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segunda-feira, 25 de julho de 2022

O discurso do ódio - Branca Nunes

Revista Oeste

Em julho de 2020, por exemplo, um jornalista explicou no título de sua coluna "Por que torço para que Bolsonaro morra" [tem um outro, que curte um merecido ostracismo, sugeriu que o 'capitão do povo' se suicidasse.]

“É num ambiente assim que um bolsonarista pega uma arma, vai à festa de aniversário de um petista e mata o petista”, afirmou uma jornalista, na manhã desta quinta-feira, 21, durante um programa de rádio. O “ambiente” ao qual ela se refere é o estupro de uma mulher grávida pelo anestesista na sala de parto, o cirurgião plástico que deformava as pacientes e as mantinha em cárcere privado e o espancamento de uma procuradora-geral por um colega de trabalho durante o expediente, entre outras atrocidades. Segundo a analista, “tem uma onda de loucura do mal neste país”. O culpado, claro, é o presidente Jair Bolsonaro. 

Foto: Reprodução/Shutterstock
Foto: Reprodução/Shutterstock

Uma semana antes, na sexta-feira 15, Alexandre de Moraes havia concedido 48 horas para Bolsonaro manifestar-se sobre uma ação impetrada por partidos de oposição contra “discursos de ódio”. Rede, PCdoB, PSB, PV, Psol e Solidariedade acham que “as falas do presidente se configuram em estímulos psicológicos que vão construindo no imaginário de seus apoiadores e seguidores a desumanização do opositor”.

Mesmo depois de a Polícia Civil concluir que não houve motivação política no assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, os partidos — assim como a jornalista — exigem que Bolsonaro condene o crime publicamente. “Não há provas de que foi um crime de ódio pelo fato de a vítima ser petista”, afirmou Camila Cecconello, delegada responsável pelo caso.

No dia seguinte ao ultimato, começaram a circular pelas redes sociais imagens de um filme em que um boneco idêntico a Bolsonaro, vestindo um terno e usando a faixa presidencial, morre durante uma motociata. O cineasta Ruy Guerra, responsável pela gravação, afirmou que “as cenas foram retiradas de contexto”. Elas farão parte de A Fúria, filme da trilogia completada por Os Fuzis (1964) e A Queda (1977).


Não foi a primeira vez em que ecoou a lira do delírio. Faz parte da rotina nacional desejar, sugerir ou estimular a morte do presidente. Em julho de 2020, por exemplo, o jornalista Hélio Schwartsman escreveu um artigo na Folha de S.Paulo com o título “Por que torço para que Bolsonaro morra”. Na época, o presidente havia sido diagnosticado com covid-19.

Dois anos antes, durante a campanha presidencial, Bolsonaro sofrera um atentado à faca que quase realizou o desejo do jornalista. Alega-se que Adélio Bispo sofre de problemas mentais. Mas ele sabe explicar com muita clareza por que já foi militante do Psol. Adélio pode ganhar a liberdade a qualquer momento. Basta o juiz responsável entender que ele não sofre mais “dos transtornos que o levaram à internação”.

Em setembro de 2020, o autodenominado coletivo de arte In Decline gravou um vídeo em que uma reprodução ultrarrealista da cabeça de Jair Bolsonaro é usada como bola de futebol. No filme, uma jovem retira de um túmulo o que seria o crânio do presidente. Na sequência, o objeto vira bola e, por fim, é mordido por um cachorro. Entre incontáveis chutes, aparecem menções à vereadora Marielle Franco, morta em 2018, e ao movimento LGBT+. = [LGBTQUIABO]

Seis meses depois, o procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, da Procuradoria da República no Distrito Federal, arquivou o inquérito policial aberto contra a produtora Gorila Company, responsável pela produção do vídeo. Pedro Millas Souza e Marcello Tamaro Yamaguchi, donos da Gorila, haviam sido indiciados pela Polícia Federal por incitação aos crimes de lesão corporal, homicídio, violação de sepultura e destruição, subtração ou ocultação de cadáver. O Ministério Público Federal, entretanto, argumentou que era um exagero classificar de ato ilícito o que seria “uma piada, uma crítica social ou uma peça publicitária”. [enquanto o ato de simular futebol com a 'cabeça' do presidente da República é minimizado, até ironizado, pelo MP, um ministro de Estado do governo Bolsonaro quase é preso por apenas ter expressado desejar a prisão de alguns ministros do STF.]

“No Brasil, os petistas cansaram de dar provas dessa ética peculiar inerente à imaginação revolucionária”, afirma o antropólogo Flávio Gordon, em seu artigo publicado nesta edição. “É por isso que, com a cumplicidade do partido que outrora lhe fazia oposição, bem como da grande maioria da imprensa e dos bem-pensantes, essa esquerda raskolnikoviana protagonizada pelo lulopetismo finge se escandalizar com o ódio e a violência supostamente inaugurados no país por Bolsonaro e seus apoiadores, chegando ao ponto de desacreditar investigações policiais para concluir que a causa de todo e qualquer crime ocorrido no Brasil é uma só: o ‘bolsonarismo’”. 

Gordon sustenta que o ódio e a violência são intrínsecos ao pensamento da esquerda desde os tempos de Friedrich Engels e Karl Marx. “O Partido dos Trabalhadores e seus partidos e movimentos satélites encarnaram perfeitamente essa tradição”, ressalta Gordon. “Sob uma aparência de normalidade democrática e organização regular, o partido jamais cessou de promover a violência política contra adversários e pregar a sua extinção social ou física.” 

Há poucos dias, Lula agradeceu ao ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho do PT, por ter provocado a colisão da cabeça do empresário Carlos Alberto Bettoni com o para-choque de um caminhão. “Esse companheiro Maninho, por me defender, ele ficou preso sete meses, porque resolveu não permitir que um cara ficasse me xingando na porta do Instituto Lula”, fantasiou o ex-presidente. “Então, Maninho, eu quero em teu nome agradecer à toda solidariedade do povo de Diadema. Porque foi o Maninho e o filho dele que tiveram (sic) nessa batalha.”

Em 2018, Bettoni foi empurrado por Maninho, ao criticar o então senador petista Lindbergh Farias, em frente ao Instituto Lula. Ele sofreu traumatismo craniano e ficou 20 dias internado na UTI. Em 2017, ao lado do ex-senador paranaense Roberto Requião, a deputada federal petista Benedita da Silva afirmou que “sem derramamento de sangue não haverá redenção”.

Em maio de 2000, 12 anos antes de ser capturado no pântano do Mensalão, José Dirceu conclamou os militantes do partido a castigarem fisicamente os adversários. “Mais e mais mobilização, mais e mais greve, mais e mais movimento de rua”, gritou o presidente nacional do PT em cima do palco. “Porque eles têm de apanhar nas urnas e nas ruas.

Horas depois do discurso, Mário Covas foi agredido e apedrejado por professores em greve. O crime aconteceu quando o  governador de São Paulo tentava atravessar a Praça da República, tomada pelos grevistas, depois de sair da Secretaria de Educação. O ódio contra Bolsonaro não se restringe ao presidente, atinge também seus eleitores. 
As deformações da democracia brasileira hoje não admitem que se vote em outro candidato — ou mesmo que se vote em branco. 
O Cuia Café, por exemplo, localizado no térreo do Edifício Copan, um dos cartões-postais de São Paulo, ostenta no balcão uma placa com as palavras “Fora Genocida”. Obviamente, os “genocidas” incluem também aqueles que votam no presidente.

Durante a gravação de um podcast, a chef de cozinha Paola Carosella disse que os eleitores de Bolsonaro são “escrotos” e “burros”. Para a argentina Paola, “é muito difícil se relacionar com quem apoia Bolsonaro. Ou porque é um escroto ou porque é burro”.

Num podcast, o humorista Fábio Porchat também destilou ódio contra quem defende a reeleição do presidente. “Imagina: você cria um filho e ele vota no Bolsonaro”, disse o comediante. “Deus me livre! Ele virou um débil mental. Eu morro de medo de ter filho idiota, filho burro. Imagina ter um filho babaca?”. Porchat fica igualmente indignado quando alguém estranha a sua preferência por um candidato comprovadamente corrupto.

Nesta quarta-feira, 20, o juiz Antonio Carlos Santoro Filho, da 45ª Vara do Foro Central Cível de São Paulo, decidiu que acusar de nazista um simpatizante de Bolsonaro não tem nada de mais. Santoro Filho negou um pedido de indenização feito por 11 pessoas contra o historiador Marco Antônio Villa, candidato a deputado federal pelo Patriotas. O juiz concluiu que Villa, ao afirmar que bolsonaristas são “nazistas”, em vídeos publicados no YouTube, criticou, “a partir de fatos históricos, de maneira absolutamente genérica, sem qualquer individualização, o modo de atuação dos apoiadores do presidente”.

Eleito presidente da República, com 58 milhões de votos, Jair Bolsonaro é insistentemente rotulado de homofóbio, misógino, genocida, racista, fascista, ladrão e ditador, fora o resto

Já foi igualado a Hitler na capa de uma revista semanal, em faixas e camisetas. Também é responsabilizado pelas mortes de Marielle Franco, no Rio de Janeiro, Bruno Pereira e Dom Phillips, na Amazônia, e, agora, pela de Marcelo Arruda, em Foz de Iguaçu. Ainda não foi acusado de provocar o terremoto no Acre.

Diante desse quadro, é muito pertinente a pergunta feita por J.R. Guzzo na Gazeta do Povo: “Quem está agindo com ódio na política e na campanha eleitoral?”  
Até agora, nenhuma violência contra o chefe do Poder Executivo foi enquadrada na categoria “discursos de ódio”. Pelo jeito, só existe ato antidemocrático quando o alvo da ofensa é dirigente do PT. Ou ministro do STF.

Leia também “A imprensa é contra a liberdade”

Branca Nunes, colunista - Revista Oeste

 

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Perseguição implacável - Gilberto Simões Pires

CORTE FURIOSA
Ontem, 28, o Supremo Tribunal Federal de Exceção, deu continuidade à interminável e implacável perseguição que tem por objetivo exterminar, já no nascedouro, toda e qualquer medida proposta pelo atual governo. Desta vez, a CORTE FURIOSA se reuniu para DERRUBAR E SEPULTAR TRÊS DECRETOS que restringiram a participação popular e de governadores em órgãos ambientais federais. Mais: na mesma sessão, cheios de ódio do povo brasileiro, trataram de proibir, por unanimidade (10 votos a zero), a concessão automática de LICENÇAS AMBIENTAIS a empresas que representam, no entender exclusivo da Corte, risco médio ao meio ambiente.

