele seguirá controlando, poderia privatizar integralmente outros ativos, que passariam a ser controlados pelo setor privado. Pelo comando dessas empresas ou ativos os particulares estariam dispostos a pagar bem mais, e eventualmente até um prêmio sobre o preço justo. E isso para não falar no efeito positivo nas expectativas dos agentes econômicos que seria gerada por um movimento de privatização.

Quem se disporá a pagar o preço justo de uma companhia para ser minoritário de um governo que fez o que fez com a Petrobras, que não apoia os projetos de lei de alteração da governança das estatais, e que nem mesmo se dispôs ao mínimo, que seria aderir aos padrões de governança criados pela BM&FBovespa para as sociedades de economia mista?

A resposta é muito óbvia: os investidores estarão dispostos a pagar pelas ações da BR Distribuidora, e pelas outras que virão. Mas pagarão um preço muito menor que o valor econômico potencial da companhia. Exigirão um grande desconto, que justifique correr o enorme risco de ser minoritário de uma sociedade de economia mista controlada ao bel-prazer dos governos, na qual a boa qualidade dos gestores continuará dependendo da boa vontade (ou do mau momento político) dos governantes, ao invés de decorrer de mecanismos incluídos na lei, como deveria. E em que mesmo o voto dos bons gestores será ignorado, se assim quiser o poder central.

A única razão aparente para optar-se pelo caminho da venda de participações minoritárias em companhias muito valiosas, a preços muito baixos, ao invés de vender outros ativos integralmente, a preços melhores, é a ojeriza do PT à privatização — mais à palavra que ao conceito, diga-se. Prefere-se doar parte do patrimônio nacional ao mercado a dar o braço a torcer.

À vista da determinação do governo de insistir no erro, contra tudo e contra todos, só resta ao Congresso Nacional reconhecer a urgência da tramitação dos projetos que alteram a governança das estatais, de maneira que, mesmo contra a vontade do governo, possam entrar em vigor a tempo de evitar, ou reduzir, mais essa lesão ao patrimônio nacional.

Por: Arminio Fraga é economista e foi presidente do Banco Central e Marcelo Trindade é advogado e foi presidente da Comissão de Valores Mobiliários



sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Dilma e ministros já receberam, em parcela única, o adiantamento do 13º salário – aposentados receberão a primeira parcela dividida em duas ou três

Governo deve pagar adiantamento do 13º de aposentados em duas parcelas

Proposta será encaminhada pela equipe econômica à presidente Dilma Rousseff nos próximos dias

O Ministério da Fazenda deve propor o pagamento do adiantamento da primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas em duas parcelas. Segundo fontes próximas ao assunto, a primeira delas seria na folha de setembro, e a segunda, em outubro. A proposta será encaminhada pela equipe econômica à presidente Dilma Rousseff nos próximos dias. A folha de setembro é paga entre início de setembro e início de outubro. Já a de outubro é paga entre o fim daquele mês e começo de novembro.
Em 2015 o governo quebrou uma tradição de nove anos. Desde 2006, a antecipação da primeira parcela do 13º salário ocorria na folha de agosto, que é paga entre o fim deste mês e o começo de setembro. O motivo foram as dificuldades enfrentadas para fechar as contas públicas, que inclui a baixa arrecadação federal de impostos. No ano passado, a Previdência gastou 13,9 bilhões de reais para esse pagamento. Ao todo, mais de 27 milhões de beneficiários receberam a antecipação.
O atraso levou o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi) a entrar com uma ação na Justiça, nesta semana, pedindo que o governo federal seja obrigado a antecipar o pagamento da primeira parcela do 13º salário dos aposentados. Tonia Galleti, coordenadora do departamento jurídico do sindicato diz que o não pagamento do adiantamento do 13º salário fez com que 15 bilhões de reais deixassem de entrar na economia.  "Verba alimentar compõe o patrimônio do trabalhador, seja aposentado, ou não. Estamos falando de um direito social. Desde 2006, o adiantamento da primeira parcela tem sido feito entre julho e agosto. É uma tradição muito forte", reforça Galleti.
O atraso no adiantamento do 13º não afetou os servidores federais, no entanto. A presidente Dilma Rousseff e os ministros já receberam, em julho, 50% de suas remunerações extras. No mês passado, o governo federal pagou metade do 13º salário dos servidores da União, o que inclui a presidente e sua equipe econômica.
Fonte: Revista VEJA

Nós, os antiesquerdistas, vencemos!



