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sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Depois de brigar com os fatos, jornalistas estão brigando com o povo - Gazeta do Povo

VOZES - Alexandre Garcia

Manifestações

Discurso de Bolsonaro é acompanhado por milhares de pessoas em Brasília.| Foto: Reprodução/Facebook

Estou notando que muita gente no jornalismo expressou surpresa pelo público que lotou as ruas e praças de praticamente todas as cidades brasileiras nas manifestações do dia 7 de setembro
Em geral, a gente só vê as grandes capitais, mas eu vi imagens de cidades do interior do Maranhão, do Acre, do Rio Grande do Sul, de toda parte. Foi no país inteiro. 
Isso surpreende muitos porque certamente estão acreditando nas pesquisas, embora tenham sido enganados pelas pesquisas em 2018. Mas estão insistindo naquele “me engana que eu gosto” e aí se surpreendem quando aparece um mar de gente, embora tenham feito a maior propaganda de que haveria violência nas manifestações para ver se as pessoas ficariam em casa. 
Na Avenida Paulista, em São Paulo, chegou a ter chuva, e mesmo assim ela esteve superlotada. Foi um mar de gente.
 
As pessoas não se dão conta do “passar recibo”. Estou falando de colegas meus. Contam que Flores da Cunha era viciado em pôquer e jogava no Jóquei Clube do Rio de Janeiro. Certa vez, ele estava jogando e havia um sujeito atrás dele, “peruando” o seu jogo. 
Ele estava com todas as cartas para ganhar aquela rodada e jogou tudo errado. Olhou para trás e disse: “Sofre, peru”. Estou vendo que os que foram “peruar” as manifestações estão sofrendo.
 
Houve até aquela história da pergunta para o Aldo Rebelo, que foi ministro dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, foi filiado ao Partido Comunista do Brasil e atualmente está no PDT. Perguntaram a ele o que achava dos bolsonaristas “se apropriando” da bandeira nacional. Óbvio que a bandeira nacional é de todos. Então ele respondeu que as pessoas de esquerda jogaram a bandeira no chão, adotaram a bandeira vermelha, e isso foi a oportunidade para que Bolsonaro e seus seguidores erguessem a bandeira nacional
Bandeira que foi pisoteada pelos seguidores do outro lado, pisoteada e queimada como aconteceu em Curitiba e na Califórnia.

O mais grave de tudo é que esses colegas jornalistas, que têm brigado contra os fatos desde meados de 2018, agora estão brigando com o povo. Estão xingando o povo que foi para a rua, essa massa que foi para a rua. Estão esquecendo que a democracia é o governo do povo para o povo, o governo da maioria.

De condenado a candidato

O candidato Lula e seu companheiro de chapa, Geraldo Alckmin, fizeram um comício na noite desta quinta-feira em Nova Iguaçu (RJ). 

Foi um dia em que puderam festejar o registro da candidatura de Lula, mesmo ele tendo sido condenado em três instâncias, já que a condenação foi simplesmente anulada por um ato praticamente administrativo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin; ele depois encaminhou a liminar ao plenário do Supremo, que a aprovou.

No entanto, não aprovaram a candidatura de Roberto Jefferson (PTB), que foi indultado, depois de ser condenado pelo mensalão que ele mesmo denunciou. Aplicaram a Lei da Ficha Limpa ao Roberto Jefferson, como aplicaram na quinta-feira ao ex-governador Anthony Garotinho (União Brasil) no Rio de Janeiro; e ao senador Izalci Lucas (PSDB), que queria ser candidato ao governo do Distrito Federal. Fica estranho, a gente demora para entender uma coisa dessas.
O que Bolsonaro quis dizer

Eu demorei a entender a palavra que virou quase um adjetivo e que foi pronunciada lá no dia 7 pelo presidente Jair Bolsonaro. O tal do “imbrochável”. Parece o Antonio Rogério Magri, que inventou o “imexível”. 
Eu acho que entendi o que ele quis dizer porque o presidente sai do Palácio do Alvorada, preside como comandante supremo a parada militar, se despe da faixa presidencial, vai para outro palanque, daí para um carro de som numa manifestação com uma massa nunca vista em Brasília. 
Sai da manifestação, pega avião e vai para o Rio de Janeiro, onde comanda uma motociata do Aterro do Flamengo até o Posto Seis, em Copacabana. 
Comanda uma manifestação gigantesca e depois de tudo isso ainda vai ao Maracanã ver o jogo do Flamengo, onde foi aplaudido no estádio que vaia até minuto de silêncio, como dizia Nelson Rodrigues. Meu Deus, o homem não cansa. Deve ser isso o que ele quis dizer com “imbrochável”.[sendo recorrente: uma colunista do jornal O Globo, escreveu um verdadeiro tratado sobre o tema.
A Vera Magalhães, a jornalista que o presidente Bolsonaro disse ser apaixonada por ele - não larga o pé presidencial - também tuítou  sobre o tema.]
 
