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segunda-feira, 31 de outubro de 2022

O risco de um terceiro turno - Luciano Trigo

Gazeta do Povo - VOZES
 
O título deste artigo seria o mesmo caso Jair Bolsonaro tivesse vencido. Em uma eleição fadada a ser decidida por uma diferença mínima de votos, e na qual os laços do eleitorado com os dois candidatos têm componentes emocionais e psicológicos profundos, fosse qual fosse o vencedor ele teria pela frente o desafio de lidar com a rejeição de dezenas de milhões de brasileiros.
 
 
Foto - Reprodução/Instagram

Bastaria esse fator para prolongar a polarização da campanha eleitoral para muito além do fechamento das urnas, em um anunciado terceiro turno. Foi, aliás, o que aconteceu na eleição passada, quando o terceiro turno começou na mesma noite da divulgação do resultado – e se prolongou pelos quatro anos seguintes. Tivesse sido Bolsonaro reeleito, seguramente essa situação também se repetiria pelos próximos quatro anos.

Mas não é só isso. Tendo sido Bolsonaro o perdedor, seu eleitorado se sente no direito de achar que o processo eleitoral não foi justo nem isonômico (por via das dúvidas, atenção, censores de plantão: aqui e no restante deste artigo, não estou afirmando que algo aconteceu, estou dizendo que está é a percepção generalizada entre os eleitores do presidente).[fazemos nossas as palavras destacadas em itálico negrito e entre parênteses do articulista  ao  tempo perguntamos: 'foi justo e isonômico um processo eleitoral em que a repartição pública encarregada de administrar as eleições, proibiu a um dos lados praticamente tudo e ao outro permitiu quase tudo??? Um exemplo: a campanha do presidente Bolsonaro não pode veicular vídeo no qual o candidato do outro lado agradecia a natureza pela covid-19; quando o descondenado percebeu que tinha falado besteira, conseguiu que o TSE proibisse a veiculação do vídeo na campanha eleitoral do presidente Bolsonaro.]

 Desnecessário detalhar aqui as reiteradas ocasiões em que, na percepção desse eleitorado, três atores que deveriam agir como fiadores da lisura e da neutralidade da eleição agiram de forma partidária, como cabos eleitorais de um candidato em detrimento do outro: a grande mídia, os institutos de pesquisa e a própria Justiça.

No eleitorado de Bolsonaro, foi generalizada a percepção de que o “sistemaestava disposto a tudo para eleger o outro candidato. Por exemplo, sob a alegação de defesa da democracia, a censura foi reabilitada. Em dois episódios dignos da ditadura militar, a Jovem Pan foi amordaçada, com vários jornalistas afastados, e um documentário sobre o atentado da campanha de 2018 foi proibido sem sequer ter sido assistido.

Enquanto isso, o consórcio da grande mídia e até ministros do Supremo deixavam clara sua preferência, e outro documentário, que afirmava que o atentado foi uma farsa, continuou sendo livremente exibido em plataformas de streaming.

Por sua vez, institutos de pesquisa que erraram miseravelmente no primeiro turno continuaram a divulgar números mirabolantes – por exemplo, ainda ontem apontavam empate técnico para governador em São Paulo como se nada estranho tivesse acontecido, e como se a sua credibilidade não tivesse sido comprometida.

Além disso, até as vésperas da votação, o programa eleitoral de um candidato espalhava sem qualquer cerimônia que o outro candidato planejava acabar com as férias e o décimo-terceiro salário, como se estivesse liberado para divulgar fake news, enquanto o programa eleitoral do outro não podia sequer mencionar alguns acontecimentos da nossa História recente, e jornalistas estavam proibidos de empregar determinadas palavras.

Por fim, uma denúncia bem fundamentada de sabotagem a mais de 140.000 inserções nas emissoras de rádio de um candidato no segundo turno, que pode ter impactado fortemente a votação no Nordeste, foi sumariamente rejeitada pelo mesmo órgão que ordenou uma operação de busca e apreensão contra empresários com base em prints de conversas em um grupo privado no WhatsApp.

Por tudo isso, é compreensível que a percepção de parte do eleitorado tenha sido de que o jogo não foi justo como deveria. Ainda assim, vale lembrar, Bolsonaro venceu com folga em três das cinco regiões do país - Sudeste, Sul e Centro-Oeste - e venceu apertado na Região Norte. Só perdeu no Nordeste. .

Um voto condicional
Por óbvio, o resultado das urnas deve ser respeitado, mas é ilusão acreditar que o eleitorado de Bolsonaro vai esquecer tudo isso. As condições objetivas para o terceiro turno estão dadas. Além de conviver com o inconformismo de 58 milhões de eleitores, o novo presidente enfrentará outros desafios nada triviais: primeiro, o de lidar com um Congresso majoritariamente conservador e de direita, bem como com governadores de oposição eleitos com folga – dois deles no primeiro turno – nos três maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

E, principalmente: se não quiser sofrer um rápido desgaste, o novo governo terá de dar continuidade ao processo de recuperação da economia observado nos últimos meseso que pode ser particularmente difícil se considerarmos os sinais emitidos na campanha e a inevitável pressão que virá dos setores mais à esquerda do chamado campo progressista.

Estivéssemos vivendo uma recessão, com inflação e desemprego subindo, o candidato do PT teria vencido no primeiro turno. Mas o fato é que hoje os indicadores econômicos são positivos, existe a sensação de estabilidade e previsibilidade, e não haverá uma “herança maldita” sobre a qual jogar a culpa em um eventual cenário de deterioração econômica.

Não precisa nem chegar perto da tragédia vivida pela Argentina: se a inflação e o desemprego voltarem a crescer, se a trajetória de recuperação do crescimento do PIB for interrompida, se a gasolina voltar a subir – e torço, sinceramente, para que nada disso aconteça – a situação pode se complicar muito rapidamente, porque a população está cansada de crises.

