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quinta-feira, 2 de julho de 2020

Sobrou até para São Miguel: racismo explícito na medalha - VEJA - Blog Mundialista

A representação figura na Ordem de São Miguel e São Jorge, uma honraria dada, quando foi criada, a militares britânicos no Mediterrâneo.
Daí os dois santos guerreiros. Com o tempo, passou a contemplar embaixadores e personalidades com atuação no exterior. A atriz Angelina Jolie foi uma delas, por sua campanha algo ambiciosa de acabar com o estupro como arma de guerra. O nobre objetivo ainda não foi alcançado, infelizmente. O revisionismo histórico que grassa nos Estados Unidos e na Inglaterra chegou rapidamente a São Miguel.

Um branco (o arcanjo) pisando num negro (o coisa ruim) evoca a estremecedora cena de George Floyd sendo sufocado sob o joelho do policial Derek Chauvin. Atenção: o Satã negro já havia sido substituído em 2011 por um mais claro, mas não atendeu o surto politicamente correto.
O governador-geral da Jamaica, um posto honorífico para marcar sua integração na Comunidade das Nações (o império britânico depois de deixar de ser império), já tinha tomado a posição pública de não usar mais a honraria, recebida em 2009 na tradicional cerimônia em que a rainha Elizabeth tocou seu ombro com uma espada. “Atendendo a manifestações de preocupação de cidadãos com a imagem na medalha e a rejeição global ao uso de objetos que normalizem a degradação de pessoas de cor”, justificou Patrick Allen.

Adianta dizer que é o maligno príncipe das trevas, não uma pessoa?
Claro que não. Michael Palin, o ex-Monthy Python, o legendário e iconoclasta grupo de humoristas, recebeu a versão nova e embranquecida da condecoração, mas só de saber como era a encarnação anterior já a torna “imprópria e ofensiva”, avisou.
Dezesseis mil pessoas apoiaram um abaixo-assinado pedindo que a medalha seja “redesenhada”.
São Miguel Arcanjo é tradicionalmente representado como um alado santo guerreiro, de espada na mão para vencer Satã. Este aparece como um ser animalesco ou com formas humanas com asas de dragão e rabo.  Se for totalmente eliminado, vai sobrar apenas São Jorge, o padroeiro da Inglaterra que apareceu na outra face da medalha, matando o dragão, outra situação complexa nos dias atuais. Disse famosamente Winston Churchill sob o viés esquerdista da tradicional rede pública de rádio e televisão:
“Se a BBC cobrisse a luta de São Jorge com o dragão, torceria pelo dragão”.
A polêmica da medalha, criada em 1818 pelo rei George IV (um dia, o filho de William e Kate será outro rei com este nome) coincidiu com os novos planos do príncipe Harry e sua mulher, Meghan, de construírem uma carreira de celebridades antenadas com questões contemporâneas.
“O racismo institucional não tem lugar na nossa sociedade e, no entanto, é endêmico”, disse o príncipe numa premiação à distância. O furor despertado nos Estados Unidos pela morte brutal de Floyd e ampliado para estátuas e instituições com nomes de “racistas” tem um equivalente igual, inclusive nos precedentes, na Inglaterra. Se há católicos que se exasperam com a “modernização” da Igreja defendida pelo papa Francisco, deveriam encontrar consolo na Igreja Anglicana. Exatamente igual à fé católica, exceto pela ruptura com o papa, com a vida monacal e com o celibato, a Igreja Anglicana segue o catecismo politicamente correto ao ponto da loucura.

Disse no começo de junho o arcebispo da Cantuária, Justin Welby, que estátuas e monumentos na sublime catedral gótica de Westminster, uma das tantas igrejas tomadas aos católicos quando Henrique VIII rompeu com Roma, está passando por uma revisão completa. “Algumas terão que ser tiradas”, antecipou.

MATÉRIA COMPLETA - Blog Mundialista - Vilma Gryzinski - VEJA


domingo, 5 de abril de 2020

Igrejas fechadas e o povo precisando de conforto espiritual - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia

Coronavírus 

O governo deu um respiro para as empresas que estão enfrentando dificuldades fez algumas alterações na área de tributos.
O IOF para operações de crédito está zerado;
o prazo de entrega do Imposto de Renda da pessoa física foi estendido em 60 dias;
o pagamento do PIS/Pasep, Cofins, contribuição patronal da Previdência também foi adiado para o segundo semestre.
É uma forma de aliviar as empresas que não têm condições financeiras para passar pela paralisação forçada pelo coronavírus.

Na quinta-feira (2) de manhã, na saída do Palácio da Alvorada, o presidente ouviu de uma mãe de dois filhos, que é professora autônoma, que ela não quer os R$ 600 de "coronavoucher" e sim trabalhar. As pessoas aplaudiram.

Abram as igrejas
O secretário de estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, deu entrevista dizendo que quase todas as igrejas estão abertas e as que não estão abertas precisam reabrir para receber as pessoas que precisam de conforto espiritual.

Não haverá celebrações e missas tradicionais de Páscoa para evitar aglomerações, mas as igrejas são grandes e podem comportar pessoas que fiquem separadas umas das outras.

Um juiz substituto, de Duque de Caxias (RJ), tentou suspender o decreto aprovado pelo presidente que reabria igrejas e templos. Ele conseguiu derrubar, mas a decisão foi revista e anulada.

