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sábado, 30 de julho de 2016

A Olimpíada do Rio encerra também a maratona de Lula correndo da polícia. Daí em diante, a prova é de 100 metros rasos

Rio 2016, hora do xadrez

A Olimpíada do Rio encerra também a maratona de Lula correndo da polícia. Daí em diante, a prova é de 100 metros rasos

Dilma e Lula não vão à Olimpíada. Foram pegos no antidoping. O laboratório da Lava-Jato descobriu que a campanha da presidente afastada derramava milhões de reais numa empresa de fachada do setor de informática, entre outros anabolizantes criminosos. No caso do ex-presidente, uma nova substância ilegal foi atestada em laudo da Polícia Federal — constatando que as reformas no sítio de Lula que não é de Lula foram orientadas pelo próprio. Só a repaginação da cozinha custou 252 mil reais.


Lula não adianta correr, espernear, ganir - as pulseiras e as jaulas esperam por você, é só questão de tempo

O ex-presidente já avisou que não vai deixar barato. De fato, nada que envolva Lula é barato. Perguntem aos laranjas da Odebrecht que compraram um prédio para o Instituto Lula. E lá foi o maior palestrante do mundo para Genebra, com sua comitiva, denunciar à ONU a perseguição que está sofrendo no Brasil.  A elite vermelha está rica, pode rodar o mundo se quiser, alardeando o seu sofrimento, protegida por seus advogados milionários. Há de conseguir uma rede internacional de solidariedade, para que todos tenham direito de matar a fome em cozinhas de luxo, e não falte a ninguém uma empreiteira de estimação.

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A ONU é a instância perfeita para o apelo de Lula. É uma entidade recheada de burocratas bem pagos para fomentar a indústria do alarme e da vitimização. Mas a ONU não é perfeita como Lula: parte de suas ações tem efetividade, manchando o ideal do proselitismo 100% parasitário. Deve ter sido um frisson em Genebra a chegada do ídolo brasileiro — que passou 13 anos liderando um governo oprimido, sugando um país inteiro sem perder a ternura, e permanecendo livre, leve e solto, voando por aí. Um mago.

É justamente para continuar livre e solto que Lula foi à ONU. Ele sabe que será condenado por Sérgio Moro. Acaba de virar réu por obstrução de Justiça, no caso Delcídio-Cerveró. Nessas horas é melhor mesmo recorrer aos gigolôs da bondade internacional. É uma turma capaz de ignorar numa boa as obras completas do mensalão e do petrolão, e tratar Lula como um pobre coitado, perseguido por um juiz fascista. A lenda do filho do Brasil cola muito mais fácil do que a do filho adotivo da Odebrecht.

Os plantonistas da solidariedade cenográfica já bateram um bolão na resistência ao golpe contra Dilma. Claro que toda a picaretagem revelada por João Santana não comove essa gente. Nem as confissões da Andrade Gutierrez sobre a rota da propina montada com um assessor direto da companheira afastada, injustiçada e perseguida. Muito menos o buraco em que esses heróis progressistas jogaram o Brasil, escondendo déficits graças à arte da prostituição contábil. Nada disso é crime para os simpáticos jardineiros da fraude.

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro representam um momento histórico. Marcarão a demissão definitiva da mulher sapiens, e a devolução ao povo da frota federal que serve sua filha. Ainda tem gente escolarizada defendendo esse escárnio — contando ninguém acredita —, mas são cada vez menos. Até a vocação para o vexame tem seus limites. A Olimpíada do Rio encerra também a maratona de Lula correndo da polícia. Daí em diante, a prova é de 100 metros rasos. Se a democracia ultrapassar a demagogia, o ex-presidente vai ter que pagar pela ação entre amigos que depenou o Brasil.

A opinião pública segue, como sempre, em sua viagem na maionese. Segundo dois grandes institutos de pesquisa, a maioria quer eleições presidenciais antecipadas.  Ou a maioria não conhece a lei, ou não está interessada em cumpri-la. É a renovação da esperança para a escola de malandragem que o país, a tanto custo, está enxotando do poder. Os heróis providenciais estão todos aí, excitadíssimos, para herdar o rebanho petista. São os que, de forma mais ou menos envergonhada, combateram o impeachment da mulher honrada — aí incluídos os puritanos da Rede, PSOL e demais genéricos do PT. Prestem atenção: estarão todos nas eleições municipais atacando o governo de homens velhos, brancos, bobos e feios de Michel Temer.

Esse governo careta, recatado e do lar, que não tem mulher sapiens para divertir a plateia, está arrumando a casa. Não porque Temer seja um iluminado. Ele só percebeu — como Itamar duas décadas antes que sua única chance era botar os melhores para tomar conta do dinheiro. E botou. Saiu a delinquência fisiológica, entrou a eficiência. É assustador para os parasitas das lendas humanitárias ver a máquina nas mãos de profissionais.

O vento já virou, o Brasil vai melhorar, e isso é terrível. Como na época do Plano Real, os solidários de butique correm o risco de voltar a pregar no deserto, enquanto a vida da população desgraçadamente progride. Quem vai comprar ideologia vagabunda num cenário desses?  Só pedindo socorro à ONU. Mas se apressem, porque depois da Rio 2016 será a hora do xadrez.

Fonte: Guilherme Fiuza, jornalista - O Globo
 

Lula vira réu por tentar obstruir a Operação Lava Jato

O ex-presidente é acusado de ter feito parte de um esquema arquitetado para comprar o silêncio de um delator

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sentará no banco dos réus pela primeira vez em sua história. O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara do Distrito Federal, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal que acusa o ex-presidente de comandar um esquema armado para obstruir a Operação Lava-Jato. Em sua última edição, VEJA revelou os detalhes das acusações feitas pelo procurador da República Ivan Cláudio Marx.

As provas apresentadas contra Lula são fartas e consistentes. Ligações telefônicas, extratos bancários e e-mails revelam que o ex-presidente impeliu o ex-senador Delcídio do Amaral a adotar “medidas para a compra do silêncio de Nestor Cerveró”, ex-diretor da área internacional da Petrobras. O objetivo era evitar que Cerveró fechasse um acordo de delação premiada, que comprometeria tanto Lula como um dos seus amigos mais próximos,  José Carlos Bumlai.

O pecuarista contratou um empréstimo de 12 milhões de reais com o banco Schahin para saldar dívidas de campanhas do PT em 2006. Em troca, o grupo Schahin ganhou um contrato bilionário com a diretora comandada por Cerveró. Procurada por Delcidio, a família de Bumlai resolveu ajudar no complô arquitetado contra a Lava-Jato — e desembolsou 250 000 reais para pagar os honorários do advogado Edson Ribeiro, que defendia o ex-diretor da Petrobras.

De acordo com o MPF, há indícios de que “Lula atuou diretamente com o objetivo de interferir no trabalho do Poder Judiciário, do Ministério Público e do Ministério da Justiça, seja no âmbito da Justiça de São Paulo, seja do Supremo Tribunal Federal ou mesmo da Procuradoria-Geral da República”.

Além do ex-presidente, também viraram réus: Delcidio do Amaral e seu assessor Diogo Ferreira, José Carlos Bumlai e seu filho Maurício Bumlai, Edson Ribeiro e o banqueiro André Esteves. Lula, segundo os investigadores, ocupou papel central no esquema e dirigiu a atividade criminosa praticada pelo grupo.


Após receber a denúncia apresentada pelo MPF, o juiz Ricardo Leite decidiu: “Pela leitura dos autos, observo a presença dos pressupostos processuais e condições da ação (incluindo a justa causa, evidenciada pelas referências na própria peça acusatória aos elementos probatórios acostados a este feito), e que, a princípio, demonstram lastro probatório mínimo apto a deflagrar a pretensão punitiva proposta em juízo”.

Fonte: Revista VEJA

 

O cordel encantado de Lula

A petição encaminhada à ONU é uma peça risível e a perfeita tradução da alma do ex-presidente: um tratado de vitimização e de autolouvação

A denúncia de Lula ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) é mais um capítulo na infindável saga de vexames a que o país vem sendo submetido no cenário internacional. Não contente de escancarar ao mundo a extensão de nossa miséria moral, administrativa e política, ao trazer para o Brasil uma Copa do Mundo e uma Olimpíada, o ex-presidente agora segue os passos de Dilma Rousseff e mancha um pouco mais a imagem da Nação ao levantar suspeitas sobre a Justiça brasileira.

A petição é uma peça risível e a perfeita tradução da alma do ex-presidente: um tratado de vitimização e de autolouvação. Lula parece ver a si mesmo como herói de uma saga de literatura de cordel. A boa notícia é que, perante o Cordel Encantado de Lula, o leitor tem certeza que o petista está em pânico devido à possibilidade de vir a ser preso pelo juiz Sérgio Moro.

O mais surpreendente na petição é o uso, em diversos momentos, de uma linguagem coloquial incompatível com a que se espera em um documento endereçado a uma corte internacional. Os principais alvos são o juiz Sérgio Moro, o Ministério Público e o vazamento de informações, mas as acusações perdem impacto diante das teorias da conspiração e da alta carga ególatra-coitadista que se lê nas mal traçadas linhas. [o estúpido do Lula insiste - acreditamos que sem a concordância de seus advogados que certamente não são tão desprovidos de raciocínio quanto o cliente cuja causa patrocinam - em tentar convencer (algo impossível, mesmo junto aos eleitores que votaram por duas vezes nele e em Dilma, a Afastada,) que houve ilegalidade quando uma conversa telefônica da 'afastada' com Lula foi gravada.
Esquece o Apedeuta que autorizar gravações de detentor de foro privilegiado, o que inclui o presidente da República, é competência do STF - desde que os números grampeados sejam da autoridade com perrogativa de função.
Mas, os números grampeados pertenciam ao Lula, ex-presidente e SEM foro privilegiado ou perrogativa de função. Quem ligou para Lula foi a Dilma. É a mesma situação de se colocar um traficante sob vigilância da polícia e se flagrar o presidente da República comprando drogas do traficante vigiado - neste caso o foro privilegiado do cliente não pode ser invocado.
Lula, pare de tentar enganar os seus eleitores, por duas razões:
- nem eles acreditam mais em você;
- quando uma autoridade com foro privilegiado liga para o telefone de um bandido (ato praticado por Dilma, a Afastada, ao telefonar para você) ela abre mão de todo direito ao sigilo da conversa. Vale o: DIZ-ME COM QUEM ANDAS, QUE TE DIREI QUEM ÉS!]

Lula chega a acusar Moro de ser candidato à Presidência da República em 2018! E não se envergonha de defender o fim das prisões temporárias que levam os envolvidos no Petrolão a fazer delações premiadas. Sua defesa também se posiciona a favor das propostas que tramitam no Congresso Nacional, sob as bênçãos do impoluto Renan Calheiros, e que representam  um freio nas ações da Lava Jato.

E o que dizer do momento em que Luiz Inácio demonstra incômodo como aliás já o fez em diversos discursossobre os prêmios internacionais concedidos a Sérgio Moro? 

Lembro-me de, em um de seus últimos discursos, o ex-presidente ter advertido Moro sobre os perigos da vaidade por receber prêmios internacionais. Acho bonito quando a experiência fala – e Lula sabe como poucos o poder da bajulação como infladora do ego. Noto que Lula teme Moro em três aspectos: o de juiz que vai determinar sua prisão; o de concorrente na categoria brasileiro-estrela-incensado-no-exterior; e futuro concorrente nas eleições de 2018. Calma, Lula, só os dois primeiros são reais ameaças.

Juro que tentei fazer uma análise sóbria do que li, mas minha veia histriônica ficou inquieta diante de frases como a que o gabinete de Moro “vaza como uma peneira” informações sigilosas a fim de destruir a honra (sic) e a reputação (sic, de novo) de Lula. Ou que a corrupção no Brasil é um exagero da mídia.

Há de se reconhecer o talento do advogado de Lula para a comédia. Desafio qualquer um a permanecer com ar compungido diante do trecho que classifica Sérgio Moro como um soldado das Cruzadas! Nesse caso, quem seria Lula? Saladino? Outro momento impagável é o exemplo escandaloso” da parcialidade de Moro: o juiz foi convidado de honra na festa de lançamento de um livro sobre a Lava Jato. O texto adverte que, na ocasião, Sergio Moro cometeu o gravíssimo crime deposar para fotos com o autor do livro e sua mãe “que é conhecida por reprovar Lula”.

Ainda agora me pergunto como lidar com esse primor da egolatria vitimista: “Lula é reconhecido internacionalmente como um lutador dos direitos dos trabalhadores para o desenvolvimento econômico e social do país, com ênfase no alívio da pobreza.  No Brasil sua honra e reputação são altas, particularmente entre os mais pobres. No entanto, ele tem muitos opositores nas classes média e alta, os quais estão prontos para falar mal dele quando é difamado por juízes e promotores, que o incluíram como suspeito em investigações de corrupção. Essas autoridades tentam criar expectativas na população da culpa de Lula, com a colaboração da mídia, que também é quase toda contra o ex-presidente e o Partido dos Trabalhadores”.