É fácil visualizar milhões de brasileiros frustrados ou insatisfeitos voltando a ocupar as ruas, aos primeiros sinais de um revertério na economia. E chego aqui ao coração da matéria, ao cerne da questão: da mesma maneira que aconteceu em 2014, quando Dilma Rousseff foi reeleita em uma eleição apertada (mas muito menos apertada que a de hoje), o voto que decidiu a eleição de 2022 foi condicional. Em 2014, apesar das evidências em contrário, o eleitor volátil resolveu dar uma chance a Dilma, acreditando em suas promessas. Ela já começou o segundo mandato sob pressão.

Muito rapidamente, aquele mesmo eleitor entendeu que as promessas de campanha não iriam se cumprir. Como Dilma foi reeleita com a condição de entregar o que prometeu e não entregou [infelizmente, o descondenado eleito não vai conseguir entregarela perdeu rapidamente a base de apoio que a sustentava, no Congresso e na sociedade.

Todo mundo sabe o que aconteceu em seguida: veio o longo e sofrido processo de impeachment, e Dilma foi mais uma vítima da “maldição do Vice”Torço sinceramente para que o Brasil não tenha que passar por isso novamente, para que não haja nenhuma crise, para que a economia continue a prosperar com bases sólidas e responsabilidade fiscal, para o bem da população. Mas nem tudo pelo que a gente torce acontece, e algumas condições objetivas para um retrocesso econômico parecem dadas, até porque já foram anunciadas.

 

O tempo não anda para trás
Eu e muitas pessoas que conheço já passamos pela seguinte experiência: uma viagem que ficou na memória como tendo sido maravilhosa. Anos depois, a gente resolve repetir a mesma viagem, na expectativa de reviver as mesmas sensações, e é só derrota. Porque uma viagem não é só o destino: é também o timing, o contexto, a companhia, o momento que estamos vivendo.

Tenho a sensação de que, como os viajantes reincidentes, muitos eleitores foram motivados, em alguma medida, pela nostalgia, pelo desejo de recuperar as suas experiências subjetivas do período 2003-2010, quando, em uma bonança alavancada pelo boom das commodities, a economia brasileira efetivamente cresceu, e existiu a percepção de que programas de distribuição de renda foram eficazes em promover a justiça social de uma forma inédita no país (estou falando, repito, da percepções).

Como nas viagens, nossa memória em relação à política é seletiva: tendemos a ficar só com as lembranças boas e apagar do HD as crises e os escândalos de corrupção que marcaram aquele período.A campanha vencedora deste ano soube capitalizar essa nostalgia: apostou na esperança de uma volta a um passado idealizado na memória (ou na fantasia, no caso dos mais jovens), quando o amor triunfava e todos eram felizes.

Mesmo que isso fosse uma verdade objetiva, e não uma percepção subjetiva, o problema é que o tempo não anda para trás. O contexto, as circunstâncias e a própria sociedade brasileira são hoje completamente diferentes de 20 anos atrás. Basta dizer que em 2003 sequer existia direita no país: a esquerda era senhora absoluta das ruas e das redes sociais. Não havia um político conservador com a mínima capacidade de mobilizar o povo. A narrativa era hegemônica.

Hoje não é mais assim. Haverá, certamente, um período de festa e catarse, porque há muita energia represada. Mas, como sempre, em algum momento a realidade prevalecerá, porque ninguém vive de narrativa.Os boletos continuarão a chegar. Os problemas reais das pessoas não serão resolvidos em um passe de mágica: podem até piorar, caso a economia se descontrole. A lua-de-mel do eleitor casual com o novo governo pode durar pouco tempo.

Tomara que não aconteça, mas um risco real é que, como os viajantes citados acima, muitas dessas pessoas rapidamente passem a se perguntar: "Que estranho, da primeira vez que estive aqui foi tão legal... Por que agora não está dando certo, se derrotamos o Fascismo? Por que meu filho tem diploma universitário, mas não consegue emprego e passa o dia inteiro na internet? Por que não estou comendo picanha? Cadê a minha picanha???"

E, principalmente, no caso do eleitor minimamente preocupado com a liberdade de expressão:Por que não posso mais criticar o governo? Era tão bom poder falar qualquer coisa sem sentir medo, era tão bom poder chamar Bolsonaro de fascista e genocida sem que nada me acontecesse...”.

domingo, 9 de outubro de 2022

TSE cai em fake news do PT e censura a Gazeta do Povo por dizer a verdade - Cristina Graeml

Gazeta do Povo 

TSE contra a liberdade de imprensa

Censura, ditadura, atos antidemocráticos... Falam tanto das sombras do passado rondando o Brasil e fingem não perceber que a ditadura 2.0 já está implantada por aqui e atuando a todo vapor. 
Ao contrário do que dizem, não é por causa de um governo autoritário, mas devido a um Judiciário que não respeita as leis.

Brasileiros, conservadores, estão sob censura, sendo cerceados em seu direito mais básico: o de expressar o que pensam. A tão falada liberdade de expressão vem sendo tolhida a passos largos, estimulada pela turma que se diz democrática e contra a ditadura, mas fala apenas da boca para fora.

No fundo, petista de carteirinha defende a tirania da perseguição a quem pensa diferente, defende a prática da mentira disfarçada de verdade; adora fazer acusações levianas, adjetivar quem está no espectro ideológico oposto (genocida, fascista, homofóbico).

Desumanizar adversários é estratégia para tentar eliminá-los do debate. Monstros devem ser isolados, segundo sua ótica. E monstros são os sempre os outros, aqueles que não seguem o que eu digo que é certo seguir.

Esta semana vimos mais um capítulo dessa tragédia tupiniquim, travestida de democracia. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) censurou uma publicação da Gazeta do Povo no Twitter que reproduzia o título de uma reportagem.

Preciso dizer o óbvio: reportagem com título e notícia não só verdadeiros, mas extremamente fieis aos fatos. É triste. A ditadura da toga caminhou tão solta nos últimos anos, apesar de todos os alertas, que estendeu seus tentáculos também para a corte eleitoral.

Veja Também:
Censura à Gazeta do Povo
Para quem fazia vista grossa para a tirania da toga, fingindo que não via as ordens inconstitucionais e arbitrárias partindo de cortes superiores, a primeira semana de outubro de 2022 trouxe mais uma prova de que veio com a intenção de ficar.
A censura, agora por ordem do TSE, atendeu pedido de advogados do PT, que mentem no processo. Acusam os outros do que eles mesmos fazem: produzir fake news. 
O ministro do TSE Paulo de Tarso Sanseverino deixou-se convencer e censurou 30 publicações no Facebook e Twitter.

Uma delas tinha sido publicada pelo perfil da Gazeta do Povo, o maior jornal do Paraná e atualmente um dos maiores do Brasil, com 103 anos de existência. Noticiava que o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, apoiado por Lula, mandou fechar o canal de televisão CNN no país.

É algo, aliás, bem típico de ditador: censurar a imprensa para que a população fique mal informada. E foi isso que o ministro Sanserverino fez também aqui no Brasil, ao acatar pedido da equipe jurídica da campanha do PT.

Os advogados do partido deram uma de Randolfe Rodrigues e foram fazer mimimi nas barras da toga de ministros do TSE, fazendo-se de vítimas. Reclamaram que a Gazeta do Povo, ao dar a notícia verdadeira, associou o nome de Lula ao do ditador.

Alegaram que o coitadinho do cliente deles podia ter sua imagem prejudicada, em plena corrida eleitoral. 
Que culpa tem o jornal, ou a imprensa, se Lula tem amigos ditadores? 
Se ele mesmo ou representantes do seu partido, o PT, fazem questão de ir à posse de ditadores para aplaudir ditaduras?

Qual a culpa da Gazeta do Povo e dos donos de outros perfis censurados, que associaram Lula a ditadores, se ele próprio, Lula, quando presidente da República, mandou bilhões de reais do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para sustentar ditaduras em países da América Latina e África?

Liberdade de imprensa e expressão
No vídeo, publicado junto com este artigo, dou voz à Gazeta do Povo, lendo o brilhante editorial publicado no dia seguinte à ordem de censura à publicação do jornal no Twitter.  
Caso não tenha lido e prefira leitura a vídeo, clique aqui.

Se optar por conhecer, por vídeo, a posição do jornal acerca de mais esse ato antidemocrático do PT, e de desrespeito à liberdade de imprensa, de expressão, à Constituição e à própria democracia, por parte de um ministro do TSE.

Compartilhe para que mais gente se atente para o fato de que a  censura pode piorar e  muito, caso um defensor de ditaduras consiga voltar ao poder.

Cristina Graeml, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 25 de setembro de 2022

Bolsonaro, Daniel Silveira e Lula - O duplo padrão da Justiça brasileira - Alexandra Garcia

VOZES - Gazeta do Povo     

Na quinta, o Tribunal Superior Eleitoral confirmou que está proibido divulgar na campanha eleitoral o discurso do presidente em Londres
É aquele discurso que ele fez da janela da residência do embaixador, não na embaixadaa embaixada é a representação do Brasil; a residência do embaixador é o lugar em que o embaixador mora e que hospeda (no caso, hospedou) o presidente da República. 
Veio uma multidão de brasileiros à rua saudar Bolsonaro, que foi à janela para responder a saudação, acho que isso durou três ou quatro minutos. Eu ouvi o discurso, bem conciso, bem feito, mas está proibido, censurado.



Presidente Jair Bolsonaro, ao lado do pastor Silas Malafaia, discursa para apoiadores em Londres. Foto: Reprodução Facebook Jair Bolsonaro.


Supostamente, a Justiça Eleitoral deve estar censurando porque considera que isso é campanha eleitoral. Mas, durante a campanha, a lei permite que o presidente da República permaneça no cargo se for candidato à reeleição. O mesmo acontece com os governadores, e não há como separar. É uma coisa muito esquisita que se está fazendo.

Vamos comparar, por exemplo, o tratamento dado pela Justiça Eleitoral a Daniel Silveira, candidato ao Senado no Rio de Janeiro. Ele foi indultado: o presidente da República, de acordo com a Constituição, o perdoou, porque foi um exagero do Supremo condená-lo. 
 O próprio tribunal que se sentiu ofendido e ameaçado é que o condenou. Isso só se viu na Inquisição. O indulto significa que acabou a pena; se acaba o principal, carrega consigo o acessório.  
Qualquer estudante de Direito sabe disso. 
Mas no Judiciário de hoje ele continua ficha suja, não pode ser candidato. 
 
Já um ex-presidente da República, candidato a voltar à Presidência, foi condenado em três instâncias, com duas condenações envolvendo nove juízes.  
Não foi por falta de provas, e nem por provas erradas, nem por considerá-lo inocente que o Supremo anulou os processos. Foi pelo CEP, não era em Curitiba. 
 Qualquer estudante de Direito sabe que, num caso desse, já tendo havido os julgamentos, já tendo sido revisado, com o condenado já cumprindo pena, esse tipo de anulação não existe
Foi tudo confirmado no tribunal revisor e no STJ, mas o caso é o seguinte: anulou-se tudo, inclusive o acessório. Nesse caso, ele ficou ficha limpa de novo e pode ser candidato.
 
Conclusão: é a mesma situação com julgamentos desiguais.
 Isso não é equilíbrio da balança da Justiça. 
A Justiça não está exatamente com os olhos vendados, pelo jeito.
 
Um outro caso de duplo padrão: em Santa Catarina, houve uma queixa de que um associado de clube de tiro estava exercitando a prática, o esporte de tiro ao alvo, usando a foto de Lula como alvo. Ele está sendo investigado por isso. 
Mas, quando jogaram futebol com a réplica da cabeça de Bolsonaro, foi tratado apenas como uma “curiosidade”
Se chamarem Bolsonaro de “genocida”, a ministra Cármen Lúcia considera que é “direito de crítica”
Mas referências à ligação do PT com o “kit gay” estão sendo retiradas das mídias sociais por ordem da Justiça. É tudo muito estranho.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Chamar Bolsonaro de “genocida” pode; mas vá chamar o STF de “casa da mãe Joana”…

Vozes - Alexandre Garcia

Liberdade de expressão

A ministra Carmen Lúcia, que agora está no Tribunal Superior Eleitoral, além de estar no Supremo, voltou a ser aquela Carmen Lúcia presidente do STF, que disse “cala a boca já morreu”, ao derrubar uma queixa da campanha de Bolsonaro.

Para Cármen Lúcia, chamar Bolsonaro de “genocida” é exercício do direito de crítica.| Foto: Rosinei Coutinho/STF

Em um discurso feito fora da campanha eleitoral, Lula chamou Bolsonaro de “genocida”. Ora, todos vocês sabem o que é genocida. Hitler é um genocida. Stalin é um genocida. Pol Pot, Mao são genocidas. Mataram milhões. Genocídio é a morte coletiva, assassinato coletivo. Ele se referia certamente à pandemia, que é o que tem sido usado contra Bolsonaro. E nós sabemos que, se for aplicada a palavra “genocida” a essa pandemia no Brasil, ela tem de ser aplicada aos que não deram tratamento a uma doença. Isso é gravíssimo. Muita gente acha que 500 mil teriam sido salvos se fossem tratados.

Mas essa é outra questão; voltemos ao “genocida”. Para a ministra Carmen Lúcia, trata-se apenas do direito de crítica, conforme o Supremo já decidiu e está na Constituição, no artigo 220. 
E isso mesmo que as opiniões sejam duvidosas, exageradas, condenáveis, satíricas, humorísticas ou mesmo errôneas; admite-se até a calúnia, nesse caso. 
Só que, ao mesmo tempo, a Justiça Eleitoral está mandando o candidato a deputado federal Deltan Dallagnol, que foi o coordenador da Lava Jato no Ministério Público, retirar um vídeo em que ele chama o Supremo de “casa da mãe Joana”. Aí não é direito de crítica, mesmo que a opinião seja duvidosa, exagerada, condenável, satírica, humorística...
 
E a juíza Ludmila Lins Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, está sendo investigada no Conselho Nacional de Justiça porque fez críticas ao Supremo.  
Ora, ministros do Supremo têm feito declarações críticas, políticas e ideológicas, inclusive no exterior, e têm servido de exemplo para juízes de primeira instância, que resolvem fazer o mesmo. 
Só que os ministros da suprema corte estão acima do Conselho Nacional de Justiça, não estão sob a jurisdição do CNJ, que não pode processar nenhum ministro do Supremo; só quem pode fazer isso é o Senado, presidido por Rodrigo Pacheco.
 
Então, eu pergunto a vocês: será que a Justiça, naquela imagem tradicional, que está com os olhos vendados, com a espada e a balança, está mesmo com os olhos vendados?  
Os dois pratos da balança estão equilibrados? Fica a pergunta no ar.
  
Alexandre de Moraes organiza reunião para pedir o que já estava previsto em decreto
O ministro Alexandre de Moraes convocou o Conselho Nacional de Polícia Civil e organizou uma reunião para pedir que sejam presos aqueles que aparecerem armados na seção eleitoral. 
Ele já tinha se reunido com representantes da PM. Eu não sei por quê. Isso já está proibido por um decreto do presidente Bolsonaro, de 2019.  
Aliás, é um dos decretos que o Supremo, por nove votos a dois, restringiu: no artigo 20, o decreto diz que quem tem porte de arma não poderá entrar e permanecer com a arma em lugar público como igrejas, escolas, estádios, clubes, agências bancárias e outros locais onde haja aglomeração de pessoas em decorrência de eventos de qualquer natureza, o que inclui a eleição.  
Cassa-se o porte, apreende-se a arma e ainda abre-se o processo. 
O mesmo acontece com alguém que estiver ostensivamente com a arma, ou andar embriagado, ou sob efeito de droga. 
Isso já existe, então, para que chamar a polícia para fazer reunião? 
Ou será que eles cancelaram esse artigo 20 também? 
Porque por 9 a 2 o Supremo restringiu os decretos do presidente sobre armas durante o período eleitoral...

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

domingo, 18 de setembro de 2022

A nova negativa do TSE para pedido de Bolsonaro

Ministra Carmén Lúcia mais uma vez nega direito de resposta ao presidente por uso do termo "genocida" em falas do candidato do PT

A ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou um pedido de resposta do presidente Jair Bolsonaro, apresentado pela coligação Pelo Bem do Brasil, contra vídeos em que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) o chama de “genocida” e “possuído pelo demônio”. [o descondenado petista, é quem realmente é possuído pelo demônio - alias, ele é o demônio encarnado.]

Segundo Cármen, o pedido foi negado por uma questão técnica e a campanha do atual presidente não mostrou um texto de resposta. “É razoável que a Justiça Eleitoral faça uma análise prévia do conteúdo a ser divulgado, para se concluir sobre a compatibilização da resposta com a ofensa que deu origem à representação”, alegou a ministra.

A campanha de Bolsonaro contesta vídeos divulgados por Lula em agosto, quando fez discurso na porta da fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, chamando o mandatário de “presidente genocida” e proferindo a frase: “se tem alguém que é possuído pelo demônio, é esse Bolsonaro”. Os aliados de Bolsonaro alegaram que tais falas de Lula “transcende a liberdade de expressão e a crítica política, pois imputa crime ao presidente”.

Vale ressaltar que o uso ou não do termo “genocida” por outros candidatos contra Bolsonaro é algo que ainda não foi atenuado pelo TSE. Não é a primeira vez que Cármen Lúcia, por exemplo, rejeita esse tipo de solicitação da campanha de Bolsonaro, mantendo seis vídeos em que Lula usava o mesmo termo ativos. Na época, a ministra afirmou que não houve campanha eleitoral negativa contra ele, apenas “uma manifestação crítica protegida pela liberdade de expressão”. Essa discussão sobre a possibilidade do uso do termo foi adiada duas vezes após entrar na pauta do plenário do Tribunal na terça-feira, 13 e na quinta-feira 15.

Política - Coluna em VEJA  

 

domingo, 11 de setembro de 2022

Professora com pós-graduação em crueldade

Educadora desejou à Rainha Elizabeth II uma "dor insuportável" em sua morte

A parte mais civilizada do mundo ficou chocada com o tweet de U, professora da Universidade Carnegie Mellon da cidade de Pittsburgh, nos EUA. Anya, nascida na Nigéria, é professora de Linguística e na sua conta se define como “anti racista e feminista”.

No momento em que a rainha Elizabeth agonizava na Escócia, a professora escreveu o seguinte post: “Ouvi dizer que o monarca chefe de um império genocida de ladrões está finalmente morrendo. Que a dor dela seja insuportável.” [essa coisa está doente de corpo e espírito; nos recusamos sua foto - causa asco, repugnância. Também seu nome para as pessoas de BEM é apenas uma letra. Provavelmente, buscou alguns  miseráveis segundos de fama.]

Segundo o jornal New York Post, Jeff Bezos, o proprietário da Amazon, comentou na sua conta, sobre a professora: “Essa é uma pessoa que supostamente está trabalhando para fazer o mundo melhor? Acho que não”.

Outro usuário perguntou a U.,  por que ela desejava a morte da rainha. A resposta da educadora: “Eu não estou desejando que ela morra. Ela já está morrendo. Estou desejando a ela uma morte dolorosa como a que ela causou a milhões de pessoas.” E completou com um festival de clichês politicamente corretos: ““Por causa da exclusão sistêmica, minha voz é única e fundamental no campo. Sou a principal estudiosa que analisa a raça e as experiências de negritude no aprendizado de idiomas e uma das poucas que examinam a educação de idiomas a partir de uma perspectiva de justiça social.” [sempre o maldito politicamente correto; esquecem que,  sendo político não pode ser correto.]

Para deixar ainda mais claro seu ponto de vista, U., tuitou: “Se alguém espera que eu expresse qualquer coisa além de desprezo pela monarca que supervisionou um governo que patrocinou o genocídio que massacrou e deslocou metade da minha família e cujas consequências os que vivem hoje ainda tentam superar, pode continuar desejando a uma estrela”.

Revista Oeste 

 

sábado, 10 de setembro de 2022

O Brasil de Bolsonaro foi para a rua - Revista Oeste

J. R. Guzzo

O Brasil do TSE, do lulismo e da elite preocupada com o “social” está de um lado. Os brasileiros que se mostram dispostos a sair para a rua em defesa do seu candidato estão de outro

O ministro Alexandre de Moraes pode continuar mandando a Polícia Federal invadir às 6 horas da manhã as residências e os escritórios de cidadãos que falam a favor do governo e contra o STF num grupo de WhatsApp
O braço eleitoral do Supremo, esse TSE comandado pelo mesmo Moraes, pode continuar proibindo o presidente da República de dizer na campanha qualquer coisa que eles não gostem e permitir que o seu adversário o chame de “genocida” para baixo
Podem confiscar material de propaganda política porque as letras estão 5 milímetros menores ou maiores do que Suas Excelências desejam

Manifestação de 7 de Setembro em Brasília | Foto: TV Brasil
Manifestação de 7 de Setembro em Brasília | Foto: TV Brasil
 
Um senador insignificante, e que vive em crise permanente de nervos, pode continuar usando o STF como o seu escritório pessoal de despachantes, para pedir a cassação da candidatura de Jair Bolsonaro, cobrar a prisão de “direitistas” e fazer outras exigências alucinadas
A mídia, as classes intelectuais e o consórcio nacional contra a liberdade podem continuar negando ao brasileiro o direito constitucional de escolher um dos candidatos nas eleições de outubro o atual presidente do Brasil.
 
O STF-TSE, os advogados pró-Lula e o resto do “sistema” podem continuar querendo ganhar a eleição na “justiça eleitoral”, na repressão às redes sociais e em trapaças legais, em vez de tentarem ganhar nas urnas. Eles podem tudo isso, e vão continuar podendo. 
Mas nada do que podem tem a mínima possibilidade de impedir que aconteça o que aconteceu no Sete de Setembro em que foram comemorados os 200 anos de independência do Brasil — manifestações de rua imensas, na Avenida Paulista, na Esplanada dos Ministérios, na Avenida Atlântica e no resto do Brasil, com apoio claro, maciço e indiscutível à candidatura de Jair Bolsonaro.
Vista aérea da Avenida Paulista na tarde do dia 7 de Setembro de 2022 | Foto: ChoiceImages/ Revista Oeste
O que adianta, então, todo esse esforço para impor aos eleitores o resultado das eleições que o STF e a confederação de interesses formada em torno dele estão querendo — querendo abertamente, por sinal?
Não conseguem proibir a população de encher as ruas na maior manifestação pública desde as concentrações gigantes contra a corrupção nos governos Lula-Dilma. 
Não conseguem negar que as multidões que foram à rua querem votar em Bolsonaro — ou acham que toda aquela gente estava pensando em Dom Pedro I?
Não conseguem evitar que centenas de milhares de pessoas tenham se manifestado sem que houvesse registro de uma única ocorrência policial. Não conseguiram assustar os cidadãos com ameaças, repetidas maciçamente pelos meios de comunicação, de que haveria violência no Sete de Setembro — além do perigo de violarem “a lei” e se verem enfiados em algum inquérito do ministro Moraes para punir “atos antidemocráticos”. 
 
Não conseguiram, em suma, nada do que pretendem com a desordem grosseira que criaram na campanha eleitoral. Como ficou claro mais uma vez neste Sete de Setembro, eis o problema com as ditaduras meia-boca — como essa que o alto Poder Judiciário socou em cima do Brasil, aproveitando o vácuo de um Executivo que não reage para não ser acusado de dar “golpe”, e de um Legislativo que não reage pela covardia de suas mesas diretoras.  
Podem fazer uma porção de coisas, mas não podem fazer tudo — e ditadura que se preze tem de poder fazer tudo, ou perde a pose junto ao público pagante. 
Não pode engolir, principalmente, que o povo vá para a rua. 
Não pode intimidar os cidadãos e ver que a sua intimidação foi ignorada. 
É um vexame e um fiasco.

As reações da mídia inconformada com as realidades e da esquerda que quer ganhar a eleição no grito foram a melhor ilustração dessa coleção de frustrações

As reações da mídia inconformada com as realidades, da esquerda que quer ganhar a eleição no grito e das aglomerações que só admitem Lula na presidência da República, foram a melhor ilustração dessa coleção de frustrações. 
Disseram que Bolsonaro, ao comparecer às comemorações dos 200 anos de independência do Brasil e se beneficiar do óbvio apoio que recebeu delas, “dividiu” o povo brasileiro.
O que sugerem que ele tivesse feito? 
Não deveria, então, ter comparecido às comemorações do bicentenário — ele que é o presidente constitucional do Brasil? 
Deveria ter exigido que as multidões presentes à rua ficassem de boca fechada? 
 
O que poderia ter feito para “unir” o povo — pedido que todo mundo ficasse em casa? 
“Fique em casa neste Sete de Setembro”, como diria o ex-governador Doria? Que tal? 
Não faz nenhum sentido, nada disso. Também se acusou Bolsonaro de aproveitar o Sete de Setembro para fazer campanha eleitoral. 
Aconteceu exatamente o contrário: o povo é que aproveitou o Sete de Setembro para dizer que quer votar em Bolsonaro para presidente
Vieram com a prodigiosa afirmação de que a “maioria” dos brasileiros não esteve presente nas manifestações — e como poderia estar, num país que tem 210 milhões de habitantes?  
Quanta gente, exatamente, eles queriam na rua? 
Uns 140 milhões de pessoas, para fazer maioria de dois terços? Ou 105 milhões mais um, para fazer maioria simples? 
Quiseram saber, é claro, quem “financiou” as comemorações; é a obsessão atual da esquerda brasileira — saber quem “financiou” tudo o que existe debaixo do sol, de grupos de WhatsApp que conversam de política ao camelô que vendia bandeira do Brasil na véspera das manifestações. 
E daí, se alguém pagou por alguma coisa?  
É claro que se pagou tudo o que deveria ser pago — desde quando comemorar o Sete de Setembro passou a ser uma atividade criminosa? 
A mídia juntou-se em peso à gritaria do PT; é por isso que fica cada vez maior a distância que separa o que publicam do que acontece no mundo dos fatos.

Não foi Bolsonaro quem proibiu a bandeira do Brasil nas manifestações do PT — foram eles mesmos, por vontade própria, que escolheram a bandeira vermelha

O problema para o STF do ministro Moraes, o Brasil que assina a “carta” pela “democracia” e, sobretudo, a candidatura Lula, não é apenas a sua incapacidade de impedir que o povo vá à rua para dizer que quer votar em Bolsonaro no dia 2 de outubro. 

Também é, e muito, a perda já aparentemente irrecuperável dos símbolos nacionais. Bandeira do Brasil, Hino Nacional, as cores verde e amarelo, mais a ideia de patriotismo que vem junto com as sensações de afeto pelo país em que se nasce — tudo isso passou a se ligar automaticamente com Bolsonaro e sua candidatura à reeleição. 

Não foi o presidente que decidiu tornar as coisas assim. Foi o PT, por única, desastrosa e simplesmente estúpida opção de Lula e de quem está à sua volta. Resolveram, todos eles, que a noção de pátria é uma palhaçada da “direita” — e entregaram o campo ao inimigo. Não foi Bolsonaro quem proibiu a bandeira do Brasil nas manifestações do PT — foram eles mesmos, por vontade própria, que escolheram a bandeira vermelha. 

Foi Geraldo Alckmin, no episódio talvez mais lamentável de todo o seu presente desastre moral, que resolveu cantar a “Internacional”, o hino do comunismo, num ato do PT — em vez de cantar o Hino Nacional Brasileiro. Foi o próprio Lula que chamou o verde-amarelo de “babaquice”. Disse que é preciso “ver outras cores”; só citou o vermelho. 

Estão se lamuriando por que, agora? 
Descobriram neste Sete de Setembro, de repente, que “o povo” precisa “recuperar” os emblemas da nação, hoje sinônimos de Bolsonaro e de seu projeto político. 
Recuperar de que jeito, se foram eles mesmos que pisotearam na bandeira, no hino e no verde-amarelo, chamando tudo isso de “fascista” — ou coisa de “classe média direitista”? 
Uma cantora que se apresenta como campeã do “antibolsonarismo”, por sinal, sapateou fisicamente em cima da bandeira brasileira, há pouco tempo, num palco estrangeiro. É mais ou menos o máximo que se pode conseguir, em matéria de mostrar quais são as suas preferências.

O Brasil do TSE, do lulismo e da elite preocupada com o “social” está de um lado. Os brasileiros que se mostram dispostos a sair para a rua em defesa do seu candidato estão de outro. 

 Entregaram a Bolsonaro a patente única da defesa da liberdade no Brasil além do amor à pátria, a Deus e à família. Não sabem, agora, como mudar isso.

Leia também “Lula, o agro fascista e o arroz orgânico”

sábado, 13 de agosto de 2022

Decisão que vetou Bolsonaro genocida ‘atropelou’ integrantes do TSE - Malu Gaspar

O Globo

Com a decisão que mandou remover vídeos em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chama Jair Bolsonaro (PL) de “genocida”, o ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se antecipou a colegas que receberam ações semelhantes sobre o mesmo assunto e impôs o seu entendimento sobre um tema em que ministros pensam de forma contrária.

A decisão de Araújo foi duramente criticada por integrantes do TSE e por especialistas ouvidos pela equipe da coluna, que avaliam que ela ameaça a liberdade de expressão. [COMENTÁRIO:curioso que integrantes do TSE considerem ameaça a liberdade de expressão impedir que chamem o presidente da República de 'genocida' - acusação feita sem nenhuma prova - e o mesmo TSE proíbe chamar o 'descondenado' petista de ladrão - crime pelo qual foi condenado em três instâncias e e por nove magistrados. Em manobra jurídica o petista foi descondenado, porém, não foi inocentado. Contra Bolsonaro uma régua, contra  Lula outra.
Justiça exige imparcialidade, isenção. Justiça parcial e sem isenção,  não é Justiça.] 

Para eles, tanto vídeos em que Bolsonaro é atacado como peças em que sejam feitas críticas a Lula, devem ser analisadas com cuidado. A decisão de Araújo, portanto, abre um precedente perigoso, conforme informou O GLOBO.

A equipe da coluna apurou que, nos bastidores, integrantes do TSE estavam costurando um entendimento em sentido radicalmente contrário ao de Araújo na corte ou seja, para manter os vídeos no ar – e acabaram "atropelados" pela decisão. Isso aconteceu porque os pedidos da campanha do PL para que as falas de Lula contra Bolsonaro saíssem do ar não ficaram todos concentrados com Araújo. [Nos perdoem pela ignorância em não entender as razões que motivam que denúncias contra Bolsonaro vão em sua maioria para o ministro Moraes - dispensando o sorteio regimental -  e as contra seus adversários são distribuídas entre os ministros.] Foram distribuídos entre todos os três ministros que cuidam das questões de propaganda. “Nós estamos no período de pré-campanha e essas críticas fazem parte da democracia. Ainda que estivéssemos no período eleitoral, a propaganda negativa, em que são feitas críticas ao adversário, é lícita”, opina o advogado Renato Ribeiro de Almeida, membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep).

“Não são apenas propostas que são permitidas, as críticas podem sim ser feitas aos opositores, a quem está exercendo o mandato, por mais ácidas que sejam. Isso não constitui, de forma alguma, qualquer ilícito eleitoral”, acrescenta.

Raul Araújo é ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nomeado na cota do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Foi indicado ao STJ em 2010 por Lula, mas é considerado um conservador bolsonarista por três ministros ouvidos pela equipe da coluna. A avaliação de uma ala do TSE é a de que a Corte deve ter uma atuação mais contida na campanha, não cabendo à Justiça Eleitoral funcionar como uma espécie de moderadora onipresente do debate político.

Araújo já havia contrariado os colegas em outra decisão polêmica,[qual seja: favorável ao presidente Bolsonaro.]  em março deste ano – quando proibiu manifestações políticas de artistas durante o festival Lollapalooza, o que funcionou na prática como uma censura aos músicos.

A canetada de Araújo também deixa outras questões em aberto: o que acontece agora com outros vídeos, de qualquer outro brasileiro, em que Bolsonaro é chamado de “genocida”? Também terão de sair do ar? E se opositores do Planalto fizerem, por exemplo, um tuitaço com o adjetivo indigesto, todas as postagens estão ameaçadas de censura?

Dentro da Corte, a decisão levou a uma discussão que tende a resultar no envio do assunto para o plenário, para que seja fixada uma tese consensual que nortearia a atuação de todos os ministros. Na prática, isso evitaria que os magistrados tomem decisões individuais diferentes em relação à mesma controvérsia.É possível detectar aparente ofensa à honra e à imagem de pré-candidato ao cargo de presidente da República, porquanto a conduta de imputar a determinado adversário político o atributo de genocida poderia, em tese, configurar crime de injúria ou difamação”, escreveu Araújo ao justificar a remoção dos vídeos.

Para Araújo, os participantes do processo eleitoral “devem orientar suas condutas de forma a evitar discursos de ódio e discriminatório, bem como a propagação de mensagens falsas ou que possam caracterizar calúnia, injúria ou difamação”.

A decisão sobre “Bolsonaro genocida” também trouxe à tona um controverso e recente julgamento do TSE, em que os limites da liberdade de expressão foram discutidos pelos ministros.

Em maio do ano passado, o TSE condenou um contador do Maranhão por divulgar no Instagram um vídeo repleto de críticas ao ex-governador Flávio Dino (PSB), chamado de ladrão e retratado como nazista. O placar foi apertadíssimo contra o contador 4 a 3 para condená-lo por propaganda eleitoral antecipada, de cunho negativo.

Um dos quatro votos para condenar o contador veio justamente de Alexandre de Moraes. Na época, o ministro alegou que “talvez as redes sociais tenham tornado tão banais essas ofensas e perseguições que há um momento em que há necessidade de se mostrar que as milícias digitais não atuam em terra de ninguém”. “Por mais trabalho que isso possa dar, há necessidade de demonstrar, desde já, que nas eleições do ano que vem (deste ano), a Justiça Eleitoral não vai permitir que haja uma terra de ninguém”, disse Moraes na ocasião.

O então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, considerou o vídeo apenas uma "manifestação de cidadão comum em rede social", se posicionando contra a punição do contador. Na época, o diretório maranhense do PC do B (ex-partido de Dino) acionou a Justiça sob a acusação de que Everildo utilizou o Instagram “com o intuito de denegrir (sic) e rebaixar a imagem política do governador”, argumento semelhante ao usado agora por Bolsonaro contra Lula.Para a campanha de Bolsonaro, a palavra “genocida” "não é um adjetivo qualquer, mas sim palavra de conteúdo pejorativo gravíssimo".

Rafael Moraes Moura - Malu Gaspar, coluna em O Globo

 

domingo, 3 de julho de 2022

Cuba completa 63 anos de ditadura em tempo integral, o sonho da oposição no Brasil - O Estado de S. Paulo

 J. R. Guzzo


Na ilha caribenha sob regime comunista, dois homens foram condenados a penas de prisão por protestar contra o governo  

[No Brasil, já ocorrem prisões por protestos, a diferença é que aqui os protestos não são contra o Governo.]

Os fatos descritos a seguir foram mantidos como uma espécie de segredo de Estado pela mídia brasileira, ou por esse “consórcio de órgãos de imprensa” que hoje se apresenta em seu nome e já é para dar graças a Deus, porque qualquer notícia que fosse publicada a respeito correria o risco de ser denunciada como “fake news” pelas “agências de checagem”, ou de “verificação de fatos”. Trata-se de coisa de compreensão imediata.

Um músico de “rap” e um artista cubano foram condenados a penas de prisão em Cuba por protestarem contra o governo
O “rapper” fez um vídeo com uma canção de crítica ao regime. 
O artista colocou uma bandeira cubana nos ombros numa manifestação de rua. O primeiro pegou nove anos de cadeia – isso mesmo, nove anos por cantar uma música. 
O segundo pegou cinco, por sair com a bandeira do seu próprio país num ato pacífico de protesto
É o tipo de notícia que deixa claríssimo, mais uma vez, como funcionam as liberdades individuais e públicas em Cuba o país modelo da esquerda nacional e de seu candidato a presidente da República. 
É notícia que não sai na imprensa.
 
J R. Guzzo: 'É o tipo de notícia que deixa claríssimo, mais uma vez, como funcionam as liberdades individuais e públicas em Cuba'
J R. Guzzo: 'É o tipo de notícia que deixa claríssimo, mais uma vez, como funcionam as liberdades individuais e públicas em Cuba' Foto: Alejandro Ernesto/EFE
As canções de Maykel Osorbo, que lidera uma banda de “rappers” negros, não chegam nem perto da agressividade dos “raps” contra a lei e a polícia, e a favor do crime e dos criminosos, tão festejados no Brasil pela esquerda e pelas classes culturais.  
Mais que isso: os dois cubanos presos não organizaram, nem fizeram parte, de nenhum grupo armado. 
Não quebraram uma única vitrine em seus protestos de rua nem cometeram o mínimo ato de violência. 
Não fizeram vídeo jogando futebol com a cabeça de Fidel, ou de Che Guevara. 
Não escreveram do jornal: “Quero que o presidente morra”.  
Não chamaram ninguém de “genocida”. 
Tudo o que o músico fez foi uma canção pedindo liberdade, igualdade e comida na mesa. 
Como o sujeito pode ser enfiado nove anos numa cadeia por fazer uma coisa dessas?
 
Osorbo foi condenado por “usar imagens falsas, manipuladas digitalmente”, no seu vídeo – como se fosse um crime utilizar fantasias e recursos digitais num vídeo musical. 
Segundo o tribunal que o condenou, ele teve o propósito de “ultrajar a honra e a dignidade das autoridades máximas do país”. 
Dois dias antes do julgamento sua advogada foi afastada do caso pelo governo; puseram um outro, que não levou nenhuma testemunha de defesa. 
Tudo a ver com a linguagem, os métodos e as penas do inquérito perpétuo e ilegal que vem sendo tocado num certo país sul-americano?

Cuba está completando 63 anos de ditadura em tempo integral – mais um pouco, bate o recorde mundial da tirania comunista da Rússia, entre 1917 e 1989. Sonham fazer isso, aqui. [e vão continuar sonhando; tentaram várias vezes e fracassaram e o sonho em breve se transformará em pesadelo.]

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


segunda-feira, 13 de junho de 2022

As narrativas estão se esgotando… - Rodrigo Constantino

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Segunda-feira, 13 de Junho de 2022.
Rodrigo Constantino

Eles fizeram de tudo! Nunca antes na história deste país se viu tanto jornalista unido em prol de uma só missão: demonizar o atual governo. Bolsonaro foi chamado até de genocida, responsabilizado por cada morte durante a pandemia, enquanto logo ao lado, na Argentina, a culpa pelas mortes era do vírus chinês mesmo.

Mas como o tempo é amigo da razão, esses militantes disfarçados de jornalistas estão entrando em desespero, ao ver que cada esforço foi em vão, que o eleitor não cai mais nesses truques baratos. A velha imprensa lamenta o dia em que perdeu a hegemonia do discurso, e por isso clama por censura nas redes sociais.

Os mesmos que pediram lockdown e repetiram que a economia ficava para depois, agora responsabilizam o presidente pelos dados ruins da economia, ignorando não só a pandemia e a "solução" que defenderam em nome da ciência, mas os dados piores no mundo todo. Ocorre que a economia brasileira vai melhorando, o crescimento é acima do esperado, a inflação cede um pouco (enquanto bate recorde de 40 anos nos Estados Unidos), e só resta ao consórcio militante apelar para o "mas": sim, os dados estão melhores, mas...

Bolsonaro era um pária internacional, diziam. Aí o Brasil é o sexto país do mundo em captação de investimentos diretos, e o presidente Joe Biden faz um convite especial ao Brasil na Cúpula das Américas. 
Os militantes tentam diminuir a importância disso, alegando que há exagero na narrativa bolsonarista, e acaba que o evento é um sucesso. Até a imprensa precisa reconhecer que o "gelo foi quebrado", que o clima foi cordial, e não houve sermão do presidente americano contra o "autoritário" presidente brasileiro - até porque Biden falar em eleição limpa é piada pronta.

A economia não vai tão mal assim, como os abutres desejavam, e Bolsonaro não é uma figura tão tóxica na geopolítica, como os alienados cantaram. E, com isso, os antibolsonaristas vão ficando sem narrativas. Tudo que lhes resta é dar um jeito de normalizar a candidatura do ex-presidiário, já que a "terceira via" não decola. No caso dos "antas", o golpismo já salta aos olhos, ao tentarem criar uma narrativa de possível impugnação da chapa de Bolsonaro por "ataques" ao sistema eleitoral.

Em outros casos o pânico é tão grande que esses militantes chegam ao ridículo de tentar responsabilizar o presidente pelo desaparecimento de duas pessoas no meio da floresta amazônica, do tamanho de Portugal. Não há mais qualquer resquício de pudor nessa gente...

O que fica claro é que a esquerda que ocupa quase todas as redações de jornais do país topa tudo para tirar Bolsonaro do poder. 
Mas sua munição está chegando ao fim. Vai batendo desespero. 
As balas eram todas de festim. 
Não colando o discurso lunático contra o governo, essa turma em breve estará clamando por um golpe às claras, implorando para os togados impedirem na marra um segundo mandato de Bolsonaro. Tudo em nome da democracia, claro...
 
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES