Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Caixa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Caixa. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Quando os bancos atrapalham a retomada da economia e a Receita com serviços cresce 9,7% em 2017



No período em que a taxa Selic caiu a menos da metade, os juros bancários não acompanharam o recuo. O GLOBO desta quarta-feira revela que as cinco maiores instituições do setor faturaram R$ 23,2 bi em tarifas de prestação de serviços no ano passado, um aumento de 9,7%. E o resultado aconteceu com uma base de clientes 3% menor em 2017. Os bancos, assim, atrapalham a retomada da economia.  

A palavra escárnio é apropriada para definir a atuação dos bancos no Brasil. A reportagem de Ana Paula Ribeiro e Gabriela Valente mostra que os cinco maiores estão faturando mais com um número menor de clientes. Além do aumento das tarifas, os juros continuam em níveis extravagantes. Enquanto o BC vem reduzindo a Selic de 14,25% para 6,75%, a taxa no crédito pessoal está, na média, em 122%. Os juros cobrados da pessoa física subiram em janeiro para 32,3%. Não há explicação.

Os bancos adotam uma visão míope. O momento é de recuperação da economia, não é hora de elevar os juros ou tarifas. Taxas nesses níveis contribuem, inclusive, para manter a inadimplência.   A concentração, que já era grande, aumentou. BB, Caixa, Itaú e Bradesco, que tinham 52,58% do mercado de crédito há 10 anos, hoje concentram 72% do total. Tem que haver alguma fórmula para estimular a competição. O consumidor está pagando caro.

Receita de bancos com serviços cresce 9,7% em 2017

No entanto, a base de clientes das quatro maiores instituições financeiras do país diminuiu 3% no período
Pacotes mensais de serviços, taxas para transferência de recursos para outros bancos e cobranças como segunda via de cartão de débito, entre outras. Tarifas sobre serviços renderam R$ 23,2 bilhões aos quatro maiores bancos brasileiros em 2017 — Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander

 MATÉRIA COMPLETA, clique aqui

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Irmão de Silvio Santos é alvo de operação da Polícia Federal

Operação Conclave investiga venda de ações do banco Panamericano para a Caixa

O empresário Henrique Abravanel, irmão do apresentador Silvio Santos, é um dos alvos da Operação Conclave da Polícia Federal. A investigação é sobre o processo de venda de ações do banco Panamericano, que era da família Abravanel, para a Caixa Econômica Federal em 2009. O banco foi vendido posteriormente para o BTG Pactual em 2011. Segundo a Polícia Federal, são cumpridos 46 mandados de busca e apreensão em cinco estados e no Distrito Federal. A apuração é sobre a prática de crimes de gestão temerária e gestão fraudulenta nos negócios.

 O apresentador Silvio Santos - Reprodução da internet

Henrique integrou o Conselho de Administração do Panamericano quando a gestão estava nas mãos da família. A Caixa comprou 49% das ações do banco em 2009 por R$ 739,3 milhões. No ano seguinte descobriu-se que a instituição financeira tinha um rombo bilionário. Em 2011, a família Abravanel saiu do negócio vendendo suas ações para o BTG Pactual.

A investigação apura se o negócio gerou prejuízo ao banco público, seus correntistas e clientes. A investigação identificou três núcleos criminosos: o de agentes públicos, responsáveis pelas assinaturas de pareceres e contratos, o de consultorias, contratadas para dar legitimidade aos negócios, e o de empresários, que conheciam a real situação das empresas. Os investigados poderão responder por gestão temerária ou fraudulenta, crimes que tem penas de até 12 anos de reclusão.

O nome da operação faz referência ao processo de escolha do Papa. A PF explica que utilizou a expressão porque as negociações ocorreram de forma sigilosa em formato semelhante ao usado no Vaticano.

Saiba mais, lendo o NOME DA CRISE

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Nem as lotéricas resistem à crise - ou a ganância da Caixa

Loterias - Os dois lados

No ano passado, 215 lotéricas fecharam no País. Hoje, funcionam 13.069 unidades. A Caixa diz que o negócio acaba com o fim do contrato ou quando o empresário deixa de repassar receita ao banco. 

Presidente da entidade de classe do setor (Febralot), Jodismar Amaro aponta outras razões para a rede diminuir: há nove anos a CEF não lança uma nova loteria, as apostas caíram 13% desde 2016 e o repasse por serviços bancários está em R$ 0,54, quando o ideal seria R$ 0,70. “Quem entrar nesse ramo pagando R$ 250 mil, em média, por uma loteria vai perder dinheiro”, adverte.

Fonte: IstoÉ

 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Uma rede de cumplicidades

É inexplicável que a Caixa tenha demorado ano e meio para começar a investigar suspeitas em negócios com o dinheiro de 41 milhões de trabalhadores, cotistas do Fundo

Por suspeita de corrupção, a Caixa Econômica Federal iniciou uma revisão dos atos de seus executivos responsáveis pela gestão do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço nos últimos cinco anos. Abriu uma dezena e meia de inquéritos internos para apurar “eventual prática de atos lesivos” em negócios do fundo FI-FGTS. Treze deles foram iniciados nas últimas duas semanas. 

Trata-se de um fundo de investimentos de natureza privada, sob administração da Caixa — um banco público —, que na última década empenhou R$ 30 bilhões em projetos escolhidos como prioritários pelos governos Lula, Dilma e Temer. Essa montanha de dinheiro pertence aos 41 milhões de trabalhadores cotistas do Fundo de Garantia. Seu tamanho é suficiente, por exemplo, para cobrir duas vezes o buraco aberto nas finanças do Estado do Rio. 

Investigações do Ministério Público e da Polícia Federal indicam perdas superiores a 10% do valor dos ativos do FI-FGTS. Na origem estão financiamentos suspeitos a empresas privadas, decididos em áreas da Caixa loteadas entre o PT e seus antigos aliados do PMDB, entre eles Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima. Esses prejuízos tendem a ser multiplicados, porque é grande a vulnerabilidade dos sistemas de controle da Caixa, agora desnudada nas milhares de páginas das ações na Justiça Federal. Elas revelam padrões de caos administrativo em negócios bilionários de grupos como JBS, J&F Investimentos, Marfrig, Bertin/Contern, BR Vias, Oeste-Sul, OAS, Comporte, Big Frango, Inepar, Digibrás e Haztec, entre outros. 

Nas confissões há relatos de contratos assinados em boates. O suborno variava entre 10% e 30% — quando da “comissão” de um terço do valor do contrato, o empresário levava “garantias” de que não seria importunado com a cobrança do empréstimo.  Os detalhes sobre tráfico de influência, improvisos e métodos incompatíveis com a racionalidade caracterizam a festa com dinheiro dos trabalhadores em negócios obscuros, sob ostensivo patrocínio do PT e do PMDB e encobertos por uma estrutura sindical-corporativista. 

É inexplicável que a Caixa tenha demorado ano e meio para começar a investigar suspeitas em negócios com dinheiro do Fundo de Garantia. Ministério Público, Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU) estão no caso há 18 meses. A CGU tentou obter uma série de documentos. Às vésperas do Natal de 2015, recebeu alguns dos papéis solicitados. Quase todos censurados. 

A Caixa impôs tarjas pretas sobre 90% das páginas dos relatórios sobre as suas decisões de investir recursos do Fundo de Garantia em negócios privados. Um deles, o baiano OAS, recebeu R$ 500 milhões quando já estava à beira da falência.  A decisão tardia sobre os inquéritos internos evidencia uma rede de cumplicidades entre políticos, empresários e burocratas nesse banco público. [com a devida vênia destacamos que a Caixa NÃO é um banco público e sim uma autarquia federal que exerce entre outras atividades as de banco e cujos funcionários gozam de estabilidade ampla, geral e irrestrita e que a CEF disputa junto com o Banco do Brasil o primeiro lugar nacional no CAMPEONATO DE PÉSSIMO ATENDIMENTOS aos que procuram os serviços bancários das duas instituições.
Sendo que passo a passo a Caixa vai levando vantagem em relação ao Banco do Brasil - não por o BB ter melhorado seu atendimento e sim devido a CEF ter piorado o seu.]

Fonte: José Casado, jornalista, O Globo
 
 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Operação da PF envolvendo a Caixa mira ex-ministro Geddel Vieira Lima



Ele era vice-presidente do banco e mantinha ligações com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha 

Operação deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (13), denominada "Cui Bono", que investiga irregularidades na concessão de empréstimos feitos pela Caixa, tem com um de seus alvos o ex-vice-presidente do banco e ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. A operação só não foi deflagrada antes porque, como ministro, Geddel tinha foro privilegiado. 

A  identificação de mensagens telefônicas entre o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e Geddel deu origem à investigação. 

Fonte: Época

Leia também:  Ex-ministro ainda está inconformado com demissão

 

 

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Caixa Economica, o pior atendimento - precisa ser dividida em imobiliária (ficando com o Governo) e Banco - a ser vendido a bancos privados

Caixa continua liderando ranking de reclamações de clientes, diz BC

A Caixa Econômica Federal continuou liderando o ranking de reclamações de clientes em setembro e outubro, de acordo com o resultado divulgado nesta quarta-feira, 16, pelo Banco Central. Entre as instituições financeiras com mais de 4 milhões de clientes, a Caixa registrou um índice de queixas de 17,20 pontos, superior ao indicador de 16,69 pontos de julho e agosto. 

O índice calculado pelo BC leva em conta o número de reclamações a cada bimestre, dividido pelo número de clientes de cada banco e multiplicado por 1 milhão. Segundo essa metodologia, o Bradesco passou a ser o segundo banco com mais reclamações entre as maiores instituições do País. Em setembro e outubro, o índice do Bradesco ficou em 14,59 pontos, inferior ao resultado de 15,75 pontos do bimestre anterior, mas superior ao índice de queixas do Santander, que caiu de 15,86 pontos em julho e agosto para 12,96 pontos. 

Na sequência do ranking de setembro e outubro aparecem Itaú (11,08), Banco do Brasil (10,86), Votorantim (6,90), Banrisul (5,48), Midway (1,96), Pernambucanas (0,47) e Banco do Nordeste (zero).  Entre as reclamações mais frequentes no bimestre estão a oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada, além de outras irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços. Problemas com cartões de crédito e a realização de débitos não autorizados pelos clientes também estão entre as principais queixas no setor. [o maior problema da Caixa Economica é o péssimo atendimento aos clientes;
- por telefone, nem se fala. Ligar para a Caixa é ser atendido e aguardar a linha cair ou um silêncio sepulcral seguir ao tradicional 'aguarde um momento';
- atendimento presencial, os funcionários da CEF são capazes de ficar vários minutos tentando convencer o cliente a desistir de um atendimento presencial, optar pelo atendimento nos 'caixas automáticos', mesmo quando o cliente alega que ele atendimento não lhe convém na ocasião.
A impressão que se tem é que ao final do dia, os funcionários que prestarem o pior atendimento receberão um bônus.
Só não se consegue entender qual a razão do Banco do Brasil não estar dividindo a posição com a Caixa. Com certeza os dois merecem o 1º lugar em PIOR ATENDIMENTO.] 

Fonte: Isto É



sábado, 10 de setembro de 2016

De costas para a sociedade

De costas para a sociedade, governo não escapará ao fisiologismo

A efetivação do presidente Michel Temer, na imediata sequência do impeachment, processou-se como mero ato burocrático, despojado do simbolismo que o acontecimento impunha. Política também é feita de gestos e símbolos. Foram subestimados.  Ato contínuo, as forças derrotadas, que levaram o país à ruína e protagonizaram os maiores escândalos financeiros de toda a nossa história —mensalão, petrolão e agora o ataque aos fundos de pensão, o fundão—, foram às ruas, em atos de vandalismo explícito, "denunciar" as medidas de austeridade a que o país terá de recorrer para curar-se das lesões que elas próprias lhe impuseram.

O governo Temer começa a perder uma batalha vital:
a da comunicação. O ambiente de desobediência civil, com conclamação a greve geral e até mesmo a guerra civil, proclamado por pelegos das centrais sindicais e autoridades da ordem deposta —a começar pela própria Dilma e seu mentor, Lula—, transmite ao público sinais invertidos: de que o impeachment não apenas é golpe mas imporá sacrifícios desnecessários para lesar "conquistas sociais".

Quem fala são investigados da Justiça –alguns já réus, caso de Lula, ou denunciados, caso de Dilma–, a adotar tom acusatório, quando têm só direito à defesa nas barras dos tribunais. E o que fazem o presidente e seu governo? Limitam-se a conversar com o Congresso, em busca de aprovar medidas legais contra a crise. Isso é indispensável, mas não basta. De costas para a sociedade, não escaparão ao fisiologismo.  O novo governo irá se legitimar nas ruas se estiver sintonizado, em permanente comunicação. É preciso que a sociedade saiba como estão as contas do país e quem e como as dilapidou. A analogia com o orçamento doméstico é de fácil assimilação pelo cidadão.

Simples: não se pode gastar mais do que se tem; não se pode endividar além da capacidade de pagar. O governo deposto gastou o que tinha e não tinha –e gastou mal. E roubou –muito.  Os números são eloquentes. Segundo os investigadores, o ataque aos fundos de pensão –um assalto a aposentados e viúvas de pensionistas!– soma mais de R$ 50 bilhões.

É mais que o petrolão, com os seus R$ 42 bilhões já auditados pela Lava Jato —e que o jornal "The New York Times" havia classificado como o maior roubo da história da humanidade. E há ainda por investigar, entre outros, BNDES, Caixa, Banco do Brasil, Dnit, Eletrobras. E a quadrilha é exatamente a recém-deposta pelo mais brando dos seus delitos, o crime de responsabilidade fiscal: PT, seu governo e seu aparato sindical, os mesmos que hoje bagunçam as ruas, no inacreditável papel de acusadores indignados.

É o ladrão acusando a vítima de roubá-lo. Sem interlocução do governo com as ruas, a vítima acabará abraçada ao ladrão e acusando a polícia e a Justiça. Já há sinais preocupantes.  A elite vermelha do PT, que controla várias centrais sindicais, investe no caos, em defesa de seu projeto bolivariano, indiferente à crise, que já produziu 12 milhões de desempregados. Com uma mão, pressiona o governo por aumentos a categorias que já desfrutam de estabilidade funcional e ameaça com greve geral; com a outra, saqueia os fundos de pensão, lesando os aposentados. A sociedade precisa saber disso.


Precisa repudiá-las e entender que não se sai da crise sem sacrifício. Porém, é preciso a força moral do exemplo, cortando na própria carne. Daí o desastre simbólico dos aumentos e da submissão aos lobbies corporativistas. O governo precisa enfrentar o PT e seus asseclas, sobretudo agora, quando seus crimes começam a vir à tona.
 
Fonte: Ronaldo Caiado - Folha de S. Paulo 
 

domingo, 21 de agosto de 2016

O terremoto do petrolão em bancos e fundos

Além das perdas bilionárias causadas pela corrupção, o lulopetismo também prejudicou o Tesouro por meio de projetos e programas mal formulados

Os efeitos jurídicos e políticos do petrolão são muito conhecidos. Estão no noticiário desde o primeiro semestre de 2014, quando a Operação Lava-Jato foi a campo. Aí estão a desmoralização do PT, com a prisão de militantes de alto escalão — golpe sofrido pelo partido desde o mensalão e, desta vez, com o ex-presidente Lula sendo alcançado pelas investigações, ao lado de sua criatura, Dilma. Sem considerar ilustres de partidos que foram aliados, em que se destaca o PMDB.

O impacto econômico ficaria visível num segundo momento. A começar pelas empresas atingidas, a maior delas a Petrobras, o grande filão escavado pelo esquema de corrupção lulopetista montado nela e conectado em outras companhias públicas (Eletronuclear, por exemplo). A Petrobras já abateu, no balanço referente a 2014, R$ 6,2 bilhões correspondentes a perdas com a corrupção.

É bem mais. Já houve, ainda, muitos bilhões contabilizados com sinal negativo, devido a projetos mal feitos, decorrentes de erros técnicos crassos cometidos em diretorias envolvidas no assalto à empresa. Nas últimas semanas, tem ficado evidente o impacto do petrolão, e de políticas estatistas saídas da cartilha do lulopetismo, num segmento sensível da economia: o setor bancário, incluindo o público, e fundos de pensão de estatais.

Cada projeto mal formulado, cada desfalque precisam aparecer em balanços de empresas com capital aberto, algumas delas com ações no exterior. E os bancos que financiaram os projetos mal formulados têm de fazer provisões, tiradas do lucro ou do capital de acionistas, a fim de arcar com os prejuízos que deverão ser realizados. Caso os projetos não fiquem em pé. Os bancos estatais são as primeiras vítimas, porque os governantes de turno os forçam a financiar empresas companheiras e empreendimentos arriscados, tocados por interesses políticos e fé ideológica 

A Sete Brasil, uma empresa nascida do delírio estatizante de se usar a Petrobras e o pré-sal para fabricar no Brasil grandes plataformas — sonho típico da ditadura de Geisel —, é um grande foco de prejuízo em bancos, forçados a reforçar provisões para enfrentar o calote. Algumas instituições privadas — Bradesco, Itaú Unibanco, BTG, Santander — também não escaparam da debacle do estatismo. 

O Banco do Brasil empatou R$ 5 bilhões na famigerada Sete Brasil. Até a Caixa, voltada para o mercado imobiliário e infraestrutura, foi levada a colocar dinheiro no projeto — não por acaso, talvez tenha sido, no lulopetismo, o mais aparelhado dos bancos públicos. A Sete Brasil lhe deve R$ 1,6 bilhão.  Impactos da experiência arriscada do estatismo deixam marcas também no BNDES. A necessidade de elevar provisões foi uma das causas do primeiro prejuízo do banco, no primeiro semestre, em 13 anos (R$ 2,2 bilhões). As provisões foram ampliadas em 500%, de janeiro a junho, em comparação com o mesmo período de 2015. Passaram de R$ 1,6 bilhão para R$ 9,6 bilhões.


Fundos de pensão de estatais, muitos deles convertidos em braço financeiro da CUT/PT, entraram no mesmo buraco negro. Era óbvio. O Funcef (Caixa), por exemplo, terminou com 17,6% da Sete Brasil, péssimo negócio para os funcionários do banco e o Tesouro, para onde será despachada parte do prejuízo. Esse mesmo enredo foi seguido na Previ (Banco do Brasil), e assim por diante. Sem se considerar desvios de dinheiro dos cotistas, patrocinados também pelo lulopetismo.

A lista de empresas provenientes de políticas contaminadas de ideologia formuladas no PT é extensa. Um caso é o da telefônica Oi, falida devido aos projetos delirantes de companheiros, e com repercussões idênticas: prejuízos em bancos públicos e fundos de estatais. Bem como acionistas dentro e fora do país.  O PT deve desejar que o tempo passe mais rápido, para tudo isso ficar distante no passado. Porém, essas marcas em empresas e no sistema financeiro, público e privado, permanecerão.

Fonte: Editorial - O Globo

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Fim do monopólio da Caixa no FGTS é positivo. A Caixa presta o pior serviço seja como banco ou agente imobiliário..

Além de o trabalhador poder receber uma remuneração mais elevada na sua conta, hoje abaixo da inflação, criam-se obstáculos para indicações políticas na CEF

[Afirmamos no título que CEF presta o pior serviço, como bando ou agente imobiliário, do Brasil e quem quiser comprovar basta procurar ser atendido em uma agência da Caixa (existe uma ou outra exceção, raríssima) você parece ser o objeto de um campeonato de COMO ATENDER MAL.
Os funcionários te tratam com indiferença, tentam te convencer a realizar o depósito no Caixa automático - esquecendo que aquele depósito só é creditado no final da noite e muitas vezes você precisa do dinheiro disponibilizado em sua Conta durante o expediente bancário - e buscam por todas as formas mostrar que você não é bem-vindo.
O Banco do Brasil também atende pessimamente, mas, a Caixa Econômica Federal consegue ser pior.
A solução é separar a Caixa Banco da Caixa autarquia - a Caixa Banco passando  a prestar serviços bancários e ser realmente um banco e atender como os bancos particulares atendem.
A Caixa AUTARQUIA passando a desempenhar as atividades inerentes a sua condição de autarquia, incluindo a administração do FGTS, parte imobiliária e demais atividades que não são de um banco.
Funcionário da Caixa, especialmente os que trabalham nas agências, precisam se conscientizar que são bancários, empregados e não donos da Caixa.
Precisam aprender a buscar clientes, cumprir metas - hoje ficam na espera dos clientes cativos e quando algum aparece, tratam mal.]
 
Vem em bom momento quando a crise impõe uma agenda de reformas a mobilização de bancos privados para propor a quebra do monopólio da Caixa Econômica na administração dos bilhões do Fundo de Garantia (FGTS). Revelação do GLOBO, o fato, se prosperar, pode resultar em vantagens generalizadas.

Em primeiro lugar, para os milhões de cotistas, lesados por receberem como remuneração meros 3% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR), fixada abaixo da inflação. Mesmo somadas, as duas taxas ficam abaixo da desvalorização da moeda. A perda do fundo, com a ínfima remuneração, desde a instituição da TR, em 1999, soma R$ 329 bilhões, pelos cálculos da Ong Fundo Devido, aproximadamente tanto quanto o saldo do FGTS. Os bancos privados acenam com uma remuneração maior para o cotista. E continuariam a atuar nos segmentos apoiados hoje pelo fundo, reivindicando uma certa margem na regulação para aplicar em títulos privados, cujas taxas são mais elevadas que a dos papéis públicos.

Um dos modelos em discussão seria permitir que o segurado escolha o banco no qual ficaria sua conta do FGTS. Ou a empresa definiria a instituição financeira. Na verdade, a descentralização não será inédita, pois funcionou desta forma até 1992. Uma crítica à proposta é que uma remuneração mais elevada dos cotistas afetará o custo final de imóveis populares e projetos de saneamento básico, segmentos importantes atendidos pela CEF com recursos do FGTS. Uma solução seria, desatado o nó fiscal, explicitar no Orçamento o subsídio para estes dois setores. Forma até mesmo de dar mais transparência a este fluxo financeiro.


O fundo é um instrumento importante de poupança compulsória, criado em 1966, com o fim da estabilidade no emprego. O perfil do FGTS é indicado a financiamentos de longo prazo. Nos últimos tempos, porém, tem sido malbaratado, não fosse o bastante a remuneração abaixo da inflação. Por isso, economistas dizem que o trabalhador é “roubado” no FGTS.

Houve, também, roubo no sentido literal. O aparelhamento da Caixa pelo PT e aliados atingiu, como era inevitável, o fundo, por meio da nomeação fisiológica de diretores. Lembre-se que o último presidente da CEF, até Dilma ser afastada pelo Senado, foi Míriam Belchior, ex-ministra do Planejamento, fiel e disciplinada militante petista.  Um dos casos mais simbólicos desta fase trevosa do banco público foi a colocação de Fábio Cleto, indicado por Eduardo Cunha, na vice-presidência da Caixa que trata dos pedidos de recursos do FGTS para projetos de investimento. Cunha, Cleto e o doleiro Lúcio Funaro, conhecido desde o mensalão, fizeram o diabo neste balcão de propinas. Até por isso, a gestão do fundo por bancos privados dará mais segurança aos trabalhadores. Afinal, ela escapará das indicações políticas.

Fonte: O Globo - Editorial
 
 

terça-feira, 28 de junho de 2016

Silêncio no sindicalismo

A quietude sobre maracutaias no crédito aos servidores, na Petrobras e nos fundos de pensão é a trilha sonora das fissuras na base sindical do PT: 46% da CUT são do setor público

Mais de 800 mil servidores públicos federais foram vítimas de fraude no sistema de créditos consignados. A imposição de taxa extra sobre cada pagamento realizado nos últimos cinco anos por funcionários endividados proporcionou ganho lotérico (mais de R$ 100 milhões) a pessoas vinculadas ao PT, na maioria emergentes do ativismo sindical. A polícia prendeu um ex-ministro de Lula e Dilma, Paulo Bernardo. 

Roubados, também, foram mais de 500 mil sócios dos fundos de pensão de Petrobras, Caixa e Correios. Devem atravessar as próximas duas décadas com cortes na renda de aposentadorias e pensões. Os negócios suspeitos da última década corroeram o patrimônio de Petros, Funcef e Postalis, que somaram déficit de R$ 33,6 bilhões apenas no ano passado. Metade da conta será paga pela sociedade, via aportes extras das empresas estatais. 

As estranhas transações foram realizadas por gestores vinculados ao PT de Lula e Dilma e ao PMDB de Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha. A maioria teve origem no ativismo sindical e ascendeu no loteamento político. Sindicalismo não é sinônimo de rapinagem. Porém, merece reflexão o fato de que nos últimos 12 anos os principais gestores dos fundos de Petrobras, Banco do Brasil, Caixa e Correios tenham saído das fileiras do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Vieram dali, também, expoentes da burocracia do PT como Ricardo Berzoini, ex-presidente, e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do partido, arquitetos de outra iniciativa que redundou em fraude, a Bancoop. 

A opção pela alavancagem de ativistas sindicais ao papel de gestores, no loteamento político das estatais e fundos de pensão, foi uma característica dos governos Lula e Dilma. Foi assim que Petrobras ganhou dois Josés (Dutra e Gabrielli). As razões tiveram mais a ver com perspectivas de poder e negócios do que com ideologias. Havia um projeto de mando, desenhado desde os primórdios do PT e da CUT, por Luiz Gushiken, então presidente dos bancários de São Paulo. 

Casta emergente no PT, os sindicalistas atuaram como força-tarefa, privilegiando algumas empresas no acesso às gôndolas de dinheiro público, como o Fundo de Amparo ao Trabalhador, fonte dos recursos subsidiados do BNDES. Exemplar é o caso de Marcelo Sereno, antigo dirigente do PT e chefe de gabinete da Casa Civil sob José Dirceu. Sereno é personagem recorrente nos escândalos da Loterj, mensalão, da Petrobras e dos fundos de pensão. Sua biografia une a direção da CUT-Rio, Dirceu, os ex-governadores Anthony Garotinho e Benedita da Silva, o presidente do PT-Rio Washington Quaquá, o deputado suspenso Eduardo Cunha e figuras como Ricardo Magro, dono de 21% do grupo Galileo. 

Preso ontem, Magro está no centro de uma fraude a 350 mil associados da Petros e Postalis negócio de R$ 80 milhões com debêntures de universidades, que prejudicou também 15 mil estudantes no Rio, na maioria pobres e dependentes do crédito governamental. É notável o silêncio sobre as maracutaias no crédito consignado ao funcionalismo, na Petrobras e nos fundos estatais, entre outras. É a trilha sonora das fissuras na maior base sindical do PT: 46% dos vinculados à CUT pertencem ao setor público.

Fonte: José Casado, jornalista - O Globo


domingo, 10 de janeiro de 2016

Bancos públicos têm espaço para aumentar o crédito, diz Barbosa

Estrupício do desgoverno ja ferrou os brasileiros com a concessão do crédito fácil a pessoas sem condições de pagar 

Segundo o jornal Folha de São Paulo o ministro Nelson Barbosa pretende até fevereiro usar recursos de bancos públicos e do FGTS  para linhas crédito para construção civil, pequenas e médias empresas e pessoas físicas e com isso reativar a economia.
 
[Barbosinha agora quer usar grana dos bancos públicos - não pode ser olvidado que  51% do Banco do Brasil pertence ao governo = contribuinte = e a Caixa Econômica Federal é uma autarquia, assim, 100% dela também é do contribuinte e somos nós os contribuintes, portanto, esses incompetentes que administram, ou tentam administrar no chute, a economia brasileira, vão jogar fora o NOSSO dinheiro - o seu, o meu, o do povo brasileiro e desta vez vão incluir também grana do FGTS - patrimônio do trabalhador - para emprestar dinheiro a quem não tem as melhores condições de pagar.
Vai entrar na farra, mais uma vez, recursos do BNDES - também dinheiro público.
 
Vão, usando o dinheiro público, o nosso dinheiro, estimular empresas em processo de falência ou mesmo falidas, pessoas já endividadas, muitas desempregadas - desemprego também fruto da incompetência desse desgoverno imbecil - a contrair novas dívidas.
Já bancamos as bolsas, bancamos as cotas, bancamos estatais inúteis, bancamos viagens milionárias da trupe governista;  agora vamos bancar o crédito para que a economia estimulada com recursos públicos aplicados a fundo perdido, para que a recém criada e já extinta NOVA CLASSE C volte a viajar de aviões, pagando em 24 prestações 'sem juros', emprestar dinheiro para ditaduras africanas sem chance de receber.]

Na idéia estúpida da cúpula petista e do Barbosinha tudo bem: qualquer coisa, precisar de mais dinheiro para bancar o Brasil maravilha eles  além de recriar a CPMF - o que não vão conseguir - criam uma nova alíquota para o Imposto de Renda, a proposta do PT é uma alíquota de 40%,  e o Brasil que trabalha cinco meses por ano para pagar impostos, passa a trabalhar oito meses ano.
A ideia origina é incrementar com crédito fácil a construção civil - só que a construção civil produz imóveis, que só são vendidos na base do crédito subsidiado e quem vai bancar o subsídio são os já citados bancos estatais, usando recursos públicos. Não resolve produzir imóveis sem ter mercado comprador - e no Brasil o mercado comprador formado por pessoas de baixa renda, só funciona se for no financiamento super subsidiado.
 
Confira na Folha de São Paulo

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Procon-RJ autua Caixa por propaganda enganosa na Mega da Virada

Publicidade dizia que prêmio seria de R$ 280 milhões, mas valor pago foi menor

[a administração da Caixa precisa entender, ou ser convencida a isto,  que não é a DONA das loterias; é uma mera administradora e tem que prestar contas de todos os seus atos.
Suas decisões sobre as loterias não podem ignorar as limitações a que estão submetidos os que administram recursos de terceiros.
Além do mais, a Caixa é uma AUTARQUIA FEDERAL, em outras palavras é tão órgão público quanto o INSS e outros.
Apesar de ser mais conhecida como banco e também como o 'bicheiro' do governo federal, ela está sujeita a todas as normas que regulam bancos e órgãos públicos.
Recentemente ela adotou, arbitrariamente, um procedimento que contraria a política de transparência que deve nortear a divulgação dos resultados das loterias e não entendeu necessário dar nenhuma explicação. Clique aqui e saiba mais.]

O Procon Estadual autuou a Caixa Econômica Federal por causa da publicidade enganosa ao informar, em publicidade e noticiários durante todo o mês de dezembro, que o prêmio da Mega-Sena da Virada seria de mais de R$ 280 milhões. O prêmio dividido pelos ganhadores foi menor, de aproximadamente R$ 246 milhões. Seis apostas acertaram as seis dezenas sorteadas, cada uma levando R$ 41 milhões.

Ainda de acordo com o órgão de defesa do consumidor, em toda a publicidade do sorteio constava, em letras pequenas e de difícil leitura, que o valor em grande destaque de R$ 280 milhões seria estimado. O Procon Estadual explica no texto da autuação que isso acaba “fazendo com que o consumidor incidisse em erro quanto ao valor real a ser recebido”.

Também de acordo com a autarquia, por ser uma estimativa, era esperada uma margem de erro no valor arrecadado – dois ou três por cento – mas não é “razoável um erro de mais de 10%”. A margem de erro na Maga-Sena da Virada foi de 12%.

A Caixa Econômica Federal tem 15 dias úteis, contados a partir do recebimento da aurtuação, para apresentar a sua defesa. Caso o prazo não seja cumprido ou os argumentos não sejam aceitos pelo setor jurídico do Procon, o banco será multado.

Consultado, o banco informou que avaliará a notificação para posterior manifestação, conforme solicita o próprio órgão. A Caixa salienta, no entanto, que "as previsões de prêmios de loterias levam em consideração uma série de variáveis, que podem se confirmar ou não, como acumulações em concursos anteriores, volume da arrecadação, etc., pois as previsões são feitas mais de 90 dias antes da realização do concurso, no caso dos sorteios especiais como a Mega da Virada."

A instituição financeira chama atenção ainda para o fato de que todas as peças de comunicação das Loterias da Caixa mencionam que os valores dos prêmios são estimados. E acrescenta que, antes de cada sorteio, divulga os valores fechados de arrecadação e prêmios.

Fonte: O Globo

domingo, 3 de janeiro de 2016

A sombra que ficou e a certeza que Dilma violou, reiteradamente, a Lei da Responsabidade Fiscal = é uma criminosa

Uma sombra vai continuar pairando sobre o governo Dilma Rousseff este ano: o fantasma das pedaladas fiscais. Elas foram argumento para embasar o processo de impeachment e, por isso, o governo fez tudo para pagar integralmente as dívidas com os bancos públicos na última quarta-feira, mas, ao fazer isso, confirmou as acusações que pesam sobre a presidente.

O pagamento das pedaladas foi feito pelo Ministério da Fazenda como se passasse uma borracha sobre um fato incômodo. As marcas ficaram. Na própria nota do Ministério está dito que aquela montanha de R$ 72,4 bilhões seria paga porque eram “débitos da União junto a estas instituições”. Com isso, o governo derrubou sua própria defesa. O governo disse, e o relator está repetindo para tentar aprovar as contas de 2014, que as dívidas não eram dívidas. Eram um inocente resultado negativo previsto em contrato.

Se atrasar um pagamento de R$ 72 bilhões por um ano não for considerado uma operação de crédito, fica difícil saber o que mais será. O pagamento do Tesouro na última hora aos bancos públicos e ao Fundo de Garantia foi praticamente uma confissão de culpa. A dívida com Banco do Brasil, FGTS, BNDES e Caixa foi crescente no governo Dilma. A dimensão da conta derruba também a tese de que houve o mesmo nos governos Fernando Henrique e Lula.

O governo não tinha alternativa a não ser pagar, porque do contrário seria o segundo ano a terminar com essa dívida pendente. Poderia ser entendido como crime continuado de desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal. A mudança quantitativa gerou o salto qualitativo. O que era um simples atraso contratual virou operação de crédito.

No dia 31 de dezembro de 2014, o Tesouro devia cerca de R$ 18,6 bilhões ao FGTS; R$ 20,2 bi ao BNDES; R$ 10,9 bi ao Banco do Brasil. Com a Caixa, ainda havia um débito de R$ 882 milhões. Ao longo do ano, a maior parte da dívida com a Caixa, que chegou a R$ 6 bilhões, já havia sido quitada. Sobre todo esse passivo foi incorporada a atualização monetária. Assim se chegou a R$ 72,4 bilhões. Tudo isso foi pago quarta-feira. Débitos feitos em 2014, carregados por todo 2015 e quitados no último dia útil do ano. Instituições estatais de crédito financiaram o seu controlador. Isso é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Não cabe mais a discussão se é ou não operação de crédito. Eles mesmos o disseram.

O que interessa aqui é que houve violação da LRF, lei que consolidou a estabilidade monetária, estabelecendo travas para impedir o retorno ao passado hiperinflacionário. A decisão do impeachment é política e cabe aos deputados e senadores decidir se esse descumprimento da lei é o suficiente para a interrupção de um mandato presidencial. Do ponto de vista fiscal e orçamentário, contudo, o governo Dilma desrespeitou a lei.

A nota da Secretaria do Tesouro detalha a dívida com cada ente estatal, chegando a R$ 50,7 bilhões. As atualizações monetárias atingiram quase R$ 5 bilhões. A isso se somam as obrigações acumuladas durante 2015 e chega-se à cifra de R$ 72,4 bilhões. A conta única é um colchão formado para rolar a dívida em momento de dificuldade. Não pode ser usada para pagar despesa corrente, segundo garantem os técnicos em questões fiscais. 

Dela foram tirados R$ 70,9 bilhões. Tudo foi pago com títulos já emitidos ou com recursos da conta única. Parte ficará na conta do déficit alargado de 2015 e parte em “espaço fiscal pré-existente”. Parece neopedalada. Além disso, permanecerá o debate sobre se o pagamento, mesmo se for tudo considerado fiscalmente correto, terá apagado retroativamente o crime cometido.

A ideia da lei era de que um governante não terminasse seu mandato com dívidas pendentes para o seu sucessor. O governo pode então argumentar que Dilma é sua própria sucessora e, portanto, não há descontinuidade. Mas aí ficará configurado que é um mesmo governo e o que ela fez em 2014 pode ser cobrado do mandato que ela assumiu em 2015.

Dilma se enrolaria se não pagasse, mas se enrolou também ao pagar. Não havia saída fácil para o labirinto no qual entrou quando decidiu que a esperteza dos truques revogaria as regras da contabilidade. Há muitas dúvidas no ar que ela terá que responder ao longo deste ano que começa.

Fonte: Coluna da Míriam Leitão - Com Alvaro Gribel, de São Paulo

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Dilma afronta o TCU e ignora recomendação de realizar licitação para lotéricas



Dilma sanciona lei que dá permissão a quase metade das lotéricas do País sem licitação
Texto aprovado pelo Congresso vai contra recomendação do TCU e ainda garante a renovação automática das permissões por 20 anos
A presidente Dilma Rousseff sanciona nesta quinta-feira uma lei que torna válida as permissões de seis mil lotéricas que seriam licitadas pela Caixa Econômica Federal a partir deste ano.

Em cerimônia no Palácio do Planalto, à tarde, Dilma vai referendar o texto, aprovado pelo Congresso em setembro, que valida todas as permissões outorgadas pelo banco estatal antes de outubro de 2013. As mais de seis mil agências de que tratam a lei correspondem a 46% das lotéricas do País. O texto ainda garante a renovação automática dessas permissões por 20 anos.

A sanção da lei deve interromper o processo de licitação que a Caixa levaria a cabo por recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU). O órgão exigiu a unificação do regime jurídico dessas lotéricas que começaram a funcionar antes de 1999. Até este ano, a licença era concedida pelo banco por meio de credenciamento. Das 13.241 lotéricas em funcionamento, 6.104 têm contratos anteriores a 1999 e operam com base em aditivos firmados pela Caixa.

Em agosto, a Caixa publicou as primeiras regras sobre a disputa. O primeiro edital de licitação seria publicado nesta quinta-feira e os pregões seriam realizados nos próximos três anos. O TCU deu prazo até o fim de 2018 para que somente agências licitadas continuem em funcionamento. A Caixa tinha dividido as lotéricas por lotes de 500 pontos que seriam licitados, por meio de pregão, nos próximos três anos.

Para Roger Benac, presidente da Federação Brasileira das Empresas Lotéricas, a sanção da lei vai dar segurança jurídica aos empresários que receberam o credenciamento antes de 1999 e deve encerrar o processo de licitação. "É um reconhecimento do Congresso e da Presidência a esses lotéricos que fizeram a rede crescer e agora estavam desamparados por causa dessa recomendação do TCU", afirmou.

De acordo com ele, são esperados em torno de 5 mil lotéricos na cerimônia no Palácio do Planalto. A Febralot recomendou aos empresários não levar nenhuma faixa em oposição ao governo. "Sabemos da nossa crise econômica, mas ela é nacional, e neste momento, estamos agradecendo a conquista contratual", diz a lista de orientações da federação aos empresários para a cerimônia. A categoria lembra que conseguiu a aprovação da Lei que beneficia os lotéricos com o apoio de parlamentares de todos os partidos.

Fonte: Estadão
 

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Ministro do TCU manda investigar possíveis "pedaladas" de 2015



Raimundo Carreiro determinou que a área técnica da corte faça inspeção no Tesouro Nacional, no Banco Central e no Ministério das Cidades, além de três instituições financeiras controladas pela União (Caixa, BNDES e Banco do Brasil)

O ministro Raimundo Carreiro, que será o relator de processo no Tribunal de Contas da União (TCU) que investigará as "pedaladas fiscais" do governo Dilma Rousseff em 2015, determinou na quarta-feira, 14, que a área técnica da corte faça inspeção no Tesouro Nacional, no Banco Central e no Ministério das Cidades, além de três instituições financeiras controladas pela União (Caixa, BNDES e Banco do Brasil), para confirmar a repetição das irregularidades.

A nova auditoria atende a um pedido do Ministério Público de Cont
as (MPC), que confirmou a prática das "pedaladas" no primeiro semestre de 2015, após reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Essas manobras, que levaram o TCU a dar parecer pela reprovação das contas do governo em 2014, consistem em atrasar repasses do Tesouro aos bancos públicos para que eles paguem despesas de programas sociais obrigatórios. O tribunal entende que, ao fazer esses pagamentos com recursos próprios, as instituições concedem empréstimos irregulares ao governo, seu ente controlador, o que é vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Conforme o MPC, o governo já "pedalou" em seis meses, este ano, o equivalente a R$ 40 bilhões, mais que durante 2014  inteiro. Num duro despacho, Carreiro sustenta que o governo estaria repetindo ilegalidades. "Verifica-se que continuam a ser praticados pela União no presente exercício financeiro atos de mesma natureza daqueles já examinados e reprovados (pelo TCU), ou seja, operações de crédito vedadas pela LRF", escreveu.

Na decisão, o ministro alega que o governo age com "imprudência" ao manter as manobras apenas se fiando na possibilidade de o TCU, eventualmente, acolher recurso contra a condenação em processo que considerou as "pedaladas" irregulares. "O gestor prudente, ante tão clara e categórica indicação da ilegalidade de uma conduta pela corte de contas, deve promover de imediato todas as medidas a seu alcance para restauração da legalidade no âmbito da administração, para o exato cumprimento da lei", criticou.  Carreiro argumenta que o governo estaria autorizando gestores a cometer ilegalidades até a apreciação final de um processo no qual já houve condenação, o que, no seu entendimento, é um "absurdo".

O TCU vai analisar, além das "pedaladas" de 2015, se o Banco Central está registrando créditos da Caixa com a União no cálculo do resultado fiscal e do endividamento público.  A auditoria não tem data para ser concluída. Se o TCU confirmar as irregularidades, elas podem implicar a condenação de autoridades da atual equipe econômica de Dilma e reprovação das contas referentes a 2015. Um novo revés na corte também teria impactos na análise de um pedido de impeachment da petista pelo Congresso.

Fonte: Estadão Conteúdo