Segurei o riso quando a defesa de Lula reclamou que o Brasil não tem uma lei “para impedir campanhas de difamação contra suspeitos antes de seu julgamento”. E como sou discípula do velho e bom Aristóteles, apelei para a catarse a fim de terminar a leitura. Já que Lula se vê como herói de literatura de cordel, imagino que os que dominam essa adorável modalidade literária poderiam se apropriar de alguns trechos da petição encaminhada à ONU para compor novas peças. Minha contribuição para a obra é a elaboração dos títulos.
Ei-los: 
A fantástica história do Pai dos Pobres e sua luta contra as elites malvadas e a mídia perversa;  
A saga do malvado Moro e de Janot, seu jagunço;  
A lenda do mensalão e os exageros dos jornalistas malvados;  
O cruzado Sergio Moro e a tortura dos inocentes; 
Moro, o ferrador de gente, consumido pelo desejo de ser herói;  
O grande medo de ver o sol nascer quadrado nos calabouços do Reino de Curitiba;  
O grande dragão estrangeiro roubando o cordel (sobre a possibilidade da Netflix retratar Moro como herói e Lula como vilão);  
A espetacular história do jogo de um homem só: o juiz como goleiro, meio campo e centroavante; 
 A epopéia da delação que nasce a fórceps; 
O manual do eufemismo em terras de Lampião (A “Operação Lava Jato”, sem dúvida, descobriu alguns casos graves de corrupção na Petrobras, como resultado da aparente atuação ilegal das cinco maiores empresas de construção do Brasil, que supostamente formaram um cartel”) 
A memória que se perdeu no vasto mundo (“Lula tem repetida e enfaticamente negado que tenha conhecimento, tampouco, que tenha aprovado tais crimes, ou recebido qualquer dinheiro ou favores como “propina” por ações ou decisões que ele tenha tomado quando presidente do Brasil, ou em qualquer outro momento”);  
O mistério do sítio e do triplex sem donos;  
A incrível história do juiz que queria ser presidente; 
A farsa de Silvério dos Reis, que culpou os próprios amigos (“A quadrilha envolvida na Lava Jato foi o cartel de empresas construtoras, do qual nunca poderia ter se alegado que Lula era o chefe”);  
O caboclo incitador de poviléu 
A epopéia do ataque à casa do pai dos pobres (“De manhã cedo, o ataque contra a casa de Lula foi liberado para a mídia. A foto abaixo mostra ele sendo conduzido de seu apartamento em um elevador cheio de policiais”); 
 O pacto de sangue para matar o herói (Onde se aprende que Moro se aliou a grupos politicamente hostis a Lula)
O cavaleiro encantado na luta contra o eixo do mal (“Os principais meios de comunicação brasileiros – jornais, revistas e a televisão – são todos hostis a Lula). Haja imaginação!

 Por: Sonia Zaghetto - Coluna do Augusto Nunes - VEJA

 

MPF quer reduzir os poucos poderes que ainda restam à Justiça Militar

MPF aponta suposta inconstitucionalidade em projeto que amplia poderes da Justiça Militar

O Ministério Público Federal encaminhou ao Congresso um parecer que aponta supostas inconstitucionalidades em um projeto de lei que pretende transferir à Justiça Militar a competência para julgar crime de homicídio praticado por militares das Forças Armadas contra civis. [nada mais justo que um militar que no desempenho de suas funções, no cumprimento do seu DEVER LEGAL, cometa crime de homicídio contra civil seja julgado pela Justiça Militar, segundo as regras do CÓDIGO PENAL MILITAR e CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR.]

Para o MPF, a proposta é equivocada porque amplia a competência da Justiça Militar estabelecida pela legislação, além de contrariar jurisprudência do STF e posições firmadas por órgãos internacionais, como a Comissão de Direitos Humanos da ONU, que define a atuação do STM  apenas para o julgamento de casos que envolvam ofensa às instituições militares. [passa da hora dos ilustres membros do MPF que defendem que o Brasil se submeta as leis de órgãos internacionais, consigam o apoio de Cuba e Venezuela e apresentem um projeto tornando o Brasil colônia da ONU.]

O documento foi elaborado pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, em conjunto com as câmaras Criminal e de Controle Externo da Atividade Policial e Sistema Prisional.

Fonte: Radar On Line - VEJA 

 

 

Assassinato em choperia que ocorreu há 19 anos deve atrasar a Lava-Jato

Um crime que aconteceu no interior de São Paulo há 19 anos deve, por coincidência, atrasar a Lava-Jato. O processo corre em Ribeirão Preto, bem longe das mãos de Sergio Moro.

Marcelo Zacharias Afif Cury é acusado de atirar contra duas pessoas em frente a uma choperia. O crime ocorreu em 1997 e o estabelecimento nem existe mais.

Marcelo irá a júri popular no próximo dia 25 e, por mais improvável que isso seja, deve atrasar o andamento da Lava-Jato. Por acaso, seus advogados são os mesmo de Mônica Moura e João Santana.   Fábio Tofic e Debora Perez foram ao juiz Moro pedir para que o interrogatório de Santana e sua mulher não fosse marcado entre os dias 22 e 26 de agosto, afinal, estarão representando Marcelo em seu julgamento, em Ribeirão Preto.

Fonte: Radar On Line
 

Sexo e a Casa Branca

Com Hillary Clinton na Casa Branca - algo que esperamos não ocorra - a luta em prol da liberação mundial do aborto será fortalecida. Matar ser humanos inocentes e indefesos será a regra, algo a ser apoiado e incentivado.

Hillary Clinton tem um longo currículo, mas continua à sombra de Bill - e se orgulha de ter sido sua alcoviteira no caso Mônica Lewinsky.

Enfim, a democrata Hillary Clinton entrou para a História dos EUA como a primeira mulher a vencer as primárias de um partido relevante com chances reais de chegar à Casa Branca — em 1872, Victoria Woodhull foi candidata por um partido nanico. Isso ocorre 228 anos depois de aprovada a Constituição americana, e quase um século após o sufrágio, que permitiu às americanas votar.  O caminho percorrido foi longo, no entanto, na última semana, um dos temas mais debatidos sobre sua candidatura era como Hillary deveria responder aos eleitores se o escândalo político sexual envolvendo o então presidente Bill Clinton e a estagiária Monica Lewinsky voltasse à tona. Donald Trump, o candidato do Partido Republicano, acusou-a de estar playing the gender card (algo como jogando a “cartada do gênero”), ou seja, usar o fato de ser mulher para se beneficiar na corrida presidencial.

Não sei se Trump sabe, mas 51% da população americana são mulheres, não era sem tempo que uma delas chegasse à corrida presidencial. Se um candidato pode tirar vantagem do próprio gênero é Trump. Ser homem tem sido até agora um pré-requisito para a Casa Branca e outros cargos no governo dos EUA. [nada contra as mulheres mas vejamos o exemplo do Brasil - foi só dar chance a uma mulher e ela ferrou com tudo, f ... tudo.]
 
Elas ocupam 19,4% dos assentos no Congresso americano — menos que a média mundial de 21,9%, o que põe os EUA em 75ª posição num ranking global de representatividade feminina nos governos nacionais, entre 189 países onde estes cargos foram eleitos diretamente, atrás de África do Sul, Cuba, Ruanda. O ranking é feito pela União Interparlamentar, que acompanha as atividades de Parlamentos em todo o mundo. Apenas 10% dos cargos de governador, 12% das prefeituras das cem maiores cidades americanas e 24% dos assentos nos Legislativos estaduais são ocupados por mulheres nos EUA. Elas são também minoria nos postos públicos.

É precisamente por isso que democratas e republicanos nunca tiveram uma candidata à Casa Branca até a última quarta-feira. Porque barreiras ainda impedem a maioria das mulheres com ambições políticas de trilhar uma carreira relevante que lhes permita exercer sua competência e demonstrá-la aos eleitores. Na taxa atual, levará 500 anos para que as mulheres sejam igualmente representadas no Congresso, calcula o site GovFem, que defende maior representatividade feminina na política.

Hillary é uma exceção à regra. Formada em Direito pela Universidade de Yale, onde conheceu Bill Clinton, seu colega de classe, ela trabalhou com uma série de políticos, integrou a equipe que investigou o escândalo de Watergate como consultora jurídica do comitê que analisava o impeachment do presidente Nixon, trabalhou na campanha de Jimmy Carter, e foi consultora legal de seu gabinete, até se tornar primeira-dama quando Bill Clinton foi eleito governador do Arkansas e, em seguida, presidente dos EUA. Depois disso, foi eleita senadora, cargo que ocupou entre 2001 e 2009, e secretária de Estado até 2013, mas continua sendo vista à sombra do marido.