Os que manifestaram pela continuidade do governo são, no entanto, contrários às medidas do... governo!!!
A atual política brasileira é filha da paranoia e da esquizofrenia. É paranoica porque a força política ainda dominante no establishment vê, ou finge ver, inimigos em todos os cantos, hostilizando mesmo aqueles que se dedicam à simples advertência sobre seus desmandos. Mas essa política é, sobretudo, esquizofrênica. E isso explica por que não há saída para a presidente Dilma Rousseff. Ela vai cair.

Vocês notaram? Os que a querem fora da cadeira - e eu quero!– foram às ruas no domingo passado, dia 16, contra a roubalheira, contra a incompetência, contra o mundo "petralha", vocábulo já dicionarizado, que criei no ano 2000, ainda antes de o PT chegar à Presidência. A minha referência era o que eu sabia que o partido já andava fazendo em municípios e Estados. Celso Daniel, por exemplo, foi assassinado em janeiro de 2002 e estava no quinto ano de sua volta à Prefeitura de Santo André. Os petralhas – petistas que aderiam à ética dos Irmãos Metralhadiziam roubar os cofres públicos para nos salvar. Eu me nego a ser salvo por bandidos.

Pois é... Embora muitas pessoas tenham dito para si mesmas e para os outros, no domingo passado, que não podem ser obrigadas a arcar com o custo da irresponsabilidade petista, a quase todos era claro que o ajuste fiscal é necessário; que ele é a correção fatal das bobagens feitas pelo petismo. Vale dizer: não batemos panela, bumbo ou boca contra o ajuste fiscal. Mas contra Lula, o boneco inflado, e contra Dilma, a Lírica da Mandioca, que não sabe cortar gastos nem fazer... ajuste fiscal!

Quem grita contra o que faz sentido no governo é Guilherme Boulos,  o coxinha predileto das tias –"Que menino opinioso!!!". Quem faz isso é João Pedro Stedile, o sem-terra a quem a enxada provocaria um choque anafilático. Mobilizar-se contra a correção necessária dos desmandos do Estado hipertrofiado é coisa de mamadores oficiais; de gente que depende dele para alimentar as suas taras de classe, ainda que tomadas de empréstimo, como no caso dessa dupla.  Ou por outra: quem quer Dilma fora da cadeira presidencial defende a única coisa que pode fazer algum sentido em Dilma. Os que a querem onde está a consideram uma vira-casaca, mas ela ainda é a melhor garantia do Estado-babá, que vai mantê-los alimentados com o leite de pata estatal. E aí está a esquizofrenia.

Os muitos milhares que foram às ruas no domingo não reconhecem na presidente as condições políticas e morais para continuar no comando do país, embora saibam que ela já caiu do cavalo na estrada de Damasco e descobriu a iluminação do óbvio. Os que, na quinta (20), mamando em alguma sinecura oficial, manifestaram pela continuidade do governo são, no entanto, contrários às medidas do... governo!!!

A ironia macabra desses dias é mais ou menos esta: os que já não podem conviver com Dilma apoiam boa parte das medidas adotadas por... Dilma! Os que esgoelam "Fica Dilma" não aceitam as escolhas necessárias de... Dilma!

Os ligeiros logo decretarão um empate de enganos e desenganos entre os que, de um lado e de outro, não saberiam onde pôr o seu desejo. Errado! Não há empate nenhum! Nós, os antiesquerdistas, vencemos. Não queremos nada pra nós. Nem sinecura nem caraminguás. Só lutamos pelo triunfo da matemática. Os outros apenas imploram para viver, vencidos pela evolução da espécie.

Fonte: Folha de São Paulo