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segunda-feira, 22 de abril de 2019

Não há solução ótima para a demanda dos caminhoneiros

Se ceder à pressão em favor a tabela de preços, o governo prejudica atividades. Se não ceder, pode ter que enfrentar uma nova greve




O ministro da Economia mostrou habilidade em desmontar o imbróglio criado pelo presidente Jair Bolsonaro quando determinou a suspensão do aumento do diesel. Por mais engenhosas, todavia, que tenham sido as explicações de diferentes autoridades, ficou a impressão de que o presidente agiu por impulso e movido por seus instintos intervencionistas. Novos fatos como esse não podem ser descartáveis.
 
Seja como for, o risco de greve dos caminhoneiros permanece, pois estão mantidas as condições que os estimulam a jogar com a ameaça. Eles são vítimas de erros de política econômica dos governos do PT. 
[Tudo indica que esse tratamento especial que Bolsonaro dedica aos caminhoneiros é que ele pretende que tais sindicatos sejam um 'MST para o presidente Bolsonaro chamar de seu';  

A fortalecer tal teoria dos 'sindicatos dos caminhoneiros representarem para o presidente Bolsonaro um MST para ele chamar de seu', se fortalece quando os sindicatos, a exemplo do famigerado MST, não possuem, em sua maioria,  personalidade jurídica - portanto, não podem ser punidos pela Justiça.] 

De um lado, a oferta de fretes foi substancialmente ampliada por um programa de crédito subsidiado do BNDES, que despejou R$ 10,5 bilhões para financiar a compra de caminhões. Antes restrita a caminhoneiros autônomos e empresas de transporte, a compra de caminhões explodiu. A generosidade do programa – empréstimos a juros de apenas 4% ao ano – atraiu o interesse de outras categorias como a dos profissionais liberais, que passaram a participar da oferta de fretes. De outro lado, a recessão provocada pela política econômica desastrosa de Dilma Rousseff acarretou a contratação da demanda de transporte.

Essa conjugação perversa acarretou a queda do valor dos fretes. Os caminhoneiros passaram a viver uma situação em que, além de endividados, enfrentam uma redução de renda, que em muitos casos os leva a ter prejuízos. Por tudo isso, demandam uma intervenção do governo, isto é, uma tabela de fretes que lhes garanta um piso de renda e os liberte do fantasma de falência em suas atividades.

Não há solução ótima para essa questão. Se ceder à pressão dos caminhoneiros, o governo viola a visão liberal do Ministério da Economia ao agir contrariamente às forças do mercado. A saída provocaria aumento de custos de transportes para muitos segmentos da economia, principalmente a do agronegócio. A bancada ruralista, que apoiou o presidente na campanha eleitoral,  tende a se posicionar contra a tabela, como já o fez em outras oportunidades.

Se não ceder à pressão, o governo pode ter que enfrentar a calamidade de uma nova greve dos caminhoneiros, que pode agravar a já lenta recuperação da economia e do emprego. A legião de desempregados dificilmente sairá dos 13 milhões, podendo até aumentar, o que influenciará a popularidade do presidente. O governo precisará reunir toda a inteligência possível em seus quadros para buscar uma saída que evite o pior efeito dessa situação, que será a greve. Será difícil, no entanto, encontrar uma solução sem danos. Espera-se que não sejam tão drásticos quanto o que aconteceu na paradeira de caminhões, em maio de 2018. [FATO: não há solução ótima, então, o remédio é assumir a menos danosa e que resolve o problema = NÃO CEDER e JOGAR DURO CONTRA OS CAMINHONEIROS;

a própria legislação de trânsito dispõe de instrumentos que podem ser usados para enquadrar os pretendentes a ser o MST para o presidente Bolsonaro chamar de seu - multa, desde que não seja anistiada, atrapalha e muito - até mesmo os 'caminhoneiros de araque' que se aproveitaram dos juros subsidiados pelo BNDES e entraram no ramo de frete. 
 
A fortalecer a teoria dos sindicatos dos caminhoneiros representarem para o presidente Bolsonaro um MST para ele chamar de seu, se fortalece quando os sindicatos, a exemplo do famigerado MST, não possuem, em sua maioria,  personalidade jurídica - portanto, não podem ser punidos pela Justiça.

A solução péssima é o governo ceder ainda que um milímetro = cedendo estimula novas chantagens por parte dos caminhoneiros e estimula outras categorias.]

Blog do Mailson da Nóbrega - Revista VEJA 



segunda-feira, 19 de março de 2018

Do seu bolso

Por que juízes e procuradores deveriam receber 4 mil e tantos a mais por mês, se pela Constituição todos os cidadãos brasileiros são iguais perante a lei? 

Juízes contra a justiça - Magistrados em frente ao STF: as causas incluem a defesa de privilégios  (André Dusek/Estadão Conteúdo)
 
Nada pode ir bem num país em que os seus juízes e procuradores se aproveitam da vantagem de não poderem ser punidos nunca, por ninguém e por nenhum motivo, para desrespeitarem a lei em busca de um benefício pessoal. Felizmente não são todos ─ o país realmente já teria ido para o diabo se fossem. Os juízes estaduais e os Ministérios Públicos dos Estados, por exemplo, não participam da “greve” convocada para o dia 15 de março pelas “lideranças da categoria”. Mesmo entre os magistrados federais o problema está concentrado num desses grupos que transformaram suas associações em sindicatos trabalhistas com militância política.

Não são muitos ─ mas falam, decidem e agem por todos. O resultado, de qualquer jeito, é que temos aí mais uma agressão aberta à democracia no Brasil. Não há um regime democrático em funcionamento normal quando juízes de direito dão a si próprios direitos diferentes e maiores que os do cidadão comum ─ no caso, colocando-se acima da lei numa greve para obrigar o Supremo Tribunal Federal a decidir uma causa em seu favor. Ou o STF faz o que eles querem, segundo ameaçam, ou então a Justiça não vai funcionar. Isso, obviamente, não existe em democracia nenhuma do mundo. O STF não pode ser obrigado por nenhum grupo particular, e muito menos por magistrados, a agir assim ou assado. Mas aqui, hoje, está valendo tudo.


Numa situação mais ou menos normal, o juiz que fizesse greve para pressionar publicamente os seus superiores na hierarquia, e isso para arrancar um privilégio pessoal, deveria ser simplesmente demitido do cargo e ir fazer outra coisa na vida. Acontece que o Brasil não vive, já há muito tempo, uma situação normal no Poder Judiciário. O motivo da anomalia é que se transformou num hábito, no sistema de Justiça brasileiro, ignorar a lei e a Constituição Federal em benefício dos interesses materiais e ideológicos dos que têm um emprego ali dentro. Nada poderia comprovar isso de forma tão clara como a “greve” do momento. 

Ela já é um disparate em si mesma, por ser escandalosamente ilegal, mas o motivo pelo qual foi convocada é muito pior ainda ─ na verdade, é o próprio sintoma da falência geral de órgãos que envenena atualmente o corpo da máquina judiciária nacional. Os grevistas não exigem o cumprimento de nenhum preceito virtuoso, como o direito de julgarem em liberdade e de acordo com as próprias consciências. O que querem, mesmo, é garantir miseráveis interesses financeiros pessoaismais exatamente, o pagamento de 4.300 reais por mês como “auxílio moradia”, inclusive para quem já mora na própria moradia. São cerca de 30.000 juízes a procuradores no Brasil inteiro. Multiplique por 4.300 por mês ─ e veja aí o custo dessa brincadeira. Desde que o ministro Luiz Fux, do STF, inventou em 2014 que todos os magistrados brasileiros, sem exceção, deveriam ganhar o “auxílio” hoje contestado, a despesa pública com ele aumentou vinte vezes.

Quer dizer: é um desses casos onde se soma o insulto à injúria. A greve, por si só, já é uma ofensa à ordem; o motivo da greve é uma ofensa à moralidade. De fato, que sentido pode fazer uma aberração como esse “auxílio-moradia”? Os cidadãos brasileiros não têm direito a receber dinheiro do governo para pagar seu aluguel mensal, e muito menos para reforçar seu bolso quando já têm a própria casa. Por que, então, juízes, incluindo os “do trabalho”, e procuradores, deveriam receber aqueles 4 mil e tantos a mais por mês, se pela Constituição todos os cidadãos brasileiros são iguais perante a lei? Fica oficializado, com esse desatino, que não são iguais ─ se o Estado quer tirar dinheiro dos impostos para pagar a moradia de uns, deveria pagar então a moradia de todos. A respeito deste ponto, a propósito, desvenda-se a hipocrisia sem limites da “luta pelo direito à moradia”, que é como os sindicatos apresentam sua exigência

Ela é descrita como se o dinheiro gasto com o “auxilio” pertencesse ao “Estado” ─ ou, numa mentira mais grosseira ainda, “ao governo Temer”, ou ao “Supremo”. Então por que não dizem, logo de uma vez, que a verba vem do Tesouro de Marte? A verdade, como em 100% dos “gastos do governo”, é que o “governo” não gasta nada, nunca. Quem está pagando cada centavo do “auxílio moradia” é você mesmo, ninguém mais; é o público, que mete a mão no bolso para pagar imposto a cada vez que recebe o seu salário ou acende a luz de casa. Não seria mais “republicano” se os nossos magistrados exigissem da população, que de fato é quem lhes paga, o que exigem do STF? Fica aí a ideia.

Publicado na edição impressa de VEJA - J R Guzzo

 

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Desincompatiblização de Temer! Sendo Temer candidato ele estará concorrendo à reeleição? Questão a ser pensada, devido o caso Roseana Sarney

Projeto continuísta

Temer não precisa se desincompatibilizar para concorrer e tem até agosto para decidir o que fará na eleição

[o tema desincompatibilização de Temer  é complexo, especialmente devido o precedente que houve teve como protagonista Roseana Sarney, filha do 'incomum', Sarney, o que tornou tudo especial.

Nas eleições de 2012, para governador do estado do Maranhão, Roseana Sarney  concorreu 'par a par' com Jackson Lago, que foi eleito - por óbvio, a conclusão indiscutível é que a filha do Sarney não foi eleita.

Decorrido algum tempo  Jackson Lago e seu vice, tiveram os mandatos cassados por irregularidades no processo eleitoral.

Sem vice para assumir e na forma de Lei, o TSE convocou Roseana Sarney para completar o mandato do governador cassado, por ter sido a segunda colocada.

Próximo das eleições 2014, Roseana decidiu se candidatar ao cargo de governadora daquele Estado - feudo dos Sarney - e não se desincompatibilizou, por entender que sendo a governadora e se candidatando ao mesmo cargo estava concorrendo à reeleição, sendo desnecessário o seu afastamento do cargo.

Os adversários recorreram ao TRE alegando que reeleição é uma condição aplicável apenas a quem é eleito para um determinado cargo e deseja ser novamente candidato, deseja a reeleição.

E, conforme sempre foi óbvio, QUEM FOI ELEITO em 2010 para o cargo de governador do estado do Maranhão foi JACKSON LAGO. Roseana Sarney NÃO FOI ELEITA, perdeu a eleição, ficando em segundo lugar.

O TRE-MA, por razões que só Deus sabe - e talvez o 'incomum' Sarney - decidiu que ela estava sendo candidata à reeleição, portanto, não necessitava a aplicação do instituto da desincompatibilização e tão fantástico entendimento foi abraçado pelo TSE.

Com isso, Roseana Sarney QUE NÃO FOI ELEITA, teve o direito de ser candidata a REELEIÇÃO, e foi candidata sem se afastar do cargo que ocupava mas para o qual NÃO FOI ELEITA.

Do mesmo modo, Temer NUNCA FOI ELEITO presidente da República. Quem NUNCA FOI ELEITO para um determinado cargo pode ser reeleito para o mesmo cargo?]

Desde que foi lançado o documento “Uma ponte para o futuro” pela Fundação Ulysses Guimarães, o grupo em torno do presidente Michel Temer, nucleado pelos ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil) e pelo senador Romero Jucá (MDB-RR), líder do governo no Senado e presidente do MDB, tem um projeto de poder que não se restringe ao mandato- tampão decorrente do impeachment de Dilma Rousseff. A tese da candidatura à reeleição de Temer é uma decorrência natural desse projeto, a não ser que o governo não consiga reverter minimamente os índices de impopularidade que anulam completamente a possibilidade de chegada ao segundo turno.

Na avaliação desse grupo, reverter essa situação é tudo uma questão de tempo, ou melhor, de percepção pela população dos resultados obtidos pelo governo no combate à recessão e à inflação. A decisão de dar um cavalo de pau na reforma da Previdência, que estava encruada na Câmara, faz parte desse movimento. O governo mudou de agenda e resolveu jogar para a arquibancada na questão mais premente do ponto de vista da sociedade: a segurança. É uma aposta de alto risco, mas capaz de gerar resultados positivos para o governo no curto prazo. As primeiras pesquisas de opinião são a prova disso: no primeiro momento, 83% apoiaram a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.

Enquanto o prestígio popular não vem, apesar do fim da recessão, da inflação abaixo de 3% e da taxa de juros em 6,75%, o Palácio do Planalto opera no sentido de ganhar tempo e inibir o surgimento de qualquer candidatura competitiva do chamado “centro democrático”. É uma velha tática de general chinês, para quem a melhor das estratégias numa guerra é neutralizar os adversários, a ponto mesmo de desistirem de ir à luta. É mais ou menos isso que Temer vem fazendo, com a habilidade que adquiriu ao longo de três mandatos à frente da Câmara e uma longeva presença no comando do seu partido.

No momento, as duas ameaças a serem neutralizadas são as candidaturas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). [é perder tempo neutralizar as candidaturas de Alckmin e Maia - Alckmin, para presidente, já está derrotado e sempre será o derrotado; 
já o Maia não tem cacife para tal pretensão; a propósito, sem nada em termos de melhora, Maia tem que se preocupar em ser reeleito deputado federal pelo Rio - na eleição passada, foi o 29º colocado, entre 46, com pouco mais de 50.000 votos.] A maneira de neutralizar os concorrentes é mantê-los isolados, utilizando a força do governo federal e o poder do MDB para embaralhar e dificultar suas alianças. Essa movimentação vem sendo feita com relativo sucesso, mas irrita os antigos aliados, que percebem os movimentos de Temer.

Quando surge um nome alternativo fora da política nacional, como foi o caso de Luciano Huck, [o Brasil, especialmente à esquerda, tem um pouco de circo, mas, um 'animador de auditório' pretender a presidência da República é pegar pesado.] e pode voltar a ser o do prefeito de São Paulo, João Doria, o grupo palaciano comemora. É mais confusão para o PSDB e/ou DEM, que acabam divididos e paralisados pelo diversionismo. Huck já é carta fora do baralho, mas Doria está costeando o alambrado, como diria o falecido governador Leonel Brizola - PDT.

Mas não são apenas os adversários que têm problemas. O MDB continua dividido, embora Temer tenha muito mais poder para unificar a legenda com a caneta cheia de tinta. A velha aliança entre os caciques nordestinos da legenda e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já foi restabelecida, só não é irreversível porque o petista está inelegível e em vias de ser preso, além do fato de que o PT não tem a mesma força de antes, estando fora do poder. Temer, porém, precisa alavancar sua aceitação popular e vencer as resistências internas para ser candidato.

Em tese, o tempo correria contra o projeto continuísta do Palácio do Planalto, principalmente se a reforma da Previdência fosse derrotada na Câmara, o que decretaria o fim do seu governo. Com a mudança de agenda, esse divisor de águas evaporou. Temer não precisa se desincompatibilizar para concorrer e tem até agosto para decidir o que fará na eleição. Uma coisa é certa, mesmo que não seja candidato, o projeto de poder pode se manter com o lançamento de outra candidatura. O problema é saber quem vai se filiar ao MDB correndo risco de na hora agá não ser o candidato.

Luta de classes
A greve dos juízes federais anunciada ontem, em defesa do auxílio-moradia, é um tiro no próprio pé.
É recibo de papel passado do corporativismo da magistratura brasileira e abre a guarda para o recrudescimento das críticas aos juízes de primeira instância. Fragiliza principalmente os juízes responsáveis pelos processos da Operação Lava-Jato, que já estão sob forte ataque de advogados, políticos e até mesmo de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF).


Nas entrelinhas: Luiz Carlos Azedo

 

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

BADERNEIROS (rodoviários) param, sem aviso, e deixam população do DF sem ônibus, na SÉTIMA paralisação geral do ano - Rollemberg mais um vez deixa correr solto o transporte pirata

Rodoviários param e deixam passageiros sem ônibus no Distrito Federal

As paradas de ônibus de todo o Distrito Federal estão lotadas. Apenas os ônibus das cidades do Entorno do Distrito Federal estão circulando. O metrô funciona normalmente. 

[o transporte pirata está funcionando normalmente, inclusive efetuando parada na Rodoviária do Plano Piloto - área central.

Na vista da PM que tem ordem para não reprimir, mesmo os ladrões (pirata é sempre ladrão) cobrando R$ 10,00 por uma passagem que custa  R$ 5,00]

Os usuários do transporte público foram surpreendidos na manhã desta segunda-feira (28/8) com a paralisação de cinco empresas de ônibus. Pioneira, São José, Piracicabana, Urbi e Marechal, incluindo as linhas do BRT Gama e Santa Maria não saíram das garagens. As paradas de todo o Distrito Federal estão lotadas e todas as baias de ônibus da Rodoviária do Plano Piloto estão vazias. Apenas os ônibus das cidades do Entorno do Distrito Federal circulam. O metrô funciona normalmente. Segundo o Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal, a paralisação deve durar o dia inteiro ou ao menos até as empresas aceitarem receber os rodoviários.

Em Santa Maria, as paradas ficaram lotadas nas primeiras horas da manhã. No Recanto das Emas, Ricardo Pereira, 31 anos,  ficou 40 minutos e só conseguiu chegar ao trabalho porque conseguiu uma carona. "Me pegou de surpresa. Sei que estão no direito deles, mas para a gente que também é trabalhador e precisa de transporte também é complicado". Em Samambaia Norte, também não teve transporte público e, sem opção, alguns trabalhadores voltaram para casa.

[o GDF  entrou na Justiça pedindo a ilegalidade da greve - já que os baderneiros = rodoviários não avisaram com a antecedência determinada em lei de que entrariam em greve.
A Justiça considerou a paralisação ilegal, determinou que 70% da frota deve funcionar nos horários de pico e 50% nos horários normais sob pena do sindicato dos baderneiros ser multado em R$ 1.000.000,00 por dia; como é habitual os baderneiros dirão que não foram notificados - embora seja fácil, desde que haja interesse, localizar os diretores do sindicato - não pagarão um centavo de multa e fica tudo bem. O povo que se f ... .
Nunca o sindicato dos baderneiros do DF - oficialmente chamado de sindicato dos rodoviários - pagou uma multa aplicada pela Justiça.
No dia que pagar uma se enquadram.
Como sempre vão conseguir o aumento extorquido, as passagens serão aumentadas e o povo??? se f ... .
Caso as passagens não sejam aumentadas de imediato o governo aumenta o subsídio - usando dinheiro público - e o povo mais uma vez se f ... .
JÁ PASSA DA HORA do governo do DF deixar de covardia e trombar de vez com os rodoviários; basta seguir uma regra: eles não trabalham, eles não recebem pagamento.
Após uma semana desse 'cabo de guerra' além do pagamento continuar suspenso, as empresas começam a demitir - começam demitindo dez por dias e a cada dia dobrando.
Em no máximo 15 dias os baderneiros caem de quatro.]

Silvana da Silva, 47 anos, é moradora de Ceilândia e precisou pegar três vans para chegar ao centro de Taguatinga. Ela está desde às 5h30 da manhã tentando chegar no trabalho, que fica no Pistão Sul, por volta das 8h, ela cogitava pegar mais um transporte pirata para chegar até o seu destino . “Meu patrão está pensando que não vou trabalhar, mas vou fazer de tudo pra tentar chegar”, diz.

O auxiliar de produção, João Neto de 27 anos, também precisou recorrer ao transporte pirata para chegar no centro de Taguatinga. Ele conta que teve que pagar R$ 5,00 na passagem que, geralmente, custa R$ 3,00.

A diarista Francisca Riveiro, 40 anos, mora em Samambaia e está há 1h30 tentando solucionar a ida para o trabalho, no Mangueiral. "Se eu não trabalhar, não ganho dinheiro, pelo contrário, eu perco o que gastei para chegar até a rodoviária", lamenta. Não é a primeira vez que ela passa o sufoco que usuários de ônibus do DF costumam enfrentar quando há paralisação. "Já fiquei sem trabalhar uma semana por causa disso. No final do mês, sempre fico sem pagar alguma conta" disse. 


Em tempos de crise, ela reforça que já é difícil conseguir um trabalho e, quando consegue, é prejudicada por paralisações. Ela também é usuária do metrô que hoje também foi afetado pela paralisação dos rodoviários. As estações estão mais cheias. Em dias normais, ela leva 15 minutos da Samambaia para a Rodoviária. Hoje, foram 40 minutos para chegar. A solução será pedir para a chefe buscá-la. "Não gosto de fazer isso, pois atrapalha a vida de todo mundo. Mas é o jeito. Não dá para pagar transporte pirata, pois é caro", ressaltou.

Na quarta-feira (23/8), os rodoviários pararam por aproximadamente uma hora para uma assembleia no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha. A categoria reivindica reajuste de 10% nos salários, mais do que a majoração de 4% obtida na paralisação anterior, em julho. 

As empresas informaram terem sido pegas de surpresa e que os rodoviários receberam outra proposta de aumento de 4,5% no salário – mais reajustes relativos aos benefícios de alimentação (5%), plano de saúde (12%), odontológico (12%) e cesta básica (6%). A categoria não aceitou a proposta.

Faixas exclusivas de ônibus liberadas
Por causa da paralisação dos ônibus, as faixas exclusivas de ônibus estão liberadas até a meia-noite de hoje, exceto o BRT. Segundo o Departamento de Estradas e Rodagem do DF (DER-DF), o órgão vai acompanhar a movimentação da greve de ônibus durante todo o dia. A fiscalização das faixas exclusivas recomeçam quando a greve dos ônibus chegar ao fim. 


TCB funciona normalmente
A TCB foi a única empresa que não aderiu a paralisação e opera normalmente oito linhas. Os ônibus da empresa estão saindo nos horários previstos da Rodoviária do Plano Piloto para a Praça dos Três Poderes, STJ, TST, Píer 21, Shopping Popular, QGSMU, Rodoviária Interestadual e aeroporto, além das linhas rurais.

Fonte: Correio Braziliense


terça-feira, 2 de maio de 2017

Lula e Dilma festejam a greve contra a reforma que defenderam

A dupla sempre soube que a curva desenhada pelo crescimento da expectativa de vida tornou irremediavelmente grisalha a legislação

Em março deste ano, Lula saiu das catacumbas do Instituto que ganhou de empresas às quais prestou serviços indecentes e foi para a Avenida Paulista berrar bobagens contra as reformas propostas por Michel Temer. Sem ficar ruborizado, o ex-presidente disse à plateia amestrada o contrário do que afirmou no vídeo acima, gravado em 2015. Neste 28 de abril, faltou-lhe coragem para dar as caras nas ruas e juntar-se aos festejos do Dia Nacional da Vadiagem. Distante de pneus em chamas, ônibus incendiados, piquetes selvagens e black blocs fora da lei, aplaudiu “o sucesso da greve geral” concebida para barrar reformas que considerou indispensáveis e urgentes há menos de dois anos.

Como atesta o vídeo, Lula sabe que a curva desenhada pelo crescimento da expectativa de vida tornou irremediavelmente grisalha a legislação previdenciária e outros papelórios aposentados pela passagem do tempo. “A gente morria com 60 anos de idade, com 50 anos de idade, agora a gente tá morrendo com 75″”, compara na gravação acima. “Você não pode ficar com a mesma lei que você tinha feito há 50 anos atrás”, rendeu-se. “É preciso que você avance”.

Por falta de convites para aparições públicas, também Dilma Rousseff aderiu à greve entrincheirada na sala de visitas do apartamento em Porto Alegre. “Nesses dias difíceis, a luta pela democracia e a defesa das conquistas sociais são dever de todos nós”, caprichou em dilmês erudito a pior governante desde o Descobrimento. “O povo brasileiro foi às ruas para dizer que não aceita a perda de seus direitos”. O neurônio solitário revogou o o que disse em janeiro de 2016 e eternizado no vídeo: “Cê tem várias formas pra encarar a questão da Previdência”, começou o falatório que completa o vídeo. “Os países desenvolvidos, todos eles, buscaram aumentar a idade de acesso, a idade mínima para acessar a aposentadoria. Tem esse caminho”.

A colisão frontal das discurseiras confirma que o casal que destruiu o país não tem compromisso com o que diz. A supergerente de botequim e o pregador de missa negra mentiram antes ou estão mentindo agora? Qual é a Dilma que vale? Qual é o Lula que vale? Simples: nenhum dos dois vale nada.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes - VEJA
 

quinta-feira, 30 de março de 2017

Greve dos porfessores - MPDFT recomenda corte de ponto de professores grevistas

Ministério Público do DF recomenda corte de ponto de professores grevistas

Casa Civil informou que o corte no ponto está sendo aplicado desde o início do movimento grevista, há quinze dias 

[resta saber se procede a informação da Casa Civil e se exigir que a multa diária imposta ao Sinpro - sindicato que coordena os baderneiros que se chamam professores e perturbam  o andamento normal do ano letivo e causam tumulto no trânsito em Brasília (no tumulto do trânsito, prejudicando milhares de motoristas, os baderneiros são ajudados pelas autoridades da 'segurança pública'  do DF que a única coisa que sabem fazer é bloquear o trânsito, medida que ajuda os baderneiros) seja realmente cobrada, ocorra a execução e se necessário a penhora dos bens daquele sindicato..]

 
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDF) recomendou à Secretaria de Educação corte do ponto e não pagamento dos dias parados dos servidores que aderiram à greve. O MP recomendou, ainda, que seja garantido aos professores não grevistas o direito de trabalhar. As orientações estão em documento expedido na última terça-feira (28/3). A Casa Civil afirmou que desde o início da greve o ponto está sendo cortado. Além disso, informou que só vai pagar os dias não trabalhados depois que os professores repuserem as aulas. 
De acordo com o MPDFT, a ouvidoria do órgão recebeu denúncias de que professores, que não aderiram ao movimento, estariam sendo impedidos de trabalhar pelos colegas grevistas. Alunos também estariam sendo dispensados indevidamente para não assistir as aulas dos professores que querem trabalhar. No documento consta que “o direito à greve não pode se sobrepor ao direito educacional de milhares de estudantes da rede pública do Distrito Federal, causando prejuízos irreversíveis”. 

Em 24 de março, a Justiça do Distrito Federal considerou a greve abusiva e determinou que os professores voltem ao trabalho, sob pena de corte de ponto e multa diária de R$ 100 mil. Também já existe entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a administração pública deve descontar do pagamento dos servidores os dias não trabalhados em virtude de greve.
A Casa Civil do Distrito Federal informou que o corte no ponto está valendo desde o início da greve, em 15 de março, e será lançado no pagamento no quinto dia útil de abril. "O governo está cumprindo e cumprirá as recomendações do Ministério Público, garantindo o acesso dos alunos às salas de aula e o corte do ponto dos professores", diz a nota da pasta. A Casa Civil afirmou, ainda, que se os professores repuserem as aulas, os dias poderão ser pagos. [a reposição tem que ser fiscalizada, já que o normal é ocorrer uma farsa, os professores fingem que estão fazendo reposição, os alunos silenciam e mais uma vez a sociedade é fraudada - desta vez por uma categoria que tem a obrigação de bem educar os jovens.]
O diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro) Claudio Antunez disse que a categoria não sabe se o ponto está sendo cortado e que só terão a confirmação no próximo pagamento. "Infelizmente, se o GDF acha que o corte de ponto assusta os professores está cometendo um equívoco. O que vai terminar com a greve é a negociação", disse o diretor. 
Sobre a denúncia do MPDFT de que professores que não aderiram a paralisação estavam sendo impedidos de trabalhar, Claudio disse que o Sinpro não sabe o que está acontecendo nas escolas e não pode comentar. "Estamos realizando atos na Rodoviária, na Esplanada e nas ruas. Então, não sabemos o que está acontecendo nas escolas", frisou. 
A greve 
A paralisação faz parte de uma série de manifestações, agendadas pelos profissionais da educação em todo o país, contra a Proposta de Emenda Constitucional nº 287/2016 (PEC da Previdência). O documento estabelece novas regras para a aposentadoria, como a exigência de idade mínima de 65 anos para o recebimento integral do benefício, além de 49 anos de contribuição com a Previdência Social.

Fonte: CB

sábado, 11 de março de 2017

Temer merece apanhar delas

Temer quebrou tudo com suas mesuras machistas e homenagem sincera às mulheres de avental sujo 

Obrigada, presidente Michel Temer. O senhor conseguiu dar um sentido indiscutível ao Dia Internacional da Mulher. Seu discurso conseguiu unir as mulheres. Sua fala deu novo alento ao feminismo brasileiro. Foi um alerta: o preconceito mais perigoso é aquele disfarçado pelo elogio canhestro e paternalista. Foi muito mais que uma gafe, Temer, porque é assim que o senhor pensa, é só lembrar como escolheu seu Ministério de homens ao assumir o Poder. Não vamos deixá-lo esquecer tão cedo o que disse no dia 8 de março de 2017. [a preferência de Temer por homens em seu Ministério se justifica: ele assumiu herdando o maior desastre já sofrido pelo Brasil - não só na área econômica - e que foi causado por uma mulher.]

Temer se comove com nossa dedicação ao país. Somos responsáveis pelos “afazeres domésticos” e pela formação dos filhos porque,  “seguramente, quem faz isso não é o homem, é a mulher”. O homem, segundo o presidente, é um zero à esquerda no lar, também como pai. A mulher é importante não só como mãe e dona de casa. “Na economia, a mulher tem grande participação. Ninguém é mais capaz de indicar os desajustes de preço no supermercado do que a mulher. Ninguém é capaz de melhor detectar as flutuações econômicas do que a mulher, pelo orçamento doméstico.”

Que falta total de sintonia com a sociedade no século XXI, Temer. E nem dá para culpar os assessores, que se apressaram a dizer que foi improviso do presidente, um “caco” no discurso preparado. Quebrou tudo com suas mesuras machistas, com sua homenagem sincera às mulheres de avental todo sujo de ovo. Avental sujo?  “Tenho convicção do quanto a mulher, pela minha criação, pela Marcela, faz pela casa, pelo lar, pelos filhos.”

Que fique claro. Mulheres não são um blocão que pensa em uníssono. Nem mesmo o 8 de março é unanimidade entre nós. É importante ou uma bobagem? Serve como reflexão, atitude  – ou é uma data que “discrimina” a mulher ao colocá-la à parte do mundo? Quando levou bordoadas justas, ao escolher só ministros brancos “por mérito”, Temer prometeu buscar alguém do “mundo feminino”. Uma leitora escreveu que Temer deve ter vindo de Marte. Desconhece o que se passou no planeta Terra nos últimos 100 anos.

Não preciso listar a contribuição da mulher para o progresso do mundo. O preconceito dói, mas pode fortalecer. Todas nós sofremos em algum momento o preconceito, velado ou escancarado. Bem pior para as negras e mulatas (“afro-brasileira”, para mim, é termo racista). O filme Hidden figures, traduzido toscamente para Estrelas além do tempo, mostra como matemáticas e engenheiras negras ajudaram com seus cálculos e brilho a colocar um americano na Lua. Senti emoção e raiva diante do preconceito duplo, de gênero e cor. E não pense que é coisa do passado. Uma bolsista negra de 17 anos foi hostilizada na semana passada no campus da Fundação Getulio Vargas de São Paulo. Um homem branco gritou: “Negrinha aqui, não!”.
Mulheres não pensam igual. Elas convocaram greve internacional no 8 de março. Greve de trabalho, amor e sexo? Ah não, digo eu, tô fora. Ah sim, disseram e marcharam muitas outras. Não existe certo ou errado. Recebi mensagens (de homens) no celular com a imagem de Maria, Nossa Senhora, “modelo de mulher perfeita”. Obrigada, mas não. “Ni santas ni putas”, dizem as espanholas, e eu apoio. 


Cotas na política – será? Fiu-fiu não significa assédio para todas. Rosas ou gestos cavalheiros, como abrir a porta, despertam reações opostas. Há sempre controvérsias e assim deve ser. Mulher discute tudo, de fidelidade a turbante. De aborto a depilação. De parto normal a moda. De política a culinária. Com veemência. Emma Watson pode ou não mostrar os (lindos) seios e continuar feminista? É muita patrulha, de mulher para mulher. Existe muita mulher machista, contra a autonomia feminina. E contra a autonomia masculina.

O gênero não determina a ideologia ou o voto. Não se vota com a..., não é? Votamos com nossa convicção, educação, informação e esperança. Em tempos modernos de Theresa May, Marine Le Pen, Cristina Kirchner e Dilma Rousseff, está claro que mulher no Poder não é garantia de nada. Nem de economia forte e preços estáveis. Ou de mais creches, mais estrutura para a chefe de família e mãe solteira, mais empregos qualificados e menos desigualdade em casa e no trabalho. Ou menos autoritarismo com suas equipes. Não é tampouco garantia de discursos que façam sentido.

Temer conseguiu nos unir contra ele. Na indignação e no humor nas redes sociais. Carla Gullo:  “Meninas, já foram conferir os preços dos supermercados hoje?”. Vicky Fantin: “Tô me arrumando. Vou fazer escova, maquiagem, passar perfume, colocar um vestidinho belo, recatado e do lar, pegar minha prancheta, encontrar as comadres e ir. Tá achando que é fácil contribuir pro andamento do mundo?”. Adriana Souza e Silva: “Meu marido não liberou o cartão hoje e nem me deixou sair de casa”. Não está fácil contribuir, Temer, mas a gente chega lá. Apesar de você.


Fonte: Ruth de Aquino - Época

 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Anistia a PMs em greve seria risco para a democracia

No Espírito Santo, apesar da volta de alguns policiais, maioria continua aquartelada. Número de homicídios no estado passa de 140, segundo Sindicato de Policiais Civis

Em meio aos problemas provocados pelas greves de policiais militares no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, é importante o recado que foi dado pelo governo federal no fim da semana passada. O ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, responsável pela articulação política, disse que o Palácio do Planalto mobilizará a base aliada no Congresso para vetar qualquer projeto que proponha anistia aos PMs amotinados. “É importante deixar isso claro, pois há movimentações iludindo pessoas que estão em greve como se fossem escapar de uma penalização”, afirmou Imbassahy. [antes da anistia ser discutida no Congresso é necessário que ocorram punições aos policiais militares aquartelados - situação que não configura greve, motim ou revolta: não é greve devido um detalhe insignificante, que é o fato dos policiais em momento algum terem se declarado em greve.

Não é motim ou revolta, já que não consta nenhum PM recebeu ordem para sair as ruas para os serviços de policiamento; caso tal ordem tenha sido emitida, restaria ao policial alegar falta de condições de cumpri-la tendo em vista o bloqueio das saídas do quartel, cabendo ao autor da ordem determinar ao subordinado o uso dos meios necessário para superar o bloqueio.
NÃO HOUVE a ordem de saída para policiamento nem a de usar os meios necessários para superar o bloqueio.

Os boateiros de plantão a serviço do governo tentam com boatos exercer pressão psicológica sobre ao aquartelados, mas, nada disso adiante, tendo em conta que no IPM em andamento tudo será apurado, as eventuais desobediências devidamente individualizadas, e provadas, denúncia e as punições cabíveis.

Tudo em rigorosa consonância com o 'estado democrático de direito'. Afinal, dizem que vivemos sob tal estado ou ele é válido apenas para punir os menos favorecidos?
Só após havida as expulsões - em alguns casos por medida administrativa e em outros via decisão judicial é que cabe se cogitar de anistia.

Falar em anistia agora é o mesmo absurdo que cogitar de anistiar os que praticaram o ato que é chamado de 'caixa 2' em eleições passadas;
na ocasião 'caixa 2' não era crime e portanto desnecessária anistiar quem não cometeu crime.
agora é que o SEM NOÇÃO do senador Edison Lobão - ironicamente presidente da CCJ do Senado declara que anistia ao 'caixa 2' é constitucional; afirmação foram de qualquer bom senso, já que não há crime a ser anistiado, perdoado, esquecido.]
 
De fato, a esta altura, qualquer aceno de anistia aos PMs em greve — que afrontam o estado democrático de direito — poderia soar como estímulo a movimentos semelhantes.  O alerta torna-se ainda mais importante quando se sabe que há precedentes no Congresso. Em 2011, bombeiros do Rio fizeram paralisações e uma série de protestos — num deles, 439 foram presos após invadirem o quartel-general da corporação —, que afetaram duramente a rotina da cidade. Naquele mesmo ano, cerca de mil PMs e bombeiros em greve ocuparam a Assembleia Legislativa do Maranhão. Também em 2011, policiais militares e bombeiros do Ceará paralisaram suas atividades.

Apesar dos danos à população provocados por esses movimentos, em outubro de 2011 a então presidente Dilma Rousseff sancionou lei aprovada pelo Congresso perdoando policiais militares e bombeiros que participaram de greves em 13 estados — entre eles o Rio — e no Distrito Federal. Não demorou para que, em fevereiro de 2012, policiais militares da Bahia entrassem em greve. Movimento que se repetiu em 2014. Em ambos os episódios, o número de assassinatos no estado disparou.

Ontem, no décimo dia de greve dos policiais do Espírito Santo, a vida começou a voltar à rotina, após a desordem da semana passada. Escolas retomaram o funcionamento, o comércio abriu, e os ônibus circularam. Mas, apesar de o governo ter informado que parte dos grevistas retornou às ruas, a maioria dos policiais continua aquartelada, e o patrulhamento é feito principalmente pela Força Nacional, pelo Exército e pela Marinha. O número de assassinatos no estado nesse período já passa dos 140, segundo o Sindicato dos Policiais Civis.

No Rio, onde a paralisação dos policiais é parcial, o movimento, que entrou ontem em seu quarto dia, também preocupa. Ontem, a pedido do governador Luiz Fernando Pezão, o presidente Michel Temer autorizou o uso das Forças Armadas para auxiliar o policiamento nas ruas.  Hoje, vê-se o estrago causado pela anistia a policiais e bombeiros grevistas, no passado. Não se pode transigir em qualquer afronta à lei, tampouco à Constituição federal. Leniência diante de movimentos grevistas de servidores públicos armados é um enorme risco para a sociedade e a democracia.

Fonte: Editorial - O Globo

 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

De onde vêm as palavras: Greve das mulheres de Atenas e Vitória

As gregas fizeram a greve delas, mas as brasileiras obrigaram os maridos a fazer outra greve, proibida pela Constituição

As esposas dos policiais do Espírito Santo, estas novas “mulheres de Atenas”, cansadas de outra guerra, mostraram ser boas alunas de Lisístrata, uma personagem do grego Aristófanes. Na peça, ela lidera uma greve de sexo em 411 a.C., com o propósito de pôr fim às hostilidades que estavam arruinando a Grécia ontem. Hoje, outras guerras devastam o Brasil. Lisístrata significa em grego “desorganizadora do exército”, papel que não foi cumprido por nossas Lisístratas…
Cerca de cem mulheres se reuniram em frente ao 10˚ Batalhão da Polícia Militar, em Guarapari, no Espírito Santo, para pedir melhoria de salários condições de trabalho da PM capixaba - 04/02/2017 (Vinícius Rangel/Estadão Conteúdo)

Há muitas outras diferenças que separam as antigas gregas das capixabas nesses mais de 2.400 anos. As divergências começam pela greve, que não foi das espírito-santenses e não foi de sexo. As gregas fizeram a greve delas, mas as brasileiras obrigaram os maridos a fazer outra greve, proibida pela Constituição. Assim procedendo, transformaram seus cônjuges em amotinados. Nós precisamos dar às coisas os nomes que as coisas têm e pelos quais são conhecidas. Greve é uma  coisa, motim é outra.

As capixabas não fizeram greve, palavra vinda do Francês grève, nome de uma praça forrada de areia às margens do rio Siena, em Paris, onde trabalhadores se reuniam para reivindicar seus direitos, interrompendo o trabalho.  As mulheres dos policiais amotinados foram designadas abundantemente na mídia por “mulheres”, nem “esposas”, nem “senhoras”. Esta sutileza diz muito dos lugares atribuídos à mulher na sociedade brasileira. E às vezes os conceitos e os preconceitos vêm tão escondidos que requerem uma leitura da estrutura profunda onde se homiziaram.

A palavra mulher veio do Latim mulier para o Português e tornou-se hegemônica sobre seus sinônimos para designar o feminino de homem, mas há complexas variações no uso dos sinônimos quando a mulher é referida em outros contextos.  Lembremos que a matriz latina de mulier para designar o mundo feminino é substituída quando a mulher recorre a médicos ou médicas ginecologistas  para um exame  ginecológico  ou para fazer uma ginecoplastia.  Daí o étimo é o Grego gynaikós, equivalente a “mulier” e “femina” no Latim.

Desde sempre as mulheres têm desempenhado papel importante em momentos decisivos de nossa História. No real, de que são exemplos Ana Quitéria,  Bárbara Heliodora, Chica da Silva e Anita Garibaldi, entre muitas outras. E no imaginário com obras artísticas e literárias famosas, como as três personagens emblemáticas de Jorge Amado, títulos de grandes romances: Gabriela Cravo e Canela, Teresa Batista Cansada de Guerra e Tieta do Agreste.

Mas, como, segundo Hegel, a História só se repete como farsa, desta vez as senhoras do Espírito Santo, esposas de militares, representaram uma farsa e deram ao mundo mais um exemplo do jeitinho brasileiro: seus esposos as contrataram e terceirizaram a greve! [só que as mulheres dos militares não fizeram greve, o que elide a alegada terceirização; elas apenas bloquearam as saídas do quartel e não existe nenhuma forma de considerar tal ato uma greve.
Não existe o menor ampara para alguma instância judicial considerar greve a conduta das mulheres capixabas.] Com tal procedimento, disfarçaram o motim, que tem punições muito mais rigorosas do que a greve.


Transcrito da Coluna do Augusto Nunes

 

 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Direto de presos receberem visitas, só atrapalha

Greve de agentes penitenciários afasta visitantes em Bangu

Parentes de detidos não compareceram aos presídios na manhã desta quarta-feira

- A diferença era notória às portas do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, no início da manhã desta quarta-feira. Onde estariam posicionadas longas filas de visitantes, não havia ninguém no local. Isso porque, depois do primeiro dia de paralisação dos servidores dos sistema penal, visitantes desistiram de vir ao complexo de presídios. 

Nesta terça-feira, a entrada dos visitantes no complexo não foi permitida. Os comerciantes da região estranharam o cenário diferente do normal nesse dia. — Hoje (quarta-feira) e amanhã são os melhores dias do movimento — disse um comerciante, que pediu para não ser identificado. 

[Para manutenção da disciplina nos presídios é indispensável que o Governo Temer adote com urgência as seguintes medidas:
- visitas: dois visitantes no máximo a cada 15 dias - repetição de visitante, a cada três meses; 
- qualquer indisciplina do preso será punida com até 90 dias sem visita;
- sem visita íntima - o preso se desejar que se satisfaça por seus próprios meios e tendo como 'estimulante' a certeza que a companheira gozando da liberdade está se satisfazendo com outros homens;
-  preso que queimou colchão, a qualquer pretexto, será punido tendo que dormir no chão por um período não inferior a trinta dias e os que destelham pavilhões serão punidos permanecendo no pavilhão destelhado por um período não inferior a trinta dias - ambas as punições serão aplicadas sem levar em conta as condições climáticas.
Pode não resolver, mas, já melhora.
A FILOSOFIA A NORTEAR a administração penitenciária é a de que 'bandido bom é bandido morto' e 'cadeia é local de castigo, punição e não de diversão'.

Os agentes penitenciários reivindicam o pagamento do salário de dezembro do ano passado, além do décimo terceiro. Eles pleiteiam ainda melhorias das condições de trabalho, pois os presídios encontram-se superlotados e não houve aumento de efetivo. Grande parte dos comerciantes que, em condições normais, estariam a todo trabalhando muito, não abriram as portas.  — A gente entende as reivindicações dos agente. É difícil mesmo. Mas aqui está tudo fechado porque não veio ninguém — disse outro homem.
Um carro da PM ficou posicionado em frente ao Complexo de Gericinó.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio de Janeiro, Gutenberg de Oliveira, avaliou com positivo o movimento grevista. — A paralisação foi perfeita. Nós fizemos aquilo que determinamos em assembleia. Em Bangu, a adesão foi de 100%. Assim como em Japeri, Magé e Niterói. Mas em outras unidades não funcionou tão bem, por conta de alguns ajustes do comando de greve. A resposta do movimento foi contundente — comentou.

Gutenberg também reclamou das péssimas condições de trabalho: — A greve não se dá apenas pela falta de salário, mas também pela falta do décimo terceiro, além de estrutura e condições de trabalho. Temos o direto ao porte de armas para a nossa defesa pessoal (para usar fora dos presídios). Precisamos de coletes balísticos para a categoria. Precisamos de uma reestruturação que atenda às necessidades dos agentes penitenciários do Rio.

Segundo ele, a categoria decidiu em assembleia levar o movimento até o dia 23. Sobre o depósito do salário de dezembro anunciado para esta quarta-feira pelo governo, Gutenberg disse que ainda há dívidas.  — Faremos uma avaliação do movimento e decidiremos em nova assembleia se continuamos. O governo não fez mais do que cumprir o seu dever e nós queremos que ele continue fazendo isso. Ou seja, pagar o décimo terceiro que também é salário. Só com o salário de dezembro a categoria permanece em greve.

Sobre o dia sem visitantes na porta do complexo, ele analisou:  — Os visitantes e os presos sabem que o nosso movimento reivindicatório é justo e forte. Todos os veículos (de comunicação) mostraram que estamos em greve. E a greve é séria. Era a necessidade da categoria de mostrar para governo a nossa realidade, e ele se sensibilizar com a responsabilidade dele. Dia 23, na assembleia, nós decidiremos pela prorrogação do movimento ou não.

LIBERTAÇÃO DE JOGADORES DO CORINTHIANS
Também na porta do presídio estava o advogado de um dos torcedores presos na unidade, após o episódio de violência em outubro do ano passado, em uma confusão envolvendo policiais militares e torcedores.

De acordo com Gaspar Osvaldo da Silveira, que chegou ao local ainda na noite desta terça-feira, o oficial de justiça já cumpriu o alvará de soltura dos 26 torcedores do Corinthians que estão encarcerados. Ele alega que a medida ainda não foi cumprida "por questões de segurança e também pela greve dos agentes".
Ele, que representa apenas um dos torcedores, afirmou que foi concedida a liberdade provisória aos torcedores, que responderão ao processo fora da cadeia.


Fonte: O Globo

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Tem que acabar com visita de presos. Só serve para entrar drogas, armas e celulares

Visita de presos sofre alteração com greve dos agentes penitenciários

Será autorizada apenas a entrada de duas visitantes por detento. A prioridade será para mãe, mulher ou companheira que já estejam cadastradas. Não está autorizada a entrada de homens e menores de 18 anos no Complexo Penitenciário

A greve dos agentes de atividades penitenciárias do Distrito Federal fez com que a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) alterasse o procedimento de visita aos presos do sistema penitenciário. Nesta quarta (2/11) e quinta-feira (3/11) será autorizada apenas a entrada de duas visitantes por detento. A prioridade será para mãe, mulher ou companheira que já estejam cadastradas. Não está autorizada a entrada de homens e menores de 18 anos no Complexo Penitenciário da Papuda. Já na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, os dois visitantes poderão ser de qualquer sexo.

Policiais militares e civis farão a segurança e o horário permanece das 9h às 15h. Em razão do procedimento, a Sesipe também não vai permitir pessoas entrarem com sacola e as senhas para a visita podem ser retiradas apenas no sistema on-line. Por essa razão, o órgão garantiu que não será necessário dormir na fila, porque está sendo providenciado a atualização e liberação do link na internet.

Além disso, não será recebido nem analisado documentos de cadastro de visitantes, roupas e outros objetos. De acordo com a Sesipe, essas adaptações “são necessárias para garantir o acesso dos visitantes com segurança até que a greve seja finalizada.”
 

Fonte: Correio Braziliense

 

 

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

O DETRAN-DF tem que ser contido; seus funcionários não podem prejudicar a população para obter melhorias salariais

Último dia para pagar IPVA tem greve do Detran e bancários

De acordo com o Detran-DF, mais de 500 mil carros estão sem o novo documento

Mais de meio milhão de carros estão irregulares no DF. A única opção para pagamento do imposto, os bancos, estão de greve. 

[ATENÇÃO: além da opção de pagar nos caixas automáticos - com filas enormes e sujeitos a sabotagem que reduzem em muito sua capacidade de atendimento, tem uma opção extremamente eficaz: pagar via internet, acessando o site da Secretaria de Fazenda do DF
 - http://www.fazenda.df.gov.br/area.cfm?id_area=40
você emite guia atualizada do IPVA, paga no site do seu Banco, sem passar nem perto do site do DETRAN - onde tudo emperra.

Claro que se tiver multas complica um pouco já que no site acima tem apenas um link para o DETRAN-DF.

Mas, convenhamos pessoal que quem tem carro precisa ter o cuidado de evitar cometer infrações de trânsito e evitar deixar o IPVA para a última hora.
Vale lembrar que possuir carro não é só colocar combustível, existe outras necessidades a ser supridas.
Boa sorte, mas se a pendência for só o IPVA há grandes chances de resolver de casa mesmo.
Contamos também com o bom senso da direção do DETRAN-DF e a prorrogação do prazo para fiscalização.
Caso você não encontre outra forma de se livrar do risco de apreensão do seu veículo - o que vai resultar em fortalecimento da sacanagem que os funcionários do DETRAN-DF querem fazer a com a população, ainda tem um jeito: FAÇA UM SACRIFÍCIO E NÃO USE SEU CARRO NO FINAL DE SEMANA. 
Tenha presente que mesmo sendo justa a reivindicação dos servidores - de repente é absurda mas justa -  do DETRAN-DF, eles, nem nenhuma outra categoria tem o direito de sacrificar a população para defender seus interessas.]
 
Esta sexta-feira (30/9), promete ser sinônimo de dor de cabeça para quem deixou para a última hora o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2016. Os agentes do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) resolveram parar, reivindicando uma série de melhorias para a categoria. A questão é que, segundo levantamento atualizado do órgão fiscalizador, mais de 500 mil carros estão sem o novo documento, o de 2016. Essas pessoas terão de buscar outras maneiras de efetuar o pagamento. Caso contrário, correm o risco de serem multados em R$ 191 mais a retenção do veículo. Isso porque os agentes fiscalizadores descruzam os braços logo na manhã deste sábado (1º/10) e promete arrochar na cobrança do novo documento.


Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Detran confirmou o início da fiscalização para 1º de outubro. Ainda segundo o texto, "direção-geral do Detran analisará se há a necessidade de alteração da data". Os veículos irregulares estarão sujeitos a uma despesa extra, de, no mínimo, R$ 524,54 relativos à multa, guincho, diária no deposito, vistoria e serviços de liberação do veículo. Atualmente, existem 1.696.619 veículos registrados no DF. Desses, 533.831 não possuem o documento do veículo de 2016. Mais de 130 mil não regularizam a situação há 10 anos. Os que estão de maneira irregular há cinco anos é menor: cerca de 125 mil. O número de veículos que mantêm os documentos irregulares há três anos é de 82 mil. Os motoristas que licenciaram o documento em 2015, mas este ano não fizeram o mesmo é de quase 195 mil.

A expectativa do GDF é arrecadar com o imposto até R$ 882 milhões até o fim de 2016. Os recursos devem ser destinados à manutenção de vias, campanhas de educação de trânsito, para pagar servidores e abastecer hospitais e escolas.


[repetimos:  a solução mais simples para 'quebrar as pernas' da turma do apito  - funcionários do DETRAN-DF que querem usar o sacrifício da população para satisfazer sua ganância. Solução simples: adia por dez dias a fiscalização exigindo IPVA em dia e a turma perde a principal arma - que na realidade não atinge o Governo e sim a população.  

Quanto aos bancários (outra categoria que quer melhoria salarial sacrificando os mais pobres) o Governo deve manter a postura de não ceder, suspender o pagamento de salários, dividir a CEF (vendendo a parte bancária para bancos privados e o restante transformando em IMOBILIÁRIA) e eles aprenderão a respeitar a população que utiliza os serviços bancários. Os bancos existem para ser usados pela população e não para que os bancários usem a população para extorquir vantagens.

Os rodoviários formam outra categoria que deve ser convencida de que prestam um serviço público para a população e aprenderem a não usar a população para impor sua ganância.]

TABELA DE SERVIÇOS DO DETRAN

 
Fonte: Correio Braziliense