As mulheres nos EUA ainda são retratadas como as quatro personagens do seriado “Sex and the City”: independentes e bem-sucedidas profissionalmente que, ainda assim, só sabem falar em homens e sapatos. Em “Breaking Bad”, mais recente, a personagem feminina é uma dona de casa ingênua, neurótica sobre a possibilidade de traição do marido, que acaba virando mulher de bandido por amor. A personagem, é claro, é mais complexa do que eu teria espaço para descrever aqui, e evolui ao longo da série, mas nunca chega a ser protagonista. 

Em “House of Cards”, Claire Underwood, a personagem forte de Robin Wright, expõe barreiras e preconceitos que a mulher enfrenta na política, relegada a viver à sombra do marido. Ao mesmo tempo, Claire é retratada como uma mulher sem escrúpulos, que mantém o casamento por interesse, e é capaz de fazer qualquer coisa para satisfazer sua ambição, como puxar o tapete da secretária de Estado. O clássico estereótipo da mulher moderna.

Hillary atravessou vários escândalos políticos. Foi investigada sobre o ataque ao posto diplomático americano em Benghazi, Líbia, que resultou na morte do embaixador Christopher Stevens e outras três pessoas. As investigações apontaram “falhas sistemáticas de liderança e deficiências de gerenciamento” no Departamento de Estado. Em maio, foi acusada de usar um servidor privado para trocar e-mails, incluindo informações confidenciais que diziam respeito ao Departamento de Estado.

Ser mulher não garante uma boa administração, nem mesmo em termos de igualdade. Paquistão, Índia, Bangladesh tiveram mulheres como líderes antes dos EUA. Mas não ter mulheres em um governo significa que metade da população não está representada. [só que se tratando de representação da população, deve ser considerado prioridade eleger congressistas, Poder Legislativo.]

Fonte: O Globo - Adriana Carranca 


sexta-feira, 29 de julho de 2016

Cardozo entrega defesa de Dilma: 'relator terá de dificuldade para recomendar impeachment'

Alegações finais foram protocoladas no início da noite no Senado

O ex-ministro José Eduardo Cardozo protocolou no início da noite desta quinta-feira (28/07)  as alegações finais da defesa da presidente afastada Dilma Rousseff e afirmou que o relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG), terá dificuldades para recomendar o impeachment. Cardozo sustenta que não há elementos para o afastamento e que as provas indicam a absolvição da presidente.

"Se for um julgamento justo, mesmo político, com as provas dos autos, haverá a absolvição. Mas sabemos que há outros componentes, tanto que dizemos que há um desvio de poder nesse processo. Eu só acho que o senador Anastasia, o relator, terá muita dificuldade em cumprir a ordem do partido dele. Talvez ele cumpra, mas vai ter muita dificuldade", afirmou Cardozo.

O relatório de Anastasia será apresentado na próxima terça-feira, dia 2 de agosto. Ele vai analisar se há elementos para a "pronúncia", que significaria levar a acusação para o julgamento final. No dia 4 haverá a votação na comissão e no dia 9 o plenário decidirá se Dilma deve ser submetida ao julgamento. A fase final ocorrerá depois dos Jogos do Rio, que terminam no dia 21 de agosto.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) acompanhou o protocolo e afirmou que os aliados da presidente afastada apresentarão um voto em separado ao texto de Anastasia. Segundo a senadora, o objetivo será mostrar pelos aspectos técnicos e políticos não haver a prática de crimes de responsabilidade por Dilma. [a senadora Gleisi usaria melhor seu tempo cuidando de sua defesa, já que ela também está sendo processada e pode perder o mandato e a própria liberdade.]

Cardozo reconhece que o cenário é "adverso", mas diz esperar que os senadores analisem o caso e se convençam da inocência da presidente. "Há um momento em que as pessoas vão ter que botar a mão na cabeça e entender que não há motivo para condenar a presidente da República por essa situação. A prova é avassaladora, contundente. O que vão inventar?", disse.

Segundo ele, um dos pontos chaves da peça é o parecer do procurador Ivan Claudio Marx, do Ministério Público Federal, que arquivou o processo criminal sobre as pedaladas por entender não ter havido operação de crédito. [o garboso Cardozo em mais um surto de estupidez confunde processo criminal com processo de impeachment - coisas distintas e que correm em paralelo e ser inocentado em um não significa ser inocente na outra modalidade de crime. 
Além do mais se trata de um mero parecer, não é uma sentença transitada em julgado.] Cardozo citou ainda a conclusão da perícia de que não houve ato da presidente no caso das pedaladas. Em relação aos decretos de crédito suplementar, sustentou que ela apenas assinou com base em pareceres técnicos e depois de análise em um sistema parametrizados.

A defesa insiste ainda na tese de que há desvio de finalidade no processo. Cita o discurso de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao deixar a presidência da Câmara como uma prova de que a abertura do impeachment foi uma vingança. Recorre às gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com integrantes da cúpula do PMDB, com destaque para o trecho em que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirma ser preciso afastar a Dilma para "estancar a sangria", com referência à Operação Lava-Jato.

Usa ainda declarações da líder do governo Temer no Congresso, Rose de Freitas (PMDB-ES), de que o impeachment não ocorre por causa das pedaladas e do atual advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, antes de assumir o caro, afirmando haver "golpe institucional" no processo. A defesa anexou ainda o resultado de um julgamento paralelo feito por vários juristas estrangeiros que concluiu não haver elementos para a condenação da presidente. [o valor desse julgamento paralelo é inferior ao que Dilma e Lula produzem quando pensam juntos; e, notem que os dois pensando juntos só produzem besteiras, asneiras, bazófias e mentiras.
Quando os dois pensam juntos,  produzem técnicas de 'engarrafar vento', 'tornar o  Oceano Atlântico fronteira entre o Brasil e os Estados Unidos', 'sentar na mandioca', 'mulher sapiens', etc.]


Fonte: Época

 

Dilma apresenta alegações finais no processo de impeachment

Defesa da presidente apresentou peça de 500 páginas em que cita perícia que descarta crime em pedaladas

A defesa da presidente afastada Dilma Rousseff entregou nesta quinta-feira na Comissão do Impeachment no Senado os documentos com as alegações finais do processo. A peça, com cerca de 500 páginas, foi entregue pelo ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, um dos advogados da defesa de Dilma.

“É uma peça que sintetiza todas as provas que foram reunidas ao longo desse período: testemunhas, perícias, prova documental”, explicou Cardozo. Segundo o advogado, na peça da defesa também foram abordados vários fatos que surgiram ao longo desse processo. “Um deles, muito importante, foi a proposta de arquivamento que o Ministério Público Federal fez relativamente ao inquérito que tratava das pedaladas.”

Após a entrega das alegações, a documentação será encaminhada ao relator da comissão, Antonio Anastasia (PSDB-MG), que terá cinco dias para apresentar seu parecer sobre a acusação. O relatório será votado pela comissão, por maioria simples – metade mais um dos senadores presentes à sessão. Em seguida, haverá nova votação no plenário da Casa, sob o comando do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, encerrando, assim, a fase de pronúncia do impeachment.

