Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Casa Branca. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Casa Branca. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

De máscara e testado para Covid, Bolsonaro desembarca em Moscou - O Globo

Jussara Soares

Presidente brasileiro inicia visita em meio à tensão sobre Ucrânia

O presidente Jair Bolsonaro desembarcou na Rússia nesta terça-feira pouco depois das 10h, horário de Brasília. Ele saiu do avião presidencial usando máscara, acessório que costuma ignorar quando está no Brasil. Bolsonaro vai se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta quarta-feira e, para isso, teve de se submeter a teste de Covid-19, atendendo as exigências sanitárias do governo local. 

Presidente Bolsonaro chega a Moscou Foto: Reprodução                                              
 Presidente Bolsonaro chega a Moscou Foto: Reprodução

Bolsonaro foi recebido pelo vice-ministro das Relações Exteriores, embaixador Sergey Ryabkov, e pelo diretor do Departamento de Protocolo Estatal, embaixador Igor Bogdashev. Ele foi do aeroporto ao hotel Four Seasons, na Praça Vermelha, aonde chegou pouco antes das 11h de Brasília, tendo entrado por uma porta lateral.

Na manhã desta terça, o governo russo anunciou a retirada de parte das tropas militares na fronteira com a Ucrânia. Não está claro, porém, quantos soldados serão retirados. A Rússia já anunciou outras vezes a remoção de tropas perto da fronteira ucraniana, sem que, nos dias posteriores, fotos de satélite indicassem uma efetiva diminuição no número de forças.

Artigo:Bolsonaro na Rússia é ruim para o Brasil, mas bom para sua campanha

Além disso, pouco depois do anúncio, o Ministério da Defesa russo anunciou planos de realizar exercícios navais no Mediterrâneo, com o envio de bombardeiros e jatos equipados com mísseis hipersônicos para a base do país na Síria.

Por causa das tensões e dos alertas emitidos pelos EUA e por outros países do risco de uma invasão iminente da Rússia na Ucrânia, a visita de Bolsonaro foi alvo de críticas. Como havia um temor de auxiliares da Presidência de que a agenda bilateral com Putin pudesse ser mal avaliada pela Casa Branca, Bolsonaro foi aconselhado a pregar a paz e uma solução diplomática em todas suas declarações durante a estada em Moscou.

Diplomatas brasileiros argumentam que o convite de Putin foi feito antes mesmo da crise ganhar maiores proporções, lembrando repetidamente que os dois países têm relações comerciais que justificam o encontro com Putin, previsto para ocorrer na quarta-feira entre 13h e 15h no horário local.

Nas redes sociais, Bolsonaro publicou, pouco antes das 8h, que já estava no espaço aéreo russo. Ele também divulgou uma imagem mostrando a notícia de que a Rússia anunciou o retorno de algumas tropas que tinham sido enviadas para a fronteira com a Ucrânia.

'Todo mundo tem problemas'
Na segunda-feira, Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão minimizaram a tensão entre Rússia e Ucrânia, e defenderam a realização da viagem. Em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, o presidente afirmou que quer a paz, mas disse que "o mundo todo tem seus problemas" e citou vários exemplos históricos de um país anexando terras de outro. Bolsonaro não mencionou a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, mas citou outros episódios:

— O mundo todo tem seus problemas. Se você começar a querer resolver o problema dos outros... O que for possível, a palavra lá é de paz para ajudar, tudo bem. Mas sabe o que está em jogo, não vou entrar em detalhes aqui. Temos problemas. A Argentina tem problemas com as Malvinas. No passado tivemos problemas, perdemos o Uruguai, ganhamos o Acre. Hoje a Venezuela quer a região de Essequibo, na Guiana. O americano mesmo pegou alguns estados do México no passado. A gente quer a paz, mas tem que entender que todo mundo é ser humano. Vamos torcer. Se depender de uma palavra minha, o mundo teria a paz — disse Bolsonaro.

O presidente reconheceu o "momento difícil" na região, mas defendeu a realização da viagem: — Temos a viagem à Rússia. Sabemos do momento difícil que existe naquela região. Temos negócios com eles, comerciais. Em grande parte, o nosso agronegócio depende dos fertilizantes deles. Temos assunto para tratar sobre defesa, sobre energia. Muita coisa para tratar. O Brasil é um país soberano. Vamos torcer pela paz lá, que dê tudo certo.

Também na segunda, Mourão disse não ver problemas na viagem de Bolsonaro. Segundo ele, o que há na região é um "jogo de pressão" envolvendo Rússia, Ucrânia e a Otan, que é a aliança militar com os Estados Unidos à frente. O vice-presidente avalia que o cenário vai ficar apenas nesse jogo de pressão.

Semana passada, o presidente da Argentina [Alberto Fernández] esteve lá [na Rússia]. Zero trauma. Não vejo problema. Essa tensão que está ocorrendo é fruto aí das pressões de ambos lados, entre a Rússia, a própria Ucrânia que está imprensada, e óbvio o pessoal da Otan, com os Estados Unidos à frente. Na minha opinião, vai ficar nesse jogo de pressão. Então a viagem do presidente lá é só um dia. Sem maiores problemas — disse Mourão.

Mundo - O Globo


segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

A volta da navegação de cabotagem - Bolsonaro sanciona a BR do Mar

Alexandre Garcia

Cabotagem barco BR do Mar

O presidente Jair Bolsonaro vai sancionar nesta segunda-feira (10) a BR do Mar. É a volta da navegação de cabotagem. Não sei se lembram – os mais velhos sim, os mais jovens devem ter estudado isso na escola, da era dos “ita”, que inclusive resultou numa música chamada “Peguei um ita no Norte”. As pessoas embarcavam em navios de passageiros, de cabotagem, de Manaus, ou de Belém, de Fortaleza, de Recife, para vir para o Sul, para o Rio de Janeiro, para Santos, para ir a São Paulo. E vice-versa. Porque as rodovias eram precárias, as ferrovias não alcançavam e a cabotagem era o grande meio de transporte no Brasil. E continua sendo um meio de transporte seguro, barato e de muita carga. Há aparelhamento dos portos e mais navios, inclusive com a possibilidade de contratar navios de bandeiras estrangeiras para operarem no mar territorial brasileiro. Essa BR do Mar facilita tudo isso. Vai ser sancionada hoje e em seguida vai para o Diário Oficial da União e estará em vigor.

