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sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Bolsonaro lança partido com agenda conservadora em solenidade em Brasília - Correio Braziliense

Bolsonaro lança partido que pretende ver oficializado a tempo de disputar as eleições municipais de 2020 e prega conservação de valores cristãos e posse e porte de armamento. Legenda tem longo caminho para ser homologada pelo TSE

 Com defesa de bandeiras conservadoras e fiéis à ideologia pregada pelo presidente Jair Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil teve, nesta quinta-feira (21/11), sua primeira convenção. O partido que o chefe do Executivo quer criar — e que depende de homologação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promete lutar por valores cristãos, combater a ideologia de gênero, o aborto e ideais “comunistas e socialistas”, com apoio ao livre mercado e à propriedade privada. 

A garantia da posse e do porte de armas de fogo também será uma prioridade. A apresentação do programa é apenas o primeiro passo para que a legenda consiga o registro na Justiça eleitoral. Especialistas alertam para os desafios tanto de cooptar parlamentares quanto de ter candidatos aptos a participar das eleições municipais, em 2020, foco inicial do Aliança.

O caminho para a oficialização não é simples. Passa pela coleta de assinaturas de pelo menos 0,5% dos votos recebidos na última eleição geral para a Câmara, correspondente a 492.015 rubricas, que deverão ser coletadas em nove estados, com o mínimo de 0,1% do eleitorado que tenha votado em cada uma dessas unidades federativas.  Até março, prazo máximo para o partido estar apto a disputar as eleições de 2020, Bolsonaro espera que as executivas estaduais e municipais estejam compostas. “Nós faremos uma seleção de pessoas que estejam realmente comprometidas com o futuro do Brasil”, comentou. “Não é quem chegar na frente não.”

[a mãe de todas as ironias é que os inimigos do presidente Bolsonaro, e do Brasil, usaram de todos os meios para tentar envolver o presidente da República com o caso dos 'laranjas' do PSL - não conseguiram e agora o  PSL perde suas principais lideranças para um novo Partido.]
Bolsonaro deixou claro que não vai tolerar que presidentes estaduais “negociem a legenda”, com um pensamento eleitoreiro, voltado para eleger políticos pensando em termos quantitativos, não qualitativos. “Em parte, o problema que tivemos há poucas horas (quando ainda era do PSL) foi essa questão: negociar legenda, vender tempo de televisão e fazer do partido um negócio para ele”, frisou.

Witzel
O chefe do Planalto fez afagos ao Congresso, sustentando que conta com o apoio do Legislativo para melhorar o Brasil por meio da política. Não poupou críticas, entretanto, ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que mira a Presidência da República em 2022. Para ele, o desafeto tenta relacionar sua família ao assassinato da vereadora Marielle Franco. “Botou na cabeça dele o direito de destruir a reputação da família Bolsonaro. Minha vida virou um inferno depois da eleição do senhor Wilson Witzel, lamentavelmente. Tenta destruir quem está do meu lado usando a Polícia Civil ou parte dela a todo custo”, acusou.

Embora a ideia do Aliança seja usar a militância para conseguir a coleta de assinaturas, Bolsonaro reconhece que, se a estratégia de validar a coleta eletrônica não der certo, o partido pode não disputar as eleições municipais do próximo ano — o TSE decidirá sobre o tema na semana que vem. O advogado eleitoral José Rollemberg concorda e avalia como difícil a criação até março. “O primeiro passo foi dado, mas, agora, começa a batalha pelo segundo. Para ter acesso ao fundo partidário e permitir que candidatos façam jus a tempo de rádio e campanha, são necessárias milhares de assinaturas. A Justiça Eleitoral não tem nenhuma regulamentação para as assinaturas eletrônicas. A ausência de estrutura jurídica é um obstáculo, sobretudo, com o prazo apertado”, justificou.

A migração de deputados para a eventual nova sigla também pode ser um problema. Admar Gonzaga, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e advogado da futura legenda, entende que a legislação eleitoral possibilita a criação de uma janela partidária no momento em que a sigla for criada. Já o especialista em direito eleitoral e constitucional Daniel Falcão não concorda. Na opinião dele, a justa causa para a troca de partido existe em casos específicos e não se aplica mediante a criação de uma sigla. “São consideradas justa causa a comprovação de que o parlamentar sofre grave discriminação no partido de origem ou que a legenda está se desviando do próprio programa partidário”, afirmou. “Há uma terceira possibilidade, que é o partido original expulsar o deputado.” Nesse último caso, não é considerada justa causa, e o eleito leva seu mandato consigo.

Executiva Nacional

Apenas a Executiva Nacional do Aliança está composta. O próprio Bolsonaro foi escolhido presidente do partido. O senador Flávio Bolsonaro (RJ) será o primeiro-vice-presidente; o suplente do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), Luis Felipe Belmonte, marido da deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF), será o segundo-vice-presidente; o advogado Admar Gonzaga, ex-ministro do TSE, será o secretário-geral; e a advogada Karina Kufa, a tesoureira. O quarto filho do presidente, Jair Renan Bolsonaro, ocupará um cargo como vogal, ou seja, terá poder de voto, mas não exercerá uma função específica.

Correio Braziliense 

 

domingo, 13 de janeiro de 2019

Brecha em norma do Exército para tiro esportivo cria porte disfarçado de arma

Foram expedidos 45 mil registros a atiradores esportivos em 2018, número recorde e dez vezes maior do que 5 anos antes. Quantidade supera autorizações da PF para pessoas físicas e serve para driblar exigência de ‘efetiva necessidade’

 Enquanto o governo Jair Bolsonaro discute mudanças na forma de obtenção de arma de fogo por cidadãos na Polícia Federal, desenhando um decreto para facilitar a concessão da posse, hoje é o Exército quem mais concede armas a pessoas físicas no País. O número de licenças destinadas a atiradores esportivos chegou em 2018 à quantidade recorde de 45 mil - cinco por hora - e um crescimento de dez vezes nos últimos cinco anos. Já a PF concedeu 27 mil autorizações em 2018.  