Fonte: Revista VEJA 
 

 

Inversão dos polos magnéticos da Terra não causará o fim do mundo, afirma Nasa

Em artigo publicado em seu site, a agência espacial americana afasta boatos que ligam a mudança do polo magnético a uma possível hecatombe global

Artigo publicado nesta quinta-feira no site da Nasa, agência espacial norte-americana, afasta qualquer possibilidade da mudança do polo magnético da Terra causar o apocalipse. Fonte de muitas teorias sobre o fim do mundo, essa inversão magnética não deve varrer os seres vivos da face da Terra ou mudar o eixo de rotação do planeta, diz o estudo. “Os registros fósseis não mostram nenhuma mudança dramática na vida de animais e plantas da época da última inversão”, afirma o texto.

 O planeta Terra visto do espaço (Getty Images/Getty Images)

O polo norte magnético da Terra “viaja” a 64 quilômetros por ano e já está a 1.100 quilômetros ao norte do ponto em que pesquisadores o localizaram pela primeira vez, no século 19. A velocidade do ponto para o qual apontam as bússolas tem aumentado – era de 16 quilômetros por ano no início do século 20 – e deve levar a uma inversão dos polos magnéticos do planeta.

HECATOMBE MAGNÉTICA
Quem vê na inversão de polos um sinal do fim do mundo afirma que as mudanças no campo magnético no planeta vão arruinar a migração de espécies animais, expor a atmosfera à radiação solar mortal e mudar o eixo da Terra, levando o gelo dos polos a derreter, inundando os continentes. Para os cientistas da Nasa, porém, isso não ocorrerá. A inversão de polos é regra, não exceção, afirmam eles, e já ocorreu diversas vezes desde que existe vida na Terra. Os dinossauros e nossos ancestrais hominídeos já passaram pelo evento, que ocorreu pela última vez há cerca de 800 mil anos.

Segundo a Nasa, o campo magnético do planeta pode até enfraquecer durante o processo de inversão, que pode durar milhares de anos, mas não irá sumir porque é fruto do movimento incessante do núcleo da Terra.  Para pesquisadores da Nasa, já não era sem tempo para que isso ocorresse, pois os campos magnéticos do planeta mudam a cada 200 ou 300 mil anos, mas já faz 800 mil anos desde a última mudança. Se alguém usasse uma bússola antes disso, o ponteiro não apontaria para o norte, e sim para o sul.

De acordo com os cientistas, o campo magnético da Terra – que ajuda a proteger os seres vivos da radiação solar – foi formado por que o núcleo do planeta, formado por uma parte sólida cercada por um mar de metais derretidos, cria correntes elétricas muito fortes. Essa eletricidade é a base do eletromagnetismo e o lugar para onde ele aponta varia ao sabor das mudanças das placas que formam o núcleo. Essas mudanças podem ser inferidas por meio de computadores que usam os dados do campo magnético.

A inversão dos polos magnéticos, ainda segundo a Nasa, não vai acontecer rápido. É um processo que dura centenas ou milhares de anos, período no qual o “polo norte magnético” deve aparecer em diversas latitudes. Por isso, segundo o artigo, não há nada que indique que as previsões para o fim do mundo em 2012, por exemplo, tenham relação com a inversão de polos. Quando ela ocorrer, conclui o texto, de maneira bem humorada, “pode significar a oportunidade de bons negócios para os fabricantes de bússolas magnéticas.”

Fonte: Veja 

 

“Toma que o apê é seu” e outras quatro notas de Carlos Brickmann

Marisa Letícia abriu processo contra a Bancoop e a empreiteira OAS, pedindo que lhe paguem R$ 300.817,37, referentes à cota de um apartamento no Edifício Solaris


Nada de estranho: você, caro leitor, não é dono de um imóvel; e, aproveitando a oportunidade que não existe, exige que os donos do imóvel que não é seu (e você proclamou que não é seu) lhe paguem por ele.

Pois é: Marisa Letícia, esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abriu processo contra a Bancoop, Cooperativa Habitacional dos Bancários, e a empreiteira OAS, pedindo que lhe paguem, “em parcela única e imediata”, a quantia de R$ 300.817,37, referentes à cota de um apartamento no Edifício Solaris, no Guarujá – sim, sim, o mesmo do famoso triplex que mobilizou a Polícia Federal e o Judiciário.

Há algum tempo, na Europa, uma igreja cristã, situada ao lado de um prostíbulo, promovia rezas diárias (e em alto volume) contra as atividades do vizinho. E, claro, o volume das orações atrapalhava o movimento. Um dia, o prostíbulo foi destruído por um incêndio, e sua proprietária responsabilizou judicialmente as orações da igreja vizinha pelo problema, exigindo indenização. A igreja disse, na defesa, que as orações nada tinham a ver com o incêndio.
Este colunista não se lembra do resultado da disputa, mas nunca esqueceu uma frase do juiz: “Jamais imaginei julgar uma causa em que um prostíbulo culpe as preces do vizinho como causadoras de seu prejuízo; e a igreja afirmar que as orações não têm efeito nenhum”.

O barateiro
Lembra de Fernando Cavendish, da empreiteira Delta? Aquele da Festa dos Guardanapos, em Paris, com hotel fechado para seletos candidatos, como Sérgio Cabral, com mulheres exibindo as solas vermelhas de seus caros calçados Louboutin? Bem, Cavendish apresentou sua defesa no processo da Operação Saqueador, e disse que a Delta “foi responsável por uma economia milionária aos cofres públicos”. Deve ter razão: uma economia tão grande que lhe deve ter permitido financiar a farra parisiense.

Sem essa economia, a conta da festa poderia cair no velho e bom Tesouro.

Turismo
Dilma diz que, se o impeachment for aprovado, vai repousar algum tempo fora do país, no Uruguai ou no Chile. São excelentes pontos turísticos, mas Dilma esquece os amigos: por que não Venezuela e Cuba?

Atenção
O processo contra a senadora Gleisi Hoffmann, do PT paranaense, será animadíssimo e não apenas por Gleisi ser ministra e amiga de Dilma e esposa de outro político petista de importância, o ex-ministro Paulo Bernardo; mas por esbarrar no porto cubano de Mariel, construído pela Odebrecht e financiado pelo BNDES. Pode roubar as manchetes.

Sinal de perigo
Só 37% dos alunos que acabaram recentemente o ensino médio pensam em ir para a Universidade. O número de universitários no último ano caiu 22,4%. A maior parte culpa a crise, que os obriga a trabalhar mais cedo. Resolvem seu problema, mas o desenvolvimento do país fica para trás.

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

 

 

Às pressas, governo contrata 3 000 homens para segurança olímpica - será que vão lembrar de checar o passado dos contratados?

Força Nacional iniciou o cadastro de policiais e bombeiros inativos para fazer as operações de revista e raio-X nas arenas olímpicas [nada impede que um 'lobo solitário' use credenciais falsas de ex-policial ou ex-bombeiro - o improviso parece ser a tônica do esquema de segurança.]

