Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Acima a foto que foi capa de O Globo e levou o prefeito do Rio de Janeiro a emitir um “X” Surreal
O
intrépido prefeito da cidade Maravilhosa Sr Eduardo Paes colocou uma
nota no X, em 07NOV2023 (ver abaixo), em que repercute uma foto capa de O
Globo daquele dia.
Aproveita a deixa de seus padrinhos, a
Organização Globo, e parte para um ataque contra o Comando da Marinha,
em especial o Corpo de Fuzileiros Navais. “Com todo o respeito ao departamento de marketing da nossa querida
Marinha, esses tanques aí destroem o calçamento da Praça Mauá. Dá
próxima vez que o @JornalOGlobo
for tirar foto de calçadas danificadas ali, já saberemos até quem foi.
Em tempo: em breve começaremos a implantar balizadores em todo o
Boulevard para impedir absurdos assim!”
O ridículo é tanto que o
Comando de Fuzileiros da Esquadra, através do Centro de Comunicação
Social da Marinha (CCSM) tem de emitir uma nota transcrita abaixo.
MARINHA DO BRASIL COMANDO DA OPERAÇÃO LAIS DE GUIA NOTA À IMPRENSA
Brasília – DF. Em 07 de novembro de 2023.
A respeito da possibilidade de danos causados ao calçamento da Praça
Mauá pelos veículos empregados na Operação de Garantia da Lei e da Ordem
(GLO), a Marinha do Brasil (MB) esclarece que considerou, desde o
planejamento, o uso prioritário de meios adequados ao ambiente urbano,
optando pelo emprego de blindados sobre rodas (pneu), ao invés de
blindados sobre lagarta (esteira).
Cabe destacar que as viaturas
acessaram, pelo interior do Porto, a posição em frente ao portão da
Praça Mauá, que se encontra na poligonal (Área de Operações prevista
pelo Decreto). Ainda assim, eventuais danos no calçamento ou em qualquer
estrutura provocados pela Marinha serão reparados ou ressarcidos, logo
que identificados.
Cabe, ainda, registrar que a Marinha mantém um
bom relacionamento com a Prefeitura do Rio e que o Comando da Operação
está disponível para dialogar e colaborar com o órgão. A Marinha
enfatiza que a operação de GLO está sendo executada para o
fortalecimento do combate ao tráfico de armas, drogas e outros ilícitos,
com foco em resultados que beneficiarão os cariocas e os brasileiros.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PS-MG), não perde a forma.
Depois da reunião do presidente Lula com os 37 ministros, Pacheco
colocou em prática o “puxa-saquismo” que fez sua carreira política
deslanchar.Pacheco é o vencedor da semana.
O presidente Lula demonstra, com essa fala,
experiência e capacidade de aglutinação. De fato, o Congresso merece
respeito porque tem compromisso com as soluções para o país.
No final da temporada, o campeão ganhará o troféu Luís
Roberto Barroso com a indicação de livros, pensamentos e músicas para
refletir.
A coluna No Ponto analisa e traz informações diárias
sobre tudo o que acontece nos bastidores do poder no Brasil e que podem
influenciar nos rumos da política e da economia. Para envio de
sugestões de pautas e reportagens, entre em contato com a nossa equipe
pelo e-mail noponto@revistaoeste.com.
Eduardo Leite não ganha nem no próprio estado Aqui em Porto Alegre está todo mundo esperando para ver o que decide
agora na quinta-feira o PSDB. Porque está entre Simone Tebet, que é MDB,
e Eduardo Leite, que perdeu as prévias para João Doria.Dentro do
partido não queriam Doria, ele não decolou. Eduardo Leite está se
oferecendo para ser candidato, aliás já renunciou ao governo do Rio
Grande do Sul exatamente para isso, não renunciou por nada, nem para ser
vice de ninguém. Simone Tebet também não quer ser vice de Eduardo
Leite, então já dá para prever que o PSDB siga com Eduardo Leite como
cabeça de chapa.
Leite não vai ganhar mais votos que os outros
dois, Bolsonaro e Lula, nem no estado onde foi governador. Estou
sentindo aqui o ambiente, e é o seguinte: todo mundo sabe que ele saldou
as dívidas do estado com o dinheiro recebido do governo federal para
tratar de pandemia.
E da pandemia todo mundo se queixa que ele, assim
como outros governadores e prefeitos, o que fez foi tirar emprego e
renda, porque não teve nenhum outro efeito o tal de lockdown.
Maratona de viagens O presidente Jair Bolsonaro está indo nesta segunda-feira a Recife. Vai ver in loco os males causados pela chuva. São mais de 60 mortos e mais de mil desabrigados já. Tragédias brasileiras em todas as épocas do ano. No Rio de Janeiro, é no verão. Agora é Recife com chuvas torrenciais.
Não sei como o presidente aguenta, é a maior correria, não tem parada. Estava em Goiânia na Marcha para Jesus. Depois foi para Manaus, com aquela multidão gigantesca também na marcha. Antes disso teve Minas Gerais, também acompanhado de multidões, inclusive em Belo Horizonte.
Em Minas, no auditório da federação das indústrias, Bolsonaro levantou o braço de Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, mostrando uma aliança. Depois levantou o braço de Arthur Lira (Progressistas), que ficou satisfeitíssimo, mostrando que está tudo bem entre o presidente da Câmara e o presidente da República.
Eu faço uma ressalva, porque eu perguntei ao Palácio sobre o Rodrigo Pacheco, que muitos reclamam e chamam de roda presa.
O Palácio disse que não tem queixas dele, que está encaminhando bem as questões de interesse da presidência da República.
Tríplex sorteado e o ridículo passado pelo STF Foi sorteado no sábado o tríplex do Guarujá, que a OAS deu para Lula, conforme o processo que já foi revisado duas vezes e comprovou as condenações.Foi revisado no tribunal regional e superior, que comprovou as condenações, só que o Supremo que resolveu decidir que houve um erro de CEP, que não era em Curitiba que deveriam tratar disso.
Fernando Gontijo comprou e fez um sorteio numa plataforma chamada “Pancadão”. Quem pagasse R$ 19,90 poderia participar do sorteio. Duzentos e cinquenta mil pessoas pagaram e quem ganhou foi Antônio Tarcísio. Ele ganhou o tríplex que era de Lula, e que Lula disse que não era dele e sim de um amigo, assim como o sítio de Atibaia.
O Supremo passa por um ridículo com essas coisas, mas é um assunto seríssimo, um assunto de confiança na Justiça.
Agora mesmo, vão para Algarve, em Portugal, segundo o Estadão, juízes, desembargadores, ministros de tribunais superiores para um evento sobre maus pagadores, débitos não pagos.Tudo de graça, pago exatamente pela entidade Instituto Brasileiro da Insolvência (Ibajud). Os juízes que estão indo lá são responsáveis por processos de mais de R$ 8 bilhões de devedores insolventes.
Vai ser aberto pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Morte em abordagem da PRF A Polícia Rodoviária Federal abriu inquérito, vai tomar medidas, afastou os cinco policiais que causaram a morte de Genivaldo de Jesus Santos. Ele, esquizofrênico, foi abordado e reagiu com susto. Puseram gás onde ele foi preso e acabou morto.
Eu vi uma postagem do ministro Gilmar Mendes dizendo“o assassinato do homem negro Genivaldo de Jesus Santos”.
Gente, se houvesse uma petição do advogado dele, o texto seria “Genivaldo de Jesus Santos, brasileiro, casado, aposentado”. Ninguém falaria em cor de pele, Gilmar Mendes viu cor de pele. É o contrário do que diz a Constituição, em que todos são iguais sem distinção de qualquer natureza.
O empresário Luciano Hang e o senador Omar Aziz, durante sessão da CPI da Covid | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
10 horas — Propaganda gratuita
Tão logo lhe foi dada a palavra para suas considerações iniciais, Luciano Hang sacou da manga uma cartada genial: pediu que fosse exibido um vídeo curto sobre a história de sua empresa, mas cujo conteúdo os senadores não imaginavam que se tratava de publicidade explícita da marca.
A CPI promoveu a Havan em rede nacional e o circo pegou fogo.
Houve alvoroço, e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), só conseguiu falar meia hora depois. Diante dele, sentou-se Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho mais velho do presidente, seu desafeto declarado, que já o xingou de“vagabundo” ao vivo na TV Senado.
11 horas — Suas Excelências
Hang irritou os congressistas logo nas primeiras falas por chamá-los pelo nome,dispensando a soberba forma de tratamento que lhes enche os olhos: Vossa Excelência. Os petistas Rogério Carvalho (SE) e Humberto Costa (PE) não suportaram ver o empresário tratar o presidente da comissão de inquérito simplesmente por… Omar.
— Omar, não! É senador! — esbravejou Carvalho.
— Vossa Excelência! — gritou Humberto Costa.
Marcos Rogério (DEM-RO), de longe uma das poucas vozes sensatas naquele picadeiro, aplacou os ânimos em tom de ironia:
— É melhor chamá-los de Excelência. Isso incomoda muito…[o petista Costa prefere ser chamado de 'drácula', codinome que ganhou na 'operação sanguessuga', quando era especialista em bancos de sangue - que apesar da importância para a vida o sangue foi alvo da corrupção petista.]
12 horas — Dá-lhe campainha!
Foi por volta do meio-dia que a CPI mais uma vez quase terminou em cenas de pugilato. Muito exaltado, com as mãos trêmulas envergando o microfone, Rogério Carvalho cobrou a expulsão do advogado de Hang e reclamou que o depoente o provocava com gestos para manter a calma.
— O senador precisa de uma água — cutucou Flávio Bolsonaro.
🎪Senador Petista Rogério Carvalho confirmando ser mais um parlamentar descontrolado
Não é exagero afirmar que uma das coisas que tiraram Omar Aziz (PSD-AM) do sério foi o figurino do dono da Havan, contra quem fez questão de usar o rótulo da moda cunhado pela imprensa tradicional: “negacionista”.
— Esse patriotismo é da boca para fora; o senhor se vestia com outras roupas! Depois, como o senhor preencheu o seu ego, passou a se vestir de verde e amarelo — afirmou, enquanto exibia fotos antigas de Hang trajando uma tradicional camisa xadrez.
Mais uma vez, coube a Marcos Rogério perguntar o óbvio: “Afinal, o que a roupa do depoente tem a ver com a covid?”
— Com o ego inflado, ele passou a defender o tratamento precoce! — respondeu Aziz.
Ninguém entendeu nada.
Hang colocou um ponto final no assunto:
— Tem gente que gosta de vermelho, não? Eu não uso nem cueca vermelha. É uma opção.
Na falta do que acusar o Luciano Hang, questionam o uso do terno verde amarelo que virou marca registrada do empresário. O que mais falta querer controlar? É o fundo do poço da CPI. pic.twitter.com/kMxEa72x2v
Para levar o empresário à CPI, o chamado G7 chefiado por Renan, que tem a maioria dos votos, argumentou que investiga a suspeita de financiamento de fake news durante a pandemia.
Preparou uma verdadeira videoteca, exibida com intervalos para apontar supostos crimes cometidos em lives nas redes sociais.
Acusou o depoente de comprar medicamentos (cujos nomes passaram a ser proibidos pela patrulha da covid) para tratamento precoce.
No limite da ética, exibiu o atestado de óbito da mãe de Hang, alegando que teria sido propositalmente adulterado para camuflar o contágio pelo coronavírus — o que ele nega veementemente e afirma ter sido um erro (depois corrigido) do plantonista da Prevent Senior.
Como a rede de hospitais está na linha de tiro da comissão, até que esse poderia ter sido o foco dos principais questionamentos. Mas não.
A dupla Aziz e Renan teve tempo para usar suas picardias e tentar avançar sobre as finanças da Havan. O primeiro queria saber se a empresa, que tem mais de três décadas, fez operações de crédito com bancos públicos (BNDES, Banco do Brasil e Caixa), o que foi prontamente respondido pelo empresário.
Ele confirmou que tomou financiamentos e disse, inclusive, ser cliente dos bancos.
A Havan desembolsa R$ 100 milhões por mês só com o pagamento de salários dos 22 mil empregados.[aquela boiada do relator Calheiros, que em encrencas passadas era movimentada entrando e saindo das Alagoas, usou apenas três vaqueiros.]
CPI da Pandemia ou do BNDES? A oposição fez uma devassa na vida de Luciano Hang para saber se ele pegou empréstimos do BNDES, tentando criminaliza-lo por uma ação empresarial legitima. Numa clara perseguição política, por causa de manifestações feitas em apoio a Bolsonaro. pic.twitter.com/jDnCCWQHXK
Já Renan Calheiros estava interessado em negócios com um tipo de moeda que o tradutor de libras da TV Senado teve dificuldades para decifrar (veja se consegue entender no vídeo abaixo).
Em dia inspirado, o senador Rogério Carvalho interrompeu o questionário do relator para fazer um comunicado urgente à nação. Segundo ele, a Polícia Legislativa deveria ser acionada, porque sua conta no Twitter e a de outros integrantes da CPI estavam sendo bombardeadas em massa pelo “gabinete do ódio” bolsonarista.— Claramente, houve um ataque sistemático de robôs às nossas redes, xingando, ofendendo e agredindo senadores da República! Uma ação orquestrada!
Nem Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que substituía Aziz naquele momento, levou o colega a sério e determinou:
— Prossiga, Renan.
🚨 DENÚNCIA!!! O @SenadorRogerio acaba de afirmar que os parlamentares da CPI estão sob ataque do gabinete do ódio em suas redes no momento do depoimento de Luciano Hang.
Uma das estratégias mais manjadas em qualquer CPI é escalar um assessor para chegar o mais cedo possível à sala da sessão para garantir um lugar privilegiado na fila de inscritos. Quando a planilha é disponibilizada, o funcionário avisa o parlamentar pelo WhatsApp, que imediatamente segue até o local para registrar sua assinatura. Foi isso que o G7 fez na quarta-feira, numa jogada para que aliados do governo e até amigos de Hang, como o catarinense Jorginho Mello (PL), ficassem para o final. O cálculo é simples: dominar o “horário nobre” da sessão significa exposição intensa em emissoras de televisão e sites, e quem fica no rodapé da lista ainda corre o risco de não fazer suas perguntas por causa do início da Ordem do Dia — o regimento interno determina a suspensão das atividades para que os senadores votem no plenário.
Ao longo de sete horas, as notas taquigráficas da sessão registraram 15 vezes a expressão “tumulto no recinto”
A obsessão em seguir essa cartilha foi tamanha que Randolfe chegou a anunciar que não daria tempo para que todos fizessem suas perguntas duas horas antes do encerramento do depoimento, enquanto consultava o relógio insistentemente.
16 horas— Recreio e resenha
Como é praxe, depois da artilharia contra os convocados, o G7 tradicionalmente deixa a sessão mais cedo — Aziz e Randolfe se revezam para apagar a luz.
Na antessala da CPI são servidos sanduíches com frios, frutas, suco, café água, mas há também reuniões paralelas com quitutes regionais e almoço delivery.
Em ambiente privado, são feitas as avaliações de desempenho e combinados discursos para as entrevistas no apelidado “cercadinho” para as coletivas de imprensa — às vezes feitas em conjunto. No cerrar das cortinas, os senadores que não integram o grupo usam os minutos restantes sem holofotes nem manchetes à espreita.
17 horas — Extras
Ao longo de sete horas, as notas taquigráficas da sessão registraram 15 vezes a expressão “tumulto no recinto”, usada pelos datilógrafos não só para descrever o clima de balbúrdia, como por não conseguir captar todas as falas simultâneas. O termo “campainha”, uma espécie de alarme quando já não há controle, aparece dez vezes — e “interrupção do som”, 14.
Foi um show de horrores. Mais difícil é pensar que essa CPI pode permanecer em cartaz até novembro.
Falha em equipamento de segurança de agência manteve cliente por mais de uma hora na entrada de estabelecimento
O Tribunal de Justiça de Alagoas julgou o processo de uma mulher que ficou presa em uma porta giratória de uma agência do bancoItaú.
A autora da ação argumentou que ficou enclausurada no local por mais de
uma hora e que funcionários do banco não ofereceram solução para a
situação. Ela disse ainda que após ser retirada da porta giratória, não
teve permissão para entrar na agência e que foi colocada em situação
vexatória ao ser mantida no lado de fora e sendo observada pelos demais
clientes que entravam no estabelecimento “como se fosse uma criminosa”.
O
banco, por sua vez, não negou que o fato possa ter ocorrido. Porém,
julgou que a pena é desproporcional ao que foi relatado por sua cliente.
A sua defesa afirmou que houve um “transtorno dentro da normalidade”,
que se limitou apenas à chateação da mulher e que, portanto, o ocorrido
não seria justificativa para a cobrança de indenização.
O
juiz Jamil Albuquerque entendeu que o atendimento por parte dos
funcionários da agência não foi razoável e que o fato teria resultado em
“danos intensos” à autora do processo. Para o juiz, o abalo psicológico
provocado na mulher é inegável, uma vez que ela teria ‘sido tratada com
descaso pelos representantes do réu, bem como exposta ao vexame público
ao ser impedida de adentrar na agência bancária mesmo tendo seguido
todos os protocolos de segurança’. Albuquerque ainda destacou que a
aglomeração resultante do incidente contribuiu para que ‘a ofensa
atingisse a honra da autora de maneira objetiva e subjetiva, bem como a
sua imagem’.
“Dano moral se caracteriza como violação dos bens de ordem moral”, diz especialista
Em entrevista ao Estadão,
Ary Maia, vice-presidente da Comissão de Direito do Consumidor da OAB
de Alagoas, explica que é configurado dano moral quando ocorre
constrangimento ilegal, ou seja, quando as pessoas são submetidas à
situações vexatórias sem que haja motivação objetiva para tal. Dessa
forma, ele concorda com a sentença proferida pelo juiz Jamil
Albuquerque, que considerou a situação vexatória e danosa à imagem da
autora do processo. Leia abaixo as dicas dadas por Maia.
Estadão: O que se configura como ‘dano moral’? Como o consumidor pode identificar que sofreu dano moral por parte das empresas?
Ary Maia: O
dano moral se caracteriza como violação dos bens de ordem moral. Alguém
que sofra um dano moral pode ter tido uma violação de sua liberdade,
saúde mental ou física e até de sua imagem. Como foi o caso dessa pessoa
que foi impedida de entrar na agência bancária por mais de uma hora,
devido a um problema na porta giratória.
O
consumidor pode identificar que teve um dano moral quando ele sofre
alguma vergonha, constrangimento ilegal perante às pessoas. Isso ocorre
quando as empresas provocam mal estar ou angústia na vítima. Isso é
perceptível quando você sente que a sua saúde mental e física foram
comprometidas, a sua honra manchada de alguma forma ou que a sua
liberdade foi afetada.
Estadão: Por que neste caso em específico coube indenização por dano moral?
Ary Maia: Nesse
caso em específico, a própria sentença do juiz é bem clara, quando diz
que a autora da ação ficou constrangida quando passou pela porta
giratória e foi impedida de entrar na agência mesmo sem ter sido
detectado pela segurança qualquer elemento que justificasse essa
decisão. Ela ficou exposta ao ridículo por uma hora e, portanto, esse
constrangimento se tornou ilegal.
Quando
a nossa honra é prejudicada, lesada, não existe um parâmetro de ofensa.
Então, não existe uma intensidade de valor para esse tipo de causa.
Logicamente que o juiz estipulou esse valor como penalidade para que a
instituição não repita esse tipo de postura. R$ 10 mil reais não é um
valor alto, tem coisas que R$ 1 milhão não pagaria o constrangimento.
Mas, para evitar o enriquecimento ilícito, normalmente é estipulado algo
em torno desse valor imputado pelo juiz.
Estadão: Que tipos de documentos devem ser reunidos para a abertura de um processo como esse?
Ary Maia: Para
a abertura de um processo como esse são necessários os documentos
pessoais, comprovante de residência e documento que comprove que o
evento ocorreu na região coberta pela comarca. Além disso, é preciso
reunir provas. Hoje os celulares são instrumentos importantes para isso,
já que podemos fazer fotos e vídeos. Os depoimentos das testemunhas que
presenciaram o acontecimento também podem ser utilizados como prova.
Se
tiver advogado, deve ser apresentada uma procuração. Se for juizado de
pequenas causas, com valor indenizatório de até 20 salários mínimos, a
própria pessoa pode fazer a queixa e é dispensada a presença de
advogado. Porém, a minha instrução é que se busque um advogado para
auxiliar a reunir provas e para que ele possa aumentar as possibilidades
de ganho da parte autora.
Estadão: Abrir
um processo como esse gera custo para a consumidora? Se sim, em caso de
a consumidora não ter condições financeiras de pagar pelos custos da
ação, há algum atendimento público ou filantrópico, que possa auxiliar a
pessoa interessada?
Ary Maia: No
caso do juizado e na justiça comum a pessoa tem que provar com uma
certidão que ela tem renda baixa. Para se beneficiar da gratuidade da
Justiça deve ser atestado que a parte interessada tem renda abaixo de
três salários mínimos.
Estadão: O
Itaú afirma que o caso não passou de “mero aborrecimento”, não sendo
pertinente a indenização. Ele pode recorrer da decisão? Caso sim, a
autora do processo pode sofrer algum revés como ser imputada a pagar os
honorários advocatícios ou algo do tipo?
Ary Maia: O
banco Itaú logicamente que, na sua defesa, alegou mero aborrecimento.
Esse argumento é muito utilizado por empresas que causam danos
semelhantes, como a inclusão do nome da pessoa no SPC/Serasa de forma
indevida, e tantas outras coisas.
Caso
o banco queira recorrer, existe essa possibilidade. Assim como a autora
do processo também pode entrar com algum tipo de recurso, como por
exemplo, solicitar a revisão do valor firmado na indenização.
Geralmente, a segunda instância confirma a sentença inicial, mas isso
não é regra, não podemos falar de forma categórica. Aqui em Alagoas, a
tendência é essa, mas não podemos também dizer arbitrariamente em nome
das instâncias superiores.
Nesta
situação em questão, a autora deu entrada no juizado especial, é sinal
de que ela não tem condições de pagar as custas. Então, ela está coberta
pela assistência judiciária. Caso o banco consiga reverter a sentença
em instância superior, a condição da autora do processo é que vai
determinar se ela terá que arcar com alguma despesa. Se ela foi
beneficiada pela gratuidade do serviço jurídico, ela fica isenta de
pagar os honorários do advogado do banco e as custas.
COM A PALAVRA, O ITAÚ
O Itaú Unibanco lamenta o ocorrido e cumprirá a decisão da Justiça.
Sérgio Camargo sugere que negros cortem seus cabelos: "não tenha orgulho, é carapinha"
“Sou careca, como todos já devem ter notado. No entanto, caso
tivesse, meu cabelo não seria afro. O cabelo do negro é carapinha",
disse o presidente da Fundação Palmares, em mais um ataque. Para ele, o
cabelo afro prejudica no trabalho
Depois de ser criticado por sugerir, em tom de ironia, “máquina zero obrigatória para a negrada”, o presidente daFundação Palmares, Sérgio Camargo, afirmou que “nada é mais ridículo do que ter orgulho do cabelo”. A declarações foram feitas em seu perfil no Twitterna manhã desta domingo (20.dez.2020)
Na 6ª feira, Camargo havia compartilhado imagem de notícia do Poder360 que relata os comentários feitos por ele no microblog ao longo da semana passada. Ele tweetouartigo que tratava dos desafios enfrentados por pessoas com penteado afro na hora de usar fones. Camargo, que é careca, recomendou que negros abrissem mão dos fios:“Corta o cabelo, pô”.
Em uma série de postagens, Camargo disse que não tinha o que reclamar do corte de cabelo dele. “Sou careca, como todos já devem ter notado. No entanto, caso tivesse, meu cabelo não seria afro. O cabelo do negro é carapinha”, escreveu. “Não tenha orgulho do seu ‘cabelo afro’, orgulhe-se das suas conquistas”.
Em tom de ironia, o presidente da Fundação Palmares afirmou que fones de ouvido para “pretos cabeludos”importam – parafraseando o termo Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), do movimento internacional que combate a violência contra pessoas negras.
O presidente da Fundação Palmares deixa subentendido ainda que, para ele, a falta de oportunidades no mercado de trabalho a pessoas negras está relacionada ao cabelo crespo.“Ensinam pretos a defender seu ‘cabelo afro’, em vez da educação livre de doutrinação e do método Paulo Freire. Depois, com suas vastas cabeleiras, reclamam da ‘falta de oportunidades para pretos no mercado de trabalho’”, declarou.
O cabelo crespo é um marcador racial visível. Além de ser considerado uma característica física da pessoa negra, seu uso é visto como um ato político, considerando os padrões impostos pela sociedade que incidem sobre a estética do cabelo liso e a influência que o uso tem na construção da autoestima e identidade negra. Na avaliação de Camargo, não. “É só isso o tuíte”, escreveu neste domingo (20.dez.2020)
Senador faz política, não guerra. E PM não faz greve, faz motim, um crime militar
Policiais militares, armados e encapuzados, fazem greve ilegal,
aquartelam-se e usam mulheres e filhos como escudo. Um senador,
exibindo-se pateticamente heróico, aboleta-se numa retroescavadeira,
ameaça lançá-la contra o quartel, os policiais e suas famílias e leva
dois tiros. Tiros para matar. Típica história em que não há mocinhos e
ninguém tem razão.
Todo o enredo ganha ainda mais dramaticidade pelo momento e pela
simbologia: policial versus político, justamente no mesmo dia em que
emergiu a fala do general Augusto Heleno (GSI) atacando os parlamentares
como “chantagistas” e dedicando-lhes um sonoro palavrão. Como tudo, o conflito no Ceará foi para as redes sociais como Fla-Flu,
com a torcida vermelha aplaudindo o senador Cid Gomes (PDT-CE), que é
oposição ao governo federal e situação no seu Estado e apresentou-se
ensandecido, autoritário e ridículo, dando cinco minutos para os
policiais, ou jogaria a escavadeira em cima de todos.
Alguém entre os policiais grita uma pergunta pertinente: “Qual a sua
autoridade para exigir isso?” E outro alguém dispara uma, duas vezes,
mirando o coração. Não foi para dar susto. Já para a torcida verde, ou verde-oliva, o único culpado, o único alvo, é
o senador cearense, irmão do também destemperado Ciro Gomes (PDT), um
dos adversários do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Quem atirou agiu
em “legítima defesa, para salvar vidas”. Um tiro perfurou o pulmão e o
outro, a clavícula, mas o time acha pouco. “Tinha de ser no meio da
testa”, diz um torcedor.
De cabeça fria, olhando a Constituição, ninguém ali merece torcida nem
perdão. Não existe greve de categoria armada. É motim, não greve;
questão militar, não sindical.Como, aliás, destacaram as Forças Armadas
quando o então presidente Lula insistia em tratar a rebelião dos
sargentos controladores de voo como greve de sindicalistas, não como
motim que era. Só quando a coisa fugiu totalmente ao controle Lula
autorizou e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, fez o
que tinha de ser feito: enquadrou todos eles e botou ordem na bagunça.
Do outro lado, o que dizer de um senador que não tem cargo executivo nem
autoridade para gerenciar greve, muito menos motim, e assume uma
retroescavadeira para jogar em cima de pessoas, ou melhor, famílias?
Seria cômico, não fosse trágico. Seria surpreendente, não fossem os
irmãos Gomes, os valentões de Sobral.
Toda essa história vem num contexto de radicalização política, com o
presidente da República jogando sua retroescavadeira verbal contra tudo e
todos, enaltecendo armas e empoderando as polícias – que, aliás,
conquistaram assentos no Congresso e acabam de receber um aumento de 41%
em Minas Gerais, um Estado quebrado. Aguarda-se agora o efeito, tanto do aumento em Minas quanto dos tiros no
Ceará, em outras unidades da Federação, como Paraíba, já em crise, e o
Espírito Santo, que já passou por isso em 2017, quando PMs jogaram suas
mulheres no teatro de operações para exigir aumentos e vantagens. Sem
segurança, o Estado viveu o caos, com centenas de mortes.
A expectativa, porém, é de que se repita no Ceará o que ocorre em geral
nesses casos, inclusive no Espírito Santo: julga-se daqui, julga-se dali
e nunca dá em nada, com as assembleias [e governadores] também dando cobertura aos
crimes e aos criminosos. Em resumo: policiais cometeram crime,um insano ameaçou jogar uma
retroescavadeira sobre pessoas, um senador foi atingido por dois tiros. E
o que vai acontecer? Nada. A boa notícia é que o governo Bolsonaro e o
governo do PT do Ceará acertaram o uso da GLO, mas tem risco: o
confronto do Exército e Força Nacional com PMs amotinados,
inconsequentes e perigosos.[os PMs sabem que com o Exército Brasileiro a situação é diferente - o Exército, melhor dizendo, as Forças Armadas não entram para perder.Que o digam os terroristas de 64, de 35 e outras datas.
O que o Congresso Nacional tem que resolver urgentemente é a entrada em vigor do 'excludente de ilicitude' - não é justo que jovens, alguns até recrutas, no estrito cumprimento do DEVER LEGAL, executando uma GLO, sejam compelidos ao uso da força e posteriormente sejam responsabilizados criminalmente.]
Quando uma imagem faz sucesso, ela tende a ser repetida ao infinito. A criatividade acaba sendo a vítima mais visível do sistema
É
possível viver numa rede social sem curtidas? É isso que os usuários
mais jovens do Instagram estão começando a descobrir desde a semana
passada, quando a empresa varreu os likes das telas dos smartphones.
Quem posta ainda vê quantas curtidas recebeu, mas já não vê quantas
receberam os demais. Afinal, o parâmetro é bom para saber se o seu
público prefere fotos de gatos ou peixes, mas pode gerar muita angústia
em quem vê nas redes um permanente concurso de popularidade, ou seja -
praticamente todos que lá estamos. A medida, anunciada pelo
Instagram como um teste, e aplicada com cautela num número reduzido de
países, causou comoção, e rendeu até um tuíte do 03, no seu português
peculiar, como sempre se achando alvo de perseguição: "Confere
que o Instagram não mostra mais o número de curtidas numa postagem?
Empresa privada, ok. Se isso for real saiba que o intuito é barrar o
crescimento dos que pensam de forma independente, ou seja, aqueles que
estão rompendo o sistema. Quem raciocina sabe o q isso significa." Na
verdade, quem raciocina sabe que, há tempos, o número de curtidas no
Instagram passou a ser mais importante do que o conteúdo postado.
Qualquer clique bobo de subcelebridade rende mais curtidas em alguns
minutos do que todo o trabalho de um usuário esforçado, porém
desconhecido, durante anos. É difícil lidar com isso. Os que
estão na internet há mais tempo sabem que nem sempre a vida online foi
pautada por likes . No Fotolog, primeira rede social para
compartilhamento de fotos, criada em 2002, não existiam curtidas - e,
ainda assim (ou talvez por isso mesmo), nunca houve experiência mais
divertida para quem de fato gostava de produzir e de ver imagens. O
Fotolog tinha uma interface limpa, não tinha anúncios, permitia a
postagem de uma foto por dia e limitava o número de comentários. Quem
achasse pouco podia virar assinante ("Gold Camera"): com isso, o limite
passava para seis fotos diárias, e o espaço para comentários permitia
200 em vez de 20.
Estava mais do que bom, e assim poderia ter
continuado para sempre, mas a rede foi vítima do próprio sucesso, e não
conseguiu superar nem as dificuldades técnicas que vieram com a explosão
do número de usuários, nem o desgosto da turma mais antiga diante das
hordas de adolescentes que não postavam nada além de selfies. Isso
foi na época da internet a vapor, bem no momento em que as fotos
digitais deixaram de ser feitas em câmeras e passaram a vir de
smartphones.
Outros tempos. Pessoalmente, aprovo a mudança
no Instagram. A cultura dos likes, polarizadora em redes de opinião -
onde quanto mais radical o pensamento, mais popular - é homogeneizante
em redes de forte apelo visual: quando uma imagem faz sucesso, ela tende
a ser repetida ao infinito. A criatividade acaba sendo a vítima mais
visível do sistema, acima até de egos feridos e frustração geral. É
claro que influenciadores brasileiros já estão dando o seu jeitinho:
eles têm fotografado as próprias páginas, e postado para os seus
seguidores. Mas aí, além do número de curtidas, o ridículo também fica
visível.
Sergio Moro deu uma paulada em Verdevaldo e seus parceiros: “Sou
grande defensor da liberdade de imprensa, mas essa campanha contra a
Lava Jato e a favor da corrupção está beirando o ridículo. Continuem,
mas convém um pouco de reflexão para não se desmoralizarem. Se houver
algo sério e autêntico, publiquem por gentileza.”
Entrevista com Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército
Ex-comandante do Exército afirma que ataques ‘passaram do ponto’ e que escritor ‘se arvora com mandato para querer tutelar País’
Um dos nomes mais respeitados nas Forças Armadas, o
ex-comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas quebrou o silêncio
que reina na caserna e entre os generais que despacham no Palácio do
Planalto para defender, primeiro no Twitter e depois em entrevista ao
Estado,os ministros militares dos ataques do guru bolsonarista Olavo de
Carvalho e seus seguidores, incluídos os filhos do presidente Jair
Bolsonaro. Villas Bôas, que está na reserva e exerce o cargo de assessor
especial do ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança
Institucional (GSI), disse ao Estado que Olavo “passou do ponto”, está
agindo com “total desrespeito aos militares e às Forças Armadas” e
“presta enorme desserviço ao País”.
A seguir, os principais trechos da entrevista:
Olavo de Carvalho voltou a atacar os militares pelo Twitter. O sr. rebateu. Qual o tamanho do incômodo dos srs.?
Bolsonaro entendeu que trazer militares para trabalhar em setores do
governo seria uma cooperação importante para o restabelecimento da
capacidade de gestão e a busca de combate à corrupção. Isso não
significa que as Forças Armadas estão participando do governo, mas
trazendo consigo seus valores. Portanto, os militares exercem uma
natural influência que contribui para a estabilidade do País e do
governo. Talvez por isso, o sr. Olavo de Carvalho se sinta
desprestigiado e queira disputar espaço com os militares, junto à
Presidência da República. Isso não dá direito a ele de traçar
comentários desairosos a toda uma classe profissional, que representa
uma instituição. Desconheço os tipos de valores que animam o sr. Olavo
de Carvalho a tecer tais comentários.
Olavo passou do ponto?
Sim. Passou do ponto. Aliás, já vem passando do ponto há muito tempo,
agindo com total desrespeito aos militares e às Forças Armadas. E,
quando digo respeito, é impressionante que ele, como um homem que se
pretende culto e inteligente, desconhece normas elementares de educação.
É também muito grave a maneira como ele se refere com impropérios a
oficiais da estatura dos generais Mourão (vice-presidente da República),
Santos Cruz (ministro da Secretaria de Governo) e Heleno (ministro) e
aos militares em geral.
O que fazer diante disso?
Rebater Olavo de Carvalho seria dar a ele a importância e a relevância
que não tem e não merece. Ele está prestando um enorme desserviço ao
País. Em um momento em que precisamos de convergências, ele está
estimulando as desavenças. Às vezes, ele me dá a impressão de ser uma
pessoa doente, que se arvora com mandato para querer tutelar o País.
O presidente Bolsonaro está sendo tímido na defesa dos militares?
O presidente, desde sempre, tem sido enfático ao expressar o seu
respeito, a sua admiração e o seu apoio às Forças Armadas, tanto
verbalmente como em inúmeras ocasiões. Eu desconheço como é o
relacionamento do presidente da República com Olavo. O presidente não me
disse diretamente, mas soube que ele já expressou o seu
descontentamento com as posturas do sr. Olavo.
Mesmo assim Olavo e filhos do presidente mantêm os ataques...
Isso tudo é resultado de uma certa influência do sr. Olavo num grupo
importante de apoiadores de Bolsonaro. O presidente deve estar pesando
isso antes de tomar uma decisão (sobre esse assunto).
A que o sr. atribui essa guerra?
Uma patologia muito comum que acomete todos aqueles que se deixam
dominar por uma ideologia é a perda da capacidade de enxergar a
realidade e a inconformidade de não ver todos os preceitos que ele
professa serem implantados na sociedade.
Há uma corrente olavista que acusa os militares de tutelar o presidente...
Absolutamente. O presidente Bolsonaro tem uma personalidade bastante
independente na sua maneira de ser. Ele interage com seus assessores, se
orienta e se aconselha pelas observações que lhes são apresentadas. Ele
sempre foi assim. Mantém absoluta independência de pensamento e na
maneira de agir.
Os olavistas levantam teses de que os militares querem assumir o poder em dois anos, com o vice Hamilton Mourão.
Isso é uma inverdade que beira o ridículo. Não passa na nossa maneira de
pensar algo desse tipo, porque seria uma deslealdade com o presidente e
a lealdade é o valor que os militares tomam como religião. O general
Mourão, a quem conheço com profundidade, tampouco se prestaria a
participar desse tipo de articulação.
O general Santos Cruz pode deixar o governo? Os militares podem se afastar por conta dos ataques?
Não acredito. Cada um está imbuído em auxiliar o governo e o Santos Cruz
expressa isso, a enorme responsabilidade que ele tem, e a sua
importância para a articulação política em relação ao que ocorre no
Congresso.
Se o governo não der certo, a conta vai para os militares?
Embora o que estejamos vivendo não represente as Forças Armadas no
governo, mas pela importante presença dos militares em cargos de chefia,
certamente uma parte da conta será debitada aos militares.
O surto de demência autoritária de Marco Aurélio deve ser neutralizado de imediato pelos juízes de verdade
O prenome de imperador romano, a vaidade tão
pesada que deve ser calculada em arrobas, o olhar de quem treina para
virar estátua, a arrogância que identifica os que acham que a toga é que
deve orgulhar-se de cobrir-lhe o corpo, o prazer sensual com que ouve o
som da própria voz entoando expressões ignoradas pela plebe — tudo
isso, junto e misturado, subiu de vez à cabeça de Marco Aurélio Mello. E
ordenou-lhe que caprichasse na liminar que, se fosse levada a sério
pela Justiça brasileira, colocaria em liberdade todos os bandidos que
cumprem pena depois de condenados em segunda instância.
Que Nero, que nada: sem uma Roma para incendiar, Marco Aurélio I, o
Imperador das Cadeias, resolveu destruir com uma canetada a
jurisprudência recentemente reafirmada pelo plenário do Supremo Tribunal
Federal, a segurança jurídica e a esperança no triunfo da lei sobre o
crime, e da honradez sobre a falta de vergonha na cara. O ministro
coleciona molecagens, sentenças idiotas, chiliques de debutante e odes
ao descaramentodesde que foi presenteado com uma toga pelo primo
Fernando Collor. Até esta assombrosa quarta-feira, contudo, era possível
acreditar que mesmo para um marcoauréliomello existem limites.
Não existem, atesta a liminar produzida na véspera do recesso do
Judiciário. O latinório ridículo e algumas condicionantes malandras
procuram inutilmente camuflar o objetivo do autor:tirar Lula da cadeia.
As restrições inócuas não passam de um truque diversionista concebido
para ocultar as aberrações decorrentes da torpeza original. Com o
ex-presidente condenado por corrupção e lavagem de dinheiro,
recuperariam o direito de ir e vir(e roubar, e matar, e revogar por
dias ou semanas a ordem legal) uma imensidão de assassinos,
estupradores, latrocidas e, claro, delinquentes de estimação de Marco
Aurélio e seus comparsas.
A afronta ao país que presta deve ser barrada de imediato pela reação
da banda sadia do STF, do Ministério Público e dos magistrados que
ouvem a voz da Justiça, não os sussurros dos que conspiram contra o
império da lei. A liminar de Marco Aurélio merece ser atirada à lata de
lixo mais próxima por juízes de verdade, que não se curvam bovinamente a
determinações intoleráveis.
O Brasil se tornará bem melhor se for
socorrido por uma variação da boa e velha desobediência civil. Tal arma,
manejada com altivez e destemor, já sufocou no nascedouro tantos surtos
de demência autoritária. É hora de usá-la para expulsar Marco Aurélio
do seu trono imaginário.
Dilma usará delação de Funaro para embasar pedido de anulação do impeachment
Em nota divulgada nesta segunda-feira (16), o advogado de
Dilma e ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou que usará
a delação do operador Lúcio Funaro para reforçar o pedido para anulação
do impeachment que tirou a petista do cargo no ano passado (leia a
íntegra mais abaixo).
Funaro, cujos vídeos de sua delação premiada vieram à tona
na última sexta-feira (13), afirmou ter repassado ao ex-presidente da
Câmara Eduardo Cunha, preso desde outubro do ano passado, R$ 1 milhão
para comprar votos de deputados a favor do impeachment de Dilma. Funaro
afirmou que recebeu uma mensagem de Cunha perguntando sobre
“disponibilidade de dinheiro” para comprar votos favoráveis ao
impeachment. Funaro afirmou que Cunha contar com R$ 1 milhão, valor que
seria liquidado em no máximo duas semanas. Os vídeos estão disponíveis
no site da Câmara desde 29 de setembro.
A nota afirma que pedirá, nesta terça-feira (17), que o
depoimento de Funaro seja juntado aos autos do mandado de segurança que
pede a anulação do impeachment. “Entendemos que na defesa da
Constituição e do Estado Democrático de direito, o Poder Judiciário não
poderá deixar de se pronunciar a respeito, determinando a anulação do
impeachment de Dilma Rousseff, por notório desvio de poder e pela
ausência de qualquer prova de que tenha praticado crimes de
responsabilidade”, afirma Cardozo na nota.
Votos contra impeachment
Outra delação, essa de Joesley Batista, também afirma que
deputados tentaram comprar votos contra o impeachment. O empresário
afirmou em sua delação que João Carlos Bacelar (PR-BA) pediu R$ 150
milhões para comprar votos contra a abertura do processo contra Dilma. O
encontro entre Bacelar e o dono da JBS, afirma Joesley, foi no dia 16
de abril, um dia antes da votação do impeachment na Câmara, na casa do
delator.
Bacelar teria pedido a verba para comprar 30 votos, por R$ 5
milhões cada. Joesley, entretanto, afirmou que não poderia arcar com
essa quantia, mas autorizou a compra de cinco votos por R$ 3 milhões
cada, totalizando R$ 15 milhões.
Leia a íntegra da nota da defesa de Dilma Rousseff:
“1. Desde o início do processo de impeachment, a defesa
da presidenta eleita Dilma Rousseff tem sustentado que o processo de
impeachment que a afastou da Presidência da República é nulo, em razão
de decisões ilegais e imorais tomadas pelo ex-presidente da Câmara
Eduardo Cunha e por todos os parlamentares que queriam evitar “a sangria
da classe política brasileira”.
2. Agora, na delação premiada do senhor Lúcio Funaro,
ficou demonstrado que o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de
parlamentares em favor do impeachment.
3 – A defesa de Dilma Rousseff irá requerer, nesta
terça-feira, 17 de outubro, a juntada dessa prova nos autos do mandado
de segurança, ainda não julgado pelo STF, em que se pede a anulação da
decisão que cassou o mandato de uma presidenta legitimamente eleita.
4. Entendemos que na defesa da Constituição e do Estado
Democrático de direito, o Poder Judiciário não poderá deixar de se
pronunciar a respeito, determinando a anulação do impeachment de Dilma
Rousseff, por notório desvio de poder e pela ausência de qualquer prova
de que tenha praticado crimes de responsabilidade.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta segunda-feira (11) em Petrolina (PE) que o Congresso Nacional"assaltou" o poder da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) ao aprovar a admissibilidade do impeachment. "Dilma tinha três anos de mandato ainda. Mas nas caras resolveram reunir uma maioria lá (...) e assaltaram o poder. Aquilo foi um assalto. Um assalto legalizado por uma maioria muito duvidosa na Câmara dos Deputados", disse Lula.
Cada vez que vemos fotos da Afastada e do Fracassado, lembramos de Mussolini e sua amante Clara Petacci
Lula é um fracassado, triplamente fracassado, pois fracassou em acabar com a miséria no Brasil, fracassou em seu projeto de poder e fracassou em retirar sua própria família da miséria. Pois sabemos que ele e sua descendência serão presos, obrigados a devolver o que roubaram e terminar os dias na mais completa miséria
Discursando para uma plateia de militantes petistas e membros de entidades de políticas para o semiárido, Lula também comparou o afastamento da presidente a uma casa que foi invadida. "Você mora numa casa, eu passo na frente da sua casa. Eu vejo que você não está cuidando bem dela. Eu digo, essa mulher não está cuidando bem, vamos entrar lá tomar a casa dela", disse Lula, afirmando. Na sequência, Lula afirmou que o governo Dilma "não estava legal", mas disse este não deveria ser motivo suficiente para afastá-la do cargo. "Ela não estava legal. A gente estava vivendo um período ruim. E todos vocês estavam com bronca porque [Dilma] foi mexer na aposentadoria, mexer nos pescadores. Mas a gente não troca de presidente como troca de roupa".
Em fala que teve como alvo direto o presidente interino, Lula disse que "até sindicalista" tem que disputar eleições e ganhar. "Se o Michel Temer quer chegar à presidência, ele tem que disputar a eleição", disse. Em seguida, o público respondeu com gritos de "fora, Temer".
'ZAPZAP' PARA SENADORES No discurso, Lula defendeu que a população pressione os senadores a votarem contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no julgamento previsto para agosto. "Vocês precisam fazer conversa com os senadores. (...) Mande carta, mande 'zapzap', mande qualquer coisa para pedir para eles não darem um golpe na democracia do país", disse Lula, afirmando que faltariam seis votos para virar o placar no Senado a favor da petista.
Ao falar sobre a crise econômica, Lula defendeu medidas de estímulo à economia, como a concessão de crédito por meio dos bancos públicos para"colocar dinheiro na mão do pobre". [foi a concessão de crédito aos mais pobres sem dar condições para os beneficiados pagassem as prestações - o que o Apedeuta chama de colocar dinheiro na mão do pobre - que trouxe de volta a inflação, o desemprego e a crise.. Crédito tem que ser concedido com responsabilidade.] A visita a Petrolina faz parte de uma programação de três dias de Lula por cidades nordestinas, onde participa de atos contra o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT). Mais cedo, em Juazeiro (BA), afirmou que o governo interino de Michel Temer (PMDB) está agindo para "desmontar programas sociais" e "vender o patrimônio" do país. E disse que Temer privatiza porque não sabe governar.
Nesta terça (12), o ex-presidente segue para as cidades de Carpina e Caruaru, em Pernambuco, onde participa de encontro com agricultores e de ato pela democracia. A programação será encerrada na quarta-feira (13) com um ato público no Recife.