Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador CNN. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador CNN. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Lula foge do penúltimo debate presidencial no primeiro turno

Já o presidente Jair Bolsonaro vai participar do evento com os presidenciáveis, segundo informou ao Radar o ministro das Comunicações, Fábio Faria

Participar do segundo e penúltimo debate na TV com os candidatos ao Palácio do Planalto, no próximo sábado, não está nos planos do ex-presidente Lula. A informação foi dada ao Radar pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos coordenadores da campanha do petista.[Lula não vai ao debate  por medo de ser triturado - todos os candidatos se unem no momento  de mencionar que ele foi preso e condenado por nove juízes diferentes e em três instâncias = foi descondenado,  porém, não foi inocentado.

Tem também a agravante do medo que ele tem de povo e  populares cogitam de se aglomerar no local do debate para vaiá-lo na chegada e na saída = Lula adquiriu pânico de multidão.]

Nesta terça, o Radar noticiou que o presidente Jair Bolsonaro confirmou presença no evento, de acordo com o ministro das Comunicações, Fábio Faria. O debate será organizado por VEJA em parceria com SBT, CNN, Terra NovaBrasil e Estadão/Eldorado.

O presidenciável do PT irá, no entanto, ao debate da TV Globo, na quinta-feira da semana que vem.

‘Fugir ao debate é desrespeitar o eleitor’, diz Simone Tebet sobre Lula

Randolfe afirmou na noite desta segunda que Lula não participaria do debate no sábado porque já tem comícios programados para a mesma data. Novamente questionado nesta terça, ele respondeu que a ida do ex-presidente ao evento “não está programada”. [comícios em ambiente fechado, com entrada controlada, sendo acessível apenas aos devotos.]

Já a assessoria de imprensa do petista se limita a informar que “não tem definição” sobre o debate. Lula tem comício marcado para a sexta-feira, em Ipatinga (MG) e deve participar de atos eleitorais em São Paulo no sábado.

Radar - Revista VEJA 

 

sábado, 30 de julho de 2022

A bandeira do consórcio da imprensa - Revista Oeste

Silvio Navarro

Em campanha contra a reeleição de Jair Bolsonaro, velha mídia esconde fatos e minimiza um crime contra o maior símbolo nacional

Bebel Gilberto e Michele Bolsonaro | Foto: Reprodução mídias sociais
Bebel Gilberto e Michele Bolsonaro | Foto: Reprodução mídias sociais

Seja qual for o resultado das eleições para a Presidência da República em outubro, a campanha deste ano já demonstrou que algo muito sério aconteceu nas redações da imprensa tradicional no país. O domingo 24, data do lançamento oficial da candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição, será lembrado como um dia em que o autointitulado consórcio da mídia entrou em pane.

Antes de qualquer linha sobre o tema, registre-se que cada uma das empresas de comunicação tem liberdade para publicar o que quiser pelo menos enquanto não houver censura do Supremo Tribunal Federal ou a tal “regulação da mídia” prometida pelo PT. Tampouco os veículos devem satisfação aos concorrentes sobre o seu verniz editorial. O problema é brigar com os fatos.

Foi o que aconteceu no domingo, quando a antiga imprensa tentou esconder que o Ginásio do Maracanãzinho e seus arredores, no Rio de Janeiro, estavam lotados de apoiadores de Bolsonaro para a convenção do PL — algo parecido com o que fizeram no 7 de Setembro do ano passado. Ou a tentativa de acobertar que o evento, cuja estrela foi a primeira-dama, Michelle, figurou como assunto mais comentado nas redes sociais naquele dia — o chamado trending topics.

A Rede Globo optou por destacar em sua programação vespertina e nos seus perfis nas redes sociais uma reportagem do Fantástico sobre a viagem das baleias jubarte de Ilhabela (SP) até Arraial do Cabo (RJ) — algo que não era filmado havia mais de 30 anos.

Já o jornal Estado de S. Paulo parece cada vez mais empenhado em superar a militância política do rival Folha de S.Paulo. O diário posicionou câmeras no Maracanãzinho para mostrar espaços vazios.  
Nas redes sociais, os repórteres buscavam lugares escondidos para gravar seus vídeos. Tudo isso foi notado e comentado em grupos de WhatsApp — por outros jornalistas que acompanharam o evento dentro do ginásio.

Um dos textos publicados pelo Estadão usou quatro vezes a expressão “flopou” — flop, fracassar em inglês —, ao se referir ao público presente. As imagens divulgadas na internet foram captadas horas antes da chegada de Bolsonaro ao local. O título dizia: “Espaços vazios em convenção motivam debates nas redes”. Só o Estadão viu esse debate.

Na sequência, o jornal enfileirou reportagens que buscavam relacionar o governo Bolsonaro à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A intenção é clara: na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito perpétuo dos “atos antidemocráticos”, proibiu aliados do presidente de relacionarem o PT ao PCC e/ou ao assassinato do prefeito Celso Daniel, em 2002.

A Veja inovou numa manchete sobre o jingle do presidente batizado de Capitão do Povo, da dupla sertaneja Matheus e Cristiano. Segundo a revista, a canção eleitoral “acertou assustadoramente e pode pegar”. O colunista escalado para analisar o evento escreveu:

A Folha de S.Paulo deixou de lado o trocadilho que virou hit nas redações — “despiora” — e seus colunistas que desejaram a morte de Bolsonaro durante a pandemia
Optou por outro tipo de cobertura e convocou sua “agência de checagem”. O resultado não poderia ser diferente: “Bolsonaro cita teoria da conspiração e vídeo falso com Lula”, dizia a manchete.

A tese “conspiratória” é um trecho do discurso no qual Bolsonaro menciona um decreto assinado por Lula em 2009. Ele disse que o petista, “além de querer a desconstrução da heteronormatividade, criou o que se chama ideologia de gênero”.

O jornal não aceita nenhum tipo de debate sobre esse assunto. Reagiu exatamente assim: “Trata-se de uma teoria da conspiração sem nenhum fundamento na realidade. O programa em si tem entre seus muitos objetivos a ‘garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero’, tendo como ação programática “reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, com base na desconstrução da heteronormatividade”.

A afirmação citada como “falsa” sobre um vídeo de Lula remete aos jovens que roubam celulares. Bolsonaro disse: “Esse mesmo cara [Lula] que defende o roubo de celulares como um direito do bandido roubar pra tomar uma cerveja”. A agência de checagem disse que se trata de fake news e que a frase correta é: “Para que roubar um celular? Para vender. Para ganhar um dinheirinho. Então eu penso que essa violência que está em Pernambuco é causada pela desesperança”.

O texto da Folha ainda diz que Bolsonaro “tentou tirar jornais de circulação, atacou veículos de imprensa e jornalistas centenas de vezes” durante o mandato.

Bebel e a bandeira
Para complicar a tarefa dos jornalistas de plantão no fim de semana, simultaneamente ao ato de Bolsonaro, circulou um vídeo no qual a cantora Bebel Gilberto pisoteia a bandeira brasileira. Era um show para 500 pessoas num anfiteatro em Menlo Park, na Califórnia. Para atacar o presidente, ela despejou o ódio da classe artística de esquerda contra o símbolo máximo nacional — o que configura crime de contravenção.

No país onde ela se apresentava, aliás, um homem foi condenado a 15 anos de prisão no Estado de Iowa, em 2019, por arrancar e queimar uma bandeira do arco-íris, que representa a causa LGBT, de uma igreja.

“Eu não gosto de fazer isso porque ‘não sou Bolsonaro'”, disse a cantora. “Desculpe, eu não devia fazer isso. Mas estou orgulhosa de ser brasileira ou não?”


