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terça-feira, 8 de maio de 2018

Desastre total das esquerdas - se havia alguma dúvida da vitória de Bolsonaro, não não mais existe

Sem Lula, PT, PC do B e PSOL devem apoiar Ciro, diz Dino

Para comunista, governador do MA, insistir em candidatura de ex-presidente é derrotismo

Governador do Maranhão e aliado do ex-presidente [e presidiário] Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Flávio Dino (PC do B) defendeu que o seu partido, o PCdoB, e ainda o PSOL e o PT abram mão de suas pré-candidaturas para apoiar Ciro Gomes (PDT) na eleição para a Presidência da República. Para Dino, a multiplicidade de candidaturas ameaça o seu campo político de perder já no primeiro turno. “Está chegando o momento de admitir uma nova agenda. Se não oferecermos uma alternativa viável, você pode perder a capacidade de atrair outros setores do centro que se guiam também pela viabilidade”, disse na sede do governo.
 
Segundo Dino, a união da esquerda hoje se daria em torno de Ciro, porque ele “é hoje e o melhor posicionado”. Lula está inabilitado e “o PT não tem nome capaz de unir nesse momento”, disse.  Sem Lula nas pesquisas de intenção de voto, entre os nomes identificados como de esquerda, o cearense [cearense de Piracicaba - SP]  é o que herda a maior parcela do eleitorado lulista —15% no cenário mais favorável medido pelo Datafolha em abril. Manuela D’Avila (PC do B) atrai 3% dos votos do ex-presidente.

Dino disse que a prisão de Lula é “muito dilacerante, muito traumática, uma tragédia política, a maior derrota da esquerda brasileira desde o golpe [militar] de 1964”. "É pior que o impeachment [da ex-presidente Dilma Rousseff (PT)] pelo simbolismo de o maior líder popular do país ao lado de Getulio Vargas está fora da eleição”, afirmou.  Pela dramaticidade do episódio, argumentou, foi necessário a simpatizantes viver o “luto para processar a perda”.

Agora, um mês depois, aproxima-se o momento de Lula e aliados admitirem que sua candidatura se tornou inviável e começarem a traçar estratégias para vencer a eleição. Do contrário, sustentou o governador maranhense, a divisão pode resultar em tragédia ainda pior, que seria a derrota para a direita.  “O ponto de interrogação que está dirigido sobretudo ao PT é se nós queremos uma eleição apenas de resistência, de marcar posição, eleger deputados, ou ganhar a eleição presidencial”, disse. “Temos chance de ganhar, a eleição porque o pós-impeachment deu errado. O fracasso do Temer é o fracasso da alternativa que se gestou a nós.” [grande parte do eleitorado brasileiro é formada por estúpidos - as vitórias do apenado Lula e da 'escarrada' Dilma comprovam;
mas, para felicidade do Brasil, grande parte deste eleitorado aprendeu que é melhor eleger pessoas honestas (em sua maior parte  abrigadas em partidos da direita) do que votar na esquerda, majoritariamente formada por criminosos, ladrões e corruptos.]

Sem nominar, o comunista discordou da postura de setores do PT, inclusive da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, de insistir na candidatura de Lula. “A tática de marcar posição é derrotista e não honra a importância do Lula, porque abre mão da possibilidade de haver uma virada geral na sociedade que possibilite julgamentos racionais dele”, afirmou. A possibilidade de aliança já para o primeiro turno divide o PT. O ex-prefeito paulistano Fernando Haddad sustenta a necessidade de diálogo entre setores de esquerda. O ex-ministro Jaques Wagner deu declaração simpática à possibilidade de o PT indicar um vice em chapa de Ciro. Gleisi contestou. “Mas ele não sabe que o Ciro não passa no PT nem com reza brava?”, reagiu.

Fora do PT, a controvérsia se mantém. Aliado de Manuela, o deputado federal Orlando Silva (PC do B-SP) vê a hipótese de união com ceticismo.  “Ciro será candidato, o PT terá também. Boulos ficará na disputa. E ainda tem [o ex-ministro do Supremo Joaquim] Barbosa. Manuela traz frescor à disputa. É novidade, consistente. Não há motivos para não ser candidata”, afirmou.  O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, adota linha similar. “É necessário construir pontes entre partidos e setores sociais que estão preocupados com a escalada de ódio e intolerância”, afirmou. “Mas a candidatura de Guilherme Boulos é indispensável .” [Joaquim Barbosa desistiu da candidatura; o deputado federal Orlando Silva cancelou o apoio que daria a candidatura da Mariela - apoio representado pela distribuição ao eleitorado da comunista de 1.000.000 de tapiocas, devido não possuir mais o cartão corporativo que seria utilizado para pagar a tapiocada.]


Folha de São Paulo


sexta-feira, 20 de abril de 2018

Dispersão leva à derrota

Depois de Lula, o centro também tenta reaglutinar suas forças políticas

Depois da pulverização desenfreada das candidaturas à Presidência, é hora de começar o movimento inverso, de reaglutinação das forças políticas. O ex-presidente Lula saiu na frente para trazer de volta a tropa unida, mas os articuladores dos demais, particularmente de Geraldo Alckmin e de Joaquim Barbosa, também se mexem. A união faz a força, a dispersão leva à derrota. No seu comício de despedida antes de voar para Curitiba, naquele que teria sido o ato ecumênico para Marisa Letícia e não foi, Lula encheu Guilherme Boulos (PSOL) de elogios, acariciou o ego de Manuela d’Ávila (PCdoB) e convocou a militância para um projeto comum.

A questão é que Lula se esforça para reunir as esquerdas com a mesma intensidade com que as esquerdas se esforçam para se isolar de todo o resto. A invasão do triplex no Guarujá, comandada por Boulos, apavora a classe média. As investidas internacionais do PT, pela voz de sua presidente, Gleisi Hoffmann, margeiam o patológico e sacodem as redes sociais.  Difícil compreender o objetivo da invasão do apartamento, que só atende as alas mais radicais e imprudentes. Mais difícil ainda é entender o que a senadora petista pretende ao manifestar apoio ao regime calamitoso de Nicolás Maduro e fazer uma conclamação ao mundo árabe pró-Lula e contra o Brasil. O que Lula acha disso?

Nos campos adversários, vislumbram-se movimentos para conter o estouro da boiada que soam como gritos de desespero. Os tucanos, que têm as melhores condições objetivas, até aqui não apenas afastam velhos aliados como continuam digladiando entre eles.
Um movimento esperado, até natural, seria a reunião do MDB e do DEM em torno do PSDB, com Henrique Meirelles e Rodrigo Maia desistindo de suas pretensões presidenciais [ambos tem chance ZERO de sequer ficarem entre os dez primeiros - Maia conseguiu pouco mais de 50.000 votos para deputado nas últimas eleições e Meirelles confunde que ser deputado bem votado em Goiás, há quase 20 anos, lhe dá com eleições para presidente da República nos dias de hoje.] e, eventualmente, até disputando a vaga de vice de Geraldo Alckmin, com o patrocínio de Michel Temer. Mas com Alckmin asfixiado regionalmente, sem atingir 10% nas pesquisas?

O PSDB envia emissários para atrair o senador Álvaro Dias, que foi tucano, é candidato a presidente pelo Podemos e abre um flanco preocupante para os tucanos no Sul, contraponto ao Nordeste petista. Assediado, Dias dá de ombros. Além disso, há uma questão estrutural no PSDB: a divisão entre Alckmin, José Serra e Aécio Neves, agravada pela Lava Jato e pela guinada radical de Aécio, que deixou de ser um troféu para ser um peso na campanha. Com esses obstáculos ao PT e ao PSDB, o foco se desvia para Jair Bolsonaro, incapaz até aqui de ampliar seu leque de alianças, Marina Silva, que está na cola de Bolsonaro, mas pilota um teco-teco partidário, o franco-atirador Ciro Gomes, que assusta potenciais parceiros, e Aldo Rebelo, que saiu do PCdoB e concorre pelo Solidariedade. [Bolsonaro não precisa de alianças e sim os outros candidatos é que devem fazer por merecer se aliar ao deputado; 

- Marina Silva dispensa comentários (não vale a pena  gastar 'bytes' falando sobre ela) - é um fracasso recorrente, inclusive, posa de 'santinha' e defende o aborto o que não a favorece nem diante dos evangélicos; 
- Ciro Gomes tenta chamar atenção fazendo o que sabe: dizendo bobagens, sendo bazofeiro (é um Lula com diploma) e até hoje não foi esquecido quando disse que a função da sua mulher na época, atriz Patrícia Pillar, era dormir com ele; 
- Aldo Rebelo, exemplo inesquecível de modernidade, quando propôs que o Serviço Público não se informatizasse para assim gerar mais empregos (defendia, tudo indica não mudou de opinião, o uso de máquinas de escrever manual (as famosas e úteis no século passado) máquinas de datilografia) 
fechando sobre Aldo: aqui no Blog há predominância de católicos (Igreja Católica Apostólica Romana) mas, temos dificuldade de entender a coerência de Aldo Rebelo quando se diz comunista (cujo principio básico em termos de religião é ser ateu) e diz acreditar em Deus.
Essa postura está mais para aquele que não ver inconveniente em servir a DEUS e ao diabo.]

Todos vão manter as candidaturas até o fim? Improvável. E eles agora têm um alvo: Joaquim Barbosa, que veio da pobreza, como Lula e Marina, é apolítico, como o deputado Bolsonaro diz que é, e não deve à Lava Jato, muito pelo contrário. Joaquim, porém, precisa começar a aglutinação em casa, já que o PSB está dividido entre paulistas pró-Alckmin e pernambucanos pró-Lula. E, como Bolsonaro, precisa dizer o que pensa para a economia, num país em que o populismo fiscal gerou 14 milhões de desempregados. [a propósito: como anda aquela firma que Barbosa tinha em Miami e seu endereço no Brasil era o de seu apartamento?  - funcional, de propriedade da União.]

Se passar por esse três testes unidade no PSB, programa consistente e fugir do populismo barato, que sai caro –, Joaquim pode ser o barco salva-vidas de partidos e políticos à deriva e de milhões de eleitores sem candidato. Aliás, numa eleição tão pulverizada, a opção que não for radical e demonstrar capacidade de vitória tende a virar uma atração irresistível ainda mais quando ficar claro quem está dentro e quem está fora. É aí, nesse ponto, que a onda se forma e vira tsunami do segundo turno.


Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo 

sábado, 6 de janeiro de 2018

Sem Bolsonaro, presidente do PEN se lembra de Joaquim Barbosa

Líder do PEN-Patriota se diz ‘aliviado’ com saída de Bolsonaro

Deputados da legenda se rebelaram contra o que chamavam de “fome” do grupo do pré-candidato à Presidência em controlar o partido [Bolsonaro só precisa de partido devido exigência da legislação eleitoral.]

O presidente do PEN-Patriota, Adilson Barroso, se disse “aliviado” com a desistência de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) de ser o candidato à Presidência da República por sua legenda. “Fiz das tripas o coração para tê-lo com a gente, mudei o nome do partido, mexi no nosso estatuto, dei mais de 20 diretórios para o grupo dele. Mas você não pode ser convidado para entrar em uma casa e depois querer tomar ela inteira para você, expulsando seus moradores originais”, disse o dirigente.

Barroso afirmou que o relacionamento dele com Bolsonaro teria sido “envenenado” pelo advogado e assessor do deputado Gustavo Bebianno. Segundo Barroso, ele queria tomar o “partido inteiro para o grupo de Bolsonaro”. O rompimento já havia se insinuado quando deputados da legenda se rebelaram contra o que chamavam de “fome” do grupo bolsonarista.

Os deputados Walney Rocha (RJ) e Junior Marreca (MA) se posicionaram contra as mudanças no estatuto da legenda — principalmente aquela que impede alianças com partidos de esquerda (Marreca, por exemplo, é aliado do governador do Maranhão, Flávio Dino, que é do PCdoB). [esse Marreca, ou será 'merreca' pensa o que? uma das características principais da candidatura Bolsonaro ir de vento em popa é justamente sua aversão à maldita esquerda, aos bandidos, aos homens que querem casar com homens, aos que defendem o aborto e outros anormais.] 

Bem ao estilo Barroso, o presidente do PEN-Patriota já avisou que, sem Bolsonaro, pretende focar em convencer o ex-presidente do Supremo Joaquim Barbosa a sair candidato por seu partido. [será que Joaquim Barbosa aceita ser estepe?]
“A questão de Bolsonaro tem a ver com a forma de operação dos partidos políticos no Brasil”, avalia cientista político Vitor Oliveir, do Pulso Público. Para ele, o fato de os partidos terem “donos” cria dificuldades para Bolsonaro se impor como dono de uma legenda que não é dele.

Já para o também cientista político Rogério Battistini, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, “Bolsonaro não está sabendo fazer o jogo político e criando dificuldades para sua própria candidatura”. Ele afirmou ainda que a vontade de ter controle absoluto sobre uma legenda só “pode minar os sonhos eleitorais de Bolsonaro”.

VEJA

 

sábado, 18 de novembro de 2017

Para onde caminha a sucessão


O quadro sucessório brasileiro, a um ano da eleição, apresenta sinais de esquizofrenia latente por obra e força das circunstâncias. Do ambiente de degradação econômica, ainda predominante, ao vendaval de mazelas políticas, passando pela falta de melhores opções disponíveis, tudo é motivo para o flerte com alternativas radicais. Seja à esquerda, através do populista encalacrado Lula, ou à direita, com as aberrações ideológicas de Bolsonaro. 

Naturalmente, a pré-campanha ilegal, acionada por ambos, e o recall de seus nomes os ajudaram a despontar nas pesquisas. Mas é difícil, e temerário aos desígnios do País, imaginar uma polarização entre eles ao final da contenda. Nenhum dos dois superaria uma avaliação mais criteriosa e racional de eleitores. Afinal, quem em sã consciência e zeloso da índole e caráter como qualidades essenciais a um candidato irá colaborar para colocar no Planalto alguém acusado de chefiar quadrilhas, desviar milhões em recursos e mentir sem limites como faz Lula? [e se tiver oportunidade fará outra vez e irá com mais sede ao pote e levando mais cúmplices lulopetistas.]  E o que dizer de Bolsonaro? [Bolsonaro há mais de vinte anos de vida pública, vários mandatos parlamentares sucessivos e sempre com votação crescente, é a prova incontestável da honestidade e da disposição de consertar o Brasil, cuja luta começa com a VALORIZAÇÃO DA FAMÍLIA, o COMBATE A CRIMINALIDADE, trazer de volta VALORES que hoje estão esquecidos pelo maldito 'politicamente correto', classificação sob a qual se abriga tudo que não presta, tudo que destrói os BONS VALORES.] A democracia vive dias de reviravolta, é verdade, e os eleitores anseiam por renovação. 

Bolsonaro, no entanto, representa o que há de mais retrógado e preconceituoso em termos de pensamento. É contra as liberdades individuais, defensor da ditadura e de métodos violentos de repressão àqueles que se opõem ao sistema. Prega o fechamento de fronteiras – inclusive a imigrantes – advoga a misoginia, o racismo, a pena de morte e o intervencionismo. [o Brasil tem 13.000.000 de desempregados, o que motiva a pergunta: para que aceitar mais emigrantes? para dividir a miséria em que vive milhões de brasileiros com estrangeiros.
Qualquer País pode, e até deve, receber emigrantes quando tem alguma coisa de bom a dividir com eles.
A PENA DE MORTE é a forma essencial, indispensável, para que a SEGURANÇA PÚBLICA volte a ficar disponível aos milhões de brasileiros que hoje estão sob o jugo de bandidos; e deve ser acompanhada com pena de prisão perpétua e prisão com trabalhos forçados.
Não é aceitável que os homossexuais queiram impor suas preferências aos brasileiros, inclusive a crianças.
O homem ou mulher podem ser homossexuais - vale o raciocínio: o corpo é deles, são maiores de idade e tem direito a dar o que é seu para quem quiser e comer o que quiser, desde que o alguém a ser comigo, queira dar.
Mas, JAMAIS podemos aceitar que imponham nas ruas, nas escolas e em outros locais públicos suas preferências.] Afronta vários direitos fundamentais do cidadão e abomina homossexuais. São célebres seus rompantes de ataques e grosserias que descarrega sobre os opositores. No que deixa transparecer, em atitudes e declarações, lhe falta equilíbrio emocional como postulante ao comando da Nação. Para dizer o mínimo! 

A revista inglesa “The Economist”, no breve perfil que fez desse aspirante presidencial de coturno, disse que Bolsonaro tem discurso “mais indecoroso que Trump”. [os ingleses cuidem da Inglaterra; a revista The Economist tem o direito de pensar o que quiser do Bolsonaro, do Trump, do Putin - só que Trump foi eleito e está fazendo um bom Governo.
Será uma felicidade se no futuro o Brasil tiver a oferecer aos seus habitantes o mesmo que Trump tem a oferecer aos cidadãos americanos.] Com tais credenciais, dá para se ter uma ideia da encrenca que ele representa. O presidente Temer, em cerimônia na quarta 15, em plena data de comemoração da Proclamação da República, chegou a afirmar que o brasileiro tem tendência ao autoritarismo. Lembrou de Getúlio Vargas – que impôs por aqui uma ditadura – ao golpe militar de 64, que inicialmente recebeu a simpatia de setores da sociedade. O presidente colocou um dedo na ferida ao citar eventos tristes da história nacional, mas seria por demais injusto acreditar numa propensão inata do povo ao radicalismo. Vale registrar que entre os emergentes – da Rússia à China e Índia, que compõem o bloco dos BRICs – o Brasil foi de longe o que construiu e agora exibe, mesmo aos trancos e barrancos, a democracia mais plena e madura. [só que os milhões de famintos - produção genuína mente nacional  que o Brasil exibe e que muitos querem dividir com emigrantes - não necessitam só de democracia.
Aliás, para eles, é bem mais urgente ter o que comer (e brasileiro faminto, democrata, tem o a necessidade de  se alimentar diariamente e pelo menos três vezes/dia) um teto e um emprego do que de democracia.
DEMOCRACIA é IMPORTANTE? SIM - só que alimento, teto e emprego para quem está com fome, ao relento e desemprego é BEM MAIS IMPORTANTE.]
Dentro do tabuleiro sucessório, o fenômeno que coloca Bolsonaro na dianteira e que, ao mesmo tempo, faz surgir uma simpatia avassaladora por eventuais candidatos como o apresentador Luciano Huck e o jurista Joaquim Barbosa, [felizmente para o Brasil nem Huck nem Barbosa tem a menor chance de vencerem (muito provavelmente sequer serão candidatos). Se fossem eleitos o Brasil teria mais quatro anos de desastres, de atrasos, de desemprego, de miséria - governar o País não é conduzir o quadro 'lata velha' nem tão pouco presidir o Supremo.] além de animar as pretensões de outsiders como o ministro Henrique Meirelles, é facilmente explicável. O público eleitor definitivamente quer algo novo. Está decidido nesse sentido e deve correr atrás de tal objetivo. Parece sedento por propostas e protagonistas de fora do eixo tradicional.

 Não apenas as pesquisas mostram. Os últimos movimentos nas urnas, nas eleições municipais de 2016, foram ricos de demonstrações nesse sentido. O novo prevaleceu em São Paulo, com a vitória avassaladora de João Doria. Prevaleceu no Rio, com a disputa final entre dois outsiders e a conquista da prefeitura pelo evangélico Marcelo Crivella. Arrebatou Porto Alegre com o triunfo do estreante Nelson Marchezan Júnior. E tem sido uma tendência mundo afora. O Francês Emmanuel Macron virou expoente dessa nova era. O argentino Mauricio Macri, aqui do lado, idem. Trump, nos EUA. Thereza May, na Inglaterra. A política global está fugindo do convencional. É fato. Os partidos, que teimam em idealizar o confronto nas urnas como um torneio de cartas marcadas, estão experimentando fragorosas derrotas, talvez por não enxergarem o óbvio. Na disputa local, além do PT, o PSDB, que divide com ele a hegemonia na corrida presidencial, vem cometendo erros em profusão. Agremiações costumam ensimesmar-se, afundadas nos próprios dilemas, e buscam soluções que agradam mais ao jogo de forças interno que ao interesse final do eleitor, numa composição poucas vezes eficaz. 

Talvez esteja aí a explicação para que os tucanos, que seguem às turras, tenham levado sovas seguidas nas majoritárias, desde que FHC ascendeu ao poder com o Plano Real. De lá para cá, nos últimos quatro escrutínios presidenciais, não apresentaram nada de novo e perderam inapelavelmente. Como numa constelação de imperadores que ditam as próprias regras, meia dúzia de caciques tucanos faz valer o que querem, a despeito dos demais. O ungido do colegiado sai autoproclamado como que por um direito divino: “É a minha vez”, estabelece, numa mal velada hierarquia acertada na patota. Bobagem que custa caro. Foi assim com José Serra, que impôs sua candidatura presidencial duas vezes. 

Quase voltou a acontecer com Matarazzo, que saiu emburrado porque não foi o escolhido para disputar a prefeitura – num raro lampejo de lucidez dos tucanos – e, para não contrariar a escrita, deve se repetir agora, facilitando o caminho daquelas siglas menores que saibam entender o que deseja sua majestade, o eleitor.

Carlos José Marques, diretor editorial da Editora Três - Revista Isto É

 

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

A candidatura de Joaquim Barbosa

Se ele não disputar, pode-se esperar que outro juiz resolva quebrar o jogo viciado que está na mesa 

[alguém ainda lembra de Joaquim Barbosa? - será um candidato marcado para perder;
além de lhe faltar competência para governar, também lhe  falta habilidade política, humildade para negociar e outras características que tem que estar presente em um presidente da República - supondo que os brasileiros não desejem, sob nenhuma hipótese, que o mais importante cargo da República seja aviltado ao ser ocupado por coisas como Lula e Dilma.
Presidir o STF, honra e dignifica qualquer um, mas, não ensina a presidir a República.]
Para quem foi para a rua ou bateu panela, o que a oligarquia política lhe está oferecendo para a eleição de 2018 é mais do mesmo, ou pior. A boa notícia vem do repórter Raymundo Costa: o ex-ministro Joaquim Barbosa disse aos dirigentes do PSB que, até janeiro, decidirá se aceita o convite para disputar a Presidência da República. Pelo cheiro da brilhantina, ele quer ser candidato.

A candidatura do ex-presidente do Supremo Tribunal rompe a lógica maldita que os oligarcas estão montando. Ele não tem experiência partidária, o que é uma virtude. Nunca participou de governos, o que não chega a ser defeito. Falta-lhe a experiência de Michel Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco.  Barbosa ficou 11 anos no Supremo Tribunal e notabilizou-se por ter desenhado o código genético do mensalão, o escândalo que levou poderosos políticos e empresários para a cadeia. Foi graças ao julgamento do mensalão que figuras intocáveis foram para a penitenciária. Desse DNA saiu a Lava-Jato. O ministro meteu-se em memoráveis bate-bocas com Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. 

Mostrou-se um arbitrário pedindo a transferência de uma servidora do tribunal com 12 anos de serviço pelo crime de ser casada com um jornalista a quem insultara. Esse tipo de pavio poderá levá-lo a uma autocombustão diante das pressões de uma campanha presidencial.  Decidindo esperar até janeiro, Barbosa indica que poderá confirmar sua candidatura antes de uma eventual condenação de Lula na segunda instância. Aceitando o convite do PSB, o ex-ministro aninha-se no partido em que estava o candidato Eduardo Campos até a manhã de sua morte, na queda do seu jatinho de campanha, em 2014.

Outro dia, Aécio Neves disse que uma candidatura como a de Luciano Huck significará a “falência da política”. Pode ter razão, mas será a falência produzida por ele, Aécio, e não por Huck.  Admitindo-se que Barbosa resolva ficar fora da disputa, é possível que o ministro Luís Roberto Barroso entre na raia. 
[imagine só: Barroso, presidente da República; 
- Rosa Weber vice-presidente;
Uma interpretação 'diferente' da CF encontrará uma forma de Fachin ocupar a presidência do Senado - sempre ciceroneado pelo Ricardo Saud - e Fux ser  presidente da Câmara.]
Ele não tem a marca do ex-presidente do STF, mas preenche o requisito da ficha limpa de quem nunca se meteu em política eleitoral nem com governos.  Além desses dois magistrados, há outro nome, o do juiz Sergio Moro. Ele já negou que pretenda concorrer a seja lá ao que for e sempre apresentou argumentos sólidos. Especular em torno de uma candidatura de Moro é algo como viajar num lance de ficção política.

Imagine-se Moro em fevereiro do ano que vem, em sua poltrona de casa, em Curitiba. Ele liga a televisão e vê os candidatos à Presidência. Moro sabe como a oligarquia valeu-se da máquina do governo de Michel Temer para jogar água no chope da Lava-Jato. Poderá prever o que acontecerá com a posse de um novo presidente daquele naipe. O juiz que mudou a cara da política nacional verá que, continuando na poltrona, seu legado será equivalente ao da Olimpíada do doutor Eduardo Paes.  Moro corre risco de entrar na história pelo que fez e de sair pelo que não quis fazer. Dante Alighieri colocou no vestíbulo do inferno o eremita que, uma vez eleito Papa, decidiu renunciar. (Pelo menos foi essa a história que contaram ao poeta.)

Por: Elio Gaspari,   jornalista - O Globo

domingo, 8 de outubro de 2017

Entenda o que acontece com candidaturas avulsas após a Reforma Política

Mesmo sem a definição sobre as candidaturas avulsas, especialistas apontam a existência de postulantes a cargos públicos que têm mais visibilidade do que qualquer legenda. Em cidades do interior, por exemplo, o troca-troca de legendas é indiferente ao eleitorado

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o debate sobre a possibilidade de candidaturas avulsas nas disputas eleitorais, mas, na sociedade, cada vez mais, as pessoas enxergam os postulantes a cargos eletivos como pessoas maiores do que os partidos políticos. Nome crescente em todos os últimos levantamentos, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) não sabe, ainda, por qual legenda concorrerá ao Planalto no ano que vem.

O líder nas pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva, é o grande nome de si mesmo, não do PT. [Lula tem um 'pequeno' problema: responde a seis processos criminais que vão resultar em no mínimo, mais de 100 anos de cadeia; mesmo considerando que só cumpra em regime fechado um sexto = 16 anos e 8 meses - é tempo suficiente para ele nunca mais ser candidato. O motivo é simples: bandido condenado em segunda instância é encarcerado e uma vez enjaulado não vota nem é votado, exceto para escolher o xerife da cela.] Se ele não disputar e outro for escolhido em seu lugar, como o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, as intenções de voto despencam.

O prefeito de São Paulo, João Doria, viaja o país sem saber se será o escolhido pelo PSDB para concorrer à Presidência em 2018. Já foi sondado para se filiar ao DEM, por exemplo. Isso sem falar em outros nomes que nem sequer são ligados a partidos, como o apresentador Luciano Huck e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa.

A coordenadora do curso de direito eleitoral da Faculdade de Direito do IDP-SP, Karine Kufa, afirmou que começa a se verificar nos grandes centros uma situação que já acontecia nos municípios do interior. “Nas pequenas cidades, é comum que os prefeitos e vereadores sejam eleitos por um partido e migrem para outro sem que isso represente nada para os eleitores. Até porque eles não têm estrutura, os diretórios estaduais pouco se importam com eles. Esses candidatos já são quase avulsos”, disse Karine.

A especialista em direito eleitoral lembra que, nas grandes cidades, esse problema era mais diluído. “São Paulo, por exemplo, sempre elegeu dois senadores do PSDB e um do PT. Os tucanos têm supremacia no governo estadual, e eles se revezam com o PT na prefeitura da capital”, completou a especialista. O que ocorreu, então? “As recentes denúncias de corrupção fizeram com que as pessoas achassem que todas as legendas são iguais”, resumiu Karine.

Ela acrescenta que os próprios partidos colaboram para esse desgaste. “Eles deveriam ter mais transparência na prestação de contas para que as pessoas voltem a acreditar nos mecanismos de financiamento. Além disso, deveriam ter como estabelecer metas de desempenho. As empresas tornam-se confiáveis por terem estratégias de ação e colocarem isso em prática. As legendas se acomodaram”, criticou a advogada.

Um novo formato
O diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto Queiroz, lembra que, em paralelo ao desgaste partidário, a sociedade passou a se organizar de outras maneiras. “Nos últimos anos, as ONGs começaram a arregimentar talentos para debater os problemas da sociedade. Os partidos acabaram sendo resumidos como importantes para a democracia”, disse ele. O que seria isso? “Por convenções internacionais, só se pode dizer que existe democracia em uma sociedade com sindicatos e partidos fortes e imprensa livre”, explicou Queiroz.

O diretor do Diap, contudo, avalia que, apesar de todos os problemas, não há como se prescindir dos partidos, por mais frágeis que eles estejam. “Nenhum presidente de República, em qualquer lugar do mundo, foi eleito sem um partido por trás. 90% dos deputados votam de acordo com a orientação partidária. Sem isso, eles votarão como? Seguindo a sugestão de quem serve o cafezinho?”, questionou Queiroz. “Só os partidos têm condições de garantir a impessoalidade do mandato”, defendeu.

O cientista político e professor do Insper Carlos Melo discorda e aposta que, em um curto espaço de tempo, a realidade vai mudar. “O Brasil sempre viveu uma cultura personalista na política, mesmo nos períodos em que os partidos estavam menos desgastados do que hoje”, reforçou. “Cada vez mais, as legendas afundaram-se no pragmatismo, no fisiologismo e no caciquismo”, resumiu.

Melo lembra, na história recente, as figuras de Herbert de Souza, o Betinho, e Rubem César Fernandes, fundador da ONG Viva Rio que, segundo ele, poderiam ser grandes políticos se tivessem filiação partidária. Mas optaram por outro caminho na sociedade civil organizada. “Winston Churchill (primeiro-ministro inglês), considerado o maior estadista do século XX, agiria diferente se estivesse no partido A ou B? Outros nomes mundiais, até aqueles de quem não gostamos, como Adolf Hitler, eram muito maiores do que qualquer partido político”, completou o professor do Insper.

Os “quase” avulsos

Quem são os nomes cogitados ao Planalto que são maiores que os partidos

Lula (PT) [ não será sequer candidato, por ser um condenado pela Justiça e mesmo que fosse candidato seria derrotado. Lula é do tamanho da sua militância que nada mais é que um punhado de vendidos a preço de sanduba e refresco.]
Presidente de honra da legenda, duas vezes presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva tem um patamar de intenção de votos que não é transferível para outro petista, caso ele não possa concorrer em 2018, inviabilizado pela Ficha Limpa

Jair Bolsonaro (PSC-RJ)
Grande surpresa até o momento nas pesquisas de intenção de voto, o deputado fluminense sequer sabe por qual partido disputará as eleições do ano que vem. O PEN já lhe ofereceu a legenda, mas Bolsonaro adia a decisão

João Doria (PSDB-SP)
Prefeito de São Paulo, o tucano entrou em colisão com o governador Geraldo Alckmin na disputa pela candidatura do PSDB ao Planalto. Sem certeza se vencerá disputa interna, cogita concorrer por outra legenda, como o DEM

Joaquim Barbosa [sem chances de sequer ser escolhido por um partido político que mereça o nome.]

Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, já foi sondado por diversos partidos para se filiar.  O mais recente foi a Rede. Segue opinando sobre política nacional, mas garantindo que não vai concorrer

Luciano Huck [sem chances nem interesse de se candidatar; caso seja um candidato será prejudicial ao Brasil o tanto que Hélio Costa foi.]
Apresentador de TV, já foi sondado pelo Novo e pelo DEM. Criou um fundo, ao lado de outros empresários e representantes do mercado financeiro para custear campanhas de pré-candidatos alinhados a projetos nas áreas de educação e economia.


A bola está com o Supremo
 O ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Fernando Neves reconhece que o Supremo Tribunal Federal poderá decidir favoravelmente às candidaturas avulsas sem a necessidade de que o Congresso apresente uma emenda constitucional alterando a obrigatoriedade de filiação partidária para concorrer eleitoralmente. “Basta, para isso, que ele entenda que o Pacto de São José se sobrepõe à Constituição Federal”, explicou Neves. [o ilustre ex-ministro do TSE não tem noção do que está falando - aliás, os ex tem uma tendência a falar o que não deve ser falado.
O Supremo é o guardião da Constituição Federal e se tiver a ousadia de considerar que uma 'convençãozinha'  nos moldes da citada é maior que a Constituição da República Federativa do Brasil,  estará de forma irreversível traindo a Pátria.
Nem o Quarteto do Barulho do STF tem a ousadia de tal decisão. E a maioria dos ministros do STF ainda são sensatos e patriotas.]


O Pacto de São José, também conhecido como a Convenção Americana de Direitos Humanos, consagra vários direitos civis e políticos, como o reconhecimento da personalidade jurídica; o direito à vida; à integridade pessoal; à liberdade pessoal e garantias judiciais; à proteção da honra e reconhecimento à dignidade; à liberdade religiosa e de consciência; à liberdade de pensamento e de expressão; e o direito de livre associação.

Autor da questão de ordem que será analisada no STF, o advogado Rodrigo Mezzomo acredita que, por similaridade, todos têm o direito de se candidatar a mandatos eletivos sem estar “amarrados por obrigações partidárias”. Saindo do campo das possibilidades e caindo no terreno da realidade, Neves considera que essa medida é de implantação bastante complexa. “As legendas acabam por regular uma série de questões eleitorais, como tempo de TV, a distribuição do fundo partidário e as regras de inelegibilidade, por exemplo”, enumerou o ex-ministro do TSE.

Outros casos
O advogado levanta outra questão que, segundo ele, não está no radar de quem sugeriu a possibilidade de candidaturas avulsas, mas que pode acabar por contaminar outros debates que já foram travados pelo próprio STF. “Se a defesa é por leis menos restritivas para conceder direito a qualquer pessoa concorrer a mandatos eletivos, quem garante que alguém não poderá questionar, por exemplo, os limites de punição da Lei da Ficha Limpa? Algo, por exemplo, que restrinja a inelegibilidade apenas a questões criminais, liberando governantes que tenham tido as contas de governo rejeitadas com base na Lei de Responsabilidade Fiscal”, declarou Neves. (PTL)

“Se a defesa é por leis menos restritivas para conceder direito a qualquer pessoa concorrer a mandatos eletivos, quem garante que alguém não poderá questionar, por exemplo, os limites de punição da Lei da Ficha Limpa?
Fernando Neves, ex-ministro do TSE

Fonte: Correio Braziliense

 

 

sábado, 8 de julho de 2017

Aloysio Nunes explora o medo da volta do PT

Insatisfeito com a sinalização de Tasso Jereissati para eventual desembarque do PSDB do governo de Michel Temer, no qual ocupa o cargo de ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes também disse à Coluna do Estadão:  "Esse tipo de declaração contribui para alimentar a crise e o resultado será o agravamento da situação econômica que começa a melhorar gerando uma situação de que o único beneficiário será o PT.
Em 2018 teremos dois blocos políticos. Um liderado pelo PT e o outro pelas forças políticas que hoje apoiam o presidente Temer. Até do ponto de vista político essa linha é prejudicial ao partido."

Pelo visto, Nunes ignora as potenciais candidaturas de Jair Bolsonaro, Marina Silva e Joaquim Barbosa. [Marina e Joaquim Barbosa se candidatos ficarão entre os últimos - ambos esqueceram que já foram esquecidos;
 o futuro presidente do Brasil - se o eleitor brasileiro pensar no melhor para o Brasil e criar vergonha de votar em coisas como Lula e Dilma, será o atual deputado JAIR MESSIAS BOLSONARO.]

Fonte: O Antagonista

terça-feira, 13 de junho de 2017

E se fosse o Bolsonaro?

O deputado Jair Bolsonaro fez um discurso em evento da direita em que se disse cansado do diálogo, e conclamou os presentes a uma intervenção militar para impor de vez a moralidade no País. Foi ovacionado, e todos saíram gritando “se manda, comunista, o Brasil será fascista”. Em seguida, foi a vez de Ronaldo Caiado pedir sangue para a redenção da nação, com base em ensinamentos bíblicos.

Calma, leitor. Nada disso é verdade. Quer dizer: a coisa até aconteceu, mas não com esses personagens, não com essas mensagens. Na verdade, o evento era da esquerda, e os palestrantes eram Roberto Requião e Benedita da Silva. Requião disse: “Não faltaram palavras. Não faltou uma vírgula sequer nos discursos, em nossos artigos, em nossos debates. Dissemos tudo, uma, duas, mil vezes. O que, então, estamos esperando para cruzar o rio, para jogar a cartada decisiva de nossas vidas? Senhores e senhoras, universitários aqui presentes: convençam-se. Não há mais espaço para a conversa e os bons modos”.
 
Foi muito aplaudido, e a plateia gritava, ensandecida: “Se muda, se muda, imperialista! A América Latina será toda socialista!”. Já Benedita citou a Bíblia para incitar a violência: “Quem sabe faz a hora e faz a luta. A gente sabe disso. E na minha Bíblia está escrito que sem derramamento de sangue não haverá redenção. Com a luta e vamos à luta, com qualquer que sejam as nossas armas!”


Só há um deputado sendo punido por “incitar a violência”: Bolsonaro. E isso porque ele disse que a deputada não merecia ser estuprada. Bolsonaro defende punições bem mais severas para estupradores, até castração química, enquanto a extrema-esquerda e a própria deputada pregam o abrandamento da pena para marginais perigosos. O caso de Bolsonaro foi tema de inúmeros artigos e reportagens nos principais jornais. A evidente incitação à violência “revolucionária” de Requião e da petista não mereceu destaque na mídia. O ator global Bruno Gagliasso deu chilique e se recusou a permanecer sentado ao lado de Bolsonaro num evento de luta, mas o preconceituoso e intolerante, claro, é o próprio deputado.

No filme “Tempo de matar”, de 1996, o advogado Jake, personagem de Matthew McConaughey, persuadiu o júri quando conta a triste história de uma menininha estuprada. No final, ele pede: “agora imaginem que ela é branca”. O que ele quer é lembrar dos olhos vendados da Justiça, da igualdade de todos perante as leis. Devemos julgar os atos em si, não quem os cometeu, se estão do “nosso” lado ou não. 

E por falar nisso: imaginem se fosse Bolsonaro, e não o ministro Barroso, alinhado à esquerda, a se referir a Joaquim Barbosa como “negro de primeira linha”. Qual seria a reação da imprensa? Pois é…

Fonte: Rodrigo Constantino, economista e escritor - Revista IstoÉ

sábado, 10 de junho de 2017

O Brasil venceu o 1º ataque dos golpistas; o segundo ataque será derrotado mais facilmente = os que são a favor do Brasil contam com os votos de mais da metade da Câmara dos Deputados

Falhou 1ª fase da conspiração golpista; aguardam-se as próximas da dupla Janot-Fachin

Todos viram a “Blitzkrieg” Janot-Fachin-PF para derrubar Temer. Deveria ter sido uma coisa fulminante. E, no entanto, não foi. O governo se segurou, inclusive fazendo avançar a reforma trabalhista no Congresso. Esses que chamo “conspiradores” não contavam com a resiliência de Temer


Por quatro a três, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou a cassação da chapa que elegeu Dilma-Temer. Esse resultado, em si, para ela, é irrelevante. Foi impichada por motivos alheios a essa conversa. Caiu porque cometeu crime de responsabilidade e porque tinha como aliados menos de um terço da Câmara e menos de um terço do Senado. Adicionalmente, havia conduzido o país à maior crise econômica da história. Para Temer, o resultado é relevantíssimo: a cassação também lhe tiraria o mandato.

Janot faz reza braba: pois é, ainda não foi desta vez. mas ele promete não desistir - em setembro próximo acaba o mandato de Janot e também suas pretensões de continuar em evidência

Votaram contra a punição os ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Admar Gonzaga, Tarcísio Vieira e Gilmar Mendes. Propugnaram pela punição o relator, Herman Benjamin, Rosa Weber e Luiz Fux — estes dois últimos são ministros do STF. O julgamento no TSE havia se transformado numa etapa da sanha golpista. Ela saiu derrotada. Mas não está conformada. Uma explicação rápida e necessária: o julgamento no TSE nasceu de uma iniciativa legítima do PSDB e nada tinha a ver, originalmente, com o que considero uma conspiração para derrubar o presidente, que une de maneira explícita Rodrigo Janot e Edson Fachin. Procurador-geral da República e ministro do Supremo receberam as bênçãos de Cármen Lúcia, presidente do Supremo. [a atual presidente do STF pode ver seu futuro no que está vivendo o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, que, sentindo caminhar para o ostracismo completo procura se manter visível com declarações de que vai ser candidato e outras ações similares.]
Todos viram a “Blitzkrieg” Janot-Fachin-PF para derrubar Temer. Deveria ter sido uma coisa fulminante. E, no entanto, não foi. O governo se segurou, inclusive fazendo avançar a reforma trabalhista no Congresso. Esses que chamo “conspiradores” não contavam com a resiliência de Temer.
Então se armou o cerco que pretendeu tornar reféns também os ministros, a saber:
1: prisão preventiva de Rocha Loures três dias antes do início do julgamento. Junto com o fato, o boato: “Ele vai delatar Temer”;
2: no dia 5, véspera do início do julgamento, a PF manda 82 perguntas ao presidente — com autorização de Fachin, é claro! que valem por um libelo acusatório. A falta de rigor técnico é vergonhosa;
3: prisão do ex-ministro Henrique Eduardo Alves no dia em que começou o julgamento. A alegação da preventiva é frouxa. A razão: é considerado um aliado de Temer;
4: vazamento da informação, também no dia 6, de que o presidente, então vice, viajara, em 2011, num avião que pertence a Joesley. Há nisso algum crime? Não. O que se queria era evidenciar a intimidade entre os dois;
5: vazamento, no dia 7, da falácia segundo a qual Temer teria repassado R$ 500 mil de propina da OAS a Alves. Isso é o que se noticiou, não o que aconteceu. A campanha do então candidato a vice recebeu doação registrada da OAS e fez transferência, também legal, para o diretório do PMDB do Rio Grande do Norte;
6: no dia 8, fontes da PGR afirmam que Janot pretende denunciar Temer por chefiar organização criminosa!

Para lembrar: Janot é aquele que garantiu avida folgazã a Joesley, o homem que admite ter cometido 245 crimes e comprado quase 2 mil políticos. Mas o chefe, ora vejam!, é Temer.
Apesar de tanto planejamento, falhou. E vem, sim, mais coisa por aí.



sexta-feira, 9 de junho de 2017

Barroso se desculpa com Barbosa, o “negro de primeira linha”, e chora. É preciso chorar mais!

O racismo de segundo grau é coisa mais complicada. Embora seus cultivadores se digam inimigos da discriminação e aliados de todos os grupos que lutam pelos direitos das minorias, não compreendem — e, no fundo, não aceitam que um negro possa ser bem-sucedido em sua profissão

Depois do insuportável “Quando Nietzsche Chorou”, temos de escrever o formidável “Quando Roberto Barroso chorou”.

Sim, ele foi às lágrimas nesta quinta-feira durante sessão do Supremo. Não chegou a se debulhar porque seria um tanto exagerado. Deixou a sala antes. Mas permitiu que percebessem: ali estava um homem que sofria.  E obteve a solidariedade de alguns de seus pares.

Antes de entrar no mérito da coisa, uma consideração importante. O doutor é uma espécie de coquetel de todas as militâncias politicamente corretas ou de esquerda… É, por exemplo, um entusiasta da política de cotas raciais, à qual me oponho de modo determinado. Acontece que Barroso é um esquerdista. E um sujeito de esquerda só entende representante de minoria que carregue a bandeira da causa.

Não basta ser negro; é preciso ser “racialista”; não basta ser mulher, é preciso ser feminista; não basta ser gay; é preciso pertencer a alguma hierarquia LGBTXYZ. E, por óbvio, Barroso já aprontou algumas enormidades no STF. Trato do assunto mais adiante. O que me importa agora é outra coisa.

Na quarta-feira, dia 07, o ministro resolveu discursar na homenagem feita a Joaquim Barbosa, ex-integrante da corte, cujo retrato passou a integrar a galeria de ex-presidentes. Vejam como ele se dirigiu ao homenageado do dia:

A universidade (UERJ) teve o prazer e a honra de receber um professor negro, um negro de primeira linha vindo de um doutorado em Paris”.

Não-virtuosa
Não há jeito de essa fala ser virtuosa.
Comece-se pelo básico: ninguém diria ser Barroso um branco de primeira linha, certo? Ao se referir ao ex-ministro naqueles termos, uma inferência é obrigatória: “Os negros costumam ser de segunda linha; de vez em quando aparece um de primeira…”

Meu querido amigo Heraldo Pereira é um dos mais destacados jornalistas do país. Trabalha na TV Globo. Foi tachado pelo ex-jornalista Paulo Henrique Amorim de “negro de alma branca”! Nesse caso, a intenção nem era elogiar — como Barroso julgou que estivesse a fazer. O que o agressor pretendia era atribuir-lhe pechas e máculas. A síntese é mais ou menos esta: Heraldo só seria tolerado na emissora porque fazia o jogo da casa, o que o tornaria um negro indigno da própria cor. Parece não ter passado pela cabeça do agressor que Heraldo, preto ou branco, tem talento.

Racismo de Segundo Grau
Criei, à época, um termo para designar casos assim: “Racismo de Segundo Grau”. Num post do dia 23 de fevereiro de 2012, escrevi o seguinte a respeito:
O racismo bronco pode ser enfrentado com clareza porque visível. Os estúpidos, os bucéfalos, que saem por aí a vociferar o seu ódio contra negros, por exemplo, praticam o que costumo chamar de “racismo de primeiro grau”. São crus, desprovidos de qualquer ambição intelectual, mal escondem o seu recalque: ou acham que um negro bem-sucedido está a ocupar um lugar que lhes caberia por direito natural ou entendem que a presença do “outro” ameaça o seu próprio status. Merecem ser duramente enfrentados nas ruas, nas escolas, nas empresas, nos tribunais. Não, não acredito que o caminho sejam as cotas, mas, reitero, não entro nesse mérito agora.

Já o racismo de segundo grau é coisa mais complicada. Embora seus cultivadores se digam inimigos da discriminação e aliados de todos os grupos que lutam pelos direitos das minorias, não compreendem — e, no fundo, não aceitam — que um negro possa ser bem-sucedido em sua profissão A MENOS QUE CARREGUE AS MESMAS BANDEIRAS QUE ELES DIZEM CARREGAR!  Eis, então, que um profissional com as qualidades de Heraldo Pereira os ofende gravemente. Sim, ele é negro. Sim, ele tem “uma origem humilde”. Ocorre que ele chega ao topo de sua profissão mesmo no país em que há muitos racistas broncos e em que a maior discriminação ainda é a de origem social. E chegou lá sem fazer o gênero do oprimido reivindicador, sem achar que o lugar lhe pertencia por justiça histórica, porque, afinal, seus avós teriam sido escravos dos avós dos brancos com os quais ele competiu ou que a luta de classes lhe roubou oportunidades.

Sabem o que queriam os “racistas de segundo grau”, essas almas caridosas que adoram defender minorias? Que Heraldo Pereira estivesse na Globo, sim, mas com o esfregão na mão e muito discurso contra o racismo na cabeça. Aí, então, eles poderiam dizer: “Vejam, senhores!, aquele negro! Por que ele não está na bancada do Jornal Nacional?” Ocorre que Heraldo ESTÁ na bancada do Jornal Nacional. E sem pedir licença a ninguém. Enquanto alguns negros, brancos, amarelos ou vermelhos choramingavam, o jornalista Heraldo Pereira foi estudar direito na Universidade de Brasília. Enquanto alguns se encarregavam de medir o seu “teor de negritude militante”, ele foi fazer mestrado — a sua dissertação: “Direito Constitucional: Desvios do Constituinte Derivado na Alteração da Norma Constitucional”.

Quando se classifica alguém como Heraldo de “negro de alma branca” — e já ouvi cretinos a dizer a mesma coisa sobre Barack Obama porque também insatisfeitos com a sua pouca disposição para o ódio racial —, o que se pretende, na verdade, é lhe impor uma pauta. Atenção para isto:
– por ser negro, ele seria menos livre do que um branco, por exemplo, porque estaria obrigado a aderir a uma determinada pauta;
– por ser negro, ele teria menos escolhas, estando condenado a fazer um determinado discurso que os “donos das causas” consideram progressista;
– ao nascer, portanto, negro ele já nasceria escravo de uma causa.
(…)

Aos dias de hoje
Ao se desculpar nesta quinta, o homem se emocionou, chorou, deixou o tribunal, voltou. E a maioria dos seus colegas se mostrou solidária. Admitiu ser “preciso enfrentar o racismo que se esconde em nosso inconsciente.” E emendou:
“Eu, portanto, gostaria de pedir desculpas às pessoas a quem possa ter ofendido ou magoado com essa frase infeliz. Gostaria de pedir desculpa sobretudo se, involuntária e inconscientemente tiver forçado um estereótipo racista que passei a vida tentando combater e derrotar”.

Não serei eu a censurar Barroso por se desculpar. Meu ponto é outro: não sei se acredito nele. Explico: analiso a atuação do ministro e vejo nela o voto sempre militante, o homem-causa, o prosélito de causas influentes em trânsito.

Ok, ele chorou e se desculpou com Barbosa, com quem já andei ás turras; ele me atacou (fica para outra hora). Agora espero que chore:
porque usou a simples concessão de um habeas corpus para “legalizar” o aborto até o terceiro mês de gestação, fraudando, assim, o Código Penal e usurpando uma tarefa legislativa;
– porque usou expediente parecido para mudar as regras do foro especial por prerrogativa de função, matéria devidamente tratada na Constituição e que só pode ser mudada por emenda parlamentar;
– porque promoveu, ainda que à socapa, a Ação Direita de Inconstitucionalidade que acabou tornando ilegal a doação de pessoas jurídicas a campanhas. O texto que foi a votação era de sua autoria, quando advogava.

Para me convencer, Barroso terá de chorar muito mais.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

 

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Barbosa, ¿Por qué no te callas? - teu tempo já passou; não fica bem, um ex-ministro do Supremo ser um agitador

Brasileiros devem se mobilizar e exigir renúncia de Temer, diz Joaquim Barbosa

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa disse nesta sexta-feira, 19, que os brasileiros devem se mobilizar para pedir a renúncia imediata do presidente Michel Temer. “Não há outra saída: os brasileiros devem se mobilizar, ir para as ruas e reivindicar com força: a renúncia imediata de Michel Temer”, escreveu Barbosa em seu Twitter. 

“Isoladamente, a notícia extraída de um inquérito criminal e veiculada há poucas semanas, de que o sr. Michel Temer usou o Palácio do Jaburu para pedir propina a um empresário seria um motivo forte o bastante para se desencadear um clamor pela sua renúncia”, continuou.  O ex-ministro do Supremo chama de “estarrecedoras” as delações do empresário Joesley Batista, da JBS, envolvendo o presidente. “São fatos gravíssimos”, avaliou Barbosa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo 

 

 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

A turma da operação "lava jato" deve confiar na Justiça

Os doutores da operação "lava jato" dizem que o projeto que pune os abusos de autoridade praticados por policiais, juízes e promotores destina-se a "aterrorizar procuradores, promotores e juízes".

Não estão sozinhos. A presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, pergunta : "Criminalizar a jurisdição é fulminar a democracia. Eu pergunto a quem isso interessa? Não é ao povo, certamente. Não é aos democratas, por óbvio. (...) Desconstruir-nos como Poder Judiciário ou como juízes independentes interessa a quem?"

Joaquim Barbosa, que ocupou a cadeira da ministra, fez um raciocínio mais acrobático. Segundo ele, as forças que cassaram o mandato de Dilma Rousseff estariam num novo lance: "Se eu posso derrubar um chefe de Estado, por que não posso intimidar e encurralar juízes?" [Joaquim Barbosa não se conforma com o ostracismo ao qual foi relegado.]

A ideia de que o projeto aprovado na Câmara intimida, encurrala, ou amedronta os juízes, procuradores e policiais repetiu-se dezenas de vezes. Basicamente, o projeto estabelece penas de seis meses a dois anos de prisão para magistrados que ajuízem ações com má-fé, por promoção pessoal ou perseguição política ou para procuradores que instaurem procedimentos "em desfavor de alguém, sem que existam indícios mínimos de prática de algum delito". O nó está aí, uma investigação aberta levianamente pode dar cadeia.

Alguns artigos são banais, como o que penaliza os servidores que venham a "proceder de modo incompatível com a honra, a dignidade e o decoro de suas funções." Houve época em que um presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo deixava sua Porsche no estacionamento da corte. Vá lá. Num surto, o projeto quer proibir juízes de dar entrevistas. É verdade que eles não deveriam falar fora dos autos, mas não podem ser amordaçados. A "lava jato" e todas as investigações estariam ameaçadas porque, aberto um inquérito, um cidadão que se julgue prejudicado poderá processar procuradores ou mesmo o juiz por abuso de autoridade. "Um atentado à magistratura", nas palavras do juiz Sergio Moro.

Antes de concordar com o fim do mundo, fica uma pergunta: quem poderá condenar o policial, o procurador ou o juiz? Um magistrado, e só um magistrado.  Se os procuradores da "lava jato", o juiz Moro, a ministra Cármen Lúcia e seu colega Joaquim Barbosa não confiam na Justiça, por que alguém haverá de fazê-lo?  De fato, juízes e procuradores podem se sentir intimidados, até mesmo aterrorizados. A Lei Maria da Penha, por exemplo, intimida e aterroriza milhares de homens que pensam em bater numa mulher. Assim são as coisas e é bom que assim sejam.

Com novos mecanismos de correição uma juíza como a doutora Clarice Maria de Andrade, da comarca paraense de Abaetetuba poderia ficar intimidada ou mesmo aterrorizada antes de permitir, em 2007, que na sua jurisdição uma menina de 15 anos fosse mantida presa numa cela com 23 homens durante 26 dias. Três anos depois o Conselho Nacional de Justiça puniu-a, com a pena de aposentadoria compulsória. Em outubro passado o CNJ reviu a decisão, colocando-a em disponibilidade, por dois anos, com vencimentos proporcionais. Depois, zero a zero e bola ao centro.

A defesa da lei do abuso tem uma carga maldita. De um lado estão juízes e procuradores que batalham em defesa da moralidade e do outro, personagens de pouca reputação. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Imagine-se que um sujeito entra numa igreja e vê um batizado. Os padrinhos são os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá, mais os deputados Rodrigo Maia e Weverton Rocha, signatário da emenda que define crimes de responsabilidade para juízes e procuradores. O bebê é inocente, nada sabe da vida, mas acaba associado aos quatro padrinhos.

Artigo originalmente publicado no jornal Folha de S.Paulo 

sábado, 3 de dezembro de 2016

Barbosa, de novo como herói das esquerdas, dirige ataque violento contra este irrelevante jornalista - MINHA RESPOSTA A JOAQUIM BARBOSA, O NOVO ÍDOLO DO PT

O QUE ELES DISSERAM 1– Barbosa, de novo como herói das esquerdas, dirige ataque violento contra este irrelevante jornalista

Quando ele era queridinho do PT, eu lamentava a sua fragilidade técnica. Mais de uma vez, cheguei a desconfiar que nunca tivesse lido a Constituição. Quando ele se transformou no ogro do PT, eu lamentava a sua fragilidade técnica

 Joaquim Barbosa, ex-ministro do Supremo, escreveu o seguinte a meu respeito no Twitter:
Ler íntegra da matéria, clique aqui - Blog do Reinaldo Azevedo

MINHA RESPOSTA A JOAQUIM BARBOSA, O NOVO ÍDOLO DO PT

Joaquim Barbosa resolve atacar o único jornalista que ousou contestá-lo 

VÍDEO: Reinaldo Azevedo responde a ataque de Joaquim Barbosa

 Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo




terça-feira, 15 de novembro de 2016

Barroso libera para pauta do STF processo sobre auxílio-moradia de juízes

Valor do benefício é de R$ 4.377,73 mensais, sem necessidade de comprovar pagamento de aluguel

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para a pauta de julgamentos do plenário um processo sobre a legalidade do pagamento de auxílio-moradia a juízes. Em setembro de 2014, o ministro Luiz Fux determinou o pagamento do benefício a magistrados de todo o país que moram em cidade onde não há residência oficial disponível. A decisão foi tomada por liminar e, até hoje, Fux não liberou o processo para o julgamento em plenário. Agora, a discussão definitiva deve ser travada em outro processo, da relatoria de Barroso. Caberá à presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia, agendar uma data para o julgamento.

O processo de relatoria de Barroso chegou ao tribunal antes dele e estava nas mãos de Joaquim Barbosa, hoje aposentado. Em 2010, o então ministro negou o pagamento do benefício, que tinha sido pedido pela Associação dos Juízes Federais (Ajufe). Depois que Barbosa se aposentou, Barroso herdou os processos do colega. A decisão de Fux foi tomada quatro anos depois, a pedido da Ajufe, da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra).

A decisão de Fux autorizou o pagamento de auxílio-moradia no valor de R$ 4.377,73 mensais, sem a necessidade de comprovar que usou o dinheiro no pagamento de aluguel. Mesmo que o magistrado pague menos com a moradia, ou que não tenha custo algum, recebe o benefício. Segundo os cálculos do governo federal, a decisão implica em gastos de R$ 289 milhões dos cofres públicos por ano. Benefícios como esse levaram o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a criar uma comissão para identificar vencimentos superiores ao teto do funcionalismo público, hoje em R$ 33,7 mil.

Nesta segunda-feira, em reunião com a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, alguns presidentes de Tribunais de Justiça aproveitaram para reclamar da comissão criada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para passar um pente-fino nos supersalários do Judiciário. A atitude foi vista como retaliação aos magistrados, em resposta às investigações da Lava-Jato contra parlamentares. 

Nem todos concordaram. O presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, desembargador Cláudio Santos, criticou o alto custo do Judiciário e defendeu a regularização do auxílio-moradia como forma de melhorar a imagem dos juízes perante a sociedade.
Cármen Lúcia não teria se pronunciado sobre o assunto no encontro, que contou com a participação de 25 presidentes de tribunais.


Fonte: O Globo