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segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Após criticar embargo dos EUA a Cuba, Lula vai se reunir com Biden - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo

Relações exteriores

Antes de reunião com Biden, Lula se encontrou com o ditador cubano, Miguel Díaz-Canel.
Antes de reunião com Biden, Lula se encontrou com o ditador cubano, Miguel Díaz-Canel.| Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está em Nova York para a reunião da Organização das Nações Unidas (ONU). Essas visitas a Nova York não significam uma visita ao governo americano, mas à Organização das Nações Unidas. 
Mas ele ainda assim vai ter encontro, é o que estão dizendo, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na quarta-feira (20), depois de amanhã.

Vai ter a abertura da Assembleia da ONU, em que tradicionalmente o presidente do Brasil é que fala, abrindo mais um período de sessões.[essa tradição submeteu os participantes da Assembleia da ONU, durante 13 (treze) anos seguidos, 2003 a 2015, a verdadeiras sessões anuais de tortura, sendo forçados a ouvir discursos vazios, em conteúdo e sentido, expelidos por nulidades.]  Fala-se também de um possível encontro com Volodymyr Zelenski, o presidente da Ucrânia, que não quis falar com Lula em Tóquio, na última reunião do G20.

Ele evitou falar com Lula, que estava fazendo manifestações sobre o presidente russo, Vladimir Putin, e teve aquela desculpa. Acho que foi desculpa, inclusive, dos dois lados. Porque o governo brasileiro também alegou problemas de agenda, não deu. Meu Deus do céu. E agora talvez dê. Eu estou vendo a notícia de que foi Zelenski que tomou a iniciativa dessa conversa. [Zelenski, o mestre em guerras para outros combaterem, tem muito tempo a perder e resolveu agora desperdiçar algum  com o estadista dos estadistas.]

Lula tem reunião marcada com Biden
Agora, a conversa com Biden, eu imagino o rumo que vai ter, né? 
Porque, é dois ou três dias depois de Lula ter dito em Havana, em Cuba, que a culpa do atraso econômico de Cuba é dos Estados Unidos por causa do embargo econômico. 
O embargo econômico é uma coisa unilateral de um país. 
O Brasil, por exemplo, no governo Bolsonaro ano passado, o comércio com Cuba cresceu 60%. Só que  Cuba compra mais do Brasil do que o Brasil compra de Cuba, porque Cuba tem poucas coisas a oferecer pro Brasil.
 
O Brasil já tem açúcar, não precisa do açúcar cubano, não tem charuto e não tem rum Havana branco
São mais ou menos esses os produtos, eu não sei se tem alguns medicamentos que o Brasil compra, talvez tenha um de vitiligo. 
Cuba está assim por causa do regime. O regime não funciona. Não funcionou na União Soviética, não funcionou na China.  
A China tem uma economia capitalista e um governo comunista.  
Teve que colocar a sabedoria chinesa, colocar Confúcio, e não Marx. Confúcio é muito prático.
 
G77 com Lula foi "quase um comício"
Então é esse o problema, eu não sei se o presidente está sentindo isso, porque a reunião de Cuba com 134 países foi quase comício
É G77, mas na verdade é G134 e está cheio daquilo que o presidente Lula chamou de bagrinho. Quando ele quis diminuir o Tribunal Penal Internacional (TPI), do tratado de Roma, ele disse “Ah, é um tratado que não foi assinado pelos Estados Unidos, China e nem Rússia, é só de bagrinho”.

Pois é, tem 134 países em geral do Hemisfério Sul. Como a gente sabe, no Hemisfério Sul, o Brasil está numa companhia de muitos países que têm um certo atraso em relação aos países do Hemisfério Norte. [como habitual, a generosidade leva o articulista a classificar grande atraso como 'certo atraso'. Paciência... .]   Mas, enfim, vamos ver o que dá. Lá em Cuba, Lula deu jeito de sair da agenda, foi visitar o Raúl Castro, o irmão e companheiro de Sierra Maestra do Fidel.

Os ditadores da Nicarágua e da Venezuela se uniram para dizer que é para dizer que eles estão contra a hegemonia dos Estados Unidos. 
Os Estados Unidos não estão nem aí. 
Estados Unidos, inclusive, na sua prática, estão diminuindo o comércio com a China, e aumentando as relações econômicas com os dois vizinhos, porque fica melhor, fica mais perto, não gasta frete, é só atravessar a linha de fronteira, Canadá e México.

E o México deve estar gostando muito, porque daqui a pouco não tem desemprego no México, porque as empresas americanas vão para lá para produzir automóveis, muitos dos automóveis que a gente compra aqui no Brasil foram produzidos no México.

Brasil deve reforçar poder nacional
Na prática, eu estou falando de política externa e da necessidade de ter um pragmatismo na presença nacional, tem que se impor. 
Eu recomendo a quem estiver interessado por esse assunto, e no futuro de seus filhos e netos, que leia artigo de um general quatro estrelas da ativa e não apenas da ativa como chefe do Estado Maior do Exército, general Fernando Soares e Silva, um artigo no Estadão de sábado (16).
 
No texto, o general recomenda neutralidade em política externa e reforço do poder nacional
Como a gente sabe, o poder nacional se compõe, não apenas do poder militar, mas é do poder econômico, do poder psicossocial, que é o poder da sociedade brasileira, mas o poder militar também… é a última razão dos reis, né? 
Quando cessa tudo o que a diplomacia tenta, o que a gente ouve é barulho dos canhões.
E a gente estaria preparado pra isso? Por isso é uma leitura que eu recomendo.


Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

 

 

sábado, 9 de setembro de 2023

Eu já tinha visto isso. - Percival Puggina

         “Hoje é dia de concentração na praça", disse-me a senhora. "Começa às 17 horas, mas os policiais do presidente chegam antes e usam essa sacada para observação de segurança. Talvez o senhor se sinta melhor se retornar depois do fim do evento”. 
Prontamente respondi que sim. Preferi chegar depois, porque, no mínimo, teria que me identificar para poder permanecer e, se ficasse, certamente não poderia usar a sacada.  
 
Eu estava em Havana e tinha, nessa vez, alugado uma parte do apartamento de uma professora (quarto, banheiro e sala, enquanto ela usava a cozinha e uma outra dependência com acesso particular). O prédio estava muito bem localizado, junto à Praça da Tribuna Anti-imperialista, e o apartamento tinha a tal sacada a que se referia minha hospedeira. 
Professora de História, era pessoa de confiança do regime e, graças a isso tinha “permiso” para alugar o imóvel a turistas. 
Com a sala, deu-me acesso à sua biblioteca (pouco mais de um metro de livros em espanhol e em russo). Explica-se o conteúdo em russo pelo fato de se haver graduado em Moscou, na Universidade da Amizade dos Povos, conhecida como Patrice Lumumba.
 