A eleição está chegando
Já estamos em 9 de setembro e está se esgotando o prazo para chegar ao 2 de outubro
 Se alguém ainda não escolheu seus candidatos, já está na hora de definir. Não é só para presidente da República, tem de escolher bem o deputado estadual, o deputado federal, o senador, o governador. 
Porque tudo isso influencia na vida de todos nós, dos nossos filhos e nossos netos. 
Vamos escolher os chefes de Executivo e os legisladores que fazem as leis estaduais e federais, que podem até mudar a Constituição. 
Vamos pensar bastante nisso. Vejam o que aconteceu no Chile e na Colômbia por falta de voto, por abstenções ou por votar em branco ou votar nulo. Tem de escolher, seja qual for o critério.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZE
 

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Eles defendem a “democracia”, MAS adoram Fidel Castro! - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

O escárnio tomou conta da velha imprensa. Os militantes tucanopetistas não conseguem mais esconder seu viés ideológico, sua histeria antibolsonarista, e para tentar atingir o presidente estão dispostos a tudo, inclusive a fingir que bajuladores de tiranos assassinos são ícones da democracia.

A esquerda quer usurpar a palavra democracia, sem qualquer compromisso real com a essência da coisa. Basta ver o caso de Lula: ele sempre foi companheiro ideológico de Fidel Castro, o maior tirano que o continente já teve. Certa vez, Lula chegou a dizer que Fidel era o líder mais importante das Américas. Democrata?

Lula apoia até hoje o regime venezuelano, e chegou a pedir votos para Nicolás Maduro. Na era Chávez, Lula afirmou que a Venezuela tinha "excesso de democracia", isso quando o regime opressor já perseguia, prendia e matava adversários políticos do socialista.

Bem recentemente, Lula saiu em defesa de seu companheiro da Nicarágua, o ditador Daniel Ortega, que chegou a ser comparado a Merkel pelo petista, justificando sua longa permanência no poder e ignorando as diferenças básicas entre a Alemanha democrática e o modelo autoritário nicaraguense. Democrata?

Não obstante, com todo o seu cinismo que cheira a psicopatia, Lula escreveu: "Defender a democracia é defender o direito a uma alimentação de qualidade, a um bom emprego, salário justo, acesso à saúde e educação. Aquilo que o povo brasileiro deveria ter. Nosso país era soberano e respeitado. Precisamos, juntos, recuperá-lo".

Eis aí a tirania da visão, o monopólio dos fins nobres, a interdição do debate sério e adulto. Democracia é sobre meios, não fins. 
Você "defende" mais comida e emprego para os pobres? Então é um "democrata", diz Lula. 

Em qual manual ele tirou essa definição tosca?
Defender a democracia é defender a ditadura cubana, a ditadura venezuelana ou a ditadura da Nicarágua, como Lula faz? 

Defender a democracia é comandar o mensalão petista, que usurpou a representatividade ao comprar o apoio dos parlamentares eleitos?

Nada disso importa. Os "respeitados" tucanos assinaram a cartinha patética "em defesa da democracia", e nem com a assinatura do próprio Lula desistem de insistir na farsa. "Perfis bolsonaristas menosprezam carta pró-democracia, diz estudo", segundo o site Poder360. Claro que devem menosprezar esse troço: só otário acredita mesmo que é pró-democracia, e não pró-Lula, o que é diametralmente oposto!

Um procurador signatário da cartinha foi ao jornal nesta quarta "explicar" a necessidade de uma defesa da democracia neste momento
O sujeito disse que a carta não era contra ninguém em especial, e logo em seguida passou a detonar Bolsonaro e falar de ameaças imaginárias ao nosso sistema democrático. Fala mansa, é verdade, mas como disfarça mal!
 
Quando o apresentador - já que os comentaristas não puderam participar da entrevista - questionou sobre a corrupção, o procurador disse que a carta era específica sobre democracia, e corrupção é outro assunto, tal como desigualdade social.  
Ele ignorou que a corrupção do mensalão petista corroeu a própria democracia!

Em seguida, o militante petista chamou as manifestações patrióticas pacíficas de "golpistas", e mencionou um pensador esquerdista gringo qualquer para dizer que a preocupação com nossa democracia era "científica". Tão "científica" quanto a "ciência" da esquerda na pandemia. Uma farsa que já veio abaixo também, inclusive com um professor de educação física tratado como especialista pela imprensa toda e que agora já se filiou ao PT para encerrar o teatro.

Tudo no Brasil anda farsesco demais quando se trata de oposição ao governo Bolsonaro. E eis o que temos na prática:  
- o Brasil apresenta os melhores indicadores econômicos da região, enquanto os países vizinhos mergulham no caos inflacionário, na recessão e em escândalos infindáveis de corrupção.
Para piorar, a Argentina lulista passou a considerar a Venezuela e a Nicarágua "países democráticos". Isso sim é virar pária mundial, motivo de chacota e vergonha no mundo todo. [o que se aproveita da Argentina de hoje: Sua Santidade Papa Francisco e Leonel Messi. Claro, também,  o povo argentino - povão -  que são vítimas da esquerda maldita.]
 
Eis aí a "democracia" que os signatários da tal cartinha tucana pregam...
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Querem espalhar pânico novamente… - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo

Medo e ambição são talvez as duas paixões mais fortes que movem o ser humano. E os autoritários de plantão já perceberam isso faz tempo. Incutir medo no povo é um mecanismo eficiente para controlá-lo. Espalha-se pânico e depois vende falsa segurança, bastando o cidadão delegar todo o poder a essa casta de "especialistas".

Foi exatamente assim na pandemia da Covid. Ninguém nega a gravidade do troço, claro, mas a reação foi bastante histérica e desproporcional. E pior: muitos passaram a acreditar que bastava seguir cada "recomendação" ou imposição dos "especialistas" para ficar seguro.

Foi assim que vimos gente com duas máscaras em local aberto, ou brigando com familiares como se fossem potenciais assassinos ao não seguir cada passo sugerido pelas autoridades, ou então entregando o braço para quantas doses fossem disponibilizadas de uma vacina em experiência.

Os lockdowns, as máscaras e mesmo as vacinas não impediram inúmeras mortes, mas isso em nada abalou a fé cega dos crentes na "ciência" de tecnocratas picaretas como Dr. Fauci ou governadores charlatães e bastante ambiciosos.  Havia um claro grupo de risco: os idosos. Mas falar isso era "feio" ou "insensível"
Os obesos claramente corriam mais riscos, mas mencionar o óbvio era "gordofobia". 
A ciência verdadeira não liga para nossos sentimentos, mas a ideologia "progressista" moderna, que tenta monopolizar a fala em nome da ciência, é puro sentimentalismo.

E eis que agora a mídia e os mesmos suspeitos de sempre já tentam criar mais um clima de pânico, dessa vez com a varíola dos macacos. Não importa que a própria OMS, desacreditada perante os observadores céticos, mas alçada ao patamar de voz da ciência pelos crentes que acusam os demais de negacionistas, tenha recomendado a redução do sexo entre homens, já que 98% dos casos seriam fruto de relacionamento homossexual.

Não se pode "estigmatizar" a comunidade gay, alegam, então não se pode mais seguir a ciência. Afinal, os fatos estão aí e não vão desaparecer por conta de nossa sensibilidade social. Ao que tudo indica, o grosso dos casos está concentrado nesse perfil de comportamento. Esconder isso do público ajuda de que forma?

Reparem que não se trata de relacionamento gay em si
. O par homossexual monogâmico não parece correr mais perigo do que qualquer casal. O problema é a quantidade de relacionamento sexual entre homens, ou seja, a promiscuidade. Mas simplesmente mencionar isso já atrai a fúria dos inquisidores modernos.

Uma reportagem da Folha hoje já tenta espalhar o medo e alegar que o governo federal, claro, não tem feito o suficiente para impedir o contágio. Num país com mais de 200 milhões de habitantes, estamos falando em pouco mais de mil casos. Ainda assim, o jornal consultou os "especialistas" certos para criticar o governo e também para deixar seus leitores em pânico.

Por que não se pode, porém, falar do óbvio, do comportamento de risco nesse caso? 
Os mesmos que nem pestanejaram na pandemia do Covid para impedir crianças de estudar, gente humilde de trabalhar ou famílias de estarem com seus parentes idosos doentes, agora na varíola do macaco morrem de medo de recomendar menos promiscuidade homossexual para não criar “estigma” ao grupo. 
E assim contribuem para a proliferação da doença...

Foi exatamente o mesmo caso com a AIDS, e pasmem!, era o mesmo Dr. Fauci no comando. O "cientista" se recusava a admitir que certo grupo corria bem mais risco, deixando todos com medo para não "criar estigma". Como isso ajudou a comunidade gay permanece um mistério. Mas o medo espalhado deu certamente mais controle aos tecnocratas do estado, ao próprio Dr. Fauci.

Pessoas apavoradas são presas fáceis dos oportunistas de plantão. A fobia muitas vezes é irracional. Mas se você pretende monopolizar a fala em nome da ciência, o mínimo que deve fazer é esmiuçar com cuidado as estatísticas, os dados. Afinal, não custa repetir: os fatos não ligam para seus sentimentos...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES    


sexta-feira, 27 de maio de 2022

Não foi a internet que deu voz aos imbecis, porém a (pseudo)democracia - Sérgio Alves de Oliveira

Sem razão, Sua Excelência o Ministro do STF, Alexandre de Moraes, em dizer que a “a internet deu voz aos imbecis”,apesar de celeuma surgida após essa declaração,e o escancarado  plágio dessa “idéia”, a partir do pensador italiano Umberto Eco, segundo o qual “as redes sociais deram voz a uma legião de imbecis”.

Na verdade os internautas habituais das redes sociais somente ampliaram para meia dúzia o número de “ouvidos” para as suas vozes. Isto é,os usuários das redes sociais,ou da internet, efetivamente passaram  a ter, minimamente, mais “ouvintes”,ou “leitores”,sobre o que dizem ou escrevem.

Mas creio que Sua Excelência, o Senhor Ministro, e também Umberto Eco, com essas declarações, quiseram simplesmente se referir ao  que se denomina  de “democracia representativa”,onde a “voz” dos imbecis que votam no determinado  candidato passam a ser (teoricamente) reproduzidas no discurso político do seu “representante”,mas que em  última análise faz ou diz na tribuna  o que bem entende,geralmente  no próprio interesse,independentemente da opinião do eleitor que lhe deu o voto.

Mas enquanto o “imbecil” do eleitor pode efetivamente ter ampliado um pouco, cerca de meia dúzia de vezes,os “ouvidos” para a sua voz,não a “voz” propriamente dita,os seus “representantes”,numa democracia absolutamente deturpada ,que é a essência da “democracia” defendida  pelo Ministro,no tal “inquérito do fim do mundo”,passaram não só a ter “voz”,em “nome” dos representados,porém “milhões e milhões” de “ouvidos”,monopolizando não só os temas discutidos  nas redes sociais,porém os assuntos da grande e da pequena mídia.

Esse “monopólio” da voz e ouvidos para os políticos foi compartilhado “ferozmente” pelos chamados “famosos” (artistas, comunicadores, atletas,etc.),pelas autoridades públicas dos Três Poderes, parlamentares, governantes,”ministros” dos Tribunais Superiores,e assemelhados. Todos esses têm a exclusividade da voz conjugada com a dos ouvidos.

Mas Alexandre de Moraes e Umberto Eco podem ter razão se considerarmos que a voz dos imbecis (da internet) seria o mero comparecimento “compulsório” dos eleitores às urnas para escolherem os seus “representantes”,transferindo-lhes as suas “vozes” (representativas) e dando-lhes ao mesmo tempo milhões de ouvidos.

Talvez consigamos melhor compreensão se considerarmos que dentre os diversos sinônimos da palavra “imbecil” está a palavra “idiota”,e nos reportarmos ao mesmo tempo a uma vision ária manifestação de Nelson Rodrigues,segundo o qual “ a maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas,que são a maioria da humanidade”,e que “os idiotas vão tomar conta do mundo,não pela capacidade,mas pela quantidade,eles são muitos”.

Mas uma coisa é certa: os idiotas,os imbecis,estão no andar de baixo de sociedade brasileira. Eles têm alguma voz,mas não têm  ouvidos. Os de “cima”,das classes sociais  dominantes da riqueza,da política e da magistratura,que exerce “cargo de confiança” de políticos,certamente não têm absolutamente nada de “imbecilidade”,ou de “idiotia”.Muito pelo contrário.

Têm muito de esperteza,senso de oportunismo ,e ilimitada  capacidade de mentir e enganar o povo, com suas “cretinas” tergiversações políticas e jurídicas.

Mas o clímax dessa perversa situação se dá agora com a injusta acusação que o culpado de todo esse descalabro moral,político,social e econômico do Brasil, coincidiria com o “imbecil” que passou a ter voz na internet,quando na verdade a regra de todo esse jogo político,jurídico,e eleitoral,está na delegação de poderes  do povo (“todo o poder emana do povo”, há,há,há !!!) a seus representantes eleitos ,que “montam” a estrutura política,governamental e dos tribunais superiores,que “nomeiam”.

No fundo,a culpa não é dos “imbecis da internet”,embora possa sê-lo “indiretamente”,porém,e “diretamente”, dos que os representam na política,governam e fazem as leis, escolhendo “a dedo” os nomes que integrarão os  tribunais superiores.

Seria esse o falso significado do parágrafo único do artigo 1º da Constituição,pelo qual “todo o poder emana do povo...”? Qual povo?

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


domingo, 1 de maio de 2022

Eles não suportam a liberdade - Revista Oeste

Rodrigo Constantino

Os tucanopetistas morrem de saudades do dia em que só existia a velha imprensa, impondo suas fake news como se fossem a verdade absoluta, e sem ninguém para contestar

A compra do Twitter pelo bilionário libertário Elon Musk colocou toda a esquerda autoritária em polvorosa, e forçou sua saída do armário. Aqueles que se dizem os tolerantes e democratas não conseguem mais esconder o desespero que sentem com a simples liberdade de expressão. Acostumaram-se a um ambiente controlado, “higienizado”, em que pessoas que pensam diferente do mainstream “progressista” são banidas, censuradas.
Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

Os globalistas não querem saber de livre debate de ideias, pois suas narrativas falsas só prosperam num ambiente fechado, comandado por “algoritmos” opacos que retiram o engajamento dos conservadores e usam um claro viés esquerdista para criar os “trending topics” do dia. Foi só o conselho do Twitter aceitar a oferta de Musk que as coisas já começaram a mudar. Talvez porque os executivos da empresa estejam apagando os rastros do escancarado viés ideológico.

A minha conta, que tinha cerca de 850 mil seguidores, em poucas horas já tinha ganhado dezenas de milhares de novos seguidores e se aproxima de 1 milhão agora. Não foi um caso isolado, pelo que verifiquei. A quantidade de curtidas em cada postagem também subiu expressivamente. O que estava acontecendo antes? Será que uma multidão que estava fora da rede decidiu entrar no dia da mudança de controle acionário? Suspeito que tenha mais a ver com o método utilizado pelos tais “algoritmos”.

Quanto mais liberdade houver, menos oportunidade para impor ladainhas como se fossem a voz da ciência

Os tucanopetistas morrem de saudades do dia em que só existia a velha imprensa, impondo suas fake news como se fossem a verdade absoluta, e sem ninguém para contestar. A bolha estourou, as máscaras caíram. O povo tomou gosto pelo debate político, e quer o contraditório, busca informações alternativas, opiniões contundentes e independentes. Quem se “informa” pela grande mídia hoje está aprisionado numa câmara de eco onde só existem vozes semelhantes, todas defensoras da mesma cartilha ideológica.

Os “progressistas” — nome bonito para o velho comunismo estão desesperados com a possibilidade de ao menos uma das principais redes sociais ter mais liberdade, um amplo espaço para debates sem freios do politicamente correto. O medo é justificado: quanto mais liberdade houver, menos oportunidade para impor ladainhas como se fossem a voz da ciência. O pânico que se alastrou pela esquerda com essa notícia expôs quanto essa turma necessita da censura para sobreviver. Sem tal instrumento, a verdade tende a prevalecer. E a esquerda nunca teve a verdade ao seu lado: ela vive de mentiras, enquanto acusa os outros daquilo que ela mesmo faz.

Que o Twitter possa se tornar, finalmente, uma praça pública da era moderna, sem os “vigias” arrogantes que se autointitularam os “checadores da verdade”.

Leia também “O profeta supremo”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste


sábado, 22 de janeiro de 2022

UM POVO QUE NÃO CONHECE A SI MESMO - Percival Puggina

“Ninguém ama aquilo que não conhece; ninguém esquece aquilo que ama” (Autor desconhecido)    

Um povo que não se conhece é prato feito ao gosto dos tiranos, dos aproveitadores, dos políticos corruptos e dos criminosos. Vulnerável como criança descuidada. Vive situação comparável a de alguém que perdeu a memória, destituída da própria identidade. Foi-se até o amor próprio.

Em seus casos mais graves, a perda da memória, que tantas vezes acomete pessoas idosas, leva-as a não reconhecer os familiares mais próximos, quando não a si mesmas. Do mesmo modo, o desconhecimento das origens, da história, da tradição, faz com que, para milhões de brasileiros de todas as idades, seja perdida a identidade nacional.

Isso pode acontecer na idade escolar pelo desinteresse comum da juventude, ou daqueles a quem caberia a obrigação de estimular o desenvolvimento dessa identidade – os pais, por despreparo, e os professores, por estratégia política. Nesta segunda hipótese, a experiência mostra haver um interesse em desconstruir o sentimento porventura existente, ou apresentar um acervo útil à política revolucionária. Assim, a vítima torna-se disponível para os usos e abusos a que se refere o primeiro parágrafo deste pequeno artigo.

Em outra ocasião, escrevi sobre esses longos fios que nos unem individual e socialmente ao mais remoto passado da humanidade. À medida que esse fio se aproxima de nós, vêm com ele o idioma, a cultura e as tradições, os hábitos, a ordem política, as leis, a fé e muitos dos nossos sentimentos comuns. Com as migrações, o vaivém dos fios promove interações, como que tecendo malhas que vão compondo a história e a civilização. Quando bem próximos de nós, esses fios trazem a família e os antepassados, a voz dos pais, os sentimentos mais arraigados, os exemplos, os conselhos e as experiências sociais.

Agora, caro leitor, corte esses fios. Vai-se a memória. Resta apenas o presente, o sentimento sem regras, o pescoço disponível para a canga e a vida nos direitos “concedidos” pelos abusadores de plantão.  Parte importante do processo de dominação consiste, não apenas em manter apartado desses bens culturais o maior número possível de pessoas que já nascem sem acesso a eles, quanto depreciá-los perante aquela porção da sociedade potencialmente capaz de valorizá-los.

É nessa porção que opera a máquina de guerra cultural das mentes totalitárias criminalizando a fé, a tradição e a história; depreciando os consequentes valores morais; ridicularizando o sentimento patriótico inerente aos atos, símbolos e hinos; ocultando os grandes vultos de nossa história para que seu exemplo não mais seja seguido. E assim, sai Bonifácio e entra Marighella, sai Nabuco e entra Zé Dirceu, sai Elis e entra Anitta, sai Brossard e entra Alexandre.

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

O povo num mato sem cachorro - Sérgio Alves de Oliveira

O que mais impressiona nessa fase da (pré) campanha eleitoral dos candidatos à Presidência da República, onde despontam nas pesquisas como “finalistas” para o segundo turno, se houver, Jair Bolsonaro, e Lula da Silva, são os “canhões” apontados e disparados por Bolsonaro contra, não Lula da Silva, porém contra aquele que dizem ser o mais forte candidato da chamada “terceira via”, o ex-Juiz e ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública ,justamente de Bolsonaro, Sérgio Moro. Moro é mais atacado por Bolsonaro do que Lula. [o descondenado petista representa a expressão do mal, do que não serve, e do que só prejudica nossa Pátria Amada e os brasileiros - tal coisa não merece sequer uma vela, respeitando a sabedoria popular que diz: 'não se gasta vela com defunto ruim' - antes que nos acusem de atentar contra o descondenado, lembramos que nos referimos ao defunto político (que o criminoso petista tenha vida longa,  para que seja reencarcerado e  cumpra pelo menos mais uns quinze anos = não se 'resort' e sim de reclusão em penitenciária). Quanto ao outro citado,  Bolsonaro apenas faz o que se deve fazer com todos os traidores = repudiá-los,de todas as formas,  sendo que tal ato deve anteceder o desprezo que todos os traidores recebem.]

Mas chega a ser ridículo o ataque feito a Moro pela campanha de Bolsonaro, dizendo que ele seria o principal responsável pelo “roubo” de votos de Bolsonaro, e que essa circunstância estaria favorecendo e elegendo Lula pela terceira vez. Ora,esse estapafúrdio argumento também valeria da mesma forma para o próprio Bolsonaro,de que estaria “roubando” votos de Moro, e favorecendo a eleição de Lula.  
Portanto tudo leva a crer que Bolsonaro sente-se “dono” da presidência da República ,e também dono do direito de se reeleger? No que Bolsonaro é mais do que Moro?  Bolsonaro acha que é “exceção” ao princípio constitucional que “todos são iguais perante a lei”? Bolsonaro acha que é “mais”?

Por que Bolsonaro tem o direito de ser candidato,e Moro não tem esse direito? Isso não significaria pretender ser “dono” da Presidência da República? Que tipo de “democracia” é essa que está na cabeça de Bolsonaro? A verdade é que o Presidente Bolsonaro dirigiu toda a máquina (de propaganda) estatal contra Moro,o qual fica em posição de inferioridade para poder se defender na mesma medida.

Essa máquina de propaganda estatal contra Moro, comprando muita mídia, procura de todas as maneiras até ridicularizar o ex-juiz,inclusive comparando a sua fala à dos “marrecos”. [será que os ridicularizados não são os marrecos?] Outra “pecha” que tentam impingir contra a imagem de Moro é a de “traidor”, quando na verdade foi ele quem foi traído pelo Presidente, que forçou o seu pedido de demissão do Ministério, desde o momento em que começou a ser aberta a “caixa preta” da” família Bolsonaro”, através da Policia Federal.

Qualquer pessoa que tivesse um mínimo de dignidade e honra teria feito o mesmo que Moro fez. Mas a pecha de “traidor” contra Moro segue a mesma técnica largamente empregada pelo ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels,no sentido da mentira “colar” na cabeça do povo até se tornar verdade pela sua repetição. È a repetição da mentira invertendo a verdade,onde o traidor é exatamente aquele que acusa o outro de ser traidor . Isso que Bolsonaro faz com Moro foi usado largamente por Lenin:”acuse os adversários do que você faz,chame-os do que você é”.

Sérgio Moro nunca alegou essa situação, mas foi justamente esse juiz o maior responsável pela eleição de Bolsonaro,tendo colocado os “podres” do PT para fora, com o “selo” da Justiça. Quem,então, é o “ingrato”? Sérgio Moro? Ou Jair Bolsonaro? Em suma: Jair Bolsonaro foi o maior responsável pela destruição da operação “Lava Jato”,tornando-se “cúmplice” das barbaridades cometidas pelo Congresso Nacional, pelo STF, e pelos outros Tribunais Superiores,com a finalidade de perdoar e validar a corrupção contra o erário, antiga, atual e futura. E Sérgio Moro foi “saído” por discordar dessa “cumplicidade”. [quanto às pesquisas apenas lembramos: são pesquisas que 'consultam' menos de dois mil eleitores, realizadas por telefone, e que são verdadeiras 'fake datas', portanto, de VALOR ZERO. 
Não podemos desconsiderar que as ocorrências de agora até outubro vindouro, serão na totalidade ou em ampla maioria, favoráveis à recuperação do capitão - no caso dele precisar de recuperação = necessária apenas aos que caem, aos doentes. 
Quanto às tentativas, de várias fontes, de responsabilizar Bolsonaro por tudo que é ruim, tudo que é errado, sugerimos ler: NÃO SEI DO QUE SE TRATA, MAS O CULPADO É BOLSONARO.]

Sérgio Alves de Oliveira - advogado e sociólogo

 

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Outro 7 de setembro - Alexandre Garcia

Correio do Povo

Porque democracia, por aqui, precisa de eterna vigilância.

Há 199 anos, o Príncipe Pedro deu o grito de Independência ou Morte! que libertou os brasileiros da tutela da corte de Portugal. 
A palavra independência é um sinônimo de liberdade. 
Foi a principal mensagem que milhões de brasileiros levaram às ruas, como a repetir a senha do Príncipe Pedro, para libertar os brasileiros da tutela da corte portuguesa.
 

 Av. Goethe em Porto Alegre no dia 7 de setembro de 2021 - 
 
A corte brasileira contribuiu para estimular esse grito de Liberdade
A mais positiva das consequências de reiterados atos de juízes do Supremo é ter tornado a maioria dos brasileiros familiarizada com a Constituição. O Supremo deu pretextos de sobra. 
Nunca o povo, de onde emana todo poder - e a quem o poder deve servir - se interessou tanto pela Constituição. 
Nunca se esmiuçaram tanto os direitos fundamentais garantidos no artigo 5º. Já se incorporou na mente a liberdade de expressão e a vedação à censura, impostos no artigo 220. 
Todos já sabem que deputados e senadores são invioláveis por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, como diz o art. 53. 
Todos sabem o que não é devido processo legal. Esse povo, estimulado pelo Supremo, tornou-se mais ativo, mais politizado, com mais cidadania.
 
Descobriu que uma constituição é limitante do Estado, pois estabelece o que o estado pode e o que não pode fazer para servir o povo e garantir seus direitos. Mostra que soberano é o povo, origem e titular do poder. As instituições do estado são instrumentos para servir o povo, e não podem oprimir liberdades fundamentais. 
O estado de direito não comporta arbítrio e monocracia. Para servir democraticamente, há o devido processo legal e o equilíbrio entre os poderes. Nenhum poder pode sobrepor-se ao outro. Deve haver segurança para cada voto, pelo qual o cidadão também exerce seu poder - o de nomear representantes.
 
A pandemia cancelou os tradicionais desfiles militares. Agora foi a defesa cidadã que foi às ruas festejar a data da libertação, atualizar o grito do Príncipe. Encheram a Avenida Paulista, a Esplanada em Brasília, a Avenida Atlântica em Copacabana. 
O país ouviu os dois discursos do Presidente, jurando perante o povo que atos fora da Constituição não serão aceitos. 
Foi a renovação do juramento de posse, o compromisso de “manter, defender e cumprir a Constituição”. Agora é esperar as consequências do que vimos neste 7 de Setembro, por parte dos poderes que estão a serviço do povo. 
Porque democracia, por aqui, precisa de eterna vigilância.

Alexandre Garcia, colunista -  Correio do Povo

 

domingo, 5 de setembro de 2021

Em recado ao STF, Bolsonaro fala em 'enquadrar' quem não respeita a Constituição

 Ele defendeu a liberdade de expressão e o povo como poder moderador

O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF). Após "motociata" que saiu de Santa Cruz do Capibaribe (PE), ele discursou no estacionamento do Polo Caruaru, em um carro de som, e convocou apoiadores para manifestações "pacíficas e ordeiras" no próximo dia 7 de setembro. Bolsonaro disse que cada um dos três Poderes precisa "enquadrar" aqueles que não respeitarem a Constituição, "sob risco de ruptura".

"Se no STF alguém ousa continuar agindo fora das quatro linhas da Constituição, aquele Poder tem que chamá-lo e enquadrá-lo, lembrando que ele fez um juramento. Se assim não ocorrer em qualquer um dos três Poderes, a tendência é ocorrer uma ruptura, ruptura essa que eu não quero e nem desejo, tenho certeza que nem o povo brasileiro assim o quer", disse Bolsonaro.
 
E continuou: "Mas a responsabilidade cabe a cada Poder, apelo a esse outro Poder, a ação dessa pessoa está prejudicando o destino do Brasil."
Ele defendeu a liberdade de expressão e o povo como poder moderador. "Não se pode admitir que uma pessoa usando do seu cargo, não interessa em que Poder esteja, tire da população esse direito de liberdade de expressão. No dia 7, estaremos lá para mostrar a todos que não admitiremos mais que ninguém, quem quer que seja, ignore a nossa Constituição. Nossos movimentos sempre foram pacíficos e ordeiros, nunca houve atos de vandalismo."
Bolsonaro observou ainda que as manifestações do próximo dia 7 de setembro servirão para mostrar que aqueles que "ousam não mais" se submeter à Constituição "serão colocados no devido lugar". Ele completou que a população não será refém de "uma ou duas  pessoas".
 
 Política - Correio Braziliense
 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

"Assistimos agora a escaramuças, de novo, em torno de uma vacina" - Alexandre Garcia

"A Anvisa tem por obrigação a defesa da saúde da população, assumindo a responsabilidade pela segurança de vacinas. Se liberar uma vacina que cause danos à saúde das pessoas, será responsabilizada"

Passados 116 anos da Revolta da Vacina, que teve 30 mortes, 110 feridos e 12.400 prisões no Rio de Janeiro e fez o governo recuar da obrigatoriedade da imunização contra a varíola, assistimos, agora, a escaramuças, de novo, em torno de uma vacina. De um lado, o governo federal e, de outro, o governo de São Paulo. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, como porta-voz do Executivo, disse que, quando houver vacina licenciada, a estrutura habitual do governo, que aplica 300 milhões de doses anuais de 19 vacinas, será acionada via SUS, em seus 38 mil postos. E acusou Doria de vender sonhos e se aproveitar da esperança do povo. Em meio à pandemia, a população divide-se entre os que esperam salvação na vacina e os que preferem esperar, diante de vacinas tão pouco testadas em tão pouco tempo. E ainda temos as de engenharia genética, que nunca tomamos. A produtora alega, no contrato, que não se responsabiliza por efeitos colaterais.

[Importante lembrar: além de responsabilizarem (responsabilização merecida,  caso a liberação indevida  pela Agência, ocorra  por incompetência, medo de algum partideco ou por qualquer tipo de pressão política, venha de onde vier) a Anvisa, vão tentar encontrar um meio de atribuir responsabilidade ao presidente Jair Bolsonaro. 

A Anvisa deve denunciar qualquer pressão que sofra para liberar vacina da preferência de algum governante;  não pode,  não deve liberar nenhuma vacina que não atenda aos requisitos estabelecidos  por órgãos competentes, isentos, responsáveis, sérios, possuidores de credibilidade mundial.  Vacina que tenha aprovação apenas no país de origem, sem ter sido validada em nenhum outro país, que só é defendida pelo país fabricante, tem que ser recusada.

A aprovação da segurança e eficácia da vacina, ou vacinas, tem que ser baseada na ciência. Tudo tem  que ser provado e comprovado - na dúvida, deve ser rejeitado.]

Sempre citada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que é autônoma, não está submetida a governos e muito menos à política, como salientou seu diretor-geral. Os funcionários da Anvisa fizeram uma nota reiterando isso. A agência tem por obrigação a defesa da saúde da população, assumindo a responsabilidade pela segurança de vacinas. Se liberar uma vacina que cause danos à saúde das pessoas, será responsabilizada. Se permitir que o governador Doria aplique a vacina chinesa sem que ela esteja licenciada na China e aqui, também será responsabilizada.  
E se as pessoas a serem vacinadas assinarem um termo de responsabilidade, como fazem antes de cirurgias?
 

A lei da pandemia prevê autorização emergencial, que não é a vacinação em massa. Assim, não se pode atropelar, por ânsia política, o rito científico que visa à segurança da vacina. O próprio governador de São Paulo, que havia prometido entregar dados da fase III da vacina chinesa, adiou o prazo, embora já tenha anunciado início da vacinação para 25 de janeiro, o que é uma precipitação ou desejo de apressar a Anvisa. Enquanto isso, há resultados marcantes nos tratamentos preventivo e precoce. 

Nenhum laboratório, até agora, entrou na agência pedindo registro para uso emergencial e experimental. No entanto, o relator de ações no Supremo, ministro Lewandowski, deu 48 horas para o governo marcar data de início e fim da vacinação. Parece que vivemos no país do faz de conta.  
Faz de conta que temos a vacina, faz de conta que ela é segura, faz de conta que está aprovada, faz de conta que até sabemos quando a vacinação vai começar e terminar.  
Brinca-se com a saúde e a esperança do povo, como se fôssemos cordeirinhos descerebrados.

Alexandre Garcia, jornalista - Coluna no Correio Braziliense