No dia em que o site de VEJA revelou a falta de segurança das instalações olímpicas em virtude da ausência da empresa contratada para operar o Mag & Bag (revista magnética e de bolsas através do raio-X), o Ministério da Justiça resolveu agir para tentar evitar um colapso anunciado. Nesta quinta-feira, a apenas oito dias da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, a Força Nacional iniciou um processo de cadastramento e seleção de policiais militares e bombeiros inativos de todo o país. A missão é contratar 3 000 homens que ocuparão a lacuna deixada pela Artel Recursos Humanos, minúscula empresa de Navegantes, em Santa Catarina, que mesmo sem ter qualquer experiência no ramo, ganhou a licitação e abocanhou o contrato de 17,3 milhões de reais da Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos (Sesge) para fazer o controle eletrônico das 49 instalações.

O desespero é tanto que, na página da Diretoria de Inativos e Pensionistas da PM do Rio de Janeiro na internet, por exemplo, um alerta foi colocado em letras garrafais: “Inativos que queiram trabalhar na Olimpíada e Paralimpíada Rio 2016”. A primeira exigência é que os policiais estejam na reserva há no máximo cinco anos. O texto explica que os escolhidos teriam as mesmas condições de alojamento e remuneração dos agentes da Força Nacional, ou seja, uma diária de 550 reais. Os inativos, no entanto, não podem residir na capital ou na região metropolitana: “Os indicados devem possuir endereço residencial em municípios do interior”, diz o texto.

Outro fato curioso é que o texto da DIP explica que o pernoite será feito no mesmo alojamento da Força Nacional, que está em edifícios populares construídos na favela Gardênia Azul, em Jacarepaguá. Com um alerta: “Destaque-se que as condições de hospedagem não são ideais e eventualmente os recrutados podem precisar providenciar colchões e transporte para os locais de trabalho”. A alimentação também será por conta dos contratados.

Na terça-feira, o diretor de segurança do Comitê Organizador Rio-2016, Luiz Fernando Corrêa, já havia enviado um email para seus pares alertando para a possibilidade de um colapso em virtude da falta de condições da Artel em prestar o serviço para qual havia sido contratada. “A verdade é que não sabemos ao certo quantos pessoas a Artel conseguirá colocar. Então, estamos agora atrás desses 3 000 para garantir uma condição mínima dessa operação”, explica um integrante da Sesge, lembrando que a empresa deveria contar com 6 000 funcionários treinados para a operação do Mag & Bag.

Ainda não se sabe também se a contratação será feita pela Força Nacional ou pela própria Sesge. O que se sabe é que os policiais recrutados, assim que chegarem ao Rio, passarão por um treinamento intensivo para aprender a operar o sistema. Para um integrante da alta cúpula da Rio-2016, a melhor solução seria a mesma adotada em Londres-2012:Eu jogaria no colo do exército. Em três dias eles colocam um pelotão aqui para resolver o problema”, diz. Na capital inglesa, quatro anos atrás, a empresa que faria este trabalho também se disse incapaz de realizar o serviço, que acabou sendo feito pelas Forças Armadas.

Outro problema que vem tentando ser contornado é em relação ao efetivo da Força Nacional. A previsão inicial da Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos era de contar com 9 600 homens, mas muitos estados não enviaram. Minas Gerais, por exemplo, ficou de enviar 1 000 e enviou apenas 100 policiais. Na semana passada, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, conseguiu, junto ao governo de São Paulo, garantir o envio de 1 000 PMs paulistas. Com isso, o número da Força Nacional chegará próximo dos 6 000 durante os Jogos.

Fonte: VEJA -Leslie Leitão

Dono do sítio em Atibaia não tem renda para bancar compra e reforma, diz PF

"Ainda que necessária a realização de exames periciais contábeis específicos para apurar o patrimônio de Fernando Bittar, apresenta-se discordante frente aos rendimentos, bens e direitos declarados no seu imposto de renda", aponta o laudo

Laudo da Polícia Federal, na Operação Lava-Jato, aponta que o empresário Fernando Bittar, que afirma ser o proprietário de sítio em Atibaia (SP) não tem rendimentos suficientes para bancar a compra e a reforma do imóvel. O Santa Bárbara é o ponto central da investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os investigadores atribuem ao petista a propriedade do sítio. A defesa de Lula nega.

O documento da PF, subscrito pelos peritos criminais federais João José de Castro B. Vallim e Ior Canesso Juraszek, contesta a versão da defesa de Lula, que alega apenas ter usufruído do sítio. "Ainda que necessária a realização de exames periciais contábeis específicos para apurar evolução patrimonial de Fernando Bittar, montante de aproximadamente R$ 1,7 milhão, despendidos na compra e ampliação do sítio entre os anos de 2010 e 2011, apresenta-se discordante frente aos rendimentos, bens e direitos declarados no seu imposto de renda", aponta o laudo.

As reformas foram bancadas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht, segundo o laudo. As duas empresas são investigadas por formação de cartel na Petrobras entre 2004 e 2014. Exames periciais, afirma o documento, constataram "que as primeiras reformas do sítio contaram com a participação do engenheiro Frederico Horta, funcionário da Odebrecht".

"Após concluída a primeira fase das reformas, ainda no ano de 2011, algumas outras intervenções foram realizadas no Sítio ao longo dos anos seguintes. A que mais se destaca pelo valor imobilizado foi a instalação da cozinha gourmet, pelo valor estimado de R$ 252 mil cuja execução foi coordenada por arquiteto da empreiteira OAS, Sr. Paulo Gordilho, com conhecimento do presidente da OAS, Léo Pinheiro, e com orientação do ex-presidente Lula e sua esposa, conforme identificado nas comunicações do arquiteto da empreiteira e de Fernando Bittar", informa o documento.

Fonte: Correio Braziliense 
 

Para que serve a honestidade de Dilma e Lula? - antes cabe lembrar: se eles fossem honestos



Para que serve a honestidade de Dilma e Lula?

Munidos de autocritérios, Dilma e Lula se consideram as pessoas mais probas que já conheceram. Em maio, Dilma discursou: “Falam que eu sou uma pessoa dura. Eu não sou uma pessoa dura não. Eu sou honesta, é diferente!'' Em janeiro, Lula já havia se jactado: “Se tem uma coisa de que me orgulho é que não tem, nesse país, uma viva alma mais honesta do que eu.” O depoimento de Otávio Marques de Azevedo, mandachuva da Andrade Gutierrez, ao juiz Sérgio Moro suscitou uma indagação singela: para que serve a honestidade de Dilma e Lula?

Qualquer pessoa é capaz de testemunhar o conceito extraordinário que faz de si mesma. Nada mais humano. No entanto, com todo o respeito ao direito de Dilma e Lula de se autoelogiar, o que sobra no final é um conjunto de fatos. E os fatos transformam a honestidade presumida da dupla numa ficção que ajuda a explicar a realidade brasileira —uma realidade marcada por governos corruptos presididos por pessoas presunçosas.

Otávio Azevedo repetiu para Moro o que dissera em delação para a força-tarefa da Lava Jato: em 2008, o grão-petista Ricardo Berzoini, então presidente do PT, pediu propina de 1% sobre todas as obras federais tocadas pela Andrade Gutierrez nos governos petistas —obras do passado, do presente e do futuro. Participaram da conversa Paulo Ferreira, então tesoureiro do PT, e João Vaccari Neto, que assumiria depois a gestão das arcas petistas. Embora considerasse as propinas como mero “custo comercial”, incluído no preço final dos empreendimentos, o executivo da construtora espantou-se.

