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terça-feira, 2 de agosto de 2022

Associação de aleitamento materno recomenda termo ‘leite de pai’: ‘Inclusão’

  Cristyan Costa

Ideia de organização norte-americana é não ter preconceito com pessoas trans 

A Academia de Medicina de Aleitamento Materno dos EUA publicou um novo guia para a inclusão de pessoas trans. Trata-se de um manual aconselhando hospitais e profissionais de saúde a mudarem termos técnicos tradicionais.

Conforme o documento, profissionais da saúde tem de optar pelos termos “leite de pai” e “leite humano” para se referirem ao “leite materno”. Embora as instruções tenham sido publicadas em julho de 2021, voltaram a circular nas redes sociais nesta semana, sobretudo depois da pressão do governo Joe Biden pela transição de gênero infantil e proteção de direitos da comunidade LGBT+.

Entre outros termos sugeridos pela associação de aleitamento materno estão “pai gestacional”, em vez de “mãe”, e “pessoa lactante”, em vez de “mãe que amamenta”.

Em 2020, a academia publicou um comunicado informando: “Reconhecemos que nem todas as pessoas que dão à luz e lactam se identificam como mulheres e que alguns indivíduos não se identificam como mulheres nem como homens”.

A papelada também estabelece que “o uso de linguagem sexuada ou inclusiva de gênero é apropriado em muitos ambientes” e pede que “estudos futuros incluam categorias de gênero mais amplas e incluam informações sobre terapias hormonais e cirurgias para pacientes transgêneros”.

Leia também: “Biden e a bandeira do orgulho gay”, artigo de Frank Furedi publicado na Edição 118 da Revista Oeste

Revista Oeste 

 

quinta-feira, 14 de julho de 2022

A Alemanha “verde” se prepara para acender as fornalhas - Revista Oeste

J.D. TUCCILLE, da Reason

Desejos e pó mágico para criar uma utopia verde acabaram gerando pedaços de carvão 

 De alguma forma, a Alemanha, um país onde o governo está fortemente comprometido com a energia limpa, está se preparando para acender as usinas de energia a carvão
O movimento é ainda mais impressionante considerando que representantes do governo teimam em não reativar as mofadas usinas nucleares, ou mesmo reconsiderar o calendário para aposentar as que continuam ativas. 
É uma situação espantosa para uma nação que muito recentemente anunciou que logo atenderia a todas as suas necessidades de energia com luz do sol e brisas de verão.


sábado, 18 de junho de 2022

Lula pediu a FHC que libertasse sequestradores de Abílio Diniz

Revista Oeste

Segundo o petista, a liberação dos criminosos foi intermediada pelo senador e ex-ministro da Justiça Renan Calheiros (MDB) 
 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou, na sexta-feira 17, que pediu ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) a libertação dos responsáveis pelo sequestro do empresário Abílio Díniz.

O caso relatado pelo petista teria ocorrido em 1998, quase dez anos depois de Diniz ter sido alvo dos criminosos, em 1989. Entre os sequestradores, estavam argentinos, chilenos, canadenses e um brasileiro. “Havia dez brasileiros presos”, disse Lula, em evento de pré-campanha realizado em Maceió (AL). “Foram presos em 1989, naquele sequestro do Abílio Diniz. Esses jovens ficaram presos por dez anos. E houve um momento em que fui conversar com Fernando Henrique, porque eles [os criminosos] estavam em greve de fome. Eles iriam entrar em greve seca, em que você fica sem comer nem beber. Aí, a morte seria certa.” [opinião sincera: se entrassem em greve seca, convidassem o descondenado petista e essa aceitasse, o mundo ficaria bem melhor.]

Em razão da greve, o petista intercedeu pelos sequestradores. “Então, fui procurar o ministro da Justiça, Renan Calheiros [MDB]. Ele disse: ‘Lula, vai conversar com Fernando Henrique, porque tenho toda a disposição para soltar o pessoal’. Falei para o FHC: ‘Fernando, você tem a chance de passar para a História como um democrata — ou como um presidente que permitiu que dez jovens, que cometeram um erro, morram na cadeia. Isso não apagará nunca.”

Segundo Lula, para libertar os criminosos FHC pediu a ele que os convencesse a acabar com a greve. “Fui até a cadeia, em 31 de dezembro, para conversar com os meninos. Falei: ‘Olha, vocês vão ter de dar a palavra para mim. Terão de garantir que vão acabar com a greve de fome. E vocês serão soltos’. Eles respeitaram a proposta e pararam a greve de fome. Não sei onde eles estão agora”, disse o petista.

Apesar de Lula se referir aos sequestradores como “jovens” e “meninos”, todos eram maiores de idade. David Robert Spencer e Christine Gwen Lamont, ambos canadenses, tinham 38 e 41 anos, respectivamente. Os irmãos argentinos Humberto Paz e Horácio Paz, responsáveis pelo planejamento do sequestro, tinham 34 e 39 anos. Ulisses Acevedo, 33 anos; Maria Marchi Badilla, 43; Pedro Lembach e Héctor Collante, ambos com 35; e Sergio Urtubia, com 34 anos, fecham a lista dos chilenos sequestradores. Raimundo Roselio Freire, o único brasileiro da lista, tinha 24 anos de idade.

O sequestro
Abílio Diniz foi sequestrado em 11 de dezembro de 1989. Numa entrevista ao podcast Flow, ele deu detalhes dos seis dias em que permaneceu em cativeiro. “Na casa em que fiquei tinha um buraco, tipo um porão, e uma escadinha”, contou. “Dentro deste porão eles construíram um caixote grande e me puseram dentro dele”. Essa caixa tinha uma fechadura e era trancada por fora. “Fizeram um buraco em cima desse caixote, puseram um cano e um ventilador do lado de fora”, lembrou. “Esse era o ar que vinha de fora.” O empresário contou que não conseguia ficar totalmente de pé e se esforçava para pegar ar. “Tinha certeza de que iria morrer”, afirmou. “Para poder respirar melhor eu precisava me levantar, encostar o nariz no cano e puxar o ar”.