Então, por volta das 16 horas, desci para a praça e assisti aos atos que se seguiram
Eles consistiram numa sequência de discursos voltados ao enaltecimento do Comandante Fidel, da Revolução e dos admiráveis êxitos do regime tanto na Economia quanto na Educação e na dignidade do povo cubano. Tudo, claro, embrulhado, por todos os oradores, no invólucro comum: o dever patriótico de espinafrar o imperialismo e os “guzanos” (vermes), cubanos que se atiravam ao mar e iam para Miami, num fluxo contínuo, desde 1960.

Como eu descera cedo, pude apreciar a chegada do distinto público. Eram trazidos em ônibus, em grupos cuja afinidade se podia perceber tão logo desciam pois tagarelavam entre si. Alguém, mais tarde, me explicaria que provinham dos locais de trabalho e eram acompanhados por um “compañero” que representava os olhos e os ouvidos do Estado.

Nesse dia, Fidel não apareceu, o que deve ter representado um alívio para aquela pequena multidão, pois quando o tirano comparecia, falava, e quando falava proferia aqueles discursos que ficaram famosos, não pelo conteúdo, mas pelo muito que lhe custava colocar um ponto final nas arengas que duravam horas.

Por que este relato? Porque o público, raro e ralo, presente à solenidade deste dia 7 de setembro em Brasília, por quanto a TV mostrou, era muito semelhante ao daquela tarde/noite na Tribuna Anti-imperialista. Funcionários públicos, sindicalistas e companheiros de partido, convocados pelo governo, cumprindo ordens e portando bandeirinhas numa estranha mistureba do verde e amarelo com convenientes detalhes vermelhos no vestuário. 
 A Pátria passava muito bem sem essa.

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país.. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.


quinta-feira, 13 de julho de 2023

O monstro de duas cabeças - Revista Oeste

Ubiratan Jorge Iorio.

A primeira cabeça é a do comunismo. A segunda é a do globalismo

Foto: Shutterstock

É cada vez mais visível que o outrora denominado “mundo livre” está sofrendo uma investida inédita e muito poderosa, uma enorme arremetida contra o que a dita humanidade possui de mais humano, desencadeada por agressores movidos por uma insaciável vontade de poder. Trata-se de um ataque impiedoso a todas as reservas de liberdades pessoais e de valores morais consagrados pela tradição. 
O maior algoz da civilização ocidental, atualmente, com sua agenda destruidora radical, mas sempre apresentada sub-repticiamente como socialmente justa e politicamente correta, como promotora de igualdade e defensora do planeta, é um monstro de duas cabeças: a primeira é a do comunismo, e a outra é a do globalismo. 
 
O ogro possui uma necessidade patológica de submeter os semelhantes ao seu totalitarismo, com a supressão dos direitos de escolha dos cidadãos e a imposição de seus conceitos peculiares de felicidade e de bem-estar, debuxados e definidos sempre por meia dúzia de políticos, intelectuais e bilionários iluminados. 
É bastante disciplinado e organizado e vem trabalhando há décadas em busca de seus objetivos, valendo-se de todos os meios imagináveis, mediante um processo de paulatina ocupação e cooptação de todos os espaços, na política, na justiça, nas legislações, nas universidades, nas artes, nos esportes e em todas as manifestações culturais. publicidade

O que assusta é que, se antes agia em silêncio, disfarçado e sem alarde, há alguns anos passou a fazê-lo escancarando as suas duas carrancas e acelerando cada vez mais o ritmo de seus assaltos, até o frenético estado atual. Porém, antes, como agora, sempre fazendo uso indiscriminado da mentira e das falsas narrativas, que são o oxigênio essencial para a sua sobrevivência. Seu comportamento despótico tem sido tão ostensivo que não é exagero dizer que os cidadãos do Ocidente estão diante de um dilema terrível: ou permanecem comodamente na defensiva, o que acarretará em pouco tempo a supressão de praticamente todas as suas liberdades — e da sua própria dignidade —, ou enchem-se de coragem e, pensando na liberdade de seus descendentes, enfrentam corajosamente o problema.

Exemplos indiscutíveis de que o comuno-globalismo abandonou a tradicional cautela e passou a revelar abertamente as suas intenções são algumas declarações do presidente brasileiro, na abertura da reunião do Foro de São Paulo, em Brasília, na semana passada.

Entre afagos a ditadores do naipe de Fidel, Maduro e Ortega, o chefe do nosso Executivo declarou: “Aqui no Brasil nós enfrentamos o discurso do costume, o discurso da família, o discurso do patriotismo, ou seja, aqui nós enfrentamos o discurso de tudo aquilo que a gente aprendeu historicamente a combater”; “Ele [o discurso] nos acusa de comunistas, achando que nós ficamos ofendidos com isso; nós não ficamos ofendidos; isso não nos ofende, isso nos orgulha”; e “Por que, em 1985, nós criamos o Foro de São Paulo? É que em 1985 eu tinha consciência de que jamais a gente poderia chegar ao poder pela via do voto, pela via democrática”. Dias antes, em Paris, na mesma frase, declarou-se um defensor da soberania nacional, mas fez questão de ressaltar que a Amazônia pertence a toda a humanidade. Bem, se dá para colher algo de positivo nessas afirmações, é a sua sinceridade, por revelar finalmente suas intenções reais, sem disfarces.

Globalismo e socialismo têm muitas áreas de interseção, como não poderia deixar de ser, uma vez que ambos são casos explícitos do radicalismo característico dos experimentos de engenharia social. 
O globalismo é uma ideologia mais antiga do que normalmente se acredita. Alguns de seus traços são semelhantes aos do comunismo, como a tentativa de desmantelamento dos valores morais e da tradição vale dizer, a supressão do princípio da dignidade da pessoa humana —, o que pressupõe ou a eliminação da religião ou a sua relativização e consequente desvirtuamento; o seu caráter internacionalista; e o controle das atividades econômicas e sociais, direta ou indiretamente, pelo Estado ou por grupos extraoficialmente dominados por ele.

O globalismo é uma ideologia mais antiga do que normalmente se acredita -  Foto: Shutterstock

No trecho comum dos credos dessas duas seitas, os inimigos da humanidade recitam contritamente “glória ao coletivismo e abaixo o individualismo”, e o motivo para isso é facilmente dedutível, porque a nossa civilização foi construída sobre o fundamento da família, um ente formado por indivíduos distintos, interdependentes e livres, ou seja, não subordinados ou dependentes de um modelo de Estado que os submeta, à força, aos moldes exigidos pela ideologia dos engenheiros sociais.

É exatamente pelo fato de que a estrutura familiar não depende de nenhuma visão de Estado e de mundo que é preciso destruí-la, uma vez que impede a construção de uma sociedade baseada no coletivismo e submetida a seus devaneios opressores.  
Comunistas e globalistas não aceitam — ou veem como um problema a realidade histórica de que, cronologicamente, a instituição da família é anterior à formação do Estado e que este, por sua vez, nasceu da necessidade de existência de normas de conduta.  
Assim, precisam forçar a inversão dessa ordem natural das coisas, e para isso é necessário, primeiro, que ditem comandos e ordens, que chamam eufemisticamente de leis, que sirvam de suporte para o tipo de Estado totalitário que têm em mente, para então consumarem a submissão plena de indivíduos, famílias e populações inteiras ao “Grande Irmão”. Comunismo e globalismo são ideologias internacionalistas; logo, são antissoberanistas | Foto: Shutterstock

Os candidatos a tiranos esclarecidos sabem perfeitamente que, se fracassarem nessa inversão de causalidades, todo o plano de construir uma nova civilização irá por água abaixo, mas insistem em seu intento porque ignoram ou se recusam a aceitar que os fatos históricos, embora possam temporariamente ser desvirtuados e invertidos, cedo ou tarde — mesmo ao custo do sacrifício de gerações — acabam prevalecendo. Seus experimentos nascem condenados ao fracasso, mas o problema é que, enquanto o fracasso não acontece, impõem frustrações e sofrimentos a milhões de pessoas usadas como cobaias.

Comunismo e globalismo são ideologias internacionalistas; logo, são antissoberanistas.  
É certo que o conhecidíssimo mote expresso em 1848 por Marx e Engels no nefando Manifesto, “proletários de todos os países, uni-vos”, de fundo claramente internacionalista, perdeu de certa forma o seu sentido, mas seu espírito está claramente presente no vocabulário dos globalistas de Davos, da ONU, das ONGs,da União Europeia, da Otan, da OEA, dos liberals norte-americanos, dos partidos de esquerda espalhados pelo mundo, das big techs e dos banqueiros, em uma interminável lista de expressões — repercutidas exaustivamente como ladainhas pela mídia, universitários, artistas e pretensos intelectuais cooptados por décadas de doutrinação —, tais como “governo mundial”, “diversidade cultural”, “mudanças climáticas”, “nova ordem mundial”, “energia limpa”, “dívida histórica”, “branquitude”, “família tradicional”, “meu corpo minhas regras”, “heteronormatividade” e muitas outras. 
 
Tanto o comunismo como o globalismo precisam impor uma estrutura social compatível com sua ideologia e filosofia política e tentam fazê-lo sem qualquer cerimônia, simplesmente afirmando que esse arranjo será melhor para todos e pagando bilhões de dólares para que intelectuais serviçais, pesquisadores impostores e jornalistas vigaristas façam o trabalho sujo de, como água mole em pedra dura, mentira após mentira, subliminarmente, terminar contaminando todo e qualquer cérebro avesso ao hábito salutar de pensar por conta própria. 
Infelizmente, como foi escrito há milênios em Eclesiastes I, 15, stultorum infinitus est numerus, ou seja, “o número de tolos é infinito”, uma velha e simples constatação, a mesma que levou Nelson Rodrigues a escrever que “os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade, eles são muitos”.

Como disse sem qualquer laivo de pudor o presidente do Fórum Econômico Mundial um lunático extremamente perigoso e poderoso —, Klaus Schwab: “Vocês não serão donos de nada, mas serão felizes”. É essa arrogância inacreditável que escondem a “Agenda 2030”, o “Grande Reinício”, a “Open Society“, a “Nova Ordem Mundial” e outros projetos de desumanização da sociedade.  

Essas ideias de jerico representam um perigo sem precedentes para a nossa civilização, porque seus defensores são verdadeiros psicopatas, loucos, pretensiosos, arrogantes, tiranos, frios, dissimulados e — e como isso importa! — com o agravante de serem financeiramente poderosíssimos.Presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab | Foto: Remy Steinegger

É muito preocupante, para quem defende verdadeiramente a liberdade e os valores morais tradicionais, que Schwab tenha feito uma visita recente ao Brasil, tendo em vista essa amigação do comunismo com o globalismo e sabendo que o governo brasileiro atual, seja por ideologia, seja por interesses, endossa o caminho da servidão, com a escravização do indivíduo pelo Estado.  
O que esse sujeito veio fazer aqui? 
Já não nos bastam nossos déspotas domésticos?

Por isso, quem tem ouvidos para ouvir e um mínimo de inteligência e independência intelectual para saber interpretar as coisas entende perfeitamente muitas das declarações aparentemente estapafúrdias do presidente do nosso país, assim como inúmeras coisas do arco-da-velha que vêm se tornando comuns em nossa política.

A verdade é que o Estado moderno — no Brasil e no mundo — tornou-se máximo naquilo em que deveria ser mínimo e mínimo naquilo em que deveria ser máximo

Do ponto de vista estritamente econômico e para simplificar, o sucesso do amancebamento entre comunistas e globalistas significa tão somente que a presença do Estado vai continuar a aumentar em todo o mundo, mas não do modo gradual como aconteceu a partir dos anos 1930, e sim mais aceleradamente.  
Na Holanda, por exemplo, o governo já está ameaçando confiscar propriedades rurais e até sacrificar gado, em nome de supostas “mudanças climáticas”, algo absolutamente inconcebível há poucos anos;   - por sua vez, em nome da “diversidade”, em todo o mundo minorias vêm sendo favorecidas em concursos e em ofertas de emprego, sem critérios de mérito e em detrimento de maiorias; na França, Macron, um exemplo típico de esquerdista e globalista, está querendo se aproveitar do caos que as políticas que sempre defendeu instalaram no país para aumentar o poder do Estado sobre os indivíduos. 
E o mais incrível é que não é difícil encontrar pessoas que apoiam esses tipos de violência. Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante discurso no evento Power Our Planet, em Paris, na França | Foto: Ricardo Stuckert/PR
 
Trazendo essas preocupações para o Brasil, trago uma questão: para que tem servido o Estado em nosso país, a não ser para explorar os cidadãos? 
 Em regimes efetivamente democráticos, ser de esquerda ou de direita é um direito de qualquer cidadão. 
Muitos liberais aceitam que se pode justificar a presença do Estado, sempre visando ao bem comum e de preferência indiretamente, em cinco áreas: justiça, segurança (interna e externa), educação, saúde e infraestrutura.  
E como andam a justiça, a segurança, a educação, a saúde e a infraestrutura “neste país”? 
Quem cuida desses cinco setores não é o Estado? 
Você acredita mesmo que a ONU, a OMS, a Unesco ou algum governo mundial vão cuidar deles direitinho? 
E que o caminho secular de fracassos do comunismo, “desta vez”, poderá ser bem-sucedido em gerar progresso?

A verdade é que o Estado moderno — no Brasil e no mundo — tornou-se máximo naquilo em que deveria ser mínimo e mínimo naquilo em que deveria ser máximo. Deformou-se, está grande demais para resolver os pequenos problemas e pequeno demais para resolver os grandes problemas, como afirmou, ainda nos anos 1960, o sociólogo norte-americano Daniel Bell. Mas o monstro de duas cabeças — insensível e insaciável — quer aumentá-lo.

LEIA, Incêndios no Canadá e queimadas no Brasil: dois pesos e poucas medidas, Evaristo de Miranda - CONTEÚDO GRATUITO, Cortesia Revista Oeste 

O país da América do Norte perdeu mais florestas em dois meses do que todo o bioma Amazônia em dez anos

Ubiratan Jorge Iorio é economista, professor e escritor
Instagram: @ubiratanjorgeiorio
Twitter: @biraiorio


Leia também “Uma fumaceira de incertezas

Revista Oeste

 

 

domingo, 3 de julho de 2022

Cuba completa 63 anos de ditadura em tempo integral, o sonho da oposição no Brasil - O Estado de S. Paulo

 J. R. Guzzo


Na ilha caribenha sob regime comunista, dois homens foram condenados a penas de prisão por protestar contra o governo  

[No Brasil, já ocorrem prisões por protestos, a diferença é que aqui os protestos não são contra o Governo.]

Os fatos descritos a seguir foram mantidos como uma espécie de segredo de Estado pela mídia brasileira, ou por esse “consórcio de órgãos de imprensa” que hoje se apresenta em seu nome e já é para dar graças a Deus, porque qualquer notícia que fosse publicada a respeito correria o risco de ser denunciada como “fake news” pelas “agências de checagem”, ou de “verificação de fatos”. Trata-se de coisa de compreensão imediata.

Um músico de “rap” e um artista cubano foram condenados a penas de prisão em Cuba por protestarem contra o governo
O “rapper” fez um vídeo com uma canção de crítica ao regime. 
O artista colocou uma bandeira cubana nos ombros numa manifestação de rua. O primeiro pegou nove anos de cadeia – isso mesmo, nove anos por cantar uma música. 
O segundo pegou cinco, por sair com a bandeira do seu próprio país num ato pacífico de protesto
É o tipo de notícia que deixa claríssimo, mais uma vez, como funcionam as liberdades individuais e públicas em Cuba o país modelo da esquerda nacional e de seu candidato a presidente da República. 
É notícia que não sai na imprensa.
 
J R. Guzzo: 'É o tipo de notícia que deixa claríssimo, mais uma vez, como funcionam as liberdades individuais e públicas em Cuba'
J R. Guzzo: 'É o tipo de notícia que deixa claríssimo, mais uma vez, como funcionam as liberdades individuais e públicas em Cuba' Foto: Alejandro Ernesto/EFE
As canções de Maykel Osorbo, que lidera uma banda de “rappers” negros, não chegam nem perto da agressividade dos “raps” contra a lei e a polícia, e a favor do crime e dos criminosos, tão festejados no Brasil pela esquerda e pelas classes culturais.  
Mais que isso: os dois cubanos presos não organizaram, nem fizeram parte, de nenhum grupo armado. 
Não quebraram uma única vitrine em seus protestos de rua nem cometeram o mínimo ato de violência. 
Não fizeram vídeo jogando futebol com a cabeça de Fidel, ou de Che Guevara. 
Não escreveram do jornal: “Quero que o presidente morra”.  
Não chamaram ninguém de “genocida”. 
Tudo o que o músico fez foi uma canção pedindo liberdade, igualdade e comida na mesa. 
Como o sujeito pode ser enfiado nove anos numa cadeia por fazer uma coisa dessas?
 
Osorbo foi condenado por “usar imagens falsas, manipuladas digitalmente”, no seu vídeo – como se fosse um crime utilizar fantasias e recursos digitais num vídeo musical. 
Segundo o tribunal que o condenou, ele teve o propósito de “ultrajar a honra e a dignidade das autoridades máximas do país”. 
Dois dias antes do julgamento sua advogada foi afastada do caso pelo governo; puseram um outro, que não levou nenhuma testemunha de defesa. 
Tudo a ver com a linguagem, os métodos e as penas do inquérito perpétuo e ilegal que vem sendo tocado num certo país sul-americano?

Cuba está completando 63 anos de ditadura em tempo integral – mais um pouco, bate o recorde mundial da tirania comunista da Rússia, entre 1917 e 1989. Sonham fazer isso, aqui. [e vão continuar sonhando; tentaram várias vezes e fracassaram e o sonho em breve se transformará em pesadelo.]

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

PAVLOV E A PANDEMIA - Dagoberto Lima Godoy

O que está acontecendo conosco, os habitantes da Mãe-Terra?

Pessoas aturdidas pelos vaivéns dos protocolos impostos pelas autoridades, as oscilantes orientações da Organização Mundial da Saúde e as opiniões contraditórias nas redes sociais, tudo amplificado pela mídia eufórica: usa e não usa (máscaras), fica e não fica (em casa), fecha e abre (o comércio); faz e não faz (tratamento precoce); proíbe e não proíbe (festas, espetáculos, formaturas) ... 
Quando parecia que a coisa estava melhorando, veio a nova polêmica da exigência do “passaporte de vacinação”, levando a protestos de multidões e até greves de caminhoneiros.

Com tamanha confusão somada ao ambiente de terror realimentado constantemente pelos meios de comunicação e pela politização da pandemia, além de suspeitas de interesses ocultos por trás da desgraça toda, não é de estranhar o importante aumento registrado nos distúrbios de comportamento e neuroses, em geral. E isso já seria outro motivo para a preocupação de todo mundo.

Mas, e se não fosse só isso? E se houvesse mais que uma pandemia como tantas outras que ocorreram na história da humanidade? Fique calmo e acompanhe meu raciocínio.

Você de certo sabe bem da técnica de “lavagem cerebral” utilizada para obter confissões e até conversões dos inimigos de ditaduras ou, segundo alguns, por certas seitas religiosas ou místicas para obter conversões e curas milagrosas. Pois bem, o mesmo famoso Ivan Pavlov que descobriu os reflexos condicionados utilizados na “lavagem”, desvendou também os efeitos da “estimulação incoerente”: a mudança de comportamento não se deveria ao conteúdo político ou religioso da doutrinação, mas sim ao efeito acumulado de estimulações contraditórias, aplicadas com   fluxo cuidadosamente planejado.

Depois de Pavlov, outros pesquisadores foram adiante até concluírem que, para reduzir um homem a uma obediência canina, não seriam necessários discursos gritados (como os de Hitler ou Mussolini) ou quilométricos (como os de Fidel), nem de torturas físicas ou mentais. Bastaria regular o fluxo de informações contraditórias para levar o sujeito à mutação súbita de suas convicções, especialmente se as informações fossem ministradas de forma silenciosa e discreta, de preferência, subliminarmente -- a vítima nem perceberia. E, ainda mais, os resultados seriam mais rápidos se a técnica fosse aplicada coletivamente, em situações em que as pessoas sentissem cortadas as suas raízes sociais e afetivas!

Então, já percebeu a relação (que estou sugerindo) com o que está acontecendo, no mundo todo, desde o surgimento da Covid-19?

O autor é engenheiro civil, mestre em Direito, empresário e escritor.


segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Fundamentalista na liberdade de expressão - Rodrigo Constantino

Revista Oeste

Não só em universidades, mas também nos jornais, devemos ser livres para fazer as perguntas difíceis, contemplar as hipóteses impopulares, dizer o que algumas pessoas consideram “indizível”

O historiador Genial Ferguson foi o entrevistado do Roda Viva nesta semana. Acompanho seu trabalho faz tempo, e admiro bastante sua capacidade de análise e argumentação. Em determinado momento, quando perguntado sobre o ambiente dos debates na era moderna, Ferguson se disse um “fundamentalista da liberdade de expressão”. Ele explicou que é vital para uma sociedade ter não só liberdade de expressão, mas livre pensamento, livre questionamento, debate aberto.

Para Ferguson, não só em universidades, mas também nos jornais, devemos ser livres para fazer as perguntas difíceis, contemplar as hipóteses impopulares, dizer o que algumas pessoas consideram “indizível”. Há alguma restrição para essa liberdade? Ferguson responde: “Há elementos muito claros para o que pode e não pode ser dito; o que não pode ser dito num espaço público é uma ameaça específica a um indivíduo; mas certamente posso criticar uma ideia sem minha fala ser restringida; discurso não é violência, violência é violência, e quando as pessoas da esquerda — e eles também fazem à direita — tentam censurar certas ideias, pois alegam que são perigosas, meu argumento é que não são as ideias que são perigosas, são os censores, as pessoas que tentam calar o debate que são perigosas”.

Ferguson continua seu raciocínio: “Acho que uma característica bem perturbadora dos últimos dez anos tem sido uma crescente cultura intolerante e iliberal, especialmente em universidades americanas, mas acontece em todo lugar; isso se espalhou por corporações, se espalhou pela mídia, e temos frases vagas, como ‘discurso de ódio’, usadas para justificar a censura. Discurso de ódio é apenas a versão do século 21 para blasfêmia, heresia. As pessoas que se intitulam woke nos Estados Unidos hoje estão engajadas numa espécie de estranha missão religiosa e se comportam como membros de um culto tentando prescrever certas formas de discurso para cancelar ou desconvidar palestrantes de quem discordam. Tudo isso eu considero nojento e uma desgraça. Nada pode ser mais danoso para uma sociedade livre do que calar o livre pensamento e a livre expressão, principalmente em universidades, que são lugares onde essas coisas deveriam ser apreciadas e preservadas”.

No alvo! A história mostra que a liberdade nunca teve muitos amigos sinceros, os tais “fundamentalistas”, pois a maioria a defende até esbarrar em seus interesses. Poucos são os que defendem a liberdade com base em princípios. Defender a liberdade de expressão com a restrição de que ninguém se sinta ofendido com ela, por exemplo, é pregar a censura. Defender a “liberdade” de concordar com a maioria do momento ou o poder estabelecido não é pregar liberdade, e sim o direito de repetir o consenso, de seguir o coro.

Toda tirania, afinal, veio em nome do bem coletivo. Nenhum tirano se apresentou como malvado

Nunca isso ficou tão claro como nessa pandemia. Um clubinho arrogante, que tenta monopolizar a fala em nome da ciência, resolveu barrar até especialistas renomados, médicos sérios ou jornalistas curiosos que simplesmente não repetiam a “versão oficial” sobre a crise sanitária, sendo que essa oscilou bastante, pois a própria OMS se mostrou um tanto errática. O debate foi interditado, os arrogantes rotularam de “negacionistas” aqueles com dúvidas, os verdadeiros crentes dogmáticos que colocaram o Dr. Fauci no papel de profeta passaram a descascar os mais céticos, e as redes sociais suspenderam várias contas suas.

A coisa está tão feia que vemos esse clima asfixiante ao debate nas próprias universidades, sem falar da mídia, um antro de ideologia e arrogância. Um apresentador da CNN Brasil, que se diz liberal, chegou a defender a censura na cara dura, sem nenhum pudor
“A frouxidão do controle interno de conteúdo antivax nas redes sociais no país é, infelizmente, um convite ao controle externo. A autorregulação está falhando miseravelmente. MP e legisladores terão de atuar para preservar vidas.” Stalin, Lenin, Mao, Fidel, Mussolini e tantos outros tiranos não teriam nada a alterar nessa linha de raciocínio.

Toda tirania, afinal, veio em nome do bem coletivo. Nenhum tirano se apresentou como malvado. Era sempre pela raça, pela nação, pelo povo, e, com base nisso, tudo estava permitido. Para proteger o coletivo, quem liga para algumas perdas de liberdade básica individual? Ainda mais quando “sabemos” que esses indivíduos são párias sociais, hereges, negacionistas, sujeitos perigosos que se recusam a aderir ao consenso. Se não é possível persuadi-los, então só resta mesmo calar todos na marra, em prol da saúde geral. Prisão para quem questionar as vacinas vendidas como panaceias! E isso de um suposto liberal…

Além do “jornalista liberal”, uma coordenadora da UFRJ foi na mesma linha, alegando que chegara a hora de as universidades qualificadas criarem estruturas de combate ao negacionismo em seus quadros. Para ela, “não devem ser permitidas palestras tentando travestir de polêmica posições bem estabelecidas na comunidade científica”. Trata-se da Inquisição iluminista! Detalhe: a senhora autoritária publicou outra postagem na virada do ano afirmando que 2022 será uma grande preparação para um 2023 melhor, já que Bolsonaro será derrotado e Lula será eleito para “recolocar o Brasil nos trilhos, revertendo toda a destruição dos últimos anos”. Quem nega a destruição causada pelo PT não é negacionista?

O Ocidente flerta com o crescente abandono dos pilares que fizeram dele a civilização mais avançada de todas. 
 O devido processo legal tem sido substituído pela pressão dos movimentos de minorias
a ciência verdadeira foi trocada pelo dogma da ideologia; 
a noção do certo e do errado vem sendo esgarçada pelo relativismo seletivo (não há mais verdade objetiva, mas é preciso combater as fake news); e o mais sagrado princípio, da liberdade de expressão, para poder questionar isso tudo, vem sendo atacado justamente por quem deveria ser seu guardião, por jornalistas e professores universitários. Não dá para dourar a pílula: o quadro é assustador.
 
PS: na mesma entrevista, a apresentadora militante tentou lacrar e arrancar do entrevistado uma denúncia ao governo Bolsonaro
Ela quis saber se muitas mortes poderiam ter sido evitadas caso o governo fosse outro no Brasil. 
Ferguson, com sutileza, explicou que a direita populista pode pecar em muitos aspectos, mas que dificilmente o resultado seria muito diferente com outro no comando, pois basta ver o que aconteceu no mundo todo, e ainda mencionou os Estados Unidos, com Trump e depois Biden. 
As causas das mortes transcendem a medida A ou B, isso sem falar que, no caso brasileiro, o presidente teve pouca margem de manobra, por conta do arbítrio do STF. Foi uma bela “lapada” de quem faz análise séria em cima de quem só faz militância partidária.

Leia também “O medo do Dr. Fauci”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste



segunda-feira, 1 de abril de 2019

1964 E A LIBERDADE DE OPINIÃO

Você pode pensar o que quiser sobre a Proclamação da República e sobre a Revolução de 30. 

Quase ninguém sabe o que aconteceu no dia 10 de novembro de 1937 (golpe de Estado com que Getúlio Vargas instituiu o Estado Novo e implantou uma ditadura de Congresso fechado, censura, tortura e repressão que durou até 1945). 

Você tem total liberdade de opinião sobre a Revolução Francesa, pode reverenciar a Revolução Bolchevique, chorar nos túmulos de Lênin, Fidel e Chávez.  

Mas não se atreva a divergir da narrativa dominante sobre o que aconteceu no Brasil no dia 31 de março de 1964. Não se atreva!

Em consonância com essa vedação, a OAB encaminhou à ONU um documento que denuncia “a tentativa do Presidente e de outros membros do governo de modificar a narrativa histórica (!) do golpe que instaurou [no Brasil] uma ditadura militar”. A citação entre aspas foi buscada no site do instituto Vladimir Herzog, cossignatário da denúncia. Com mínimas variações, consta de todas as matérias sobre o assunto publicadas nas últimas horas. Nelas está afirmado haver uma “narrativa histórica” que, a juízo dos denunciantes, não pode ser modificada. Trata-se de algo nada científico, principalmente numa ciência social, mas perfeitamente descritivo de uma prática que se vai tornando corriqueira. É como se a História fosse um campo de liberdade criativa semelhante à do vovô que conta aos netinhos estórias de quando “era uma vez”. [comentário 1: a OAB e o Instituto Valdimir, não andam muito bem de raciocínio, parece que lhes falta noção;

o tal 'instituto', cúmplice da escorregada da OAB no trato do direito até que merece uma certa 'comiseração', haja vista não ser o DIREITO a sua seara;
quanto a OAB é absurdo que cometa erro tão elementar: quanto tentava impedir que milhões de brasileiros exercessem seu direito soberano de comemorar o evento que sepultou, mais uma vez, os planos de maus brasileiros em transformar nossa Pátria Amada em satélite da URSS, aquela associação de advogados cometeu um erro elementar:
- se valeu do 'mandando de segurança' para combater o exercício de um direito do presidente da República - promulgar atos administrativos -, falha esta que levou o ministro Gilmar Mendes a sequer conhecer do pleito da OAB.]
 
O que de fato pode ocorrer, e frequentemente ocorre quando um mesmo fato histórico envolve posições antagônicas, são interpretações diferentes. Na minha experiência, interpretações históricas implicam honestidade intelectual e são muito mais precisas, ainda que divergentes, do que as “narrativas” dominantes em tantas salas de aula no Brasil. Exemplo recentíssimo: a grande campeã do Carnaval carioca de 2019 – tendo aderido a uma narrativa desonesta, pondo-se a serviço de um projeto político e ideológico espezinhou na avenida vultos admiráveis da nossa história, como o Duque de Caxias e a Princesa Isabel. Por quê? Porque isso convém à ideologia do conflito. Mas foi pura mistificação.

Assim, é extremamente arrogante e dogmática a intenção de estabelecer, sobre determinado acontecimento, uma “narrativa” cláusula pétrea, imexível, inequívoca e unívoca, mesmo quando muitos dos que vivenciaram aqueles dias, testemunhas do ambiente, das circunstâncias e dos eventos, atendo-se aos fatos, têm interpretações divergentes.
Felizmente não há, no Brasil, uma Reitoria Brasileira de Pontos de Vista, ou uma Corregedoria Geral de Perspectivas, ou uma Agência Nacional Reguladora de Opiniões. 
Isso é orwelliano demais para meu apreço pela liberdade.
 
Pericial Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. 

Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.



sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O arquipélago cubano

Meio milhão de seres humanos passaram pelo Gulag de Cuba. Como a população total de Cuba é de apenas cerca de onze milhões, isso dá ao despotismo de Castro a maior taxa de encarceramento político per capita na terra.

Nota do editor do site TruthRevolt:
A polícia cubana prendeu líderes dos dissidentes cubanos no domingo, numa tentativa de impedi-los de encontrar o Papa Francisco enquanto ele estava celebrando sua primeira missa em Havana. Nesta ocasião, TruthRevolt republica o artigo de Jamie Glazov de nossa edição de 26 de dezembro de 2014, que apresenta uma análise aprofundada da brutalidade cruel e sádica do regime de Fidel Castro.

Louco de raiva eu vou manchar meu rifle de vermelho, abatendo qualquer inimigo que cair em minhas mãos! Minhas narinas se dilatam, enquanto saboreiam o cheiro acre da pólvora e de sangue. Com a morte de meus inimigos preparo meu ser para a luta sagrada e juntar-me ao proletariado triunfante com um uivo bestial.
Ernesto 'Che' Guevara, Diários de Motocicleta

A recente decisão do presidente Obama de agradar a Cuba comunista é um momento de crucial importância não apenas diplomaticamente, mas como uma questão moral em relação aos direitos humanos, dignidade e justiça. Porque nós testemunhamos um Radical-in-Chief (radical no comando) [RADICAL-IN-CHIEF Barack Obama and the untold story of American Socialism, de Stanley Kurtz] lançando uma tábua de salvação econômica para uma tirania bárbara, é nosso dever e obrigação acender uma luz sobre a tragédia obscura do Gulag cubano – e refletir sobre o sofrimento indizível que os cubanos têm passado sob regime fascista de Castro.

Até 26 de julho de 2008, Fidel Castro tinha governado Cuba com punho de ferro durante quase cinco décadas. Naquela data, ele ficou de lado por causa de problemas de saúde e fez de seu irmão, Raul, governante de fato. Raul substituiu oficialmente seu irmão como ditador em 24 de fevereiro de 2008 o regime manteve-se tão totalitário como antes e pode, por razões óbvias, continuar a ser considerado e rotulado como regime "de Fidel Castro".
Tendo tomado o poder em 1º de janeiro de 1959, Fidel Castro seguiu a tradição de Vladimir Lenin e imediatamente transformou seu país em um campo de escravos. Desde então, Cuba tem se destacado como um dos mais monstruosos violadores dos direitos humanos no mundo.

Meio milhão de seres humanos passaram pelo Gulag de Cuba. Como a população total de Cuba é de apenas cerca de onze milhões, isso dá ao despotismo de Castro a maior taxa de encarceramento político per capita na terra. Houve mais de quinze mil execuções por fuzilamento. A tortura foi institucionalizada, numerosas organizações de direitos humanos documentaram o uso de choque elétrico, celas de isolamento escuras do tamanho de um  caixão mortuário, e espancamentos para punir os "elementos anti-socialistas." A barbárie do regime de Castro é melhor resumida pelo plano de Camilo Cienfuegos, o programa de horrores seguido no campo de trabalho forçado na Ilha de Pinos. Forçados a trabalhar quase nus, os prisioneiros forçados a cortar grama com os dentes e a sentar-se em valetas de latrinas por longos períodos de tempo. A tortura é rotina. [1]

A experiência horrível de Armando Valladares, um poeta cubano que suportou vinte e dois anos de tortura e prisão apenas por ter levantando a questão da liberdade, é um testemunho da barbárie do regime. As Memórias de Valladares, Against All Hope (Contra Toda a Esperança), servem como a versão de Cuba do Arquipélago Gulag de Solzhenitsyn. Valladares conta como prisioneiros eram espancados com baionetas, cabos elétricos, e cassetetes. Ele conta como ele e outros prisioneiros foram forçados a tomar "banhos" em fezes humanas e urina. [2]

