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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

A esquerda ama odiar - Revista Oeste

 Augusto Nunes

O negacionismo autoritário é camuflado por declarações de amor à vacina 

Bandeira do movimento Lula Livre, criado quando o ex-presidente foi condenado, em 2017, a mais de nove anos de prisão | Foto: Helissa Grundemann/Shutterstock
Bandeira do movimento Lula Livre, criado quando o ex-presidente foi condenado, em 2017, a mais de nove anos de prisão -  Foto: Helissa Grundemann/Shutterstock
 

O PT não sabe sorrir, nunca soube. Já no primeiro comício da vitória, o partido mostrou que festejar o próprio triunfo lhe dá muito menos prazer do que comemorar a derrota dos outros com insultos, provocações e pancadarias. Em vez de alegrar-se com o número de eleitores que votaram nos candidatos petistas, os militantes acham mais prazeroso contabilizar e, se possível, identificar os que não seguiram a estrela vermelha: são inimigos a castigar ou destruir. A prevalência da carranca sobre o sorriso foi oficializada no momento em que o chefe supremo do PT dividiu o Brasil em duas tribos: “nós” (os devotos da seita que tem em Lula seu único deus) e “eles” (os que não abdicaram da sensatez). Conforme as circunstâncias, o Mestre comunica a seus discípulos que o nome mudou. “Eles” viraram “golpistas” nos meses que precederam o impeachment de Dilma Rousseff, foram rebaixados a “fascistas” com a ascensão de Jair Bolsonaro e, depois da chegada ao país do vírus chinês, tornaram-se “inimigos da ciência”, “terraplanistas” e “negacionistas”.

O passaporte sanitário que documentava a aplicação de três doses de vacina não impediu que uma militante do PT, quarentona recente, fosse surpreendida pela covid-19. Inconformada com os dez dias de quarentena, caprichou num longo palavrório que batizou de “desabafo”. Examinado com atenção, revela com a precisão de tomografia computadorizada um cérebro petista atormentado pela pandemia. 
O vírus responsável pela doença sequer é mencionado. 
Como Lula ensinou, todas as mortes causadas pelo coronavírus devem ser debitadas na conta do presidente genocida, líder dessa sub-raça que “nega a ciência falando contra a vacina”. É bom que se calem, adverte a confinada involuntária, para logo ressalvar em mau português: “Desinformação não é liberdade de expressão”. Assim, os negacionistas devem suspender imediatamente conversas que ofendem a ciência e desperdiçar esse tempo tratando de assuntos menos letais. Futebol, por exemplo. Ou estética. Ou astrologia. “Você pode dar sua opinião sem matar ninguém”, lembra o desabafo. E que fique em casa quem não tomou vacina, conclui a lição, porque o vírus precisa de corpos não imunizados circulando por aí para ganhar força e gerar novas variantes.

Por odiar o convívio dos contrários, todo esquerdista brasileiro é surdo a vozes dissonantes. Por desprezar poços de certezas, sobretudo quando sonham com o assassinato dos direitos individuais e das liberdades democráticas, insisto em ver as coisas como as coisas são e a contar o caso como o caso foi. Em obediência a Lula, seus esforçados devotos qualificam de “inimigos da vacina” milhões de brasileiros que, na infância, recorreram a imunizantes para livrar-se de poliomielite, catapora, sarampo ou caxumba — e, ao longo de 2021, tomaram vacinas contra a covid-19. É o meu caso. Fui vacinado com duas doses da CoronaVac e uma da Pfizer. E afirmo que sofre de negacionismo — e negacionismo delirante — quem nega a existência de dúvidas a esclarecer, enigmas a desvendar, interrogações a desfazer. 

Criada no curtíssimo período de um ano, a vacina contra a covid-19 configura uma façanha e tanto. Mas só cretinos fundamentais não conseguem enxergar nesses imunizantes algo ainda na primeira infância e, por isso mesmo, em processo de aperfeiçoamento.
 
Os loucos por lockdowns acabam de decepcionar-se com o estudo que comprovou a ineficácia dos isolamentos radicais
Logo ficarão desolados com as respostas exigidas por outras perguntas muito oportunas. Uma delas: vacinas concebidas para combater o vírus original e suas primeiras variantes são capazes de deter o avanço da Ômicron? 
O desabafo sugere que a militante em quarentena ignora que também os totalmente vacinados podem transmitir a doença e ser infectados. Assim, não deveria descartar a hipótese de ter sido contaminada num encontro de adoradores de vacinas, todos providos de passaportes sanitários, usando máscaras e atentos a medidas de distanciamento social. Além de entusiasmados com a epidemia de autoritarismo gerada pelo Supremo Tribunal Federal na sessão que entregou o comando do combate à pandemia a governadores e prefeitos
As táticas de guerra ficaram mais confusas com a permanência no front dos ministros do STF, e desandaram de vez com a entrada em cena de promotores de Justiça e juízes de primeira instância. Só ficou fora o presidente Jair Bolsonaro, a quem coube apenas arranjar a dinheirama que financiou também as bandalheiras do Covidão.
 
Lula jura que, se estivesse na Presidência da República, salvaria o país com a reprise do medonho modelo concebido pela tirania que tanto admira. “A China só conseguiu combater o coronavírus com a rapidez que ela combateu porque tem um partido forte, porque tem um Estado forte, tem pulso, voz de comando”, desmanchou-se em afagos o ex-presidente num vídeo divulgado em junho de 2021. “Eles tomam decisões que as pessoas cumprem, coisa que nós não temos aqui.” 
Com o ex-presidiário no Palácio do Planalto, a direção da guerra provavelmente seria entregue ao ex-ministro Carlos Gabas, maior autoridade do PT no campo da saúde. No posto de secretário-geral do Consórcio do Nordeste, ele administra o combate à pandemia naquela região. Investigações de uma CPI instaurada pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte confirmaram que Gabas é um incapaz capaz de tudo.

Quem acredita nesse monumento ao negacionismo está obrigado a crer que Lula foi a única vestal incorruptível no mais populoso bordel da história

Governar é escolher, e Lula escolhe sozinho. Presidente por oito anos, não recorreu a conselheiros para escalar ministros, presidentes das estatais mais lucrativas, parceiros no Congresso, empreiteiros felizes com obras federais e, no Exterior, ricaços generosos e um punhado de amigos bem mais rentáveis que o milhão sonhado por Roberto Carlos. Antes e depois da temporada no poder, escolheu dirigentes do PT, candidatos do partido a governos estaduais, prefeituras ou Câmaras Municipais, patrocinadores de palestras.  
Ficou rico sem manchar a imagem de alma viva mais pura do Brasil, talvez do mundo, venerada pela esquerda negacionista, convencida desde sempre de que Lula é o mais injustiçado dos inocentes. Bandidos são o ex-juiz Sergio Moro e os integrantes da Operação Lava Jato.
 
Para sustentar esse monumento ao negacionismo, costurou-se o enredo que mataria de inveja um Gabriel García Márquez. 
 Em 2014, o juiz Sergio Moro descobriu que, se impedisse a volta de Lula ao poder, um deputado federal que ninguém conhecia seria eleito presidente da República e o transformaria em ministro da Justiça. Ambicioso, o magistrado matriculou-se num curso da CIA que ensina a montar conspirações envolvendo o Ministério Público e a Polícia Federal. Voltou dos Estados Unidos pronto para liderar uma operação que, fingindo investigar doleiros, devassou bandalheiras consumadas por empreiteiros que prestavam serviços à Petrobras e diretores da estatal. 
 