Diante da estrondosa repercussão negativa, Bebel pediu desculpas pouco sinceras em nota. “Foi um ato impensado. Se tivesse tido tempo de raciocinar, teria me ocorrido que eu estava entregando de presente para a extrema direita uma imagem com a qual poderiam destilar o seu ódio repugnante e o seu falso patriotismo”, disse. “Essa gente sequestrou os símbolos nacionais e corrói a democracia brasileira com o seu projeto autoritário de poder. Foi por esse motivo que soltei o nome do inominável no meu gesto impulsivo no palco.”

Como afirmou o jornalista Boris Casoy, da CNN, Bebel não cometeu um ato impensado. Sua família é altamente politizada: é filha do compositor João Gilberto e da cantora Miúcha e sobrinha de Chico Buarque. Vive no exterior. Tem acesso a todo tipo de produção jornalística e cultural há décadas.

O próprio silêncio dos colegas de ofício, que não repudiaram a cena, é autoexplicativo sobre como funciona a cabeça da classe artística. Tanto que o alvo preferencial da resposta da nota de Bebel foi o ex-secretário de Cultura Mario Frias. 
Ele foi um dos responsáveis por suspender as verbas públicas para produções artísticas ligadas à esquerda. 
 A cantora captou R$ 2 milhões da Lei Rouanet para uma turnê em 2011. Na época, a responsável pelo pagamento no governo Dilma Rousseff era sua tia, Ana de Hollanda.

Bebel não é a única que se irritou com as cores da bandeira recentemente. No Rio Grande do Sul, a juíza Ana Lúcia Todeschini Martinez tentou barrar o uso do símbolo patriota nos meses de campanha. “É evidente que hoje a bandeira nacional é utilizada por diversas pessoas como sendo um lado da política, né?”, disse a magistrada, em uma entrevista. “Hoje, a gente sabe que existe uma polarização. De um dos lados há o uso da bandeira nacional como símbolo dessa ideologia política.”

Pesos e medidas
O episódio da bandeira jogou ainda mais luz sobre o papel que o consórcio de imprensa tem desempenhado desde a eleição de 2018. As críticas ao disparate da cantora foram reduzidas a um grupo de “bolsonaristas”. Enquanto isso, usuários do Twitter, do Facebook e do Instagram publicavam imagens do símbolo nacional ou usando a camisa da Seleção Brasileira de Futebol contra o gesto de Bebel.

O termo “bolsonarista” tem sido empregado à exaustão pela velha mídia em tom negativo. É como se a opção por valores conservadores e liberais, ou qualquer manifestação contra a dita agenda “progressista” da esquerda, fosse proibida. 

Alguns veículos de comunicação que não integraram o consórcio formado durante a pandemia passaram a ser chamados de blogs bolsonaristas” — negacionistas, fascistas e golpistas. Está claro que o discurso de ódio do “nós contra eles”, adotado pelo PT desde que o seu projeto de poder deu certo em 2002, tomou as redações. A bandeira do consórcio está erguida.

Leia também “A imprensa em campanha”

Silvio Navarro, jornalista - Revista Oeste

 

domingo, 19 de junho de 2022

A nova histeria da esquerda - Revista Oeste

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

Quando se trata de obter notícias sobre governo e política, existem diferenças ideológicas gritantes nas fontes de informação que os norte-americanos usam. Em uma pesquisa antes da histórica eleição presidencial norte-americana de 2016, quando, inesperadamente, Donald Trump ganhou o tíquete para sentar no Salão Oval na Casa Branca, os entrevistados foram perguntados a qual meio de comunicação eles recorriam com maior frequência para notícias sobre governo e política. As menções mais frequentes eram duas redes a cabo: CNN e Fox News. De lá para cá, as diferenças ideológicas se tornaram mais acirradas, a confiança em uma única fonte aumentou e a polarização política foi anabolizada.

Aqueles com valores políticos conservadores são orientados em torno de um único meio a Fox News — em grau muito maior do que em qualquer outro grupo ideológico. Numa pesquisa de 2014, quase metade daqueles dos conservadores nomeou a Fox como sua principal fonte para questões políticas. 
Os canais de rádio ocuparam o segundo lugar, com Dennis Prager, Sebastian Gorka e Larry Elder. O hoje famoso âncora da Fox News, Sean Hannity, ganhou seu próprio show no canal de televisão depois do sucesso absoluto de seus programas no rádio. À esquerda, as opções são variadas, com CNN, NPR, MSNBC e New York Times no topo da lista.
 
O viés ideológico é uma das grandes preocupações de todos os norte-americanos com relação à mídia. 
A maioria deles, contudo, acredita que o viés esquerdista é predominante e pernicioso. 
De acordo com uma pesquisa Gallup de 2017, feita logo depois da vitória de Trump sobre Hillary, 64% dos norte-americanos acreditavam que a mídia favorecia o Partido Democrata — em comparação com 22% que disseram acreditar que favorecia o Partido Republicano. A consternação com o viés esquerdista na grande mídia é desenfreada, abrindo caminho para comentários de especialistas políticos e acadêmicos sobre o atual estado da imprensa.

Mas, em uma era em que as redes sociais desempenham um papel importante na desconstrução de falácias e roteiros ensaiados por alguns veículos, para onde correr quando o assunto é apenas notícias, sem viés ideológico nem distorções?

Pedágios ideológicos
No Brasil, sabemos que o solo é árido e a terra quase seca quando o assunto passa a ser fontes conservadoras de notícias, que apresentam os fatos como eles são e depois debruçam-se em análises sérias, doa a quem doer.  
Durante muito tempo, os brasileiros foram acostumados a engolir sem muitos questionamentos o que o Jornal Nacional colocava na mesa. Hoje, diante de milhões de agências checadoras nas palmas de nossas mãos, não é difícil entender por que o outrora consagrado programa se tornou obsoleto. 
Seu antigo poder de mudarou manter — opiniões dos telespectadores não existe mais. A influência de grandes grupos na decisão de um voto, como Globo e CNN, atualmente é quase nula. A torcida engoliu as opiniões sérias, e a velha imprensa se tornou apenas mais um partido político de oposição ao atual governo.

Mas o preço chega para esse ativismo tosco em que “fascistas e nazistas” passeiam pelo Brasil e pelos Estados Unidos com as bandeiras de seus países e “a democracia está a um passo da destruição”. Nos Estados Unidos, por exemplo, depois de apenas um mês no ar, um movimento surpreendeu os mundos da mídia e da tecnologia. A Warner Bros. Discovery encerrou todas as operações da CNN+ depois de um investimento astronômico no canal para assinantes. A paralisação dos serviços depois de tão pouco tempo foi um fim ignominioso para uma operação na qual a CNN investiu centenas de milhões de dólares.

Enquanto no Brasil há pouquíssimas fontes para esse jornalismo factual, nos Estados Unidos as coisas são um pouco diferentes

O canal entrou em colapso apenas dois dias depois que a Netflix divulgou um declínio trimestral nas assinaturas pela primeira vez em uma década, um possível sinal de alerta para grandes empresas de mídia que se juntam ao campo cada vez mais lotado de serviços de streaming aliados a vieses políticos ou agendas ideológicas. O fim abrupto da CNN+, bem como a projeção da Netflix de que perderá mais 2 milhões de assinantes nos próximos três meses, levantou questões sobre quantas pessoas estão dispostas a pagar por vários serviços de streaming, bem como quão lucrativas essas empresas podem se tornar nos próximos anos pagando todos os possíveis e imaginários pedágios ideológicos existentes no planeta.

Vale o fato
Quando um juiz conservador é nomeado para a Suprema Corte dos Estados Unidos, os detratores gostam de dizer que ele é “conservador” demais, com posições retrógradas e ultrapassadas. 
Na verdade, juízes conservadores na América são conhecidos por um único ponto: seguir à risca a Constituição e a letra fria das leis.        Para o juiz norte-americano Antonin Scalia, um magistrado deve apenas aplicar a lei, jamais legislar ou atuar sem ser provocado. 
Nomeado pelo quadragésimo presidente norte-americano, Ronald Reagan, Scalia serviu à Suprema Corte dos Estados Unidos de 1986 até pouco antes da sua morte, em 2016. Era considerado um dos pilares jurídicos e intelectuais do originalismo e textualismo na defesa da Constituição dos Estados Unidos. Ou seja, vale o que está escrito. Sem ativismo, sem política. Como deveria ser também com o jornalismo. Vale o fato.

Enquanto no Brasil há pouquíssimas fontes para esse jornalismo factual, e aqui expresso minha honra em poder fazer parte de duas dessas fontes nossa Revista Oeste e o programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan —, nos Estados Unidos as coisas são um pouco diferentes. É claro que não é difícil encontrar facilmente conteúdo conservador on-line, mas pode ser difícil encontrar fontes que forneçam informações confiáveis. Algumas publicações são simplesmente destinadas a chamar sua atenção e dar cliques, enquanto outras são dedicadas a realmente educá-lo sobre tópicos relevantes.

A National Review continua sendo o principal destino do pensamento conservador e é um dos principais sites de informações sobre política externa. A revista foi fundada pelo autor William F. Buckley Jr., em 1955, e, desde a sua fundação, tem desempenhado um papel significativo no desenvolvimento do conservadorismo nos Estados Unidos, ajudando a definir suas fronteiras e promovendo fusões, enquanto se estabelece como voz de liderança na direita norte-americana.

O The Blaze, site do experiente jornalista Glenn Beck, apresenta notícias de última hora, comentários exclusivos e outros conteúdos independentes criados e entregues em formato de revista de notícias, muitas vezes acompanhados de vídeos. Esta publicação se orgulha de ser patriótica e objetiva.

O Red State, originalmente fundado por Erik Erickson, oferece artigos de opinião conservadores exclusivos e únicos em um formato de estilo blog. O conhecido grupo organiza uma reunião todos os anos. Políticos e aspirantes a candidatos presidenciais costumam participar para tentar convencer os conservadores a votar neles.

Uma combinação de notícias e opiniões, o LifeSiteNews.com cobre regularmente tópicos como família, fé e liberdade. Esta publicação não se esquiva de falar sobre as questões da eutanásia, pesquisa com células-tronco, bioética e aborto e é conhecida por destacar ativistas pró-vida em todo o país. As histórias também estão disponíveis em boletins diários.

O The Federalist se concentra em três temas principais: cultura, política e religião. Esta publicação produz um conteúdo único e mais objetivo do que um site de notícias comum e, embora ainda de tendência conservadora, segue a linha “Scalia”. Facts fisrt.

Embora o blog American Thinker não o surpreenda com gráficos, vídeos chamativos ou um lado multimídia apelador, ele o surpreenderá com muito conteúdo de opinião conservadora. O American Thinker publica informações exclusivas que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar, geralmente de norte-americanos com antecedentes políticos impressionantes, uma opinião e um teclado. Esta publicação também convida os leitores a participarem de discussões sérias.

Fundado em 2012, o Washington Free Beacon oferece uma ampla variedade de conteúdo novo que inclui jornalismo investigativo exclusivo e sátira mordaz. Embora o veículo ofereça regularmente informações sólidas e risos, ele se aproxima mais do jornalismo opinativo.

O The Daily Wire é um site de notícias fundado em 2015 pelo comentarista político Ben Shapiro. Hoje já é a segunda editora mais popular no Facebook e produz podcasts como The Ben Shapiro Show. Muitas histórias do Daily Wire visitam o jornalismo de organizações de notícias tradicionais do passado, ao mesmo tempo em que adicionam opiniões conservadoras embasadas em princípios do conservadorismo norte-americano. As “agências checadoras” de fatos disseram que algumas histórias compartilhadas pelo veículo não podem ser verificadas e que o Daily Wire muitas vezes deturpa os fatos para promover uma visão partidária. Se as agências de checagem estão incomodadas, é sinal de que estão no caminho certo.

Outro campeão de brigas com as tais “agências de checagem” é o Daily Caller, fundado por Tucker Carlson, campeão absoluto de audiência na Fox News. Aliás, os números de seu programa diário, Tucker Carlson Tonight, já são há algum tempo inatingíveis para qualquer concorrente, seja na TV a cabo, seja na TV aberta no horário. Depois de Tucker levantar US$ 3 milhões em financiamento, o site Daily Caller nasceu, em 2010, como uma “resposta conservadora ao The Huffington Post, apresentando seções em uma ampla gama de assuntos além da política.

Em uma entrevista de 2010 com a Columbia Journalism Review, Tucker Carlson descreveu o público potencial do The Daily Caller como “aqueles que desconfiam das organizações de notícias convencionais”. Carlson disse que a cobertura de eventos políticos importantes o surpreendia sempre por sua estupidez.

Não são apenas os partidos de oposição ao atual governo no Brasil — incluindo o STF que vivem de panfletagem e ativismo
A velha imprensa, hoje completamente descaracterizada e que se ajoelhou às turbas ideológicas, também abusa da cartilha que prega que tudo é racismo, fascismo, homofobia, opressão, misoginia. Páginas de militância cega para a implementação de doutrinas extremas e perigosas, empurradas por meio de cancelamentos e coações psicológicas.

O que então está por trás dessa nova histeria da esquerda sobre o suposto fim iminente da democracia? Na verdade, é bastante simples. A esquerda espera perder o poder nos próximos anos, tanto pela forma como o conquistou e o usou, quanto por causa de suas agendas radicais, que, de fato, nunca tiveram apoio público.

Leia também “América indomável”

Ana Paula Henkel,  colunista - Revista Oeste



domingo, 20 de março de 2022

O surreal baile de máscaras - Revista Oeste

Augusto Nunes - Paula Leal

Recado do Brasil sensato aos governantes assustados com a pandemia agonizante: basta de covardia

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

Confrontados neste março com evidências robustas de que a pandemia agoniza, governadores e prefeitos promovidos pelo Supremo Tribunal Federal a condutores do combate à covid-19 vêm confirmando que só lhes sobram autoconfiança e insolência quando ordenam outra retirada. Durante dois anos, enquanto debitavam na conta do “presidente genocida” mortes provocadas pelo vírus chinês, esses guerreiros de araque recorreram a sucessivos recuos, disfarçados de isolamentos verticais e horizontais, quarentenas, lockdowns, pontapés na Constituição e restrições autoritárias. 
A estratégia que mistura intolerância e pusilanimidade contou com a orientação e o endosso de sumidades de botequim que fingem ser capazes de, simultaneamente, ouvir a voz da Ciência, enxergar a luz da Verdade e enfrentar a morte em defesa da Vida dos outros. Além de Jair Bolsonaro, só negacionistas sem cura se atreviam a discordar dessa tribo de iluminados.

A farsa acabou. Exemplarmente harmoniosa durante a temporada de fugas, a imensidão de generais e coronéis engajados na guerra sanitária vem espancando a partitura desde que pressentiu a chegada da hora da contraofensiva. O persistente declínio da curva de óbitos, a estabilidade do número de novas contaminações e a notável expansão da população vacinada dispensam consultas a sábios de jaleco. Em pânico, jornalistas reduzidos a porta-vozes de necrotério fizeram o diabo para anabolizar a Ômicron e transformar em inimigo medonho uma variante que, pela diminuta taxa de letalidade, apenas reafirmava o ocaso da covid-19. A imprensa terrorista segue assombrando crédulos vocacionais. Mas só vigaristas de nascença e estrábicos por opção ignoram que a pandemia está a um passo do fim. Mais alguns dias e terá virado endemia. Mais uma.

Se homens públicos valentes não fossem uma espécie em extinção, a imediata abolição de restrições com prazo de validade vencido já teria elevado extraordinariamente a taxa nacional de otimismo. O problema é que se move no palco um elenco de canastrões implorando pelo socorro da mãe. Governantes bestificados começaram a bater cabeça, dispersaram-se na encruzilhada e agora espantam o país com o show de cientificismo esquizofrênico que acaba de parir o mais surreal baile de máscaras. Evoluem na congestionada pista de dança, por exemplo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador paulista João Doria. Empenhadas em lucrar eleitoralmente com a manipulação de um valioso fetiche da seita do Fique em Casa, a dupla se meteu numa corrida que só avalizou a obviedade negada por ambos: não existe a Ciência Exatíssima. Nenhuma afirmação científica é infalível e incontestável. Se fosse assim, um deles teria cometido — por pressa ou lentidão — um erro grosseiro. E deveria ser punido pelo crime de negacionismo.

João Doria, governador de São Paulo, ao lado de Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro -  Foto: Divulgação

Em outubro de 2021, com as bênçãos dos doutores em vírus desconhecido, Paes dispensou do uso de máscara quem circulasse pelo Rio ao ar livre. Essa decisão foi encampada por Doria só neste 8 de março. Pior: os efeitos positivos da notícia foram reduzidos pela agilidade do prefeito carioca, que anunciara na véspera a revogação da obrigatoriedade da máscara também em locais fechados. O governador tropeçou de novo na tibieza ao esperar até 17 de março para seguir o exemplo de Paes. A hesitação impediu por mais nove dias que os habitantes de São Paulo respirassem normalmente em espaços abertos ou fechados. E prolongou um ritual que merecia ser cumprido ao som da lira do delírio.

Como em outros quatro Estados cujos administradores dispensaram o uso da máscara apenas em lugares abertos, um ser humano governado por Doria só fez o que lhe deu na telha no apartamento onde reside.  
Se decidiu jantar fora, cobriu o rosto no interior do elevador. Esperou um táxi de cara limpa. Recolocou a máscara ao alojar-se no carro. Tirou-a de novo ao deslocar-se do táxi para a porta do restaurante. Tornou a cobrir a face entre a porta e a mesa. Voltou a descobri-la depois de sentado. Repôs a máscara na ida ao banheiro. 
Talvez se tenha consolado com a dura vida dos garçons. Incumbidos de atender a casta que Oeste qualificou de “a nova aristocracia da covid-19”, zanzaram o tempo todo com a respiração reprimida. Ao decretar o banimento das máscaras em espaços livres, por sinal, Doria caprichou na frase de efeito: “Temos a possibilidade de, finalmente, neste primeiro grande passo, retirar as nossas máscaras e trazer o sorriso de volta”. Num gesto que pretendia ser teatral, arrancou do rosto e enfiou num bolso a máscara negra. Mas não sorriu. Tampouco sorriram os garçons que acompanharam a cena pela TV. Mesmo quando circulam pelos jardins de um restaurante, continuam proibidos de mostrar a cara.
 
A extensão da medida a espaços fechados incorporou São Paulo ao grupo de sete Estados que já haviam universalizado a abolição da máscara. Cinco unidades da federação só aplicam a restrição em lugares fechados. Outros quatro suspenderam a exigência em locais abertos e condicionaram a liberação de espaços fechados ao alcance de um índice de vacinação fixado pelos municípios. A vanguarda do atraso, que continua exigindo o uso de máscaras até em praias e parques, agrupa dez Estados: Bahia, Pernambuco, Ceará, Sergipe, Paraíba, Piauí, Pará, Tocantins, Roraima e Amapá. Alguns pretendem reexaminar o assunto com urgência. Outros parecem esperar que a última esquadrilha de vírus chineses voe de volta para o país natal. Visto em seu conjunto, o mapa do Brasil redesenhado pela pandemia impõe uma boa pergunta: onde fica exatamente a linha divisória em que a cautela acaba e começa a covardia? Esteja onde estiver, está claro que faltam altivez e bravura no universo dos governadores e prefeitos. Desapareceram os intimoratos condutores de multidões. A coragem sumiu.

O medo não seleciona alvos por faixas etárias, categorias socioeconômicas e níveis de escolaridade. E é também altamente contagioso

Na semana passada, o alagoano Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, adiou por tempo indeterminado a ressurreição integral das sessões presenciais. “É preciso preservar a saúde não só dos parlamentares, mas também dos servidores e dos colaboradores”, alega Lira. Em todo o Brasil, numerosas universidades e escolas públicas ou particulares tratam aulas presenciais como coisa do passado. Faz dois anos que o ensino tem ficado para depois. Nesta quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal reiterou a preferência por sessões virtuais. 

O Distrito Federal deixou há meses de exigir o uso de máscaras em qualquer lugar de Brasília. Mas a Câmara dos Deputados não é um lugar qualquer. Muito menos o Pretório Excelso. 
Se até chefes dos Poder Judiciário e do Poder Legislativo preferem ficar em casa (de máscaras), é compreensível a presença nas ruas de multidões de brasileiros com o rosto coberto. Como o coronavírus, o medo não seleciona alvos por faixas etárias, categorias socioeconômicas e níveis de escolaridade. E é também altamente contagioso.

A eficácia da máscara sempre dividiu opiniões. Uma reportagem publicada na Edição 97 da revista Oeste lembrou que, no início da crise sanitária, a Organização Mundial da Saúde desaconselhou o uso dessa proteção por pessoas saudáveis. Em fevereiro deste ano, Leana Wen, especializada em saúde pública e analista médica da CNN norte-americana, afirmou que “o uso dessa proteção facial deve ser uma escolha individual”. Uma pesquisa recente constatou que a eficácia da máscara de pano oscila entre 2,5% e 10%.

Para o médico Roberto Zeballos, clínico geral e doutor em imunologia, o uso de máscaras ajudou a evitar infecções decorrentes de aglomerações. “Mas novos estudos mostraram que a eficácia da máscara é baixa”, pondera. “E a pandemia está claramente em queda no Brasil”. Para o médico, é provável que o elevado número de infecções provocadas pela variante Ômicron nos últimos meses tenha contribuído para que o Brasil alcançasse a imunidade de rebanho. “Todo paciente que vence a doença se imuniza”, garante Zeballos. “Quanto mais pessoas imunizadas, maiores as chances de alcançar a imunidade coletiva”. [imunidade de rebanho, condição defendida pelo presidente Bolsonaro, desde o inicio da pandemia.]

O ainda numeroso bloco dos mascarados será progressivamente despovoado pelo ritmo intenso da vacinação e pelo enfraquecimento da covid-19. Perderá inteiramente o sentido quando a OMS, que fingiu por dois meses enxergar uma endemia onde havia uma pandemia assassina, agora reluta em conferir o status de endemia a uma pandemia em estágio terminal. Corretamente, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já avisou que o justo rebaixamento será oficializado pelo Brasil. A pedra no caminho é um Supremo Tribunal Federal transformado em partido de oposição. O presidente da República foi proibido de dar palpites em questões ligadas à covid-19. E o papel que caberia a Bolsonaro foi confiscado por superjuízes que se metem em tudo, de preferência em assuntos que desconhecem. Vírus chinês, por exemplo.

Se o STF permanecer em quarentena, será mais rápida a volta à normalidade.  

O Brasil sensato cansou-se da montanha-russa que enfileira um passaporte sanitário injustificável, indecorosas exumações da censura, surtos autoritários, CPIs cafajestes, imposições alfandegárias e outras brasileirices prepotentes. Muitos países europeus já entenderam que, se um vacinado pode infectar e ser infectado, quem rejeita a imunização não representa um risco para a humanidade. A intolerância insolente, amparada num duvidoso “rigor científico”, está na origem dos absurdos castigos impostos ao sérvio Novak Djokovic. 
O esplêndido campeão foi preso por autoridades australianas, execrado publicamente e deportado por não ter sido vacinado contra o coronavírus. Passados dois meses, a França poupou Djokovic da apresentação de comprovantes inócuos e liberou-o para a disputa do mítico torneio de Roland Garros, no fim de maio. O Brasil saíra ganhando se seguir o exemplo da França.

A pandemia vai morrendo de exaustão. Os brasileiros estão fartos de exigências sem sentido. É hora de aprender a conviver com outra doença endêmica. Chega de rendições. Basta de covardia.

Leia também “A elite desmascarada”

Augusto Nunes - Paula Leal - colunistas Revista Oeste


terça-feira, 1 de março de 2022

Com megacomboio às portas de Kiev, Rússia avisa que atacará, bombardeia torres e tira TVs do ar

A GUERRA DE PUTIN

Fila de veículos militares e blindados tem mais de 60 km e está nas proximidades da capital ucraniana. Segunda maior cidade o país também sofre intensos bombardeios 

 Com comboio gigantesco perto de Kiev, Rússia avisa que atacará alvos na capital e tira TVs do ar

Sede do governo da segunda maior cidade do país é bombardeada em nova fase da ofensiva de Moscou, que pede que moradores se afastem de locais estratégicos na capital

Foto divulgada pelo Ministério do Interior ucraniano mostra fumaça após um ataque com mísseis contra uma torre de TV em Kiev Foto: - / AFP
Foto divulgada pelo Ministério do Interior ucraniano mostra fumaça após um ataque com mísseis contra uma torre de TV em Kiev Foto: - / AFP
Com um comboio gigantesco pronto para entrar na capital da Ucrânia, Kiev, o governo russo atacou a principal torre de rádio e TV na cidade na tarde desta terça-feira, interrompendo todas as transmissões, de acordo com o Ministério do Interior ucraniano. Cinco pessoas morreram, segundo o governo americano. Agora, forças russas se prepararam para um ataque maciço à capital, mas, que, segundo os Estados Unidos, poderia demorar ainda mais de 24 horas.

Vídeos capturaram pelo menos mais duas explosões na área próxima à torre. Em comunicado no Facebook, o Ministério do Interior confirmou que os canais de TV estão temporariamente fora do ar, "porque o hardware de transmissão da torre foi danificado". A torre, no entanto, não foi derrubada.

Apelo: Segunda rodada de negociação entre Rússia e Ucrânia é marcada para esta quarta-feira

Após o bombardeio, o Ministério das Relações Exteriores disse que a Rússia foi "bárbara". O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou que um Memorial do Holocausto de Babi Yar foi atingido. O local lembra o extermínio de 30 mil judeus ucranianos durante a Segunda Guerra Mundial pelos nazistas. — Ao mundo: qual o sentido de dizer 'nunca mais' por 80 anos, se o mundo fica quieto quando uma bomba cai no local de Babi Yar? Ao menos cinco morreram [no ataque de hoje], uma história que se repete — afirmou  o presidente. [cada pronunciamento feito pelo presidente ucraniano mostra que ele arrumou a guerra confiando nos 'aliados' ocidentais.]

Kiev continua cercada há vários dias. Imagens de satélite registraram, na noite de segunda-feira, um comboio de veículos militares russos de cerca de 64 quilômetros de extensão em direção à cidade. Segundo a empresa Maxar, responsável pela imagem, podem ser vistos tanques, peças de artilharia, veículos de transporte e outros equipamentos de logística.  De acordo com a CNN, a fila se estende da área ao redor do aeroporto de Antonov, que fica a cerca de 25 quilômetros do Centro de Kiev, ao sul, até a cidade de Prybirsk, ao norte.

Mas, de acordo com um alto funcionário do Pentágono, o movimento russo para entrar em Kiev foi interrompido "porque soldados enfrentam desafios logísticos, incluindo a escassez de alimentos". Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, as forças "parecem estar reavaliando como avançar na cidade".

— Uma razão pela qual as coisas parecem estar paradas ao norte de Kiev é que os próprios russos estão se reagrupando, repensando e tentando se ajustar aos desafios que enfrentaram — disse o funcionário sob anonimato.

Polônia: Guerra na vizinhança faz país reviver traumas de invasões russas e alemãs

O Ministério da Defesa russo já havia anunciado que iria atacar locais em Kiev pertencentes ao serviço de segurança da Ucrânia, além de uma unidade de operações especiais. Os ataques, segundo nota do ministério publicada nas agências de notícias russas Tass e RIA, visam evitar "ataques de informação" contra a Rússia, para "acabar com a guerra psicológica e midiática" da Ucrânia. O comunicado também instava moradores próximos a esses locais a deixarem suas casas.

Segundo a ONU, até agora 136 civis foram mortos na ofensiva russa na Ucrânia, sendo 13 crianças, e 400 ficaram feridos. O Ministério das Relações Exteriores da Índia confirmou que um estudante indiano foi morto durante o bombardeio em Kharkiv.

Já o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu que a comunidade internacional adote mais sanções contra a Rússia, por causa do ataque "bárbaro" à cidade. "Mísseis russos bárbaros atingiram a Praça da Liberdade e bairros residenciais de Kharkiv. O mundo pode e deve fazer mais. Aumentem a pressão. Isolem a Rússia totalmente", escreveu Kuleba, em uma rede social.

Josep Borrell, chefe de política externa da União Europeia, por sua vez, afirmou que o bombardeio russo em Kharkiv viola as "leis de guerra". Essa é a segunda vez que Kharkiv é alvo de um grande ataque russo desde o início da guerra, mas, até o momento, a cidade, com mais de 1,5 milhão de habitantes e a apenas 65 quilômetros da fronteira da Rússia, permanece nas mãos dos ucranianos.

Em O Globo, MATÉRIA COMPLETA

 


terça-feira, 14 de dezembro de 2021

O medo do Dr. Fauci - Revista Oeste

Rodrigo Constantino

Se a ameaça nazista se desse hoje, temo pela reação ocidental: não faltariam lideranças recomendando o “apaziguamento” com o inimigo

Doutor Anthony Fauci | Foto: Aaron Clamage/Milken Institute
Doutor Anthony Fauci | Foto: Aaron Clamage/Milken Institute

Condição necessária para isso foi a coragem de enfrentar riscos. Imagina o nosso antepassado apavorado diante de feras terríveis, e enclausurado numa caverna até o perigo passar. Não estaríamos aqui refletindo sobre a vida. Ou seja, parte inexorável de nossas conquistas foi a tolerância ao risco da morte. Não quer dizer comportamento suicida, irresponsável ou imprudente, mas, sim, um ato de volição para desafiar todas as ameaças que a pura existência num planeta hostil traz.

Ocorre que, por diversos motivos, estamos nos tornando mais medrosos. O sucesso planta algumas sementes do fracasso, torna as próximas gerações mais “suaves”, como “flocos de neve”. Se a ameaça nazista se desse hoje, com Hitler liderando sua turba de fanáticos, temo pela reação ocidental: não faltariam lideranças recomendando o “apaziguamento” com o inimigo, entregando nossas liberdades de bandeja. Não se faz mais Churchill como antigamente.

Essa pandemia de covid-19 veio comprovar isso. Países ocidentais resolveram espalhar medo e oferecer soluções “mágicas”, ainda que draconianas e autoritárias. O controle social passou a ser enorme, tudo em nome da saúde, da proteção à vida. Os mais acovardados nem pestanejam na hora de delegar cada decisão aos “especialistas”. Foi assim que o Dr. Fauci virou uma celebridade mundial, a “voz da ciência”, acumulando um poder inimaginável para reis medievais. Dr. Fauci soube explorar muito bem o medo dos outros.

E não é algo novo. Era o mesmo Dr. Fauci o responsável pelo combate ao HIV, vírus da aids. E não faltam críticos de que lá, assim como agora, o médico ajudou a espalhar um medo exagerado que afetou a vida de milhões de pessoas. Ele foi “cobrado” recentemente numa das centenas de entrevistas que tem concedido — haja tempo para tanto holofote! — à CNN, mas o apresentador não foi lá tão duro assim. Ele leu a denúncia do senador republicano Ron Johnson, de que Fauci espalhou pânico desnecessário antes e agora, e logo depois ridicularizou a crítica, levantando a bola e cedendo a palavra ao entrevistado. Fauci, então, disse: “Como responder a algo tão absurdo assim?”

Mencionar isso é “politicamente incorreto”, mas a ciência e o vírus não ligam para seus sentimentos

Bem, talvez… respondendo? Mas Fauci adotou outra estratégia: “Exagerar a aids? Matou mais de 750.000 americanos e 36 milhões de pessoas em todo o mundo. Como você exagera isso? Exagerar a covid? Já matou 780.000 americanos e mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo. Então, eu não tenho nenhuma ideia do que ele está falando”. Excelente resposta, caso a pergunta tivesse sido outra. O senador nunca alegou que morreu pouca gente com aids ou covid, e sim que o Dr. Fauci criou um pânico geral bastante desproporcional, ainda mais sabendo-se que ambos afetavam de maneira bem desigual grupos de risco específicos.

Ann Coulter escreveu uma coluna no Townhall detonando a postura de Fauci, e lembrando que acidentes de carro já mataram mais de 3,6 milhões de americanos e centenas de milhões no mundo todo, e que as propostas do “especialista” seriam análogas a recomendar que todos dirigissem de olhos vendados — ou nunca mais pegassem num volante. Idosos e obesos correm um risco infinitamente maior do que jovens saudáveis com a covid, mas Fauci e sua trupe mentiram, trataram todos basicamente da mesma forma, assim como Fauci mentiu sobre a aids ser um risco equivalente para heterossexuais, muito tempo depois de ficar claro que era quase inteiramente um problema para gays e usuários de drogas intravenosas.

Mencionar isso hoje já é “politicamente incorreto”, mas a ciência e o vírus não ligam para seus sentimentos. “Em vez de dedicar recursos maciços ao fechamento de casas de banho e pontos de drogas para impedir a disseminação da aids, e proteger os americanos mais velhos no caso do covid, Fauci afirmou repetidamente que todos estavam em risco”, acusa Coulter. Ela continua: “Parece que Fauci acredita em ‘ciência’ — exceto quando precisa aterrorizar os heterossexuais para não estigmatizar os gays, ou amedrontar toda a população para não estigmatizar os idosos e obesos”.

A aids apareceu pela primeira vez em 1981, em comunidades gays em Nova Iorque, Los Angeles e São Francisco. Dois anos depois, 72% dos casos envolviam gays e 90% das vítimas não homossexuais da aids eram usuários de drogas intravenosas
A maior parte do restante era de crianças nascidas de mães infectadas com aids ou vítimas de transfusões de sangue contaminadas com aids. 
 Esse não era um grande segredo. De acordo com o CDC, em junho de 1983, de 1.552 vítimas de aids, apenas 37 não eram gays, usuários de drogas ou hemofílicos. Médicos da linha de frente aconselhavam que não havia motivo para tanto pânico, mas Fauci estava lá alarmando o mundo todo. Em 1983, ele disse: “Com o passar dos meses, vemos mais e mais grupos… A aids está saindo de limites epidemiológicos bem definidos”.
 
Em 1985 — quatro anos após o aparecimento da aids —, 73% dos casos eram em homens gays, 17% em usuários de drogas intravenosas, 3% em haitianos, 2,2% naqueles que receberam sangue e 1% em parceiros sexuais de pacientes com aids
Menos de 4% não se enquadravam em nenhuma dessas categorias. 
Com zero casos provados de transmissão heterossexual, em fevereiro de 1985,  Fauci alegou estar preocupado com esse risco. Numa fala de 1987, ele chegou a afirmar que o vírus podia ser transmitido pela saliva num simples beijo.

Hoje, segundo Coulter, Fauci está fazendo exatamente a mesma coisa com a covid, tratando os adolescentes como se eles enfrentassem perigo tanto quanto pessoas na faixa dos 70 anos, apesar de estas terem uma chance 300 vezes maior de morrer de covid do que menores de 20 anos. Para essa faixa etária, as chances de morrer de covid são menores do que o risco de morrer de insolação ao longo de suas vidas inteiras. Mesmo para aqueles na casa dos 30 anos, as chances são quase as mesmas que o risco de morrer engasgado.

Ann Coulter conclui que, se Fauci fosse entrevistado por um jornalista sério, ele bem que poderia explicar por que sua ideia de “ciência” é evitar que certos grupos se sintam estigmatizados, e não salvar vidas ou falar a verdade.

Leia também “Correlação e causalidade”


Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste


quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Jantar de inúteis, muitos ladrões [quase todos] = perfeitamente dispensável

O Globo - Lauro Jardim

Um jantar de Lula com Renan, Sarney, Jader, Eunício, Lobão...

Lula vai se reunir na noite de quarta-feira que vem com senadores e ex-senadores do MDB, uma turma que foi aliada aos governos dele próprio e de Dilma Rousseff.

O petista ligou dias atrás para Eunício Oliveira e pediu que o ex-presidente do Senado organizasse em sua casa em Brasília um jantar com alguns figurões do partido. Pedido feito, pedido aceito. Eunício tratou de convidar Renan Calheiros, Jader Barbalho, José Sarney, Edson Lobão e Venezianio Vital do Rego. Outros emedebistas, como o deputado Raul Henry e o governador Ibaneis Rocha, também estarão presentes. 

Alexandre Garcia e a Jovem Pan

Alexandre Garcia

Demitido na sexta-feira passada da CNN, Alexandre Garcia está negociando seu ingresso na Jovem Pan. [deixando bem claro que Alexandre Garcia não estará no jantar das nulidades.]

Lauro Jardim, colunista - O Globo

 

O jantar de 3 horas em SP entre Moro, Doria e Mandetta

[mais inúteis famintos por atenção e holofotes - pena que poluam o ambiente onde conspiram.] 

Sergio Moro se reuniu, na noite desta quarta-feira, com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM). O jantar durou cerca de três horas e aconteceu em São Paulo. Entre os temas debatidos pelo trio estava a defesa da democracia e a construção de uma alternativa a Bolsonaro e Lula na eleição de 2022.

Moro, que atualmente mora nos Estados Unidos, está no Brasil para uma série de conversas sobre seu futuro político. O ex-juiz se comprometeu com lideranças do Podemos, partido que pretende lançar sua candidatura à presidência, a responder até novembro se aceita a empreitada. Se optar por não concorrer, tem dito que ajudará na construção de uma terceira via no país.

Doria enfrenta também em novembro as prévias tucanas contra o governador gaúcho Eduardo Leite. O vencedor será o nome do PSDB que vai concorrer à presidência. Mandetta se articula para ser candidato ao Palácio do Planalto em 2022, mas tem mostrado disposição para compor com outras lideranças para fortalecer uma alternativa à polarização. 

Bela Megale, colunista - O Globo


quarta-feira, 7 de julho de 2021

UTILIDADE PÚBLICA - Microsoft revela falha de segurança no Windows e lança atualização de emergência

Windows: Entenda a falha de segurança revelada pela Microsoft e veja o passo a passo para atualizar o sistema 

Companhia americana lançou atualização de emergência que deve ser feita imediatamente para proteger computador de vulnerabilidade conhecida como 'PrintNightmare

A Microsoft lançou uma atualização de emergência do Windows que deve ser feita imediatamente pelos usuários para para corrigir uma vulnerabilidade identificada por especialistas no sistema operacional que pode dar a hackers acesso a computadores. Segundo a CNN, a falha de segurança, conhecida como PrintNightmare (pesadelo da impressão em português), afeta o serviço Windows Print Spooler, responsável pela comunicação com as impressoras.

Microsoft x Amazon: Pentágono decide cancelar contrato bilionário do projeto de computação em nuvem JEDI

A brecha virtual permitiria a um criminoso digital invadir e controlar o computador por meio do sistema de impressão usado em locais de trabalho que possuem impressoras em rede.   O GLOBO preparou uma série de perguntas e respostas para você entender melhor o problema e saber como agir em relação ao seu computador. Confira a seguir: 

Quais versões do Windows estão vulneráveis?
Todas
as versões do Windows contêm o código vulneráve
l e estão vulneráveis, segundo o Microsoft Security Response Center (MSRC), setor da empresa que monitora e resolve incidentes de segurança.  Isso inclui as versões do Windows Server de 2004, 2008, 2012, 2016, 2019, 20H2, além das versões Windows 7, Windows 8.1 e Windows 10.
 
Como a falha de segurança foi identificada?
Pesquisadores da empresa de segurança cibernética Sangfor identificaram a falha, mas publicaram por engano na internet códigos para entendê-la. Excluíram logo, mas as informações foram copiadas e publicadas em outros ambientes on-line.  Daí o temor de que possam ser usadas por hackers para invadir computadores que usam o Windows.
 
O que os hackers poderiam fazer?
Essa brecha, segundo a Microsoft, daria a hackers a chance de invadir computadores conectados à internet para instalar programas, visualizar e excluir dados ou até mesmo criar novas contas com direitos de usuário para assumir o controle da máquina.

Qual é a vulnerabilidade?
De acordo com o Microsoft Security Response Center (MSRC), há dois CVEs (sigla em inglês para Vulnerabilidades e Exposições Comuns), que afetam o Spooler de impressão (conhecido como fila de impressão).

Essas vulnerabilidades abririam caminho para hackers controlarem o computador por meio do sistema de impressão usado em locais de trabalho que possuem impressoras em rede. Uma delas, listada como "CVE-2021-1675", já foi resolvida pela atualização de segurança lançada em 8 de junho de 2021, o que a Microsoft reforça agora como uma necessidade.

Já o outro caminho para um ataque, vulnerabilidade descrita como "CVE-2021-34527" ainda não foi corrigido. Também está vinculado ao PrintNightmare, embora o modo de invasão apresente características distintas.  "A Microsoft está ciente e investigando uma vulnerabilidade de execução remota de código que afeta o Spooler de Impressão do Windows e atribuiu o CVE-2021-34527 a essa vulnerabilidade. Essa é uma situação em evolução. E atualizaremos o CVE à medida que mais informações estiverem disponíveis", informou a empresa.

Como se proteger?
A Microsoft recomenda que o usuário mantenha sempre o computador atualizado com a versão mais recente de segurança, a fim de proteger o dispositivo de vulnerabilidades e ataques identificados.

No caso do Windows 7, o suporte foi encerrado em 14 de janeiro de 2020. A empresa recomenda que o usuário mude para um computador Windows 10 para que ele continue a receber atualizações de segurança da Microsoft.

Qual é o Passo a passo para fazer a atualização nas principais versões do Windows?
Windows 8.1:
A melhor maneira de manter o Windows 8.1 atualizado é ativar as atualizações automáticas, assim o Windows Update instala as atualizações importantes automaticamente, conforme elas se tornam disponíveis.

Para ativar as atualizações automáticas:
Abra o Windows Update apontando com o ponteiro do mouse para o canto inferior direito da tela e mova-o para cima). Selecione Configurações  > Mudar configurações do computador > Atualização e recuperação > Windows Update. Se você quiser verificar manualmente se há atualizações, selecione Verificar Agora.
Selecione Escolher como as atualizações são instaladas, e então, em Atualizações importantes, selecione Instalar atualizações automaticamente (recomendado).

Em Atualizações recomendadas, selecione Quero receber atualizações recomendadas da mesma maneira como recebo atualizações importantes.
Em Microsoft Update, selecione Quero receber atualizações para outros produtos Microsoft quando eu atualizar o Windows, e então selecione Aplicar.

Windows 10:
Para manter seu Windows atualizado, a empresa recomenda que você acesse o Windows Update.
Selecione Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança > Windows Update > Windows Update e, em seguida, selecione Verifique se há atualizações.

Se uma atualização de recurso estiver disponível para o seu dispositivo, ela aparecerá separadamente na página do Windows Update. Para instalá-lo, selecione Baixar e instalar agora
 
Economia - O Globo
 

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Bolsonaro: "Eu não tenho que responder perguntas de muitos idiotas"

O presidente Bolsonaro disse nesta quinta (24) que “não tem” que responder a perguntas.

“Eu não tenho que dar entrevista. Eu não tenho que responder (sic) perguntas de muitos idiotas”, disse, em comício (sic)  pago com dinheiro público (sic)  em Jucurutu (RN).

“Que o tempo todo só veem defeito na gente. Não estou livre de errar. Mas tenho humildade suficiente para reconhecer quando isso acontece”, acrescentou.

O presidente ainda não citou a Covaxin.[Sobre a tão falada Covaxin, se impõe destacar: Flavia Ferronato resumiu bem: "Inauguramos no Brasil o superfaturamento de compra nao realizada, desvio de dinheiro não recebido e corrupção por pagamento de preço tabelado mundialmenteMas o certo era comprar Pfizer, pagar adiantado e esperar a Anvisa aprovar e a empresa enviar a vacina…"

O presidente Jair Bolsonaro voltou a dar chilique com jornalistas nesta quinta-feira (25). Durante o evento de inauguração do Centro de Tecnologia 4.0 em Sorocaba, no interior de São Paulo, ele gritou com uma repórter da CNN que havia feito uma pergunta sobre o atraso na compra de vacinas.

“Em fevereiro? Onde é que tem vacina para atender todo o mercado aqui e em todo o lugar do mundo? Responda? Para de fazer pergunta idiota, pelo amor de deus.”

Ao ser questionado na sequência por uma outra jornalista, Bolsonaro interrompeu furioso:

“Nasça de novo você. Ridículo, ridículo. Está empregado onde? Pelo amor de Deus.”

[O presidente Bolsonaro se recusa, com justa razão a responder perguntas que além de provocativas são estúpidas, imbecis, idiotas e são meras tentativas de manipular eventual resposta que recebam - inexiste lei que obrigue o presidente da República a conceder entrevistas, responder perguntas, provocativas ou não.]

 O Antagonista - transcrição parcial


sábado, 12 de junho de 2021

Fatos são coisas teimosas - Ana Paula Henkel (@AnaPaulaVolei)

Revista Oeste

Em seu primeiro discurso como vice-presidente, Kamala Harris disse ao povo da Guatemala o que estava inserido nas políticas tão criticadas de Trump: 'Não venham para os EUA'

Em novembro do ano passado, logo após as eleições presidenciais norte-americanas, publiquei um artigo aqui na Oeste mostrando quem era, de fato, a vice de Joe Biden. Kamala Harris, uma velha conhecida dos californianos, foi procuradora-geral da Califórnia e, mais tarde, senadora pelo Estado.

No caminho da histórica eleição de 2020, um pleito confuso e ainda com muitas perguntas sem resposta, ficou nítido que o único objetivo dos democratas era o poder da Casa Branca. Sem políticas nem propostas, o jeito foi esconder o candidato no porão e maquiar, de forma hollywoodiana, a vazia candidata a vice, que pelo menos atendia ao politicamente correto: mulher, negra, asiática, filha de imigrantes…, mas que carregava também um defeito difícil de ser escondido por muito tempo, a incompetência.

Diante de um crescimento significativo de votos de latinos no Partido Republicano desde a eleição de Donald Trump, em 2016, a mensagem da campanha presidencial dos democratas aos imigrantes ilegais, seguida logo após por uma ordem executiva do presidente eleito Joe Biden, sempre foi clara: as políticas de fronteira do ex-presidente Donald Trump seriam suspensas, a construção do muro entre o México e os Estados Unidos interrompida e a concessão de green cards a imigrantes ilegais expandida. Esse movimento gerou uma enxurrada desenfreada de imigrantes ilegais da América Central na fronteira e o país enfrenta hoje uma das maiores crises humanitárias e sanitárias de sua história.

Depois de passar a campanha presidencial escondido e ainda sem dar uma única entrevista coletiva aberta, Joe Biden decidiu colocar sua vice, Kamala Harris, à frente da crise migratória na fronteira sul. E o que era óbvio para milhões de californianos tornou-se evidente até para eleitores democratas. A cor de sua pele, sua etnia ou sua condição como mulher não lhe dão automaticamente a capacidade de liderar ou governar.

Há dois anos, ainda durante as primárias presidenciais democratas, Kamala Harris fez uma aparição no canal CNN para explicar sua posição na disputa. Naquele momento, ela havia acabado de ser humilhada em um debate por Tulsi Gabbard, outra candidata nas primárias, que expôs toda a incompetência da concorrente em sua vida pública na Califórnia. Harris tentava explicar o que havia acontecido, dizendo que era normal o embate porque ela era uma candidata de “primeira linha”.

Para quem acompanhou todo o processo eleitoral desde as primárias democratas, não foi difícil perceber que Kamala Harris nunca foi isso. Nem mesmo no dia em que realmente anunciou sua candidatura. No papel, ela parecia uma concorrente séria, era senadora pelo maior Estado do país, ex-procuradora com apoio quase universal entre os repórteres militantes de uma mídia que se tornou uma espécie de assessoria de imprensa do Partido Democrata. Por algum tempo, a receita enganou muita gente e parecia que o plano daria certo. O problema nunca foi a mídia de pompom, mas os eleitores reais que sempre a consideraram detestável e inepta. Quanto mais Kamala eles viam, mais enojados ficavam.

A incapacidade política e diplomática de Harris gerou críticas até dentro do próprio partido

Para se ter ideia da repulsa que Harris despertava, em dezembro de 2019 ela estava perdendo em seu próprio Estado nas primárias democratas para o quase desconhecido Andrew Yang. Numa pesquisa do partido, a maioria dos democratas da Califórnia disse que queria que ela desistisse da corrida. Harris estava sendo esmagada até mesmo no pequeno Estado de Iowa, onde ela gastou praticamente todo o dinheiro arrecadado para a campanha. É surpreendente que, mesmo para a política, um meio famoso por recompensar a falsidade, Kamala Harris seja falsa demais para vencer.

Sua sorte é que, no atual raso e árido cenário político, pouco se discute sobre propostas, ideias ou soluções. No culto à cor da pele, ao gênero, à etnia, à sexualidade, e a toda a parafernália do politicamente correto, o que menos conta é a capacidade de governar. E Kamala, por preencher o checklist dos sinalizadores de virtude, foi a escolhida para ser o poste do poste da China. Sua primeira tarefa? A histórica crise migratória na fronteira sul. O que poderia dar errado? Tudo.

Harris fez sua primeira visita estrangeira à Guatemala e ao México nesta semana para abordar as “causas profundas” da migração da América Central para os Estados Unidos. Em seu primeiro discurso como vice-presidente, ela disse ao povo da Guatemala, sem rodeios, o que estava inserido nas políticas tão criticadas de Donald Trump: “Não venham para os EUA”, afirmou, antes da reiteração. “Não venham para os Estados Unidos. Os Estados Unidos continuarão a fazer cumprir nossas leis e a proteger nossa fronteira. Se vier para a nossa fronteira, você será mandado de volta.” Harris nazista, fascista, taxista, sambista, eletricista.

Biden, aparentemente, enviou Harris para “liderar esforços com o México e o Triângulo Norte com os países que vão precisar de ajuda para conter o movimento de tantas pessoas, impedindo a migração para nossa fronteira sul”. Ele também disse que ela era “a pessoa mais qualificada para isso”. Porém, depois dessa viagem, o óbvio ficou mais claro que a luz do dia. A incapacidade política e diplomática de Harris gerou críticas até dentro do próprio partido. Harris chamou a linguagem usada em seu discurso de imigração de “nova era” — o que vai contra a lei de asilo defendida pelo presidente Joe Biden em campanha, e a promessa de restaurar o sistema de processamento de asilo na fronteira, trazendo uma reforma de imigração há muito esperada.

Mas o desastre da vice não parou por aí. Em uma entrevista ao NBC Nightly News, Harris exibiu alguns de seus muitos talentos, que incluem uma inacreditável superficialidade e obstinada incapacidade de processar os relatórios que o Departamento de Estado envia a ela. Um dos momentos mais significativos deixaria nossa “presidenta” Dilma orgulhosa. Quando Lester Holt, da NBC, fez a Harris a pergunta mais óbvia que ela receberia sobre a crise da fronteira, a vice-presidente tentou desviar e rir da pergunta“Por que não visitar a fronteira? Por que não ver o que os norte-americanos estão vendo nesta crise?”, Holt perguntou.

Harris, demonstrando absoluto descontrole, responde agitando os braços: “Em algum momento, você sabe, nós vamos para a fronteira. Estivemos na fronteira. Então, toda essa coisa… essa coisa… sobre a fronteira… Estivemos na fronteira. Estivemos na fronteira”.  O repórter é incisivo: “VOCÊ não foi à fronteira”. Harris então responde com uma gargalhada nervosa: “E eu não fui para a Europa! Quer dizer… eu não estou entendendo o seu ponto”.

Kamala Harris está no comando de um dos problemas atuais mais graves nos Estados Unidos. E ri de uma pergunta sobre o motivo pelo qual ela não foi até a fronteira para entender melhor o que está acontecendo. O nervosismo, o aceno da mão, a risada inapropriada, as repetições semelhantes às de um robô danificado são humilhantes. O fato é que Harris não foi à fronteira. Nem Biden.

O ex-presidente Donald Trump e sua administração se opuseram veementemente à imigração ilegal e às caravanas de requerentes de asilo. Trump se concentrou na construção do muro na fronteira e impôs uma política de “Permanecer no México”, que obrigava a maioria dos requerentes de asilo da América Central a esperar no país vizinho enquanto os tribunais dos EUA revisavam suas reivindicações de perseguição. Em contraste, o governo Joe Biden encerrou a construção do muro e desmantelou a política de Trump. Em abril, entretanto, as detenções na fronteira sul atingiram mais de 178.000 migrantes ilegais — o maior número mensal em 21 anos, com milhares de menores desacompanhados.

Tommy Pigott, um dos diretores do Comitê Nacional Republicano, atesta que muitos norte-americanos que vivem em comunidades fronteiriças estão com medo de deixar sua casa e que contrabandistas vêm abandonando crianças de até 5 anos de idade na fronteira. Em comunicado à imprensa, Pigott disse que as apreensões de Fentanyl, um analgésico que se tornou uma das drogas que mais matam por overdose nos EUA, estão aumentando em todo o país. “Mesmo assim, Biden e Harris continuam decepcionando o povo norte-americano”, afirmou.

Há uma razão pela qual Kamala Harris nem mesmo chegou a Iowa no processo das primárias democratas, apesar de um lançamento espalhafatoso e do ímpeto baseado em identidade de gênero, etnia e cor da pele. Ela simplesmente não é boa em política. É inautêntica, tem instintos ruins, falta-lhe seriedade e irrita muita gente.

Mas não é apenas sua incapacidade que chama atenção. Diante da implacável realidade dos fatos, fora das supermaquiagens hollywoodianas para travestir farsantes em políticos, não há outra maneira de finalizar esse artigo a não ser com as palavras de um dos mais importantes personagens da história norte-americana. Em março de 1770, John Adams, um dos Pais Fundadores dos EUA, disse durante o julgamento dos soldados britânicos envolvidos no chamado Massacre de Boston: Fatos são coisas teimosas. E, quaisquer que sejam nossos desejos, nossas inclinações ou os ditames de nossas paixões, eles não podem alterar o estado dos fatos e as evidências”.

Leia também “A fraqueza explícita diante dos adversários”

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste