Análise Política
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político
Sem razão nenhuma, apenas usando a petição de um partido-anão para satisfazer os seus desejos políticos (e os do resto do STF), o ministro Luís Roberto Barroso impôs ao Senado uma humilhação espetacular: mandou o presidente da Casa abrir uma CPI que ele, no pleno uso dos seus direitos constitucionais, não queria abrir. Logo depois de ter feito a Câmara engolir a prisão ilegal de um deputado, o STF dobra a aposta, enfiando goela abaixo do Senado uma CPI sem pé nem cabeça, integralmente facciosa, e sem nenhum outro objetivo que não seja agredir o Executivo.
A comissão, como se sabe, é para investigar a conduta do governo federal durante a pandemia de Covid-19. Só a dele, é claro, e não as ações dos estados e municípios — que receberam do mesmo STF, há mais de um ano, autonomia completa para gerir a epidemia e só produziram até agora 360 mil mortos e uma devastação sem precedentes na economia do país.
Não saiu bem como queriam; na forma final, ficou aberta uma brecha para perguntas sobre a maciça roubalheira de verbas federais por parte das “autoridades locais”, um escândalo em moto contínuo que já provocou mais de 70 investigações da Polícia Federal. Mas o propósito de atacar o governo e, especialmente, a Presidência da República, permanece intacto: junto com a CPI, para completar o serviço, o STF deu curso a um prodigioso processo para julgar Jair Bolsonaro por “genocídio” — pelo que deu para entender, o presidente está sendo acusado de não fornecer água potável às “populações indígenas”. Acredite se quiser.
Como tinha acontecido na Câmara, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, cedeu miseravelmente a mais uma intromissão do STF em questões internas do Congresso Nacional. Durante os últimos 63 dias, Pacheco vinha argumentando que não abria a CPI pedida pelo partido nanico porque o momento, no meio de uma tragédia absoluta, não era apropriado. Não aconteceu nada de novo até agora — mas o “momento”, assim que Barroso falou, passou a ser ótimo. O ministro mandou, Pacheco obedeceu no ato; ao que parece, estão se acostumando a apanhar e gostar. É isso, hoje, o Parlamento brasileiro.
Como acaba de escrever a Gazeta do Povo, o Supremo cometeu um suicídio moral ao anular todas as ações penais contra Lula por corrupção e lavagem de dinheiro, inclusive a sua condenação em terceira e última instância por nove juízes diferentes. Suicidou-se outra vez, logo em seguida, ao julgar o juiz Sergio Moro “suspeito” de agir com parcialidade — com base em informações obtidas através de crime e cuja autenticidade está em dúvida.
Com os seus repetidos surtos na área política, o STF está operando, a cada dia que passa, como uma das ditaduras mais extravagante e subdesenvolvidas que há por aí.
J. R. Guzzo, jornalista - VOZES - Gazeta do Povo
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ao governo federal “a adoção de medidas voltadas à realização do censo” realizado pelo IBGE. A decisão foi dada em uma ação apresentada pelo estado do Maranhão. “O direito à informação é basilar para o Poder Público formular e implementar políticas públicas. Por meio de dados e estudos, governantes podem analisar a realidade do País. A extensão do território e o pluralismo, consideradas as diversidades regionais, impõem medidas específicas”, disse o ministro na decisão.
Na semana passada, o ministério da Economia havia anunciado o cancelamento da sondagem prevista para ocorrer neste ano — já com atraso, uma vez que inicialmente ocorreria em 2020, mas acabou adiado pela pandemia. Segundo Marco Aurélio, o censo permite mapear as condições socioeconômicas de cada parte do Brasil. E, então, o Executivo e o Legislativo elaboram, no âmbito do ente federado, políticas públicas visando implementar direitos fundamentais previstos na Constituição Federal. “Como combater desigualdades, instituir programas de transferência de renda, construir escolas e hospitais sem prévio conhecimento das necessidades locais?”, questionou.
Na avaliação do decano da Corte, a União e o IBGE, “ao deixarem de realizar o estudo no corrente ano, em razão de corte de verbas, descumpriram o dever específico de organizar e manter os serviços oficiais de de alcance nacional”.
Blog Radar - VEJA
Os senadores Marcos Rogério (DEM-RO), Eduardo Girão (Podemos-CE) e Jorginho Mello (PL-SC) entraram no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a indicação de Renan Calheiros (MDB-AL) para ser relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19. O colegiado foi instalado na 3ª e quer investigar ações e omissões do governo federal e o mau uso de recursos federais por governadores e prefeitos no combate à pandemia.
A informação foi confirmada pela assessoria de Marcos Rogério, que defendeu a tese de suspeição de Renan na reunião de instalação do colegiado, mas teve o pedido indeferido pelo recém eleito presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM). Jorginho Mello disse que só divulgará a íntegra do mandato de segurança quando houver decisão para “não dar armas” para adversários, que saberiam os argumentos usados no documento. O Poder360 teve acesso ao documento. Eis a íntegra (1,2 MB).
Ainda assim, ele declarou que aguarda uma decisão favorável até esta 5ª feira (29.abr). Seu pedido é o mesmo que fez durante a instalação da CPI, para que se afaste do colegiado senadores que tenham laços sanguíneos com possíveis investigados. A ação atingiria Renan Calheiros e Jader Barbalho (MDB-PA), ambos pais de governadores. “A mesma coisa que eu tentei dizer na CPI que o Renan não pode ser relator porque o filho dele poderá ser investigado e aí ninguém pode ser relator pela metade, ninguém pode estar na CPI pela metade…Quem tem ligação sanguínea a lei é clara, não pode participar.”
Senadores com mais proximidade do Planalto tentaram impedir a instalação da CPI nesta 3ª feira (27.abr). Foram indeferidos todos os pedidos para que a reunião fosse interrompida ou que os senadores que têm filhos como governadores, caso de Renan e de Jader, fossem declarados suspeitos. Ainda assim, Marcos Rogério tentou argumentar que, apesar de Renan não ser suspeito por ser apenas pai de um governador, ele deveria ser impedido por já ter adiantado juízo de valor sobre a investigação em relação a Alagoas.“Antecipar juízo de valor sobre aquilo que vai se investigar acarretar suspeição. É preciso ter cautela! Se antes de investigar, um relator já declara o presidente genocida, que tipo de isenção tem para investigar? Os fatos devem falar mais alto do que as paixões políticas”, escreveu em publicação no Twitter.
O pedido irritou o presidente da CPI, que questionou: “Nós estamos há 2h30 aqui, 3 ou 4 senadores aqui querendo não instalar. Qual o medo da CPI? É o medo da CPI ou medo do senador Renan? Me diga você, é medo da CPI ou medo do senador Renan?”
Poder 360º
Ministro do STF, Ricardo Lewandowski, havia dado 30 dias para a Anvisa se pronunciar sobra a vacina russa, mas a agência precisava de mais tempo.
Se a CPI conseguisse revelar esse óbvio, seria uma maravilha. E, claro, encaminhar para a Justiça para apurar as responsabilidades no Código Penal.
STF apressa o que não pode ser apressado
O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, havia dado 30 dias para a Anvisa se pronunciar sobre a vacina russa Sputnik V e liberar a importação aos estados que se prontificaram a comprar. A ação havia sido interposta pelo governo do Maranhão. Se a agência não desse um parecer dentro desse prazo, Lewandowski liberava os estados para importar a vacina. A Anvisa mandou técnicos para a Rússia e Bolsonaro tentou ajudar ligando para o presidente russo Vladimir Putin para apressar as coisas. Mas não resolveu muito.
O Instituto Gamaleya, que fabrica a Sputnik V, não deu acesso a nada, segundo a Anvisa. Faltou transparência. Está lá no relatório da agência dizendo que o adenovírus, que é o vetor que leva o coronavírus enfraquecido, pode se replicar no corpo da pessoa vacinada, podendo causar uma virose, o que é grave. E que na produção havia a presença de impurezas e contaminações, ou seja, são coisas graves.
