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sábado, 12 de dezembro de 2020

Doria recorrerá ao STF se Bolsonaro tentar tirar a vacina de São Paulo

 Blog - Radar

'Esta proposta é um ataque ao federalismo', diz o governador paulista

O governador João Doria já decidiu o que fazer, caso o governo de Jair Bolsonaro decida mesmo usar seus poderes para requisitar a vacina produzida no Instituto Butantan. Doria buscará resistir a partir do STF. A briga será boa.

[OBSERVAÇÃO:  o 'bolsodoria' cria caso gratuitamente com uma suposta judicialização da 'sua' vacina. A única vacina que pode ser utilizado no Brasil - até o presente momento - é a Pfizer, que já foi autorizada pelo FDA dos EUA, condição que permite seu uso no Brasil = só que o imunizante ainda não está disponível no Brasil.
A Coronavac, do 'bolsodoria',  que está sendo fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan NÃO TEM  aprovação de nenhuma agência reguladora, incluindo Anvisa e FDA, portanto, NÃO PODE ser aplicada no Brasil. 
Como brasileiros,  buscamos o melhor para o Brasil e torcemos pela disponibilização, o mais rápido possível (amanhã seria uma ótima data), para uso em solo brasileiro, de qualquer vacina contra a covid-19, seja chinesa, europeia, francesa, da Lua, de Vênus, etc - desde que comprovadamente eficaz e de uso seguro.] 

[clique aqui, para conhecer opinião sobre confisco ou requisição.]

Há pouco, nas redes, o governador falou da iniciativa do governo. “Os brasileiros esperam pelas doses da vacina, mas a União demonstra dose de insanidade ao propor uma MP que prevê o confisco das vacinas. Esta proposta é um ataque ao federalismo. Vamos cuidar de salvar vidas e não interesses políticos”, disse o governador.

 Radar - VEJA - Robson Bonin


quarta-feira, 22 de julho de 2020

É preciso fazer uma aposta firme nas vacinas - Editorial - O Globo

Além da parceria com as empresas que testam no Brasil, o país deve apoiar a iniciativa global da OMS

A situação dramática da pandemia de Covid-19 entre os brasileiros tem um efeito indireto que, paradoxalmente, poderá ser vantajoso: em virtude do avanço veloz do novo coronavírus, o Brasil se tornou atraente para o teste de novas vacinas. Duas candidatas já usam o país como campo de provas na última fase de testes antes da aprovação pelas autoridades. A primeira, desenvolvida pela Universidade de Oxford em consórcio com a anglo-sueca AstraZeneca. A segunda, pela chinesa Sinovac, que anunciou ontem testes em profissionais da saúde.

A equipe de Oxford publicou nesta semana resultados promissores das duas primeiras fases de testes clínicos. Outras também têm avançado nas pesquisas de segurança e eficácia. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 24 das mais de 160 candidatas a vacinas no mundo já são testadas em seres humanos. Tal multiplicidade torna provável que alguma forma de imunização contra a doença esteja aprovada e disponível já em 2021. Se isso ocorrer, o prazo de desenvolvimento de vacinas terá caído de algo como dez anos para pouco mais de um. Seria um feito científico comparável ao pouso da Apollo 11 na Lua ou ao sequenciamento do genoma humano. Tal conquista virá, contudo, acompanhada de questões espinhosas. 
Quem terá acesso primeiro à vacina? 
Dada a capacidade limitada de produção, como as doses serão distribuídas pelo planeta? 
A que custo? 
Quem pagará?

[IMPORTANTE: 
Estamos na torcida para que ainda este ano sejam descobertas vacinas contra a covid-19 - de preferência várias vacinas.
Mas, se impõe considerar que apesar do otimismo a que os brasileiros estão sendo conduzidos com a pesquisa da Universidade Oxford,  ainda que ela seja descoberta este ano, não será utilizada no Brasil.
Os EUA firmaram compromisso com a AstraZeneca para que sendo a pesquisa exitosa e comece a fabricação ainda este ano, as primeiras 100.000.000 de doses devem ir para os norte americanos - quantidade máxima de doses possíveis de ser fabricada ainda este ano.
Trump adquiriu 300.000.000 de doses e só efetuará o pagamento contra entrega - concordou em adiantar US$ 1.2 bilhão, sendo o restante pago contra entrega.
O compromisso da AstraZeneca e da Universidade de Oxford com o Brasil contempla apenas a transferência de tecnologia para a Fiocruz,cuja capacidade de produção é que definirá quando, e quantas doses, estarão disponíveis para o Brasil.
O mesmo regime vale para a Sinovac e outras empresas.
A adesão à Covax não facilita para o Brasil, já que muitas das empresas conveniadas àquela iniciativa, estão comprometidas com os Estados Unidos - entrega antecipada das 300.000.000 de doses.
As vacinas são um negócio da ordem de dezenas e dezenas de bilhões de dólares - por isso, tanta oposição a qualquer iniciativa que busque meio de cura para peste a preços menores. ]

Fez bem o Brasil em firmar acordos com as iniciativas que têm usado o país como campo de testes. A AstraZeneca se comprometeu, em caso de sucesso, a transferir sua tecnologia para que a Fundação Oswaldo Cruz também possa produzir doses. A Sinovac firmou acordo semelhante com o Instituto Butantan, em São Paulo.


Mesmo assim, é impossível ter certeza de que, por mais promissoras que sejam, as vacinas dessas duas empresas terão êxito. É apenas na terceira fase de testes que questões críticas são esclarecidas, entre elas a proteção conferida a populações mais vulneráveis (como idosos, hipertensos e diabéticos), a quantidade de doses necessárias e a extensão e gravidade dos efeitos colaterais. No caso da vacina de Oxford, os pesquisadores relatam ter usado um analgésico para tentar preveni-los, pois 60% dos pacientes manifestaram febre, dores de cabeça, musculares ou reações alérgicas à injeção.

É por isso que o país precisa, além de apostar nas vacinas testadas aqui, se resguardar para a possibilidade de elas falharem. Foi preciso vencer as resistências ideológicas do governo Bolsonaro para que o Brasil aderisse à Covax, iniciativa promovida pela OMS cujo objetivo é garantir aos integrantes acesso expresso às primeiras vacinas que derem certo, num total estimado em 2 bilhões de doses até o final de 2021. O programa reúne as principais iniciativas promovidas sob a égide dos dois grandes consórcios financiadores da pesquisa, produção e distribuição de vacinas no planeta (conhecidos pelas siglas Cepi e Gavi).

No início de junho, o Brasil enfim aderiu à Covax, embora os termos ainda não estejam claros. As condições envolvem aplicação prioritária em populações sob maior risco, uma taxa de adesão de US$ 197 milhões e o investimento necessário para financiar doses para imunizar 20% da população (patamar considerado o suficiente para proteger os mais vulneráveis e deter o contágio no primeiro momento).

Fazendo as contas, o custo total para o país iria de US$ 750 milhões a US$ 2 bilhões, dependendo das doses necessárias para imunização. No mundo todo, a Covax estima que serão necessários US$ 18,1 bilhões para pesquisa, produção e distribuição. Pretende arrecadar US$ 11,3 bilhões entre os países-sócios. Sob qualquer ângulo que se olhe, o custo é pífio diante do benefício tangível trazido pela vacina. Para um país pobre em tecnologia como o Brasil, tal investimento poderá render muito mais que toda a chiadeira contra o “globalismo” da OMS.

Editorial -  Jornal  - O Globo


segunda-feira, 18 de maio de 2020

Elon Musk: um gênio que se tornou o ícone do negacionismo da Covid-19 - VEJA - Economia

O empresário se transformou num norte para líderes populistas que menosprezam os riscos do novo coronavírus 

Não são poucos os que consideram Elon Musk um dos grandes talentos de sua geração. O empresário e filantropo de 48 anos, nascido na África do Sul, vê constantemente o seu nome ser associado ao de gênios incontestes como Thomas Edison, Henry Ford, Howard Hughes e Steve Jobs. A mente inventiva do mito por trás da criação de projetos que mudaram — e mudam — hábitos de consumo como PayPal, Tesla, SpaceX e Solar City, no entanto, contrasta com sua faceta mais polêmica.
Conhecido por não ter papas na língua, Musk tem sido um dos principais negacionistas dos efeitos do novo coronavírus, posicionando-se, desta vez, ao lado de figuras contestadas pela comunidade científica comDonald Trump, Jair Bolsonaro e Nicolás Maduro. Neste domingo 17, o empresário usou sua conta no Twitter, onde carrega uma legião de 34 milhões de seguidores, para fazer um breve comentário: “Escolha a pílula vermelha”. A alusão ao filme Matrix não é por acaso. Ele quer dizer, com isso, que as pessoas devem encarar a complexa — e, por vezes, polêmica — verdade por detrás de um mundo de aparências. Em outras palavras, ele deseja que a população aceite a sua controversa opinião sobre a doença. A publicação foi endossada por Melania Trump, a primeira-dama dos EUA, e diversos apoiadores do governo americano.

A lista de polêmicas do empresário acerca da enfermidade, que já ocasionou mais de 315 mil mortes no mundo, parece não ter fim. Em 6 de março, o visionário Musk tempestuou ao declarar no Twitter que o pânico causado pelo coronavírus é “estúpido”. Pouco depois, ele tentou se redimir. Entre o fim de março e o começo de abril, prometeu doar milhares de ventiladores pulmonares para diversos estados do território americano. Cumpriu com a palavra em partes. Cerca de 400 equipamentos, lacrados com o logo da Tesla, foram entregues ao estado de Nova York. 

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Recentemente, Musk desafiou as autoridades do estado da Califórnia ao afirmar que iria reabrir, ainda que sem autorização, a fábrica da montadora Tesla localizada na cidade de Fremont, na Califórnia, obrigando trabalhadores que estavam em licença, por conta das medidas de isolamento social, a voltarem ao trabalho. Depois de ameaçar deixar a Califórnia e levar suas fábricas a estados como Texas ou Nevada, a montadora recebeu um e-mail do governo do estado com a autorização para o retorno das atividades de algumas de suas operações. Mas Musk, não satisfeito, decidiu retomar as atividades de fábricas que não constavam na lista de permissões, como a do condado de Alameda. 
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O bilionário dono da Tesla também faz parte de um grupo perigoso de defensores da hidroxicloroquina, medicamento usado para o tratamento da malária, para mitigar os impactos do coronavírus. No início de março, Musk usou sua rede social para relembrar que, em 2000, foi diagnosticado com a malária e, depois de complicações respiratórias, foi salvo pelo fármaco. “Teria morrido se não fosse pela cloroquina. Não significa que funcionará contra o Covid-19, mas é melhor do que nada”, disse, em uma publicação no Twitter.

Recentemente, nomeou seu filho recém-nascido de X Æ A-12. Polêmicas não faltam para o homem que tem um patrimônio colossal estimado em 36,1 bilhões de dólares e que pretende transformar o emprego da energia renovável e as viagens à lua e à Marte em algo corriqueiro para os seres humanos.

Em VEJA - Economia - MATÉRIA COMPLETA


segunda-feira, 4 de maio de 2020

Eu sou realmente a Constituição’ - O Globo


 Joaquim Falcão

Quando Bolsonaro interfere através da PF, está, em cascata, interferindo no próprio Supremo
No dia seguinte ao seu discurso em frente ao Quartel do Exército, para um grupo, o presidente Bolsonaro justificou-se: “Eu sou, realmente, a Constituição.”

Não é, evidentemente. Nem precisa explicar. O importante é ter revelado um drama psíquico-político. Quase shakespeariano. Como me manter constitucionalmente no cargo, não sendo eu a Constituição? Com constituição alheia? A Constituição são os outros. Já foi dito. Não basta ser eleito constitucionalmente. É preciso se manter constitucionalmente.

Cerca de 30% da opinião pública parecem preferir Bolsonaro como Constituição. Mas o Supremo discorda. Alexandre de Moraes e Celso de Mello lideram a defesa da Constituição em vigor. Moraes proibiu que a Polícia Federal lhe retirasse os delegados que trabalham diretamente com ele em inquéritos. Limitou. Proibiu a posse do delegado Ramagem como chefe da Polícia Federal. Limitou. Celso de Mello aceitou a denúncia contra Jair Bolsonaro. Limitou. E mais. Para que não houvesse demora nas investigações e coleta de provas, determinou a ouvida de Sergio Moro em apenas cinco dias. Limitou outra vez.

No direito processual, o prazo pode ser o senhor da Justiça. Não há que se correr riscos. A Constituição de Bolsonaro reage. Permite-lhe atacar o Supremo e a democracia com ameaças de crise constitucional. Acusa de interferência política a proibição de Moraes da posse de RamagemAlguns juristas, mais radicalmente formalistas, acusam a Moraes de ativismo judicial. Assim o Supremo estaria mesmo interferindo no Executivo.

Confundem-se e enganam-se, data venia.
Uma sentença, acórdão, qualquer decisão judicial não cai do ar sozinha. Não se julga com os pés na Lua, diria Sepúlveda Pertence. Resulta de uma concatenada linha de produção. Que inclui petições, denúncias, despachos, inquéritos etc. Se uma das etapas desta linha de produção se contamina com vírus da interferência política, nos inquéritos, por exemplo, contamina todas as etapas. Até o final: a decisão do ministro do Supremo.

Quando Bolsonaro interfere através da Polícia Federal, está, em cascata, interferindo no próprio Supremo. Isto sim é ativismo político judicializado. O Supremo está se defendendo, sim, do ativismo bolsonarista. É autodefesa. A defesa de seu livre convencimento. 
A base de apoio do “Eu sou, realmente, a Constituição” está em momento delicado. O presidente tem mandado mensagens que podem atingi-los emocionalmente. Mudar percepções. Não é mais vida contra emprego. Governador contra presidente. Ou isolacionismo social contra abertura de shopping. A nova pauta não é mais sobre divergência de políticas públicas. A nova pauta é sobre comportamentos. Toca a alma da opinião pública.

Pessoas estão morrendo. “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?”. A mensagem foi: o desprezo pelos mortos. “Mais um motivo para a troca” (sobre o chefe da Polícia Federal). A mensagem foi: a corrupção pode estar chegando no governo.  “Eu talvez já tenha pegado esse vírus no passado, talvez, talvez, e nem senti”. A mensagem foi: pode ter mentira no ar. “Em relação a um possível número de mortes, e hoje estamos em 435, o número de 1.000, se tivermos um crescimento significativo na pandemia, é possível acontecer.” A mensagem do ministro da Saúde foi: somos ineficientes.

Nenhuma Constituição pode se basear no desprezo pela vida, na potencial corrupção, na mentira sobre a saúde do presidente, nem na ineficiência governamental.  Nada mais contra o estado democrático de direito do que afirmar: “Eu sou, realmente, a Constituição.

*Joaquim Falcão é professor de Direito Constitucional


quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

O “FIM DO MUNDO” DOS ECOCHATOS - Sérgio Alves de Oliveira



Todas essas tragédias de extinção, ou quase extinção, da vida na Terra,anunciadas diariamente pelos alarmistas do “fim do mundo”, teriam, como eles  pregam, algo a ver com a atuação do homem na deformidade da natureza? Tudo leva  a crer que não. E que não passa de “alarme falso”. Essa conclusão não significa de nenhuma maneira concordância ou omissão com a depredação e poluição da natureza que a cada dia mais se acentua em todo o mundo,nas cidades e no campo.

Mas se conjugarmos a história do Planeta Terra com a  evolução do Homem, certamente chegaremos à conclusão  que as tragédias  naturais de origem “interna”, anunciadas pelos alarmistas do “fim do mundo”, acontecerão  independentemente da participação predatória humana.  Por um lado a Terra foi formou-se  há cerca de  4,56 bilhões de anos. Os cientistas calculam que 99% das espécies vivas foram dizimadas de alguma forma durante os diferentes períodos geológicos.

Calculam os cientistas que a própria Lua, satélite natural da Terra, teria sido formada a partir da colisão que o  Planeta Theia, mais ou menos do tamanho de Marte, teve com a Terra, fato ocorrido  cerca de 100 milhões de anos após a formação da Terra, e que teria “roubado” uma parte  do que  era a  Terra para formação do seu satélite.  Neste sentido, o Planeta Terra ”deve” à Lua, que não serve só para os “namorados”, principalmente pela recíproca atração gravitacional, a sua própria  “estabilidade” no  Sistema Solar,no cosmos, e mesmo a “vida” nela existente, inclusive as marés. Sem a força da gravidade exercida pela Lua sobre a Terra, a vida seria impossível. Só para exemplificar: se a Terra estivesse “solta” no Sistema Solar, e o seu eixo de rotação se alinhasse com o Sol,o hemisfério voltado  para  essa  estrela  ficaria  quente demais, e o hemisfério oposto totalmente congelado, praticamente  inviabilizando  a vida como a conhecemos.

Os  5 (cinco)“quase fim de mundo”, com extinção de grande parte da vida, só nos últimos 500 milhões de anos,  (+ou- 1/10 do tempo de “vida” do Planeta),se deram  (1) aos 440 milhões de anos (período Ordoviciano,com vida restrita aos oceanos,onde 85% das espécies e mais de 100 famílias de invertebrados  desapareceram); (2)  350 milhões e anos (Período Neodevaniano,com perda de 27 % das famílias,e 70% a 80 % dos organismos marinhos); (4)  250 milhões de anos, onde a Terra  ficou com um só supercontinente (Pangea), e a érea de terras superou a de oceanos, e 96 % da vida dos oceanos e 70 % da vida terrestre desapareceram; e (5) 65 milhões de anos,quando um asteróide,ou cometa, atingiu a Terra na Península de Yucatan (México),com extinção  de grande parte da vida,inclusive dos Dinossauros.
Na “evolução” do homem, o primeiro “hominídio” data de (somente) 4,4 milhões de anos, e o  fóssil  mais antigo  do  “homo sapiens” foi encontrado  em Djebe l  Irhound, no Marrocos,há 315 mil anos. A “história” do homem no Planeta Terra, portanto,corresponde a mais ou menos 1/1000 do tempo de existência do Planeta. Nada,portanto.

O anunciado “aquecimento global”, e o tal de “efeito estufa”, bem como o derretimento do gelo, e o aumento, ou “diminuição”, do nível dos oceanos, já ocorreram diversas vezes na “história” da Terra, sem qualquer participação do homem, que nem mesmo existia, e só passou a “tomar forma” muitos milhões de anos após a última  grande “quase” extinção da vida no Planeta, ocorrida há  65 milhões de anos atrás. É claro que nenhum certificado de “garantia” pode ser dado tanto à vida na Terra,quanto à “vida” da própria Terra. Tanto causas internas da Terra, como erupções vulcânicas gigantescas, terremotos, eras glaciais, e muita outras causas, poderiam abalar a vida no Planeta. Mas parece que o maior perigo estaria numa causa “externa”, absolutamente imprevisível,  numa  eventual colisão de   asteróide ou cometa , cujas dimensões poderiam dar um “fim” na Terra. Os que caíram até hoje podem ser considerados  “anões”, mas já  provocaram muitos estragos.

Portanto, o único “fim do mundo” certo ainda está bem  distante,e se não houver nenhum “acidente de percurso”, a Terra ainda poderá ter  uma sobrevida de cerca de  5 bilhões de anos...se tiver, e se “tivermos”, muita “sorte”. [de todo o post, se impõe uma pergunta: pode o FINITO entender o INFINITO?]


Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo



domingo, 28 de julho de 2019

A questão do conteúdo dos grampos persiste - Elio Gaspari



O Globo - Folha de S. Paulo

A negligência com o conteúdo dos grampos 

A ideia de Moro de destruir as mensagens era primitiva e cheirou mal

Os procuradores blindaram-se na recusa a comentar o que apareceu. Muitos deles, como Sergio Moro, dizem que já apagaram os arquivos. Se o serviço da PF foi de primeira, essa blindagem é de quinta

A Polícia Federal fez um serviço de primeira localizando e prendendo a quadrilha que invadiu os celulares de centenas de autoridades, inclusive do presidente da República, do ministro Sergio Moro e de procuradores da Lava-Jato. Um deles tinha antecedentes criminais e confessou ter sido o remetente dos grampos para o site The Intercept Brasil. Como isso foi feito e se era gratuito, como ele diz, só a investigação poderá esclarecer. Resta saber se Glenn Greenwald e Manuela D’Ávila conheciam a extensão do crime de sua fonte. Essa é uma perna da questão. 
A outra perna está no conteúdo das mensagens já divulgadas e ela continua no mesmo lugar. Os procuradores blindaram-se na recusa a comentar o que apareceu nos grampos. Muitos deles, como Sergio Moro, dizem que já apagaram os arquivos. [saber mais.]Se o serviço da PF foi de primeira, essa blindagem é de quinta. A ideia de Moro de destruir as mensagens era primitiva e cheirou mal. Na forma, o crime cometido pelo invasores dos celulares foi peculiar.Eles atacaram dados de centenas de pessoas e seus antecedentes afastam a ideia de que houvesse interesse público na operação. A questão do conteúdo é outra.

Não passa pela cabeça de ninguém querer apagar da memória dos americanos as revelações contidas nos famosos “Papéis do Pentágono” que expuseram documentos relacionados com a Guerra do Vietnã. Eles foram furtados por um consultor do Departamento de Defesa. Indo-se mais longe, também, não passa pela cabeça dos americanos passar a esponja em cima dos documentos furtados por oito ativistas católicos que invadiram um escritório do FBI na Pensilvânia numa noite de março de 1971. Eles levaram perto de mil documentos. No meio estavam as provas de que o FBI espionava militantes pacifistas, artistas e negros, difamava pessoas e manipulava jornalistas.

Cópias de documentos foram mandados para o “New York Times”, o “Los Angeles Times” e o “Washington Post”. O governo tentou impedir a publicação e divulgou uma nota advertindo que eles comprometiam a segurança nacional. Ben Bradlee, o editor do “Washington Post”, e Katharine Graham, sua proprietária, decidiram publicar parte do material. Aberta a comporta, o conteúdo dos documentos mudou para melhor a história do FBI. O FBI pôs 200 agentes atrás dos ladrões e a investigação somou 33 mil páginas, para nada. O mistério só foi desvendado 40 anos depois, quando a repórter Betty Medsger, que recebeu a papelada em 1971, identificou e entrevistou sete dos oito invasores. Dois deles viviam longe da política e um tornara-se sincero admirador de Ronald Reagan.

Armstrong pisou na lua e errou de hospital
Neil Armstrong levou oito dias para ir à Lua e voltar. Anos depois, fez uma cirurgia do coração e 19 dias depois estava morto. No voo, deu tudo certo. No hospital, as coisas deram errado, mas a verdade ficou escondida por sete anos, até que o “New York Times” a revelou. O chanceler Ernesto Araújo acha que os diplomatas não devem ler esse jornal, mas para o bem de sua saúde seria bom que o fizesse.

Em 2012, aos 82 anos, Armstrong estava com um desconforto gástrico, foi ao hospital Merciful Faith, de sua cidade, e fez um teste de esforço. Mandaram-no para uma angiografia e acabou com quatro pontes no coração. Algo como cinco dias depois puseram-lhe um marca-passo temporário e, passadas algumas horas, uma enfermeira tirou-lhe os fios. Teve um sangramento e 27 minutos depois levaram-no para o centro de cateterismo. Melhorou, mas voltou a sangrar, com queda de pressão e falha dos rins. Em 20 minutos estava no centro cirúrgico. Daí em diante não se sabe o que aconteceu, mas ele ficou 97 minutos com perda de oxigênio no cérebro. Estava entubado há uns cinco dias quando retiraram o aparelho. Armstrong não conseguia respirar e voltaram a entubá-lo. Dez dias depois estava morto.


Desde 2014 o hospital sabia que médicos independentes haviam estudado o prontuário e observaram que ele poderia ser operado mais tarde, os fios do marca-passo não deveriam ter sido retirados por uma enfermeira sem supervisão e, acima de de tudo, deveria ter ido logo para o centro cirúrgico e não para o centro de cateterismo. Finalmente, não deveriam tê-lo extubado tão cedo. Existem testes rotineiros capazes de medir a resistência de um paciente à extubação. O homem que simbolizou o avanço da tecnologia, morreu por causa de barbeiragens. A pior, foi a sua ida para o centro de cateterismo.

Havia mais: durante dois anos o hospital se fez de bobo, até que a mulher de um dos filhos de Armstrong, advogada, foi-lhe na jugular. Ou pagavam sete milhões de dólares ou seriam denunciados. Pagaram seis milhões, com uma cláusula de segredo que durou cinco anos.

Nisso tudo, houve um cavalheiro, o professor James Hansen, autor da biografia autorizada de Armstrong (“O Primeiro Homem”), publicada nos Estados Unidos em 2005. Nesse tipo de livro o autor aceita omitir fatos a pedido do biografado ou de sua família. Ele sabia de tudo, mas limitou-se a escrever uma frase críptica: “Fora do pequeno círculo de sua família, dos amigos e da equipe médica que cuidou dele, talvez nunca se venha a saber exatamente o que aconteceu com Neil no hospital ao longo das duas semanas que culminaram com sua morte.”
Na semana passada Hansen saudou a revelação do “Times”, para que o que aconteceu a Armstrong não volte a acontecer.

(...)

Conselho precioso
Quando estava aberta a janela para repatriação de depósitos que estavam no exterior, um magano procurou um advogado para se aconselhar.
— Quanto o senhor tem no Brasil?
— Dez milhões de reais, disse o magano.
— E na Suíça?
— Cem milhões de dólares.
Então embarque para a Suíça e fique por lá.
Ele embarcou. Foi o conselho mais curto e valioso saído de uma banca de advocacia.



Elio Gaspari, jornalista - Folha de S. Paulo - O Globo



quinta-feira, 16 de maio de 2019

Bolsonaro corre o risco de virar um pária


São cansativas as comparações entre Jair Bolsonaro e Donald Trump, como se o brasileiro fosse uma versão tropical do americano. Os dois não apenas têm personalidades e históricos de vida distintos como também governam em contextos extremamente diferentes.

Jair Bolsonaro nunca terá um partido poderoso como o Republicano, conforme lembra o brasilianista Brian Winter, do Council of the Americas. Tampouco terá uma economia com o vigor da americana. Ao tentar agir como seu ídolo de Washington, corre o risco de ser tratado como pária global, como observamos na sua desastrada excursão pelos EUA mesmo após a mudança de destino de Nova York para Dallas.

Sempre que sofre críticas ou se envolve em escândalos, Trump pode desviar o assunto e citar os espetaculares números da economia americana. Se criticarem a renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), o presidente pode responder que a taxa de desemprego atingiu seu patamar mais baixo desde que Neil Armstrong pisou na lua em 1969, e que a inflação segue controlada abaixo de 2%. Caso condenem a guerra comercial contra a China, o atual ocupante da Casa Branca pode argumentar que o PIB cresceu a uma taxa anualizada de 3,6% no primeiro trimestre deste ano. Em momentos de polêmica, que dados positivos Bolsonaro tem para citar da medíocre performance da economia brasileira, ainda que não seja o responsável?

E, além da economia, Trump tem o amparo do Partido Republicano. Caso sofra acusações e ataques dos democratas na Câmara, Trump sabe que poderá contar com a proteção dos republicanos no Senado, onde eles têm maioria. As eleições ainda estão distantes e, certamente, os EUA estarão divididos como em 2016. Mas cerca da metade do país apoiará Trump porque o presidente disputará a reeleição como candidato do Partido Republicano. Sabem que, se vencer, nomeará mais juízes conservadores para a Suprema Corte da forma como fez duas vezes neste primeiro mandato. Bolsonaro não tem nem uma fração desta força no Congresso brasileiro, e Sérgio Moro poderia ser nomeado para o Supremo mesmo se Bolsonaro ainda fosse um deputado do baixo clero.

As posições de Trump sobre o meio ambiente, incluindo a decisão de se retirar do Acordo de Paris, são condenadas internacionalmente e podem ter efeitos gravíssimos para o futuro da Humanidade. Mas quase nenhum país pode se dar ao luxo de esnobar o presidente dos EUA por esta medida. Já Bolsonaro será repudiado por suas políticas ambientais, conforme observamos na decisão do Museu de História Natural de Nova York de cancelar um evento no qual o brasileiro seria homenageado.

Para completar, Trump não depende do brasileiro. Bolsonaro é quase irrelevante para o presidente americano. Mesmo na Venezuela, a estratégia contra a ditadura de Maduro não seria muito diferente se o Brasil fosse governado pelo general Mourão. Chama a atenção também que Trump não saiu em defesa de Bolsonaro na briga do presidente brasileiro com Bill de Blasio, prefeito de Nova York. Afinal, seria uma ótima oportunidade para o presidente dos EUA alfinetar seu inimigo que governa a sua cidade natal. Pode ter sido por achar irrelevante ou por não querer se associar a Bolsonaro. Tampouco o líder americano celebrou nas redes sociais a visita do brasileiro a Washington neste ano. Muito estranho.

 Guga Chacra - O Globo


quinta-feira, 14 de março de 2019

Brasil dos Burros

Até quando estudantes brasileiros ficarão abaixo da média mundial na performance em Matemática, Ciência e Leitura, no ranking mundial medido em 70 Países.


A falta de Educação (Formação moral familiar + Ensino de qualidade) ajuda a consolidar nosso subdesenvolvimento, exposto em tragédias sociais como a ocorrida com o massacre na Escola Pública em Suzano (SP).

Qual será nossa próxima desgraça anunciada? 

Chiquita bacana - Bando da Lua nos EUA

Do Alerta Total - Jorge Serrão  

 

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Japão descobre caverna na Lua

Pesquisadores da agência japonesa de exploração espacial (Jaxa) descobriram uma imensa cavidade subterrânea de 50 quilômetros de extensão na Lua, que alguns especialistas dizem que pode um dia servir para instalar uma base espacial.

 Os dados da sonda de observação lunar japonesa Selene confirmaram a existência desta gruta, de 100 metros de largura e 50 quilômetros de extensão, que pode ter sido um túnel de lava vulcânica há 3,5 bilhões de anos.  “Acreditávamos que houvesse lugares como este (…) mas ainda não havíamos confirmado”, declarou Junichi Haruyama, pesquisador da Jaxa, à AFP, nesta quinta-feira.

Localizado sob a área das colinas Marius, este enorme túnel poderia proteger os astronautas de variações de temperatura significativas e da radiação perigosa à qual estão expostos na superfície lunar, explicou Haruyama.  “Ainda não vimos o interior da caverna e esperamos que sua exploração nos dê mais detalhes”, acrescentou.

Em junho passado, o Japão anunciou um projeto para enviar um astronauta para a Lua em 2030. A primeira etapa do projeto consiste em participar de uma missão da Nasa (a agência espacial americana) para construir uma estação espacial em órbita em torno da Lua em 2025. Já os Estados Unidos querem voltar para a Lua no âmbito de um programa de longo prazo, com o objetivo de enviar astronautas a Marte em 2030. A empreitada contaria com a participação de outras agências espaciais.

Fonte: AFP



terça-feira, 1 de setembro de 2015

Janot “versus” Gilmar: Justiça Fla-Flu


“Quando a lua está cheia, ela começa a minguar” (Provérbio japonês). O Brasil sempre foi lua minguante. Se ele exportasse crises seria o mais rico do planeta: crise política, econômica, social, jurídica, ética. As nações prósperas conseguem ver a floresta. Os países desgovernados só veem algumas árvores.

O Brasil se tornou um país fundamentalistamente polarizado. Não temos projetos de Estado, de nação. Os políticos só falam em planos de governo (que dividem ainda mais a população). Chegou a hora de expurgar todos os políticos e partidos que somente pensam nos seus interesses. Todos! Parte disso está fazendo a polícia (e a Justiça). A outra parte cabe à sociedade civil.

O Brasil, diante de tantas crises, sempre precisou de um projeto suprapartidário. Que nunca veio. O terrível é que a polarização encarniçada é contaminante. Praticamente ninguém escapa dessa chaga. A Justiça não é exceção. Janot “versus” Gilmar significaria PT “versus” PSDB? O debate jurídico (sobre as contas dos partidos políticos) também se partidarizou. Vejamos:
 
Crise política (corrupção e antirrepublicanismo):
Gilmar Mendes (vice-presidente do TSE) gostaria de ver investigadas as contas da campanha de Dilma Rousseff de 2014. Afirmou: “Não bastasse o suposto recebimento (…) de dinheiro de propina em forma de doação, há despesas contabilizadas na prestação de contas de duvidosa consistência” (Gilmar Mendes, Estadão 30/8/15: A4).

O Procurador-Geral da República (que foi reconduzido ao cargo depois de indicação da presidenta e aprovação pelo Senado), de forma repentina (dando a impressão de que realmente teria havido o “acordão”), arquivou liminarmente o pedido e escreveu:
“Não interessa à sociedade que as controvérsias sobre eleição se perpetuem [será?]: os eleitos devem poder usufruir das prerrogativas de seus cargos (…) [que falta nos faz o “recall”], os derrotados devem se preparar para o próximo pleito” (Rodrigo Janot, Estadão 3/8/15: A4). [Os (des) avisados falam em “acordão”. Será?]
 
Mas veja o que Rodrigo Janot (depois de fazer uma incursão política admonitória) afirmou, ao arquivar o pedido de Gilmar Mendes:
“A Corte Eleitoral tem entendimento consolidado [em dois votos do próprio min. Gilmar Mendes] de que, após a diplomação do candidato eleito, não cabe questionamento das contas de campanha” (Estadão3/8/15: A4) [Mas se Gilmar sabia disso, por que fez o pedido? Por espetáculo? Por ódio ao PT]
 
As contas do PSDB também estão com problemas?
A ministra Assis Moura (do TSE) aponta 15 irregularidades nas contas da campanha de Aécio Neves (Estadão 3/8/15: A4): “Entre elas estão doações feitas pelas empreiteiras Odebrecht e Construbase, que somam R$ 3,7 milhões”.
O PSDB, que já se transformou na oposição menos criativa da história, na sua resposta disse: “As doações foram todas contabilizadas”.
É a mesma desculpa dada pelo PT, pelos demais partidos políticos assim como por todos os políticos questionados. Que falta de criatividade!

Caso se comprove que o dinheiro doado foi de propina, trata-se de lavagem de dinheiro; mas teriam usado a Justiça Eleitoral para o cometimento de lavagem? A que ponto chegamos? Ah se a Justiça não fosse cega perante os senhores neofeudalistas!
Nossas crises ao longo da História (o passado pode ser aprendizagem ao presente):
Não vivemos uma única crise. Nem tampouco a crise foi inventada neste século. José Murilo de Carvalho (historiador) sobre as crises do Brasil:
“Se caracterizarmos crise como coincidência de corrupção, estagnação econômica, chefe de Estado impopular e acuado politicamente, é possível sim, até onde alcança minha memória, lembrar as crises de 1954, 1964 e 1992” (Estadão 17/8/15: C2).

Em 1954, pela têmpera moral do presidente (Getúlio Vargas), tudo terminou em tragédia. Em 1964, poderia também ter terminado em tragédia pessoal e nacional, com guerra civil, não fosse pela pequena disposição de luta do presidente (João Goulart). Em 1992, tivemos uma opereta [pequena ópera de estilo leve] (Fernando Collor) (Estadão 17/8/15: C2).
“Hoje, por enquanto, temos um drama sem nenhuma grandeza, sem que se possa adivinhar o desenlace. A importante diferença entre as duas primeiras crises e as duas últimas é que nestas está ausente o pretorianismo [influência política abusiva e ditatorial do poder militar], cabendo às forças civis se responsabilizarem pelo resultado” (Estadão 17/8/15: C2) [No Brasil as forças civis se unem somente na hora dos funerais].

Crise econômica e capitalismo selvagem:
“O Brasil é um país com um componente anticapitalista fortemente enraizado na sociedade. A persistência desse elemento cultural e idiossincrático é um dos maiores obstáculos para que o país tenha nos próximos 10 a 20 anos uma pujança maior” (F. Giambiagi, Capitalismo: modo de usar, p. 4) [Se se pode praticar o capitalismo cartelizado, para quê aprender a ser competitivo? Para quê meritocracia?].

Crise social (desigualdade e suas consequências):
“Entre 2003 e 2013, o PIB per capita no Brasil cresceu 30%, e a renda média, 5,8%. A renda domiciliar média per capita de 2001-2013 cresceu 6,37 para os 10% mais pobres, 5,80 para os 40% mais pobres, 3,82 para o grupo do meio (40%90%), 2,01 para os 5% mais ricos. A renda das pessoas cresceu bem mais do que o PIB, e esse crescimento se deu mais forte na base, com a redução da desigualdade (…) Houve redução da desigualdade e aumento do bem-estar” (Marcelo Neri, Folha 29/8/15: A26) [Mas a alegria do pobre dura pouco tempo].
“Até 2014 o PIB parou de crescer, mas a renda média das pessoas continuou subindo acima do PIB (…) Agora vemos reversão muito rápida no desemprego, acompanhada de redução de salários (…) O problema é se entrarmos [“se entrarmos”!] em crise crônica” (
Marcelo Neri, Folha 29/8/15: A26).

Crise jurídica (ineficiência da Justiça – ausência do império da lei):
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), confiante na morosidade da Justiça e esperando que o STF leve um longo tempo até decidir se recebe ou não a denúncia contra ele (por corrupção passiva e lavagem de capitais), oferecida pelo PGR: “O Supremo está há dois anos e meio [“dois anos e meio”!] para decidir se aceita ou não pedido de denúncia contra Renan [itálico nosso]. Não dá para ter dois pesos e duas medidas” (O Globo 26/8/15: 5) [Confia-se na ineficiência da Justiça, sobretudo os senhores neofeudalistas que se julgam acima da lei].
 
Crise ética (sociedade pouco comprometida):
“Se ainda hoje lemos com proveito a Ética a Nicômaco [de Aristóteles], que está no mundo há mais de vinte séculos, é porque continua tratando de questões que ainda nos são úteis. Se me perguntassem o fundamento e o sentido disso, diria que reside na obrigação de atentar para os deveres que nós seres humanos temos para com os demais seres humanos” (F. Savater, Ética urgente, p. 14) [Logo se vê que os humanos não têm nada a ver com os “bons selvagens” da imaginação criativa de Rousseau].