A propina requisitada por Berzoini deveria incidir sobre “todos os projetos federais que a Andrade estaria executando e que já tinha executado de 2003 [quando Lula assumiu seu primeiro mandato] para a frente”, contou Otávio Azevedo ao juiz da Lava Jato. “Ou seja, projetos inclusive já terminados. E também dos projetos futuros. Eu realmente estranhei demais a colocação. […] Fiquei bastante constrangido pelo pedido de 1% de contribuição. Essa reunião foi […] extremamente desagradável. Foi uma reunião dura.”
 Ricardo Berzoini, o desbravador - o primeiro dos ladrões; exigiu propina sobre obras passadas, presentes e futuras.
Depois de um debate interno, a empreiteira cedeu ao assédio do PT. Excluiu do acerto apenas as obras pretéritas. Manteve os canteiros já abertos e os empreendimentos futuros. O acerto vigorou de 2008 até 2014. Nesse período, a Andrade Gutierrez borrifou na caixa registradora do PT algo como R$ 40 milhões em dinheiro surrupiado do Tesouro Nacional por meio da elevação dos preços das obras. Os pagamentos foram feitos em anos eleitorais e também nos anos em que não houve eleições. Segundo o delator, 99% da grana foi entregue ao partido, não aos comitês de campanha.

Afora a propina, a Andrade Gutierrez ainda repassava ao PT as doações convencionais de campanha. Somando-se a “verba vinculada'' às obras e os donativos eleitorais, o PT mordeu a empreiteira em R$ 90 milhões durante seis anos. Otávio Azevedo relatou a Sérgio Moro que, em 2014, o apetite dos coletores da campanha de Dilma foi voraz. Eram dois os cobradores mais incisivos: Giles Azevedo, então secretário-executivo do Gabinete Pessoal de Dilma, e Edinho Silva, tesoureiro do comitê de campanha do PT. (vai abaixo, em três partes, o depoimento de Otávio Azevedo. É um excelente passatempo para o final de semana)
Continuar lendo, Blog do Josias

 

INsegurança total - Acesso livre no Engenhão - Repórter entra sem ter credencial checada e sem revista no Engenhão

Além disso, acessou locais como uma central de geradores de energia

Longe dos holofotes, já que é a chegada das delegações à Vila dos Atletas, na Barra, que atrai os olhares do mundo inteiro, o Estádio Olímpico, no Engenho de Dentro, vem tendo dias de extrema calmaria. E tudo indica que o clima de tranquilidade contagiou os responsáveis pela vigilância da arena, que relaxaram na revista de quem chega ao local. Na quinta-feira pela manhã, passei quase duas horas circulando pelo Engenhão sem ser abordado por agentes da Força Nacional. Posso dizer que foi fácil me aproximar de pontos que deveriam ser muito bem protegidos, como uma central de geradores de energia, que, contrariando regras de segurança, não está em um local isolado de pessoas sem envolvimento com a organização dos Jogos. 
 A maior parte dos agentes da Força Nacional estava concentrada nas entradas do estádio, que será palco de jogos de futebol já a partir da próxima quarta-feira, antes mesmo da cerimônia de abertura dos Jogos, no dia 5, no Maracanã. O Engenhão também terá provas de atletismo. Por enquanto, nada de corridas: dá para caminhar e tirar fotos no setor chamado de nível zero, onde ficam os vestiários dos atletas e árbitros e o espaço de controle de doping. 

Na quinta-feira também foi possível entrar a pé na garagem, onde estão os caminhões que transportaram toda a parafernália eletrônica que será usada na transmissão das partidas de futebol e provas de atletismo. Em uma área externa, não tive problemas para chegar perto de geradores de energia (protegidos por grades) e descobri a exata localização de um lounge no qual atletas vão descansar entre as competições. Até fiz selfies na pista onde correrá o jamaicano Usain Bolt, talvez a principal estrela da Olimpíada do Rio. 
 Enquanto passeava pelo Engenhão, o Exército simulava ações de combate ao terrorismo nos estádios Mané Garrincha, em Brasília, e Itaquerão, em São Paulo, que também sediarão partidas de futebol. Na arena do Rio, o cenário era bem diferente. Houve um momento em que pensei que seria abordado. Perto dos geradores, ouvi a voz de um soldado e me virei. Na verdade, ele falava ao celular, querendo saber de um oficial quando chegariam 50 refeições para o almoço da tropa. Desejei a ele um bom dia, não recebi resposta e continuei a caminhada sem ser importunado.

PASSAGEM RAPIDAMENTE LIBERADA
Andei cinco quilômetros no estádio, distância registrada por um passômetro. A única vez em que tive de me reportar a um agente da Força Nacional foi na chegada ao acesso da Rua José dos Reis. Fiquei surpreso com a facilidade para entrar na arena. Encontrei aparelhos de raios X e detectores de metais, mas nenhum estava funcionando. Não houve revista. Mostrei minha credencial e me identifiquei como repórter, esperando que a autenticidade do documento fosse checada eletronicamente, como costuma acontecer em instalações olímpicas. Mas tive a passagem liberada após uma rápida olhada de um policial.
Já dentro do Engenhão, pensei: “E se eu fosse alguém que tivesse adulterado uma credencial?”. Dezenas de voluntários e funcionários de empresas prestadoras de serviços entraram no Engenhão na mesma hora, e, em todos os casos, o controle no acesso foi superficial.

Eu estava com uma máquina fotográfica, dois celulares, chaves, um controle remoto de garagem, um bloco para anotações e uma caneta. Ainda perguntei para um agente se queria que eu retirasse dos bolsos os objetos que levava. “Não, não precisa”, afirmou ele. Então, fui em frente, percorrendo não apenas áreas que deveriam ser de acesso restrito, mas também corredores que ainda têm montes de entulho de obras e até substâncias inflamáveis, como latas de tinta.


Se a Força Nacional falhou, o mesmo ocorreu com integrantes do Comitê Rio 2016. No nível zero, eu era o único circulando por ali sem uniforme. Uma voluntária me abordou, mas para perguntar se poderia me ajudar em algo, já que eu parecia “perdido”.  — Como faço para chegar ao campo de futebol, à pista de atletismo? — questionei.
Ela me respondeu, sem mostrar preocupação:  — Vire à direita no corredor, siga uns 200 metros até um cavalete e vire de novo à direita.

O Comitê Rio 2016 negou, por meio de sua assessoria de imprensa, que tenha havido falha na fiscalização das credenciais ou no esquema de segurança. A entidade afirmou que é possível atestar a autenticidade das credenciais sem equipamentos, já que as originais têm um selo holográfico emitido pela Casa da Moeda. O comitê também destacou que o Engenhão ainda não passou pela checagem final de segurança, quando terá áreas bloqueadas. A Força Nacional e a prefeitura (o município é proprietário do estádio) não se pronunciaram.

NO PARQUE OLÍMPICO, RIGOR
Entrar no Parque Olímpico da Barra exige disposição e paciência. A revista é minuciosa, e o caminho até o acesso principal lembra uma corrida com barreiras, cheia de grades a serem ultrapassadas até que o último portão de ferro fique a apenas um passo de distância.  Quando os primeiros obstáculos são vencidos, chega o momento da leitura eletrônica da credencial. No Main Press Center (MPC), o centro de mídia, a rotina é a mesma em relação à checagem da documentação.