Aulas por telefone
O papa Francisco chegou a dizer que pais e mães vão ter que retomar a função de educadores, porque eles estavam transferindo essa função para os professores.
Na Itália, mesmo com todos em casa, os professores não perderam nenhum dia de contato com seus alunos. Eles mantêm contato passando as aulas por telefone. Um país não pode parar a educação porque senão não tem futuro.

Álcool gel é inflamável
Tem gente que está sempre com as mãos embebidas em álcool gel e é bom lembrar que o produto é inflamável. Se o sujeito passa ao lado do fogo, pode acabar com queimaduras, isso já aconteceu. Água e sabão é tão bom quanto o álcool gel e não pega fogo.

Os especialistas ainda não encontraram uma solução para o coronavírus. Mas tem um estudo nos Estados Unidos dizendo que manter um metro e meio de distância não é suficiente — o correto seria ficar oito metros distante.

Já a máscara de tecido não faz uma barreira suficiente contra o vírus. Mas auxilia segurando algumas gotículas de espirros e tosse, ou seja, barra em parte o vírus de se espalhar no ar.

Nesse momento todo mundo está testando possíveis soluções para acabar com essa doença. Mas o que dá certo nos Estados Unidos pode não dar certo no Japão. Ainda não se sabe se deu certo ou não o isolamento social na Itália.
Depois dessa crise sanitária, as escolas, o comércio e a indústria serão diferentes. Talvez as indústrias terão robôs comandados a distância em vez de funcionários.

A humanidade sempre encontra oportunidades e avanços quando está diante de sérias ameaças. Como aconteceu com a Segunda Guerra Mundial, que ensejou a criação de tantos medicamentos e soluções para a indústria. Outras crises que também nos atingiram fizeram com que surgissem novos remédios e mais cuidados de higiene, mesmo que ainda pareça que não tenhamos conseguido colocá-los na nossa rotina.

Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


domingo, 16 de fevereiro de 2020

Lula é mau ladrão, ó, papa! - José Nêumanne Pinto


Ao receber o corrupto, lavador de dinheiro e mentiroso Lula em encontro privado de uma hora, marcado pelo presidente de seu país natal, a Argentina, Alberto Fernández, o papa Francisco, Bergoglio,  que adotou o nome do santo dos humildes, Francisco, concedeu supremo privilégio a uma ovelha negra do rebanho do país que se orgulha de ser a pátria de mais católicos no mundo.
Lula é mau ladrão, ó, papa!

Ao fazê-lo, privilegia um violador do oitavo mandamento, "não furtarás", das tábuas da lei mosaica, talvez imaginando que ele seria o bom ladrão, como Dimas, companheiro de agonia de Nosso Senhor na cruz, mas, como o assalto chefiado pelo brasileiro nos cofres públicos, quase levou a Petrobrás à falência e provocou a maior crise econômica da história, causando desemprego para mais de 12 milhões de trabalhadores, seria mais adequado compará-lo com o mau, Simas. Ao cuspir na democracia brasileira e desprezar milhões de eleitores que enviaram o amigo de seu amigo ao ostracismo, o chefe de Estado da monarquia do Vaticano, pecou gravemente. Direto ao assunto. Inté. E só a verdade nos salvará.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

De Guedes para Lula - Eliane Cantanhêde

O Estado de S. Paulo

Ministro devolveu a Lula e ao PT a marca social e o slogan do rico contra o pobre

Durante anos, o PT e o próprio ex-presidente Lula insistiram no que parecia uma fantasia, ou peça de marketing: a de que “as elites” rejeitavam Lula porque era um nordestino retirante e nunca suportaram que pobres viajassem lado a lado com eles nos aviões. Isso sempre soou bobo, ridículo, populista. Desde a quinta-feira, contudo, passou a fazer sentido, a ser levado a sério.

Em geral correto no conteúdo e desastrado na forma, o ministro Paulo Guedes acaba de dar de bandeja uma superbandeira política e eleitoral para o PT e Lula. “Empregada doméstica indo pra Disneylândia? Uma festa danada. Peraí!”, disse o ministro, que acaba de passar férias em... Miami!

[1º - o povo, no caso o povo pobre, não quer  marca social nem slogan e sim emprego, melhores condições de vida, saúde, educação, segurança e algumas partes do que o povo quer já estão sendo devolvidas pelo Governo Bolsonaro e outras serão devolvidas de forma gradativa e sempre crescente;

2º - não se devolve nada aos mortos, assim Lula e PT,   mortos politicamente, nada podem receber. A ilustre Colunista encerra o artigo com a expressão "Basta jogar parado". Jogar parado pode ser boa estratégia, mas, no caso o jogo está parado porque um das equipes está politicamente morta.

3º - Qualquer acontecimento - seja um acidente, um comentário, um trecho de palestra, entrevista, - tem o fato e a versão. Se tratando do presidente Bolsonaro,  e/ou alguém de sua equipe, a imprensa sempre apresenta a versão, a interpretada da forma mais negativa para o capitão e equipe. Paciência. O tempo mostrará que Bolsonaro fará um bom governo e a sua reeleição só DEUS pode impedir que ocorra. NÃO ESQUEÇAM QUE AS ELEIÇÕES ESTÃO MARCADAS PARA 2022.]