Nova lei permitirá que empresas estrangeiras naveguem para transportar passageiros e carga no Brasil| Foto: janeb13/Pixabay

Brasil com cadeira na ONU

É bom lembrar que o Brasil assumiu um assento no Conselho de Segurança da ONU, que tem grandes questões nesse momento. Ucrânia e Rússia, se haverá guerra ou não, invasão ou não. Cazaquistão também está com problemas. E o Brasil já está participando dessas importantes discussões. [alguém em sã consciência acha que a se a Rússia decidir invadir o Ucrânia a ONU tem condições de interferir? ela não interfere na Síria; ela não impede que Israel teste seus aviões atirando contra civis palestinos, desarmados,  na Faixa de Gaza. 
Nos parece que a ONU tem nos tempos atuais valor ZERO. 
O que de CONCRETO a OMS tem feito no combate à covid-19? Órgãos tipo a ONU se destacam pelo alto custo e pela inutilidade - a fracassada Liga das Nações foi um exemplo perfeito do que é a ONU atualmente.
A propósito: este comentário não tem a intenção de agredir à Democracia, nem a Constituição Federal e menos ainda as instituições. Apenas aponta, constata fatos.]

Um chapéu de R$ 1,4 milhão
Falando ainda em assuntos externos, amanhã vai haver o leilão de um chapéu. O lance inicial é de 250 mil dólares quer dizer 1,4 milhão de reais por esse chapéu. Que chapéu é esse? O chapéu que a senhora Melania Trump, quando primeira-dama dos Estados Unidos, usou durante o dia em que recepcionou o casal Macron [o presidente da França, Emmanuel Macron, e sua esposa, Brigitte] na Casa Branca. Incrível, né? E vocês podem achar: “puxa, mas que superficialidade”. Mas é que ela está pondo em leilão e vai aplicar tudo que for arrecado em obras sociais.

Secretária da Saúde quer responsabilizar senadores da CPI da Covid
A doutora Mayra Pinheiro, do Ministério da Saúde, entrou no Supremo Tribunal Federal com uma ação subsidiária, queixa-crime por violação do sigilo funcional, com base nos artigos 325 e 147-B do Código Penal, pela divulgação de conversas telefônicas e por computador, que haviam sido objeto de quebra de sigilo, por parte da CPI da Covid, que se tornou guardiã desse sigilo. Mas, como isso passou para a imprensa, foi divulgado. Ela está nominando, nesta ação, os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), como responsáveis por isso.[Omar Aziz é questão de tempo ser preso, o estridente Rodrigues sempre consegue escapar - ser boca-rota no Brasil não é crime - e o Calheiros a pergunta é: quais os motivos que impedem sua prisão = por falta de processos penais certamente não é.]

Tragédia em Minas
Temos a lamentar os acontecimentos causados pelo excesso de chuva no Lago de Furnas. Foram 10 mortos e 32 feridos. Sei que é tarde para falar isso. Já visitei geleiras de lancha, e a gente não se aproxima desses blocos, que podem cair, como ocorreu no cânion

Já vi cair muitos blocos de geleiras e ocorre exatamente isso: a água vai se infiltrando, forma uma fenda e o bloco não se equilibra sozinho e cai na água. É assim que acontece por milênios. E principalmente num lago que foi formado artificialmente – é uma água a mais se infiltrando. Enfim, é lamentável a perda de vidas. Que haja maior cuidado por parte das autoridades, pondo boias, marcando, impedindo a aproximação e fiscalizando a situação dessas rochas.

Também houve um problema na BR 040 provocado por um dique.
A água vazou por cima da barragem de uma mineradora e foram desalojadas algumas famílias, mas felizmente não houve perda de vidas.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Biden fala em resposta "firme" contra possível invasão da Rússia na Ucrânia

Em teleconferência, presidente norte-americano adverte Vladimir Putin que progresso diplomático depende de desescalada e volta a ameaçar Moscou. Líder da Rússia alerta que imposição de sanções econômicas seria "erro colossal"

Durou 50 minutos a segunda conversa por teleconferência entre os presidentes Joe Biden (Estados Unidos) e Vladimir Putin (Rússia) em 23 dias. Enquanto os dois líderes buscavam formas de amenizar a tensão na Ucrânia, pelo menos 100 mil soldados de Moscou aguardavam ordens, na fronteira com a ex-república soviética. Washington teme que Moscou prepare uma invasão ao território ucraniano, quase oito anos depois da anexação da Península da Crimeia. Na reunião virtual de ontem, Biden propôs que a desescalada da crise ocorra pelas vias diplomáticas, mas ressaltou que os Estados Unidos responderão "firmemente" a qualquer ofensiva na Ucrânia. De acordo com ele, os progressos diplomáticos dependem de uma distensão por parte do Kremlin.
[pública, notória e autêntica nossa aversão ao comunismo, à maldita esquerda e assemelhados;  o fato da Rússia ter se livrado do comunismo, ainda não a purificou mas convenhamos, entre o 'democrata' americano e Vladimir Putin, o russo ganha com folga.
Por isso, pedimos aos assessores do Biden, que aproveitem quando ele acordar de um dos seus inúmeros cochilos, quase sempre inoportunos, lembrem que a Rússia não é o Afeganistão, quando Biden diante da escalada do Talibã, em vez de evacuar primeiros os civis, deixando como é de praxe os militares para depois, fez o contrário - evacuou os militares e deixou civis nas mãos dos radicais. Pior ainda: ordenou um ataque que matou crianças e civis inocentes.]

No próximo dia 10, a subsecretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman, e o vice-chanceler russo, Sergey Ryabkov, chefiarão suas respectivas delegações durante negociações a serem realizadas em Genebra. Segundo a rede de TV CNN, autoridades do Pentágono e do Conselho de Segurança Nacional participarão do encontro.

A teleconferência entre Biden e Putin começou às 15h35 de ontem pelo horário de Washington (17h35 em Brasília e 23h35 em Moscou). A Casa Branca divulgou foto em que o presidente democrata aparece ao telefone, dentro de um quarto com paredes de madeira, em sua residência. Biden está em Wilmington, no estado de Delaware, onde passará o réveillon acompanhado da família. Apesar de admitir "satisfação" com o telefonema, Putin advertiu os EUA que a imposição de sanções econômicas contra Moscou representaria um "erro colossal" e disse precisar que as conversas ofereçam "resultados". Horas antes da teleconferência, Putin se disse "convencido" sobre a possibilidade de ambos manterem um diálogo "eficaz" e calcado no "respeito mútuo".

Em 7 de dezembro passado, Biden e Putin se falaram por cerca de duas horas. O norte-americano prometeu uma "resposta forte" no caso de uma escalada militar na região — na ocasião, a Casa Branca deixou claro que os EUA e aliados lançariam mão de medidas econômicas incisivas e de outros tipos de sanção, sem dar detalhes. Putin, por sua vez, pediu a Biden garantias de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não se expandirá rumo ao leste, um movimento visto como ameaçador pelo Kremlin.

Vitória
Professor de política comparativa da Universidade Nacional de Kiev-Mohyla (Ucrânia), Olexiy Haran afirmou ao Correio que, apesar de poucos detalhes do conteúdo da conversa de ontem, Biden e o Ocidente apostam no engajamento diplomático com a Rússia. "É melhor dialogar do que ter uma confrontação militar. Minha percepção é de que Putin entenda esse intercâmbio com os Estados Unidos como uma 'vitória simbólica' perante a opinião pública russa, pelo fato de superpotências estarem conversando com ele e colocando-o como um ator importante na arena internacional", comentou. "Na essência, acho que a mensagem do Ocidente é a de reforçar que, em caso de invasão à Ucrânia, haverá pesadas sanções econômicas."

Para Haran, as exigências de Moscou para que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não mantenha laços militares com os países bálticos não passam de blefe. "É um tipo de propaganda do Kremlin. Duvido que o Ocidente faça qualquer concessão à Rússia. Espero que não haja uma invasão à Ucrânia, pois isso surtiria em tremendas consequências para todos os atores. Nós, ucranianos, não estamos em pânico. A vida continua, mas estamos cautelosos e temos aumentado nossa capacidade militar. Esperamos apoio adicional do Ocidente, pois essa é a única maneira de deter Putin", acrescentou o professor de Kiev. O especialista acredita que a retórica utilizada ontem por Biden possa persuadir Putin a recuar.

Mundo - Correio Braziliense


terça-feira, 30 de novembro de 2021

Assassinar a justiça em nome do poder - Ana Paula Henkel

Revista Oeste 
 
Mais de 250 anos depois do Massacre de Boston, o caso Kyle Rittenhouse mostra que a imprensa, muitas vezes propositalmente, vilipendia e agride a verdade 
 

O Massacre de Boston, o conflito histórico na América Colonial, que energizou o sentimento antibritânico e abriu caminho para a Revolução Americana, começou como uma briga de rua entre colonos americanos e um soldado britânico solitário, mas rapidamente se transformou num massacre caótico e sangrento.

Após os acontecimentos do evento que se tornou um dos mais importantes da história norte-americana, a indignação dos colonos obrigou o governo a prender Preston e seus homens sob a acusação de assassinato e de “serem movidos e seduzidos pela instigação do diabo e de seus próprios corações perversos”.

Nos meses que antecederam o julgamento dos soldados da Coroa britânica, uma batalha na mídia foi travada entre legalistas e patriotas sobre quem era o culpado pelo incidente. Um lado, sem se atentar aos importantes detalhes do evento mortal, tentava incansavelmente incendiar a opinião pública e o júri contra os soldados em manchetes sensacionalistas, caracterizando-os como “bárbaros ferozes sorrindo para suas presas”.

Quase um século mais tarde, no fim dos anos 1800 nos Estados Unidos, o chamado “jornalismo amarelo” (Yellow Journalism) se tornou um estilo de reportagem que enfatizava o sensacionalismo sobre os fatos. Durante seu apogeu, no fim do século 19, o estilo foi um dos muitos fatores que ajudaram a empurrar os Estados Unidos e a Espanha para a guerra em Cuba e nas Filipinas (Spanish-American War). William Randolph Hearst, editor do New York Journal, e seu arquirrival Joseph Pulitzer, editor do New York World, são considerados responsáveis pela criação de um jornalismo marcado por histórias sensacionalistas, o uso de títulos e imagens exageradas e a divulgação de casos que mais tarde poderiam requerer retratações e correções. Pouca checagem. Poucos fatos verificados. Sim, parece 2021.

Duzentos e cinquenta anos depois do Massacre de Boston e mais de um século depois do jornalismo amarelo, ainda é possível ver os frutos obscuros dessa imprensa que, sem se aprofundar nas investigações dos fatos, muitas vezes propositalmente, vilipendia e agride não apenas a verdade, mas a inteligência de cada um de nós. Divisões ideológicas fazem parte do mundo há séculos, mas talvez estejamos testemunhando um dos períodos de maior animosidade no campo político e que anda empurrando o antigo jornalismo investigativo e factual para a rasa militância do proselitismo barato.

Depois de testemunharmos a grande imprensa espancar a verdade durante os quatro anos de Donald Trump na Casa Branca, veio a pandemia e assistimos a veículos de comunicação aplaudirem a censura de jornalistas e a derrubada de canais e mídias de médicos, fazendo-nos entender do que são capazes para manter narrativas.

O caso
Nessa semana, o que já foi considerado parte relevante na sociedade desceu mais um degrau na cobertura do já histórico julgamento de Kyle Rittenhouse, um jovem norte-americano que atirou em três pessoas durante as violentas manifestações do Black Lives Matter que aconteceram em agosto do ano passado. Duas morreram. O caso é emblemático porque demonstra o rápido avanço da deterioração da imprensa, promovida pela nefasta agenda da esquerda radical nos Estados Unidos e no mundo. Aqui em Oeste, seguiremos o papel digno do bom jornalismo totalmente descartado pela mídia atual e mostraremos o que de fato aconteceu. Avaliações posteriores ficam a cargo dos leitores.

Na agenda da vil esquerda radical norte-americana, hoje com braços importantes na grande imprensa — ou departamento de marketing do Partido Democrata, como queiram —, havia apenas uma única pauta para 2020: derrubar o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Com as eleições presidenciais em novembro do ano passado, nada mais importava, uma vez que falharam todas as tentativas desde a sua posse, em janeiro de 2017. A morte de George Floyd, em junho de 2020, foi o estímulo perfeito para que grupos terroristas como Antifa e Black Lives Matter inflamassem a opinião pública com manifestações violentas.

A cidade de Kenosha, no Estado de Wisconsin, também foi alvo das ações desses grupos depois que Jacob Blake, um procurado pela Justiça americana, entrou em luta corporal com policiais após ser perseguido e ter resistido à prisão. Na perseguição, os policiais usaram tasers (arma de choque) e, sem sucesso, houve confronto com a polícia — e ele foi alvejado com sete tiros, sobrevivendo aos ferimentos. A violenta militância das ruas dos guetos digitais usou o evento para que a narrativa de “racismo estrutural por parte da polícia” fosse empurrada mais uma vez. Kenosha ardeu em chamas. Literalmente. Seguindo o roteiro de outras manifestações violentas, em meio a uma campanha presidencial que tinha um único objetivo, vândalos tomaram as ruas da cidade e tocaram o terror, destruindo propriedades, atacando a polícia e agredindo pessoas. Bairros inteiros foram queimados enquanto a imprensa noticiava que “manifestações pacíficas” pediam justiça contra um “sistema opressor”.

O governador democrata de Wisconsin se negou a enviar maiores reforços policiais à cidade, mesmo após Donald Trump oferecer ajuda federal na tarde que precedeu o confronto entre Kyle Rittenhouse e os manifestantes violentos. A falta de policiamento fez a comunidade buscar a autodefesa. Temendo mais vandalismo depois de quase uma centena de estabelecimentos terem sido destruídos na noite anterior, donos de lojas começaram a chamar amigos e conhecidos para proteger suas propriedades. Kyle Rittenhouse, que trabalhava como salva-vidas numa cidade vizinha, estava entre os que se voluntariaram para ajudar. Poucas horas antes do confronto que colocaria Kyle em um tribunal, o rapaz de 17 anos havia sido fotografado limpando paredes pichadas pelos manifestantes. Ele tinha familiaridade com armas e treinamento de primeiros socorros, levando consigo um kit médico para eventualmente prestar socorro aos feridos.

Enquanto andava pela cidade, Kyle se perdeu de seu grupo e começou a ser ameaçado e perseguido por Joseph Rosenbaum, que, vendo que o garoto queria impedir o vandalismo, gritava aos companheiros: “Batam nele!”. Rosenbaum foi alvejado quando tentava tirar a arma de Kyle e morreu no hospital. Durante o julgamento de Kyle, que durou duas semanas, os americanos souberam que Rosenbaum era condenado por estuprar crianças de 9 a 11 anos, além de estar sendo investigado por agressão doméstica e conduta desordeira. Nada disso foi reportado pela imprensa.

Logo após atirar em Rosenbaum em legítima defesa, Kyle foi perseguido por uma turba de vândalos e foi atacado por um homem que tentou acertar sua cabeça com um skate. Outro manifestante apontou uma pistola Glock para o rosto de Kyle. Depois de ser caçado e ter atirado em três homens para sobreviver, ele correu para o final da rua onde havia vários carros de polícia e relatou o que havia acontecido. O policial disse para o rapaz ir para casa, mas Kyle foi até uma delegacia de polícia e se entregou, reportando em detalhes todo o episódio.

O julgamento
Nenhum dos envolvidos no terrível evento era negro. Mesmo assim, ativistas de esquerda, incluindo os milhares de militantes de redação e redes sociais, passaram a tratar Kyle Rittenhouse como racista, mesmo sem uma única evidência sobre isso. A esquerda americana e seu gabinete midiático agiram com indignação, sugerindo que o resultado do julgamento que inocentou o rapaz apenas prova que o sistema criminal é racista. Mesmo depois do veredicto que o inocentou, a imprensa continuou a apontar Kyle como um “supremacista branco com licença para matar”. Os principais veículos de imprensa no Brasil vergonhosamente seguiram a linha e, em completa desconexão com a realidade, espalharam dezenas de manchetes sensacionalistas e muitas fake news.

Se a reação da esquerda a esse caso não te assusta, receio que você não entenda o que ela prega e representa

Para quem acompanhou o julgamento e assistiu a uma dezena de vídeos daquela trágica noite, a legítima defesa e a inocência de Kyle ficaram evidentes. Já quem acompanhou pela extrema imprensa desenvolveu uma perspectiva oposta. Pelos militantes de redação, Kyle já estava condenado desde o primeiro dia. Mas havia muito mais diante do tribunal em que Kyle estava sendo julgado. 
Com a pressão violenta da extrema esquerda digital, havia o ataque ao devido processo legal, à Segunda Emenda Americana e ao direito de legítima defesa. 
Na mente dos furiosos radicais, esses chamados direitos — presunção de inocência, julgamento por júri, prova de culpa além de qualquer dúvida razoável, etc., — não são as proteções legais fundamentais contra a autoridade arrogante que a jurisprudência anglo-saxônica considerou que fossem. Na mente da esquerda reinante, quando consideram o réu antipático e objeto de suas pautas de poder, subvertem o objetivo maior e mais importante da justiça social.

É assim que se parecem na prática as doutrinas perniciosas da identidade progressista moderna. A “teoria crítica” que subscrevem diz que a verdadeira justiça não pode ser proferida por um tribunal presidido por um juiz cujo resultado é determinado por um júri imparcial. Toda essa estrutura seria um produto próprio do racismo, da opressão e da discriminação. O que eles querem é justiça revolucionária. O veredicto do sistema legal será suplantado pelo “julgamento do povo” para que alguém como Rittenhouse pague pelo crime de defender a si mesmo e a propriedade de outros contra os “terroristas do bem”.

Júris às vezes chegam a veredictos errados. Mas ninguém que assistiu às fases críticas do julgamento de Kenosha pode afirmar que as evidências provaram a culpa do réu além de qualquer dúvida razoável. Longe de representar alguma falha maligna no processo legal, ele mostrou que o sistema americano (ainda) funciona da melhor forma. Se a reação da esquerda a esse caso não te assusta, receio que você não entenda o que ela prega e representa. Nem até que ponto o veneno desse dogma subversivo é nocivo e já se espalhou através de um movimento político-ideológico que vai contra tudo o que ainda protege nossas liberdade e direitos constitucionais.

Leia também “O preço do radicalismo”  e O caso Kyle Rittenhouse e a histeria das elites

 

domingo, 21 de novembro de 2021

Absolvição de jovem que matou manifestantes causa revolta nos EUA

Kyle Rittenhouse foi inocentado após matar dois em ato antirracista em Kenosha, no estado de Wisconsin, em agosto de 2020

A absolvição de Kyle Rittenhouse, jovem branco de 18 anos que matou dois manifestantes em um ato antirracista em 2020, causou revolta em todos os Estados Unidos. Protestos foram registrados nas cidades de Portland, Nova York, Chicago, Los Angeles e Washington e o próprio presidente Joe Biden admitiu ter ficado com raiva diante da sentença.

[A decisão do júri ao absolver  Kyle Rittenhouse foi justa. O jovem no dia do incidente, estava em atitude pacífica [demonstrada quando  ao cruzar com diversos veículos da polícia, colocou seu fuzil à bandoleira e ergueu as mãos. 
Mesmo assim, logo após foi derrubado por baderneiros que em atitude de extrema violência e covardia o derrubaram e  pretendiam, no mínimo, espancá-lo. 
Usou o único recurso disponível: empunhou sua arma e efetuou disparos abatendo dois desordeiros e salvando sua vida - o que foi reconhecido pelo júri.]

Rittenhouse foi absolvido nesta sexta-feira 19 por um júri de acusações que ele enfrentou por matar dois jovens durante protestos contra o racismo em Kenosha, no estado de Wisconsin, em agosto de 2020, quando ele tinha 17 anos de idade. O caso se tornou altamente politizado e fez do réu um símbolo do trumpismo.

Na noite após a confirmação da sentença, centenas de pessoas saíram às ruas de diversas cidades americanas para protestar. Em Portland, capital do Oregon, cerca de 200 manifestantes atiraram pedras contra a polícia e quebraram janelas de estabelecimentos comerciais. Os agentes usaram spray de pimenta para dispersar a multidão.

 

Em Kenosha, cidade palco dos crimes cometidos em 2020, grupos contrários e favoráveis à decisão judicial se enfrentaram nos arredores do fórum onde o caso foi julgado.  Nas redes sociais, os americanos também se dividiram. A maioria dos internautas, porém, mostrou revolta com a sentença, acusando a Justiça de empregar tratamento diferente contra ativistas antirracismo e manifestantes brancos.

Em nota oficial divulgada pela Casa Branca, o presidente Joe Biden também respondeu ao caso. “Embora o veredicto de Kenosha possa causar em muitos americanos, incluindo eu mesmo, sentimentos de raiva e preocupação, devemos levar em conta o que o júri falou”, declarou o presidente.

Com a possibilidade de manifestações relacionadas à sentença, ele pediu para a população “expressar seus pontos de vista pacificamente e de acordo com o Estado de direito”.

“A violência e a destruição de propriedade não têm lugar em nossa democracia”, afirmou Biden, que confirmou ter falado com o governador de Wisconsin, Tony Evers. Após a conversa, o chefe de governo salientou que as autoridades federais e estaduais estão em contato para estarem preparadas para qualquer resposta à decisão da corte.

Biden também garantiu que continua comprometido com seu compromisso de “unir o povo americano”, mesmo ciente de que não pode “curar as feridas do país da noite para o dia”. “Continuo resoluto em minha promessa de fazer tudo o que estiver ao meu alcance para garantir que todo americano seja tratado de forma igual, justa e com dignidade sob a lei”, finalizou.

Mundo - VEJA (Com EFE)


terça-feira, 28 de setembro de 2021

Crise migratória: EUA deportam 30 crianças brasileiras para o Haiti

Mais de 3,5 mil pessoas já foram deportadas para o país caribenho nos últimos dias

As crianças brasileiras têm, em sua maioria, até três anos de idade e estavam acompanhadas pelos pais haitianos, com quem fizeram a jornada para sair do Brasil e atravessar as Américas do Sul e Central até chegar à divisa entre México e Estados Unidos há pouco mais de uma semana. [cabe um esclarecimento: a manchete diz 'crianças brasileiras', só que as crianças estavam acompanhadas pelos pais haitianos e foram devolvidas ao país de origem dos seus pais.]

Desde que a crise estourou, cerca de 3,5 mil pessoas já foram embarcadas em voos americanos para Porto Príncipe, a capital haitiana. Ao descobrir para onde tinham sido levados, alguns haitianos reagiram com indignação e revolta e tentaram voltar à aeronave dos EUA. Além dos 30 menores de idade brasileiros deportados, 182 crianças chilenas estão na mesma condição.  "As crianças brasileiras não apresentavam qualquer problema maior, caso contrário, seriam encaminhadas para assistência específica", afirmou à BBC News Brasil Giuseppe Loprete, chefe da missão da OIM em território haitiano, que acompanha a situação dos deportados. Segundo Loprete, por terem pais haitianos, as crianças são também consideradas haitianas segundo as leis do país caribenho, embora não tivessem documentos para comprovar essa nacionalidade. "Eles podem obter documentos haitianos aqui, certidão de nascimento e carteira de identidade. As autoridades locais já informaram que irão facilitar isso. Mas enquanto eles estão fora do país, é difícil que consigam essa documentação", explicou Loprete.

Segundo a Constituição Federal, por terem nascido em território do Brasil, mesmo que de pais estrangeiros, os filhos dos haitianos são também considerados brasileiros natos. E por isso eles detinham apenas documentação brasileira ao serem encontrados e deportados pelos americanos.

De partida do Brasil
A partir de 2010, quando um terremoto devastou o Haiti e matou centenas de milhares de pessoas, o Brasil passou a ser destino de migração de haitianos. Entre 2010 e 2018, os dados da Polícia Federal apontam que em torno de 130 mil haitianos vieram ao Brasil, onde se estabeleceram e formaram família. O governo brasileiro criou um visto humanitário para atender às necessidades desses migrantes - mais tarde também estendido a sírios e afegãos.

Nos últimos anos, porém, a recessão brasileira e a desvalorização do câmbio, que achatou a renda remetida pelos haitianos aos familiares no país de origem, levaram muitos a migrarem para o Chile ou outros países da região. No ano passado, em um novo capítulo nessa jornada migratória, muitos grupos passaram a se destinar aos EUA, onde tentavam chegar atravessando mais de uma dezena de países a pé. Em março, a BBC News Brasil mostrou que o fluxo já se formava e vitimava pessoas como a haitiana Manite Dorlean, que, grávida de gêmeos, morreu afogada nas águas do Rio Grande em janeiro de 2021 depois de partir do Brasil ainda em 2019.

Esse ano, com dados ainda incompletos, o número de haitianos localizados por agentes americanos na fronteira (29,6 mil) já é 6,5 vezes maior do que o total de 2020. "Eles dizem que foram instruídos por outros haitianos que já passaram para os Estados Unidos e por isso também foram pra lá. Infelizmente, é assim que funciona", afirmou Loprete.

Em 2021, o Haiti enfrentou o assassinato do presidente do país, Jovenel Moïse, que aprofundou a instabilidade política, e um novo e potente terremoto, que deixou mais de duas mil pessoas mortas. Nesse contexto, a diáspora haitiana, tanto do próprio país quanto de outros na América Latina, se moveu para os EUA. Contribuiu para o fluxo a percepção de que a nova gestão democrata, de Joe Biden, teria uma abordagem mais simpática a migrantes.

Crise política nos EUA
A chegada em massa de haitianos, no entanto, detonou uma crise política nos EUA depois que o governo Biden, que prometia uma abordagem "humana" aos migrantes, recorreu aos mesmos instrumentos utilizados pelo ex-presidente Donald Trump para deportar rapidamente o maior contingente possível, sem dar a eles a chance de pedir por asilo ou refúgio em território americano. [a política do Biden de endurecimento do combate aos migrantes é notória, tanto que Kamala Harris, vice-presidente daquele país, foi bem clara quando em seu primeiro discurso como vice-presidente, Kamala Harris disse ao povo da Guatemala: 'Não venham para os EUA'.]

O enviado especial dos EUA para o Haiti, Daniel Foote, renunciou ao cargo em protesto contra o tratamento dispensado aos haitianos. Em uma carta pública à Casa Branca, ele disse que "não se associaria à decisão desumana e contraproducente dos Estados Unidos de deportar milhares de refugiados haitianos", citando as sucessivas crises humanitárias no país caribenho. Além disso, imagens de guardas de fronteira ameaçando avançar com cavalos sobre migrantes haitianos correram o mundo e alimentaram ainda mais críticas ao governo americano. Biden afirmou que se responsabilizava pessoalmente pelo ocorrido e determinou o fim do uso da cavalaria entre agentes de migração.

Em meio ao turbilhão, o secretário de Estado dos EUA Antony Blinken chegou a pedir ao chanceler brasileiro Carlos França, em reunião em Nova York, na semana passada, que o Brasil acolhesse parte dos haitianos que estavam na fronteira americana. O governo brasileiro, segundo um integrante do Itamaraty que esteve no encontro, recusou o pedido. "Cada um que cuide do seu Haiti", descreveu esse diplomata à reportagem, sobre o teor da resposta do Brasil aos americanos. [a crise migratória é um problema grave, cruel, mas temos que considerar que é DEVER de cada país priorizar a sobrevivência/subsistência dos seus naturais. 
O Brasil atravessa uma grave crise econômica agravada pelos efeitos nefastos da peste covid-19, que produziu graves problemas econômicos, com destaque para o desemprego herdado do  incompetente governo petista (que f . ... o Brasil por 13 anos) quase 13.000.000 e fatores naturais como crise hídrica e outros.
O Brasil não possui condições para receber emigrantes, visto que cada emprego ocupado por um emigrante equivale a MAIS UM BRASILEIRO DESEMPREGADO. Vale ressaltar que há uma certa, digamos, 'indústria' da emigração, como bem mostra o quinto parágrafo da matéria. Os emigrantes vem para o Brasil, são bem acolhidos, mas qualquer crise econômica eles partem para outros países - prática que não é utilizada pelos brasileiros, que padecem em solo pátrio as dificuldades. 
O Brasil obrigação,. até por ser um DEVER CRISTÃO, de acolher emigrantes, mas sem esquecer os brasileiros também necessitados - de nada adianta uma ação humanitária com os emigrantes e esquecer de ser humanitário com os brasileiros.]

Segundo a lei brasileira, migrantes que tenham recebido visto humanitário e ainda assim tenham deixado o país, perdem o direito a requerer novamente esse status especial.  A embaixada brasileira em Porto Príncipe já foi avisada pela OIM sobre a presença de crianças brasileiras deportadas no país, mas por enquanto não foi diretamente contatada por suas famílias.

À CNN americana, o ministro de relações exteriores do Haiti, Claude Joseph, afirmou: "pedimos solidariedade na região. Falei com minha embaixadora no Brasil e ela disse que os brasileiros estão dispostos a aceitá-los de volta com suas famílias". A BBC tentou contato com a embaixada haitiana em Brasília nesta segunda (27/9), mas não localizou um porta-voz.

Por lei, o Brasil é obrigado a repatriar - inclusive cobrindo os custos de viagem - cidadãos que estejam em risco no exterior e sem recursos para chegar ao Brasil. Reservadamente, dada a sensibilidade do tema, um embaixador brasileiro afirmou à BBC News Brasil que se as famílias dessas 30 crianças brasileiras expressarem o desejo para que isso aconteça, poderão deixar o Haiti e retornar ao Brasil. É possível que o número de menores brasileiros nessa situação aumente nos próximos dias, conforme mais aviões americanos com centenas de deportados aterrissem em Porto Príncipe.

 Mundo - Correio Braziliense


quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Drone de Biden matou crianças? - Guga Chacra

O Globo

Saída do Afeganistão

Dez afegãos de uma mesma família, incluindo sete crianças, teriam sido mortos por um ataque de drone em Cabul ordenado por Joe Biden em 29 de agosto. 
É o que indicam investigações paralelas independentes do New York Times e do Washington Post
Naquele dia, o presidente dos EUA celebrou a ação militar porque, supostamente, havia impedido um novo atentado do Estado Islâmico
Era uma tentativa da Casa Branca de alterar a narrativa durante o fiasco na implementação da retirada das tropas do Afeganistão, dias depois de um outro ato terrorista matar 182 pessoas, incluindo 13 militares americanos, em meio ao caos no aeroporto da capital afegã.

Destroços de uma casa atingida por ataque de drone dos EUA em Cabul

Diante das evidências cada vez mais fortes de que a ordem de Biden para o ataque de drone resultou na morte de inocentes, o governo americano mudou mais uma vez sua versão. Em depoimento ao Senado, o acuado secretário de Estado, Antony Blinken, disse que o governo ainda “investiga” o que ocorreu. Como questionaram alguns senadores, se havia dúvida, por que o disparo foi ordenado? Por que Biden e sua equipe celebraram a ação como se tivessem eliminado uma célula do Estado Islâmico a caminho de realizar um atentado, quando, ao que tudo indica, tinham alvejado crianças? [Biden é o resultado, piorado, obtido com a soma da crueldade de Stalin, Mao e Kim Jong-un; já sua vice, Kamala Harris, é o mesmo material acrescido de Pol Pot
Biden, logo que assumiu, revelou sua capacidade assassina e imensa  crueldade, assinando ordens executivas favoráveis ao aborto.]

A resposta é simples. Muitos dos ataques de drones dos EUA matam civis, incluindo crianças e idosos sem nenhuma ligação com o terrorismo. Simplesmente, o governo dos EUA anuncia que “seis terroristas da Al-Qaeda foram mortos em um bem-sucedido ataque de drone no Iêmen”. Sem dúvida, em muitas ações, terroristas de fato foram mortos. Mas vários levantamentos de órgãos independentes indicam que alguns ataques acabam por matar civis, como no caso de Cabul.

Em junho, o Pentágono chegou a admitir algumas mortes no Iêmen, mas somente após enorme pressão de entidades independentes, como a Clínica de Direitos Humanos da Escola de Direito da Universidade Columbia. Segundo a diretora da entidade, Sarah Knuckey, "as Forças Armadas dos EUA continuam contabilizando um número bem inferior de vítimas civis em suas operações no Iêmen se levarmos em conta as ações documentadas por organismos independentes. Os EUA continuam se recusando a prover compensação ou pedido de desculpas para as famílias dos civis vítimas dos drones".

Alguns desses drones são pilotados a partir dos EUA pela CIA ou pelo Pentágono. Os "pilotos" acordam em algum subúrbio de Washington, tomam café da manhã, deixam os filhos na escola e se sentam para monitorar em uma tela os movimentos de supostos terroristas em lugares distantes como Afeganistão e Iêmen. Com base em informações de inteligência, fazem os disparos que, na maior parte das vezes, resultam na morte do que os EUA consideram terroristas. Em outras, civis são mortos, como agora no Afeganistão. Essa prática de matar com "aviões de controle remoto" começou com George W. Bush, intensificou-se com Barack Obama e foi mantida por Donald Trump.

No caso de Cabul, claro que Biden não sabia que havia crianças quando ordenou o bombardeio. A decisão foi tomada com base nas informações de inteligência. Mas, diante das evidências, o presidente dos EUA deveria pensar em ao menos pedir desculpas às famílias dos afegãos mortos, porque sua decisão provavelmente resultou na morte de inocentes. Além disso, já passou da hora de demitir o seu incompetente secretário de Estado, Antony Blinken.

Guga Chacra, colunista - O Globo

 


quarta-feira, 18 de agosto de 2021

PGR isenta Bolsonaro de supostos crimes contra a saúde pública

PT e Psol foram ao Supremo Tribunal Federal argumentando que o presidente incentiva aglomerações e não usa máscaras

[já se tornou recorrente que partidecos sem noção, sem votos, sem programa de governo, sem representatividade tentem mostrar serviço sobrecarregando o Poder Judiciária com ações que não se sustentam e deveriam ser tratadas com desrespeito à inteligência dos membros do Poder Judiciário = são ações que apresentam acusações vazias, sem provas. O nocivo costume está sendo seguido por alguns parlamentares, especialmente senadores, que a falta de criatividade para apresentar projetos que favoreçam o Brasil e aos estados que representam, usam a prática de denunciar o nosso Presidente como passatempo.] 

A subprocuradora da República, Lindôra Araújo, enviou dois pareceres ao Supremo Tribunal Federal isentando o presidente Jair Bolsonaro de supostos crimes contra a saúde pública. PT e Psol foram à Justiça para punir o chefe do Executivo por suposto incentivo a aglomerações e a falta do uso de máscaras. Os documentos de Lindôra chegaram ao STF na terça-feira 17. “Essa conduta não se reveste da gravidade própria de um crime, por não ser possível afirmar que, por si só, deixe realmente de impedir introdução ou propagação da covid-19”, argumentou Lindôra, ao mencionar que há incertezas sobre o uso de máscaras. “Não é possível realizar testes rigorosos, que comprovem a medida exata da eficácia da máscara.”

Em e-mails vazados no início da pandemia de coronavírus, Anthony Fauci, virologista e atual conselheiro médico da Casa Branca, afirma que a utilização do equipamento era pouco no enfrentamento da covid-19. “A máscara típica que você compra na farmácia não é realmente eficaz para impedir a entrada de vírus, que é pequeno o suficiente para passar através do material.”

 Leia também: “Ciência, ciência e silêncio”, artigo de Ana Paula Henkel publicado na Edição 72 da Revista Oeste

 Revista Oeste


sexta-feira, 6 de agosto de 2021

O silêncio não vai salvar você - Revista Oeste

O fracasso da elite liberal em defender J. K. Rowling é lamentável

Imagine se o escritor norte-americano Philip Roth, quando estava vivo, tivesse sido submetido à violência antissemita todo santo dia. Imagine se multidões cheias de ódio o tivessem bombardeado com insultos e ameaças. 
Imagine se ele não pudesse nem ao menos ligar o computador sem ser xingado de escória, de filho da puta, de merda, e algumas pessoas chegassem ao extremo de lhe mandar imagens pornográficas bastante explícitas e ameaças de violência. Imagina-se que haveria alguma reação, certo? A Casa Branca com certeza teria se pronunciado — afinal, Roth era uma das figuras do universo cultural mais conhecidas e um ganhador da National Humanities Medal. O mundo literário teria se mobilizado. Colunistas teriam manifestado seu horror diante da perseguição obscena a um homem que tanto contribuiu para a cultura norte-americana.

No entanto, vamos saltar para 2021. Uma figura literária está sendo agredida, insultada e ameaçada todos os dias, e de boa parte do establishment político, midiático e literário só há silêncio. J. K. Rowling não chega a ser um Philip Roth, mas, mesmo assim, é uma escritora de grande importância. Ela é talvez a figura do universo cultural mais importante do Reino Unido nos últimos 20 anos. E está sendo incessantemente submetida a uma violência misógina horrível, a ataques odiosos que não seriam reproduzidos nem mesmo em uma publicação que acredita numa discussão livre e honesta como esta revista. “Se mate.” “Vou matar você, sua vadia.” “Morra, vadia.” “Essa mulher é imunda.” “Cale a boca.” “Vou encher você de porrada.” [aqui no Brasil um jornalista já desejou que o presidente Bolsonaro morresse, um outro sugeriu que o presidente se suicidasse. Nada foi feito. Sendo que a sugestão de suicídio é uma forma de indução ao suicídio - que no Brasil é crime.] Essas são as mensagens que Rowling tem recebido. Existem muitas, muitas outras, algumas bem piores.

O crime verbal de Rowling, claro, é acreditar que o sexo biológico é real

Como é possível que a autora mais vendida no Reino Unido, uma mulher considerada responsável por encorajar uma geração inteira de crianças a ler mais livros, seja submetida a uma violência tão baixa e a ameaças de assassinato e, mesmo assim, o primeiro-ministro não dizer nada? E a cena literária seguir comentando como o Hay Festival do mês passado foi divertido, fingindo não notar os milhares de pessoas xingando um de seus membros de bruxa velha e nojenta, que deveria ser forçada a fazer sexo oral em estranhos ou, ainda melhor, assassinada com uma bomba caseira? É porque a nossa é uma era de covardia moral. De corações frágeis e fracotes. Uma era em que muitos fizeram o cálculo mais covarde — “se eu não falar nada, talvez não sobre para mim”.

O crime verbal de Rowling, claro, é acreditar que o sexo biológico é real.  
Ela acha que existem diferenças biológicas entre homens e mulheres. 
E que, se você nasce homem, você é homem, e não deve adentrar espaços criados apenas para mulheres: vestiários, presídios femininos, abrigos para as vítimas de violência doméstica. 
Cinco anos atrás essas eram opiniões totalmente normais para ter e expressar. Mas, se você as mencionar hoje, será perseguido, demonizado, terá sua plataforma revogada, poderá ser demitido, receberá mensagens de “chupe meu pau” e talvez até seja provocado com a possibilidade de uma bomba caseira ser enviada para sua casa, como aconteceu com a autora nesta semana.
 
Ninguém que acredite em liberdade, razão e igualdade pode ficar parado vendo isso acontecer. Observar enquanto a realidade do sexo é apagada por ativistas trans que promovem a visão mágica de que alguns homens têm “cérebro feminino”. 
E enquanto palavras como mulher, mãe e amamentação são riscadas de documentos oficiais para não ofender o número infinitesimalmente pequeno de militantes que acreditam que seus sentimentos importam mais do que a linguagem comum. 
 
E enquanto escritoras, colunistas, professoras e ativistas são censuradas e ameaçadas apenas por discutir sexo e gênero. E enquanto J. K. Rowling é transformada em inimiga da decência que merece uma completa destruição stalinista de sua reputação e sua vida.
E, no entanto, nada é o que muita gente está fazendo. Quando três jogadores ingleses negros, incluindo o herói nacional Marcus Rashford, receberam mensagens racistas nas redes sociais — felizmente em menor quantidade, e muitas vindas de outros países —, isso virou primeira página do noticiário por dias. A elite do Twitter não falou de quase mais nada. Políticos se acotovelaram para brandir suas cartas de repúdio sob o nariz do público. 
E, mesmo assim, essas são as mesmas pessoas que estão quietas sobre a difamação muito mais intensa e violenta da antiga heroína nacional J. K. Rowling. O primeiro-ministro não disse uma palavra. O secretário de Cultura (Oliver Dowden) parece ter ficado mudo. A brigada da gentileza deve estar de férias.

Claro, existem honrosas exceções. Alguns colunistas defenderam Rowling. Algumas feministas fizeram pôsteres que diziam “I Love J. K. Rowling” (um, na estação de trem de Waverley, em Edimburgo, foi retirado por ser “ofensivo”. A multidão misógina venceu mais uma vez.) Mas muitos dos chamados progressistas e liberais não disseram absolutamente nada. Ou, pior, ajudaram a aumentar a animosidade deturpada contra Rowling. A incessante estigmatização por parte de esquerdistas radicais de que qualquer mulher que questione a ideologia da transgeneridade é preconceituosa ou uma radfem uma palavra do século 21 para “bruxa” — é a base sobre a qual boa parte desse ódio indizível por mulheres céticas como J. K. Rowling é construído.

Quando cede a uma multidão, você a torna mais poderosa, mais insaciável

De muitas formas, o silêncio da elite liberal sobre as agressões contra a autora é pior do que as agressões em si. As mensagens ameaçadoras e cheias de ódio vêm de pessoas que claramente perderam o contato com a moral, que foram tão corrompidas pelo narcisismo da política identitária e pelas desilusões do lobby transgênero que passaram a ver aqueles que questionam sua visão de mundo essencialmente como um lixo sub-humano e devem, por isso, ser humilhados ritualisticamente e excomungados da sociedade normal. Mas pessoas que ficam quietas nos mundos político e literário estão cometendo um erro moral muito maior. Porque elas sabem que o que está acontecendo é errado, e terrível, mas preferem não se manifestar porque querem evitar atrair a atenção da multidão. Assim como os algozes identitários de Rowling, elas colocam os próprios sentimentosnesse caso, seu desejo mesquinho de uma vida sem complicações — acima de fazer o que é certo.

Elas acreditam que vão salvar a própria pele. Como estão erradas. Deveria estar claro para todo mundo a esta altura que fazer vista grossa para a maneira como as multidões descoladas se voltam contra quem pensa ou fala o que não deve não diminui a necessidade febril dessas pessoas de perseguir quem as ofende. Ao contrário, isso as incentiva. Vamos considerar a experiência da atriz Sarah Paulson. Ela vergonhosamente ficou ao lado da multidão anti-Rowling, retuitando um homem que mandou a autora “calar a boca” e a chamou de “escória completa”. Só que, longe de se proteger da fúria da multidão trans, Paulson atraiu sua atenção. Usuários do Twitter se voltaram contra ela recentemente por não incluir seus pronomes na biografia da rede social. Sério. A manchete “Sarah Paulson dá início a uma guerra no Twitter por causa da ausência de seus pronomes na bio” de fato foi publicada. “Então seus pronomes são burra/vagabunda”, “ela é uma filha da puta”, “que pessoa de merda” são algumas das mensagens que a atriz recebeu.

Sua aliança pouco solidária com a multidão sexista que persegue J. K. Rowling não a protegeu porque, quando você cede a uma multidão, você a torna mais poderosa, mais insaciável. Da mesma forma, o silêncio não vai proteger você. As forças da falta de razão, do não liberalismo e da denúncia estão no centro do ativismo woke, e o transativismo em especial não pode ser enfrentado se as pessoas ficarem quietas. Ele não vai desaparecer. Essas pessoas precisam ser confrontadas, energicamente, com argumentos claros em favor da liberdade de expressão, da discussão racional sobre os direitos das mulheres.  

É o Teste de Rowling — você vai ou não se manifestar contra a perseguição misógina a J. K. Rowling e outras figuras declaradas culpadas de crimes de opinião pelos tribunais arbitrários do regime regressivo da cultura woke?  
Neste momento, muitos estão sendo reprovados no teste. Por completo.
 
 

Leia também “Agora querem queimar os livros de J. K. Rowling”

Revista Oeste - Brendan O'Neill, da Spiked