PLEITOS IDEOLÓGICOS
O que mais chama a atenção, certamente, já não é o constante ÓDIO DESTILADO pela maioria dos ministros do STF contra o presidente Jair Bolsonaro, fator determinante para que a Instituição ignore por completo o que se entende por JUSTIÇA, mas o fato de que todas as ações apresentadas por partidos de esquerda, neste caso o PSB (que não por acaso é membro do Foro de São Paulo) além de serem apreciadas com enorme celeridade são julgadas e decididas sempre com o propósito de satisfazer os pleitos ideológicos, pouco importando à que se referem.

IDEOLOGIA DO ATRASO
Como de hábito, quando o STF toma qualquer decisão que vá contra os interesses e vontade do governo, a MÍDIA ABUTRE, que se nutre e propaga a mesma IDEOLOGIA DO ATRASO, já tem a frase pronta, que diz: - O GOVERNO FOI DERROTADO -. Ora, na mais pura realidade, quem perdeu foi a sociedade brasileira, que se vê impedida de fazer o Brasil avançar e se desenvolver.

TUDO CONTRA A SIMPLIFICAÇÃO E DESBUROCRATIZAÇÃO

Pasmem: o PSB questionou a alteração feita pelo governo na Rede Nacional para a SIMPLIFICAÇÃO DO REGISTRO e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), que DESBUROCRATIZA a emissão de autorizações, mas passou a conceder automaticamente alvarás de funcionamento e licenças para empresas enquadradas em atividade de grau de risco médio, sem que fosse realizada qualquer análise humana. Pode? Tem mais: o PARTIDO SOCIALISTA ainda acusou o governo de impossibilitar os órgãos de licenciamento de pedirem informações adicionais às empresas para checar a regularidade do trâmite. Duro, não?

CEREJA DO BOLO

Para terminar, aí vai a CEREJA DO BOLO, que foi colocada pela ministra-relatora, Cármen Lúcia, ao dizer que "Essa simplificação para emissão do alvará de funcionamento e de licenças de empresa nos casos em que o grau de risco da atividade seja considerado médio - OFENDE AS NORMAS CONSTITUCIONAIS de proteção ao meio ambiente, em especial o princípio da precaução ambiental". Constituição, ministra? A senhora, há muito tempo, pelas decisões que toma, simplesmente ignora a Constituição Federal! 

Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires


terça-feira, 23 de novembro de 2021

Linguagem neutra é ‘inaceitável’, diz Aldo Rebelo - Revista Oeste

Cristyan Costa

Ex-ministro criticou ainda o Supremo Tribunal Federal 

O ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo afirmou que a linguagem neutra é um “atentado à sociedade nacional”. Segundo ele, trata-se de uma tentativa de criar outra língua e inventar palavras para impor à sociedade outra forma de cultura.

“É algo importado. Não é linguagem neutra, o que estão querendo impor é outra língua”, disse, durante um seminário organizado pelo instituto do ex-comandante do Exército Eduardo Villas-Boas, na sexta-feira 19. “O que estão querendo fazer não é o uso das palavras existentes. É a criação de uma outra língua, de um outro idioma”, observou Rebelo. “Não é o problema do gênero, é a tradição, a cultura”, acrescentou o ex-ministro.

Rebelo criticou ainda o Supremo Tribunal Federal (STF). Na semana passada, o ministro Luiz Edson Fachin restabeleceu o uso do “dialeto não binário” em escolas públicas e privadas de Rondônia. Para Rebelo, o STF age como “uma corte dos costumes, dos comportamentos”. “Aqui no Brasil, essa agenda tomou conta do mercado, pelas corporações que estão nisso, da mídia, de certa forma o Legislativo vai entrando nisso e o Judiciário nem se fala.

Comunista crítico da linguagem neutra
Ex-PCdoB, PSB e Solidariedade, Rebelo disse que o país mergulhou em um processo de desorientação quando a agenda do crescimento perdeu sentido diante da “agenda identitária e da guerra cultural”.

Leia também: “A estupidez da linguagem neutra”, reportagem publicada na Edição 62 da Revista Oeste


terça-feira, 9 de novembro de 2021

Prisão foi revogada, mas mesmo solto deputado Daniel Silveira continua impedido de usar redes sociais

Alexandre Garcia 

Inquérito das fake news [alcunhado pelo ex-ministro do STF, Marco Aurélio, de "INQUÉRITO DO FIM DO MUNDO.]


Daniel Silveira
O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ).| Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que ordenou a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), um deputado inviolável pela Constituição, agora está relaxando a prisão do parlamentar detido em fevereiro por emitir sua opinião.

A Constituição diz, no artigo 53, que os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer opiniões, palavras e votos. A Constituição diz também, na linha 9 do artigo 5º, que a casa é um asilo inviolável – ele foi preso em casa. Além disso, uma pessoa só pode ser presa se for pega em flagrante e delito. Aí então, criou-se o delito continuado, o flagrante continuado. [ou flagrante perenemente possível, incompatível com mandato de prisão em flagrante.]  Coisas incríveis são criadas, à revelia da Constituição – deve ter algum poder constituinte por aí que não é o Congresso Nacional que foi eleito para isso.

A prisão de Daniel Silveira pode ter sido revogada, mas ele está impedido de fazer contato com outras pessoas citadas no inquérito das fake news. É um inquérito em que o queixoso é quem investiga, quem denuncia, quem julga, quem prende e quem executa a sentença. Sem o devido processo legal.

LEIA TAMBÉM:  

Ele tampouco pode participar de qualquer rede social, mesmo através de terceiros ou assessores. Não tem como não lembrar o poema "No Caminho com Maiakóvski", de Eduardo Alves da Costa, que em um verso diz o seguinte: “E conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta e já não podemos dizer nada”.

Uma coisa assim não pode acabar bem. Há uma preocupação muito grande quanto a isso.

Partidos querem fim do veto ao passaporte de vacina em projetos da 
Lei Rouanet

Cinco partidos políticos entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) tentando derrubar uma portaria da Secretaria de Cultura, a qual estabelece que todos os eventos patrocinados pela Lei Rouanet não podem exigir o passaporte da vacina. Psol, PT, PDT, PSB, PCdoB dizem que a portaria contraria as regras dos estados.
 
Derrota para Biden no judiciário americano
Nos Estados Unidos, um Tribunal Regional Federal derrubou uma lei federal do presidente Joe Biden, que exigiria a vacinação completa por parte das empresas americanas com mais de 100 funcionários. Em sua justificativa, o tribunal derrubou disse que ela vai contra as liberdades constitucionais. Esse tribunal é regional do Texas, Louisiana, Mississipi, Carolina do Sul e Utah, mas a decisão vale para o país inteiro. Essa lei entraria em vigor dia 4 de janeiro.
 
Alexandre Garcia, colunista  - Gazeta do Povo - Vozes
 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Crise na oposição e paz na base: Bolsonaro vive dias de glória na política

Enquanto destrava a sua pauta com aliados no comando do Congresso, presidente vê a esquerda, o PSDB, Maia e Moro enfrentarem momentos de tormenta

[PSDB, por ser um partido, uma pessoa jurídica, ainda pode se adaptar - especialmente se descarregar o Joãozinho;
Já o deputado e o triplo EX, perderam a função, a utilidade.] 

Na política, o presidente Jair Bolsonaro não tem tido do que reclamar neste início de ano. Além de ter emplacado os seus dois aliados nas presidências das Casas do Congresso – Arthur Lira (PP-AL) na Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado –, ele vê os seus rivais políticos talvez em seus piores momentos desde que ele chegou ao poder.

A começar do desafeto Rodrigo Maia (DEM-MG), a quem Bolsonaro acusa – sem muita razão — de ter travado o andamento de seu governo durante os dois últimos anos em que presidiu a Câmara. O rival saiu muito menor da eleição para a sua sucessão e, de quebra, virou pivô de uma crise no próprio partido que deve ter colocado fim a sua trajetória na sigla. Está agora à procura de uma nova legenda no complexo xadrez que se desenha para 2022.

Já o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que também saiu derrotado na eleição para a Câmara – apoiava Baleia Rossi (MDB-SP) –, agora se vê fustigado dentro do seu próprio partido, questionado por sua estratégia de forçar o controle da legenda e pavimentar assim a sua candidatura presidencial. Recebeu críticas de Aécio Neves (PSDB-MG), que volta a se movimentar com força internamente, e do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS), que também nutre a pretensão de disputar o Planalto em 2022.

Bolsonaro ainda vê o projeto de frente ampla de esquerda se desmoronar com a cartada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de lançar Fernando Haddad candidato à presidência da República, enquanto ele próprio não recupera os seus direitos políticos na Justiça, algo que parece muito difícil. Antigos ou prováveis aliados como PSOL, PSB, PDT e PCdoB (e até mesmo gente dentro do PT) torceram o nariz para a iniciativa, que dificulta o lançamento de uma candidatura única para enfrentar o atual presidente – que, diga-se, adoraria polarizar com um candidato do PT na eleição.

Para completar os dias de glória, Bolsonaro ainda vê o seu mais recente desafeto, o ex-ministro Sergio Moro, sofrendo derrotas contundentes na Justiça em relação ao seu comportamento quando era juiz e atuava nos processos da Operação Lava-Jato. Ver Moro em maus lençóis é importante para Bolsonaro porque o ex-aliado ainda aparece nas pesquisas como um potencial adversário na sucessão presidencial.

Enfim, Bolsonaro voa, por ora, no chamado céu de brigadeiro. Resta saber por quanto tempo e se ele próprio, como costuma fazer, não vai botar tudo a perder.[Turbulência para afetar o tranquilo voo do nosso presidente, só se for causada pelo próprio ou por algum dos ZEROS.]

VEJA - Coluna MAQUIAVEL


quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Partidos de esquerda apresentam pedido de impeachment de Bolsonaro - O Estado de S. Paulo

Camila Turtelli

Siglas alegam em documento que presidente cometeu 'crimes de responsabilidade em série' na condução da pandemia

Presidentes e líderes dos cinco partidos de esquerda na Câmara, além da Rede, apresentaram nesta quarta-feira, 27, mais um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Com este, deve chegar a 59 o número de denúncias protocoladas contra o chefe do Executivo pendentes de análise dos deputados. Cabe ao presidente da Casa analisar e dar início aos processos. [cabendo ao Plenário da Câmara dos Deputados, no legítimo exercício da condição de 'representantes do povo', autorizar abertura do processo - são necessários, no mínimo,  342 votos favoráveis a que o processo seja aberto - ou decidir que o pedido analisado vá para o lixo - para tanto são necessários 172 votos favoráveis ao envio do pedido para o lixo.]

Na peça divulgada nesta quarta, os partidos argumentam que Bolsonaro cometeu “crimes de responsabilidade em série” na condução da pandemia do coronavírus. O pedido cita o colapso da saúde em Manaus, onde pacientes de covid-19 morreram por asfixia após os estoques de oxigênio de hospitais acabarem,  e diz já ter passado a hora de o Congresso reagir.  O documento é assinado por Rede, PSB, PT, PCdoB, PSOL e PDT, que reúnem 129 deputados.

Leia também: Impeachment de Bolsonaro é possível? Entenda o que há de concreto

“Não tem como desvincular Bolsonaro de (Eduardo) Pazuello (ministro da Saúde)”, afirmou o líder da Minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), citando que o próprio ministro já admitiu apenas “obedecer” o presidente. [e aí Guimarães! com ou sem dinheiro na cueca? que fim foi dado ao seu assessor designado o seu transportador de dólares no cuecavário?]

“Bolsonaro saiu na rua sem máscara, encorajou as pessoas a se aglomerarem, colocou a economia acima da vida das pessoas, acusou a imprensa muitas vezes, falando de fake news, escondendo dado de mortes, falou que tinha remédio para curar”, disse a líder da Rede na Câmara, deputada Joênia Wapichana (RR), sobre os motivos para o impeachment.

Apesar dos pedidos se acumularem em sua gaveta, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já afirmou que caberá a quem assumir a Casa, a partir de fevereiro, decidir se dará andamento ou não a um processo contra Bolsonaro. [esclarecendo: decidir se pauta para votação em plenário,  pedido de autorização para abertura de processo de impeachment, contra o presidente Bolsonaro.] Os favoritos são o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), candidato apoiado por Maia, e Arthur Lira (Progressistas-AL), nome do Palácio do Planalto na disputa.

CPI
Os líderes da oposição anunciaram também a coleta de assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a conduta do governo durante a pandemia. A criação do colegiado tem sido defendida Maia, que já declarou considerar a conduta Pazuello diante da crise sanitária como criminosa [agora que nada manda, caminha célere rumo ao merecido ostracismo, o deputado Maia começa a apontar a obrigação do seu sucessor de realizar o que ele, Maia, não quis ou não teve elementos para realizar.] Lira (PP-AL), no entanto, resiste à criação da comissão para apurar a conduta do governo durante a pandemia da covid-19.  Questionado sobre a medida nesta quarta-feira, 27, ele ponderou que a pandemia não pode ser politizada e que “não há receita de bolo para lidar com o vírus”. “Esse assunto não pode ser motivo de embates políticos para nós trazermos para discussão traumas de interrupções bruscas democráticas, e isso nós não defendemos”, disse.

A criação de uma CPI precisa da assinatura de 171 deputados e do aval do presidente da Câmara.  

Camila Turtelli, jornalista - O Estado de S.Paulo


sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

STF interrompe julgamento sobre vacinação contra a covid-19

Presidente da Corte apresentou pedido de destaque, o que suspende a tramitação do caso no plenário virtual

Após um pedido de destaque do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, a Corte interrompeu o julgamento que definiria se o governo deve apresentar um plano de vacinação contra a covid-19. Ao mesmo tempo, foi paralisada outra ação, que questionava ato do presidente Jair Bolsonaro que desautorizou a compra de vacinas produzidas em parceria com a China. [a decisão rápida e sensata do ministro Fux livrou o Supremo do constrangimento de julgar algo que AINDA não existe. 
Gostem ou não, NENHUMA VACINA está disponível - disponível deve ser entendido pelo significado óbvio = PRONTA PARA USO.
A da Pfizer, a mais promissora e avançada, por enquanto só para o Reino Unido =uso imediato, tipo semana que vem.]

Com a decisão de Fux, o caso, que estava sendo analisado no plenário virtual da Corte, pode ser levado ao plenário físico. No entanto, não há data para acontecer. No dia 11 de dezembro estão previstas para ir a julgamento outras duas ações, que tratam se a vacinação deve ser obrigatória ou não.

O relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, já havia votado sobre esse tema. No entendimento dele, o governo federal deveria apresentar um plano de vacinação em um prazo de 30 dias. Após a decisão, o Ministério da Saúde apresentou uma proposta inicial, que prevê a vacinação de quatro grupos prioritários.

Ao todo, 109 milhões de brasileiros devem ser imunizados até dezembro do próximo ano, de acordo com a estratégia. O ministro da Saúde, Ricardo Pazuello, chegou a anunciar a compra de 46 milhões de doses da Coronavac, que está sendo testada entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac. O presidente Jair Bolsonaro afirmou, no entanto, após as declarações de Pazuello, que "não vai comprar vacina chinesa".

O partido Rede Sustentabilidade recorreu ao Supremo. Já o Psol, Cidadania, PT, PSB e PCdoB apresentaram a ação relacionada ao plano de vacinação.[partidecos sem votos, sem programa, sem noção, sem rumo. e que estão apavorados com a extinção inevitável, já que dia menos dia a 'cláusula de barreira' os alcançará.]

Correio Braziliense

 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Legislação de Exceção

“Contribuir para a defesa da Democracia e da Liberdade, traduzindo um País com projeção de Poder e Soberano. Deve ser o nosso Norte!”                                              

O Presidente Bolsonaro declarou que governará tendo como guia a Constituição Cidadã. Se tal acontecer, integralmente, demorar-se-à o PAÍS a livrar-se da  herança maldita do PT. Defrontar-se-à com oposição radical no Congresso (provavelmente maioria) e da qual participam PSB, PDT, PC do B, PSOL, Rede, Pros e PV totalizando 148 parlamentares. A esta oposição se juntará outra, a do PSDB em seu total (29 dep), ou parcialmente, e a  do PT (a maior bancada da Câmara, 56 dep). Esta última, capaz de realizar ações violentas, por meio de organizações sociais, como o MST, MTST e sindicatos, entre outras.

O áudio que afundou Lula e revelou a (P O D R I D Ã O) da cúpula Petista

Aliás, ações já prometidas por lideranças criminosas como  José Dirceu. Há que enfatizar que a oposição está infiltrada nos poderes da República, principalmente no Judiciário, e, não menos, nas redações dos Meios de Comunicação, nas universidades, escolas e no Meio Religioso. Tal situação ficou comprovada durante os governos petistas, em  alguns dos julgamentos  oriundos da “Lava Jato”, no decorrer da última campanha eleitoral e, ainda, agora. A declaração de Bolsonaro de que irá rever demarcações de terras indígenas, como a da “Reserva Raposa Serra do Sol”, verdadeiro crime de “lesa pátria”, já encontra cerrada oposição de políticos, de juristas e de diversas entidades indigenistas, incluso estrangeiras.

Será que decisões que ferem a Soberania e os interesses  nacionais não podem ser revistas e anuladas porque o Legislativo ou o STF, aparelhados ideologicamente, assim o decidiram anteriormente? Em passado recente, a passividade de autoridades irresponsáveis, permitiu a criação do Ministério da Defesa por pressão do governo dos USA, a interrupção do Programa Nuclear e a adesão aos tratados que proíbem o desenvolvimento e posse de armamento nuclear e a construção de mísseis de alcance superior a 300 Km. Assim, impediram o fortalecimento de nossa Defesa Externa, a exploração do espaço e a geração de importantes tecnologias de ponta, essenciais para agregar valor aos nossos produtos de exportação. 

Tornamo-nos País de segunda categoria em matéria de Poder Militar, com Política Externa “softpower”, enfraquecendo qualquer tentativa de projeção de Poder além- mar, graças à covardia de presidentes como FHC, Fernando Collor, Lula, Dilma e outros mais. Apoiar-se-á, Bolsonaro, numa Constituição que se mostrou, durante todos esses anos de Nova República, privilegiando mais direitos do que deveres e incapaz de propiciar soluções para conflitos políticos em se tratando de um presidencialismo de coalizão? A enfatizar que é uma Carta Magna construída ao final dos governos militares, em clima emocional explorado pela demagogia de raposas políticas de então como Ulisses Guimarães, Tancredo Neves e outros de igual comportamento.

Hoje, mais importante do que a reforma da Previdência, prioritário e urgente, sendo o maior problema inerente à Segurança Nacional, é o combate ao “crime organizado”, ao contrabando de armas, ao descaminho, ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro, cada vez mais alarmantes e crescentes. Temos uma legião de jovens destruída pelas drogas, 70.000 assassinatos por ano. A complicar, o advento de ações terroristas, real Guerra de Guerrilhas, como agora, no Ceará, e possível de alastrar-se por todo o Brasil. Quase 1milhão de presidiários e intenso sentimento de insegurança que permeia a Sociedade Nacional. 

Vivemos o absurdo da existência de mini estados ilegais dentro do próprio Estado Nacional. Sociedade fraturada, a imagem do País maculada internacionalmente, afastando turistas e investimentos estrangeiros. A agravar, a diminuta capacidade de combate de nossas forças policiais, causada pela falta de efetivos, de equipamentos, de modernos armamentos, de mobilidade e de novas tecnologias para os enfrentamentos necessários. A ressaltar, a Legislação inadequada e  organizações civis e imprensa com bandeiras surreais de respeito aos DH de bandidos. 

A leniência das autoridades responsáveis, nestes últimos 34 anos de desgoverno e de alta corrupção, nos levaram a um impasse atual: ou combatemos, com urgente prioridade, tais organizações criminosas, “inimigas” da Nação, propiciando às Forças Armadas e forças policiais o que for necessário em matéria de recursos e, também, uma “TEMPORÁRIA Legislação de Exceção”, incluso com a adoção da pena de morte para humanos criminosos ou estaremos condenando, a cada dia, os Humanos Direitos, sem direitos humanos, à insegurança e a uma inaceitável PENA DE MORTE!

TOLERÂNCIA, NUNCA! IMPUNIDADE,JAMAIS!

Marco Antonio Felício da Silva é General de Divisão, na reserva.

Blog Alerta Total - Jorge Serrão

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Diminui poder de Lula para transferir votos

PT tem pouco tempo para viabilizar Haddad presidente


A menos que sofra uma violenta queda nas intenções de voto, o deputado Jair Bolsonaro é o cara a ser batido nas eleições presidenciais. Há precedentes de reversão rápida de expectativa, sendo o mais próximo o de Marina Silva (Rede Sustentabilidade), que em 48 horas perdeu o lugar no segundo turno para o senador Aécio Neves (PSDB), o que parecia assegurado, após sofrer intensa campanha negativa movida pelo PT na propaganda oficial, em 2014. [Marina Silva é candidata fraca, de primeiro turno, perdeu para Aécio Neves e em qualquer disputa para ir ao segundo turno ela perde.]

Ainda na noite do sábado que antecedeu a eleição, Marina teve uma reunião com o então presidente do PSB, Roberto Amaral, para tratar de providências para o segundo turno. Os dois foram dormir certos de permanecer na campanha e disputar com a ex-presidente Dilma Rousseff a principal cadeira do Palácio do Planalto, mas acordaram no dia seguinte com Aécio Neves com o pé na porta.

[pessoal, entendemos que em uma eleição os eleitores devem estar devidamente instruídos para que votem no candidato de sua preferencia e sabemos que grande parte do eleitorado petista tem dificuldade de exercer o direito do voto.
Diante disse, abaixo áudio com orientações sobre como votar em Lula.

Sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa, só uma campanha semelhante de desconstrução – e com o mesmo sucesso – pode ameaçar a posição de Bolsonaro. Os próximos sete, dez dias dirão sobre a eficácia dos petardos dirigidos contra o candidato do PSL, principalmente do aspirante do PSDB, Geraldo Alckmin. Mas o navio de Bolsonaro, aparentemente, segue sem grandes danos estruturais no casco. Nesse ritmo, a disputa de 7 de outubro é pela segunda vaga.

Quem vai, Marina, que hoje ocupa a segunda colocação, Alckmin, que ainda não decolou, Ciro Gomes (PDT), que ficou isolado ou Fernando Haddad, o ex-prefeito de São Paulo, com total apoio de Lula? Em geral os analistas têm afirmado que Lula terá capacidade de transferência de votos suficiente para colocar Haddad no segundo turno. Logo o próximo presidente sairia de uma disputa entre Bolsonaro e Haddad. Há controvérsia. [ousamos afirmar e, se necessário, apostar que Haddad NÃO VAI para o segundo turno;

Ciro Gomes é um navio afundando, Marina vai no mesmo caminho, assim, se houver segundo turno o adversário do futuro presidente da República será ALCKMIN - mais por falta de adversários para lhe tomar o segundo posto do que por competência do tucano.

Apesar da nossa posição, ainda achamos que o sistema de governo brasileiro possibilitasse um governo conjunto - Alckmin e Bolsonaro - deixando com Alckmin a parte da educação, saúde, agricultura, comércio e industria, relações exteriores e assuntos assemelhados e por conta do Bolsonaro a Segurança Pública, FF AA,  o combate as aberrações que pessoas insanas insistem em tentar implantar no Brasil, teríamos um governo excelente.

De qualquer forma, todas as áreas que neste governo dual poderiam ficar com Alckmin serão bem administradas por pessoas competentes escolhidas por Bolsonaro.]

O professor David Fleischer, da Universidade de Brasília (UnB), vê mais obstáculos à frente de Haddad do que de Marina Silva e Geraldo Alckmin. Entre a última sexta-feira e o início desta semana foi possível perceber o motivo das dúvidas do professor: a campanha de Haddad com Lula é uma coisa e sem Lula é outra inteiramente diferente.
Como a sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou o registro da candidatura Lula terminou tarde da noite, já na madrugada de quinta-feira para sexta-feira, o programa do PT e algumas inserções ainda tiveram uma forte presença do ex-presidente – menos em São Paulo, onde o Tribunal Regional Eleitoral acabou com a festa e impediu a vinculação do programa do candidato petista ao governo, Luiz Marinho, tendo Lula como cabo eleitoral.

As pesquisas de intenção de votos que mostram Haddad com 12%, 14% na largada partem do pressuposto do total apoio de Lula, que não estará disponível, ao ex-prefeito. Ou seja, mostram o “Andrade”, como o vice na chapa do PT estaria sendo chamado no Nordeste, e não o Haddad, que sem a cobertura de Lula patina na mesma faixa de um dígito que Alckmin e Ciro, nas pesquisas eleitorais.

Em 2014 Lula empenhou todo seu prestígio e os recursos do PT na campanha de Dilma Rousseff, mas não conseguiu evitar o segundo turno e Dilma ganhou com estreita margem de diferença. É provável que Lula seja hoje um cabo eleitoral menos eficiente do que pode ser em 2014, a menos que a vitimização patrocinada pelo PT tenha efetivamente transformado o ex-presidente num mártir, o que ainda carece de comprovação.

O que deve reduzir o impacto do apoio de Lula é o seu banimento da telinha e das ondas do rádio, determinados pela Justiça Eleitoral. Em resumo, não pode ter comercial com Lula apoiando Haddad. Está proibido pelo TSE, decisão que vem sendo cumprida com rigor por seus ministros. Já nesta segunda-feira o ministro Luiz Salomão determinou que o PT suspenda a veiculação no horário eleitoral de uma peça para o rádio que apresenta Lula como candidato a presidente. Multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento.

Esse era o dilema ontem enfrentado pelo PT. As cabeças mais frias do partido argumentavam pela decisão imediata da substituição do candidato, a fim de dar tempo para que Haddad possa desencadear uma ofensiva de cinco semanas para tentar se fazer conhecido e escapar da faixa dos candidatos com um dígito.  Esses lembram que o partido perdeu fragorosamente a eleição municipal de 2016, o que sempre tem influência na eleição presidencial, dois anos mais tarde. Se perder com Haddad, o PT precisa ao menos sobreviver com uma bancada de média para grande no Congresso, para poder garantir recursos para as eleições seguintes de 2020 e 2022. Essa turma tem pressa. E duvida, mesmo quando as pesquisas informam que o PT é um partido com 24% das preferências do eleitorado, léguas à frente do segundo colocado.

Adiar seria o suicídio político. Esperar até o dia 11, prazo estipulado pelo TSE, para substituir Lula por Haddad deixaria o candidato com apenas três semanas de campanha. Se já parecia difícil, ficaria pior. Ou como diz Fleischer: o PT está naquela situação de que se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Os radicais do partido, que têm prevalecido na discussão, ainda não se conformaram em por fim à vitimização de Lula. Querem um mártir. Os mais sensatos queriam uma decisão ontem mesmo.

Resta saber como os outros candidatos vão tirar proveito dessa situação do PT. Alckmin segue na linha de tirar o máximo de votos possíveis de Bolsonaro. Há dúvida sobre se é a melhor estratégia. Ao redor do candidato já há quem defenda que ele deve partir logo para uma disputa do voto útil tendo como alvo não Bolsonaro, mas Marina Silva, hoje uma ameaça real à passagem do tucano para o segundo turno, se der certo a aposta de Alckmin no horário eleitoral para deixar a segunda divisão dos candidatos.

As pesquisas até agora mostraram que quem tira mais votos de Lula é Marina Silva. A candidata do Rede Sustentabilidade sobe de 8% para 16%, na disputa sem Lula. Difícil dizer se essa é a tendência que vai vingar. Mas é certo que a manutenção de Lula, a partir de agora, só prejudica o candidato do PT.

Valor Economico - Raymundo Costa

sábado, 26 de maio de 2018

Oposição deve ser ignorada - são adeptos do quanto pior, melhor



Oposição critica uso das Forças Armadas para desobstruir rodovias

 Homens da Polícia do Exército garantem saída de caminhão-tanque de refinaria da Petrobras, na Baixada Fluminense. - Vladimir Platonow/Agência Brasil



Líderes pediram retomada de negociações


Lideranças da oposição ao governo na Câmara criticaram neste sábado a decisão do presidente Michel Temer de convocar as Forças Armadas para desobstruir as rodovias bloqueadas por caminhoneiros. Em nota, os deputados classificaram a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em todo o território nacional como “absurda”.

“Além de ser um absurdo usar da força para resolver um conflito que poderia ser resolvido com diálogo, o presidente mais uma vez nos coloca perigosamente no limiar de um regime de exceção. A GLO editada por ele não é específica e possibilita o uso da força contra qualquer cidadão”, diz a nota assinada por líderes do PT, PDT, PCdoB e PSB. [os líderes dos partidos citados querem é que os doentes que já morrem nos hospitais - devido a roubalheira feita por políticos da hoje oposição - passem a morrer por falta de remédios retidos nas estradas; as pessoas passem fome, com risco de até passar sede, devido produtos químicos necessários ao tratamento da água estarem presos nos bloqueios; o partido comunista e o partido 'perda total' deveriam ser proscritos.
Só que quebraram a cara e mais uma vez perdem.
Temer começou errado, primeiro deveria ter exigido que os caminhoneiros desocupassem as vias rodoviárias para depois negociar;
negociou antes e quase complica tudo - mas, graças a DEUS, Temer corrigiu com a edição da GLO sua mancada e as rodovias começam  a ser desbloqueadas.]
 
A nota afirma que a solução para a crise deveria ser resolvida por meio de negociação com os caminhoneiros.  “Como líderes partidários e de blocos partidários na Câmara dos Deputados não aceitamos a quebra do regime democrático de direito e pedimos a revogação da GLO e a retomada da negociação com os caminhoneiros”, finaliza o texto.

O Globo