Assim como há no Brasil o reino da piada pronta, Guedes introduz agora o slogan pronto de campanha. Só que da oposição, do adversário. Já dá para ouvir Lula e candidatos petistas entoando País afora: “Empregada doméstica indo pra Disneylândia? Uma festa danada Peraí!”. Nenhum marqueteiro maquiavélico faria melhor. [Em 2022 Lula pode estar preso - tem duas condenações, outros processos e logo essa onda de impedir a prisão após condenação em segunda instância, vai cair.]

Para piorar as coisas para o bolsonarismo e melhorar para o petismo, a declaração foi exatamente na véspera de Lula se encontrar com o papa Francisco no Vaticano, por uma hora e em lugar reservado, para, segundo Lula, discutirem um “mundo  mais justo e mais fraterno” e “a experiência brasileira no combate à miséria”. “Justiça”, “fraternidade”, “combate à miséria” remetem às origens e aos propósitos anunciados na criação do PT, há 40 anos – ou seriam séculos? E, mais do que isso, marcam um contraponto poderoso ao presidente Jair Bolsonaro e ao bolsonarismo, que investem em “família”, “empresários”, “armas” e “combate à corrupção”. [O Papa Francisco é um líder católico atualizado e sabe que a “Justiça”, “fraternidade”, “combate à miséria”exercida pelo PT, quando estava no poder, se resume ao assalto aos cofres públicos. Ele concordou em receber Lula em um ato de generosidade cristã.]

O maior troféu de Lula, porém, foi a foto com o papa. O presidente mais popular da história recente brasileira e o papa mais humanista, inclusivo e generoso em décadas. Às favas os fatos, ora, os fatos: a prisão, a condenação em primeira e segunda instâncias, os processos, o envolvimento de filhos, as relações promíscuas entre público e privado, o favorecimento pessoal. [esses fatos serão destacados, mostrados, comprovados na campanha, não se descartaa verdade com a facilidade que muitos julgam.] E os erros do PT, sem autocrítica.

Com o foco obviamente no governo, como sempre é, essas coisas vão perdendo interesse e espaço para manifestações surpreendentes do presidente Bolsonaro, dos ministros da Economia, da Educação, das Relações Exteriores, dos Direitos Humanos. E não são só manifestações, mas, às vezes, também ações que chocam e vão escancarando a real alma do governo. Nesta semana, Paulo Guedes tinha acabado de pedir desculpas publicamente por chamar os funcionários públicos de “parasitas”, como também de apagar um incêndio criado pelo próprio Bolsonaro. Num rompante populista, o presidente tinha desafiado os governadores: se eles zerassem os impostos sobre combustíveis, a União faria o mesmo. Era uma bravata, praticamente impossível. E lá se foi Guedes acalmar os governadores. Segundo ele, foi só um “mal-entendido”.

Tudo parecia estar se acalmando, mas a guerra continua. Ato contínuo, o governo atacou de novo os governadores, desta vez os nove da Amazônia. Depois de excluir a sociedade civil do Conselho Nacional do Meio Ambiente, limou os governos estaduais do Conselho da Amazônia. Se há uma coisa que Bolsonaro não gosta é de conselhos, contraditório, visões diferentes, debates... Logo, as empregadas domésticas não estão sozinhas. Fazem parte de uma lista longa, e crescente, de alvos de Bolsonaro e de seu governo: jornalistas, ambientalistas, pesquisadores, professores, estudantes, diplomatas, policiais federais, auditores fiscais, políticos e governadores. [não se faz omelete sem quebrar os ovos e consertar o Brasil é fazer um OMELETÃO. As vezes, sai mais barato e mais fácil implementar mudanças, correções, adequações, promovendo a derrubada do que existe e erguendo um novo.          O sucesso do Bolsonaro está vinculado de forma proporcional ao sucesso na economia.]

Lula e o PT estão fazendo festa. Eles não acertam uma, mas lucram com os erros absurdos do presidente e seu governo. Basta jogar parado.
 
Eliane Cantanhêde, jornalista - Coluna O Estado de S. Paulo
 
 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Ricardo Noblat - À sombra da hegemonia da extrema-direita - Blog do Noblat - Veja

Por Ricardo Noblat

O PT envelheceu. Ou se liberta de Lula ou não terá futuro

Lula jamais imaginou que seria condenado pela Lava Jato. Uma vez que foi, jamais imaginou que seria preso. Uma vez preso, imaginou que acabaria solto a tempo de tentar se reeleger presidente da República pela terceira vez. Quem sabe não compensaria as três vezes (1989, 1994 e 1998) em que foi derrotado, duas, em primeiro turno, por Fernando Henrique Cardoso. Lula nunca perdoou Cardoso por isso.

Condenado, preso e impedido pela lei da Ficha Limpa de se candidatar, Lula algemou-se ao PT e o PT docilmente a ele, com a esperança de que, um dia livre, pudesse reconstruir sua imagem, e dispondo de um partido ainda razoavelmente forte, voltar à boca do palco da política brasileira. O sonho tem tudo para se evaporar quando o Supremo Tribunal Federal julgar o pedido para que anule sua condenação no processo do tríplex.

Condenado em primeira instância no processo do sítio de Atibaia, reformado de graça para ele e sua família pelas construtoras OAS e Odebrecht, Lula é candidato a ser novamente condenado na segunda instância.  Escapará à nova prisão porque o Supremo decidiu que prisão só é possível depois da sentença transitar em julgado, e isso costuma levar muito tempo, tantos são os recursos protelatórios permitidos.

A direção do PT sabe disso. Os militantes do partido, também. O que todos fazem questão de ignorar é a verdade dolorosa para eles de que ou PT se liberta de Lula ou não terá futuro. Por ora, há um ensaio de reflexão sobre a encruzilhada em que ele o partido se encontra. Mas um ensaio tímido. Quem sabe, hoje, quando o receber no Vaticano, o Papa Francisco não operará o milagre de converter Lula à realidade?

De protagonista sem que ninguém lhe fizesse sombra da trajetória espetacular do partido de esquerda mais bem-sucedido da América Latina nas últimas décadas, Lula virou o algoz do PT. O PT pouco ou nada apreendeu com o que fez de errado nos quase 14 anos em que governou o país. E nada esqueceu. Não se renovou – envelheceu a galope. Renunciou a muitos dos seus caros princípios.

Lula livre significou o PT preso a ele. Lula solto, pelo que se vê, significa o PT atado aos ditames do seu dono. Gleisi Hoffmann seria presidente do partido se não fosse um pau mandado de Lula? Não somente ela. Os que integram a corrente majoritária do PT se comportam como se os tempos não fossem outros. Acreditam que foram vítimas de um golpe e que a História reconhecerá isso mais adiante, devolvendo-os ao poder.

Foram surpreendidos pela jornada de julho de 2013 quando milhões de brasileiros, sem a ajuda ou provocação dos partidos, saíram às ruas para gritar que não o faziam só por 20 centavos a menos ou a mais no preço das passagens de ônibus. Para que retornassem às suas casas, a presidente Dilma prometeu o que podia e o que não podia. Ao cabo, nada fez. Caiu porque perdeu o apoio que tinha para governar.

No parlamentarismo, o voto de desconfiança derruba o primeiro-ministro. No presidencialismo, o impeachment. O Congresso americano tinha razões de sobra para aprovar o impeachment de Donald Trump. A Câmara aprovou. O Senado, não, porque, ali, ele contava com o apoio de todos, menos um dos senadores republicanos. Nos estertores do governo Dilma, ela nem mais contava com o apoio integral do próprio PT.

A reconstrução do PT passa por um exame dos seus erros até para não repeti-los; pela defesa de propostas que falem ao coração e à mente da maioria dos brasileiros; e por uma injeção de sabedoria e de humildade que o leve a abrir mão da ideia tacanha e restritiva de que exerce e de que deverá continuar exercendo o monopólio da oposição. Se não for assim, resigne-se por um longo tempo à hegemonia da extrema-direita.

Blog do Noblat - Ricardo Noblat,jornalista -VEJA


domingo, 9 de fevereiro de 2020

Guerra Santa - Eliane Cantanhêde

O Estado de S.Paulo

Católicos e evangélicos são sugados para a polarização entre Bolsonaro e Lula

O ex-presidente Lula adiou seu depoimento à Justiça no dia 11 para se encontrar com o papa Francisco no Vaticano. [qual a fundamentação legal para um conhecido criminoso, com duas condenações confirmadas, adiar um depoimento? 
a iniciativa do adiamento foi dele?] O presidente Jair Bolsonaro deu lugar de destaque no palanque e na foto do 7 de Setembro ao bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus. E é assim que as religiões vão sendo sugadas para o centro da polarização política no Brasil. A Igreja Católica (ou parcela expressiva dela) se aliou a Lula e aos movimentos sociais na resistência à ditadura militar e esteve por trás da fundação do PT em 1980, ao lado de sindicatos, universidades e escolas. A aliança atravessou a Lava Jato sob silêncio e constrangimento.

As igrejas evangélicas, tradicionais e neopentecostais, estão há muitas eleições na base de Bolsonaro, seus filhos e ex-mulheres no Rio e compõem a “bancada da Bíblia”, mais forte e organizada no Congresso do que partidos. O resultado é que o embate direto entre Lula e Bolsonaro e entre esquerda e direita ameaça se transformar num teste de forças também entre a estagnada Igreja Católica e as emergentes igrejas evangélicas. A tentativa de articular uma fusão desses grupos numa frente única no Congresso até existe, mas é duvidosa.


O que falar de uma foto de Lula com Francisco? Terá uma força política considerável, fazendo o link entre a imagem do papa mais popular e mais humanista em décadas com o discurso histórico do PT (atenção: sem entrar no mérito do que é real e do que não é). O uso político e partidário no Brasil será inevitável, em ano eleitoral. Já a foto de Bolsonaro com Macedo causou espanto, pelo hábito da Universal de recolher o “dízimo” de seus fiéis e de, não raramente, estimular ingênuos, ignorantes e/ou desesperados a entregarem casas, carros e bens para a igreja, em troca do “reino de Deus”.

