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sábado, 26 de fevereiro de 2022

Zelensky recusa oferta dos EUA para deixar país: "Preciso de munição, não de carona."

O objetivo seria evitar que ele seja morto por militares russos. O presidente ucraniano também postou em seu Twitter um vídeo destacando que "não estão abaixando as armas" e disse que a Rússia o tem como inimigo número 1, além de sua família

[Biden, apenas está praticando seu estilo de ajudar e só surpreende os desavisados, crédulos.] 

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky recusou uma oferta dos Estados Unidos de sua retirada de Kiev, informou a embaixada da Ucrânia no Reino Unido neste sábado (26/02) por meio das redes sociais. O objetivo seria evitar que ele seja morto por militares russos. A publicação traz uma declaração de Zelensky, afirmando "precisar de munição, não de carona". O post acrescenta que os ucranianos estariam "orgulhosos de seu presidente".

Zelensnky também postou em seu Twitter um vídeo destacando que "não estão abaixando as armas" e disse que a Rússia o tem como inimigo número 1, além de sua família. "De acordo com as informações que temos, o inimigo me fez o alvo número um, e minha família, o alvo número dois. Eles querem destruir a Ucrânia politicamente destruindo o chefe do Estado".

 Mundo - Correio Braziliense

 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

O showman engoliu o governador - Folha de S. Paulo

Bruno Boghossian

Doria fica mal na foto e dá munição a opositores alucinados da vacina

Na semana passada, o showman João Doria anunciou que a Coronavac tinha "eficácia de 78% a 100%" contra a Covid-19. "Esse resultado significa que a vacina tem elevado grau de eficiência para proteger a vida dos brasileiros", derramou-se. Já nesta terça-feira (12), o governador João Doria não apareceu para explicar que a taxa global de eficácia do imunizante é de 50,38%.

Sedento pelos dividendos políticos da guerra de imunização travada com Jair Bolsonaro, o tucano decidiu maquiar os dados de uma boa vacina para que ela parecesse ainda melhor. Não funcionou: Doria ficou mal na foto e prestou um desserviço ao país ao dar munição para os alucinados opositores da vacina.

O Instituto Butantan tem um imunizante promissor. A Coronavac é segura, reduz pela metade a chance de desenvolvimento da doença, pode ser produzida em larga escala e tem características que permitem sua distribuição com facilidade. Deveria ser suficiente, mas a política parece ter falado mais alto.

Foi Doria quem criou a ilusão de que a eficácia de 50,38% –acima do sarrafo da Organização Mundial da Saúde– poderia ser considerada decepcionante. Quando apresentou o dado turbinado de 78%, ele mesmo escolheu dizer que "esse resultado" era sinal de que a vacina tinha "elevado grau de eficiência". Um número menor, portanto, corre o risco de ser observado com outros olhos.

O governador paulista deixou a ciência no gabinete no anúncio da semana passada. Contou só metade da história e escondeu uma parcela importante dos dados. Se Doria optou pela manobra ou se foi mal assessorado, a discussão se dará entre o Palácio dos Bandeirantes e o Instituto Butantan. De qualquer modo, a responsabilidade política é só dele.

Doria apostou alto na Coronavac e forçou o governo federal a correr atrás dos planos paulistas. O tucano fez festa em cada etapa do processo de desenvolvimento do imunizante, mas se omitiu no momento crucial de mostrar os detalhes da vacina. O showman engoliu o governador.

Bruno Boghossian, colunista - Folha de S. Paulo - UOL


 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

CoronaVac foi infectada pelo vírus da incerteza - Blog do Josias

 [A continuar o desacerto entre o laboratório Sinovac e o Instituto Butantan, o Brasil terá que aceitar:

- aplicar a vacina chinesa  e promover, aceitando e apoiando, a desmoralização do Instituto Butantã, instituição que conta com a credibilidade dos brasileiros.]

João Doria e seus operadores político-científicos conseguiram transformar a queda de braço com Jair Bolsonaro num processo de desmoralização do Instituto Butantan e da CoronaVac. O governador paulista e seus prepostos técnicos prometeram para esta quarta-feira (23) a divulgação do índice de eficácia da vacina importada da China. E nada! A montanha pariu uma interrogação: o que está acontecendo com a vacina?

Numa entrevista comandada por Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde de São Paulo, e Dimas Covas, diretor do Butantan, informou-se que a CoronaVac atingiu o "limiar de eficácia". Entretanto, a dupla se recusou a divulgar o percentual de eficiência. Alegou-se que o laboratório Sinovac, fabricante da vacina, pediu 15 dias para reanalisar os dados.

Por quê? Segundo Gorinchteyn, os dados colecionados pelo Butantan são diferentes do índice de eficácia obtido em "outros países em que essa vacina vem sendo usada." O laboratório chinês deseja unificar o número. Nas palavras do secretário de Saúde, "não pode ter uma eficácia aqui, uma lá e outra acolá." Hummm! Dimas Covas ecoou Gorinchteyn: "A Sinovac tem vários estudos clínicos em andamento. Tem dados nossos e de outros locais. É importante que ela faça uma uniformização de dados. Ela não pode analisar dados da mesma vacina com critérios diferentes." Hã, hã.

A principal característica de uma péssima entrevista é o fato de os jornalistas terem que ouvir autoridades durante incontáveis minutos para chegar à conclusão de que elas não tinham nada a dizer. Quando marcou para 25 de janeiro o hipotético início da vacinação em São Paulo, Doria pisou no acelerador. Descobre-se agora que não sabia como parar de correr para, finalmente, ocorrer. O déficit de explicações deixou no ar a seguinte impressão: ao bater no "limiar de eficácia", os estudos do Butantan chegaram a uma taxa acima dos 50% exigidos para a certificação de uma vacina pelas agências sanitárias. 
Mas ficaram longe do patamar obtido por concorrentes como a Pfizer e a Moderna, acima dos 90%. O laboratório Sinovac não gostou. E pediu para rever os números. Do modo como a confusão foi apresentada, ficou entendido que alguém cometeu um erro técnico. Vale a pena repetir o que declarou Gorinchteyn: "Não pode ter uma eficácia aqui, uma lá e outra acolá." Além do Brasil, testam a CoronaVac a Indonésia e a Turquia. Por falta de infectados, não há testes na China. Cabe perguntar: os estudos clínicos do Butantan, fundação centenária na qual os brasileiros confiam, serão subordinados às conclusões dos indonésios e dos turcos? 
O que fazer com aquele lero-lero de que a vacina do Butantan seria a vacina do Brasil?

Quando os estudos clínicos da fase três da CoronaVac começaram, os resultados foram prometidos para 20 de outubro. Atrasou. O governo de São Paulo comprometeu-se a expor os dados em 15 de dezembro, junto com um pedido à Anvisa para o uso emergencial do imunizante. Deu chabu.

A coisa foi empurrada para esta quarta-feira, 23 de dezembro. Atribuiu-se o novo atraso a uma esperteza. Desejava-se requisitar não mais o uso emergencial, mas o registro definitivo da vacina. O atraso era necessário para que a CoronaVac fosse certificada primeiro na agência de vigilância sanitária da China. Era conversa fiada. Em pesquisa divulgada no último dia 12 de dezembro, o Datafolha informou que 73% dos brasileiros desejam se vacinar contra a Covid. Entretanto, 50% dos entrevistados disseram não ter a intenção de tomar a vacina originária da China
O vaivém de São Paulo leva água para o moinho da desconfiança. Doria não deu as caras na entrevista. 
Realizou uma inacreditável viagem para Miami. Coisa do tipo bate-volta. Bateu, se deu conta de que fornecia munição para os adversários, e voltou. Tudo muito primário.
 
 
Blog do Josias - Josias de Souza, jornalista

segunda-feira, 20 de julho de 2020

O mistério da bala que matou Marielle Franco continua - VEJA - Brasil

Ministério Público Federal quer saber por que munição destinada à Polícia Federal foi parar nas mãos de executores da vereadora do Rio 

Quando a vereadora Marielle Franco e o seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados no Rio de Janeiro em março de 2018, investigadores encontraram no local do crime  munições vendidas exclusivamente para a Polícia Federal. Esse fato chamou a atenção do Ministério Público Federal, que pediu a instauração de um inquérito.

Dois anos depois, as apurações conduzidas pela PF não esclareceram como executores da vereadora do PSOL tiveram acesso a munições de uso restrito. Com isso, o delegado responsável pelo caso pediu o arquivamento do inquérito. Mas o Ministério Público Federal não aceitou. No dia 29 de junho, o procurador Eduardo Benones solicitou o aprofundamento da investigação para esclarecer o mistério. “A presente investigação não se destina exclusivamente à responsabilização de agentes públicos, mas, em especial, afeiçoa e representa uma resposta do Estado Brasileiro a uma das inúmeras questões que   deu origem à abertura desta investigação, cujo caráter é notoriamente transcendental”, escreveu Benones em sua manifestação. [Entendemos que o valor de uma vida humana é imensurável - qualquer vida humana;
exatamente, por tal entendimento, é que não conseguimos entender que tanto tempo e esforços sejam empregados, até agora de forma improdutiva, para esclarecer duas mortes em um país que tem mais de 60.000 assassinatos por ano.]

Dentre as novas apurações determinadas pelo MPF, estão: um exame pericial na munição (UZZ18) para saber se era uma carga original e um pedido de explicação para a fabricante dos projéteis que teria produzido um volume superior ao permitido pelo Exército. Os lotes  foram comprados pela PF em dezembro de 2006 e distribuídos para as superintendências do Distrito Federal, do Rio de Janeiro e de São Paulo. O inquérito deve ser encerrado até outubro. 

Veja - Brasil


segunda-feira, 13 de julho de 2020

Frente Nacional Pró-Vírus não quer que o país volte a trabalhar - J.R. Guzzo


Vozes - Gazeta do Povo

Alarmismo
O público pode se preparar porque vem artilharia grossa por aí — um esforço concentrado, por parte das tropas da "Frente Nacional Pró-Vírus", para retomar a iniciativa na guerra contra a produção e contra o trabalho que vêm travando com tanto sucesso há três meses. Nenhum partido, nenhuma revolução de massas e nenhuma greve geral de “operários e camponeses”, como a esquerda gostava de dizer 50 anos atrás, conseguiu tanto sucesso até hoje para jogar no chão o sistema econômico de um país quanto o vírus que veio da China.

É muito natural, portanto, que as forças do movimento pró-vírus fiquem agitadas com os primeiros sinais de que a epidemia possa estar começando a ceder. Ou melhor: os governos dos estados e municípios, a quem o STF entregou a exclusividade na gestão da crise, começam a admitir que não está dando mais para manter o “distanciamento social” para sempre. Sem a sua ajuda, a paralisação do Brasil até o "Dia do Juízo Final" não tem mais o futuro que parecia ter até agora.O contra-ataque do consórcio pró-vírus pode ter sucesso maior ou menor — depende da sua capacidade de meter medo nos governadores e prefeitos que estão encarregados de decidir sobre o que funciona, o que funciona mais ou menos e o que continua proibido de funcionar. 

A munição que parecem mais empenhados em utilizar são “estudos” com números apavorantes sobre mortes e infecções, que estariam em índices altos demais para permitir a abertura que começa a ser tentada. Há também as “projeções”, que prometem para o futuro uma calamidade muito maior que a de agora, caso o abrandamento da quarentena não seja interrompido já. Médicos, cientistas e pesquisadores, que são apresentados sob o genérico de “especialistas”, multiplicam ameaças sobre o que vai acontecer. A mídia, em geral, apoia com o máximo de ruído possível a ofensiva – desde o início da epidemia, aliás, tem sido a colaboradora mais apaixonada da Frente Nacional Pró-Vírus.

Essa turma tem a seu crédito uma série de feitos realmente notáveis. Conseguiram convencer muita gente boa que ficar “em casa” é um gesto de heroísmo. Transformam fiscais da prefeitura em modelos de virtude. Baniram da discussão sobre a Covid-19 qualquer ponto de vista que não desse apoio cego à ideia do “confinamento total” até a “descoberta da vacina” – ou mesmo depois. Venderam a visão de um mundo onde ninguém precisa mais trabalhar, porque “o governo” tem de cuidar da população – ou, então, onde todos podem trabalhar em casa, pedir comida pelo “delivery” e fazer cursos de ioga pela televisão. Conseguiram, com o dilúvio de declarações dos seus “especialistas”, calar a ciência e impor uma medicina de superstição a milhões de pessoas.
O maior pesadelo para o partido do vírus é um Brasil que volte a funcionar normalmente. Vão fazer tudo o que podem para evitar isso.
J.R. Guzzo,  jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


sexta-feira, 1 de maio de 2020

O que estava ruim piorou - Um presidente atordoado - Merval Pereira


O Globo

Presidente está dando munição contra ele mesmo

O presidente Jair Bolsonaro está dando munição contra ele mesmo para o inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a denúncia do ex-ministro Sergio Moro de que ele tentou interferir nas ações da Polícia Federal, e por isso demitiu o delegado Mauricio Valeixo para nomear Alexandre Ramagem, que foi chefe de sua segurança. O presidente da República no Brasil é ao mesmo tempo Chefe de Estado e Chefe de Governo. Mas é preciso saber não confundir as duas coisas.

A insistência em nomear Ramagem, mesmo depois de o ministro Alexandre de Moraes ter suspendido sua posse, só confirma [?] o que Moro alegou como motivo para sua saída do ministério da Justiça. O presidente Bolsonaro declarou que o caso quase gerou uma crise institucional, indicando que pensara em não respeitar a decisão do Supremo, ou em indicá-lo novamente, o que seria uma afronta ao Judiciário. [politicamente,sim; legalmente, não.] Ao mesmo tempo, duas investidas do presidente em outros órgãos de Estado, como o Exército e a Receita Federal, demonstram que ele não tem noção institucional dos limites que cada Poder tem entre si, e da diferença das políticas de Estado das do governo.

Os órgãos de Estado não são braços da ação politica dos governos, são permanentes e devem ser guiados por atuação imparcial do ponto de vista político. Bolsonaro determinou ao secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, uma anistia de dívidas tributárias das igrejas evangélicas devido a autuações pelo não recolhimento de tributos na distribuição de lucros e outras remunerações a seus principais dirigentes. [Determinou e certamente o secretário da Receita Federal, informou ao presidente que a matéria é disciplinada na Constituição e em legislação infraconstitucional, cujas normas são obrigatoriamente seguidas;
no Exército as portarias já estavam revogadas, de fato e de direito, já que conflitavam com decretos assinados pelo presidente Bolsonaro, sendo pacífico que decretos são superiores a portarias e aquelas não tem o condão de vigorar no que conflitam  com decretos. ] 
No Exército, ele determinou a revogação de três portarias sobre rastreamento de balas e munições. Nos dois casos, agiu como presidente da República para favorecer grupos de seguidores políticos, como as igrejas evangélicas e os clubes de tiro, os atiradores e colecionadores de armas. O que estava ruim só piorou para o presidente Bolsonaro com o confronto que está alimentando com o Supremo Tribunal Federal (STF) por causa da liminar do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu a posse do delegado Alexandre Ramagem na diretoria-geral da Polícia Federal. “Polícia Federal não é órgão de inteligência da Presidência da República”, ressaltou o ministro do STF em seu despacho concedendo a liminar.

Moraes atendeu a um pedido do PDT, que impetrou mandado de segurança no STF usando como argumento as declarações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro sobre as tentativas do presidente da República de interferir politicamente na PF, pois Ramagem tem ligações pessoais com os Bolsonaro. Para determinar a suspensão, o ministro alegou que “em tese, apresenta-se viável a ocorrência de desvio de finalidade do ato presidencial de nomeação do Diretor da Polícia Federal, em inobservância aos princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade e do interesse público”.

O presidente Bolsonaro, depois de ter tornado sem efeito a nomeação de Ramagem, parece ter se arrependido e partiu para ataques pessoais a Alexandre de Moraes. Acusou-o de ter adotado uma decisão politica, e ressaltou que ele alegou “impessoalidade” para barrar a nomeação quando só teria sido nomeado ministro do Supremo por ser amigo do ex-presidente Michel Temer.

Propositalmente, Bolsonaro se referiu à “impessoalidade”, esquecendo-se de “moralidade” e do “interesse público”, que definem melhor a decisão. Como era de se esperar, provocou um movimento de solidariedade interna ao ministro Alexandre de Moraes, além de ter revelado um interesse exagerado na manutenção da nomeação. A liminar concedida nem tocou na questão da amizade entre ele e Ramagem, mas sim na possibilidade de interferência na Polícia Federal. 

A razão do deferimento da liminar no mandado de segurança foi a possibilidade de haver um “desvio de finalidade” na nomeação, baseado nos relatos que o ex-ministro Moro fez ao deixar o cargo.  
Quanto à permanência do delegado Alexandre Ramagem na Abin, que Bolsonaro aponta como uma incoerência de Moraes, é preciso ressaltar duas coisas: o mandado de segurança não pediu nada em relação à ABIN, por isso o STF não pode analisar.  Além do mais, a Abin é órgão de assessoria de informação da Presidência da República, e não do Estado, como a Polícia Federal. O presidente pode nomear um amigo para o ministério, mas não para a PF ou outro cargo de Estado. [e para ministro do Supremo - já que a indicação é praticamente uma nomeação.
Pode?] 

Merval Pereira, jornalista - O Globo




terça-feira, 28 de abril de 2020

Por quê? Por quê? Por quê? - Eliane Cantanhêde

O Estado de S.Paulo

A quem interessa derrubar portarias do Exército sobre armas e dobrar a munição de civis?
Não são mais apenas os próprios militares e a Polícia Federal que estranham a canetada do presidente Jair Bolsonaro derrubando três portarias do Exército sobre controle de armas de civis, como destacado na coluna “Fazendo água”, de sexta-feira. Agora, o MP quer explicações e a oposição inclui mais essa decisão do presidente nos pedidos de impeachment que se multiplicam. Bolsonaro vai empilhando, assim, a mesma pergunta: Por quê?

Por que a demissão do diretor-geral da PF agora, em meio ao caos na saúde, na economia, na política? 
Por que empurrar porta afora o ministro mais popular do governo? Por que bater de frente com o ministro da Saúde até demiti-lo na hora decisiva da pandemia? 
Por que confrontar a OMS, epidemiologistas e o mundo inteiro com as cenas patéticas e infantis contra o isolamento social? [Japão, menor letalidade do mundo - duas morte por milhão de habitantes - SEM isolamento.]
E por que, afinal, o presidente da República foi prestigiar manifestações pedindo golpe militar? 
Justamente diante do Quartel-General do Exército? [são perguntas vazias, desnecessárias, respostas sem valor;
exceção da terceira pergunta, por exigir resposta subjetiva, as demais podem ser respondidas com a leitura de alguns artigos da Constituição Federal em vigor e de um bom dicionário.
Quanto ao inicio do parágrafo abaixo,  o acusado - acusações formalizadas mediante informações, nada de provas -  não tem obrigação de responder nada e sim o acusador é que tem o ônus da prova.]

Assim como no pronunciamento de sexta-feira ele não respondeu objetivamente a nenhuma das acusações que o ex-juiz e agora também ex-ministro Sérgio Moro acabara de lhe fazer, Bolsonaro não responde, não explica e não dá o sentido de suas ações mais absurdas. Por isso, ele, seu governo e o País estão envoltos numa nuvem de incertezas. É aí que entra a decisão voluntariosa e mal (ou não) explicada de suspender – aliás, pelo Twitter – as três portarias do Exército. Além de, cinco dias depois, também como registrado na coluna de sexta-feira, mais do que dobrar as munições de cada arma de civis por mês
Por que derrubar as portarias? [quando uma Portaria conflita com uma Lei ou um Decreto, a revogação é automática.
Quanto à quantidade de munições é um assunto técnico e cuja fundamentação, quando constar, se insere nos "considerando" do Instrumento que revoga.
E por que aumentar de 200 para 550 as munições?

Bolsonaro e o governo não respondem, mas militares do Exército, policiais federais e assessores do Ministério da Justiça não gostaram, juristas e especialistas em Defesa acharam estranho. E todos eles dizem exatamente, claramente, o “porquê”: porque, na opinião deles, quem saiu no lucro, lépidos e fagueiros, foram o crime organizado e as milícias. Mais armas sem controle de entrada, sem rastreamento, sem fiscalização e com muito, mais muito mais munição legalmente permitida... A quem interessa?

É claro que Bolsonaro nunca escondeu, e até fez disso discurso prioritário de campanha, seu amor e o amor dos filhos pelas armas e que muitos neste país praticam tiro desportivo ou são colecionadores. Mas – e aí vem novamente o por quê? – derrubar as três portarias do Exército foi só para agradá-los? E mais do que dobrar a munição mensal por arma também?

A procuradora Raquel Branquinho alega que o presidente “viola a Constituição” e faz uma referência particular à base da família Bolsonaro.[se a procuradora acha que o direito lhe assiste, que ingresse na Justiça, já que falece de  competência para questionar atos do Presidente da República. “A cidade do Rio de Janeiro é a face mais visível dessa ausência de efetivo controle no ingresso de armamento no País”, diz ela em ofício ao qual o repórter Patrik Camporez teve acesso e que foi manchete do Estado na segunda-feira, 27.

Pois é... Rio, armas, controle, munição... Isso tudo vai se embolando com a demissão de Valeixo da PF, a queda de Moro e as acusações que o ministro fez ao sair, de que o presidente queria ter acesso direto ao diretor-geral, a superintendentes e a relatórios de inteligência da PF. E ele, o ministro, também citou especificamente o Rio, neste caso, o Estado do Rio.  Moro, Mandetta e Valeixo saem por uma porta do governo e o Centrão entra pela outra, trazendo, entre outros, Roberto Jefferson e Valdemar Costa Neto. Isolado no Supremo e na cúpula do Congresso, perdendo apoios no empresariado e nas finanças e enfrentando uma guerra inglória na internet com Moro, Bolsonaro corre o risco de se apoiar só em dois pilares: os militares e os líderes do Centrão, que não têm nada a ver. Quem diria? Aliás, por quê?

Eliane Cantanhêde, colunista - O Estado de S. Paulo


sábado, 25 de abril de 2020

A saída do ex-juiz - Demissão de Moro: Sai o ministro, entra o candidato - O Globo

Bernardo Mello Franco

Sai o ministro, entra o candidato à Presidência em 2022.





As palavras antecipam uma mudança no papel do ex-juiz da Lava-Jato. 

O presidente Jair Bolsonaro já desconfiava que o ex-ministro tentaria enfrentá-lo nas urnas. Agora ele pode ter certeza disso. A questão é saber como ele fará para se manter em evidência sem a vitrine do ministério e sem a sonhada vaga no Supremo Tribunal Federal. [e sem conseguir provar as acusações que fez contra o presidente Bolsonaro.] 

Daqui para a frente, o ex-juiz e o capitão devem disputar eleitores no campo conservador, onde Moro ainda é visto como símbolo do combate à corrupção. Parlamentares da bancada da bala e do PSL, antigo partido de Bolsonaro, já indicaram que ficarão do lado do agora ex-ministro.

[Presidente Bolsonaro, com as bençãos de DEUS,  o senhor vence mais esta batalha, com a qual seus inimigos - também inimigos do Brasil, tentam lhe vencer.

Nunca aceitaram que o senhor se tornasse presidente da República.
Lembre-se que no dia de sua vitória, quando emocionado se expressou para o povo, deram ao seu pronunciamento uma conotação negativa - até de vingança contra os derrotados.

A esta altura investigações contra Queiroz e seus filhos já estavam em curso - continuam e até agora NADA foi provado.

Após sua posse, além das críticas aos seus menores deslizes - quase sempre causados pela sua inexperiência com a liturgia do cargo - mantiveram o fogo cerrado sobre seus familiares e tentaram tolher sua autonomia.
Ainda hoje continuam esperando que as investigações em curso contra seus familiares, por suposta prática de supostos crimes que tentam associar a uma suposta participação do senhor - só que a Polícia Federal não fabrica provas e sim quando elas existem e são encontradas a PF as apresenta - o que até o momento não ocorreu, já que não se encontra o que não existe.

Tentaram usar a pandemia,  em combinação com a falação do então ministro palanqueiro, para derrubá-lo. NÃO CONSEGUIRAM.

Agora tentam usar a ambição de um ex-juiz e ex-ministro que, quando juiz, realizou grandes ações no combate à corrupção, mas agora se tornou seu adversário, para destruir o senhor. NÃO CONSEGUIRÃO.

Na pior das hipóteses, para que eventual pedido de impeachment que o deputado Maia acolha, cause danos ao senhor eles precisam de 342 votos = dizendo de outra forma,  342 parlamentares presentes e todos votando, em uníssono, contra o Senhor. 171 votos favoráveis ao denunciado,  já arquivam o pedido.] 

O lançamento informal da candidatura não é o único golpe de Moro em Bolsonaro. Ao acusar o presidente de tentar interferir em investigações da Polícia Federal, o ex-juiz narrou práticas que configuram crime de responsabilidade. Isso abre uma nova frente para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito e para a apresentação de pedidos de impeachment contra Bolsonaro.

No pronunciamento, Moro deixou claro que tem munição guardada. Ele sugeriu que fará novas revelações em "outra ocasião".

Bernardo M. Franco, colunista - O Globo

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Rodrigo Maia não mudou de posição: CPMF não passa na Câmara - Veja - Radar

 Por Robson Bonin

Para o presidente da Casa, proposta de resgate do imposto já nasce morta

[o presidente Bolsonaro insiste em fornecer munição para manter seus adversários fortes - eventuais efeitos negativos do indiciamento pela PF do deputado Rodrigo Maia,  estão sendo ofuscados pela insistência do governo Bolsonaro em voltar com a CPMF.]
 
Paulo Guedes terá trabalho para viabilizar seu plano de retorno da CPMF.
Rodrigo Maia tem dito que não mudou de posição sobre o tema.
A preço de hoje, Guedes só passa a proposta na Câmara se conseguir navegar sozinho e ainda vencer Maia na articulação de votos favoráveis na Casa — o que não é nada fácil.
 

domingo, 4 de março de 2018

Eleições na Itália ressuscitam Silvio Berlusconi

Nenhum partido, segundo as últimas pesquisas de opinião, aparece com sólido favoritismo, gerando toda sorte de especulação quanto ao futuro do país

A Itália vai às urnas hoje num pleito marcado por incertezas e uma estranha sensação de déjà-vu. Nenhum partido, segundo as últimas pesquisas de opinião, aparece com sólido favoritismo, gerando toda sorte de especulação e dúvidas quanto ao futuro do país. Mas, em meio ao imponderável das urnas, o eleitor italiano se vê às voltas com a controversa figura do ex-premier Silvio Berlusconi, que ressurge de anos no limbo, após ser afastado da política devido a escândalos sexuais, processos na Justiça e tentativas de obstruir a Operação Mãos Limpas, inspiradora da Lava-Jato brasileira. 

Berlusconi foi condenado e está impedido de concorrer como candidato até 2019. Mas reaparece agora como cabo eleitoral e costureiro de alianças. Se as pesquisas estiverem certas, a coalizão de centro-direita e extrema-direita que apoia deverá conquistar a maioria dos assentos no Parlamento, abrindo espaço para Antonio Tajani, o escolhido de Berlusconi, governar o país. Seria uma volta por cima do velho fanfarrão populista e um grande risco para o futuro da terceira maior economia do bloco europeu. 

E é justamente o campo econômico que dá munição aos críticos do atual governo social-democrata e, no plano mais geral, aos inimigos da integração europeia. O dilema da Itália é o fato de a recuperação econômica dos últimos anos, por questões peculiares ao país, que possui um setor bancário perigosamente endividado, não se dar de forma disseminada, e o eleitorado parece dividido entre aqueles que desejam arriscar algo novo e incerto e aqueles que defendem uma linha mais sustentável por meio da ortodoxia fiscal.

O primeiro grupo, majoritário, é composto por italianos que ainda não sentiram a melhora dos duros ajustes na economia feitos para tirar o país da crise da dívida que se abateu sobre a zona do euro, após 2008. O destaque negativo se dá especialmente no mercado de trabalho, sobretudo no sul do país e entre os jovens: cerca de um terço da força de trabalho entre 15 e 24 anos que busca uma vaga de trabalho está desempregada.
Esta situação gerou desconfiança em relação aos políticos tradicionais, abrindo caminho para agremiações extremistas. As mais bem cotadas são o partido antiestablishment Cinco Estrelas, de tendência esquerdista; a conservadora Força Itália, de Berlusconi; e os populistas de direita reunidos no Liga (ex-Liga Norte), cujo presidente, o xenófobo Matteo Salvini, faz campanha com o slogan de Donald Trump: “Itália em primeiro lugar”. O Liga e o Força Itália fizeram coligação com o partido neofascista Irmãos da Itália. As pesquisas, porém, sugerem que o Parlamento não terá uma força expressivamente majoritária. 

Seja como for, analistas estão preocupados com o resultado das urnas italianas, que podem mergulhar a zona do euro em nova turbulência. Com um setor bancário ainda perigosamente endividado, qualquer abalo no campo político poderá reverberar nas finanças do país, piorando o quadro fiscal e financeiro, com consequências inesperadas no bloco europeu, ainda abalado pelo complexo divórcio com o Reino Unido.

Editorial - O Globo