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sábado, 20 de julho de 2019

Pelo fim da treta e da teta cinematográfica - Alerta Total

Edição do Alerta Total 
A melhor contribuição que Jair Bolsonaro pode dar ao cinema brasileiro é acabar com a Agência Nacional do Cinema e Audiovisual. A Ancine não tem razão de existir em um regime democrático. As artes visuais e audiovisuais não devem ser controladas pelo Estado, e nem sofrer interferência de governos – a não ser nas Uniões Soviéticas da vida...

É babaquice demais assistir à polêmica inútil alimentada pelo Grupo Globo (maior interessado em lucrar com a produção audiovisual no Brasil) e o governo. A iniciativa privada tem de ser livre e responsável para empreender no setor. É descabida uma Ancine para definir como o Audiovisual ou o cinema devem ser dirigidos ou receberem incentivos estatais, diretos ou indiretos. Bolsonaro não tem de transferir a Ancine do Rio de Janeiro para Brasília. Tem, sim, de acabar com mais esta estrutura estatal Capimunista. Fosse no Estado Novo de Getúlio Vargas, essa agência cairia como uma luva. Estatizar Hollywood ou Bollywood é uma estupidez. O Brasil precisa de um setor de audiovisual forte, mas inteiramente sob responsabilidade da iniciativa privada.

O Estado até pode intermediar a arrecadação do percentual cobrado pela distribuição de filmes. Mas esta é função da livre iniciativa, das entidades representativas das empresas produtoras de conteúdo audiovisual. Tal mercado tem de ser inteiramente livre. Não cabe interferência, nem censura estatal. No máximo, a regulação por indicação de faixa etária, com base no bom senso – e não no falso moralismo. asta de treta no mundo cinematográfico. Também chega de “mamação” na teta estatal para produzir e lucrar com o audiovisual. Nosso voto é para que acabe a treta e a teta. Que produtores e cineastas sejam livres para produzirem e ganharem dinheiro com seu trabalho. O resto é conversa inútil!  Resumindo: temos de lutar, cada vez mais, e sem tréguas, pela mudança de paradigmas no Brasil. Sai Capimunismo e entra Capitalismo! Mais Brasil; Menos Brasília! Cumpra sua missão de transição, Bolsonaro! 

Conheça o contraditório, clicando aqui 

 
Publicado no Alerta Total

 
Por Jorge Serrão

sexta-feira, 28 de junho de 2019

INsegurança pública no DF - Padre é assaltado tem batina roubada quando chega em Igreja para celebrar missa

Sob Ibaneis continua o desmonte do que restava de Segurança Pública no DF = agora a INSEGURANÇA PÚBLICA é total.

Mas, conforme dito popular, desgraça pouca é bobagem.
Ibaneis pretende favelizar Setor Comercial Sul - SCS, coração do Plano Piloto (nos bons tempos o Plano Piloto era considerado área nobre).

Ao pretender transformar o SCS em área residencial, Ibaneis segue o caminho de transformar o centro de Brasília em favela. A vizinhança do  SCS favorece o aproveitamento da W-3 Sul - outro ex-área nobre de Brasília - como local para instalar a CRACOLÂNDIA candanga.

Tem mais: Brasília está  em um processo irreversível de desmanche na periferia o desmonte continua e, em todos os aspectos, é total.  Agora a vez pe via  entre a Rodoviária do Plano Piloto - área de intensa criminalidade  - e o Conjunto Nacional de Brasília (também no Centro do Plano Piloto e que antigamente, no passado, era área nobre) sentido Sul, que rachou, correndo risco de desmoronar e já provocou interdição do trânsito.
Informação de alguma importância: na área trafegam milhares e milhares de pessoas/dia. 
A Saúde continua piorando a cada dia - seria recorrência falar sobre. 

DF 1 - TV Globo  e CB

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Prisão de Battisti mostra oposição a Bolsonaro perdida

Prisão de Battisti, o ‘presente’ de Bolsonaro ao ministro populista italiano no poder

A chegada do terrorista Cesare Battisti a Roma, depois de quase 40 anos de fuga, está sendo comemorada tanto pela direita quanto pela esquerda italianas

Extradição de Battisti direto da Bolívia para Itália evitou qualquer surpresa jurídica no Brasil

Chegada ao poder do militar da reserva provocou uma guinada radical na política externa brasileira em relação à do PT

A prisão do italiano Cesare Battisti, condenado por quatro homicídios cometidos na década de setenta, quando militava num grupo armado de ultraesquerda, serviu ao novo Governo do Brasil para fazer um aceno diplomático à Itália, atacar o Partido dos Trabalhadores (PT) e criar uma potencial dor de cabeça para o presidente da Bolívia, Evo Morales.

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

'Nossa bandeira jamais será vermelha', diz Bolsonaro em discurso no Planalto

Após receber a faixa de Temer, presidente faz pronunciamento para o público no Parlatório do Palácio do Planalto 

Após receber a faixa presidencial de Michel Temer, o presidente Jair Bolsonaro discursou no parlatório do Palácio do Planalto, dizendo que vai libertar o Brasil do " socialismo ". No final de sua fala, segurou uma bandeira do Brasil e disse estar disposto a dar seu sangue para que ela não vire "vermelha":
— Essa é a nossa bandeira, que jamais será vermelha. Só será vermelha se for preciso nosso sangue para mantê-la verde e amarela.

Apesar da orientação da segurança do governo, o presidente manteve a tradição e desfilou em carro aberto da Catedral de Brasília até o Congresso. A Esplanada dos Ministérios recebeu público de todo o Brasil para a posse. De ônibus, avião e em caravanas, apoiadores do presidente eleito começaram a chegar a Brasília no fim de semana.

O empresário André Rhouglas conta que chegou à Praça dos Três Poderes por volta de 6h30. Pegou um lugar na grade, na frente da rampa do Palácio do Planalto, onde Bolsonaro receberá a faixa.
- O importante é estar no meio do povo.  O importante é estar no meio do povo, no sol na chuva. Mostrar apoio para Bolsonaro, para o Sérgio Moro, para mudar o Brasil - disse ele, que veio de Belo Horizonte, carregando um cartaz com fotos do futuro ministro da Justiça.


Extra Globo

 

domingo, 2 de dezembro de 2018

A Nação que Salvou a si Mesma - A história secreta da legítima revolução do povo brasileiro- 1ª Parte

A Nação que Salvou a si Mesma - A história secreta da legítima revolução do povo brasileiro


A história inspiradora de como um povo se rebelou e impediu os comunistas de tomarem conta de seu país.
Raramente uma grande nação esteve mais perto do desastre e se recuperou do que o Brasil em seu triunfo sobre a subversão vermelha. Os elementos da campanha comunista para a dominação – propaganda, infiltração, terror – estavam em plena ação.
A rendição total parecia iminente.... e então o povo disse: NÃO

O palco estava completamente armado e determinado o cronograma para a primeira fase da tomada de posse pelos comunistas. Nos calendários dos chefes vermelhos no Brasil – assim como nos de Moscou, Havana e Pequim – as etapas para a conquista do poder estavam marcadas com um circulo vermelho: primeiro, o caos; depois, guerra civil; por fim domínio comunista total.

Havia anos que os vermelhos olhavam com água na boca o grande país, maior que a parte continental dos EUA e que então continha 80 milhões de habitantes, aproximadamente metade da população da América do Sul. Além de imensamente rico em recursos ainda não aproveitados, o Brasil se limita com 10 países – toda a América do Sul, exceto Chile e Equador – seu domínio direto ou indireto pelos comunistas ofereceria excelentes oportunidades para subverter um vizinho após o outro. A captura deste fabuloso potencial mudaria desastrosamente o equilíbrio de forças contra o Ocidente. Comparada com isso, a comunização de Cuba era insignificante.

Por fim estava tudo preparado. A inflação piorava dia a dia; a corrupção campeava; havia inquietação por toda a parte – condições perfeitas para os objetivos comunistas. O governo do presidente João Goulart estava crivado de radicais; o Congresso, cheio de instrumentos dos comunistas. Habilmente, anos a fio, os extremistas de esquerda tinham semeado a idéia de que a revolução era inevitável no Brasil. Dezenas de volumes eruditos foram escritos acerca da espiral descendente do Brasil para o caos econômico e social; a maioria concordava em que a explosão que viria seria sangrenta, comandada pela esquerda e com um elenco acentuadamente castrista. Os brasileiros em geral olhavam o futuro com a fascinação paralisada de quem assiste impotente à aproximação de um ciclone. Uma expressão brasileira corrente era: “A questão não é mais de saber se a revolução virá, mas de quando virá.”

O país estava realmente maduro para a colheita. Os vermelhos tinham introduzido toneladas de munições por contrabando, havia guerrilheiros bem adestrados, os escalões inferiores das Forças Armadas estavam infiltrados, planos pormenorizados estavam prontos para a apropriação do poder, feitas as “listas de liquidação” dos anticomunistas mais destacados. Luiz Carlos Prestes, chefe do Partido Comunista Brasileiro, tecnicamente ilegal, mas agressivamente ativo, vangloriava-se publicamente: “Já temos o Poder, basta-nos apenas tomar o Governo!”

Amadores contra Profissionais
E então, de repente – e arrasadoramente para os planos vermelhos – algo aconteceu. No último instante, uma contra-revolução antecipou-se à iniciativa deles. A sofrida classe média brasileira, sublevando-se em força bem organizada e poder completamente inesperado, fez sua própria revolução – e salvou o Brasil.  Sem precedentes nos anais dos levantes políticos sul-americanos, a revolução foi levada a efeito não por extremistas, mas por grupos normalmente moderados e respeitadores da lei. Conquanto sua fase culminante fosse levada a cabo por uma ação militar, a liderança atrás dos bastidores foi fornecida e continua a ser compartilhada por civis. Sua ação foi rápida (cerca de 48 horas do início ao término), sem derramamento de sangue e popular além de todas as expectativas.
Uma vitória colossal para o próprio Brasil, ela foi ainda maior para todo o mundo livre. Pois, como comentou um categorizado funcionário do Governo em Brasília: “Ela marca a mudança da maré, quando todas as vitórias pareciam vermelhas, e destrói completamente a afirmação comunista de que a “história está de nosso lado”.

Como foi, exatamente, que os brasileiros conseguiram esta vitória magnífica? A história secreta desta legítima revolução do povo – planejada e executada por amadores mobilizados para a luta contra calejados revolucionários vermelhos – é um modelo para toda nação analogamente ameaçada, uma prova animadora de que o comunismo pode ser detido de vez, quando enfrentado com energia por um povo suficientemente provocado e decidido.

Deriva para o Caos
A história começa pouco depois da renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961. Seu sucessor, o Vice-Presidente Goulart, de tendências esquerdistas, mal chegado de uma visita à Rússia e à China Vermelha, apenas assumiu o poder deixou transparecer claramente em que direção ia conduzir o País.
Sem ser comunista, Jango procedia como se o fosse. Sedento de poder, Goulart julgava estar tornando os camaradas instrumento de suas ambições; em vez disso, eram eles que faziam dele seu instrumento. As portas, há anos entreabertas à infiltração vermelha, foram escancaradas. A inflação, estimulada por enchentes de papel-moeda emitido em administrações anteriores e agora acelerada por Jango, subia em espiral, enquanto o valor do cruzeiro caía dia a dia. O capital, vitalmente necessário para desenvolver o País, fugia para o estrangeiro; os investimentos alienígenas secavam rapidamente sob o peso das restrições e das constantes ameaças de desapropriação.

A Hora é Agora
Alarmados com a perigosa deriva para o caos, alguns homens de negócio e profissionais liberais reuniram-se no Rio em fins de 1961, dizendo: “Nós, homens de negócio, não mais podemos deixar a direção do País apenas aos políticos.” Convocando outras reuniões no Rio e em São Paulo, declararam: “A hora de afastar o desastre é agora, não quando os vermelhos já tiverem o controle completo de nosso Governo!”  Dessas reuniões nasceu o Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (IPES), destinado a descobrir exatamente o que ocorria por trás do cenário político e o que se poderia fazer a respeito. Outras associações já existentes, como o CONCLAP (Conselho Superior das Classes Produtoras), formado pelos chefes de organizações industriais, tanto grandes como pequenas; o GAP (Grupo de Ação Política); o Centro Industrial e a Associação Comercial, também se empenharam em atividades de resistência democrática.

Essas organizações ramificaram-se rapidamente através do País. Embora agindo independentemente, esses grupos conjugavam suas descobertas, coordenavam planos de ação. Produziam cartas circulares apreciando a situação política, faziam levantamentos da opinião pública e redigiam centenas de artigos para a imprensa respondendo às fanfarronadas comunistas. Para descobrir como funcionava no Brasil o aparelho subterrâneo treinado por Moscou, o IPES formou seu próprio serviço de informações, uma força-tarefa de investigadores (vários dentro do próprio governo) para reunir, classificar e correlacionar informes sobre a extensão da infiltração vermelha no Brasil.                                                                                                                                                   Guarnecidos de Vermelhos
Os investigadores não tardaram a descobrir um cavalo-de-tróia vermelho, de dimensões bem mais assustadoras do que alguém imaginava. Muitos comunistas disfarçados, “plantados” em ministérios e órgãos governamentais anos antes, tinham conseguido alçar-se a postos-chave na administração federal. A maioria dos ministérios e repartições públicas estavam guarnecidos por comunistas e simpatizantes a serviço das metas de Moscou. O chefe comunista Prestes apregoava em público: “Dezessete dos nossos estão no Congresso” – todos eleitos em chapas de outros partidos. Além disso, dezenas de deputados simpatizantes faziam acordos com os comunistas, apoiando-os em muitas questões, sempre atacando o imperialismo dos EUA” – mas jamais criticando a Rússia Soviética.

Comunistas não eram os ministros, mas os consultores de alto nível, e às vezes apenas os subordinados do Ministro, ou os redatores de relatórios em que se baseavam altas decisões. Alguns alardeavam abertamente: “Não nos interessa quem faça os discursos, desde que sejamos nós quem os escrevamos”. O Ministério das Minas e Energia era dominado completamente por um grupo assim. O Diretor-Geral dos Correios e Telégrafos, Dagoberto Rodrigues, oficial do Exército, conhecido como esquerdista, liberou certa vez grande quantidade de material de propaganda cubana e soviética apreendida pelo Governo Federal com a explicação vaga: “Examinei este material e conclui que não é subversivo”.
Nos próprios sindicatos o controle comunista era esmagador. Repetidamente o Governo intervinha em eleições sindicais a fim de garantir a escolha de candidatos comunistas, especialmente em indústrias que podiam prontamente paralisar o País.

Atenção Especial a Educação
O mais sabidamente infiltrado era o Ministério da Educação. Um dos mais íntimos conselheiros de Goulart era Darcy Ribeiro, que, como Ministro da Educação serviu-se de cartilhas para ensinar a milhões de analfabetos o ódio de classes marxistas.
Especialmente mimada pelo Ministério da Educação era a UNE (União Nacional dos Estudantes), cuja diretoria era completamente dominada por vermelhos e cujos 100.000 sócios constituem a maior organização estudantil nacional da América Latina. Durante anos um subsídio anual do Governo, de cerca de 150 milhões de cruzeiros (valores de 64) era entregue aos diretores da UNE – sem que tivessem de prestar contas. Assim garantidos, eles se dedicavam integralmente à agitação política entre os estudantes. Parte desse subsídio era usado para financiar excursões à Cuba Vermelha e visitas a grupos de irmãos de estudantes comunistas em outros países da América Latina.

Fortalecida ainda mais por substanciais fundos de guerra oriundos de Moscou, a UNE publicava panfletos inflamados e um jornal semanal marxista. Fingindo-se empenhado em combater o analfabetismo, um grupo da UNE passou dois meses distribuindo material de leitura, no qual se incluía o manual de guerrilhas do castrista Che Guevara – impresso em português por comunistas brasileiros da linha vermelha chinesa. Líderes da UNE especializavam-se em fomentar greves escolares estudantis, demonstrações públicas e distúrbios de rua.

Engenheiros do Caos
A infiltração, constataram os investigadores, fora-se tornando maior e cada vez menos oculta a cada mês que passava. Suficientes para fazerem soar campainhas de alarma foram as nomeações de certos homens feitas logo no início do governo Goulart, como Evandro Lins e Silva, eminente advogado, há muito defensor de causas comunistas, para Procurador-Geral da República; e o professor Hermes Lima, um admirador de Fidel Castro, para Primeiro-Ministro. (Ambos foram posteriormente nomeados para o Superior Tribunal Federal). O principal entre os mais veementes defensores de medidas esquerdizantes era Abelardo Jurema, Ministro da Justiça de Goulart. E o secretário de Imprensa do Presidente era Raul Ryff, de ligações notórias com o Partido Comunista havia mais de 30 anos.
O principal porta-voz do regime Goulart era Leonel Brizola, cunhado de Jango, Governador do Rio Grande do Sul e depois deputado pelo estado da Guanabara. Ultranacionalista, odiando os Estados Unidos, Brizola era classificado como “um homem temerariamente mais radical do que o próprio chefe vermelho, Luiz Carlos Prestes”.

Por toda a parte havia “técnicos de conflito”, comunistas do caos. Adestrados em escola de subversão atrás da Cortina de Ferro, eram peritos em criar o caos, para depois promover agitações em prol das “reformas”, levar o Governo a fazer grandes promessas que nunca poderia cumprir e, em seguida, aproveitar o desespero resultante para gritar: “Revolução”. O número desses técnicos não era grande – não havia mais de 800, tendo uns 2000 adeptos em órgãos do Governo. Diz o Dr Glycon de Paiva, do Conselho Nacional de Economia: “É tática comunista clássica darem a impressão de que são muitos. Na verdade, só uns poucos devotados são necessários para levar a efeito a derrubada de um país. Os povos livres cometem o erro de não darem importância a qualquer força sem efetivos consideráveis. Nós aprendemos pelo processo difícil.”

Quase diariamente vinham à luz as mais espantosas provas de que uma revolução vermelha estava em processo. No empobrecido nordeste, onde se justificava a preocupação pelas flagrantes injustiças praticadas por abastados proprietários rurais contra camponeses famintos, “barbudos” de Castro perambulavam pelo campo suscitando a revolta. O transporte para instrutores cubanos em guerra de guerrilhas, assim como para centenas de jovens brasileiros que iam a Cuba fazer cursos especiais de subversão de 20 dias, era assegurado por aviões diplomáticos em vôos regulares de ida e volta para Havana. Irradiações da China Vermelha, em português, ficavam no ar quase 8 horas por dia, conclamando os camponeses a se sublevarem contra os proprietários das terras.

Típico da eficiência dos investigadores democráticos foi a descoberta que fizeram, em setembro de 1963, de um grande carregamento de armas que se encontrava a caminho do Brasil, procedente da Europa Oriental. Alertado, o Exército Brasileiro enviou uma tropa ao navio e conseguiu confiscar toneladas de armas portáteis, munições, metralhadoras, equipamentos de comunicações de campanha e montões de propaganda vermelha em português.

 
Este texto foi condensado a partir de uma publicação da revista Seleções do Reader’s, elaborado por Clarence W Hall. 

A impressão foi feita pela Biblioteca do Exército, sob orientação do CIEX

 


terça-feira, 4 de setembro de 2018

Brasília dá as costas ao PT e acena para Bolsonaro

Terreno minado


Quase metade dos eleitores que moram na Asa Norte de Brasília votará em Jair Bolsonaro (PSL) para presidente da República.

Foi o que descobriu pesquisa aplicada por encomenda do PT do Distrito Federal. O partido ainda não sabe – e, se sabe, não revela – como pretendem votar os eleitores da Asa Sul.

Blog do Ricardo Noblat - Veja

sábado, 24 de março de 2018

Instituto Lula - nova sede

Instituto Lula muda para Brasília - nova sede inaugurada em 22 março 2018

Eternamente gratos ao Lula

 

segunda-feira, 17 de abril de 2017

A metástase da corrupção em Brasília

Brasília derrete. Notória e agora escancarada a podridão naquelas paragens

A repulsa e mesmo o nojo que essa forma de fazer política provocam na população são inclassificáveis. Deputados, senadores, ministros e governantes, todos juntos, misturados num bolo fecal de roubos em série, como uma infestação de moscas a rondar sujeira. O sindicato do crime instaurado pelo PT em 13 anos de poder frutificou e se arraigou de tal maneira na Capital Federal que envolveu praticamente todos os atores numa grande fuzarca. Cambada de aloprados! Lula, o comandante supremo – como bem classificou a força-tarefa da Lava Jato – falava lá atrás, nos tempos idílicos de uma candidatura que se dizia contra tudo que está aí, que existiriam 300 picaretas comandando o Congresso. Hoje, sabe-se, são muito mais. Dentro e fora da casa parlamentar. E o autor da frase está prestes a ser condenado pelo mesmo crime, com requintes diabólicos, dignos de um Maquiavel focado em praticar o mal. Cuidado com o que ele diz e faz! 

Inúmeros depoimentos demonstram cabalmente que “a alma mais honesta que existe” – como o petista se autoproclamava – recebeu propina em dinheiro vivo, maquinou esquemas de desvios e de corrupção a torto e a direito e não se furtou de aproveitar as benesses do cargo para locupletar a família – filhos, irmãos & Cia. O odor putrefato das negociatas exala para cada lado. Todos se lambuzaram no melado nojento do caixa dois, das conveniências financeiras de venda, compra e troca de favores, nos mensalões, petrolões, num contubérnio onde o menos safado não passaria incólume em listas, mesmo preliminares, de transgressões e afrontas à lei. É ladroagem em profusão. E quem perdeu foi cada um de nós, que devemos aprender, da maneira mais dolorosa, com essa experiência, para nunca mais repeti-la.

Senhores brasileiros, saibam de antemão que, especialmente na era petista, está provado e reiterado –, se institucionalizou e tomou força a corrupção como política de Estado. Quem não entrasse na corriola era sacrificado. Representantes venais, em nome de eleitores ingênuos e com o apadrinhamento de caciques mal-intencionados, avançaram sobre a máquina pública, não encontrando limites ou freio. O aparelhamento estatal para saquear os cofres virou regra. Fez parte da rotina. Teve método e hierarquia definidos. Eis o saldo do populismo barato instaurado pelos que diziam representar o povo em causas justas.

Mentira! Simples assim. Eles irrigaram as contas da patota e saíram com o discurso de vítimas de golpe. As gravações, relatórios processuais e documentos provam. Nunca mais acredite nessa propaganda enganosa. Foi usada em várias ocasiões para furtar os seus sonhos e sofrida poupança. Cínicos, os assaltantes da riqueza nacional negam até a morte. Como num jogral ensaiado, logo após a divulgação da lista de envolvidos, a qualquer um que se perguntasse sobre a sua participação no esquema, vinha a resposta padrão: “Não foi comigo”, seguidas de epítetos como “as contribuições a minha campanha eram absolutamente legais”, “desconheço”, “não sei de nada disso”, “são inverdades”, “sempre atuei na legalidade”. Ilegal, com certeza, é a ilusão publicitária que esses arrivistas buscaram transmitir à população nos últimos tempos. 

Nojentas agremiações deram guarida à gatunagem sistêmica. Estava afinal certo o parlamentar, misto de menestrel oficial, Romero Jucá, quando disse que todos participaram da suruba. Desqualificados agora correm atrás de salvar o próprio pescoço. Sumiram de Brasília, que arde em chamas. Não mostram o mínimo de respeito ou de comiseração para com o eleitor, brasileiros que na maioria dos casos sofrem as chagas de um desemprego lancinante e de estruturas públicas entregues à falência. Tome-se o caso emblemático do estado do Rio de Janeiro, onde o ex-governador, já preso, Sergio Cabral, pintou e bordou. Comparsa de primeira hora do chefe de quadrilha, Lula, ele foi pego nas mais variadas circunstâncias de desfalques às finanças públicas.

Como afirmou o procurador Eduardo El Hage, que se disse impressionado com a voracidade dos desvios, Cabral “roubou em todas as áreas”. Ladrão contumaz, como diversos outros, que daqui para frente terão contas a acertar com a Justiça, graças à determinação dos agentes da Lava Jato. O vexame político não encontrou rédeas, mas a perseguição aos bandidos também não. Pelo bem da democracia.

Fonte: Carlos José Marques - Editorial IstoÉ

 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Brasília, a Geni do Brasil

Cidade é completamente independente de senadores, deputados, presidentes, ministros e juízes de tribunais superiores, que vivem fechados em seus ‘planetas’

A população de Brasília está indignada. Em grandes centros como o Rio e São Paulo muito se ouve pelas ruas disparos pejorativos como “essa gente de Brasília”, ou “está pensando que isso aqui é Brasília?”. No imaginário (e ignorância) de muita gente, o brasiliense é um janota que desfila de braços dados com corruptos e outros nefastos que frequentam o noticiário político-policial.

Um reflexo desse bullying bizarro: dias atrás um carro com placa de Brasília parou para deixar um passageiro na Rua México, Centro do Rio. Coisa rápida e normal, mas um taxista que vinha atrás meteu a mão na buzina, abriu o vidro e despejou “Tá pensando que isso aqui é sua terra, malandro?!”.  A intolerância trata os brasilienses ou os candangos (quem lá nasceu) como uma nova “Geni” nacional, numa referência a “Geni e o Zepelim”, clássico de Chico Buarque dos anos 70, que no refrão canta “Joga pedra na Geni!/Joga bosta na Geni!/Ela é feita pra apanhar!/Ela é boa de cuspir!/Ela dá pra qualquer um!/Maldita Geni!”.
Confundem a Praça dos Três Poderes — onde estão o Executivo, o Legislativo e o Supremo Tribunal Federal com a população de três milhões de habitantes do Distrito Federal, onde Brasília é apenas uma pequena fatia. 

A cidade é completamente independente dos senadores, deputados, presidentes da República, ministros e juízes de tribunais superiores, que vivem fechados em seus “planetas”, numa espécie de síndrome de Guilherme Arantes, na base do “meu mundo e nada mais”.
“Ninguém vê essa gente em cinemas, teatros, restaurantes, no comércio, nos shoppings, até porque seriam hostilizados”, comenta o jornalista e pesquisador carioca Cezar Mota, que vive em Brasília há mais de 30 anos. “Até amigos me acusam de viver em ‘uma ilha da fantasia’, distante da realidade brasileira. Ora, nada mais identificado com a realidade brasileira do que a Capital Federal, que tem metade de sua população oriunda de todo o país, principalmente nordestinos e nortistas. Ilha da fantasia é a Zona Sul do Rio de Janeiro, que tem olhos apenas para o próprio umbigo, considera-se o centro do país, despreza a Zona Norte e até mesmo São Paulo. Que dirá Norte e Nordeste.”

Apaixonado pela cidade e indignado com esse “linchamento”, Cezar Motta lembra que o Distrito Federal detém o maior índice de homicídios do Brasil por cada grupo de cem habitantes (mais do que o Rio de Janeiro e São Paulo). “O Distrito Federal tem 31 regiões administrativas. Brasília é apenas uma delas”, observa. De acordo com o portal Congresso em Foco, o D.F. tem quase o dobro de homicídios de São Paulo nas suas 31 regiões administrativas. Em média, foram quase duas execuções por dia. Isso representa 20 assassinatos por grupo de cem mil habitantes/ano. Este índice é quase o dobro de São Paulo, que registra 11 homicídios, latrocínios e lesões fatais por grupo de cem mil por ano.[a violência também está presente, e de forma acentuada, na região administrativa Brasília, inclusive no Plano Piloto, Asas Sul e Norte, Lagos Sul e Norte, bairros que nos tempos que Brasília era uma ótima cidade para se morar, foram considerados área nobre.
Agora a bandidagem, a criminalidade, a violência, nivelou tudo por baixo.
E a qualidade de vida de Brasília piorou desde que criaram a tal Câmara  Legislativa do DF - mais conhecida,  pelos absurdos que produz, como 'casa do espanto'.


É o Plano Piloto, não o D.F., o avião idealizado por Lucio Costa e que tem como cabine a Praça dos Três Poderes, como corpo do avião a Esplanada dos Ministérios e o Eixo Monumental. Nas asas (Sul e Norte) vive a classe média alta. Os muito ricos moram em casas nos Lagos Sul e Norte. Nada, porém, comparado aos condomínios exclusivíssimos de Rio e São Paulo. Em 1990, conversei com Oscar Niemeyer sobre Brasília. Ele desabafou: “Misturam Distrito Federal com Brasília; deformaram tudo. O que era um belo projeto para igualar as pessoas, hoje me causa repulsa”.

Por: Luiz Antonio Mello, jornalista - O Globo
 


domingo, 19 de junho de 2016

A delação que abalou Brasília

Abalroado pelas revelações de Sérgio Machado, o presidente interino Michel Temer não consegue se desvencilhar da Operação Lava Jato e fazer seu governo decolar 

Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana:  No segundo semestre de 2012, quando se chateava menos com o caráter “decorativo” de sua figura no governo de Dilma Rousseff, o então vice-presidente Michel Temer foi uma ausência notada em Brasília.

 Apesar de dar expediente às terças, quartas e quintas-feiras no gabinete da Vice-Presidência da República, envolvia-se pouco nos assuntos que preocupavam o Palácio do Planalto. Quando Dilma convocava sua tropa de choque para almoços no Alvorada com o objetivo de discutir as pautas da vez – como o Código Florestal, a CPI de Carlinhos Cachoeira e a crise financeira –, Michel Temer não comparecia. Em alguns casos, nem era convidado; em outros, estava mais ocupado resolvendo pendências do partido que presidia, o PMDB. Tamanho era o descompasso entre a Presidência e a Vice, entre o PT e o PMDB, que os dois partidos marcharam com candidatos diferentes à prefeitura de São Paulo naquele ano. O PT estava firme em Fernando Haddad, apoiado por Lula, e Michel Temer apostava suas fichas em Gabriel Chalita.

 O apoio de Temer a Chalita não se restringia a uma simples chancela partidária. Em parceria com Eduardo Cunha, à época um deputado evangélico bem relacionado, em ascensão hiperbólica no partido, Temer batalhou o apoio evangélico. Prometeu a Chalita que estaria em São Paulo todas as segundas-feiras para participar das reuniões do conselho político que assessorava sua candidatura. Na semana passada, uma delação premiada sugeriu que a dedicação de Temer pode ter sido realmente grande. Em seus depoimentos após o acordo de colaboração com a força-tarefa da Procuradoria-Geral da República encarregada da Operação Lava Jato, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, um conviva antigo da cúpula do PMDB, afirmou que Michel Temer pediu a ele que conseguisse doações oficiais para a campanha de Chalita em São Paulo. O encontro, segundo Machado, se deu em uma sala reservada da Base Aérea em Brasília, em setembro de 2012. Machado afirma que todos do PMDB que faziam tais pedidos sabiam que o dinheiro viria das propinas pagas por empresas que mantinham contratos com a Transpetro. Machado afirma ter atendido ao pedido de Temer com uma doação oficial de R$ 1,5 milhão da empreiteira Queiroz Galvão ao Diretório Nacional do PMDB, a ser repassada à campanha de Chalita. Ao tomar consciência da delação, Temer reagiu com indignação. Em nota emitida na quarta-feira, dia 15, Temer disse que, a ser verdadeira a delação de Machado, ele, Temer, não mereceria estar na Presidência da República. Cabe agora a Machado provar o que denunciou – em relação a Temer e a vários outros políticos.

Em seus relatos, aceitos pelo Supremo Tribunal Federal, Machado acusa mais de 20 políticos de se beneficiar das propinas que arrecadou durante quase 12 anos no comando absoluto da Transpetro, o braço da Petrobras encarregado de contratos bilionários de transporte e armazenamento de combustíveis. Além de Temer, Machado contou ter entregado dinheiro, muito dinheiro, ao presidente do Senado, Renan Calheiros, ao ex-presidente José Sarney, aos senadores Romero Jucá, Edison Lobão e Aécio Neves (PSDB), ao deputado Henrique Eduardo Alves, entre muitos outros. Machado afirma que, só para o PMDB, arrecadou cerca de R$ 100 milhões, pagos em espécie ou na forma de doações legais a campanhas. Alguns, como Renan, Jucá, Sarney e Lobão, recebiam, segundo Machado, uma espécie de mesada, ou um mensalão, como definiria o ex-deputado Roberto Jefferson – pelos valores, trata-se da acusação mais grave feita por Machado, apesar do impacto provocado pela acusação ao presidente interino Michel Temer. 


 Fonte: Revista Época

 

domingo, 5 de junho de 2016

Polícia Militar invade e desocupa Torre Palace, em Brasília

Polícia Militar invade e desocupa Torre Palace nesta manhã, em Brasília

Os invasores reagiram ateando fogo no alto do prédio e ainda atiraram restos de construção nos policiais, que reagiram com várias bombas de efeito moral. Os adultos devem ser autuados por diversos crimes

 

[a ação exitosa da PM de Brasília, que não foi surpresa para ninguém, a nossa PM está apta a realizar,  com êxito,  missões mais complexas - é só o governador e o comando da Secretaria de Segurança Pública deixar que a PMDF cumpra sua missão -  não exime de responsabilidade a atitude omissa, mesmo covarde, do comando da INsegurança Pública do DF, governador Rollemberg à frente.
É inaceitável que um grupelho de marginais safados, marginais de m ... paralisem por cinco dias o Centro de Brasília, capital de República, causando congestionamento gigantesco de trânsito - entre outras mazelas.
Cada dia da omissão covarde dos responsáveis pela INsegurança Pública do DF custou mais de R$1.000.000,00, sem contar os prejuízos gigantescos - morais e materiais - causados aos motoristas do DF.]   
Policiais no alto do prédio, após desocupação: cinco dias de negociação

Após cinco dias tensos de negociação, a Polícia Militar invadiu o Torre Palace Hotel e concluiu a desocupação do prédio abandonado. A ação ocorreu por volta das 6h deste domingo (5/6) e durou pouco mais de meia hora. Os invasores resistiram e atearam fogo no alto do prédio, usando um fogão e um botijão de gás. Eles também atiraram restos de tijolos, telhas e pedras nos policiais, que reagiram com várias bombas de efeito moral. Um dos invasores, atingido por bala de borracha, foi levado para o hospital.

Imagens mostram o momento em que a polícia desce do prédio com os invasores rendidos: cerca de 12 invasores estavam no prédio, entre eles quatro mulheres e quatro crianças

As quatros crianças foram as primeiras a serem retiradas. Saíram assustadas, no colo dos policiais, foram atendidas em seguida por equipes do Corpo de Bombeiros e encaminhadas para o Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). Todas aparentavam bom estado de saúde. Um homem foi ferido com uma bala de borracha no rosto, mas sem gravidade. Ele foi levado pelos bombeiros para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).

No total, cerca de 16 invasores estavam no prédio, entre eles quatro mulheres e quatro crianças, segundo a PM. Os adultos devem ser encaminhados ao Departamento de Polícia Especializada (DPE) da Polícia Civil, onde devem ser autuados por crimes como tentativa de homicídio, resistência e dano ao patrimônio.
 
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social que a operação foi finalizada com sucesso. Cerca de 200 homens do Batalhão de Choque (BPChoque) e do batalhão de Operações Especiais (Bope), auxiliados por dois helicópteros e pelo Corpo de Bombeiros participaram da ação. Os ocupantes se renderam às 7h07.

Com informações de Isa Stacciarini e Maria Eduarda Soares (Esp. para o CB)
 

terça-feira, 17 de maio de 2016

Mágoas de maio

Vizinhos no asfalto e na seca de Brasília, Dilma amarga promessas irrealizadas, e Temer se arrisca à decepção coletiva com mais do mesmo

Há cinco dias o Brasil vive a situação peculiar de um país em grave crise econômica, com inflação alta, desemprego em massa, três epidemias e que possui dois presidentes.

Um, o vice, é interino. Detém o poder e vive numa casa grande, confortável, que as placas de trânsito identificam como Palácio do Jaburu. Outra é a titular, afastada na quinta-feira passada, que ocupa a residência destinada a presidentes, o Palácio da Alvorada.
Menos de mil metros de asfalto os separam na mesma avenida, em Brasília. Anos-luz de ressentimentos os distancia na política. É uma indigestão de mágoas — incurável, como a vida.

Dilma Rousseff acredita que seu vice passou o último ano conspirando para “o golpe”. Michel Temer tem certeza de que foi espionado durante esse período. A antiga Abin, ex-SNI da ditadura, nega contribuição.  É provável que ambos tenham razão — e, mesmo assim, isso continuará não tendo importância alguma diante da devastação econômica, do desemprego que avança para 14% da população com capacidade de produzir e das três epidemias (dengue, zika e H1N1) que desnudam indigências do serviço público de saúde.

Esse é o problema real de quem, no Partido dos Trabalhadores, desfrutou do poder nos últimos 13 anos e viu-se obrigado a começar a semana na liderança de uma bancada de oposição, sem força, absolutamente desidratada.  Na Câmara, PT e aliados agora somam 95 votos, ou 18,5% do plenário. É pouco mais da metade do necessário para criar uma CPI (171 votos). No Senado, a situação é idêntica, contam somente com 14 votos, ou 17,2% do total.

Em contraste, Temer montou um governo parlamentar: tem 11 partidos e 71,7% dos votos disponíveis no Congresso. Falta mostrar a que veio.  Foi essa maioria que afastou Dilma da Presidência e vai julgá-la em plena temporada de eleições municipais. Os efeitos desse juízo final durante a campanha tendem a ser ainda mais destrutivos para o PT, que até abril perdeu quase uma centena de pré-candidatos. Como Lula na cerimônia do adeus, quinta-feira passada na porta do Palácio do Planalto, alforriaram-se da última fotografia solidária com Dilma.

Em reuniões programadas até amanhã, parlamentares do PT procuram uma saída da hecatombe, pela oposição. Lula anunciou ausência (Na prática, já inaugurou uma linha direta com Temer, via Henrique Meirelles, comandante do Banco Central durante a ortodoxia econômica no seu governo.)

Reflexos dessa postura do líder permearam defesas de uma oposição construtiva”, até pela escassez de alternativas diante das evidências de rejeição ao modo de governar petista.
O ressentimento permanece perceptível. Muitos confessam — ainda sob anonimato — alívio com o epílogo. Ela nunca teve relações fluidas nem mesmo com sua bancada, queixam-se. Semana passada, por exemplo, senadores do PT, PDT e do PCdoB foram visitá-la. Discutiam a provável aprovação do Senado à abertura do processo de impeachment, quando Dilma cortou, quase gritando: — Vocês não representam a massa!

Vizinhos no asfalto e na seca de Brasília, os dois presidentes conservam singularidades da política: ela amarga promessas irrealizadas, ele se arrisca à decepção coletiva com mais do mesmo.

Fonte: José Casado, jornalista - O Globo

quarta-feira, 13 de abril de 2016

E o direito do Brasil à ampla defesa? Por favor, não confundir os moradores de Brasília com os petralhas ladrões que aqui estão de passagem, apenas enquanto roubam

Distribuir postos privilegiados de tocaia ao dinheiro público a perseguidos pela polícia; contratar explicitamente o assalto ao Estado de amanhã para comprar a impunidade pelo assalto ao Estado de ontem; distribuir dinheiro, cargos e até ministérios, como os da Saúde e da Educação, não com a desculpa da “governabilidade”, como de hábito, mas declaradamente para salvar Dilma Rousseff de responder por seus atos?

Se não tivesse havido crime nenhum até esse momento que houve, aí está mais um flagrante de “desvio de finalidade” pra ninguém botar defeito.  Assim como não entendem o sentido de democracia, institucionalidade e interesse público, Dilma Rousseff e o PT nunca entenderam a natureza desta crise. Não custa repetir: a vitória sobre a regra é a crise; a garantia da vitória da regra, sempre, é o único antídoto para a crise.

Releve-se o acinte dos berros de “golpe”. Vamos que tudo isso “dê certo”; que todos os gatos de Lula e Dilma sejam vendidos por lebres não porque tenham deixado de ser gatos, mas porque os “seus” juristas e legisladores consigam impor uma lei determinando que gato passe a ser chamado de lebre. A confiança se restabelece? Desaparece o buraco? A economia retoma a sua marcha? Pois é. Cada vez que o PT comemora o “sucesso” de mais uma operação de uso da lei para driblar a lei e das instituições para destruir as instituições, mais irreversivelmente ele se descredencia para reverter a crise de confiança e liderar a ressurreição da economia.

Ao definir-se entre a véspera e o dia seguinte de uma eleição para o cargo máximo de um regime de representação como o avesso do que vendeu aos seus representados, Dilma Rousseff selou o seu destino. Teve uma oportunidade de remissão quando deu a Joaquim Levy a encomenda de desfazer o que tinha feito, mas a tentativa esvaiu-se na implacável determinação do PT de não retroceder um centímetro no território ocupado do Estado brasileiro.

Tudo o que aconteceu desde então tem sido um desperdício criminoso no altar de um delírio de poder antidemocrático e de uma arrogância doentia cujas falsas expectativas ninguém menos que o STF tem contribuído para alimentar. Tudo tem sido tratado como se só o que estivesse em causa fossem os direitos individuais de Dilma Vana Rousseff, e não os dos 204 milhões de brasileiros cuja obra de vida está sendo destroçada. A estes se nega liminarmente o direito à “ampla defesa”, em nome da qual a continuação de todos os “crimes difusos” tem sido justificada, apesar dos flagrantes sucessivos da polícia. Única instituição com poder de definir limites para essa obra de desconstrução, o STF – seja quando provocado, seja por iniciativa individual de ministros que não se mostram à altura da instituição – tem produzido invariavelmente o efeito de empurrar sempre para mais longe as margens do atoleiro eventualmente alcançadas.

A discussão bizantina sobre se é crime ou não é crime destruir um país mediante o meticuloso processo com que se preparou passo a passo, com dolo e com cálculo, o terreno para o logro que foi esta eleição, revelado na minuciosa reconstituição dos fatos pela polícia, só permanece em pé graças aos sucessivos “habeas corpus” que têm sido concedidos às formalidades capengas por baixo das quais se esconde a mais rasteira e, graças a eles, reiterada má-fé.

Não é por acaso que o surrado expediente batizado nesta reedição extemporânea como “pedaladas fiscais” está exatamente descrito e tipificado como crime em todas as legislações democráticas do mundo, assim como na Lei de Responsabilidade Fiscal brasileira. Levar um país à desestruturação fiscal para comprar poder e privilégios para uma casta é o maior e o mais velho dos crimes. O Brasil sabe por experiência própria que é assim que se arrasa a esmo a economia das famílias, destrói a obra e compromete-se o futuro de gerações inteiras. Manter tais processos ocultos mediante a falsificação de contas, a mentira e o terrorismo verbal é tão imperdoável quanto detectar um câncer num paciente, mas declará-lo são e proibir que seja tratado até que seja tarde demais para curá-lo.

O isolamento geográfico e institucional de Brasília é um dado essencial da tragédia brasileira. Fosse a capital da República aqui no país dos 10 milhões de desempregados só pelo aperitivo do desastre que se está armando e os palácios já estariam cercados. Mas lá, onde os empregos nunca se extinguem, os salários sobem por decurso de prazo e as aposentadorias valem 33 vezes o que valem as nossas, soa razoável que venham de dentro deles, e aos berros, as ameaças de “pegar em armas” contra a ralé que reclama por pagar com miséria por tais “direitos adquiridos”. Os milhões de epopeias e dramas que constituem a carne e os ossos de tudo o que se abriga por baixo da expressão “economia brasileira” simplesmente não repercutem naquele mundo onde é no grito, quando não na “mão grande”, que se ganha a vida e todo argumento racional se dissolve no liquidificador do silogismo formalista.

Um tanto tardiamente a parte sadia do Congresso esboça uma reação. Mas para além da responsabilização de quem cometeu crime de responsabilidade sem a qual a economia não voltará a respirar, esta crise põe novamente em tela a urgência da mudança essencial pela qual o Brasil terá de passar se quiser um lugar num mundo que não tolera mais meias medidas. Para garantir que os representantes dentro do nosso sistema de decisões de fato ajam no interesse de seus representados é preciso transferir o direito à última palavra sobre os destinos da coletividade das mãos de grupos delimitados cooptáveis que vivem numa redoma de privilégio para as dos próprios interessados mediante a tecnologia do voto distrital com recall, que põe esse poder nas mãos do conjunto dos eleitores e separa as verdadeiras democracias dos regimes obsoletos de servidão, mentira e exploração da miséria.

 Fonte: Estadão - Fernão Lara Mesquita


terça-feira, 10 de novembro de 2015

REVOLTA PATRIÓTICA – 15 NOVEMBRO 2015 - BRASÍLIA



General Paulo Chagas convoca para REVOLTA PATRIÓTICA

 Vídeo: General Paulo Chagas convoca PARA REVOLTA PATRIÓTICA 15. 11. 2015 - BRASILIA