A evolução da trama incorporou delações premiadas, bilhões de dólares devolvidos à empresa saqueada, quadrilheiros de altíssima linhagem acordados às 6 da manhã e transferidos para a gaiola antes que Lula fosse instalado na cadeia em Curitiba
O Petrolão foi uma farsa, recitam os negacionistas do PT.  
O tríplex no Guarujá nunca foi dele, os 111 fins de semana no sítio em Atibaia só atestam a beleza da amizade verdadeira, acrescentam os devotos mais fervorosos. 
E o Mensalão? Nunca existiu.

Quem acredita nesse monumento ao negacionismo de esquerda está obrigado a crer que Lula foi a única vestal incorruptível no mais populoso e diversificado bordel da história. Entre os figurões da Era Lula-Dilma que amargaram temporadas na cadeia estão um presidente do Banco do Brasil, um ex-presidente e três diretores da Petrobras, um ex-presidente dos Correios, um ex-presidente da Eletronuclear, um ex-presidente da Valec, um ex-presidente e um ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, três ex-presidentes do PT, três tesoureiros do PT, um ex-líder da bancada do partido no Senado e um ex-líder da bancada na Câmara dos Deputados. A fila de petistas lembrados com orgulho pela população carcerária é enriquecida pelos ex-ministros Antonio Palocci e José Dirceu, além de parceiros como os ex-governadores Sérgio Cabral e Pezão. E é, merecidamente, puxada por Lula.

Aos negacionistas vocacionais somam-se os estrábicos por opção. É o caso do ex-governador Geraldo Alckmin
Na campanha presidencial de 2006, ele viu em Lula um corrupto. 
Em 2018, viu um delinquente ansioso por voltar ao local do crime. 
Só agora apareceu-lhe o estadista de quem queria ser vice desde criancinha. 
Sujeito a surtos de vigarice amnésica, o dono do PT esqueceu que achava o antigo adversário “um político fraco demais para governar qualquer coisa” e descobriu “um governante que sempre mereceu respeito”. 
O que milhões de brasileiros precisam enxergar é o perigo estacionado a um palmo do nariz: um Lula candidato a presidente, na imagem perfeita de Millôr Fernandes, é o túnel no fim da luz.

Leia também “O confisco da liberdade”

Augusto Nunes, colunista - Revista Oeste

 

domingo, 30 de janeiro de 2022

Decálogo da Nova Ciência - Guilherme Fiuza

Revista Oeste

Ilustração: Oeste/ Freepik
Ilustração: Oeste/ Freepik
 
A pandemia trouxe uma série de discussões, controvérsias e embates sobre as formas de enfrentamento de uma moléstia de alcance global. O uso das referências científicas sobre virologia, ação epidemiológica, imunização e outros conceitos virou objeto constante de polêmicas
Para dirimir essas dúvidas, vamos deixar clara aqui, de uma vez por todas, a definição de ciência:
  1. Ciência é pegar bilhões de dólares, criar fundações lindas e sair comprando todo mundo para legalizar os propósitos torpes da sua megalomania;
  2. Ciência é operar o milagre de fazer a imprensa silenciar solenemente diante de centenas de atletas caindo que nem moscas na cara de todo mundo durante competições oficiais com falta de ar, dores no peito, miocardite ou infarto no ano em que se iniciou a vacinação em massa contra covid. Sempre foi assim, segue o jogo;
  3. Ciência é a aparição sumária de laudos voadores, velozes e furiosos, após reações adversas graves ou letais em jovens, adolescentes e até crianças pós-vacina de covid “atestando” em questão de horas que a vacina é inocente e o vacinado é que não era saudável, embora todos jurassem que fosse, pelo fato de nunca terem apresentado problema de saúde na vida. A vida não é nada. Um laudo certeiro é tudo;
  4. Ciência é decidir que uma vacina feita às pressas, com desenvolvimento incompleto e anos de estudo pela frente proporciona mais proteção que a imunidade natural do ser humano. Ciência raiz é ver todos os estudos comprovando o contrário — que a imunidade natural do indivíduo que passou pela doença é indiscutivelmente superior à da novíssima vacina — e fingir que não viu;
  5. Ciência é condicionar a vida em sociedade à apresentação de um passaporte sanitário que comprova o “esquema vacinal completo” porque, ainda que essa vacina não impeça a transmissão do vírus, esquema é esquema;

    Agora a vacina é urgente para crianças porque o telejornal disse que é

  6. Ciência é fingir que um atleta de ponta, líder do ranking, absolutamente saudável e capaz de comprovar isso coloca em risco a vida dos que têm o passaporte vacinal e podem entrar infectados onde quiserem;
  7. Ciência é banir das redes sociais uma mãe que conseguiu provar que seu filho jovem e saudável foi morto pela vacina de covid e que, a partir daí, passou a usar essas redes para buscar e disseminar maior conhecimento sobre a segurança dessa novíssima vacina. Está certíssima a ciência: procurar saber os riscos que você corre ao inocular uma substância experimental faz mal à saúde. Sumam com essa mãe;
  8. Ciência é se fantasiar de ético e empurrar pais para vacinarem seus filhos pequenos contra uma moléstia à qual crianças são pouco vulneráveis, como você sempre soube e repetiu, mas agora a vacina é urgente para crianças porque o telejornal disse que é (então é porque é) e você tem que fazer direito o seu papel de papagaio do lobby. O risco/benefício favorável à vacina não está demonstrado em nenhum estudo sério e serão necessários pelo menos cinco anos de pesquisa para descobrir o que essa vacina provoca no sistema cardiovascular das crianças, mas isso a gente vê depois, conforme manda a ciência;
  9. Ciência é usar a sua credencial de juiz da infância para ameaçar arrancar os filhos dos pais que deixarem de dar uma vacina que não é obrigatória;
  10. Ciência é ser um médico patrocinado por empresa farmacêutica e avalizar cientificamente um produto dessa empresa. Conflito de interesses tinha sua avó. Na moderna ciência, isso se chama sinergia.

Leia também “É dura a vida do canguru”

[Sugerimos a leitura da brilhante, verdadeira e incontestável resposta dada pelo jornalista J. R.Guzzo ao procurador Sarrubbo, ao ministro Lewandowski e aplicável ao juiz da infância.]

Guilherme Fiuza, colunista Revista Oeste



quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

SOBRE VACINAS. DATA VÊNIA, SOU LIVRE PARA DECIDIR - Valterlucio Bessa Campelo

Observando a movimentação recente em torno da vacinação de crianças e a exigência do passaporte sanitário, inclusive com audiência pública realizada pelo MS - Ministério da Saúde, na OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde nesta terça-feira 04/01, além de manifestações de rua em todo o Brasil, resolvi dedicar esta primeira coluna de 2022 a um tema subjacente a tudo isso - a liberdade.

Pediria ao leitor que observasse a si mesmo e a sociedade comparando com 2019. Do que efetivamente sente falta? Sim, meu caro, embora trate-se de algo maior e de origem anterior, os dois últimos anos foram de aguda perda de liberdade. A peste deu pretexto a que, com nosso consentimento, diga-se, parte importante do nosso livre arbítrio fosse amputado e colocado à disposição do Estado. De tal modo, que seria quase um desvario dizer que vivemos ainda em uma sociedade livre.

Por que chegamos a este ponto? Basicamente porque sob ataque ou ameaça, somos naturalmente inclinados a trocar fatias de liberdade por alguma segurança e conforto. Eles sabem disso. À medida que cresce a ameaça, cresce também a nossa disposição a ceder. Ao ponto de entregarmos tudo e, voluntariamente, oferecermos nossa liberdade. O jovem Étienne de La Boétie tratou brilhantemente desse tema em seu livro publicado 1563, chamando-o de servidão voluntária. Algo que muito tempo depois, em 1930, o pai da psicanálise, Sigmund Freud, constatou: “a maioria das pessoas não quer realmente liberdade, porque liberdade envolve responsabilidade, e a maioria das pessoas tem medo de responsabilidade”.

No século passado, aconteceu profusamente durante a segunda guerra mundial, quando sob invasão nazista, em vários países, europeus se dividiram em colaboradores e colaboracionistas. Os primeiros demonstraram uma espécie de acovardamento simples, de consentimento envergonhado desde que seu habitual modo de vida fosse minimamente preservado. Intelectuais e artistas serviram à opressão, fazendo  movimentar a indústria cultural. No livro “Paris – a festa continuou”, (2012), Alan Riding deixa isso claro.

Os segundos, encontraram na colaboração ostensiva uma chance de promoção de suas fraquezas morais às custas da própria nacionalidade e passaram a exercer, como se dominadores  fossem, toda ordem de crueldade, perseguição, roubo, assassinato, estupro e deportações de judeus e opositores. Na França, por exemplo, existiram casos em que nacionais chegaram a postos do oficialato das SS e membros graduados da Gestapo. Muitos franceses, especialmente policiais e burocratas, atuaram como agentes do governo nazista que esfolou o país após a rendição covarde do General Petáin.

Em certa medida, é como vejo os dias de hoje. Diante do pavor disseminado a partir da peste chinesa, no Brasil, assim como nos outros países (nisto não há grande diferença), foram gerados colaboradores e colaboracionistas. Aqueles que normalizam a realidade cruel e agem porque não se importam com a perda de liberdade, desde que se sintam seguros e com baixas taxas de responsabilidade, e aqueles que servem incisivamente porque lucram e se promovem, seja financeira ou politicamente. Trocam de bom grado a própria liberdade por um punhado de poder ou dinheiro que lhes possibilitem os que realmente os possuem. 

Algo necessário e que se impôs neste processo foi a anulação ou minimização da oportunidade ao dissenso
Disso cuidou a velha mídia através de um turbilhão incessante de notícias terríveis e da emblematização pejorativa dos contrários. 
Adjetivos do tipo “negacionista”, “terraplanista” e outros são títulos com que propositalmente encerram a discussão. 
Como uma estrela amarela pregada no peito de um judeu na Polônia em 1940, o termo fecha as portas ao debate. 
Ouvi recentemente de um deles: “não discuto com eleitor de Bolsonaro, é tudo negacionista”.  
Pensei imediatamente que se estivéssemos na França em 1942 ele não hesitaria em fuzilar-me. 
Como alterar pelo argumento lógico uma mente que se tranca?  
Como entrar naquela mente com uma verdade objetiva se foram eliminadas as condições do diálogo? Cria-se assim, uma sociedade mouca, cega, escrava e desumana, capaz de tudo.

Ocorre que liberdade não é uma mera abstração filosófica, um luxo do qual as pessoas se utilizam ocasionalmente. Ela diz respeito à ação e ao pensamento. É a forma como você decide sobre a sua vida, com quem se relaciona, o que faz, o que lê, aonde vai, o que possui. Liberdade são suas escolhas. Em última instância é o que você pensa, é o que você é. Entregaremos isso também em troca de uma suposta segurança provida pelos que criaram a insegurança?

Do meu canto longínquo, olho o mundo e vejo em todos os lugares fantasmas dos cães de Pavlov (1849-1936), babando a cada estímulo que recebem, este determinado de fora pra dentro por interesses globalistas de controle, aliás, amplamente confessados no Forum Econômico Mundial, nos livros de Klaus Schwab seu presidente e já experimentados na China. Jornalistas, articulistas, partidos políticos, juízes, artistas, médicos, universidades, associações etc., aceitaram vergonhosamente o papel de colaboracionistas de um sistema que viola frontalmente as nossas liberdades. Como se houvessem passado por uma lobotomia repetem à exaustão uma carga de mensagens cuja profundidade não se deram o trabalho de examinar.

Há, contudo, os que não se rendem. Independentemente do tamanho do engodo, é apenas um engodo e, como bem lembrou Étienne de La Boétie, basta não entregar o que eles querem e cai a tirania. 
As inúmeras audiências públicas havidas em estados, no distrito federal e em muitos municípios, demonstram que assim como colaboradores e colaboracionistas, nesta guerra há a resistência. [em algum momento uma ordem será dada e ninguém irá cumpri-la = será a queda deles.]

Refiro-me, por exemplo, a médicos da estirpe da Dra. Maria Emilia Gadelha, Dr. Roberto Zeballos,  Dr. José Augusto Nasser, Dra. Roberta Lacerda e muitos outros contados aos milhares, que abdicando da frondosa árvore do politicamente correto, vão ao sol, expõem à luz seu entendimento e suas experiências. Sabem que enquanto a mão direita estende a agulha, a mão esquerda maneja um bisturi nos amputando a liberdade e instalando o controle social. Escudados em comitês, os colaboracionistas, muitas vezes associados e comissionados das big pharmas, se defendem desqualificando seus opositores, acusando-os de adotarem teorias conspiratórias.

A propósito, embora (por motivos óbvios) a mídia não propague, o sistema oficial americano VAERS, comunica que apenas nos EUA foram relatados mais de 1,5 milhões de efeitos adversos após a vacinação, com 14.817 eventos morte. São dados investigados e provados. Não, não são, nem serão. Não foram devidamente investigados. Por lá também o governo está de braços dados com as big pharmas. Mas deveriam ser suficientes para autorizar que cada cidadão faça a própria escolha ao invés de ser submetido e submeter suas crianças à vacinação forçada que, de modo cínico, aparece disfarçada de mero constrangimento documental.

Considero, pessoalmente, que ela pode ser adotada, propagada e recomendada massivamente, se for o caso, porém, em hipótese alguma, sob nenhum argumento, pode ser imposta direta ou indiretamente, pois nestes termos sempre constituirá flagrante ataque à liberdade do indivíduo nos termos da nossa lei maior e tantas outras. Este é o ponto.

 Valterlucio Bessa Campelo escreve ensaios, crônicas e contos eventualmente em seu BLOG e é colaborador do site Conservadores e Liberais.

 

 

sábado, 25 de dezembro de 2021

O passaporte dos tiranos - Revista Oeste

Ministro do STF, Luís Roberto Barroso | Foto: Montagem/Revista Oeste
Ministro do STF, Luís Roberto Barroso -  Foto: Montagem/Revista Oeste

Claro que não posso deixar de explicar que a arrecadação de impostos no Brasil não arca apenas com incompetência e arrogância de homens e mulheres incapazes de se atrelarem apenas às suas obrigações institucionais e constitucionais. Paga também viagens extravagantes, lagostas e vinhos especiais para a Corte mais política do Brasil.

Já são mais de dez anos morando nos Estados Unidos e são mais de dez anos tentando explicar o inexplicável. O que dizer para amigos e familiares que pedem para atualizá-los sobre nossas notícias e eventos políticos com perguntas como:Como assim, Ana? Um juiz da Corte Suprema do Brasil prendeu um parlamentar porque ele falou mal da Corte na internet?”. Yep. Ou: “Ana, creio que você tenha traduzido errado. Um juiz da Suprema Corte deu ordem de prisão para duas pessoas que falavam mal dele num bar?”. Yeep. Ah! Agora tem essa também: “Ana, é verdade que um juiz da Suprema Corte do Brasil deteve um cidadão americano em um aeroporto no Brasil e o interrogou por quatro horas sem ele ter cometido nenhum crime nem saber do que se tratava?”.

E, por mais que eu encontre as palavras certas para traduzir o que se passa com nossos iluministros, são tantas situações bizarras que muitas vezes os ianques acham que exagero na fantasia. Essa semana não foi diferente. Ao ser questionada sobre “qual a última da sua Suprema Corte” — sim, o STF virou uma série que é acompanhada por amigos e familiares como uma série distópica de suspense e comédia —, respondi: “Um ministro da Corte que defendeu um terrorista italiano que matou várias pessoas e disse que o criminoso era inocente, que acredita num charlatão que dizia que curava doenças apenas com o toque de suas mãos, mas que, na verdade, estuprou várias mulheres, então… Esse ministro decretou que qualquer pessoa que queira entrar no Brasil deve apresentar um comprovante da vacina contra covid”.

“Normal”, eu ouvi. “Isso não foi decidido pelo Congresso e ele está fazendo a legislação ser cumprida?”. Nope
Também relatei sobre as dezenas de mensagens que recebi através das minhas redes sociais de brasileiros que estavam presos nos Estados Unidos e na Europa sem conseguir embarcar de volta para seu próprio país, porque um ministro resolveu bancar o imperador do país. A desculpa para a medida draconiana? A nova variante Ômicron, que, em vez de centenas de vítimas, apenas jogou na UTI a continuação do projeto de controle social de tiranetes espalhados pelo mundo.

Faltou combinar com o vírus
Segundo os autoritários, a Ômicron está aí, e, com ela, a morte e a destruição a menos que prendamos as pessoas em campos de segregados não vacinados, ou que forcemos uma vacina experimental em crianças e adolescentes que passam pelo vírus sem grandes problemas, ou que cancelemos o Natal, ou que nos escondamos em nossas casas, ou que usemos máscara até para correr no parque. Quaisquer ações e canetadas, por mais estranhas que sejam, são vistas como justificáveis para se proteger dessa nova e assustadora variante.

E, assim, com mais e mais “dados” embasados na ciência de João de Deus, um número perturbadoramente grande de repórteres e comentaristas na imprensa dedica sua cobertura aos caminhos do vírus chinês e permanecem cada vez mais distantes da realidade. Bastam dez minutos na frente da TV ou uma passada rápida nas redes sociais para termos certeza absoluta de que a Ômicron foi a cepa mais mortal do vírus até o momento, destinada a dominar hospitais e deixar um rastro de morte.

Faltou combinar com a realidade. Para milhões de pessoas com o mínimo de discernimento, principalmente aquelas da comunidade médica que não se ajoelharam às big pharmas, a cepa mostra exatamente o oposto: a Ômicron parece ser a variante menos perigosa do vírus até aqui. Depois de cinco semanas de disseminação na África do Sul, onde apareceu pela primeira vez, as notícias são encorajadoras: sintomas leves a inexistentes e taxas de hospitalização nove vezes menores do que os surtos anteriores, embora apenas cerca de um quarto da população esteja vacinada.

Diante da expressão favorita dos tiranetes o passaporte sanitário —, muitos começam a questionar por que a imunidade natural de quem passou pela doença não é colocada na equação. 
Barroso apenas disse que os “especialistas” consultados por ele (talvez outros Joãos de Deus) afirmaram que a imunidade natural no momento não vem ao caso. Claro que não. O jogo da manutenção do poder e do controle social voltou ao tabuleiro com a nova cepa, que trouxe novamente o impulso desesperado de vacinar até quem não precisa.
 
Não custa deixar claro: a questão não é ser contra ou a favor da vacina experimental, a questão é defender a autonomia médica e a decisão individual de querer ou não tomar a picada. 
Claro que é muito mais fácil para os Barrosos pelo mundo apontar o dedo para os “negacionistas-terraplanistas-nazistas-taxistas” da ultra-extrema-megadireita pela resistência à vacina experimental do que fazer um momento de introspecção ou de oferecer um debate honesto.

Na onda de baboseiras como “tudo isso é culpa dos não vacinados ou das fake news” está, obviamente, Joe Biden. O presidente norte-americano com o “maior número de votos na história” e também com históricos índices de rejeição em apenas dez meses na Casa Branca — joga para a torcida a mesma retórica: “Os não vacinados são responsáveis ​​por suas próprias escolhas, mas essas escolhas foram alimentadas por desinformações perigosas na TV a cabo e nas redes sociais.

E aqui entra a malandragem de tipos como Barroso, Biden e companhia. O que eles querem dizer por “desinformação” se refere a qualquer coisa com que eles — ou seus amigos políticos — não concordem. O que eles querem dizer por “rede social”? Tudo aquilo que se refere a postagens de reações contrárias às vacinas, ao tratamento precoce, à imunidade natural e ao que escapa do olhar atento de seus paus-mandados nas “agências de checagem” da extrema esquerda, incrustadas nas redações militantes da velha e mofada imprensa.

Hipocrisia é isso aí
Obviamente que, se quisermos falar de hipocrisia dentro dessa pandemia, além do espetacular vídeo do ministro Barroso cantando um samba de rostinho colado com um jornalista da TV Globo, sem máscara e sem pudor, não podemos deixar de citar Anthony Fauci.[Confira: Sem máscara, Barroso canta e dança em festa ao lado de jornalista da GloboNews e/ou  Jornalista da Globo cai no samba com ministro do STF.] Aquele que se encontra no leme da pandemia nos Estados Unidos, mesmo depois de escândalos envolvendo seu nome. Primeiro, Fauci disse que não havia “nenhuma razão” para andar por aí com uma máscara. Depois, afirmou que o conselho, na verdade, era para racionar equipamentos de proteção pessoal para enfermeiros e médicos. Em outra ocasião, admitiu que havia aumentado arbitrariamente os limites necessários de imunidade de rebanho para sairmos da pandemia não por causa de evidências científicas, mas porque sabia que poderia escapar impune: “Quando as pesquisas mostraram que apenas metade de todos os americanos tomaria a vacina, eu disse que a imunidade coletiva ideal para derrotarmos o vírus seria de 70% a 75%”, disse ao New York Times. “Então, quando as pesquisas mais recentes disseram que 60% ou mais aceitariam, eu pensei, ‘posso aumentar um pouco isso’, então fui para 80%, 85%”
 
 

Barroso canta e dança em festa de casamento

Fauci, Biden Barroso… Não é difícil diagnosticar os mais cínicos dessa era já histórica

Fauci também negou veementemente que os dólares do contribuinte dos EUA estavam financiando pesquisas em Wuhan, na China, para admitir apenas em maio deste ano que “não havia como garantir” como esse dinheiro estava sendo usado. Um dos homens mais insolentes dessa pandemia também chegou a dizer que o uso de máscaras para vacinados é puro teatro político.

Fauci, Biden Barroso… Não é difícil diagnosticar os mais cínicos dessa era já histórica que ainda empurram cidadãos para continuarem cobrindo seus rostos, vacinados, não vacinados, com imunidade natural… não interessa. Cubra a boca e não solte nenhuma palavra. 
Isso não apenas cultiva a desconfiança nos especialistas da saúde, mas também tira a vontade das pessoas de receber a vacina que vem sendo empurrada de forma tirânica. 
Afinal, qual o propósito de se vacinar se mesmo pessoas e jovens saudáveis ​​não podem tirar a máscara e conviver normalmente umas com as outras?
 
Na contramão
E, embora muitos países, inclusive algumas das notáveis superpotências do mundo, tenham ido ao extremo para ordenar que os seus cidadãos tomem injeções experimentais, o Japão decidiu ir na contramão da loucura e adotou uma abordagem totalmente independente. Em vez de forçar a população por meio de passaportes de vacinas, como muitos países ocidentais, o governo permitiu que tal decisão continuasse sendo uma escolha individual. Em sua orientação sobre as vacinas para a covid, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão deixa claro que, embora o governo incentive os cidadãos a tomar as vacinas, a opção de fazê-lo não é obrigatória: “A vacinação só será dada com o consentimento da pessoa a ser vacinada após as informações prestadas”, lê-se no guia distribuído para a população. “Por favor, vacine-se por sua própria decisão, entendendo a eficácia na prevenção de doenças infecciosas e o risco de efeitos colaterais. Nenhuma vacinação será dada sem consentimento.”

O ministério, além disso, pede que indivíduos e empresas não “obriguem ninguém em seu local de trabalho ou aqueles ao seu redor a serem vacinados”, ao mesmo tempo que encoraja aqueles que receberam a vacina a não “discriminar aqueles que não foram vacinados”. Também está incluído na orientação um link para uma página de aconselhamento de direitos humanos que fornece instruções sobre como lidar com casos de discriminação no local de trabalho.

O que permanece ainda mais surpreendente sobre a abordagem do Japão para os esforços de vacinação contra a covid, no entanto, tem sido sua transparência em relação aos potenciais efeitos colaterais das vacinas. No início deste mês, o Ministério da Saúde do país ordenou que “a inflamação do músculo cardíaco e do revestimento externo do coração em homens mais jovens” (miocardite e pericardite) fosse listada “como possíveis efeitos colaterais graves das vacinas Moderna e Pfizer”. Os hospitais também são obrigados a “relatar em detalhes incidentes envolvendo pessoas que desenvolveram os sintomas dentro de 28 dias após serem vacinadas”.

Essa abertura e esse respeito pela ética médica são uma lufada de ar fresco quando comparados com os esforços autoritários empreendidos pelo presidente dos EUA, Joe Biden, cuja administração orquestrou um dos maiores ataques às liberdades individuais na era moderna. Ações que têm sido copiadas por personagens toscos no Brasil.

As diferenças gritantes nas respectivas abordagens entre países como Brasil, Estados Unidos e Japão para os esforços de vacinação não são apenas angustiantes, mas vergonhosas. Por décadas, os Estados Unidos permaneceram um farol de liberdade para milhões de pessoas privadas de direitos que vivem em buracos totalitários do inferno em todo o mundo. Os decretos draconianos de Barroso e Biden mancham a imagem de liberdade no Ocidente, pois as ações só demonstraram até agora a arrogância de uma classe política que declarou guerra aos direitos naturais dos cidadãos. Essas ações não são representativas dos ideais da América ou do Iluminismo, período que Barroso faz questão de mencionar em seus discursos vazios e falaciosos. Para esses homens sem escrúpulos, suas posições parecem sedutoras agora. Os livros, no entanto, mostrarão que essas ações são de regimes que colocaram poder e controle absolutos sobre a liberdade individual ao longo da história.

Leia também “Para a hipocrisia não há vacina”

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste


quarta-feira, 20 de outubro de 2021

A ERVA DANINHA DO AUTORITARISMO - Percival Puggina

Os maus exemplos sufocam os bons exemplos como a erva daninha mata a planta boa
Temos assistido, nos últimos três anos, a sucessivos exemplos de autoritarismo.  Na minha percepção, o fenômeno iniciou no Supremo Tribunal Federal e se propagou rapidamente no Congresso Nacional. Em ambos os lados da praça, a Constituição é serventia da casa e servida ao gosto do patrão. 

Foi o autoritarismo que expediu ordens descabidas ao presidente da República por parte do STF. Foi ele que criou o inquérito do fim do mundo. É ele que fecha jornais, prende jornalistas, criou o flagrante eterno, estatizou verdades e impôs medo à liberdade de opinião.

Vê-se autoritarismo em atos cotidianos do presidente da Câmara dos Deputados no exercício de sua prerrogativa de elaborar a pauta de votações. Em três anos, a Casa não votou a PEC da prisão após condenação em segunda instância, nem o fim do foro privilegiado. Na democracia à brasileira, dane-se a opinião pública!  
É por causa do autoritarismo que custeamos 513 deputados federais para que uma dezena de líderes de bancada comandem os acontecimentos da Casa e conduzam todos os demais pelo nariz, segundo seu querer. 
Essa submissão se deve ao autoritarismo dos líderes na distribuição dos recursos públicos, sejam partidários, sejam do orçamento da União.

Houve longas sessões de autoritarismo na CPI da Covid-19. Foi o autoritarismo que levou ao “Pare de trabalhar e fique em casa!”. É o autoritarismo que leva juristas, políticos e jornalistas a regrarem o ato médico, formulem, com os próprios cotovelos, verdades “científicas” e imponham o passaporte sanitário.

Por puro autoritarismo, um único senador consegue tornar estéril a prerrogativa presidencial de indicar à aprovação do Senado um novo ministro do STF. Afirma o senador, e há quem concorde, ser sua a prerrogativa de marcar a data para a sabatina do indicado, podendo fazê-lo quando bem entender. Ou seja, o ato convocatório da sessão de sabatina poderia ocorrer no intervalo de tempo vai do já ao nunca. Passados cem dias da indicação, tudo leva a crer que o senador Alcolumbre pretende cumprir o que já li haver ele afirmado: enquanto for presidente da CCJ essa audiência não vai acontecer.

Examinemos em microscópio essa variante amapaense da síndrome autoritária que assusta a nação. 
O senador Davi Alcolumbre preside a Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal do Brasil sem haver concluído sequer o curso de Ciências Econômicas cujas aulas um dia pretendeu frequentar. 
Na poltrona onde já sentaram figuras ilustres do direito brasileiro, senta-se agora um senador graduado no ensino médio, incapaz de compreender que o direito de marcar a data de um evento não se confunde com o direito de não marcar a data do mesmo evento.  
E mais, escapa-lhe a compreensão de que se assim fosse, os presidentes da CCJ teriam a prerrogativa de, ao longo dos anos, esvaziar por completo o plenário do STF. Bastaria, para isso, que a mesma “prerrogativa” fosse usada pelos titulares do posto ao longo do tempo necessário para todos os ministros se aposentarem. 
O senador nem imagina que o abuso de sua prerrogativa pontual derruba direito constitucional atribuído ao Presidente. Cabe a este indicar à CCJ quem ele quiser, para que a comissão, por deliberação colegiada de seus membros, verifique se o indicado atende às condições exigidas de um ministro do Supremo pela Carta da República.

Democracia e autoritarismo são antagônicos. Para usar palavra da moda, o autoritarismo é antidemocrático. Para se protegerem de seus fantasmas, o STF e o Congresso Nacional nos arrastam para um simulacro de democracia que a parcela mais bem informada da população não mais leva a sério.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


terça-feira, 21 de setembro de 2021

A NOVA ARMA DO TOTALITARISMO - Percival Puggina

 Eu prefiro ficar exposto às inconveniências de atender à maior liberdade do que àquelas correspondentes a seu menor decréscimo. (Thomas Jefferson)

Em todo o Ocidente, um número incalculável de veículos de mídia, muitos dos quais poderosíssimos, se converteram nos últimos anos em tratadores da humanidade. 
Olham-nos e veem “pets” precisando ser adestrados para nos comportarmos adequadamente no mundo concebido em seus laboratórios de reengenharia social. 
Ainda não nos ordenam saltar ou fazer gracinhas, mas nos mandam calar a boca e ficar em casa enquanto alimentam nosso pensamento com o magro jejum proporcionado pelas manipulações diárias.

Nenhum grupo é tão sensível a essa ditadura quanto o formado por parcela dos políticos com mandato. Jamais contrariam seus tratadores. Buscam votos populares, querem que você digite os números deles na urna eletrônica, mas é para seus colunistas mais influentes que abanam o rabo. “E o que ganham com isso?”, indagará o leitor mais atento. Ora, mediante tal submissão, ganham o necessário silêncio sobre o mal que fazem e o bem que deixam de fazer no desempenho do mandato. Mas este é outro assunto.

O passaporte sanitário é o mais recente produto dessa opressão. Tão logo aprovado, será ele que vai abrir as portas à comunidade dos idiotizados, até recentemente conhecida como “sociedade” ou como “vida em sociedade”
Seres humanos sem passaporte sanitário terão que conviver entre si, nos subterrâneos, como antigamente viviam os leprosos. 
Mas quem se importa com isso, se o jornal X ou a TV Y querem que seja assim? 
Nessa ditadura da ignorância, quando deveriam gritar sua indignação, muitos que divergem calam e, no silêncio, consentem.

Parafraseando Kirkegaard vivemos tempos em que nossa liberdade está sendo tomada por aqueles que raramente usam a sua para pensar. Eu me pergunto como as lideranças liberais e conservadoras, os líderes de entidades empresariais que já foram tão prejudicados em sua liberdade para operarem seus negócios não se mobilizam para barrar a aprovação dessas assustadoras propostas que pipocam nos municípios brasileiros?

Só em Porto Alegre já são três projetos! Cada um impondo trancas e ferrolhos a quem não for portador dessa nova e sublime forma de cidadania: o passaporte sanitário
Por ser iniciativa com nítido perfil autoritário de esquerda, invasivo e inconstitucional, têm forte apoio dos vereadores desse bloco. E contam, também, com silêncio aquiescente entre os que receiam receber maus tratos de seus “tratadores” na dita grande mídia.

Valha-nos Deus!

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

domingo, 25 de julho de 2021

Penalizar tudo, punir nada - O Globo - [só o maior corrupto da história do Brasil, não é punido]

 Onze estados investigam busca por 3ª dose da vacina contra Covid-19, que pode ser crime 

[tentaram punir o Lula - o maior ladrão da história do Brasil; só que o Supremo anulou as condenações - alegou que o criminoso foi denunciado na 'vara errada' -isso após processo passar por mais de dez juízes e a condenação sentença ser confirmada em várias instâncias.
Se o cidadão não quer se vacinar, querem punir = até um passaporte sanitário pensam criar. Quando corre atrás, querendo reforçar a vacina tentando garantir mais uma dose, também querem punir.
São inúmeras leis, punindo os pequenos - só que os verdadeiros criminosos, os maiores ladrões não são punidos.
No Brasil, quando você pensa em cometer um crime ou deseja que alguma autoridade seja presa, querem te punir. Mas os que matam, roubam - especialmente dinheiro público - se dão bem.]

Número pode ser maior, considerando que muitas denúncias não chegam às autoridades 

Enquanto 45% da população brasileira tem apenas a primeira dose contra a Covid, Ministérios Públicos de ao menos sete estados acompanham casos de pessoas que burlaram o processo de vacinação e tomaram uma terceira aplicação. Secretarias de Saúde de outros quatro estados relatam tentativas e casos de pessoas “revacinadas” após as duas doses de praxe. O número pode ser maior, pois muitas denúncias não chegam aos órgãos de saúde e menos ainda às instâncias encarregadas de investigar e punir as irregularidades.

Após os sommeliers de vacina e dos fura-fila, os “caçadores da terceira dose” são mais um desafio à campanha brasileira contra a Covid-19. São pessoas que dizem não se sentir seguras com apenas duas doses e buscam um “reforço”. Para órgãos de Justiça, isso é crime. O ato pode ser enquadrado como tentativa de fraude e estelionato. As punições podem incluir multa e até prisão.
 
Um dos estados com mais casos conhecidos é Minas Gerais, onde o Ministério Público entrou com ação contra um casal de Belo Horizonte que foi imunizado três vezes. Depois de tomarem duas doses de CoronaVac na capital, eles viajaram para Rio Novo, onde têm uma fazenda e foram revacinados, com uma dose da Pfizer. [o casal falsificou algum documento para tomar a terceira dose? 
fez alguma declaração falsa para a receber a terceira dose? 
salvo melhor juízo, entrar na fila, fazer uma  ficha sem declarar nenhum dado falso não é crime.O que pode ser alegado é falta de ética, egoísmo, que tira a vacina de outra pessoa.
Só que no Brasil, nao ter vergonha na cara,  não é crime.] O MP quer impedir que o casal tome a segunda dose da Pfizer, ou a primeira de algum outro imunizante, sob pena de multa de R$ 1 milhão.

A Promotoria de Minas também abriu investigação contra pessoas que teriam tomado quatro doses em Viçosa. Um homem recebeu duas doses da CoronaVac na cidade, depois viajou para o Rio, onde tomou uma dose da AstraZeneca, e por fim foi à Divisão de Saúde da Universidade Federal de Viçosa, onde recebeu uma dose da vacina da Pfizer. A mulher dele teria feito o mesmo. [vale o comentário acima]

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Também no estado, um idoso de 75 anos de Guaxupé conseguiu até liminar na Justiça para tomar uma terceira dose, alegando ter várias comorbidades. O MP entrou com recurso, e a liminar foi suspensa.  A discussão sobre a necessidade de uma terceira dose que reforçaria a resposta imunológica para a Covid já foi levantada em alguns países. O debate também acontece no Brasil, mas não deve se concretizar até que a população complete o esquema de duas doses. Enquanto isso, cada região do país decide como proceder em relação às pessoas que aproveitam brechas para se revacinar.

Segundo a epidemiologista Carla Domingues, ex-coordenadora do Plano Nacional de Imunizações (PNI), não há estudos que comprovem que tomar uma terceira dose de vacina traga prejuízos à saúde. A atitude prejudica a campanha, diz ela: — Tira a vacina de outra pessoa e consequentemente vamos demorar mais a ter a imunidade coletiva para voltar ao normal. Além de ser um egoísmo, demonstra a falta de qualquer senso de responsabilidade social.

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O epidemiologista Paulo Lotufo, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, argumenta o mesmo: — Não há risco individual, exceto que o egoísmo não faz bem ao ser humano.

O tema ainda não chegou ao Ministério da Saúde. A pasta afirma que “não recebeu nenhum tipo de denúncia de pessoas que estejam recebendo, inadvertidamente, uma terceira dose de vacinas Covid-19”. Em coletiva de imprensa na última quarta, questionado especificamente a respeito de pessoas que tinham burlado o sistema para tomar uma terceira dose, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se esquivou e disse que “aí é com a Polícia Federal”. A reportagem já havia consultado o órgão, que respondeu que esse tipo de investigação ficaria a cargo das secretarias de Segurança Pública.

Indício de 29 mil casos
Um estudo realizado pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) encontrou registros de que ao menos 29.570 pessoas em todo o país receberam pelo menos três doses de vacina. A análise considerou dados abertos do Ministério da Saúde até 24 de junho. O coordenador do Laboratório de Estatística e Ciência de Dados da Ufal, Krerley Oliveira, explica que os pesquisadores corrigiram inconsistências conhecidas no banco de dados, como informações que aparecem duplicadas. Ainda assim, não é possível ter certeza de que todas essas pessoas tomaram mais de duas doses, porque podem existir outros erros. É um “forte indício”, segundo Oliveira.

Os dados mostram que cerca de 70% das vacinas de primeira e segunda dose são CoronaVac, enquanto 60% das doses a mais são da AstraZeneca, indicando que a maioria dos casos não seriam causados por erros. São Paulo é o estado com maior número de casos no levantamento da Ufal. No início do mês, a Secretaria municipal de Saúde de São Paulo notificou o Conselho Regional de Medicina após ter recebido denúncia de que dois médicos tomaram uma terceira dose da vacina em unidades “drive-thru”. A secretaria municipal também apura o caso de revacinação de dois estudantes de Medicina. O MP de São Paulo acompanha outros quatro casos. Um deles, o de uma veterinária de Guarulhos que, já vacinada com duas doses da CoronaVac, foi a outro posto de vacinação, onde recebeu uma dose da Janssen. Depois, se gabou do feito nas redes sociais.

No Rio, a Secretaria municipal de Saúde não divulgou números, mas afirma que a investigação é importante para confirmar a tentativa de fraude. No Espírito Santo, o Ministério Público recebeu 393 denúncias de irregularidades relacionadas à vacinação, entre “caçadores da terceira dose”, fura-filas e pessoas que apresentaram laudos falsos para ter prioridade na imunização.

Rastreamento prévio
Duas cidades do Sul do país afirmam ter conseguido evitar a revacinação ao rastrear os casos. Segundo a Secretaria de Saúde de Santa Catarina, a terceira aplicação em uma mulher em Balneário Camboriú foi recusada. Situação semelhante ocorreu em Porto Alegre, segundo a prefeitura. No Paraná, o MP informou investigar um caso em Carlópolis.

O Ministério Público de Tocantins informou que foi notificado sobre o caso de uma médica que teria recebido a terceira dose da Pfizer, após ter tomado duas da CoronaVac em Araguaína. Também no Norte, os Ministérios Públicos do Amazonas, Roraima e Pará informaram que não receberam denúncias.

Mudança de imunizante:  Ministério da Saúde recomenda que grávidas vacinadas com AstraZeneca tomem segunda dose da Pfizer

No Nordeste, o Ministério Público de Alagoas instaurou um procedimento administrativo para investigar se houve aplicação de terceiras doses, após o levantamento da Ufal.  No Rio Grande do Norte, segundo o portal G1, uma assistente social e uma psicóloga foram exoneradas em Macau, na região da Costa Branca, após a prefeitura do município descobrir que elas tomaram uma terceira dose de vacina. O MP informou que a apuração está em curso.

No Centro-Oeste, o único local no qual há registro de denúncias sobre pessoas que possam ter tomado indevidamente a terceira dose foi o Distrito Federal. Segundo o Ministério Público Estadual do Distrito Federal e Territórios, o órgão apura denúncia de que servidores da Secretaria de Educação teriam tomado indevidamente dose única da vacina da Janssen, mesmo após terem sido imunizados com outras vacinas. [estranho é que nada falam sobre a mania do Ibaneis, governador do DF, de segurar vacinas???  Não se sabe para que - apenas aquela autoridade local  segura doses, enquanto a vacinação é interrompida por falta do imunizante] O MP pediu informações à Secretaria de Saúde para seguir com as investigações sobre o caso, mas não informou se os dados já foram repassados. O tema não chegou na Polícia Civil e nem no MPF.

O Globo
 

quinta-feira, 22 de julho de 2021

SOBREVIVERÁ A LIBERDADE AOS GOVERNANTES DO SÉCULO XXI? - Luiz Guedes da Luz Neto

Acesso, em meados de julho de 2021, a internet e vejo nas redes sociais notícias de que alguns governantes na Europa avisam que implementarão condições especiais para circulação de pessoas em seus territórios e, quem não se enquadrar em tais condições, ficará impedido de livre circulação, de acesso a lojas, supermercados etc. Parece que há ainda a possibilidade de criação de espaços para essas pessoas que não se enquadram em tais exigências, como uma espécie de Gueto de Varsóvia.

Pensei que tivesse ingressado em uma máquina do tempo e desembarcado na Europa de 1942, governada em grande parte pelo ditador Hitler. Mas não, o ano é mesmo 2021 e o continente que se orgulha de ter sido o berço de vários movimentos em prol da liberdade está ameaçando entrar em novo período de perseguição aos direitos fundamentais dos indivíduos. Desta vez não é contra judeus, ciganos, deficientes físicos e mentais, mas sim contra as pessoas que ousam exercer a liberdade.

Entre os governantes europeus, estão o presidente da França, Macron, e a primeira ministra da Alemanha, Angela Merkel. Felizmente, uma grande parte da população da França, da Alemanha, da Inglaterra e da Grécia está se levantando contra a violência da implantação do denominado “passaporte sanitário”, que, na prática, caso seja implantado, aniquilará a liberdade de tal forma que dificilmente será possível restabelecê-la ainda no Século XXI, que ficará conhecido, no futuro, como o Século da Escuridão Pseudo-científica e da Perda da Liberdade.

A Idade Média verdadeiramente iniciará no Século XXI se os propósitos totalitários de vários governantes forem alcançados, com a anuência (intencional ou não) das classes médica e política, com o suporte midiático. Um exemplo evidente de que as escolas realmente não prepararam as pessoas para a vida é o fato de você encontrar várias pessoas, algumas com curso superior completo, repetirem, como papagaios, que a única saída é através da Ciência (coloquei a primeira letra em maiúsculo para sinalizar que se trata de um deus para muitos) e que quem questiona a Ciência é um negacionista.

Está provado, com esse tipo de comportamento, que as escolas ensinam apenas a decorar o conteúdo para as provas e não a analisar a realidade e a buscar uma solução através da pesquisa honesta e criteriosa, aprendendo a usar a lógica. Quem quiser ser uma pessoa realmente pensante, precisa ir além do conteúdo exposto nas escolas, complementando a sua formação, em especial lendo os clássicos.

Não adianta o debate com essas pessoas, pois elas não sabem sequer o conceito de ciência e que, na ciência, ao contrário do que elas acreditam, o que menos existe é consenso e permanência das verdades, que são sempre transitórias. A única coisa permanente na ciência é a dúvida. Antes que algum mentecapto[1] pergunte se eu sou contra vacina, respondo logo. Não sou contra vacina. Sou contrário à violência estatal e privada exercida contra as pessoas que querem exercer o direito à liberdade de escolha. Simples assim.

Para evitar a repetição dos horrores[2] perpetrados pelos cientistas do 3º Reich, alguns documentos internacionais foram elaborados após a II Grande Guerra. Entre eles podemos mencionar o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, de 1966, que no art. 7º, assegura que ninguém poderá ser submetido a tortura, nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. Será proibido, sobretudo, submeter uma pessoa, sem seu livre consentimento, a experiências médicas ou científicas.

É proibido submeter uma pessoa, sem seu livre consentimento, a experiências médicas ou científicas. Para o exercício do livre consentimento é necessário que o paciente seja informado de forma honesta e precisa sobre todos os riscos, dos menores aos maiores. Porém, infelizmente, no caso das vacinas contra a COVID-19, não há nenhuma informação nos postos de vacinação (no Brasil não vi nenhuma informação, apenas pessoas da área da saúde perguntando se o vacinado queria tirar uma foto para postar nas redes sociais).

Somente há a veiculação de que as vacinas seriam seguras e eficazes, apesar de elaboradas em tempo recorde, pois, segundo os noticiantes, a Ciência teria evoluído bastante nos últimos anos. Desta forma, milhões de pessoas foram vacinadas no Brasil sem ter acesso à informação clara e precisa. Ao contrário do noticiado nos canais de rádio e de televisão, os próprios fabricantes, em suas bulas, afirmam que ainda não há dados mais sólidos sobre eficácia e segurança, necessitando ainda de mais estudos e de mais tempo para a coleta de dados. Basta ler as bulas que estão disponíveis nos sites dos fabricantes.

Para o livre consentimento, além da informação correta, clara e precisa sobre os riscos e benefícios da vacinação no estágio atual das pesquisas, as pessoas não podem ser submetidas a qualquer intervenção de elementos de força, fraude, mentira, coação e/ou astúcia de ente estatal ou privado. Dessa forma, não basta afirmar que a vacinação é facultativa, precisa garantir o livre consentimento informado das pessoas e o direito de vacinar-se ou não. Condutas como a adoção de “passaporte sanitário”, de exigir a vacinação de determinadas categorias profissionais sob pena de demissão, entre outras violências, são contrárias à liberdade das pessoas, não permitindo que essas exerçam o direito ao livre consentimento informado sem sofrer qualquer penalidade por parte do Estado ou de particulares.

O Tribunal de Nuremberg, instalado após a Segunda Guerra Mundial para o julgamento dos crimes cometidos nos anos de 1939 a 1945, condenou 20 médicos por crimes de guerra por terem submetido prisioneiros a experimentos científicos. Desse julgamento resultou um documento com recomendações sobre aspectos éticos envolvidos na pesquisa científica em seres humanos. Vale a pena a leitura desse documento (clique aqui,português).

Declaração de Helsinque, firmada em junho de 1964 com alterações posteriores, afirma, no item 17, que os pesquisadores devem interromper qualquer pesquisa se a relação risco/benefício tornar-se desfavorável ou se não houver provas conclusivas de resultado positivos e benéficos. No item 20 afirma que os sujeitos devem ser voluntários e participantes informados do projeto de pesquisa. O item 22 fala sobre o direito à informação sobre o estudo para que a pessoa possa decidir de forma consciente se participa ou não da pesquisa científica na qualidade de cobaia (consentimento informado). A Declaração Universal do Genoma Humano e dos Direitos Humanos, no art. 5, alíneas “a” a “e”, afirma que as pessoas têm direito à informação necessária para o exercício do direito de livre consentimento informado. 

Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, de 2005, no art. 6, fala que qualquer intervenção médica preventiva, diagnóstica e terapêutica, só deve ser realizada com o consentimento prévio, livre e esclarecido do indivíduo envolvido, baseado em informação adequada. O Art. 8 abarca o respeito pela vulnerabilidade humana e pela integridade individual, devendo os indivíduos e grupos vulneráveis ser protegidos e a integridade individual de cada um deve ser respeitada. Constata-se que o ponto em comum de todos os documentos internacionais acima mencionados é o respeito à integridade individual e ao direito ao livre consentimento informado. Isso deve ser buscado por todos os indivíduos e respeitado pelos governos, posto que direitos inalienáveis.

Se os eventuais efeitos danosos das recentes vacinas contra a COVID-19 ainda não são plenamente conhecidos, pois há a necessidade de mais estudos, conforme reconhecido pelos fabricantes das vacinas, por questão de cautela e de honestidade científica, ainda devem ser encaradas como experimentais e, em razão disso, as ações humanas de vacinação devem ser exercidas com todo o cuidado necessário, em especial informando as pessoas dos riscos e benefícios (eventuais efeitos colaterais; que por serem ainda novas, não há o conhecimento amplo de efeitos adversos de curto, médio e longo prazos; etc.), bem como que não há ainda conhecimento pleno do comportamento da substância no corpo humano, por ser um fármaco recente, em observância ao Código de Nuremberg, ao Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, à Constituição Federal Brasileira (que assegura o direito à saúde, à dignidade da pessoa, à liberdade), entre outros documentos.

Um exemplo próximo do público brasileiro em questão de vacina que aparentava ser extremamente benéfica, porém que se provou o contrário, é a vacina contra a dengue, que foi suspensa a sua aplicação após se verificar que causava mais danos (e danos graves) do que benefícios aos seres humanos. Desta forma, o direito do indivíduo à integridade física, à liberdade e ao consentimento informado deve ser garantido pelos Estados, e não violado por estes, como parece pretender os protoditadores da França, da Alemanha e da Inglaterra, entre outros que esperam a reação da população daqueles países para se manifestar de forma favorável à violência do “passaporte sanitário”.

É defeso aos Estados, aos governantes, à imprensa, aos entes privados, entre outros, de contribuir, de qualquer forma, para a supressão do direito ao livre consentimento informado do indivíduo e à liberdade de escolha de injetar, em seu corpo, qualquer tipo de substância.Há documentos internacionais que respaldam, juridicamente, a liberdade do indivíduo de decidir se toma ou não a vacina contra a SARS-COV-2, ou qualquer outra. A manutenção da liberdade é responsabilidade dos indivíduos (de todos), que devem cobrar dos governantes o respeito a esse direito fundamental, sem o qual as pessoas deixam de ser cidadãos para se tornar escravos dos Estados e dos seus governantes.

Mentecapto: que ou quem é mentalmente desordenado; que ou quem perdeu o juízo, o uso da razão; alienado, louco; que ou quem é destituído de inteligência, de bom senso; tolo, néscio, idiota. ()

Experimentos com gêmeos, experimentos sobre congelamento, sobre malária, sobre gás mostarda, sobre Sulfonamida, sobre a água do mar, sobre esterilização, com tifóide, com venenos, com bombas incendiárias, experimentos de altas atitudes.

Publicado originalmente no blog Guedes & Braga.

Luiz Guedes da Luz Neto é advogado no escritório de advocacia Guedes & Braga, em João Pessoa/PB.