[uma foto do Papa Francisco com o multicondenado petista não terá nenhuma força política, exceto entre idiotas que se tornaram devotos de uma encarnação do diabo em Lula,que está morto politicamente.
Apenas como lembrete confirmatório, vejam o vídeo abaixo, no qual Cid Gomes - que não é nenhum modelo de correção, mas, disse uma verdade: - "O Lula tá preso, babaca".
É só adaptar esta frase, substituindo o preso por 'morto' - politicamente, para se expor a verdade  cristalina que Lula acabou, já era.
Ele está sendo recebido pelo Papa Francisco em um ato de Caridade cristã do Sumo Pontífice. 
E tentar criar um conflito entre a Igreja Católica Apostólica Romana e os evangélicos, é tão inútil quanto criar inimizada entre o Presidente Bolsonaro e seu ministro Sérgio Moro.
Os católicos tem alguns desencontros contra os evangélicos, mas, nada que leva a uma polarização. Afinal, antes de entrar em conflito com os católicos romanos os evangélicos precisam resolver qual das diversas denominações de igrejas evangélicas é a certa.]
Essa prática, sob as nossas barbas e com a leniência dos poderes constituídos, começa a chegar à Justiça, com devolução de valores e indenização de vítimas. Mas é tão consolidada que é difícil combater e já extrapolou fronteiras para diferentes continentes. E Lula já age para disputar as graças (e os votos) dos evangélicos.

No Brasil, os governos não veem, ouvem nem falam sobre esse avanço que levou os “donos” de igrejas (uma filhote da outra, com sutis diferenças de designações) a figurar nas listas das grandes fortunas brasileiras. Nenhum político, ninguém que disputa eleições quer bater de frente com essa máquina de manipulação de almas, que pode trazer ou tirar votos. Com Lula já era assim e com Bolsonaro tornou-se mais audacioso. Já não há dúvida do uso de cultos evangélicos na coleta de assinaturas para o partido do presidente, que prestigia evangélicos na composição do Ministério e já acenou com um nome “terrivelmente evangélico” para o STF e integra uma tal Aliança pela Liberdade Religiosa com EUA, Polônia e Hungria.

Uma curiosidade: apesar dos vínculos de Bolsonaro e de sua mulher, Michelle, com evangélicos, os militares são tradicionalmente católicos – e praticantes. Uma exceção é o ministro e general da ativa Luiz Eduardo Ramos, da Igreja Batista. A disputa de Bolsonaro e Lula pelas igrejas tem efeito maléfico, inclusive para elas. Seus “podres” tendem a ganhar visibilidade. Na Igreja Católica, os templos ricos, o gosto pelas elites, até a pedofilia. Nas neopentecostais, os espaços espartanos em centros estratégicos das cidades para atrair e lucrar com o corre-corre de trabalhadores.

O direito à liberdade e à manifestação religiosa é reconhecido em todas as democracias e não se trata aqui de discutir religião, teologia, crenças e dogmas e, sim, alertar para o uso político e eleitoral das igrejas e da fé. Pode ser considerado ilegítimo e, de certa forma, imoral.
Eliane Cantanhêde, colunista - O Estado de S. Paulo

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

A Presidente Vargas de 1984 a 2019 - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - O Globo

O povo não deve ter medo da polícia, nem a polícia deve ter medo do povo 

PM manchou a festa do Flamengo

PM do Rio manchou a celebração no fim da festa

A avenida foi a mesma. Em abril de 1984 ali aconteceu o grande comício das Diretas. Noticiou-se que a multidão passava do milhão de pessoas. Nem chegava a isso, mas deixa pra lá. A festa durou cerca de sete horas, sem um só incidente. No domingo, mais de um milhão de cariocas festejaram o Flamengo. A festa terminou com uma pancadaria e 23 feridos nas proximidades do monumento ao Zumbi de Palmares. 

Não se sabe como começou a confusão, mas é elementar que a Polícia Militar não precisava ameaçar o povo com fuzis ou apontando-lhe revólveres. A primeira bomba de gás contra uma multidão parada pode ter sido um exagero. As demais, truculência, sobretudo sabendo-se que na festa havia crianças. O veículo da Guarda Municipal também não precisava dar marcha a ré em alta velocidade numa pista livre. Acabou atropelando um guarda. Assim como Gabigol fez a alegria dos brasileiros com dois gols em três minutos num final de jogo, a PM do Rio manchou a celebração no fim da festa. 

O medo faz mal à alma. O povo não deve ter medo da polícia, nem a polícia deve ter medo do povo. Em 2013, quando o Papa Francisco chegou ao Rio, estava protegido por um dispositivo teatral, com soldados e até cães farejadores. Na Presidente Vargas o carro do Papa ficou preso no trânsito, e centenas de pessoas cercaram-no, assustando muita gente que via a cena pela televisão. Só Francisco não se assustou e manteve o vidro aberto. Os agentes da Polícia Federal que escoltavam o veículo a pé mantiveram a calma, sem agredir ninguém. Também não se assustaram as pessoas que queriam vê-lo, pois não é todo dia que há um Papa na Presidente Vargas.

O Rio é governado por um bufão que estimula a violência policial na construção de sua própria teatralidade. No gramado do estádio de Lima, ajoelhou-se diante de Gabigol, recebendo um olhar seco, digno dos melhores monarcas da Casa de Windsor. 

No dia seguinte à pancadaria do fim da festa do Flamengo, o repórter Rafael Soares revelou o áudio de um PM que revelou sua contrariedade diante de um episódio no qual um sargento matou a tiros dois jovens que estavam numa motocicleta. O caso aconteceu em 2015, soldados da patrulha haviam dito ao sargento para não atirar, mas “ele estava trabalhando com ódio, ficava falando que ia matar, matar”. O sargento matou porque achou que a furadeira carregada por um dos jovens era uma arma. Já houve casos em que um cidadão foi morto porque carregava um guarda-chuva e outro, uma esquadria de alumínio. O PM que matou o homem do guarda-chuva foi absolvido e o outro caso ainda está sendo investigado. O sargento que ficava falando em matar ainda não foi julgado. 

Na tarde de domingo, depois da confusão da Presidente Vargas, uma mulher se referiu aos PMs como “esses milicianos”. É verdade que o pessoal das milícias está em alta, mas nenhuma cidade terá segurança se a sua polícia se comportar de forma a permitir tamanha confusão.

A PM é uma corporação militar que deve trabalhar com normas profissionais e, sobretudo, de forma disciplinada, cumprindo protocolos. O que aconteceu na Presidente Vargas não seguiu protocolo algum. Quanto à disciplina, quem sabe? Em março do ano passado, durante a intervenção federal na segurança do Rio, um general foi inspecionar o quartel do 18º Batalhão da PM do Rio, viu-se diante de uma tropa formada por 20 homens. À voz do comando, alguns deles não lhe deram continência. Foi preciso que o coronel repetisse: “Todo mundo.” Só então foi obedecido.
Folha de S. Paulo - O Globo - Coluna Elio Gaspari, jornalista 
 
 
 

domingo, 27 de outubro de 2019

Madame Natasha pede compostura verbal - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - O Globo

Está faltando compostura verbal no país

A boa senhora recomenda que os bolsonaristas evitem a cloaca do idioma

Natasha acredita que todos podem continuar defendendo suas posições, mas não devem usar a cloaca do idioma para se expressar

Madame Natasha tem opiniões políticas e não as revela, até porque quase sempre estão erradas. Ela zela pelo idioma e pela compostura no seu uso. Natasha acompanhou a campanha eleitoral do ano passado e convenceu-se de que Jair Bolsonaro e seus seguidores apresentavam-se como paladinos da lei, da ordem, da moralidade e dos bons costumes. Neste mês de outubro, ela colecionou falas de alguns poderosos e assombrou-se com o que viu. Coisas que não se dizem numa casa de família e que nunca se ouviram na política brasileira. 

Quem puxou o desfile da incontinência foi o presidente. Falando a um grupo de garimpeiros, Bolsonaro disse que “o interesse na Amazônia não é no índio nem na porra da árvore, é no minério”. Dias depois, quando um cidadão perguntou-lhe onde estava seu amigo Fabrício Queiroz, o doutor respondeu: “Tá com tua mãe”. (É o caso de relembrar a conduta do general João Figueiredo em Florianópolis, em 1979. Quando ele ouviu o que não gostou, vindo de uma manifestação, partiu para cima dos estudantes aos gritos: “Eu gostaria de perguntar por que a minha mãe está em pauta. Vocês ofenderam minha mãe.” É a velha história: Não se deve botar mãe no meio.)

O delegado Waldir, líder do PSL na Câmara, deu a Bolsonaro o veneno da sua própria incontinência. Reagindo à iniciativa que pretendia tirá-lo do cargo, ele disse, durante uma reunião do partido: “Vou implodir o presidente. (...) Não tem conversa, eu implodo o presidente, cabô cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo, cara. Eu votei nessa porra. (...) Eu andei no sol 246 cidades, no sol gritando o nome desse vagabundo.” (Dias depois, repetiu: “Ele me traiu. Então, é vagabundo”.
O deputado Felipe Francischini (PSL-PR) acrescentou: “Ele começou a fazer a putaria toda falando que todo mundo é corrupto. Daí ele agora quer tomar a liderança do partido que ele só fala mal?” [parece que o implodidor colocou o explosivo no local errado e foi ele o implodido.]

Dias depois começou uma briga de textos. A deputada Joice Hasselmann desentendeu-se com Eduardo Bolsonaro (“moleque”) e foi rebatida pela colega Carla Zambelli, que a chamou de Peppa: “Só agradeço a Deus por estar tirando o véu da sacanagem ao povo brasileiro e mostrando quem é quem”. 

Finalmente, o deputado Daniel Silveira, que gravou a fala do Delegado Waldir, defendeu-se: “Alerto sobre a tentativa de pedir cassação de mandato. Garanto que não estão acostumados com alguém como eu. Tenho muita coisa para f*** o parlamento inteiro. Eu vou bagunçar o coreto de todo mundo, vou sacudir o Brasil.”
(...)
Natasha acredita que todos eles podem continuar defendendo suas posições, mas não devem usar a cloaca do idioma para se expressar. Ela torce para que Daniel Silveira conte o que sabe e gostou muito da ameaça de Joice Hasselmann: “Não se esqueçam que eu sei quem vocês são e o que fizeram no verão passado”. Tomara que conte.

A senhora faz esse apelo porque zela pelo idioma, mas lembra o que ensinou o escritor mexicano Octavio Paz: “Quando uma situação se corrompe, a gangrena começa pela linguagem.” 


(....) 

Eremildo, o idiota
Eremildo é um idiota e gostou do projeto do senador Marcelo Castro (MDB-PI) propondo que os usuários de energia solar ou eólica paguem royalties aos governos estaduais, pois a luz e o vento seriam bens da União”.

O cretino refletiu e acha que alguém deve propor a cobrança de um imposto aos desempregados. Afinal eles usam bens e serviços públicos sem pagar nada.
Eremildo lembra que o rei da Itália punha fiscais nas praias para impedir que mulheres roubassem água do mar, cuja salinidade é adequada para cozinhar o macarrão. 

Publicado Folha de S.Paulo e O Globo - Elio Gaspari, jornalista

 

domingo, 13 de outubro de 2019

Irmã Dulce é proclamada a primeira santa nascida no Brasil - Com agências EFE, France-Presse e VEJA

Em sermão, papa ressaltou ações de caridade dos canonizados: 'Um caminho de amor nas periferias existenciais do mundo'



O papa Francisco proclamou neste domingo, 13, a religiosa Irmã Dulce (1914-1962) como a primeira santa nascida no Brasil, durante uma cerimônia realizada no Vaticano. “Sua dedicação aos pobres tinha uma raiz sobrenatural e do alto recebia forças e recursos para realizar um maravilhoso serviço”, ressaltou o Vaticano sobre a freira baiana, agora chamada de Santa Dulce dos Pobres.
Na cerimônia no Vaticano também subiram aos altares outros quatro santos: o cardeal britânico John Henry Newman (1801-1880), a religiosa italiana Giuseppina Vannini (1859-1911), a indiana Maria Teresa Chiramel (1876-1926) e a suíça Marguerite Bays (1815-1879). Irmã Dulce, porém, é a mais jovem do grupo — os demais morreram no século XIX ou nas primeiras três décadas do século XX.
“Agradecemos ao Senhor pelos novos santos, que caminharam na fé e agora invocamos como intercessores. Três deles são freiras e mostram-nos que a vida religiosa é um caminho de amor nas periferias existenciais do mundo”, disse o papa Francisco no sermão de canonização.
Cerimônia de canonização da brasileira Irmã Dulce, juntamente com o cardeal inglês John Henry Newman, a religiosa italiana Giuseppina Vannini, a indiana Maria Teresa Chiramel e a suíça Marguerite Bays (Alberto Pizzoli/AFP)

O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, participou da cerimônia. Também estavam presentes os presidentes do Senado e da Câmara Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia; o governador da Bahia, Rui Costa, e o prefeito de Salvador, ACM Neto. Entre as autoridades mundiais que acompanharam a missa estava também o príncipe Charles, da Inglaterra, prestigiando a canonização do cardeal inglês John Henry Newman.

Nesta manhã, com reverência, participei da cerimônia de canonização do pelo . , que com grande amor e fé intercedeu pela saúde e vida de milhares de brasileiros, torna-se Santa de todo nosso Brasil e do mundo!


Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce, era conhecida pela dedicação aos pobres e aos mais necessitados. A canonização ocorre nove anos após o colegiado de cardeais e bispos da Congregação para a Causa dos Santos, da Cúria Romana, atestar o primeiro milagre atribuído à Irmã Dulce descrito no processo de beatificação da religiosa iniciado pela Arquidiocese de São Salvador da Bahia. A decisão do colegiado é baseada em avaliação de peritos de saber científico (como médicos) e teólogos.

O milagre que levou à beatificação foi a intercessão da freira, a pedido de orações de um padre, para salvar a vida de uma mulher que deu à luz a um menino e estava desenganada por causa de uma hemorragia depois do parto, que os médicos não conseguiam conter. O caso ocorreu nove anos após a morte de Irmã Dulce (2001), em uma cidade do interior de Sergipe.

Para a canonização, a Constituição Apostólica exige a comprovação de um segundo milagre e semelhante ritual processual e comprobatório. A segunda graça, conforme publicado pela Arquidiocese de Salvador, foi a recuperação da visão do músico e maestro José Maurício Bragança Moreira, após 14 anos sem enxergar por causa do glaucoma.

Filha de um dentista e de uma dona de casa que morreu quando ela tinha sete anos, descobriu sua vocação ainda adolescente, quando atendia mendigos e doentes na porta da casa da família. Aos 19 anos se tornou freira e adotou o nome de “Dulce”, em homenagem à mãe. Começou atuando nos bairros mais pobres de Salvador e chegou a invadir propriedades desocupadas para abrigar doentes que pediam sua ajuda.

Em nome dos pobres e dos doentes, a mulher de 1,48 metro era gigante. Criou um dos maiores complexos de saúde do Brasil, o Hospital Santo Antônio, em Salvador, que hoje faz 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano, gratuitamente. Ela atraía atenção, carinho e dinheiro de políticos e empresários como Antonio Carlos Magalhães e Norberto Odebrecht. Nascida numa família de classe média (filha de dentista e professor), tinha uma afeição espantosa pelos miseráveis. Certa vez, foi alimentar um morador de rua. Na primeira colherada, ele cuspiu a comida na cara da religiosa. Dulce reagiu: “A primeira colher era para mim mesmo, agora coma você”. Invadiu casas para abrigar gente que morava nas ruas. Foi afastada de sua congregação, a das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em razão de suas atividades, que não seguiam regras tradicionais.

A primeira missa em honra à Santa Dulce dos Pobres ocorrerá em Roma na igreja San’t Andrea della Valle, segunda-feira(14), 24 horas depois da canonização. No dia 20 de outubro, domingo, em Salvador, haverá a celebração pela canonização da Santa. Será no estádio de futebol Arena Fonte Nova, com abertura dos portões ao meio-dia. Os ingressos gratuitos estão à disposição nas diversas paróquias da Arquidiocese de Salvador e começaram a ser distribuídos no início deste mês.

VEJA - Com agências EFE e France-Presse


sábado, 12 de outubro de 2019

As ONGs seriam 'milícias' de interesses estrangeiros? - Sérgio Alves de Oliveira


                 
Bem lembro que lá pelas décadas de sessenta e setenta , desde  o momento em que a palavra “governo” passou a ser equivalente a  um “nome  feio”, mesmo ”palavrão”, perante a opinião pública, o status  e o prestígio adquirido pelas chamadas “Organizações Não Governamentais-ONGs”, passou a ser algo verdadeiramente monumental.

Era a coisa mais “chique” do mundo invocar  que  determinada medida foi, estava sendoou seria  providenciada  a partir de alguma organização que não tinha nada a ver com nenhum governo, que não tinha nem  “cheiro” de governo, e que se chamava, justamente por isso , ORGANIZAÇÃO “NÃO” GOVERNAMENTAL, ”x”, ou “y”.

Certamente o prestígio descomunal  das ONGs decorreu em grande parte do “lixo” político saído das urnas e que estava sendo despejado   no mundo pelas  democracias degeneradas , ou seja, pelas OCLOCRACIAS, que acabaram corrompendo totalmente as verdadeiras democracias, praticadas pelos povos com maiorias politicamente “sem noção”, em benefício da pior escória da sociedade, que era atraída para fazer política e dela fazer uma “profissão”, não em benefícios do povo, mas próprio.     
                                                                                   
Nesse aspecto, particularmente o Brasil, foi “Prêmio Nobel”.
Parece então que os políticos tiveram a “genial” ideia  de investir  tanto quanto  possível nas chamadas ONGs, aproveitando o prestígio mundial  que  essas organizações conseguiram angariar, justamente por se intitularem “não governamentais”,  beneficiando-as  com generosas  facilidades e verbas públicas. Não se conhece nenhuma ONG que tenha o espírito empresarial de produzir bens econômicos com  objetivos lucrativos , ao menos “declarado”. Todas elas sobrevivem de doações, verbas públicas, ou “secretas”. E na verdade, produzem “nada”.

Ora, é evidente que os governos e quaisquer outros “investidores” privados não iriam desembolsar  dinheiro de “graça” para as  ONGs, por simples “bondade”, altruísmo, filantropia,  espírito “assistencialista”, ou ajuda “humanitária”. É evidente que acima de tudo estão  os interesses econômicos dos “investidores”, na expectativa dos “retornos” que essas entidades podem  dar em troca do que receberam. Resumidamente: as ONGs passaram a ser um “negócio” muito lucrativo, usando , abusando  e “comprando” mídia para enganar as populações.

Desse modo a “inflação” de muitas  ONGs  nas últimas décadas, que lotou o mundo, ou superlotou,como no caso da Amazônia, abrigando interesses menores, chegou a impactar o prestígio de algumas “antigas”, de reconhecida utilidade e idoneidade , e que efetivamente  contribuem para melhorar o mundo.  A discussão que foi detonada  no mundo inteiro após as queimadas  nas matas da  Região Amazônica, especialmente no mês  de agosto recém findo, tornou pública  a quantidade impressionante de ONGs que  atuam nessa região, a maioria “sustentada” por verbas  e “interesses” estrangeiros.

Mas o mais incrível de tudo isso tem sido  a “coincidência” entre as queimadas na Região Amazônica,de agosto de 2019, e que foram muito  semelhantes   às dos anos anteriores, e a instalação do  chamado SÍNODO DA AMAZÔNIA, pelo Papa Francisco, e que, também “coincidentemente”, conta com o apoio da esquerda internacional e dos  países e grupos econômicos manifestamente interessados nas riquezas naturais dessa região, provavelmente  interessados em fazer da Amazônia um “condomínio” que contemple os seus interesses, mesmo que desafiando  a própria soberania brasileira sobre a região. [uma 'atualização': a coincidência de datas entre as queimadas de 2019 e as de anos anteriores é inevitável, por se tratar de um fenômeno sazonal;
o que desperta curiosidade - e, por tabela, corroborou o entendimento deste Blog de que há enorme interesse estrangeiro por estabelecer um 'condomínio' internacional na Amazônia Legal brasileira - foi a maximização da divulgação e ampliação do número de queimadas e do seu impacto.
Ao tempo que as condições para um eventual 'condomínio' na Amazônia eram fermentadas pela divulgação maciça e editada dos malefícios das queimadas e desmatamentos, o 'estadista' francês, soltava o balão de ensaio de internacionalizar a região.
O Sínodo busca mais o interesse no atendimento religioso dos moradores da região, não índios - os indígenas possuem suas próprias crenças e atendimentos - que padece da crônica falta de padres.

Óbvio que,  o nosso presidente facilita um pouco as coisas para os seus inimigos (que também são inimigos do Brasil) quando alimenta discussões - discutir religião não costuma ser uma discussão útil, discutir com lideranças religiosas, menos ainda e com a Igreja Católica Apostólica Romana é derrota certa.]

Está na “cara”, portanto, que as ONGs da Região Amazônica não passam de “paus mandados” de manifestos  interesses estrangeiros, e ali  atuam como  se fossem suas  “milícias”, ou forças “mercenárias”, fazendo o  “papel sujo” que “eles” não  poderiam realizar diretamente, e  que esconde  os reais  interesses  “oficiais” de  governos  e grupos econômicos estrangeiros sobre as riquezas  naturais amazônicas.


Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo