Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O embaixador do Brasil em Israel, Fred Mayer, afirmou que o Itamaraty está em “compasso de espera” e que “inexiste previsão (por enquanto) do dia de retirada dos brasileiros de Gaza”.
O diplomata deu as declarações em conversa com acoluna. Na nova lista de estrangeiros que podem deixar a Faixa de Gaza nesta quinta, 2 – através da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito -, não constam brasileiros. [Em nossa opinião, NÃO EXISTE A MENOR MOTIVAÇÃO para os brasileiros terem prioridade para voltar ao Brasil. Estavam na região como turistas e devem ser tratados como os turistas dos demais países. Além do mais o desempenho medíocre do Brasil na presidência do CS, só motiva a que os brasileiros não tenham qualquer preferência sobre os demais.Outro absurdo é que nós, os pagadores de impostos, estejamos bancando o regresso dos turistas brasileiros - nos demais países a passagem é cobrada normalmente, aqui é tudo de graça.]
São 576 pessoas autorizadas a atravessar a fronteira,sendo 400 dos Estados Unidos.
Cidadãos do Azerbaijão, Bahrein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Chade também poderão sair da região em guerra.
Segundo a embaixada do Brasil na Cisjordânia, 34 pessoas pediram a ajuda do Brasil para deixar a região controlada peloHamas, sendo 24 brasileiros e dez palestinos que pretendem imigrar para o Brasil. A guerra Israel-Hamas já matou ao menos 10 mil pessoas – em sua maioria civis.
Sri Lanka destruiu sua
agricultura ao botar em prática as palavras bonitas da ONU
Como vocês sabem, lá no Sri Lanka
o presidente teve de fugir para o exterior, porque o povo invadiu o
palácio presidencial no sábado. Sabem qual foi a causa disso? Estou
inspirado no Xico Graziano, num artigo que saiu também no Poder 360: o
tal do produto orgânico.
Ele prometeu na campanha eleitoral que não
haveria mais importação de defensivos e fertilizantes químicos, e fez
isso exatamente baseado num relatório da ONU.
O pessoal da ONU fala e escreve essas coisas, é tudo muito bonito, já
acompanhei de perto essas coisas lindas da notícia, da fama; pois ele
aplicou.
Casal cultiva horta caseira no Sri Lanka: política agrícola do governo causou escassez de comida e revolta popular. - Foto: Chamila Karunarathne/EFE/EPA
Em seis meses essa política já tinha arrasado a cultura do arroz em um país que era exportador. O preço interno subiu 50% e tiveram de importar arroz para comer porque a produtividade despencou 35%.
Vocês acham muito? Pois a produtividade do chá caiu pela metade. A do coco, outro grande produto de lá, caiu 30%.
A do milho também caiu pela metade. Então, gente, quando aparecem essas novidades, essas coisas bonitinhas, tudo bem testar em pequenas propriedades, avulsas, meio raras e para quem pode pagar o preço, porque fica mais caro; em larga escala, no entanto, o Sri Lanka mostrou que fracassou. É bom a gente lembrar que Norman Borlaug ganhou um Prêmio Nobel por aumentar a produção de alimentos do mundo, aplicando fertilizantes e defensivos, principalmente.
então, está pedindo que o relator, o senador Renan Calheiros, mande as provas. Faz mais de meses que ela está pedindo e não vem nada.
Então, a PF está apelando para o Supremo, já que foi o Supremo que mandou abrir essa CPI,que mande também enviar as provas para a polícia conseguir concluir os inquéritos e encaminhar tudo para a procuradoria com as devidas provas. Do contrário, não adianta nada: é só trabalho perdido da CPI, tempo perdido de quem acompanhou, da PF, vamos esperar que seja tudo encaminhado.
A
propósito de CPI da Covid, eu vi aqui no Poder 360 que quem mais lucrou
com a pandemia foi a Pfizer.
O lucro líquido mais que dobrou, subiu
131%.
A vacina rendeu US$ 13,2 bilhões;
um tal de Paxlovit, US$ 1,5
bilhão de dólares. Bom negócio.
Agora, diga-se a favor de todos os
laboratórios que uma parte do preço do medicamento é destinada depois à
pesquisa de novos avanços; tomara que a Pfizer aplique esse dinheiro em
pesquisas de vacina, por exemplo.
[Lula = o rei da mentira = o Pinóquio de nove dedos] O ex-presidente Lulaandou passando por Brasília e deu uma entrevista para o Correio Braziliense. Depois de ter chamado Bolsonaro de mentiroso, ele afirmou que foi o político mais investigado do país e não acharam nada contra ele. E ainda disse que a denúncia do petrolão foi recusada pela Justiça de Brasília.
Pois é... Eu contei aqui as vezes em que Lula mencionou Bolsonaro: nove vezes.Alckminele mencionou duas vezes. Parece até que Bolsonaro é seu companheiro de chapa...
Valor das doações na pandemia chega
a R$ 6,9 bilhões, o dobro do registrado durante todo o ano de 2018;
movimento pode mudar de forma radical a maneira como se combate a
desigualdade no país
Corrente do bem: na pandemia, ações de filantropia têm expansão inédita
“A pandemia só deixou mais clara a situação de fragilidade de nosso país.” Lia Maria de Aguiar, herdeira do Bradesco e criadora da fundação que leva seu nome
Acontecimentos extremos exigem atitudes extraordinárias. É o que costuma pregar o senso comum diante de períodos turbulentos como guerras, crises, catástrofes naturais e humanitárias. Herdeira do fundador do Bradesco, um dos maiores bancos privados do país, Lia Maria Aguiar, 82 anos, percebeu que precisava agir em face da crise causada pelo coronavírus — e o caminho seria a filantropia. Habituada a financiar ações sociais voltadas à educação e cultura em Campos do Jordão, cidade paulista na Serra da Mantiqueira, onde mora, decidiu investir também na área de saúde, território até então inexplorado para a fundação que leva seu nome. “A pandemia só deixou mais clara a situação de fragilidade do nosso país”, constata.
Em um primeiro momento, decidiu oferecer gratuitamente exames para o diagnóstico da Covid-19, até então inexistentes na cidade. Além dos testes, a fundação está erguendo um ambulatório para medicina preventiva, que, em breve, terá recursos para atendimentos mais sofisticados, como hemodiálise. A ideia é transformar essa unidade em hospital filantrópico, gerido sob a consultoria do Sírio-Libanês. Dona de uma fortuna estimada em 1,5 bilhão de dólares, que, por testamento, deve ser destinada aos projetos de caridade de sua fundação, Lia de Aguiar faz parte de um contingente de brasileiros que se dedicam a fazer mais pelo país e pelos necessitados.
Entre tantas agruras vividas nestes tempos de pandemia, trata-se de um movimento crescente e bem-vindo ao país. Historicamente, a prática da doação por aqui tem uma dimensão muito menor do que poderia, especialmente quando comparada a outros países. A eclosão da Covid-19, porém, deu um impulso significativo de recursos destinados a projetos filantrópicos. De acordo com os registros de entidades como o Grupo de Institutos Fundações e Empresas (Gife) e a Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), as doações que somavam 3,25 bilhões de reais em 2018 foram catapultadas a 6,9 bilhões de reais do início da pandemia até a semana passada. Grande parte delas aconteceu no começo da crise — entre março e maio de 2020, os recursos somaram 5,5 bilhões de reais. No início de 2021, o ritmo chegou a apresentar uma queda, mas a nova onda de contaminações e a piora das condições de vida da população mais pobre voltaram a impulsionar os números nos últimos dois meses. Em abril, o volume de recursos aplicados em filantropia foi de 150 milhões de reais, o mais alto desde agosto de 2020.
Do grupo de beneméritos que optaram pela prática do bem na pandemia fazem parte tanto sobrenomes e instituições já conhecidos por suas iniciativas assistenciais quanto novatos nesse universo. Na lista dos dez maiores doadores podem ser encontrados sobrenomes tradicionalmente vinculados às causas sociais, como os das famílias Moreira Salles(fundadora do Unibanco, com atuação na área cultural e científica) e Ermírio de Moraes(do grupo Votorantim, que apoia instituições hospitalares de São Paulo). Na esfera empresarial, chamam atenção o grupo educacional Cogna, fundada por Walfrido Mares Guia, e a JBS,a maior processadora de carnes e aves do país, que doou cerca de 400 milhões de reais, aplicados na construção de hospitais modulares no Distrito Federal e em Rondônia, na instalação de 1 800 leitos clínicos e de UTIs pelo país, além do financiamento de reforma e ampliação de unidades de atendimento em sete estados. Titã do setor de saúde, a Rede D’Or, fundada pelo médico carioca Jorge Moll Filho e hoje comandada por seu filho Paulo Moll, destinou 108 milhões de reais à requalificação da rede do SUS do Rio de Janeiro e ao financiamento dos testes clínicos da vacina do consórcio entre Fiocruz e AstraZeneca, que, em conjunto com a CoronaVac, está sendo usada na imunização dos brasileiros.
Em um período tão dramático, é natural que boa parte das doações tivesse como destino ações voltadas à saúde pública. Tais iniciativas receberam 74% dos investimentos realizados. É uma inflexão de perfil de doações, uma vez que, em anos anteriores, segundo os dados do Gife, a maior parte dos recursos consistia de repasses a instituições religiosas, que ficavam com 49% do total. Nessa nova leva, o maior doador da pandemia foi o Itaú Unibanco, que já despendeu em torno de 1,25 bilhão de reais, o maior volume de recursos já destinados por uma instituição em uma ação filantrópica no país em tão curto período.
Presidente da Fundação Tide Setubal e uma das herdeiras do banco, Neca Setubal acredita que, apesar dos efeitos nefastos, a pandemia teve impacto positivo ao chamar a atenção de empresários e potenciais doadores para os efeitos das desigualdades sociais e econômicas brasileiras. “Anteriormente ainda existia uma cultura de que os problemas do Brasil são de responsabilidade do governo. Hoje isso definitivamente mudou”, diz Neca.
“Anteriormente existia uma cultura de que os problemas do Brasil são de responsabilidade do governo. Hoje isso definitivamente mudou.” Neca Setubal, uma das herdeiras do Itaú e presidente da Fundação Tide Setubal
Entre os grandes doadores, as instituições financeiras tiveram participação relevante. Segundo os cálculos da Federação Brasileira de Bancos (Febraban),apenas para o desenvolvimento das vacinas os bancos doaram 380,5 milhões de reais, sendo a Fundação Oswaldo Cruz a maior beneficiária dos recursos (cerca de 220 milhões de reais). No entanto, o setor de finanças foi além do combate ao coronavírus. Causas importantes e particularmente sensíveis nos últimos meses, como a preservação ambiental, também ganharam a atenção dos três maiores bancos privados do país (Itaú, Bradesco e Santander). Junto com organizações da sociedade civil, ambientalistas e empresários rurais, formalizaram o apoio a uma coalização para fazer frente a desmatamentos, iniciativa de alta relevância em meio a desastres ambientais como as terríveis queimadas no Pantanal ocorridas no ano passado.
Notoriamente positiva, a expansão da filantropia no país traz pelo menos uma inquietação. Tanto gestores de projetos da área como beneficiados pelas ações se perguntam até que ponto as doações recordes não se restringem a um acontecimento episódico, com tendência a refluir depois da pandemia — uma situação particularmente delicada caso a economia saia muito machucada deste momento desafiador. É bem possível que, nos próximos anos, o valor aplicado em benemerência seja inferior ao atual, mas há fortes indícios de que uma barreira foi definitivamente rompida. “A pandemia vai ser um marco para a filantropia. Foi o gatilho para uma sociedade mais solidária e, nesse sentido, o setor privado brasileiro mudou o patamar do seu compromisso”, acredita André Esteves, sócio fundador do banco BTG Pactual, que destinou 50 milhões de reais para uma série de iniciativas em dezesseis estados.
“Iniciativas como as da ONG Gerando Falcões são o ponto de partida para inspirar um modelo filantrópico eficiente no país.” Jorge Paulo Lemann, controlador da Ambev, Heinz, Burger King e das Lojas Americanas, entre outras empresas
Entre os projetos financiados pelo BTG na pandemia, alguns serão mantidos nos próximos anos, como um fundo de microcrédito e um projeto chamado BTG Soma, para capacitar organizações não governamentais, as ONGs. “Há uma mudança em curso, que vinha lenta e gradual, e a pandemia acelerou. O establishment brasileiro está se sentido mais responsável pela sociedade. E nesse sentido estamos nos aproximando do modelo que existe nos Estados Unidos”, diz Esteves. Outra iniciativa articulada por ele, essa de caráter pessoal, é a criação de uma universidade de tecnologia. O projeto receberá 250 milhões de reais e tem inspiração no Massachusetts Institute of Technology (MIT). O objetivo é suprir a falta de profissionais de tecnologia no Brasil, além de complementar a formação técnica dos estudantes com conceitos ligados ao empreendedorismo, às questões ambientais, ao direito e à economia de mercado.
Com seus 14 milhões de infectados e 400 000 mortos no país, a Covid-19 não fez distinção entre suas vítimas e contaminados, mas foi particularmente devastadora entre os mais pobres, tanto no aspecto sanitário como no econômico. No primeiro trimestre completo da pandemia, a renda média do trabalhador brasileiro caiu 20,1%, segundo dados da FGV Social. Em se tratando dos mais pobres, porém, a perda foi de 27,9%. O índice de Gini, que mede a desigualdade socioeconômica, subiu 2,82% no mesmo período. Nesse cenário, as ações voltadas especificamente para essas camadas da população também ganharam peso e receberam 1 a cada 5 reais doados no país. Apenas no mês de março do ano passado, as famílias Trajano e Garcia, controladoras da rede varejista Magazine Luiza, desembolsaram 10 milhões de reais em um projeto de segurança alimentar para famílias carentes — ao longo de 2020 esse valor alcançou 30 milhões.
“No projeto Unidos pela Vacina, a doação não é apenas de dinheiro. Nós estamos de fato na operação.” Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza
Mas a força da segunda onda de contaminações fez com que Luiza Helena Trajano, presidente do conselho da empresa, fosse além do programa de segurança alimentar. Em janeiro, ela passou a liderar empresários em uma nova ofensiva contra os efeitos da Covid na sociedade a partir da vacinação. “Percebemos que estávamos no pior momento e ao mesmo tempo ainda existia uma força de mobilização”, recorda ela. “Os empresários estão trabalhando para aumentar a eficiência do processo de vacinação da população, tanto nos estados como nas prefeituras. E a doação não é só em dinheiro, estamos entrando na operação das campanhas”, diz ela. O projeto Unidos pela Vacina capitaneado por Luiza já conta com mais de 1 000 pessoas trabalhando em várias frentes para melhorar a estrutura de vacinação do país. Entre os empresários e executivos, que ajudam com tempo, conhecimento, trabalho e contatos, estão Paulo Kakinoff, da Gol, Chieko Aoki, da rede de hotéis Blue Tree, e Walter Schalka, da Suzano.
Em meio às rupturas socioeconômicas provocadas pela pandemia, um expediente recorrente entre empresas interessadas em apoiar iniciativas voltadas à população mais carente tem sido o de se valer de instituições e ONGs que já são conhecidas por sua atuação em favelas como receptoras para suas doações. O empresário Abilio Diniz e o dono da maior fortuna do Brasil, Jorge Paulo Lemann, controlador de colossos como Ambev, Lojas Americanas, Hershey’s, Heinz e Burger King, entre outras, estão entre os que procuraram a organização Gerando Falcões, do empreendedor social Eduardo Lyra, para a doação de cestas básicas. “Conheci mães que estavam havia três dias sem comer para poder garantir que seus filhos pudessem pelo menos fazer duas refeições diárias. O que estamos vivendo é uma verdadeira hecatombe social”, diz Lyra. Para manter, no início deste ano, o mesmo patamar dos meses de maior arrecadação de 2020, ele precisou ampliar drasticamente seus esforços. Entre março e junho de 2020, treze grandes empresas apoiaram o projeto, com doações iniciais de 1 milhão de reais. Foram arrecadados 25,6 milhões de reais, que garantiram 512 000 cestas básicas distribuídas a 85 333 famílias. Na reativação da campanha, Lyra mobilizou cinco vezes mais doadores. “Iniciativas como as do Gerando Falcões são o ponto de partida para inspirar a disseminação de um modelo filantrópico com eficiência no país”, declarou Lemann a VEJA.
Dono de uma fortuna estimada em 20 bilhões de dólares, o empresário que antes da pandemia dividia a sua rotina entre a Suíça, Rio e São Paulo é mais conhecido no mundo filantrópico por sua atuação no ramo da educação, encabeçada pelas fundações Estudar e Lemann, criadas por ele. Com a chegada da Covid-19, porém, ele decidiu financiar os primeiros testes da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford no país e expandir a pesquisa local em parceria com as fundações Brava e Telles, pertencentes a seus sócios Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. Além disso, investiu em uma fábrica de vacinas junto com o Itaú, o Instituto Votorantim, a Stone e as Lojas Americanas. Seu compromisso com a educação se refletiu no apoio a diversas instituições públicas, ao oferecer suporte técnico ao ensino remoto. A Ambev, empresa que ele controla, também entrou firme na crise de distribuição de oxigênio no país, em março, ao transformar em tempo recorde sua fábrica em Ribeirão Preto (SP) em uma unidade para produção do gás que faltava nos hospitais.
Um traço comum aos grandes apoiadores de projetos filantrópicos no país é a forma altamente profissional com que gerem recursos e destinação aos projetos que financiam. De maneira geral, as fundações ligadas a empresas ou indivíduos são estruturadas por meio de uma polpuda doação inicial, que se transforma em um fundo patrimonial, administrado de forma que o principal fique preservado e os rendimentos anuais sejam aplicados em uma série de investimentos de modo que gerem recursos para as iniciativas filantrópicas. Esse modelo é adotado por diversas famílias, segundo o consultor Guilherme Benites, da Aditus Consultoria Financeira, e é comum nos Estados Unidos.
Guardadas as devidas proporções, o atual modelo brasileiro de filantropia tem forte inspiração no existente hoje na maioria das fundações americanas. Por lá, os projetos de benemerência, que originaram centros médicos de referência mundial, universidades recheadas de prêmios Nobel e museus e instituições culturais de primeira grandeza, advêm de uma longa tradição de os grandes capitalistas ajudarem a sociedade de forma muito mais organizada e eficiente. A era das grandes fundações começou há pouco mais de 100 anos, com iniciativas como a do magnata do aço Andrew Carnegie. Em 1911, ele criou uma fundação de grande influência em Washington, especializada no desenvolvimento educacional e em pesquisas. O mesmo foi feito pouco depois por John D. Rockefeller.
“Há uma mudança lenta e gradual, que se acelerou com a pandemia. O establishment se sente mais responsável pela sociedade.” André Esteves, controlador do BTG
Tanto um como o outro não eram muito bem-vistos na maneira como conduziam seus negócios, o que levou a críticas de que suas ações seriam formas de atenuar a má imagem pública. Um século depois, as empresas de ambos já não existem mais, mas suas fundações se mantêm sólidas em meio às instituições de maior prestígio entre os americanos. “Hoje, as chances de a filantropia usada como ação de marketing, para alavancar a imagem de uma corporação, de um indivíduo ou de uma família, dar certo são remotas”, comenta Patrícia Villela Marino, advogada casada com Ricardo Villela Marino, da sexta geração da família que fundou o Itaú. “A gestão de recursos e a estruturação de projetos são iniciativas extremamente complexas que exigem dedicação e precisam ser sistematizadas e praticadas metodologicamente”, explica Patricia, que comanda a ONG Humanitas360, com atuação em presídios.
Muitos creditam a opulência da filantropia americana diante do tímido desenvolvimento desse setor no Brasil às regras tributárias de cada país. Segundo essa tese, a taxação sobre heranças, que chega a 40%, levou os americanos a estabelecer uma tradição secular de praticar o bem. Mas há outros exemplos de países onde a tradição filantrópica também é robusta, como Sri Lanka, Mianmar, Austrália e Nova Zelândia, sem o mesmo recurso tributário. “O sistema brasileiro até que é bem generoso com as empresas interessadas em investir em ações sociais”, diz Paula Jancso Fabiani, diretora-presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social. As instituições filantrópicas não pagam imposto de renda, PIS e Cofins, entre outros, desde que não distribuam renda para seus fundadores.
O fato é que, tanto na legislação tributária americana quanto na brasileira, os doadores têm meios de compensar o que investem em filantropia. A diferença entre os países parece ser, sobretudo, de aspecto cultural. Nesse sentido, a pandemia tem sido um divisor de águas que sensibiliza mais as pessoas e efetivamente leva a um volume maior de doações. O grande desafio agora é fazer com que esse movimento, nascido de situações tão adversas e traumáticas, cresça e frutifique.
O golpe de Estado que depôs o governo de Myanmar há uma semanae levou de volta à
prisão a ativista e Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi devolveu o país à
lista dos regimes autoritários depois de apenas uma década de democracia (e
duas eleições livres). Myanmar só é exceção pela forma do retrocesso: um golpe
militar clássico, não o encolhimento gradual de instituições se curvando a
autocratas, como na Venezuela, Rússia ou Hungria. O resultado é idêntico, uma
democracia a menos, tendência resumida pelo cientista político Larry Diamond na
feliz expressão “recessão democrática”.
[Perguntas que precisam de respostas:
- Será que o declínio da democracia - no mundo; em 167 países avaliados houve queda em 116 e apenas 8,4% da população global vivem na democracia plena - não decorre, digamos, da 'fadiga' do sistema?
A prodigalidade na distribuição de Prêmio Nobel da Paz - qualquer um recebe (até o presidiário Lula foi cotado, e outros com a mesma insignificância e falta de méritos receberam ou foram indicados) basta se dizer ativista de alguma coisa - não aponta as falhas na avaliação de quem deve ser indicado? ]
Os
últimos dois relatórios que diagnosticam o estado da democracia no planeta
constatam que a pandemia deu oportunidade para ataques aos direitos civis e
liberdades individuais. É o caso da Bielorrússia, onde Alexander Lukashenko
ainda mantém controle absoluto, apesar dos protestos desde as eleições
contestadas de agosto. Ou da China, que endureceu a vigilância sobre os
cidadãos e a perseguição aos uigures em Xinjiang. Ou ainda do Sri Lanka, onde o
premiê Mahinda Rajapaksa endureceu a agenda autoritária nos últimos seis meses.
“A
pandemia de Covid-19 está exacerbando os 14 anos consecutivos de declínio na
liberdade”, afirma o relatório da Freedom House lançado em janeiro. Dos 192
países avaliados pela organização, houve declínio da democracia e dos direitos
humanos em 80. O índice de democracia global da Economist Intelligence Unit
(EIU), publicado na última quarta-feira, corrobora a conclusão. A nota média
atingiu o nível mais baixo desde que a avaliação foi criada, em 2006: 5,37. Dos
167 países avaliados pela EIU, a nota caiu em 116. Apenas 23, correspondentes a
8,4% da população global, podem ser considerados democracias plenas.
“O
resultado de 2020 ocorreu em boa medida — embora não apenas — por causa das
restrições impostas por governos às liberdades individuais como resposta à
pandemia do coronavírus”, afirma a EIU. “A crise da governança democrática,
tendo começado muito antes da pandemia, deverá continuar depois que a crise
sanitária arrefecer, pois as leis e normas que têm sido implantadas serão
difíceis de revogar”, diz a Freedom House.
O
avanço do autoritarismo não se restringe mais a casos contumazes como Rússia,
China, Irã ou Venezuela. A invasão do Capitólio em Washington mostra que nem a
democracia mais longeva do planeta está a salvo. E nem tudo é declínio lento e
gradual, como mostra o golpe em Myanmar. Nesses dois casos, o pretexto para a
violência foi idêntico: acusações fajutas de fraude eleitoral. Só não deu certo
nos Estados Unidos, porque as instituições americanas são mais robustas.
No
Brasil, os militares têm tradição de apoiar rupturas ao longo da história. O
presidente Jair Bolsonaro vive fazendo acusações falsas sobre o sistema
eleitoral e já insinuou que aqui poderá ser “pior” que nos Estados Unidos se
ele perder em 2022. Para preservar nossa democracia, será preciso ficar de
olho.
Parece que o governador João Doria fez muito barulho por nada, assim
como, a peça de Shakespeare.
Ele fez uma tremenda propaganda para ser o
pioneiro, o capitão da vacina.
Ele criou uma expectativa e não pode
cumprir.
Mas agora não tem insumos suficientes para vacinar a quantidade
estimada para a primeira fase. Doria afirmou que o governo federal
precisa comprar os insumos, mas a negociação de compra não envolveu a
União.
Bandeiras do Brasil e China: país asiático é principal parceiro comercial - Foto: Alan Santos/PR
O governador fez questão de negociar direito com a Sinovac. Ele e o diretor do Instituto Butantan estiveram em Wuhan em agosto de 2020 para negociar a aquisição dos imunizantes. Antes só estava nas mãos dele, agora ele quer jogar a responsabilidade para o governo federal.
A peça publicitária de São Paulo – que está muito boa – destaca “se a vacina é do Butantã, pode confiar. É de São Paulo. É do Brasil”. Em momento algum é citado que o imunizante foi feito em parceria com a Sinovac, nem cita a China. Será que o país asiático não ficou desgostoso com isso? Vai que o governo chinês pensou “se a vacina é de São Paulo e do Brasil, eles que esperem''.
As relações entre Brasil e China são excelentes Rodrigo Maia, um opositor do governo, conversou com a embaixada chinesa. Ele afirmou que o motivo não foi político e sim para tratar sobre a compra de insumos da vacina para o Brasil. As relações entre Brasil e China são excelentes. O país é o nosso principal parceiro comercial. Os industriais brasileiros até se queixam da quantidade de produtos manufaturados no país asiático, desde automóveis até quinquilharias. E a China é o nosso maior comprador de soja, carne, minério de ferro e matérias primas afins.
Ou seja, as relações entre os países não é a questão. Países europeus e a Índia também estão esperando a importação do insumo, que é o ativo da vacina. Para comparação, o insumo seria o xarope da Coca Cola. Todas as fábricas produzem o refrigerante, mas o xarope é produzido na matriz.
Como o contrato com a AstraZeneca não permite transferência de tecnologia, é preciso importar o produto – a farmacêutica tem fábrica na China. E todos estão esperando para comprar porque a demanda está alta. Só na Índia são cerca de 300 milhões de pessoas a serem vacinadas nesta primeira etapa. Sem contar o fato do país ter se comprometido a vender o imunizante prioritariamente para os países vizinhos, como, Butão, Nepal e Sri Lanka.
O lado bom da demora em vacinar a população é que temos tempo para observar os efeitos colaterais do medicamento.
Já há indícios de problema na Noruega decorrente dos efeitos colaterais do imunizante da Pfizer.
Esse tempo de observação permite que tomemos a decisão de tomar ou não a vacina.
Brasil e EUA têm aliança tradicional Jair Bolsonaro não foi a Washington para a posse de Joe Biden, em vez disso, o presidente foi ao evento de 80 anos da aeronáutica. [se tratando da posse de um presidente que ameaçou o Brasil, a carta foi até um exagero.] Mas, enviou uma carta ao nosso presidente estadunidense desejando que o tempo de governo seja bom.
Eu digo com experiência que as relações entre Brasil e EUA não vão mudar porque essa é uma aliança tradicional. Quando Biden falou sobre a Amazônia, foram ameaças de campanha. A amizade e proximidade de Trump e Bolsonaro não causou nenhuma diferença entre os países. Nós já tivemos situações piores. Na década de 1970, época em que Ernesto Geisel estava no poder, as relações foram rompidas depois de o governo dos Estados Unidos discordar de um acordo nuclear Brasil-Alemanha.
Mas depois tudo voltou ao normal. Há uma estabilidade na parceria com o Brasil porque, apesar da alternância de poder entre Republicanos e Democratas, os interesses dos EUA estão acima de partido. [posição que o Brasil deve adotar urgentemente = e o começo precisa ser pela dispensa sumária do Ernesto Araújo.]
Faca na mão: assassinos em massa glorificam a si mesmos como mártires, numa total inversão da realidade (//Reprodução)
É quase impossível resumir o horror que aconteceu no domingo de Páscoa no Sri Lanka num dos maiores atentados da história. As explosões em locais fechados como
igrejas e hotéis, com cargas de C4 e bolinhas de aço levadas em mochilas
pelos suicidas, deixaram tantos corpos despedaçados que foi preciso
abrir novos cemitérios.
Em áreas mais fechadas, como as ruas
próximas à igreja de São Sebastião, muita gente morreu dentro de casa.
Foram mais de cem vítimas nessa igreja, onde a cabeça do terrorista
arrancada pela força da explosão acabou em cima de um dos bancos, com os
olhos abertos.
Aos poucos, vão sendo descobertos os autores. Num clássico do jihadismo,
eles deixaram um vídeo tenebroso onde fazem a encenação típica do
Estado Islâmico, declarando–se mártires, numa inversão total da
realidade. Estão todos com roupas iguais e o rosto
coberto, e usam nomes de guerra tradicionais (Abu, ou pai, alguma
coisa). Menos o cabeça, Moulvi Zahran Hashim, já conhecido como pregador
do ódio.
Filiado aoISIS,
o grupo se chama Tawid Jamaat Nacional. Tawid equivale a monoteísmo ou à
unicidade de Deus, um dos princípios mais fundamentais do Islã e
invocado frequentemente por jihadistas da linha sunita que acusam
qualquer outra corrente de heresia. Jamaat é a comunidade ou assembleia
dos fieis, englobando todos os muçulmanos. Outros dois de cara coberta já foram
identificados. Eram irmãos, nascidos numa família rica que transformaram
em célula terrorista. Ilham Ibrahim e Inshaf registraram-se nos hotéis
Shangri-La e Cinnamon, em Colombo. Explodiram-se na hora mais
movimentada do café da manhã.
Um deles usou dados verdadeiros na ficha.
A polícia procurou o endereço e, ao chegar, a mulher do terrorista
também se suicidou. Levou os dois filhos junto na explosão, além de três
policiais. Mais de vinte membros da família, que sabiam dos atentados,
foram presos. O tipo de ideologia doentia que produz
uma abominação assim já é bem conhecido, especialmente depois do Onze de
Setembro nos Estados Unidos.
O perfil de alguns dos terroristas
fanáticos também coincide: homens entre 20 e 30 anos, com um bom nível
de vida e de instrução. Alguns eram formados em direito, segundo
autoridades do Sri Lanka. Um dos terroristas fez faculdade no Reino
Unido e pós-graduação na Austrália. O grupo terrorista planejava uma segunda
onda de ataques. O clima de medo persiste. Os parentes que vão enterrar
seus mortos são revistados para entrar nos cemitérios. Os padres avisam
para não demorar muito, por receio de novas explosões.
Os católicos são cerca de 7% da
população. Como as outras minorias, hinduístas e muçulmanos, são da
etnia tamil. Muitos têm nomes ou sobrenomes portugueses, como na Índia,
remontando à colonização original.
As reformas recentes na Igreja não fazem
muito sucesso no Sri Lanka, como é comum em países onde a religião
minoritária se apega a tradições como forma de identidade e
sobrevivência.
Os padres usam batina branca e faixa
preta, as missas solenes, como a de Páscoa, duram duas horas, os fieis
fazem o sinal da cruz com as três persignações e o arcebispo de Colombo,
cardeal Malcolm Ranjith, pediu punição sem piedade para os terroristas,
“porque só animais fazem uma coisa dessas”. Depois, se retratou: “Não quero denegrir
os animais, essa gente é pior do que eles”. Disse que os cúmplices
mereceriam prisão perpétua e que os terroristas não deviam ser
considerados muçulmanos.
Esse é um argumento frequente,
enfraquecido pelo silêncio estrondoso de autoridades muçulmanas sobre o
atentado, ao contrário da condenação unânime ao bárbaro ataque contra
duas mesquitas na Nova Zelândia.
O papa Francisco pediu ajuda para as vítimas, mas ainda não havia telefonado ao arcebispo de Colombo.
A queda do real se equipara à das moedas do Afeganistão e do Paquistão. E só é menos ruim do que a da Indonésia.
Nessa história do frenesi cambial, o que chama mesmo a atenção nem é a alta planetária do dólar. É a queda do real, de longe a maior entre quase todos os países geralmente comparados ao Brasil.
Pesos (Argentina, México), rúpias (Índia, Sri Lanka), lira (Turquia), rublo (Rússia): todos perdem, mas muito menos. Aqui, a moeda americana sobe 1,2% neste momento (US$ 1 = R$ 3,741). É preciso procurar com lupa para encontrar perdas semelhantes. Além do rand(África do Sul) e do peso colombiano, só se encontra variação semelhante no afghani (Afeganistão) e numa outra rúpia (a do Paquistão).
Mais grave ainda é buscar alguma moeda mais desprestigiada que a brasileira. Não é possível, certo? Tem que haver alguma. Para minha surpresa, só encontrei uma: a (também rúpia) da Indonésia, onde o dólar subiu 2% no pregão de hoje. Ok, também temos a China, onde o dólar subiu 1,3%. Mas só porque o governo local deixou. Diante da guerra comercial declarada pelos Estados Unidos, tudo o que os exportadores querem, neste momento, é um yuan fraco.
Portanto, voltando ao real: se está tão mal na foto, com inflação
abaixo da meta e reservas externas recordes, imagine o que nos espera
quando nos aproximarmos dos momentos mais nervosos que costumam preceder
uma eleição presidencial. É fato que alguma fuga de divisas era esperada, e faz tempo. Mais
recentemente, acentuou-se o efeito Trump: protecionismo e rompimento do
acordo nuclear com o Irã. Mas são fatores que se espalham globalmente.
Por que, então, o real cai tanto e tanto mais que as outras moedas?
Temo que tenha caído a ficha dos “agentes” do mercado – que, por
definição, procuram antecipar fatos e tendências e vivem de ganhar
dinheiro com isso. É que vem aí a hora da verdade.
Em primeiro de janeiro de 2019, um novo governo vai
enfrentar o colapso do saldo primário, como bem definiu dia destes o
ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga. Colapso iniciado por Dilma Rousseff e afundado por Michel Temer.
Nesse contexto, importante ressaltar que o Banco Central agiu
certo esta semana ao interromper a queda da Selic, a taxa básica de
juros, e mantê-la em 6,5%. Diante do ataque que sofre o real, só faltava
cortar o juro nominal. Aí é que os dólares bateriam em retirada mesmo.
Põe colapso nisso.
Segundo
instituição, superávit primário brasileiro volta só em 2020
O Relatório Fiscal do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado nesta
quarta-feira em Washington, lançou um alerta para as dívidas do governo e das
empresas no Brasil. No lado privado, o documento afirma que as empresas
brasileiras não financeiras cresceram, na última década, em uma velocidade duas
vezes maior que a das companhias de outros países. E o endividamento público
bruto do país segue avançando e, a partir de 2019, será o maior entre 40 países
emergentes selecionados, chegando a 93,6% do PIB em
2021. No ano passado, a dívida pública bruta era de 73,7% do PIB.
Os altos
gastos com previdência, o aumento dos investimentos na Petrobras, o crescimento
dos empréstimos dos bancos públicos (sobretudo
do BNDES), combinados com a recessão, levaram a esse cenário. O documento
aponta ainda que o déficit primário do governo — resultado das contas públicas sem levar em conta o pagamento dos juros
das dívidas do país —, será de 2,8% do PIB neste ano. Para o FMI, o país só
voltará a ter superávit primário em 2020, quando a economia chegará a 0,3% do
PIB. Há três semanas, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o
superávit primário só voltaria em 2019.
O
relatório do FMI, em um box dedicado ao Brasil, lembra que durante grande parte
da década passada, a política fiscal no Brasil tem sido expansionista. “A dívida do governo, de 73% do PIB, é 30
pontos percentuais maior do que o da média dos países emergentes”, destaca
o documento.Em 2015, a dívida pública bruta representava 73,7% do PIB, e colocava o Brasil
como sexto pior em uma lista de 40 nações emergentes, atrás apenas de Croácia, Egito, Hungria, Sri Lanka e
Ucrânia.
Mas, de acordo com as projeções do FMI, em 2019, quando a
dívida brasileira representar 87,9% do PIB, o país passará a liderar o ranking
de nação emergente mais endividada em relação à sua produção, ficando neste
patamar ao menos até 2021. “Embora os
níveis de dívida privada (incluindo as empresas não financeiras) no Brasil sejam comparáveis aos de outras
economias emergentes, o ritmo de seu crescimento na última década ocorreu com o
dobro da velocidade de seus concorrentes”, afirma o documento, que lembra
que as vulnerabilidades das empresas brasileiras, com a crise econômica, pode
crescer.“Neste contexto, uma questão importante é ver se as finanças públicas
são suficientemente fortes para lidar com as consequências macroeconômicas de
uma possível redução de despesas em dívida privada.”
Assim,
segundo o documento, o país precisa urgentemente reforçar sua situação fiscal,
para melhorar seus resultados e ter margem para suportar problemas das dívidas
privadas, caso elas saiam do controle. Os dados do endividamento bruto do FMI
levam em conta os títulos público que estão com o Banco Central. Já os dados do
governo brasileiro descontam estes valores.