Após a credencial ser reconhecida, é chegada a hora da revista física. Mochilas, bolsas e sacolas devem ser colocadas em esteiras de raios X, um procedimento semelhante ao adotado em aeroportos. A segurança de cada cabine de revista é feita por homens da Força Nacional, com o auxílio da empresa de segurança privada Sunset. No primeiro dia de funcionamento do MPC, os funcionários da companhia receberam orientações para prestar apoio, obedecendo a critérios estabelecidos pela autoridade de segurança federal.

Dentro do Parque Olímpico, algumas instalações ainda passam por retoques. No Estádio Aquático, na quarta-feira, foi possível chegar a poucos metros da piscina de competição. No entanto, quem circula pelas instalações é abordado a todo momento por voluntários e funcionários do Comitê Rio-2016 que estão sempre acompanhados por seguranças da Sunset ou agentes da Força Nacional.

Fonte: O Globo


 

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Estão metendo a mão no dinheiro das Olimpíadas - Serviço de raios-X de estádios olímpicos ainda não funciona



Instalações olímpicas ainda não têm serviço de revista
Empresa contratada por R$ 17,3 milhões não tem qualquer experiência no serviço e Comitê Rio-2016 precisou chamar outra firma para fazer checagem de bens


No Engenhão, tendas fechadas porque não há operadores para as máquinas de raio-X (Leslie Leitão/VEJA)

Em qualquer sistema de segurança do mundo seja em aeroportos ou grandes eventos – forma-se uma fila para a checagem de malas, bolsas, mochilas e sacolas. No jargão dos profissionais da área, o processo chama-se Mag & Bag, a revista por raios-X (magnética ou mag) e de bolsas (bag). Os especialistas consideram estas as barreiras mais importantes para evitar ataques terroristas ou mesmo a entrada de armas, facas ou objetos cortantes.
Para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a responsabilidade desta operação ficou a cargo da Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos (Sesge). Há um ano a secretaria vem arrastando a contratação da empresa que ficaria com a missão. A licitação só foi concluída no início do mês. E a desconhecida Artel Recursos Humanos, empresa de Navegantes, em Santa Catarina, foi quem venceu o pregão e abocanhou o contrato de 17,3 milhões de reais.


No centro de mídia, Artel não ocupou os postos e obrigou o Comitê Rio-2016 a contratar uma outra empresa temporariamente (Leslie Leitão/VEJA)


A Artel não tem qualquer experiência no ramoIsso é perceptível. As entradas de algumas das principais instalações olímpicas estão sem fiscalização. O site de VEJA fez o teste ontem, no quarto dia em que as áreas da Olimpíada estão oficialmente liberadas. Tanto no Maracanã, palco da cerimônia de abertura, no próximo dia 5, quanto no Estádio do Engenhão, onde a maior estrela dos Jogos, o jamaicano Usain Bolt, correrá em busca de mais medalhas, a Artel não tinha um funcionário sequer nos checkpoints.Também quero saber onde eles estão”, dizia um soldado da Força Nacional, que tem a missão de auxiliar essa operação de revista em cada instalação olímpica.

Em ambos os estádios alguns equipamentos de raio-x foram colocados debaixo de tendas, mas não havia ninguém para operar: “Não nos ensinaram nada. Não temos o equipamento. Apenas dois detectores foram instalados”, desabafou um outro integrante da Força Nacional.  Um integrante da equipe de segurança do Comitê Rio-2016 explicou a VEJA a complexidade da situação: “É preciso entender como funciona o sistema. Para um leigo, uma maçã pode parecer uma granada olhando pelo monitor. Então, se não houver profissionais treinados e capacitados para o serviço, essa operação, além de causar filas intermináveis, vai deixar as instalações absolutamente vulneráveis”, diz.

 No Maracanã, Força Nacional faz a revista de quem entra e sai, enquanto funcionários da Artel não aparecem para trabalhar nas máquinas de raio-X (Leslie Leitão/VEJA)


Esta preocupação acendeu o sinal de alerta dentro da própria organização. Na terça-feira, o delegado federal Luiz Fernando Corrêa, diretor de segurança da Rio-2016, enviou um e-mail para os envolvidos no tema alertando para o risco de um colapso da operação, já que a cada dia o número de revistas vai aumentando consideravelmente, à medida que mais e mais atletas, jornalistas e funcionários frequentam as áreas olímpicas.

Nos centros de mídia no Parque Olímpico, por onde circularão mais de 20 000 profissionais credenciados, esse colapso já aconteceu. Na semana passada, a Artel admitiu não ter condições de enviar profissionais treinados para o Mag & Bag nesta primeira semana pré-jogos.

A solução encontrada pelo Comitê Organizador foi buscar às pressas uma empresa com mais experiência no ramo. A escolhida foi a Sunset Vigilância, que trabalhou na Copa do Mundo de 2014 e até hoje é a responsável pela operação do Maracanã em jogos dos clubes cariocas. O acordo, no entanto, só vale até sexta-feira: “Não sabemos o que acontecerá a partir daí”, diz o oficial de segurança.

A escolha da Artel surpreendeu a todos que trabalham na área. Em seu site, a empresa apresenta-se como especializada em “serviços de recrutamento e seleção de efetivos, locação de mão-de-obra temporária e terceirizados de apoio”. Não há uma menção sequer sobre segurança. E o próprio item de recrutamento de pessoas não indica vagas para a função para a qual foi contratada no último dia 1º de julho.

A reportagem de VEJA procurou o secretário da Sesge, Andrei Rodrigues, mas não houve resposta. O dono da Artel, o jovem Deivison Scheffer Jacinto, de 25 anos, também não atendeu aos questionamentos da reportagem. Na semana passada, o jornal Folha de S. Paulo revelou que a Artel Recursos Humanos havia contratado a Simetria Serviços Empresariais, do Rio de Janeiro  ela seria a responsável por preencher as quase 6 000 vagas para a função de operar o sistema Mag & Bag. O jornal revelou ainda que alguns candidatos se inscreveram via internet e acabaram aprovados, recebendo um certificado com a assinatura do secretário da Sesge.

Não dá para entender porque isso não foi definido há tempos. Havia 6 000 posições para ocupar, contrataram uma empresa que jamais fez esse serviço e até agora ninguém decidiu como a operação será realizada”, afirma o dono de uma empresa de segurança.

Para se ter uma ideia da complexidade da operação, este serviço para a Olimpíada de Londres foi assinado um ano antes dos Jogos, em 2012. Ainda assim, às vésperas da competição, a empresa vencedora declarou-se incapaz de dar conta de toda a inspeção. Com isso, militares das forças armadas foram obrigados a executar a missão.

Para os Jogos de Tóquio, em 2020, os contratos estão começando a ser licitados agora. “É preciso treinar os funcionários. É um serviço específico demais, que exige treinamento e prática. E, sinceramente, eu imaginava que ao menos nessas áreas olímpicas, teríamos um sistema de segurança superior. Não é o que estamos vendo”, diz Vinícius Cavalcante, diretor da Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança.  Nesta manhã, a reportagem encontrou alguns poucos funcionários da Artel fazendo a checagem dos pertences de atletas e funcionários que chegavam à Vila Olímpica.

Fonte: Revista VEJA