O crescimento do interesse no tiro esportivo é o resultado do genuíno aumento dessa prática, segundo defendem os atletas. Mas também é reflexo das buscas de quem teve a licença negada na PF, além de esconder um esquema em que despachantes oferecem a via até como uma espécie de porte de arma de fogo, o que conta com anuência de donos de clubes de tiro num setor pouco fiscalizado, apontam especialistas e profissionais da área.  É prerrogativa da PF o controle de concessão de posse (para manter arma de fogo dentro de casa ou estabelecimento comercial) e do porte (andar armado na rua) para a população civil. Para requerer o equipamento, é preciso submeter o pedido a uma superintendência da PF. Ao Exército, além do controle do armamento de militares, cabe a atuação junto aos portadores especiais conhecidos pela sigla CAC: caçadores, atiradores esportivos e colecionadores.  

As exigências nos dois órgãos são parecidas: ter mais de 25 anos, ficha limpa e realizar testes de aptidão psicológica e capacidade técnica. O que diferencia os processos é a exigência, por parte da PF, de apresentar uma justificativa de efetiva necessidade, [atualmente, a PF se vale da subjetividade para liberar a licença ou não; depende apenas do entendimento da PF sobre a concessão ou não - atualmente a PF não precisa fundamentar sua negativa;

com a mudança que ocorrerá nos próximos dias ou a PF perde o direito de decidir - basta que determinadas condições estabelecidas no Decreto sejam atendidas para que a PF tenha obrigação de conceder a licença. Se decidir negar a PF  se valer de  decisão motivada e fundamentada.]  enquanto o Exército pede aos atiradores esportivos que o candidato seja filiado a um clube de tiro e frequente o local para realização de treinos ou participação em competições.

A efetiva necessidade é alvo de críticos do Estatuto do Desarmamento, que alegam haver excessiva subjetividade por parte dos delegados da PF que decidem ou não pela liberação.

O Estado entrou em contato com quatro despachantes em São Paulo. Sem se identificar, a reportagem afirmou que gostaria de ter uma arma para “defesa pessoal” que também pudesse ser usada na rua. Apenas um deles explicou que a legislação atual só permite porte de arma em casos excepcionais e não sugeriu filiação a um clube de tiro. Nos demais, o preço cobrado variou entre R$ 1,1 mil e R$ 2,5 mil - o mais caro poderia ser parcelado em dez vezes no cartão. Em dois orçamentos, a anuidade do clube estaria inclusa no pacote. O valor, no entanto, não considerava a compra da arma - uma pistola 380, por exemplo, custa a partir de R$ 5 mil. 
O vínculo com o clube de tiro serviria para receber o direito de transportar a arma municiada e pronta para uso no trajeto entre o local de acervo e o de treinamento, e vice-versa.Com essa documentação, vai poder sair com ela (a arma)”, afirmou um despachante. “Essa guia de tráfego vem escrito ‘porte de trânsito’. O pessoal usa para ir para o stand de tiro, para o lugar de treino, e usa ela no dia a dia, entendeu?” 

Na prática, o porte de trânsito seria um porte de arma velado. Segundo afirmam, a manobra consistiria em o atirador poder argumentar sempre que está em deslocamento. A oferta não é ilegal e se aproveita de brecha aberta com a Portaria 28 do Comando Logístico do Exército, de março de 2017. “Se você mora em São Paulo e quiser ficar sócio de um clube em Belém (a cerca de 2.880 quilômetros), quiser entrar no carro e ir armado para Belém do Pará, você pode”, indicou outro despachante.


Entre as exigências, o atleta deve comparecer ao menos oito vezes por ano e assinar a lista de habitualidade do clube. A renovação da licença é feita a cada três anos. Não raro, o despachante trabalha em modelo de exclusividade com algum clube. “Você vai lá (ao clube) e dá cinco tiros, dez tiros. Não importa quantos tiros você vai dar”, diz um despachante. “Vamos dizer que o Exército solicite (documento), você pede para o clube, e o clube emite.” 

Regra burlada 
 Promotor do Ministério Público de São Paulo, Felipe Zilberman classifica o uso desvirtuado do porte de trânsito como fraude. “A portaria do Exército abre a brecha para transportar arma. Se as pessoas usam o regulamento para andar com arma, claramente é uma fraude, uma forma de burlar a lei.” Ele explica que o ideal, no caso de um policial se deparar com a situação, é realizar apuração simples visando a comprovar a ida ao clube. A Polícia Militar disse reconhecer a Portaria 28 e atuar em conformidade com seus termos”.  [vale lembrar ao ilustre promotor que fraude precisa ser provada - suposição, achar, entender que, não vale como prova.
Ao que se sabe são raríssimos os casos em que membros dos clubes que o promotor coloca sob suspeita (quando classifica o uso desvirtuado do porte de trânsito como fraude, o promotor cogita da conivência dos clubes, visto que a fraude, caso haja, precisa da participação daquelas organizações) - de forma genérica e imprecisa - se envolvam em tiroteios ou qualquer prática ilegal, portando armas de fogo.

Consultamos delegacias, Polícia Federal e não consta registro.] 

O instrutor Matheus Campos Argento de Freitas relata que ao menos 50% dos casos que atende mensalmente são de pessoas que não conseguem diferenciar os processos da PF e do Exército. “Hoje em dia estão vendendo que o Exército dá o porte, mas não é bem assim. A informação acaba vindo de pessoas mal intencionadas que atuam na área.” 

Em nota, o Exército ressaltou que “não fornece porte de arma ao cidadão comum”. “Esta é uma atribuição da Polícia Federal, e as armas registradas para o exercício das atividades de CAC somente podem ser utilizadas nessas respectivas atividades, previamente autorizadas e registradas, não podendo ser utilizadas para porte, como defesa pessoal.”
O Estado perguntou sobre a fiscalização efetuada no setor, mas não obteve resposta. Procurado, o Ministério da Justiça e Segurança não comentou. 