Típico do horror no Gulag de Castro foi a experiência de Roberto López Chávez, um dos amigos de prisão de Valladares. Quando López iniciou uma greve de fome para protestar contra os abusos na prisão, os guardas o privaram de água até que ele começou a delirar, se contorcendo no chão e implorando por algo para beber. Os guardas, então, urinaram em sua boca. Ele morreu no dia seguinte. [3]

O culto da morte, por Castro, como outras ideologias de esquerda, acredita que o sangue humano purifica a Terrae, como manifestações de pesar afirmam a realidade do indivíduo e, portanto, são um anátema para a totalidade – o luto pelos que partiram tornou-se um tabu. Assim, tal como na China de Mao e no Camboja de Pol Pot, [4] também a Cuba de Castro advertia os familiares de dissidentes assassinados para não chorarem em seus funerais. [5]

O regime de Castro também tem um histórico longo, grotesco de torturar e assassinar americanos. Durante a Guerra do Vietnã, Castro enviou alguns de seus capangas para executar o "Programa cubano" no campo de prisioneiros Cu Loc em Hanói, que ficou conhecido como "o Zoológico". Seu principal objetivo foi determinar o quanto de agonia física e psicológica um ser humano poderia suportar. Os cubanos selecionavam prisioneiros de guerra americanos como suas cobaias. Um cubano apelidado de "Fidel," o principal torturador no Zoológico, iniciou seu próprio reino pessoal de terror. [6]

A provação do tenente-coronel Earl Cobeil, um piloto de F-105, ilustra a natureza nazista da experiência. Entre as técnicas de tortura de Fidel haviam espancamentos e chicotadas sobre cada parte do corpo de sua vítima, sem perdão [7] O ex-prisioneiro de guerra John Hubbell descreve a cena quando Fidel empurrou Cobeil na célula do companheiro POW Col. Jack Bomar.:
O homem [Cobeil] mal conseguia andar Ele se arrastou lentamente, dolorosamente. Suas roupas estavam rasgadas em pedaços. Ele estava sangrando em toda parte, terrivelmente inchado, e sujo, amarelado preto e roxo da cabeça aos pés. A cabeça do homem estava  baixa ele não fez nenhuma tentativa de olhar para ninguém. . . . Ele ficou imóvel, com a cabeça baixa. Fidel amassou um punho no rosto do homem, levando-o contra a parede. Em seguida, ele foi levado para o centro da sala e fez descer sobre os joelhos. Gritando em fúria, Fidel pegou um pedaço de mangueira de borracha preta de um guarda e atacou-o tão duramente o quanto podia o rosto do homem. O prisioneiro não reagia não gritava nem mesmo piscava um olho. Sua incapacidade de reagir parecia alimentar a ira de Fidel e de novo ele chicoteava a mangueira de borracha no rosto do homem. . . . Uma e outra vez e outra vez, uma dúzia de vezes, Fidel esmagou o rosto do homem com a mangueira. Nem uma vez que o abuso temível suscitou a menor resposta do prisioneiro. . . . Seu corpo foi rasgado e quebrado em toda parte as algemas pareciam quase ter cortado os pulsos, as marcas de fita ainda enrolados em torno dos braços todo o caminho até os ombros, lascas de bambu foram embutidos nas canelas ensanguentadas e havia o que parecia ser  marcas de pneus da mangueira no peito, nas costas e pernas. [8]

Earl Cobeil morreu como resultado da tortura de Fidel.
O Maj James Kasler foi outra das vítimas de Fidel, embora ele tenha sobrevivido ao tratamento:
Ele [Fidel] privou Kasler de água, amarrou com fio seus polegares juntos, e o flagelou até que suas "nádegas, costas e pernas ficaram penduradas em pedaços." Durante um trecho da barbárie ele revezou com Cedric [outro torturador] por três dias com um chicote de borracha. . . . o prisioneiro estava em semi-coma e sangrando profusamente com um tímpano perfurado, costela fraturada, com o rosto inchado e os dentes quebrados, de modo que ele não podia abrir a boca, e sua perna novamente ferida de atacantes chutando-o repetidamente. [ 9]

O reinado de terror contra prisioneiros de guerra americanos no Vietnã foi apenas um reflexo do tratamento de Castro ao seu próprio povo. Além de dificuldades físicas, mesmo para aqueles que não iam acabar na prisão ou no campo de trabalho, o estado policial de Cuba negou aos cubanos qualquer liberdade. Os cubanos não têm o direito de viajar para fora do seu país. Eles não têm o direito de livre associação ou o direito de formar partidos políticos, sindicatos independentes, ou organizações religiosas ou culturais. O regime proibiu a liberdade de expressão tem constantemente censurado publicações, rádio, televisão e cinema. Há um Comitê de Defesa da Revolução Cubana (CDR) para cada quarteirão da cidade e cada unidade de produção agrícola. O objetivo do CDR é monitorar os assuntos de cada família e para relatar qualquer coisa suspeita. Uma vida inteira cubana é passada sob a vigilância de seu CDR, que controla tudo, desde as suas rações de comida para seu trabalho, à sua utilização do tempo livre. Um cruel racismo contra os negros acompanha esta repressão. Na Cuba pré-Castro, os negros desfrutavam de mobilidade social ascendente e servido em muitas posições governamentais. Na Cuba de Fidel Castro, a população carcerária é de 80 por cento de negros, enquanto a hierarquia governamental é 100 por cento branca. [10]

O comunismo cubano segue idéia de “igualdade” de Lênin e Stálin, em que os membros da nomenklatura vivem como milionários, enquanto os cubanos comuns vivem na pobreza absoluta. As prateleiras das lojas estão vazias, e os alimentos são racionados firmemente para o cidadão médio. Professores e médicos dirigem táxis ou trabalham como garçons para sustentar suas famílias. Sob o sistema de apartheid turístico, os cubanos comuns não são admitidos nos  hotéis designados para os turistas e funcionários do partido. Há, é claro, a polícia dentro de cada tal hotel para prender qualquer cidadão cubano não autorizado que se atreva a entrar.

O subsídio soviético de US $ 5 bilhões por ano que mal mantinha a economia cubana durante a Guerra Fria há muito tempo acabou. E, não obstante, os $ 110 bilhões que os soviéticos bombearam ao longo de décadas, Cuba tornou-se uma das nações mais pobres do mundo. Suas indústrias de açúcar, fumo e gado eram todas as principais fontes de exportação na era pré-Castro. Castro destruiu todas. [11] Por causa de sua crença no "socialismo ou morte", Cuba é hoje uma nação pedinte. Mesmo os refugiados haitianos evitam Cuba.

Negado o direito de voto sob Castro, os cubanos votaram com os pés. Cuba Pré-Castro tinha a maior taxa de imigração per-capita no hemisfério ocidental. Sob Castro, aproximadamente dois milhões de cidadãos cubanos (de onze milhões) escaparam de seu país. Muitos o fizeram, flutuando em jangadas ou câmaras de ar em águas infestadas de tubarões. Estima-se que 50.000-87.000 perderam suas vidas. [12]

Não contente em confiar nos tubarões, Castro envia helicópteros para soltar sacos de areia nas jangadas daqueles que tentam fugir, ou simplesmente dispara sobre todos eles. Uma síntese desta barbárie foi o Massacre do Rebocador, de 13 de julho de 1994, em que Castro ordenou que barcos de patrulha cubanos matassem quarenta e um civis desarmados – dez deles crianças – que estavam usando um velho rebocador de madeira em sua tentativa de fugir de Cuba cubano. [13 ]

Estas são as histórias de partir o coração, e apenas algumas entre muitas, do povo cubano que tem sofrido dor excruciante e agonia sob uma tirania do mal que agora, como está nas  últimas, está tendo sua vida prolongada por um presidente americano .
É alimento para o pensamento.

Notas:
[1] Para conhecer um dos melhores relatos da brutalidade do regime de Fidel Castro, consulte Pascal Fontaine, “Cuba: Interminable Totalitarianism in the Tropics” (Cuba: Totalitarismo Interminável nos Trópicos), in Courtois et al, O Livro Negro do Comunismo, pp 647-665...
[2] Armando Valladares, Against All Hope: A Memoir of Life no Gulag de Castro, trans. Andrew Hurley (San Francisco: Encounter Books, 2001), p. 137.
[3] ibid., P. 379.
[4] Para o caso da China, veja o capítulo 7 do meu livro, United in Hate: The Left’s Romance With Tyranny and Terror (Unidos no ódio Romance da esquerda com a tirania e terror) para o Camboja, ver John Perazzo, “Left-Wing Monster: Pol Pot” (Mostro da esquerda: Pol Pot," FrontPageMag.com, 08 agosto de 2005.
[5] Valladares, Against All Hopes (Contra toda a esperança), p. 378.
[6] Stuart I. Rochester e Frederick Kiley, capítulo 19, "The Zoo, 1967-1969: The Cuban Program and Other Atrocities” (O Programa cubano e outras atrocidades", em homenagem aos prisioneiros de guerra americanos no Sudeste Asiático 1.961-1.973 (Annapolis: Naval Institute Press , 1999).
[7] Humberto Fontova, Fidel: Hollywood’s FavoriteTyrant (Fidel: o tirano favorite de Hollywood), (Regnery, 2005). pp. 141-142.
[8] Rochester e Kiley, Honor Bound, p. 400.
[9] ibid., P. 404.
[10] Fontova, Fidel, p. 88.
[11] Ibid., Pp. 14-15 e 49.
[12] Ibid., 8 pp. 56-57 e.
[13] ibid., Pp. 157-163.


Para obter toda a história sobre por que os esquerdistas veneram a tirania de Castro, solicitar de Jamie Glazov: United in Hate: The Left Romance With Tyranny and Terror (Unidos no ódio: o Romance da esquerda com a tirania e o Terror).

Tradução: William Uchoa

Para solicitar de Jamie Klazov, acesse este link: 
www.amazon.com/United-Hate-Romance-Tyranny-Terror/dp/1935071602?ie=UTF8&*Version*=1&*entries*=0&amptag=viglink20832-2 

 

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Comunismo e cara-de-pau



Passou praticamente  despercebido do noticiário da semana passada a decisão da direção da Câmara Federal de revogar uma resolução dela própria, de 1948, em que cassou o mandato de 14 deputados do Partido Comunista. A cassação fora baseada em sentença do Tribunal Superior Eleitoral, confirmada pelo Supremo, porque baseada na Constituição.
 
Conhecida como constituição liberal, ela vedava, no entanto o Partido Comunista, porque ele não aceitava a pluralidade de partidos, nem a liberdade, nem a democracia nos países em que estava no poder. Recuperaram os mandatos, entre outros, o escritor Jorge Amado, o mentor da guerrilha do Araguaia, João Amazonas e o autor do Manual da Guerrilha Urbana, Carlos Marighella – todos agora mortos. O Senado, por sua vez, devolveu o mandato a Luís Carlos Prestes que, patrocinado por Moscou, tentou tomar o governo em 1935, num levante que matou 32 militares, a maioria enquanto dormia no quartel da Praia Vermelha. [felizmente todos esses traidores estão mortos e os diplomas que provavelmente foram expedidos devolvendo os cargos, corretamente cassados,  poderão ser usados  para aumentar, ainda que minimamente, o calor do inferno onde pagam seus pecados.]

A líder do Partido Comunista do Brasil, a gaúcha Manuela d`Ávila, num discurso patético, disse que demorou o reconhecimento da injustiça feita contra quem lutou pela democracia e pelos direitos humanos. Ela deve julgar que todos sofrem de alienação mental. Quem mais oprimiu a democracia e os direitos humanos no planeta, no século XX foi o Partido Comunista. Onde tomou o poder, a partir de 1917, suprimiu todos os direitos e impôs ditaduras cruéis, torturadoras, sanguinárias, de que hoje ainda temos resquícios, em Cuba e na Coréia do Norte. Foi o Partido Comunista que baixou uma cortina de ferro sobre parte da Alemanha, sobre a Polônia, a Hungria e tantas outras infelizes nações da Europa e Ásia.

Foi a maior praga do século XX, afetando a vida de milhões de habitantes de países que ficaram sob seu jugo, e de outros milhões em que os comunistas tentaram tomar o poder pela força das armas, como no Brasil, por duas vezes. O terror comunista matou mais que o nazismo de Hitler – com quem  aliás, Stálin fez acordo para massacrar a Polônia. Calcula-se que os assassinatos genocidas praticados por ditadores comunistas na Europa e Ásia chegam a 100 milhões. O holocausto de Hitler matou 6 milhões de judeus.

Escapamos da ditadura comunista graças à incompetência monumental de Prestes e seus companheiros, na tentativa de golpe em 1935. Moscou, que pagava tudo e mantinha observadores em torno de Prestes, como Olga Benário, ficava atônita com os erros dos comunistas brasileiros, como pesquisou em arquivos soviéticos William Waack para o livro “Camaradas”. Mesmo assim, quando Prestes foi a Moscou no início de 1964, obteve de novo a promessa de auxílio político e militar. Em troca, garantia que “uma vez a cavaleiro do aparelho de estado, converter rapidamente, a exemplo da Cuba de Fidel, a revolução nacional-democrática em socialista.” Isso é História, que relembro agora porque muita gente, com a maior cara-de-pau vem nos falar de democracia e de direitos humanos dos comunistas. 

MAIS UMA TENTATIVA DE QUERER MUDAR A HISTÓRIA.
JÁ, JÁ, ELES CONSEGUEM PÔR ISTO TUDO NOS LIVROS, PARA ENSINAR ESSA MENTIRA TODA PARA OS NOSSOS JOVENS.
AOS POUCOS ELES ESTÃO CONSEGUINDO.

Fonte: Alexandre Garcia – A Verdade Sufocada