O local também tinha um dispositivo de luz e de som usado para torturá-lo. “Puseram um controle de luz, às vezes deixavam tudo escuro, às vezes mais claro, às vezes tudo claro. E música alta. Era para me deixar meio enlouquecido”. Os sequestradores pediam US$ 30 milhões para libertá-lo.

Diniz foi solto em 17 de dezembro, depois de um cerco policial que durou 36 horas. No início de 1999, os estrangeiros que ainda estavam presos foram extraditados. O brasileiro recebeu indulto.

Leia também: “FALA MAIS, LULA!”, artigo de Augusto Nunes publicado na Edição 107 da Revista Oeste


segunda-feira, 7 de março de 2022

Caso Brasil Paralelo: a censura como fraqueza - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo

Em meio ao tema dominante do momento, a guerra provocada por Putin e seu imperialismo, eis que um assunto um tanto local ganhou destaque nas redes sociais. Querem impedir a exibição do documentário “O Fim da Beleza”, produzido pelo Brasil Paralelo, na Universidade Federal do Paraná. Uma universidade federal a favor da censura?!
 
Esse episódio lamentável mostra como uma turma que fala muito em nome da diversidade e do pluralismo acaba, na prática, pregando o pensamento único, refratário a qualquer ponto de vista alternativo. O Brasil Paralelo já atingiu vinte milhões de pessoas com suas produções de ótima qualidade, tanto em conteúdo como na forma. É perfeitamente legítimo discordar de seu viés conservador; o que parece inaceitável, porém, é tentar interditar o debate, impedir o acesso ao seu material.
 
O Brasil Paralelo incomoda muito uma turma que aprendeu apenas a repetir slogans e destilar ódio e autoritarismo mascarados de falsa tolerância e diversidade. A censura é o resultado direto da falta de capacidade de raciocínio e argumentação desses esquerdistas. Seus gritos são uma confissão da sua impotência intelectual. Sem ter como rebater os fatos apresentados nesses documentários, assim como os argumentos que formam uma narrativa coerente, seus adversários preferem o puro autoritarismo.
 
Outro aspecto interessante é que, agindo assim, esse pessoal acaba comprovando aquilo que chamam de Fake News ou paranoia. Leandro Ruschel tocou nesse ponto: “O mais interessante da imposição da censura à Brasil Paralelo é a prova da existência daquilo que a militância de esquerda chama de ‘teoria da conspiração’. Se não há Guerra Cultural e hegemonia de esquerda na Academia, por que qualquer visão diferente é imediatamente censurada?”
 
Os mesmos suspeitos fizeram enorme barulho para tentar impedir um filme sobre o filósofo Olavo de Carvalho. É como se os estudantes universitários não pudessem entrar em contato com uma visão distinta daquela enfiada cachola adentro por doutrinadores disfarçados de professores. E no fundo é isso mesmo! Os censores estão certos nisso: eles sabem que, uma vez acessível esse ponto de vista diferente, muitos jovens saberão avaliar qual lado tem razão.
 
A censura é um apelo desesperado de quem sabe que está do lado errado, que precisa impedir a luz de chegar aos alunos para preservá-los na escuridão dos dogmas socialistas. Quem tanta calar o outro em vez de rebater seus argumentos faz isso de um lugar de fraqueza, não de força. É pura covardia. E sinal de que o Brasil Paralelo tem feito um ótimo trabalho. Pois só incomoda a patota “progressista” quem tem revelado a farsa que é essa ideologia, expondo com serenidade as vantagens de uma abordagem mais tradicional e conservadora.
 
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo
 

domingo, 6 de março de 2022

Cessar-fogo fracassa pela segunda vez e civis ficam presos em cidade ucraniana sem água, luz e aquecimento

O Globo

Separatistas pró-Rússia e Guarda Nacional da Ucrânia acusam-se mutuamente de não estabelecer corredor humanitário em Mariupol, alvo de frequentes ataques russos

A segunda tentativa de retirar os habitantes de Mariupol, um porto estratégico no Sudeste da Ucrânia cercado pelas tropas russas, foi interrompida neste domingo, informou a Câmara Municipal da cidade. A decisão foi tomada após separatistas pró-Rússia e a Guarda Nacional da Ucrânia acusaram-se mutuamente de não obedecer o cessar-fogo temporário para estabelecimento de um corredor humanitário na região."É extremamente perigoso retirar as pessoas em tais condições", disse o conselho da cidade em um comunicado online.

A televisão Ukraine 24 mostrou um combatente do Regimento Azov da Guarda Nacional que disse que as forças russas e pró-russas que cercaram a cidade portuária de cerca de 400 mil continuaram bombardeando as áreas que deveriam ser seguras.Já a agência de notícias Interfax citou um funcionário do governo separatista de Donetsk que acusou as forças ucranianas de não observar o cessar-fogo limitado. Ainda segundo a autoridade separatista, apenas cerca de 300 pessoas deixaram a cidade. [Fácil perceber que cada lado acusa o outro. Se for considerado que no raciocínio desorientado do Zelenski quanto maior a tragédia, mais chances ele tem ficar presidente do que sobrar da Ucrânia, não é dificil concluir de qual lado está a verdade.]

Mais cedo, a Câmara Municipal de Mariupol anunciou uma operação para retirada das mais de 200 mil pessoas que ainda restavam na cidade às margens do Mar de Azov, que há seis dias convive com bombardeios constantes e falta de água, luz, comida e aquecimento na cidade.

Um plano semelhante teve que ser abandonado neste sábado, depois que o primeiro cessar-fogo temporário anunciado pela Rússia também fracassou. A cidade havia providenciado 50 ônibus para auxiliar na força-tarefa, mas depois de menos de duas horas, autoridades locais acusaram o Exército russo de começar a bombardear áreas residenciais novamente, bloqueando os civis que começavam a fugir. A Rússia disse mais tarde que foram as forças ucranianas que romperam o cessar-fogo.

A trégua temporária era válida para os corredores de acesso às cidades de Mariupol e Volnovakha, na região separatista de Donetsk. Segundo um porta-voz russo, porém, "batalhões nacionalistas" usaram a pausa nos combates para "se reagrupar e reforçar posições". Antes disso, autoridades ucranianas também disseram ter verificado informações de que os soldados russos planejavam usar o cessar-fogo temporário para avançar em direção a Mariupol.

Situação crítica
A situação em Mariupol está ficando “imprópria para a vida humana”, de acordo com os moradores, que têm dormido em abrigos antiaéreos para escapar dos bombardeios quase constantes das forças russas há seis dias. O fornecimento de alimentos, água, energia e aquecimento também foi cortado, segundo as autoridades ucranianas. — Eles [os russos] estão trabalhando metodicamente para garantir que a cidade seja bloqueada — disse o prefeito Vadym Boichenko à Reuters em uma videochamada do porão onde sua equipe está temporariamente sediada. — Eles nem nos dão a oportunidade de contar os feridos e mortos porque o bombardeio não para.

Os ataques russos à cidade litorânea destruíram metade do comboio de ônibus que a equipe de Boichenko havia preparado para a evacuação no sábado, disse ele. — Eles mentiram para nós, além disso, no momento em que as pessoas estavam tentando sair para ir para esses corredores, o bombardeio começou novamente — afirmou, descrevendo o medo e a raiva dos moradores por terem que fugir de volta para os abrigos.
[nosso comentário: o Blog Prontidão Total é um blog pequeno - dois leitores = ninguém e todo mundo - que não propaga fake news; comenta fatos, não versões - que os líderes mundiais que apoiam, COM DISCURSOS, a Ucrânia - gostariam que fossem FATOS.
Após oitiva de nosso time de 'especialistas' - estão sobrando,já que a covid-19, desmoralizou a profissão, ficou fácil contratá-los - entendemos  que os países liderados pelos apoiadores de palanque e/ou de mesas redondas virtuais, vão limitar seu apoio à Ucrânia só aos discursos e sanções econômicas cujo efeito não é rápido.
 
Uma das características da Rússia é a de não desistir dos seus objetivos - Napoleão e Hitler provaram essa linha de conduta e perderam. Assim, só resta a Ucrânia depor o Zelenski - outro bravo combatente, eficiente no uso de palavras e apelos por ajuda que sabe não vai receber = por vários motivos, alguns logísticos e outros mais, um deles por não interessar aos países que apoiam os ucranianos cutucar uma potência nuclear = despachá-lo para um país de sua escolha (por favor, não o remetam  para o Brasil) cessar todas atividades militares,  sentar na mesa de negociações com a Rússia, e procurar obter o máximo de concessões, aceitando o que for oferecido.
Infelizmente, este é o único caminho que resta para a Ucrânia preservar a vida dos seus cidadãos.]

Desde que iniciou a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, a Rússia vem negando que tenha civis como alvo. Mas, para Moscou, a captura de Mariupol seria um prêmio — uma ligação estratégica entre os territórios separatistas apoiados pelo governo russo ao norte e a rota terrestre para a Península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.
A Rússia chama suas ações na Ucrânia de "operação especial" que, segundo ela, não foi projetada para ocupar território, mas para desmilitarizar e "desnazificar o país vizinho..

As Nações Unidas preveem que o número de refugiados pelo conflito suba a 1,5 milhão neste domingo. Ainda segundo a ONU, a guerra já deixou ao menos 351 civis mortos e 707 feridos, fazendo a ressalva de que os números devem ser "consideravelmente mais altos"
 
Mundo - O Globo/agências internacionais 
 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

VEJAM COMO O BEM FAZ BEM

Autor desconhecido (mas eu o felicito)

Há alguns anos, fiquei preso num ônibus que cruzava a cidade de Nova York durante a hora do rush. 

O tráfego mal estava se movendo. 

O ônibus estava cheio de pessoas frias e cansadas que estavam profundamente irritadas umas com as outras e com o próprio mundo.  Dois homens latiram um para o outro sobre um empurrão que pode ou não ter sido intencional. 

Uma mulher grávida subiu e ninguém lhe ofereceu um assento.

A raiva estava no ar;  nenhuma misericórdia era encontrada ali.

Mas, quando o ônibus se aproximou da Sétima Avenida, o motorista pegou o interfone:

 - "Gente", disse ele,  "Eu sei que vocês tiveram um dia difícil e estão frustrados.  Não posso fazer nada sobre o clima ou o trânsito, mas aqui está o que posso fazer: Quando cada um de vocês descer do ônibus, estenderei minha mão para vocês. Enquanto você passar, coloque seus problemas na palma da minha mão, certo? Não leve seus problemas para casa, para suas famílias esta noite. Apenas deixe-os comigo.  Meu caminho passa direto pelo rio Hudson, e quando eu passar por lá, mais tarde, abrirei a janela e jogarei seus problemas na água."

Foi como se um feitiço tivesse se dissipado. Todos começaram a rir. 

Os rostos brilharam de surpresa e deleite. Pessoas que vinham fingindo na última hora não perceberem a existência um do outro, de repente, estavam sorrindo um para o outro:

"Como, esse cara está falando sério?"

Sim, ele estava falando sério!!!

Na próxima parada, conforme prometido, o motorista estendeu a mão com a palma para cima e esperou. Um a um, todos os passageiros que saíam colocavam suas mãos logo acima da dele e imitavam o gesto de deixar algo cair em sua palma.

Algumas pessoas riram enquanto faziam isso, outras choraram. 

O motorista também repetiu o mesmo adorável ritual na próxima parada. 

E a próxima. 

Todo o caminho até o rio.

Vivemos num mundo difícil, meus amigos. 

Às vezes é extremamente difícil ser um ser humano. Às vezes, você tem um dia ruim. 

Às vezes, você tem um dia ruim que dura vários anos. Você luta e falha. Você perde empregos, dinheiro, amigos, fé e amor.

Você testemunha eventos horríveis acontecendo no noticiário e fica com medo e retraído.

Há momentos em que tudo parece envolto em trevas. Você anseia pela luz, mas não sabe onde encontrá-la.

MAS, E SE VOCÊ FOR A LUZ?

E se você for o próprio agente de iluminação que uma situação escura exige? 

Isso é o que esse motorista de ônibus me ensinou: qualquer um pode ser a luz, a qualquer momento. 

Esse cara não era um sujeito poderoso. Ele não era um líder espiritual. Ele não era um influenciador experiente em mídia.

Ele era um motorista de ônibus, um dos trabalhadores mais invisíveis da sociedade. 

Mas ele possuía poder real e o usou lindamente para nosso benefício.

Quando a vida parece especialmente sombria ou quando me sinto particularmente impotente em face dos problemas do mundo, penso nesse homem e me pergunto:

O que posso fazer, agora, para ser a luz?

Eu tenho alguma influência sobre todos que encontro, mesmo que nunca falemos ou aprendamos o nome um do outro.

Não importa quem você seja, ou onde esteja, ou quão mundana ou difícil sua situação possa parecer. Eu acredito que você pode iluminar o seu mundo.

Na verdade, acredito que esta é a única maneira pela qual o mundo será iluminado: um brilhante ato de graça de cada vez.

Sejamos Paz e Luz! 

Puggina.org - Liberais e Conservadores

domingo, 24 de outubro de 2021

A imprensa doente - Revista Oeste

A “CPI da Covid” não está chegando realmente ao seu fim está acabando, isto sim, com as marcas mais deprimentes de uma agonia. Essa aberração, uma das mais alucinantes que o Congresso Nacional produziu em toda a sua história, já estava destruída por uma metástase terminal antes mesmo de começar
Foi armada para falsificar fatos, condenar inimigos políticos e fraudar as próximas eleições presidenciais, com uma tentativa grosseira de derrubar o presidente da República e evitar a sua candidatura em 2022; nunca teve, assim, a mínima intenção de apurar honestamente nenhum erro no combate à covid. Ao longo dos seis meses em que esteve viva, foi um trem fantasma que levou o país a patamares de baixeza nunca atingidos antes numa disputa política. Jamais apurou coisa nenhuma. 
 
Ocultou crimes. Comportou-se nos interrogatórios como uma delegacia policial de ditadura; ofendeu, perseguiu e pisoteou os direitos das testemunhas como cidadãos e como seres humanos. Mentiu a partir do primeiro dia, e não parou até o último. Entregou-se de corpo e alma ao falso testemunho e a provas que não convencem um aluno de curso primário. Não investigou coisa nenhuma só acusou, como se os interrogados fossem criminosos e já estivessem condenados antes de abrir a boca. Inventou, e jogou em cima do governo, crimes que não existem na lei brasileira. Não teve um único momento de luz. 
Era natural, nessas condições, que acabasse como acabou: num funeral de terceira categoria, com seus donos se comendo entre si e uma lista de acusações oficiais integralmente miserável na sua qualidade e na sua consistência.

Da política brasileira, em geral, pode se esperar tudo, e do Senado, em particular, não se deve esperar nada

Qual a surpresa? O relator da CPI, Renan Calheiros, é possivelmente o cidadão mais enrolado com o Código Penal Brasileiro que habita neste momento o Congresso Nacional — nove processos no lombo por corrupção estilo-livre, ou todos-os-estilos, fora 20 anos de frequência à seção policial mais pesada do noticiário político. O presidente é outra piada sinistra: vem do Amazonas, o Estado onde mais se roubou dinheiro público destinado ao combate da covid. (Num certo momento faltou oxigênio em Manaus, uma responsabilidade direta e elementar das autoridades locais; meteu-se a mão em tudo, por ali.) 

Ele mesmo, Omar Aziz, aliado direto da politicalha local, esteve envolvido até o talo em investigações de corrupção na área da saúde; sua própria mulher e irmãos chegaram a puxar cadeia fechada sob acusações de ladroagem no mesmo setor. Nenhum dos seus principais subordinados, com problemas que foram da inépcia à histeria, teve comportamento melhor. Nada mais natural, assim, que a CPI tenha acabado como está acabando — com acusações mútuas de jogo baixo entre os grupinhos que mandavam na operação, xingatório de mãe e falta de acordo, sequer, sobre a data de publicação do relatório. 
Pior: não se sabia até a última hora do que, exatamente, estavam acusando o governo. Nem isso, depois de seis meses inteiros sem pensar em outra coisa? Nem isso.
 
Da política brasileira, em geral, pode se esperar tudo, e do Senado, em particular, não se deve esperar nada — tudo normal, portanto, com o nível de qualidade infame da CPI. 
O que sobrou de mais chocante no caso, na verdade, foi o comportamento que a mídia considerada de elite, a começar pelo julgamento que ela faz de si própria, teve diante de todo esse desastre. A imprensa brasileira, a partir do primeiro minuto, renunciou à sua função profissional de levar ao público informações objetivas sobre os fatos ligados à investigação — e de fazer suas análises com um mínimo de lógica e respeito às realidades. 
Em vez disso, atirou-se a uma militância política aberta, agressiva e sem freios em favor do relator e do presidente da comissão, mais os seus ajudantes de ordem — como se, no seu conjunto, fosse uma espécie de jornal oficial dos donos da CPI e do condomínio de partidos políticos interessados na sua exploração. Foi assim que se viu, nos últimos seis meses, um espetáculo realmente notável: jornalistas empenhados em servir a Renan, a Omar e a todos os que se dedicam a usar a CPI como ferramenta para virar a mesa; agiram o tempo todo como polícia, delatores e assistentes de acusação. Continuam a agir assim.

O fato é que as duas figuras centrais da CPI, Renan e Omar, foram transformadas de abril para cá, por decisão da mídia, em dois dos mais notáveis patriotas que a República já produziu em seus 132 anos de existência. Como entender um negócio desses? Com outros personagens, quem sabe — mas com esses dois aí? Tudo bem: a imprensa brasileira sofre, já há anos, de uma síndrome que não tem cura — o ódio a Jair Bolsonaro, que é tratado como se fosse o ser humano mais calamitoso que já apareceu neste mundo desde o nascimento de Caim. É irracional, envolve questões de descompensação psíquica e, mais do que tudo, produz um subjornalismo de teor cada vez mais baixo — mas o que se vai fazer? A vida das paixões leva mesmo a esses territórios escuros, e o público já se acostumou à mídia que tem. O extraordinário, no caso, é o apagão geral da imprensa quanto aos dois gestores da CPI — uma espécie de “queda no sistema” que responde pela estabilidade básica da atividade mental das pessoas. Como é possível alguém ser jornalista profissional e, ao mesmo tempo, ser capaz de passar seis meses inteiros de CPI sem dizer, uma única vez, quem são — do ponto de vista penal — o seu relator e o seu presidente? Aí já é mais do que militância política; é desvario.

Tão surrealista quanto os crimes de cloroquina e de genocídio é o crime de falta de planejamento, uma das joias da coroa entre as denúncias

Se a mídia brasileira não conseguiu ou não quis conseguir — dizer para os seus leitores, ouvintes e telespectadores quem são os homens a quem entregou as suas manchetes e o seu horário nobre durante os últimos 180 dias, é natural, também, que tenha fornecido uma certidão oficial de acusação séria, legal e técnica a cada um dos delírios produzidos pela CPI. Todo tipo de ilegalidade, ou de simples estupidez, cometido pelos acusadores foi aceito sem um mínimo de olhar crítico — ou a mera verificação dos fatos — por parte da mídia. Testemunhas foram humilhadas na frente dos jornalistas sem se ouvir um pio. Insultos grosseiros foram tratados como perguntas legítimas. Publicou-se com a maior seriedade do mundo que um dos crimes cometidos pelo presidente da República foi ter permitido ou incentivado a distribuição de kits” com cloroquina — um tratamento absolutamente legal e publicamente reconhecido como válido pelo Conselho Federal de Medicina. 

Como assim, “crime”, se milhares de médicos em todo o Brasil receitaram cloroquina para os seus pacientes, e se o CFM atestou que cabe aos profissionais aplicarem as terapias que julgarem mais acertadas, como em toda e qualquer doença? E o “crime de genocídio”, então, expressamente descrito na lei brasileira como o conjunto de ações praticado com a intenção deliberada de destruir “grupo nacional, étnico, racial ou religioso?” 

Há seis meses a imprensa aceita as acusações formais feitas na CPI de que Bolsonaro cometeu genocídiouma denúncia tão patética que acabou sendo retirada pelos próprios acusadores. (Retirada contra a vontade de Renan, o herói número 1 da mídia.) Tão surrealista quanto os crimes de cloroquina e de genocídio é o crime de falta de planejamento, uma das joias da coroa entre as denúncias. Como adotar um “plano nacional” se, por decisão formal do STF, nenhum ato ou projeto do governo federal poderia interferir nas decisões das “autoridades locais”? Esse o nível das acusações oficiais da CPI. Esse é o nível em que a imprensa se colocou.

O coroamento da história toda foram as expressões de pesar explícito que ocuparam o noticiário quando os acionistas majoritários da CPI, divididos por mesquinharias pessoais, interesses contrariados e ambições mal definidas, chegaram aos dias finais brigados uns com os outros. A imprensa derramou lágrimas, então, lamentando a “desunião” entre os inquisidores — no “momento decisivo”, comentou-se, eles deveriam fazer uma frente única contra Bolsonaro, em nome de “todos nós”. Nós quem? Não o público em geral, com certeza — mídia e público caminham há muito tempo em direções opostas.

Renan é Renan, Omar é Omar. Mas a imprensa brasileira deveria ser outra coisa.

Leia também “Só no Brasil”

J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste


segunda-feira, 19 de julho de 2021

Administração Segura de Medicamentos - Utilidade Pública

Nosso cuidado vai sempre além de oferecer assistência médica e, para promover ações preventivas, separamos algumas dicas sobre as melhores formas de manipular medicamentos.

Primeiramente, é necessário que eles estejam armazenados corretamente em seu domicílio, em local fresco e longe de calor, da umidade, da luz e dos produtos de limpeza. Por isso, não devem ser guardados no banheiro nem na cozinha, o que comumente costuma ocorrer.

Quando necessário armazenamento em geladeira, coloque-os dentro de um pote plástico,  jamais na porta deste eletrodoméstico. Além disso, eles não devem ficar ao alcance de crianças nem de animais de estimação. 


Outro aspecto muito relevante é que você deverá seguir corretamente as orientações  de seu médico, prescritas na receita. Caso tenha alguma dificuldade relacionada à dosagem e à periodicidade, você poderá pedir ajuda a um farmacêutico no momento da compra, quando realizada em loja física. A CNU dispõe de uma rede de drogarias parceiras com profissionais capacitados para lhe ajudar. Além de descontos exclusivos aos beneficiários da  Central Nacional Unimed, nelas você também poderá descartar adequadamente os seus medicamentos vencidos ou em desuso.

 

segunda-feira, 1 de março de 2021

Brasil não precisa da Petrobras, e é mentira que a estatal seja ‘estratégica’ para o país - JR Guzzo

A mera existência da empresa e das outras estatais comprova que o Brasil Velho está cada vez mais forte

De duas uma: ou o presidente da Petrobras, que acaba de ser posto no olho da rua, era bom ou era ruim.  
Se era bom, por que foi demitido? Se era ruim, o que estava fazendo lá até agora?  
Todos os que têm posições definitivas sobre este assunto, e que amaldiçoam qualquer ponto de vista diferente do seu, ficam convidados a oferecer alguma outra alternativa; estarão perdendo o seu tempo, pois não existe uma outra alternativa. Esse último desastre, mais um na longa folha corrida da maior empresa estatal brasileira, é apenas a comprovação mais recente de que nosso símbolo augusto da pátria e ente sagrado da “soberania nacional”, além de outras bobagens da mesma família, está organizado de forma a viver perpetuamente numa situação de jogo dos sete erros. Tudo ali só pode dar errado, mais cedo ou mais tarde, porque a natureza da Petrobras torna impossível que alguma coisa dê certo.

A empresa, ao lado de todas as suas irmãs estatais, é um dos alicerces mais delirantes do Brasil Velho — e esse é um Brasil que está condenado a fracassar. É o Brasil do “Estado”, que não muda nunca e prejudica a todos, salvo as minorias: impede a liberdade econômica, bloqueia a real criação e distribuição de riqueza e mantém a população brasileira no seu estado permanente de servidão aos que são donos da máquina do Estado

O salseiro da vez, como uma criança de dez anos de idade seria capaz de entender, aconteceu porque o preço da gasolina, e sobretudo do óleo diesel, vem subindo, os caminhoneiros estão agitados e ninguém no governo sabe ao certo o que fazer a respeito — ou, se alguém sabe, não está dizendo para ninguém. 
Diminuir os impostos de 45% que o cidadão paga a cada litro que compra na bomba? Nem pensar. Governos têm horror a mexer naqueles impostos dos quais as pessoas não podem fugir, como gasolina, luz e telefone — a não ser, é claro, se a mexida for para cima. 
De outro jeito, como é que se vai pagar a lagosta dos ministros do Supremo, a aposentadoria dos almirantes de esquadra e o auxílio-creche dos procuradores de Justiça? Então: se a coisa fica ruim, e quem está nos galhos de cima precisa dar a impressão de que está fazendo “alguma coisa”, a saída é jogar a culpa na Petrobras e demitir o presidente da empresa — sem tocar nem de leve, é claro, no monopólio funesto que ela tem no universo dos combustíveis.
No caso, e como sempre acontece, arrumaram em cinco minutos uma variada lista de crimes cometidos pelo presidente da vez. 
De uma hora para outra, descobriram que o homem ganhava R$ 50 mil por semana; foi o próprio presidente da República, escandalizado, quem revelou essa aberração ao público pagante. Por que raios, então, o governo ficou dois anos inteiros pagando estes salários de paxá — só agora começaram a achar caro? O demitido, segundo se soube na mesma ocasião, estava há 11 meses sem comparecer ao local de trabalho, escondido da Covid. De novo: por que não foi mandado embora antes? Não é possível um sujeito ficar trancado em casa fazendo home office e levarem 11 meses para saber disso. Revelou-se, também, que há uma “caixa preta” na Petrobras, e que a empresa está forrada de desocupados que ganharam seus empregos durante o reinado de Lula-Dilma. É mesmo? Não digam — quem poderia imaginar uma coisa dessas, não é?

O governo, afinal, está aí há mais de dois anos; por que deixaram as coisas assim durante esse tempo todo? O presidente da República disse que só soube do desastre há “algumas semanas”. Se não soube antes é porque não quis saber — como é que um cidadão ocupa a presidência da maior empresa estatal do Brasil sem que o responsável por sua nomeação saiba quanto ele ganha, ou se vai todo dia ao serviço? Se este é o grau de informação que o presidente Jair Bolsonaro tem sobre o seu próprio governo, a troca na Petrobras não vai adiantar nada; é possível, pelo ritmo dessa balada, que daqui a dois anos o público seja presenteado com a informação de que tudo continua errado. A propósito: o general que foi para o lugar do presidente demitido vai ganhar menos do que ele estava ganhando?

O problema, na verdade, não é o presidente da Petrobras — o problema é a Petrobras. É possível que no passado tenha havido razões válidas para criar a empresa; é uma questão para os historiadores. O certo é que há muito tempo ela não deveria mais existir na sua forma atual de monopólio controlado pelo governo. “O perigo não é privatizar a Petrobras”, diz o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, um dos raríssimos políticos brasileiros de primeira linha que não vive de quatro diante da empresa. “O perigo é a Petrobras continuar sendo estatal”. De fato, muito pouca coisa que se diz em favor da companhia faz algum sentido lógico. A empresa não pertence “ao povo brasileiro”, como se diz há quase 70 anos; o povo brasileiro não passa nem pela catraca de entrada do saguão. Ela é propriedade exclusiva dos seus altos diretores, tanto mais exclusiva quanto mais altos eles são — e, ao mesmo tempo, dos funcionários e da politicalha que contamina a Petrobras desde o dia da sua fundação.

Dinheiro, então, podem esquecer. O cidadão brasileiro de carne e osso jamais viu um único centavo dos lucros da Petrobras desde 1953 até hoje — salvo, naturalmente, aqueles que puseram a mão no próprio bolso para comprar ações da companhia. Todo o dinheiro ganho pela Petrobras (R$ 7 bilhões em 2020, um dos piores da sua história) vai direto para o Tesouro Nacional, onde desaparece como se tivesse entrado no Triângulo das Bermudas — se o Estado vive dizendo que não tem dinheiro para comprar nem um pano de prato, para que servem, então, os tais “lucros”? Pior: com o seu monopólio de fato sobre o setor, os donos da Petrobras impedem a descoberta de mais petróleo dentro do Brasil, travam a criação de novos empregos, limitam a arrecadação de impostos e, no fim das contas, agem ativamente contra o progresso, a multiplicação de oportunidades e uma maior igualdade social. O governo que faça o serviço direito: ponha a gasolina a R$ 1 o litro logo de uma vez

É mentira — a sua mentira mais velha e mais repetida — que a Petrobras seja “estratégica” para o Brasil e que sua existência atenda ao “interesse nacional”; o país não precisa da Petrobras, ou de qualquer outra empresa estatal com atuação no mercado, para rigorosamente nada. Tudo o que elas fazem pode ser feito perfeitamente pelo capital privado — e sem ônus algum para o público. A Petrobras é estratégica, isso sim, para militantes de esquerda, generais do Exército e ministros do Supremo; é extremamente estratégica, com certeza, para os diretorzões que metem no bolso R$ 50 mil reais por semana, pagos integralmente pela população deste país. Como dito no início, a empresa dá errado em tudo, mas dá certíssimo para os que mandam nela.

No Brasil já houve, embora pouca gente ainda se lembre, monopólio de empresas estatais sobre a telefonia. Telefone? Era algo absolutamente estratégico para os interesses do Brasil; não podia ficar entregue a essa gente que só pensa em lucro. O único resultado prático é que ninguém tinha telefone. Hoje, depois da privatização, só de smartphones há mais de 230 milhões de aparelhos ativos; some-se a isso 180 milhões de computadores pessoais. A Petrobras é responsável pelo mesmo tipo de atraso — seu monopólio explícito, que proíbe as empresas privadas de explorarem qualquer área promissora, é um atraso de vida em estado puro. 
Qual empresa, nacional ou estrangeira, vai querer procurar petróleo em lugares onde não há petróleo? 
A Petrobras não tem dinheiro para fazer tudo sozinha nas áreas de exploração que oferecem melhores perspectivas de sucesso. E sem capital privado para investir, como o país poderia desenvolver novos campos e aumentar a produção nacional?
O monopólio estatal, além disso, falsifica os custos e os preços ao consumidor dos combustíveis. Isso também é considerado “estratégico”, pois os amigos da Petrobras, inocentes ou não, acham que o litro de gasolina é importante demais para ficar “por conta do mercado” — como ocorre com todas as demais mercadorias, da saca de cimento ao quilo de arroz. 
(Por alguma razão não divulgada, a religião estatista parece considerar que comida não é estratégico.) 
O governo do momento quer ter na mão a caneta que controla o preço do tanque de combustível? 
Quer salvar o povo? 
Então que faça o serviço direito: ponha a gasolina a R$ 1 o litro logo de uma vez e deixe que a Petrobras se exploda. Para isso, basta comprar as ações que estão com o público e arrumar um “fundo emergencial” para manter viva a empresa e os R$ 50 mil por semana dos gatos gordos, não é mesmo?
Quem diz Petrobras diz empresa estatal: todas as demais, sem nenhuma exceção, são igualmente inúteis e 100% nocivas à saúde do cidadão. 
O tão celebrado Banco do Brasil, por exemplo: num momento em que os bancos de todo o sistema solar, por uma questão essencial de sobrevivência, estão fechando agências e migrando para a prestação eletrônica dos seus serviços, o presidente da empresa pensou que o BB, também ele, deveria fazer alguma coisa. 
Pobre homem: o presidente da República já roncou o seu desagrado, tipo Petrobras, e se ele não quiser ir pelo mesmo caminho do colega, já pode ir mudando de ideia. Esperar o que, num país em que o governo, por meio do seu ministro de Transportes, se recusa a fechar a estatal do “Trem Bala”? 
O ministro diz que a empresa é “estratégica”um caso único no mundo, possivelmente, em que uma coisa que não existe, nem vai existir nunca, é considerada estratégica. [um comentário: no Brasil é possível - o Ministério da Saúde, tem sido compelido,  com frequência,  por decisão judicial, a apresentar um Plano de Vacinação,com cronograma e tudo o mais, sem conhecer com segurança, certeza a data da disponibilidade da vacina - que não depende do governo fixar datas;
- nos parece que o governador do Amazonas, ou foi o do Acre, recebeu determinação judicial para  dias adquirir em prazo exíguo,dias vacina contra a covid-19, para imunizar  os habitantes do estado. 
Esqueceram que a vacina não é fabricada pelo Brasil - a 'montada' no Brasil depende do IFA chinês - e as entregas dependem exclusivamente de empresas e governos estrangeiros = em sua maior parte da China, cujo governo ignorará, olimpicamente, qualquer mandado judicial, mesmo que emitido pelo STF,  para cumprir algum prazo.]

Eis aí o Brasil Velho, cada vez mais velho — e cada vez mais forte.

J.R. Guzzo, jornalista - Jovem Pan - Opinião


domingo, 7 de fevereiro de 2021

Um em cada cinco - Alon Feuerwerker

Análise Política

Exames laboratoriais em uma amostra populacional concluíram que quase um terço da cidade de São Paulo carrega anticorpos contra o SARS-CoV-2 (leia). Ou seja, já teve contato com o novo coronavírus. Acontece que o número de casos comprovados da Covid-19 na capital paulista é algo como 20% disso.

Portanto, a crer no levantamento, a testagem só captura um em cada cinco infectados. E é razoável supor que a esmagadora maioria dos que continuam incógnitos sejam assintomáticos. Um lado da moeda é que talvez se esteja testando pouco. O outro é que talvez nunca se venha a testar o suficiente.

E além dos que carregam anticorpos, dizem os cientistas, mais gente pode estar protegida, por mecanismos de defesa celular (leia). Bem, os dados do estudo e outros devem sempre ser relacionados às taxas de curvas e mortes (leia) para tentar entender sua real dimensão.

De todo jeito, e sendo otimista (e é sempre útil ter um pouco de otimismo), se a taxa de infectados Brasil afora não estiver tão longe assim dos números de São Paulo (capital), e se a vacinação ao longo dos próximos meses caminhar bem, talvez possamos certa hora falar em luz no fim do túnel. [o excelente artigo fortalece o nosso entendimento de que estamos próximos do alcance da 'imunidade de rebanho' - o incremento do número de casos e mortes  em dezembro e janeiro é consequência que vem desde os comícios final de outubro e todo novembro, que se soma as aglomerações das festas Natal e Ano Novo.
Continuamos contrários ao fecha tudo - política burra e ineficaz - mas o bom senso recomenda que o uso de máscaras e evitar aglomerações especialmente em ambiente fechado ajuda a conter a disseminação.  
As vacinas ajudam, mas ainda é cedo para atribuir redução dos casos aos efeitos dos imunizantes - especialmente do chinês que depende de duas doses e sempre coloca uma pulga atrás da orelha = só após testar sua vacina no Brasil a China liberou para uso geral em seu território.???]
 
Recomendamos:  A OMS na China
 
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político


terça-feira, 24 de março de 2020

O alto custo da inércia política - O Globo

José Casado

O novo vírus zerou o mundo, expondo o espetacular fracasso

As manifestações espontâneas se repetem, como em outros países. Trazem a mensagem do desejo comum de reinvenção do futuro sem repetir o passado enterrado no último carnaval, três semanas atrás. O novo vírus zerou o mundo, expondo o espetacular fracasso na saúde, no saneamento e na distribuição da renda. Os prejuízos acumulados, certamente, já superam a soma de meio século de cortes nos orçamentos da higienização da vida em sociedade, desinvestimentos em ciência, tecnologia e inovação e transferências induzidas de renda dos pobres.

Prevalece o pavor pesaroso com o flagelo da doença, morte e desemprego, num cenário de paralisia de líderes como Jair Bolsonaro, Donald Trump e o mexicano Manuel López Obrador. Ególatras, falam demais, e, até agora, foram incapazes de mapear uma rota para o amanhã. Ocultam fiascos, como o de prover testes rápidos e abrangentes para limitar a pandemia. Vagueiam na irrelevância (Bolsonaro, abraçado a uma oposição sem alternativa até de liderança).

Sábado, a XP (R$ 409 bilhões em ativos) reuniu Rubens Menin (MRV), André Street (Stone), Benjamin Steinbruch (CSN), Wilson Ferreira Júnior (Eletrobras) e Pedro Guimarães (Caixa). Estavam perplexos com os riscos de colapso em saúde, internet, água e luz, e com a depressão — James Bullard (Fed St. Louis) fala em até 30% de desemprego nos EUA. Street, da Stone, contou que seus clientes, pequenas e médias empresas, só têm capital para 27 dias. Mas a burocracia segue, mostra a Receita no prazo do Imposto de Renda.

Líderes em Brasília e nos estados deveriam ouvir os confinados, sair da letargia e reconstruir tudo, rápido. Talvez, até entoando o mantra do cientista Alan Kay: “A melhor maneira de prever o futuro é inventá-lo.”

José Casado, jornalista - O Globo





quarta-feira, 15 de março de 2017

Luz vai subir por 8 anos

Brasileiros vão pagar fatura extra de R$ 59,6 bilhões. É a conta da festa política no setor elétrico, que embalou a reeleição de Dilma e as campanhas do PT e do PMDB

A conta de luz vai subir em todo o Estado do Rio a partir de amanhã. O aumento médio será de 12% para clientes da Light e da Ampla. É o começo de um reajuste extraordinário nas tarifas de energia em todo o país. Nos outros estados acontecerá a partir de 1º de julho. Em alguns a alta será de 27%. Vai ser assim pelos próximos oito anos. Todos os consumidores serão obrigados a pagar um extra, um adicional ao reajuste anual. Nesse período acontecerá uma transferência de renda de R$ 59,6 bilhões de quem consome para as empresas transmissoras de energia. [o mais  irônico de tudo é que primeiro lançaram um boato, via nota da ANEEL de que tinha havido uma cobrança a maior e que ela seria devolvida; os consumidores se animaram, relaxaram e ficou mais fácil o estupro.
Relaxando como bem diz a Marta suplício entra mais fácil, só que no caso da das tarifas de luz o gozo não é garantido.] 

É dinheiro suficiente para construir três hidrelétricas como Belo Monte, Jirau e Santo Antônio e, ainda, concluir dois projetos de transposição de águas do São Francisco para o sertão nordestino — calcula a associação dos grandes consumidores, Abrace. O impacto na tarifa vai ser “muito forte, muito grande”, reconheceu o diretor da agência de energia (Aneel), Reive Barros, ao votar pelo reajuste.  Por trás desse aumento na conta de luz está uma obra de desestruturação do setor elétrico realizada no governo Dilma Rousseff e executada por dois ministros do PMDB, os senadores Edison Lobão (MA) e Eduardo Braga (AM). Ambos são investigados por corrupção na Petrobras e na Eletrobras.

Em janeiro de 2013, Dilma anunciou redução de 20% na conta de energia “em favor dos consumidores”. O governo sabia que o custo real de geração estava defasado (discrepância avaliada em 93%). Mas Dilma estava mais preocupada em construir sua candidatura à reeleição dentro e fora do PT. E o PMDB queria Temer como vice. O corte nas tarifas foi seguido de aumento no consumo. A combinação produziu um rombo no caixa das geradoras de energia, principalmente na estatal Eletrobras. Os ministros da Energia (Lobão) e da Fazenda (Guido Mantega) montaram um socorro de R$ 60 bilhões do Tesouro e do BNDES. 

Agora, além dos prejuízos dessas “pedaladas”, apareceu uma fatura de R$ 59,6 bilhões em indenizações às empresas transmissoras pelo corte nas tarifas que embalou a reeleição de Dilma. Governo e Aneel levaram três anos para calcular o valor: R$ 24 bilhões como reparação, mais R$ 35 bilhões em juros pelo triênio em que a conta ficou pendurada. A Aneel aceitou indenizar, sem questionar. Vai pagar R$ 556 milhões por um transformador de Furnas com 30 anos de uso, quando o mais caro da usina de Belo Monte custou R$ 100 milhões. 

Antes de deixar o ministério, para votar pelo impeachment da sua presidente, o senador Braga mandou a conta aos consumidores. Temer manteve a fatura, sem revisá-la. Pela obscuridade, o caso deve acabar nos tribunais.  O setor elétrico é um feudo do PMDB. Para aprovar o corte nas tarifas (MP nº 579), Dilma recorreu a Eduardo Cunha, hoje preso em Curitiba. No Senado, a Odebrecht recorreu aos senadores Romero Jucá (RR) e Renan Calheiros (AL) para obter isenções. “Conseguimos”, contou o ex-diretor Claudio Melo Filho aos procuradores que investigam Jucá e Renan por corrupção. Ele indicou pagamentos de R$ 22 milhões em documento sob o título “Meu Relacionamento com Renan Calheiros (Codinome “JUSTIÇA”)”.  O custo total da festa eleitoral de Dilma, do PT e do PMDB no setor elétrico já beira os R$ 200 bilhões. Por causa dela, a conta de luz dos brasileiros vai ter um grande aumento durante os próximos oito anos. 

Fonte: José Casado, jornalista - O Globo