Mas a Anvisa queria mais tempo para ir mais a fundo, poder ouvir e estudar mais a questão. Mas como o prazo de 30 dias acabava na noite de segunda-feira (26), eles tiveram que dizer “não aprovamos” a Sputnik V por unanimidade — foi cinco a zero. Bom lembrar que a Anvisa é um órgão independente do governo, tanto que Bolsonaro apoiou a compra da Sputnik V, mas a agência teve que dizer não.
Só que agora Lewandowski lava as mãos como Pilatos quando entregou Jesus para subir o calvário. Disse para o governo do Maranhão o seguinte: olha, pode comprar, mas sobre sua “exclusiva responsabilidade”. E mais: desde que “observadas cautelas e recomendações do fabricante, e das autoridades médicas”.[o ministro Lewandowski, MD do STF, e demais ministros daquela Suprema Corte,o STF, devem ter em conta que na medicina os prazos não são contados como na Justiça e assim, carimbar no processo exigindo uma resposta em cinco dias, dois dias, não funciona.
Para evitar enganos, equívocos, devem ser lembrados que toda e qualquer pessoa, que de alguma forma se envolver no uso em território brasileiro de medicamentos não aprovados no Brasil, pelas autoridades competentes, está cometendo crime CONTRA a Saúde Pública e sujeito as sanções penais.
Neste caso, vale o correto entendimento que quanto mais poderosa a autoridade infratora for, maior sua punição.]
Acreditando nos fatos e não nos factoides
Conversei com um grupo grande de especialistas de grandes entidades estatais e privadas, financeiras e de produção, que andam atrás da reforma tributária e administrativa que a Câmara dos Deputados está tocando.
Eles me disseram o seguinte: primeiro lugar, a gente não confia mais no noticiário tradicional. Já perceberam que as notícias são deturpadas e que não dá para confiar mais nas grandes organizações de mídia.
Em segundo lugar, hoje o grande herói deles é o presidente Arthur Lira (PP-AL), que está tocando as reformas na Câmara. E o sujeito que está transformando o país, dando uma aceleração ao país, segundo eles, é o ministro Tarcísio Freitas, da Infraestrutura.
A propósito, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que a indústria brasileira está reagindo. A capacidade ociosa já está menos da metade. Houve uma demanda de 50% de crescimento do consumo de aço no mês de março. A indústria da construção também.
Então está aí o milagre brasileiro. Nós somos resilientes. E quando querem nos enrolar, a gente deixa que eles se enrolem, porque nós acreditamos nos fatos e não nos factoides.
Alexandre Garcia, VOZES - Gazeta do Povo
No capítulo 12 do seu livro O Quinto Movimento – propostas para uma construção inacabada, a ser lançado nos próximos dias, o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo transforma o que seria uma releitura da história política brasileira em um instantâneo da atualidade. Sua visão sobre os desafios impostos à democracia revela que não tem sido fácil mantê-la sob Jair Bolsonaro.
[a colunista não esclarece, o ex-ministro da Defesa não se alinha entre bons escritores, ou mesmo entre escritores, sua produção literária é a expressão do atraso, o que justifica perguntar:
- o livro O Quinto Movimento é aquele que Rebelo, quando ministro, propunha a venda dos computadores do Serviço Público e sua substituição por máquinas de datilografia (manuais) para gerar mais empregos? Não é fake, em algum lugar Aldo Rebelo escreveu tal asneira - até com o 'mouse' ele implicou.]
Rosangela Bittar, O Estado de S. Paulo
A CPI se instala depois de uma semana de novas
agressões à Constituição. Depois de o Supremo, governadores e prefeitos
passarem um rolo compressor em direitos fundamentais do pétreo art. 5,
24 governadores ignoraram o art. 84 e propuseram acordos com o
presidente Biden. Os Estados Unidos já tiveram 13 colônias, agora se
ofereceram 24. [presidente Bolsonaro, o senhor está sendo conivente com ofensa grave à Constituição Federal? governadores incompetentes e antipatrióticos mudam o 'caput' do artigo 1º da CF e o senhor aceita? não denuncia? e o seu ministro da Justiça? o mais grave é que podem pedir seu impeachment por concordar a com a mudança de um artigo da CF? = genocídio constitucional?]
Uma coisa que os políticos brasileiros aprenderam há muito tempo, com curso de pós-graduação fornecido pelo Supremo Tribunal Federal, é virar juiz de alguma coisa, em todas as oportunidades que lhes aparecem pela frente. É automático, ou pelo menos é assim que raciocinam: o melhor jeito de escapar da polícia é sair gritando “pega ladrão”. Como se sabe, pelo menos um terço de todo o Congresso brasileiro tem problemas com o Código Penal — possivelmente, a maior concentração per capita de gente enrolada com a Justiça, num ambiente só, que existe fora das penitenciárias em todo o território brasileiro.
É natural que utilizem as suas “imunidades parlamentares” para ficarem fora da cadeia — e que, além disso, vivam brigando para fazer o papel de julgadores. Enquanto estão julgando os outros, com pose de justiceiros, eles próprios não são julgados. Estão nessa vida há anos, ou até décadas. Já se viu aí todo o tipo de absurdo, mas poucas vezes exageraram tanto como nessa “CPI da Covid” que o Senado inventou para apurar incompetência, corrupção e outras coisas horríveis na administração da covid, e que começa nesta terça-feira (26) a sua atividade.
Veja só quem participa da CPI, no papel de polícia correndo atrás de bandido — e acredite se quiser.
Por que não? No governo Lula roubaram até sangue — e o ministro da Saúde de então é um dos juízes da ladroagem de hoje. É assim que funcionam as sagradas “instituições democráticas” do Brasil.
LEIA TAMBÉM: Julgamento - Julgamento de Lula em Brasília é piada – não vai acontecer nunca
CPI é sinônimo de farsa, chantagem e perda de tempo
STF se comporta como ditadura de terceiro mundo
Mantenha os amigos por perto e os inimigos mais perto ainda, aconselhavam Sun Tzu e Michael Corleone. Mas o que um político pode fazer quando os amigos e potenciais inimigos se envolvem em disputa pelo poder com a própria mulher? Como qualquer marido sensato, Boris Johnson optou pela mulher, Carrie Symonds, quando ela travou uma guerra de bastidores com seu mais importante assessor político, o genial e mercurial Dominic Cummings.
Mente brilhante por trás da campanha vitoriosa do Brexit, Cummings foi para casa em novembro do ano passado, com um pote até aqui de mágoa, e Carrie emplacou o assessor que queria como chefe de gabinete. Agora, Cummings está mandando a conta. E não é pequena. Vingança que se come fria tem mais poder.
Em posts inflamados que foram comparados a bombas nucleares, detonando Boris e Carrie, que antes de fingir que é uma cordata e silenciosa companheira trabalhava na assessoria de imprensa do Partido Conservador, conhece todo mundo e, como o caso acontece na terra de Shakespeare, merece ser chamada de Lady McSymonds.
Foi na época de assessora que conheceu Boris, sugou-o da esposa com quem tinha quatro filhos e acabou morando na ala residencial do sobrado número 10 de Downing Street, com o filhinho nascido em fim de abril do ano passado quando o pai ainda se recuperava de uma Covid das bravas. Uma reforma no apartamento oficial no célebre endereço provocou uma das maiores encrencas de Boris. Cummings relata ter apontado que seria não só antiético como potencialmente criminoso sondar milionários que fazem doações polpudas aos conservadores para saber se poderiam bancar os custos da reforma.
As obras foram feitas de qualquer maneira, ao custo de 200 mil libras, irrisório pelos padrões brasileiros de suntuosidade com dinheiro dos outros, mas potencialmente explosivos para Boris. Outra bomba: segundo Cummings, Boris disse que preferiria ver “os corpos se empilharem” a decretar um novo lockdown, em outubro, o que acabou fazendo de qualquer maneira. O primeiro-ministro e companhia negaram veementemente. “Estamos entrando no capítulo farsesco dessa história, com fontes anônimas, assessores anônimos, eventos anônimos. Nada disso é sério”, disse o secretário da Defesa, Ben Wallace.
Problema: apesar do aspecto novelesco, os assuntos são sérios e ninguém sabe o que mais Dominic Cummings tem em seu saco de maldades. Entre outros detalhes que o primeiro-ministro preferiria esquecer, está a discussão sobre quem seria o integrante do governo que vazava assuntos sigilosos com tanta frequência que foi apelidado de “rato falante”. O maior suspeito, por incrível coincidência, era o melhor amigo de Carrie no governo, Harry Newman.
Diz Dominic Cummings que quando o caso começou a ganhar corpo, Boris Johnson ficou aborrecido e sugeriu que a investigação interna fosse suspensa. “Se for confirmado que Newman é o informante, então vou precisar demiti-lo e isso me causará problemas muito sérios com Carrie (pausa). Talvez pudéssemos suspender a investigação sobre o vazamento”, disse o primeiro-ministro, segundo Cummings. Resposta do ex-assessor: “Disse que seria uma loucura e totalmente antiético. Ele não poderia cancelar uma investigação que afetava milhões de pessoas só porque poderia implicar amigos da sua namorada”.
Partidários de Carrie partiram para a defesa com o argumento clássico: ela está sendo alvo de ataques sexistas, provenientes de intrigantes que adoram atribuir interferências à clássica figura da mulher mandona. Eles pintam um quadro em que Cummings – apelidado de “Demonic” pela esquerda revoltada com o Brexit, mas agora tratado com entusiasmo pela mesma turma por causa dos estragos que está causando no governo conservador – e seu grupo formavam um “time dos meninos”, hostil a mulheres em geral e a Carrie em particular.
Foram eles, supostamente, que vazaram o apelido dado a Carrie, “Princess Nut Nuts” – palavra usada nos dois sentidos, como sinônimo de maluca e também no sentido estrito, nozes, uma referência ao que chamavam de seu rosto de esquilo. Carrie Symonds tem 33 anos, 23 a menos do que o futuro marido – eles iam se casar na Grécia no ano passado, mas a festa foi adiada por motivos óbvios. Foi criada só pela mãe, advogada que trabalhava no Independent e teve um caso com um dos fundadores do jornal, desinteressado em se envolver com a filha.
Em junho de 2019, a polícia foi chamada por causa de uma briga de casal no apartamento dela, onde Boris estava morando provisoriamente. Depois, ficou claro que o vizinho responsável pelo chamado tinha planejado conseguir um flagrante por antipatia política. Motivo aparente da briga: uma taça de vinho derrubada num sofá branco. Apesar da gravidade do delito, o casal superou tudo e Carrie toma o cuidado de aparecer pouco em público, embora seja considerada, em particular, especialmente influente no quesito causas ambientais.
E, como ficou comprovado, em assuntos políticos também, uma garantia de que, como tudo na carreira de Boris Johnson, o futuro reserva uns bons solavancos. Detalhe relevante: o primeiro-ministro tomou um empréstimo do comitê conservador e está ressarcindo as boas almas que bancaram a reforma em Downing Street. Os percalços de Boris coincidem com notícias excepcionalmente boas. Na prática, a epidemia já acabou, graças à combinação de lockdowns parciais e a brilhante campanha de vacinação. O número diário de novos casos caiu para menos de 2 000 e as mortes estão na casa das poucas dezenas.
O Goldman Sachs previu que a economia este ano vai crescer espetaculares 7,8%, mais do que as projeções para os Estados Unidos. O Brexit causou um soluço no começo do ano, mas já está sendo absorvido sem traumas. É claro que quando tudo está indo muito bem, um perigo inesperado ataca. Atualmente, o nome dele, para Boris Johnson, é Dominic Cummings.
Vilma Gryzinski - Blog Mundialista - VEJA
NOTA DO EDITOR: O autor, que enviou o artigo ao site, é de esquerda, como se verá. Isso torna ainda mais significativa sua divergência em relação às esquerdas nesse tema.
Preliminar: não viso a defender o Presidente Bolsonaro.
Antes dessa
reunião, 24 de nossos governadores, assinam um documento, criticando
nosso Governo, nosso País. A meu ver, clara ação ilegal, ferindo nossa
CF. Deviam ser punidos, responsabilizados! [o Brasil possui duas CF, sendo uma para ser usada contra os apoiadores do presidente Bolsonaro e outra para uso dos que apoiam os outros - ainda que tal apoio seja uma traição hedionda.]
E pior,
entregam oficialmente tal carta ao Embaixador americano, que a recebe e
oficialmente diz que entregará ao seu Presidente. Crime internacional. Embaixador não se envolve em atos do país anfitrião! Devia ser expulso de imediato.
Imaginemos o contrário! Nós, que militamos lá no fim de 60, década de 70, contra o regime de exceção (com maior respeito in memoriam aos que ficaram no caminho!) queríamos o retorno da liberdade plena. O que temos agora (bem, menos criticar o STF. Aí dá cadeia.) Que bom que temos isso.
Critiquemos, polemizemos, mostremos nossa revolta, nosso descontentamento. E pelo voto, se escolhemos mal, vamos corrigir na próxima. Não aprovamos a política de meio ambiente? Façamos algo! Nosso território é nosso. Muitos lutaram, morreram, para que ele fosse nosso! Nós, brasileiros, acertando, errando, é que devemos decidir o que fazer com nossas riquezas (e nossas pobrezas)!
Parcerias, projetos bem intencionados de ajuda, doações, claro que devemos aceitar. Transparentemente. Pragmaticamente. Sem ameaças! Índios do Brasil devem morar no mato, na selva, na Amazonia. Lá nos Estados Unidos, operam na bolsa de W.Street, possuem ricos cassinos e ricos fundos de investimentos.
Temos Instituições funcionando. Somos livres para votar, escolher, usar nossos representantes para que façam leis, cuidem de nossas matas, rios, minérios. Meu Deus, fiquei velho, veio a Covid e não conheço, não ouço mais o que aprendi a respeitar! Defender!
Em 24/04/2021
Enviado pelo autor, Éricoh Mórbiz, ao site Puggina.org
[parabenizamos o autor pela Dignidade e Justiça demonstrada na apresentação de suas posições - o que mostra que ainda existe esquerdistas dignos.
E o que expõe é uma brilhante defesa das posições que nós, orgulhosamente da extrema-direita, defendemos hoje e sempre.]
Li certa vez que, na democracia, para que a submissão às leis não seja conduta servil, mas forma de auto-obediência, elas são aprovadas por representantes políticos eleitos pelo povo. Gostei do conceito, tanto sob o ponto de vista ético quanto estético. Estético, sim, porque o bem é belo.
Nas últimas semanas, nossa dignidade perdeu ainda mais substância em decisões tomadas por ampla maioria do STF que não se contenta com ser o principal protagonista da cena política brasileira. Não! Nosso Supremo passa a atuar como Casa-Grande emitindo determinações à senzala nacional. Certo, Gilberto Freyre?
Lembrei-me de uma frase do presidente equatoriano proferida no transcurso do escândalo que ficou conhecido naquele país como Escândalo Subornos. Disse Lenín Moreno, cujo mandato se encerra no mês que vem: “Os chamados socialistas do século XXI saquearam a América Latina”. Referia-se ao período áureo do Foro de São Paulo e aos esquemas de corrupção instalados por empreiteiras, muitas das quais brasileiras, com particular privilégio à Odebrecht. Melhor do que qualquer latino-americano nós, brasileiros, conhecemos essa história e pagamos essa conta.
Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é
arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org,
colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas
contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A
Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Morei algumas vezes na cidade do Rio de Janeiro — a
maravilhosa — e tenho ótimas recordações desses períodos que a vida
profissional concedeu a mim e a minha família. Gostávamos de ir ao
teatro. Quando o tempo permitia, elegíamos uma peça em cartaz e fazíamos
o programa cultural de fim de semana. O da Gávea estava entre os
preferidos. Apreciávamos o trabalho dos artistas que subiam ao palco
solitariamente e se submetiam ao crivo da atenta plateia daqueles
espetáculos. Monólogos exigem muito dos intérpretes. Demanda atenção
redobrada nos ensaios e na execução do texto. Os sucesso ou fracasso
está ligado à capacidade de entrar, sem pedir licença, na mente e no
coração de seus ouvintes. Alcançar isso é uma arte. Se um indivíduo
possui esse dom e se propõe a usá-lo em benefício da sociedade,
emoldure-o, eis um líder inspirador.
Essa liderança pode abarcar vários setores da vida
humana (artistas, empresários, religiosos, militares, cientistas,
professores ... e até políticos). Diante do que se assiste pela
imprensa, tratar do comportamento dos políticos passa a ser uma catarse.
O desafortunado momento de crise sanitária aguda, a lembrança afetiva
de monólogos teatrais e a leitura de um pequeno trabalho do Yuval
Harari: “Na batalha contra o coronavírus, faltam líderes à humanidade”
me fizeram retomar o tema liderança.
A propósito, hoje (27 de abril), após lamentável crise
de liderança e gestão dos governantes, inicia-se a Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) da Covid, sob a batuta do Senado Federal. A sociedade
espera efetividade! Para a sorte da humanidade, alguns países com
habilidosos “condottieres” estão enxergando a planície além do cimo da
montanha. A vastidão plana e descortinada à frente está semeada de boas
expectativas.
Outros países, lastimosamente, não. Nesses rincões, a
complexidade da pandemia transformou os detentores do poder em vigias
sonolentos de faróis marítimos apagados durante uma tempestade bravia.
Para esses mandatários, o poder afrodisíaco (expressão cunhada por Henry
Kissinger) parece ter-lhes inebriado a ponto de escancarar suas
insensibilidades morais. Serão responsabilizados pelo naufrágio dos
navios que se chocarem nos arrecifes pontiagudos durante a borrasca.
No texto, Harari defende que o verdadeiro antídoto para
epidemias é a cooperação e que a melhor defesa contra os patógenos é a
informação. Informação que precisa ser gerada por especialistas
confiáveis e difundida por atores qualificados. Atores que, como em um monólogo de sucesso, precisam
entrar sem pedir licença no imaginário de seus ouvintes, seguidores ou
não. O público, mesmo o mais humilde, consegue entender nuances se
apresentadas com honestidade.
Em seu livro Dez lições para o mundo pós-pandemia
(Intrínseca, 2020), o jornalista Fareed Zakaria cita o Brasil como
antiexemplo de combate à pandemia. A razão, alega ele, alguns de seus
dirigentes questionarem abusivamente as recomendações dos agentes de
saúde e, em alguns casos, se recusarem a acatá-las. Uma questão de mau
exemplo. Isso dificultou o enfrentamento do assombroso desafio que teima
em não ceder.
Com os números de mortes e infecções crescendo e gritando impiedosamente nos ouvidos da população, vamos precisar envolver mais especialistas para administrarem as questões pandêmicas sem viés ideológico. [até o trecho destacado a matéria era uma leitura agradável e recomendável. Mas, quando trouxe ao tema a palavra 'especialistas', que no Brasil são em esmagadora maioria especialistas em nada, sempre prontos a expelir o que o entrevistador mandar, optamos, por encerrar a transcrição.
Chega de ouvir bobagens e profecias sobre fatos de ontem. Alguém se surpreendeu com a opinião dos especialistas que opinaram sobre o encontro virtual do Biden? A surpresa, surpreendente, foi determinada emissora de TV - talvez em busca da credibilidade perdida na contagem de cadáveres - apresentar reportagem, em horário nobre, mostrando que a situação ambiental na Amazônia não é o que pintam.]
Por Otávio Santana do Rêgo Barros — General de Divisão do ExércitoPaz e Bem!