O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Almanaque Bolsonaro

Um guia para entender o país que vem por aí, a partir da posse, em 1º de janeiro






Todo início de governo é um mar de novidades, com a revelação de novos nomes, novos gostos, novos estilos e, quase sempre, velhos hábitos. Na recente história da democracia brasileira houve a República de Alagoas, de Fernando Collor. Depois do impeachment de 1992, o Brasil apressou-se para conhecer a República mineira do pão de queijo de Itamar Franco. Com Fernando Henrique Cardoso e Lula, o país primeiramente entrou no bairro paulistano de Higienópolis para depois flanar pelas ruas de São Bernardo do Campo, e em cada região teve de aprender a reconhecer gestos inéditos.

Veio Dilma, deu-se um outro impeachment, veio Michel Temer e a velocidade das mudanças impôs uma corrida para intuir o que se veria pela frente. É o que viveremos a partir da próxima terça-feira, com a posse de Jair Bolsonaro. VEJA preparou um almanaque para começar a entender o cotidiano do presidente eleito e seu círculo. É o modo mais eficaz e divertido de navegar no ineditismo — e sobretudo o mais rápido. Em 1890, Machado de Assis publicou um conto, Como Se Inventaram os Almanaques, um texto de apresentação e defesa daquele tipo de publicação divertida e rica importada da Europa. Escreveu Machado, louvando a agilidade dos livretos de variedades: “O Tempo inventou o almanaque”.

OS PENSADORES

Três autores celebrados pelo chanceler Ernesto Araújo, o homem das relações exteriores
OSWALD SPENGLER (1880-1936) do século XX”. De um dos textos de Evola: “A mulher tradicional, a mulher absoluta, ao dar-se, ao não viver para si, ao querer ser toda para outro ser com simplicidade e pureza, realizava-­se, pertencia a si mesma, tinha um heroísmo todo seu — e, no fundo, tornava-se superior ao homem comum. A mulher moderna, ao querer ser por si mesma, destruiu-se”.

PEQUENÍSSIMO DICIONÁRIO

A origem de duas expressões que estão em voga
 (Caio Borges/.)
O.K. (“TALQUEI”, EM BOLSONARÊS) interj. Do inglês, expressa aprovação, concordância; a origem etimológica mais aceita é curiosa: seria uma abreviação de orl korrekt, um erro ortográfico de all correct (tudo certo), em voga nos Estados Unidos nos anos 1830; as referências escritas mais antigas datam de seu uso como slogan do Partido Democrata americano nas eleições de 1840. O candidato e futuro presidente Martin van Buren (1782-1862) foi apelidado de Old Kinderhook, numa referência à sua cidade natal, Kinderhook. Não demorou para se formar o OK Clube, tá o.k.?
 (Arte/VEJA)
COLOSTOMIA s.f. “Abertura cirúrgica do abdome ligada à terminação do cólon, com a finalidade de criar um ânus artificial para a eliminação das fezes”, na definição do Dicionário Houaiss; Bolsonaro deve retirar a bolsa de colostomia, colocada depois do atentado em Juiz de Fora, ainda no primeiro mês de seu mandato.
 O  ESTILO MICHELLE
 (Caio Borges/.)
Uma avaliação do vestuário e do jeito de ser da primeira-dama do 38º presidente do Brasil
André Lima, estilista paraense
“A nova alfaiataria pede um estudo de proporções menos careta: tanto o blazer quanto a calça podem ficar mais longe do corpo e menos colados, ...
 
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PF cumpre mandados em investigação sobre ameaça à posse de Bolsonaro



Polícia procura grupo autointitulado terrorista que reivindicou ter colocado uma bomba em uma igreja na cidade de Brazlândia, no DF


A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal cumprem nesta segunda-feira, 31, mandados de busca e apreensão na investigação de um grupo autointitulado terrorista que reivindicou ter colocado uma bomba  na noite do Natal na cidade de Brazlândia (DF) e que fez ameaças à posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).

Segundo a Polícia Federal, há sete mandados de busca e apreensão em andamento no Distrito Federal, Goiás e São Paulo. Em uma página na internet, chamada de Maldição Ancestral, o grupo diz ter sido responsável pela confecção e colocação de um explosivo na madrugada do Natal em Brazlândia. O dispositivo foi desarmado pela Polícia Militar do Distrito Federal.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a Polícia Civil alertou à PF sobre um texto do grupo falava sobre possibilidade de ataque na posse de Jair Bolsonaro, no dia 1º de janeiro, razão pela qual o órgão passou a investigar o caso. No texto, o grupo afirma ter poder para atacar a posse do eleito e “causar grandes danos e morte”. 
Em nota, a Polícia Federal disse que as investigações  prosseguem sob segredo de justiça “para a apuração do crime de associação criminosa, além de outros ilícitos que possam a vir a ser identificados no decorrer das ações”.

No domingo, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, afirmou que as ameaças contra a posse de Bolsonaro eram tratadas como reais pela organização do evento. “O fundamento e a sustentação das ameaças vai estar no resultado do inquérito da Polícia Federal. Nós não temos o direito de descartar nenhuma delas, nem de avaliar se esta ou aquela é mais ou menos grave. Nós estaremos preparados sempre para fazer frente a qualquer das ameaças. Nós estamos preparados”, disse o ministro, que falou ao lado de seu sucessor anunciado, o também general da reserva Augusto Heleno.

Por causa da preocupação com a segurança, ainda não se sabe se Bolsonaro fará desfile em carro aberto.  Tradicionalmente, os percursos entre a Catedral Metropolitana de Brasília, Congresso Nacional e Palácio do Planalto são feitos em carro aberto, um rolls-royce que pertence à Presidência da República.  Porém, é fortemente cogitada a possibilidade de que o percurso ocorra em um veículo fechado.

Veja

 


[Ausência de PT e PSOL à posse do presidente Bolsonaro (que com as bençãos de DEUS ocorre amanhã) preenche uma grande lacuna]

Além da 'ausência deles preencher uma grande lacuna, reduz em alguns  milhares o número de marginais ausentes da solenidade.

Queiroz, parece que a mídia começa a entender  que um portador de câncer, submetido a procedimentos invasivos, tem que cuidar antes de tudo de sua saúde e quando intimado ou convidado por órgão do governo tem o direito de não comparecer e a obrigação de apresentar o apresentando o devido 'atestado médico',  documento a ser apresentado ao órgão competente e tratado com sigilo. ór

Os que assistiram a entrevista do Queiroz ao  SBT, certamente perceberam  que a entrevistadora praticamente exigiu que o Queiroz apresentasse o 'atestado médico',  para ser filmado ali mesmo.

Um pequeno lembrete à Mídia:

- milhares de pequenas fortunas, dezenas de grandes concessionárias, tiveram inicio com compra e venda de veículos usados;

- outro aspecto que pode não justificar na totalidade a movimentação atípica, realizada pelo Queiroz, e que ele optou, por não mencionar na entrevista, muito provavelmente para preservar terceiros (não me refiro ao Bolsonaro e familiares) é uma prática muito comum no serviço público, qual seja o chamado consórcio, que, em resumo é:

- um grupo de funcionários de um órgão público ou de empresa privada,  decidem fazer uma poupança entre eles, reúnem-se, escolhem um dois colegas de confiança, e todo mês, sempre em data próxima ao pagamento, passam para o digamos, responsável pelo consórcio, um determinado valor - tanto pode ser 12 ou 24, ou 120 consorciados, R$ 100, R$ 200, ou quinhentos - sempre de acordo com as condições financeiras da maior parte dos 'consorciados'.

Todo mês é realizado um sorteio para sortear, de acordo com o número de participantes, um sortudo, ou dois, que ganha o equivalente a doze contribuições - lucrou pela antecipação, outros preferem deixar para o final, etc, etc.

É uma prática comum, especialmente em órgãos públicos, gera proporcional movimentação de depósitos em dinheiro vivo, etc, etc.

É ululante que só funciona na base da confiança e o normal é que sempre tenha como participantes, funcionários do mesmo órgão, as vezes de um ou dois gabinetes.

Pensem no assunto e em um exemplo intermediário e considerem alguns exemplos: 'consórcio' com 24 participantes, a R$ 500/mês, produz uma movimentação financeira na conta do administrador, em um ano, R$ 14.400,00, uma outra de R$ 500,00/mês, com 24 consorciados produz um movimento anual de  R$ 144.000,00 e existem consórcios em que a cota mensal ´supera R$ 1.000,00 e, por óbvio, tem consórcio com 12 participantes, R$ 50/mês.]

Editores do Blog Prontidão Total 

domingo, 30 de dezembro de 2018

Pagador de promessas

Os EUA, liberal em relação à venda e ao porte de armas, são um país violento, com a maior população carcerária do mundo

[entendemos ser enfadonho, redundante,  desgastante e desnecessário, citar cifras, percentuais que comprovam que o Brasil sem armas - tão desejado pela esquerda e admiradores, (que desejam um Brasil em que apenas os bandidos estejam bem armados bem armados e os policiais mal armados) e que fracassou estrondosamente - mata mais pessoas do que os Estados Unidos.

Para não perder o hábito, indicamos apenas um link - (lá está provado, com números, que enquanto no Brasil, com limitação de armas, posse e porte, em um ano foram assassinadas mais de 60.000 pessoas - para 'competir' com os Estados Unidos, pais em que milhões possuem e portam  armas, inclusive pesadas, teria que ter tido apenas 10.500 mortos.)]

O anúncio do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de que editará um decreto facilitando a posse de armas no país é daquelas medidas suscetíveis de causar polêmica, mas muito pouco tem a ver com uma política de segurança pública, que deve ir muito além de uma visão pessoal ou de grupos. O  futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, sugeriu, na reunião de primeiro escalão do futuro governo para tratar dos 100 primeiros dias, que essa fosse uma das primeiras medidas a serem anunciadas, pagamento de promessas de campanha para um nicho importante do eleitorado que fez Bolsonaro presidente.  Tem a ver também com um conceito de segurança pessoal que é muito caro a um grupo de cidadãos da classe média, especialmente os das regiões Sul e Centro-Oeste do país, e dos moradores das grandes cidades.

Mas dar posse de arma não é a mesma coisa de liberar o porte de arma. O porte obedece a uma série de exigências que inclui o treinamento em clubes de tiro. A prioridade à posse de arma tem um simbolismo, em busca um efeito dissuasório, mas a medida liberalizadora permitirá apenas guardar armas em casa, não as portar em público. Os defensores da medida, como o general Augusto Heleno, futuro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, consideram que seu efeito dissuasório pode ser efetivo, reduzindo os roubos em residências. Ele alega que a política de desarmamento não tem tido efeito na redução de crimes, pois o país bate o recorde de mortes violentas anuais.

A medida tem a ver também com reivindicações de certos grupos, como colecionadores, de obter com menos problemas burocráticos a permissão para ter uma arma. Mas a lei continuará a exigir antecedentes negativos, aptidão técnica e higidez mental, nisso não se pretende mexer, e também a demonstração da efetiva necessidade. O decreto apenas esclarecerá melhor o que seria isso, não deixando a decisão ao arbítrio do agente público. Moradores de regiões violentas das cidades poderão ser autorizados a possuir uma arma em casa, por exemplo, assim como os que vivem em áreas rurais, mas o decreto ainda está em elaboração.
O propósito é flexibilizar as normas, sem ter que mudar a legislação, ampliando o acesso à posse de armas aos cidadãos comuns, sem antecedentes criminais.

Um dos objetivos é desburocratizar as exigências legais, tornando definitiva, por exemplo, a permissão para ter uma arma em casa, sem que seja preciso renovar a licença a cada cinco anos. Um dos argumentos dos que defendem a liberalização da posse de armas é que os crimes em abundância que ocorrem no país, em sua maioria, são cometidos com armas roubadas, às vezes com armamentos exclusivos das Forças Armadas. Não seria, portanto, a liberalização das armas que provocaria maior número de crimes. Ao contrário, a medida, além de dar uma sensação de maior segurança aos cidadãos que vivem em áreas perigosas, teria o efeito de dificultar a ação dos bandidos, que passariam a saber que alguém armado pode reagir ao assalto de sua residência.

Bolsonaro costuma dar o exemplo dos Estados Unidos que, muito liberal com relação à venda e ao porte de armas, têm índices de criminalidade baixos se comparados com os do Brasil. No entanto, os números são enganosos, pois os EUA são um país violento, com a maior população carcerária do mundo. E os assassinatos em massa que vemos frequentemente certamente são decorrentes dessa liberalização. Em Nova York, por exemplo, onde a legislação local não permite portar armas em público, o índice de criminalidade tem sido reduzido. O baixo índice de criminalidade é fruto de uma política nacional de repressão severa, o que não indica que o país não seja violento.

Os índices de criminalidade nos Estados Unidos são maiores que os dos países ocidentais mais avançados, como na Europa e no Japão. Na América Latina estão 18 dos 20 países com maiores índices de homicídios, e 43 das 50 cidades mais violentas do mundo. Por volta de 75% de todos os homicídios na região são relacionados a arma de fogo, enquanto o índice mundial é de 40%.

Merval Pereira - O Globo

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Atentado em Campinas traz à tona debate sobre porte de armas no Brasil

Caso também levantou comparações com a legislação e incidentes similares nos Estados Unidos

[não surpreende que os defensores dos bandidos armados e pessoas de bem desarmadas tentem utilizar as mortes de Campinas para atribuir às futuras medidas para facilitar a posse, e mesmo o porte, de armas, a motivação para a tragédia.

Só que tais pessoas 'esquecem', de forma proposital, que o 'estatuto do desarmamento' que deverá ser alterado em futuro próximo está em PLENA VIGÊNCIA e DIFICULTANDO AO MÁXIMO A COMPRA DE ARMAS, seu PORTE e POSSE.

A lei atual, em pleno vigor, que SÓ PERMITE que policiais e bandidos portem armas, NÃO IMPEDIU as mortes de Campinas.

O Euler utilizou armas com numeração raspada - indicador seguro que não foram adquiridas no mercado legal e sim com bandidos (que vão continuar atuando, enquanto houver dificuldades para comprar armas.)

Era em um diário que Euler Fernando Grandolpho anotava os delírios de perseguição que tinha. É tudo que se sabe até agora das possíveis motivações do ataque que ele fez na última terça-feira contra fiéis em uma missa na Catedral Metropolitana de Campinas. Segundo a Polícia Civil, Euler tinha histórico de depressão, problemas com convívio social e já havia passado por tratamento. O caso guarda certa semelhança com atentados similares ocorridos nos Estados Unidos – apesar de ainda não haver informações sobre a procedência do armamento utilizado pelo brasileiro. Ainda assim, o fato trouxe à tona um antigo e intenso debate: o do porte de armas.  

Para o professor do Instituto Meira Mattos, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.Guilherme Moreira Dias, essa é uma situação aparentemente isolada, já que o atirador não possui antecedentes criminais e não havia relação prévia entre as vítimas e o perpetrador. “A presença de policiais nas proximidades da igreja e a forma como os agentes atuaram foram muito importantes para evitar um número ainda maior de vítimas. É difícil imaginar que algo mais pudesse ser feito naquele contexto”, defende Dias, que também é pesquisador do Observatório Militar da Praia Vermelha. Para o professor, é difícil atribuir responsabilidades sem saber as motivações de Euler, que poderiam variar desde um surto, um colapso até algum tipo de problema mental. 

“Esse é o tipo de ação difícil para a polícia porque se trata de uma pessoa com algum transtorno”, defende o Coronel José Vicente da Silva, ex-Secretário Nacional de Segurança Pública e coronel da reserva da Polícia Militar. De acordo com Silva, a situação é extremamente difícil para a polícia sob dois aspectos. Primeiro porque se trata de uma Igreja, lugar de difícil prevenção do uso de armas de fogo. Em segundo lugar, pela dificuldade de negociação. “A única solução possível nesse caso seria tentar limitar a ação do atirador a partir daquele momento, que foi o que aconteceu”, conta. 


Ainda segundo o coronel, esse tipo de caso é muito comum nos Estados Unidos, onde o acesso a armas de fogo é mais facilitado. “No Brasil, nós temos muito mais homicídios e mortes intencionais por variados tipos do que casos como esse da catedral”, relata. Um estudo feito em 2016 pela ONG Small Arms Survey revela que o Brasil é o sétimo país do mundo com maior número de armas nas mãos da população civil. São 14,84 milhões de armas legais e ilegais em circulação, uma média de 8 para cada 100 habitantes. Já os Estados Unidos lideram o ranking com 270 milhões de armas de fogo. É a maior concentração do mundo: 89 armas para cada 100 habitantes. O estudo aponta também que 70% das armas existentes no mundo estão nas mãos da população, não com os agentes legais. 

[a estatística acima que mostra que a relação armas /100 habitantes nos Estados Unidos é SUPERIOR ONZE VEZES a do Brasil o que sepulta qualquer tentativa de relacionar facilidade de possuir/portar armas com número de mortes causadas pelas mesmas.
Outro dado que deve ser considerado por ser importante para acabar com a falácia de que o livre porte e posse de armas é fator que aumentará a criminalidade, por favor leiam com atenção:


"... Na quase totalidade dos países da Europa, por exemplo, existe uma severa distinção entre posse e porte. Manter uma arma em casa — ou para alguma prática esportiva — e coisa diferente de andar armado por aí. Todas as evidências apontam o óbvio: tem-se um maior número de ocorrências com armas de fogo quanto mais armas de fogo circulam. E não nenhuma surpresa nisso.

Os EUA, com IDH praticamente igual ao da Alemanha, tem 5 mortos por 100 mil habitantes. Compra-se praticamente qualquer arma. Anda-se armado quase sem restrições. No país europeu, que permite a posse, mas proíbe severamente o porte, há 0,7 morto por 100 mil habitantes. Na Europa desenvolvida, o índice não passa de 1. Com a proibição do porte."
[comentando:  
Considerando os dados acima referentes ao período de um ano, temos que no Brasil, considerando uma população de 210.000.000 de habitantes e a dos Estados Unidos 325.000.000 - uns 50% a mais - e levando em conta que na terra do Trump a posse e o porte de armas são livres, no Brasil em que a propriedade é extremamente dificultada e o porte é liberado só para policiais e bandidos, seria considerado 'civilizado' o ÍNDICE AMERICANO, 5/100.000 = 10.500 mortos por ano; 

só que no último ano, foram assassinadas no Brasil mais de 60.000 pessoas. 

Para saber mais, clique aqui ]


MATÉRIA COMPLETA em Época






segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Chefe do GSI diz que Bolsonaro sofreu novas ameaças



Sérgio Etchegoyen, que chefia agência de inteligência do governo, não desfile em carro fechado na posse presidencial do dia 1º

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, disse nesta segunda-feira, 3, que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, sofreu novas ameaças há 15 dias. Contudo, ele não citou a origem das ameaças.  "Eu posso te falar até 15 dias atrás. Houve, houve novas ameaças (contra o presidente eleito)", afirmou Etchegoyen após a cerimônia no Palácio do Planalto que celebrou os 80 Anos do Gabinete de Segurança Institucional.  

De acordo com o ministro, ainda não há a definição se o presidente eleito irá ou não desfilar em carro aberto no dia da posse. Etchegoyen afirmou que as condições ainda estão sendo analisadas com a equipe de transição.  “A decisão será do presidente. Eu presidiria tudo com cautela. Nesse momento, eu tenho que me atualizar, porque passei fora duas semanas, mas eu recomendaria que todas as medidas tomadas fossem presididas por cautela”, disse. 

Desde o ataque a Bolsonaro em setembro, a equipe de inteligência do governo monitora intensamente as ameaças ao presidente eleito. Durante a campanha, o futuro ministro do GSI, general Augusto Heleno, afirmou que havia ameaças concretas de novos ataques contra Bolsonaro.  Na última quarta-feira, 28, um dos filhos do presidente eleito, o vereador Carlos Bolsonaro afirmou através das redes sociais que a morte do pai “não interessa somente aos inimigos declarados, mas também aos que estão muito perto”. Bolsonaro também comentou a fala do filho, mas não citou a quem interessaria.  

Efetivo
 Segundo Etchegoyen, "certamente, a segurança do presidente eleito, na nova administração exigirá cuidados mais intensos e mais precisos" e isso, na sua avaliação, "poderá terá, como consequência", o aumento do efetivo do GSI. "A segurança do presidente eleito exige mais cuidado? Certamente exige. Nós temos um presidente que sofreu um atentado, que vem sofrendo agressões frequentes, basta ver mídias sociais", declarou Etchegoyen ao informar que a atual coordenação de segurança de Bolsonaro e a equipe de transição estão em contato com a equipe do Planalto, "negociando as condições" para o trabalho, no dia da posse. 
O ministro destacou, no entanto, que "a segurança sempre assessora" sugerindo as condições que consideram mais seguras, mas "a decisão será sempre do presidente da República". Em seguida, sugeriu que "todas as medidas tomadas sejam presididas por cautela". 

As declarações do general Etchegoyen foram dadas após cerimônia de comemoração dos 80 anos do GSI. O general Heleno, sucessor de Etchegoyen, também estava presente e foi elogiado pelo atual ministro. Após reconhecer que o presidente Michel Temer o ouve muito e não só a ele, mas a todos os seus principais assessores, o ministro destacou que esse é "um grande atributo".Depois de salientar que o general Heleno é "uma referência" para os militares, emendou: “tenho certeza que presidente Bolsonaro terá o melhor assessor para todos os assuntos”. Questionado se recomendava que Bolsonaro ouvisse Heleno, respondeu: "não me cabe recomendar nada para o presidente eleito, mas a forma como presidente Temer atuou, ouvindo a todos, foi muito bom e ajuda na governança". 

Etchegoyen declarou também que  Bolsonaro já tem um chefe da sua coordenação de segurança para o GSI nomeado, que é o general Luiz Fernando Baganha - nome já revelado pelo Estado que assume o cargo em janeiro. Essa coordenação, explicou, irá dar garantias, não só a Bolsonaro e à sua família, mas também ao vice-presidente, Hamilton Mourão, e seus filhos.  "A segurança do presidente eleito, na nova administração, certamente exigirá cuidados", ressaltou. Ao falar das cautelas que precisam ser tomadas em relação a um presidente que já sofreu atentado, Etchegoyen listou que "são medidas objetivas de segurança e indiretas, como a circulação do entorno, os locais a visitar". 

Lembrou ainda que, ao assumir determinados cargos, principalmente o de presidente da República, "se perde a liberdade". Ele não quis comentar, por exemplo, a decisão de Bolsonaro de viajar do Rio para São Paulo, em voo comercial, para assistir ao jogo do Palmeira e entregar a taça, em campo, ao campeão brasileiro. Sobre as atribuições da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que é subordinada ao GSI, o general Etchegoyen defendeu "continuidade" no trabalho que está sendo desenvolvido lá. "Defendo que seja mantida na maneira como está. A atual direção geral que assumiu nos últimos dois anos vem fazendo um belíssimo trabalho. Mas a decisão é do presidente eleito", declarou o ministro. "Mas eu acho que a continuidade, pelo menos por mais um pequeno período que seja, consolidará os avanços particularmente na área de gestão que eles alcançaram", comentou.

O Estado de S. Paulo

 

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Reforma da Previdência: Maia marca votação para 19 de fevereiro - Facilitou adiar para depois do carnaval, da Semana Santa, das eleições 2018 e após a posse do Bolsonaro


Presidente da Câmara confirma que mudanças ficam para 2018. Discussão da proposta começa dia 5 de fevereiro

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira que a discussão da reforma da Previdência começa dia 5 de fevereiro e que a votação será no dia 19. Ele justificou que, com a decisão, os deputados terão tempo para se programar para a votação. A leitura da proposta será feita hoje à tarde na Câmara. Mais cedo, o relator da proposta, deputado Arthur Maia (PPS-BA), admitiu que a votação ficaria para 2018. Ele afirmou que é preciso convencer os deputados sobre a importância da proposta durante o mês de janeiro e que não adianta “atropelar” as coisas.

— A decisão que eu decidi tomar, ouvindo o governo e o presidente Michel Temer, é marcar o início da discussão da matéria para o dia 5 de fevereiro e a votação para a primeira segunda-feira depois do carnaval, no dia 19. A data é essa. Daqui até o dia teremos todas as condições de começar o debate para votar a matéria. Dia 19, segunda-feira, a matéria vai estar pronta para a pauta e nós vamos começar a votação da reforma da Previdência. A data está colocada, para que cada deputado possam organizar sua programação e para que a gente possa votar essa matéria — disse Rodrigo Maia.

 Na quarta-feira, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou que, diante da falta de votos, a reforma seria deixada para fevereiro de 2018. Imediatamente interlocutores do Planalto e integrantes da equipe econômica reagiram e disseram que a decisão sobre adiar a votação da proposta só será tomada depois do início dos debates. Mesmo assim, o estrago já estava feito. 

Na quarta-feira, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou que, diante da falta de votos, a reforma seria deixada para fevereiro de 2018. Imediatamente interlocutores do Planalto e integrantes da equipe econômica reagiram e disseram que a decisão sobre adiar a votação da proposta só será tomada depois do início dos debates. Mesmo assim, o estrago já estava feito.

Ao deixar a reforma para 2018, o governo joga a economia num mar de incertezas, aumenta a desconfiança dos investidores em relação ao ajuste fiscal, o que afeta a queda dos juros e cria volatilidade cambial. E como optou por aprovar um teto de gastos antes de reforma, que é condição essencial para a manutenção desse limite, o governo Temer cria um problema não apenas para si mesmo, mas para o próximo presidente, que corre o risco de não conseguir cumpri-lo se não houver uma mudança no regime de aposentadorias. [tem que existir uma forma de responsabilizar criminalmente o ex-acusador-geral da República, Rodrigo Janot, pela sabotagem contra o Brasil por ele comandada, ao denunciar o presidente da República - denúncia sem provas, tanto que os dois principais delatores, os irmãos Batista, estão presos há mais de três meses.
As denúncias praticamente paralisaram o Brasil, travou o andamentos das reformas que só voltaram a ser discutidas em novembro, o que inviabilizou sua aprovação ainda neste ano.
Com a votação marcada para 19 de fevereiro está dada a senha para novos adiamentos: após Carnaval, depois Semana Santa, pós eleições outubro/2018 e finalmente deixa para o novo presidente, Jair Bolsonaro, marcar após sua posse em janeiro/2019.
 Por que a reforma é necessária?

A Previdência registra rombo crescente: gastos saltaram de 0,3% do PIB, em 1997, para projetados 2,7%, em 2017. Em 2016, o déficit do INSS chega aos R$ 149,2 bilhões (2,3% do PIB) e em 2017, está estimado em R$ 181,2 bilhões. Os brasileiros estão vivendo mais, a população tende a ter mais idosos, e os jovens, que sustentam o regime, diminuirão.

O Globo 


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Com Temer e sem Janot, Raquel Dodge não menciona Lava-Jato em discurso

[Janot, apenas um ex-procurador a ser esquecido. Agora é deixar Michel Temer trabalhar, realizar as reformas necessárias, torcer que tenha êxito - sem as reformas, sem a recuperação econômica, o desemprego vai permanecer e aumentar, a recessão crescer, a inflação voltar aos dois dígitos e só o Brasil e os brasileiros, especialmente os mais pobres, serão os prejudicados.]

Nova procuradora-geral fez questão de ressaltar 'atuação múltipla' do MP

Num discurso de cerimônia de posse em que não citou expressamente a operação Lava-Jato e em que fez questão de ressaltar a atuação múltipla do Ministério Público Federal (MPF), a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou na manhã desta segunda-feira que o povo brasileiro "não tolera a corrupção" e que o país "passa por um momento de depuração". — O país passa por um momento de depuração. 

Os órgãos do sistema de administração de justiça têm no respeito e harmonia entre as instituições a pedra angular que equilibra a relação necessária para se fazer justiça em cada caso concreto — disse Raquel após ser empossada como procuradora-geral.  Na mesa da cerimônia que deu posse a Raquel no cargo, no começo da manhã desta segunda-feira, estavam o presidente da República, Michel Temer, e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).  O primeiro foi denunciado pelo antecessor de Raquel, Rodrigo Janot, por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça. Os outros são investigados em dois inquéritos cada, dentro da Lava-Jato, também por pedido de Janot.
O presidente Michel Temer durante posse da procuradora-geral da República, Raquel Dodge - Ailton Freitas / Agência O Globo

Temer, Maia e Eunício, alvos da Lava-Jato, ouviram a procuradora-geral fazer uma citação ao papa Francisco, numa passagem sobre corrupção: — O papa Francisco nos ensina que a corrupção não é um ato, mas uma condição, um estado pessoal e social, no qual a pessoa se habitua a viver. O corrupto está tão fechado e satisfeito em alimentar a sua autossuficiência que não se deixa questionar por nada nem por ninguém. Construiu uma autoestima que se baseia em atitudes fraudulentas. Passa a vida buscando os atalhos do oportunismo, ao preço de sua própria dignidade e da dignidade dos outros. A corrupção faz perder o pudor que protege a verdade, a bondade e a beleza.

Raquel fez uma segunda citação em seu discurso de posse, da poetista goiana Cora Coralina. A procuradora-geral também é goiana. A citação encerrou o discurso:  Neste início de mandato, peço a proteção de Deus para que nos momentos em que eu for colocada à prova, não hesite em proteger as liberdades, em cumprir o meu dever com responsabilidade, em fazer aplicar a Constituição e as leis, para entregar adiante com segurança o legado que recebo agora, e que eu então possa dizer, parafraseando a grande poetisa Cora Coralina, de meu amado estado de Goiás, que contribuí para que haja mais esperança nos nossos passos do que tristeza em nossos ombros.

DEFERÊNCIAS AO STF E CONGRESSO
 Em seu discurso, Raquel defendeu que "o devido processo legal é um direito" e que a harmonia entre os poderes "é um requisito para a estabilidade da nação". A procuradora-geral fez deferências ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional:  Os órgãos do sistema de administração de justiça têm no respeito e harmonia entre as instituições a pedra angular que equilibra a relação necessária para se fazer justiça em cada caso concreto.

Ela deixou claro que a atuação do Ministério Público vai além do combate à corrupção. A Operação Lava-Jato foi o carro-chefe da gestão de Janot. — O Ministério Público deve promover justiça, defender a democracia, zelar pelo bem comum e pelo meio ambiente, assegurar voz a quem não a tem e garantir que ninguém esteja acima da lei e ninguém esteja abaixo da lei — disse Raquel.


Raquel e Janot são integrantes de alas opostas dentro da PGR. Ela cumprimentou seu antecessor "por seu serviço à nação". Foi a única frase dirigida explicitamente à Janot, que não compareceu à cerimônia de posse.  A procuradora-geral afirmou que, dentre os 41 homens que a antecederam no cargo, muitos assumiram a função "sob intensa tempestade". Ela é a primeira mulher procuradora-geral.  — A nenhum faltou a certeza de que o Brasil seguirá em frente porque o povo mantém a esperança em um país melhor, interessa-se pelo destino da nação, acompanha investigações e julgamentos, não tolera a corrupção e não só espera, mas também cobra resultados.

Segundo a procuradora-geral, o papel "clássico" do Ministério Público é "processar criminosos", mas outras atribuições constitucionais se somaram a essa:  — É preciso desempenhar bem todas essas funções, porque todas ainda são realmente necessárias. Para muitos brasileiros a situação continua difícil, pois estão expostos à violência e à insegurança pública, recebem serviços públicos precários, pagam impostos elevados, encontram obstáculos no acesso à justiça, sofrem os efeitos da corrupção, têm dificuldade de se auto-organizar, mas ainda almejam um futuro de prosperidade e paz social. O Ministério Público tem a obrigação de exercer com igual ênfase a função criminal e a defesa dos direitos humanos.



Presidente Michel Temer participa da cerimônia de posse da procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, junto os presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara, Rodrigo Maia - Jorge William / Agência O Globo

INVESTIGADOS NA MESA DA POSSE
A posse foi antecipada para as 8h no auditório Juscelino Kubitschek, na sede da PGR em razão da agenda do presidente Michel Temer, que participará da cerimônia. Temer embarcou em seguida para os Estados Unidos, onde participa de jantar com o presidente Donald Trump e, depois, da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Raquel foi a primeira a discursar. Seguindo à risca seu estilo discreto, não abriu o teor do discurso de dez minutos nem a auxiliares mais próximos. Até ontem, ela ainda elaborava a fala. Temer falou em seguida. Após os cumprimentos, a nova procuradora empossará seus secretários e fará reuniões com os procuradores-chefes nas unidades da federação.

À tarde, Raquel definirá o conteúdo final de uma ou duas portarias com as regras para a troca de bastão entre os grupos de Lava-Jato. Além disso, ela concluirá a montagem da equipe que a auxiliará nos processos da operação. A publicação deve ocorrer entre esta segunda e terça-feira. A nova procuradora-geral cogita estabelecer um prazo de 30 dias para a transição entre as duas equipes.

Nas trocas de integrantes do grupo de trabalho da Lava-Jato, tem pesado uma resolução que Raquel apresentou no Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) e que a colocou mais uma vez — em lado oposto ao de Janot. A resolução limita em 10% a cessão de procuradores da República das unidades nos estados para forças-tarefa em outras unidades do MPF.

Em abril, quando já havia ampla maioria de votos para aprovar a resolução, Janot pediu vista da proposta. O Conselho voltou a apreciá-la em 1º de agosto, quando, então, a resolução foi aprovada. O texto prevê que, em unidades onde a desoneração de integrantes do MPF supere os 10%, a recomposição de pessoal deve ser feita até 3 de janeiro de 2018.

A resolução, assim, se aplicaria a pelo menos três casos de procuradores que integram o grupo da Lava-Jato, segundo interpretação de fontes que atuam na transição dos grupos. O último parágrafo do texto, no entanto, prevê que as medidas não se aplicam a cessões feitas a forças-tarefa em curso.

VALIDADE DE PROVAS EM CASO DE RESCISÃO
Além das definições a respeito do grupo da Lava-Jato, outra expectativa dentro da PGR é sobre a construção que Raquel dará à tese de validade das provas em caso de rescisão de um acordo de delação premiada. Janot decidiu rescindir o acordo assinado com Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, e com Ricardo Saud, diretor de relações institucionais do grupo proprietário da JBS, em razão da omissão de crimes na colaboração premiada assinada com a PGR e homologada pelo STF. O procurador-geral defendeu a validade e a continuidade das provas apresentadas.


A tese de Raquel pode ser conhecida até quarta-feira, quando o plenário do STF vai decidir se a segunda denúncia contra Temer prosseguirá antes de uma decisão sobre a validade das provas da JBS. A defesa do presidente pede uma interrupção do processo até a conclusão das investigações sobre o contexto em que a delação foi elaborada.  Outra expectativa dentro da PGR é que Raquel possa promover uma revisão do modelo adotado para assinar colaborações. Ao todo, Janot assinou 159 acordos de delação que acabaram homologados pelo STF, dentro da Lava-Jato. Essas delações são responsáveis por grande parte dos 178 inquéritos instaurados para investigar políticos com foro privilegiado. Ao todo, nesses procedimentos no STF, existem 450 investigados.

Mudanças na estrutura da Lava-Jato foram anunciadas por Raquel há um mês. Uma nova secretaria será criada, de Função Penal Originária no STF, que vai abarcar o grupo de trabalho da operação. A titular da secretaria será Raquel Branquinho, que tem histórico de atuação em casos de corrupção, como o mensalão. O grupo da Lava-Jato será capitaneado por dois procuradores experientes em casos como os mensalões petista e mineiro e a Operação Zelotes: Alexandre Espinosa e José Alfredo de Paula.

Fonte: O Globo