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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

A dupla face de Michel Temer e Foi golpe ! (Marco Aurélio atropela Toffoli) - Blog do Noblat - Veja

Golpista acidental


Então por que quatro vezes falou em golpe? Porque em Temer convivem o jurista que ele é, autor de livros sobre o Direito Constitucional, e o político que sempre foi e que continuará a ser. Sem que ninguém lhe perguntasse, o político contou uma história a título de curiosidade, mas que nada tinha de curiosa.  Contou que um dia procurou Dilma no Palácio do Planalto e lhe disse que Eduardo Cunha (PMDB-RJ), então presidente da Câmara dos Deputados, recebera seis pedidos de impeachment contra ela, sendo que dois eram bastante complicados. Mas que ouvira dele que rejeitaria os seis. Dilma comemorou a informação.

O que Temer, o político, quis dizer com isso? De passagem, como se tratasse de uma mera recordação inocente, quis dizer que Cunha também o enganara. A culpa do impeachment – ou do golpe – deve ser debitada na conta de Cunha, não na dele. Temer sequer “conspirou um pouquinho” para derrubar Dilma, como garantiu…

Jair Bolsonaro é um presidente acidental. Foi eleito por uma conjuntura que jamais se repetirá. Michel Temer foi um golpista acidental. Nada teve a ver com o golpe ou o impeachment, como preferirem. Estava ali como vice-presidente observando tudo à distância quando foi chamado a suceder Dilma. Fazer o quê?

sábado, 22 de junho de 2019

Pedido de indenização da Dilma depende da ministra Dalmares

Comissão analisa indenização para Dilma, e decisão será de Damares

  • A ex-presidente Dilma pede uma indenização de R$ 10,7 mil pelos 9 anos que foi perseguida e presa na ditadura militar
  • Damares indicou, em janeiro, que poderia negar o pedido, mas agora afirmou que avaliação será de forma técnica e no processo legal
A Comissão de Anistia do governo federal deve analisar na próxima quarta-feira (26) o processo em que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) pede indenização por ter sido perseguida política pela ditadura militar (1964-1985). O pleito de Dilma é um dos 98 processos que estão na pauta para serem analisados nas primeiras sessões do colegiado deste ano, que serão realizadas na quarta e na quinta-feira (27).

O requerimento da ex-presidente --que foi presa e torturada durante o regime militar [presa Dilma foi, quanto a ter sido torturada é mentira - ver foto abaixo.] - foi protocolado em outubro de 2002. Mas, segundo contou Dilma no início deste ano, ela pediu que o processo fosse suspenso enquanto ocupou os cargos de ministra de Estado e de presidente da República.   Depois do impeachment, em 2016, ela recorreu para que o pedido de indenização voltasse a tramitar.
[Esta foto, oficial, consta do processo, mostra Dilma sendo interrogada, após ter passado 22 dias presa, sendo torturada, levando cacete de todo o tipo e de todas as formas.
Caso fosse verdade,  se percebe que o excesso de cacete seja muito bem à ex-presidente.
 
Quanto ao dedinho do Lula é público e notório - versão oficial, comprovada me processo trabalhista que foi acidente de trabalho, pelo qual ele foi indenizado, encostado, pensionado, aposentado. ]

A Comissão da Anistia é composta por 27 membros. O órgão tem caráter consultivo, e a decisão final sobre a concessão ou não do benefício cabe à ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).

‘CAIXINHAS’
Desde que assumiu o ministério, Damares tem prometido rever reparações dadas nos últimos anos e abrir o que chamou de "caixinhas" da comissão.  No pedido que será analisado pelos conselheiros, Dilma pede indenização e contagem de tempo para efeitos de aposentadoria do período em que foi presa, em 1970, até a promulgação da lei da anistia, nove anos depois.  O valor solicitado pela petista é de cerca de R$ 10,7 mil mensais, "com efeitos financeiros retroativos".

Em seu requerimento, Dilma relata que, após ser colocada em liberdade, em 1972, foi impedida de retomar o curso de economia na Universidade Federal de Minas Gerais.  Isso obrigou a ex-presidente a prestar novo vestibular em 1974, desta vez para ingressar na Faculdade de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.  Ainda antes de se formar, continua Dilma, ela começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul, onde permaneceu até 1977.

Dilma conta no requerimento que passou a ser pressionada pela direção da instituição a se demitir do cargo. A ex-presidente afirma que o seu desligamento era exigido pelo SNI (Serviço Nacional de Informações), órgão de inteligência da ditadura, em razão de ela ser considerada uma pessoa subversiva ao regime.  No processo, Dilma ainda cita o fato de ter sido incluída na lista, elaborada pelo general Sílvio Frota, dos supostos "97 comunistas infiltrados" em órgãos públicos.

No final de janeiro, a ministra Damares sinalizou, em entrevista à revista Época, que poderia negar o pedido de indenização feito por Dilma.Isso porque a ex-presidente já recebeu reparações, no valor total de R$ 72 mil, por comissões estaduais de análise de pleitos de perseguidos pela ditadura, em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

A lei que regulamentou a anistia política no Brasil veda "a acumulação de quaisquer pagamentos ou benefícios ou indenização com o mesmo fundamento, facultando-se a opção mais favorável".  Na entrevista, Damares disse que a petista "já está indenizada três vezes pela dor e pelo sofrimento que ela passou".
No início deste ano, Dilma classificou a possibilidade de a Comissão da Anistia barrar seu pedido de indenização como "perseguição política" e disse que doou as reparações que recebeu dos governos do Rio de Janeiro e de São Paulo ao grupo Tortura Nunca Mais.

‘TÉCNICO E NO PROCESSO LEGAL’
Após a publicação desta reportagem no site da Folha nesta sexta (21), a ministra Damares afirmou, em rede social, que "tudo será conduzido de forma absolutamente técnica, obedecido o devido processo legal". "Vou analisar, no que tange às legalidades, o que for decidido pelo Conselho e refletir sobre o caso", disse.

Folha Press - Yahoo


segunda-feira, 8 de abril de 2019

Ainda a conta do PT

Nas mãos do PT, o BNDES torrou dinheiro público em projetos sem relevância para o interesse nacional.

O Congresso defenestrou a última presidente petista por crime de responsabilidade, o Judiciário condenou criminosos petistas pelo mensalão e o petrolão e o eleitorado bloqueou o retorno do último poste de Lula da Silva ao Planalto nas eleições passadas. 

Mas o contribuinte continua a pagar a conta do projeto de poder do PT.

Conforme reportagem do Estado, só Venezuela, Cuba e Moçambique somam R$ 2,3 bilhões em dívidas atrasadas com o BNDES. Os valores recairão sobre o Tesouro, que cobre os financiamentos do banco ao exterior e que já teve de indenizá-lo em R$ 1,3 bilhão devido aos atrasos desses países.  Criado nos anos 50 para capitalizar empreendedores de todos os portes, em especial empreendimentos estratégicos na indústria e infraestrutura, o banco também teve papel decisivo na modernização da agricultura, comércio e serviços, assim como em investimentos sociais na educação, saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte coletivo. Na gestão petista, esse instrumento destinado a fortalecer a economia serviu à bandeira populista e para operações duvidosas das “campeãs nacionais”.

Em 2012, logo após a entrada em vigência da Lei de Acesso à Informação, o então ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio decretou sigilo até 2027 sobre a documentação dos empréstimos do BNDES, vedando que a ela tivessem acesso o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria Geral da União e o próprio Ministério Público. Três anos depois, o Congresso suspendeu o sigilo por decreto, vetado por Dilma Rousseff. Só em julho de 2015 um juiz federal, a pedido do Ministério Público, derrubou o sigilo.

O levantamento do TCU foi estarrecedor. De R$ 50 bilhões distribuídos em 140 contratos de financiamento, 87% (R$ 44 bilhões) estavam concentrados em cinco países – Angola, Venezuela, República Dominicana, Argentina e Cuba –, e 97% desses recursos beneficiavam apenas cinco empreiteiras, todas denunciadas na Lava Jato.  Dentre outras irregularidades, o TCU averiguou que os empréstimos foram acertados por instâncias do Executivo, sendo apenas homologados pelo BNDES, que, contra todos os protocolos, sobretudo em empréstimos de altos risco e custo, não acionou os seus pareceristas técnicos. Além disso, não houve processos licitatórios e o banco se omitiu na apuração dos preços, deixados a cargo das empresas e governos beneficiados. Pior, os riscos de inadimplência ficaram todos com o governo, quer dizer, com o contribuinte brasileiro.

De lá para cá, duas Comissões Parlamentares de Inquérito do BNDES malograram pelas manobras dos próceres petistas na Câmara e a terceira, cuja constituição foi determinada em fevereiro deste ano pelo presidente da Câmara, ainda está em formação. Que a caixa-preta do BNDES, quando definitivamente aberta, revelará muitos outros descalabros, ninguém duvida – a começar pelos próprios petistas, que tanto se esforçaram para trancafiá-la. Só o risco do calote desses três países, que é quase uma certeza, levou o banco a registrar perdas de R$ 4,4 bilhões no balanço financeiro de 2018, divulgado na semana passada. Somem-se a isso as dívidas perdoadas pelos governos petistas, como os US$ 900 milhões dados sem contrapartida a 12 governos africanos, e as propinas apuradas pela Lava Jato.

A constatação é que nas mãos sujas petistas o BNDES se transformou para a geração presente e as próximas num verdadeiro “Banco Nacional do Retrocesso Econômico e Social”, que não só torrou o dinheiro público com projetos sem nenhuma relevância para o interesse nacional, como abasteceu os bolsos de políticos e empresários corruptos, e, pior, de ditadores que asfixiam as populações de seus países.  Cabe aos brasileiros continuar pressionando o Congresso, o Ministério Público e os outros órgãos de fiscalização para que levem essa devassa até o fim e, sobretudo, aniquilar nas urnas o projeto de poder desse partido que, ainda hoje, tem a maior bancada na Câmara.


Editorial - O Estado de S. Paulo

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Presidente da CUT pede arrego no 1º dia do novo governo

[Veja o vídeo de 15 de novembro e as imbecilidades nele veiculadas com a situação de agora.]

CUT não reconhece governo Bolsonaro!!! FALA de seu PRESIDENTE em 15 nov. de 2018 #InfoDigit-PC

 No entanto, com a CUT passando necessidades,  e Vagner Freitas - consciente de que seus latidos de 15 nov 2018, são idênticos aos que emitiu quando prometeu pegar em armas para manter a 'escarrada' Dilma Rousseff no Planalto, promessa não realizada. e outros cinco dirigentes sindicais enviaram ontem, dia 1º, uma carta ao presidente Bolsonaro,  pedindo diálogo.

Parece natural, que agora o presidente da República não reconheça o pelego da CUT como representante da classe trabalhadora.

Tem que jogar duro com essa turma. [ignorar e, se necessário, neutralizar.]

Cidade Online 

 

 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Advogados de Dilma se movimentam ante a possibilidade de prisão e Yo no creo en brujas

Dilma Rousseff corre o sério risco de ter sua prisão preventiva decretada.

É um fato real, que, inclusive, provocou uma nota de Mônica Bergamo, a jornalista que funciona como uma espécie de porta voz do petismo.

Os advogados da ex-presidente estão preocupadíssimos.

Na nota, Bergamo informa que esta semana foi apresentada perante a Justiça uma petição que demonstra o caráterpreventivo” da defesa da ex-presidente ante a possibilidade de “medidas cautelares mais drásticas”, leia-se decretação da prisão preventiva.

Na missiva, os advogados insistem e reiteram que Dilma Rousseff está “à integral disposição para prestar qualquer esclarecimento ou ser ouvida sobre qualquer processo ou investigação criminal”.  O medo advém da delação de Antonio Palocci.

Embora ainda mantida sob sigilo, é sabido que foi devastadora para a ex-presidente, revelando inúmeras falcatruas ocorridas durante os seus mandatos.
 
 Otto Dantas - Articulista e Repórter

Site: A Verdade Sufocada  

[Nota e comentário do  secretário de Segurança do Estado, general Richard Nunes, sobre a interferência da Polícia Federal, ainda sob o comando do futuro ex-ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, nas investigaçãos do caso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson:
"A Polícia Federal já ofereceu ajuda nas investigações sobre o crime e conseguiu recentemente ter acesso às investigações da polícia fluminense.

Nesta semana, o secretário de Segurança do Estado, general Richard Nunes, criticou a iniciativa da PF, afirmando que 'muito ajuda quem não atrapalha' e que há muita gente buscando holofote no caso Marielle"]


Mais detalhes, clique aqui

Yo no creo en brujas

O problema é a desilusão que Bolsonaro pode causar


Há quem acredite em médiuns. Houve quem acreditasse em João de Deus. Há quem acredite em salvadores da pátria. E houve quem acreditasse em mitos. Enganar crédulos é tarefa aparentemente fácil, sobretudo quando para estes resta pouca ou nenhuma esperança. Seja qual for a dor, do corpo ou do espírito, haverá sempre quem se apresente com a fórmula mágica para curá-la. Foi assim que o canastrão de Abadiânia enganou milhares de pessoas por 40 anos, oferecendo soluções “milagrosas” para doenças que a medicina e a ciência não conseguem curar. Em troca de apalpadelas aqui e ali.

João de Deus construiu uma reputação de tal maneira sólida que mesmo os que ouviam insistentes rumores de que ele abusava de pacientes preferiram não acreditar. Por isso, também centenas de vítimas do médium sentiam-se pouco à vontade para denunciá-lo. O caso dele se assemelha ao do czar da fertilização, o médico Roger Abdelmassih, condenado a 181 anos de cadeia pelo estupro de algumas dezenas de pacientes. Famoso, respeitado como o João de Abadiânia, o Roger de São Paulo só foi desmascarado quando a primeira paciente veio a público denunciá-lo. Depois, encorajadas, surgiram dezenas.

No plano político ocorreu o mesmo com o ex-presidente Fernando Collor, que encantou o Brasil anunciando que limparia o país de funcionários públicos com supersalários.

(...)
 
 Antes de tomar posse, já se viu enredado na questão dos repasses do assessor de seu filho Flávio Bolsonaro com dinheiro coletado de outros funcionários do gabinete. [até o presente momento não existe a mais remota prova que Bolsonaro esteja enredado ou mesmo seu filho - o autor das chamadas movimentações atípicas é a única pessoa que pode esclarecer ou mesmo enredar alguém e ainda não prestou depoimento.]  Se fosse só o filho, já seria grave, mas parte desse dinheiro foi parar na conta da sua mulher, o que é gravíssimo. [para esta frase,  favor considerar o comentário acima.]  Há pouca coisa mais velha na velha política que Bolsonaro jurou combater do que desviar recursos de funcionários de gabinete parlamentar. Parece que foi isso o que Flávio Bolsonaro fez usando como repassador o policial militar Fabrício de Queiroz, que contratou como motorista mas que remunerava como assessor. [é prática corrente nas Assembleias e em muitos outros órgãos públicos pessoas sejam contratadas com o cargo de 'assessor' e exerçam funções que nada tem a ver com assessoria;
dessa prática imoral, mas, não ilegal, é que surgiu o cargo de ASPONE = assessor de porra nenhuma.] A prática funciona assim: um servidor designado pelo parlamentar cobra parte do salário dos demais servidores e repassa os recursos arrecadados para o chefe. Uma prática ilegal e imoral empregada em larga escala no Congresso e nas Assembleias, principalmente pelos parlamentares do baixo clero.

MATÉRIA COMPLETA, Ascânio Seleme em o Globo



 


 

 

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Haddad não vai à cadeia, mas envia um preposto

Beneficiado por um habeas-Lula, Fernando Haddad absteve-se de bater ponto na cela especial de Curitiba nesta segunda-feira. Entretanto, num sinal de reverência, enviou um preposto: o tesoureiro do PT, Emidio de Souza. Melhorou a cenografia, pois o candidato saiu da cadeia. Mas não alterou o enredo, pois a cadeia não saiu da candidatura. Emidio é, hoje, o petista mais ligado a Haddad no comitê eleitoral.

Está entendido que as visitas semanais de Fernando Haddad à carceragem da Polícia Federal visavam acelerar a transferência de eleitores de Lula, empurrando o candidato para o segundo turno. Mas ficou entendido que os encontros também grudaram na imagem de Haddad a brutal taxa de rejeição do seu padrinho, potencializando o discurso anti-PT do rival.

Jair Bolsonaro está com um pé no Planalto. Quando colocar os dois, o alto comando do PT talvez inclua o beija-mão carcerário no rol dos erros cometidos durante a campanha. A derrota de Dilma Rousseff na disputa por uma cadeira no Senado por Minas Gerais estilhaçou o discurso de que apresentava o impeachment como golpe. O provável insucesso de Haddad aniquilará a retórica segundo a qual Lula é preso político.

Blog do Josias de Souza 

 

Recluso, Lula perdeu o pulso das ruas; não se deu conta de que Bolsonaro havia capturado o antipetismo

É claro que o PT paga o preço de uma estratégia, e eu já tratei do assunto aqui, que teve a sua eficácia, mas que deixou sequelas. O partido misturou dois domínios que deveriam ter permanecido separados: o da eleição e o do processo contra o ex-presidente Lula. Foi uma escolha, que fique claro!, do próprio Lula. Preso na Superintendência da Polícia Federal do Paraná, o líder petista está distante da temperatura das ruas e certamente não recebeu o briefing adequado do que ia pelos bares e breus das tocas, como diria o esquerdista Chico Buarque. Jair Bolsonaro há muito já havia capturado os corações curtidos no antipetismo. 

Boa parte desses capturados repudia o PT por bons motivos. Ou que fale, então, o desastre a que Dilma Rousseff, uma das escolhidas de Lula — para estupefação, à época, de muitas lideranças do partido — conduziu o país. 

Mais: a mesma Lava Jato que encarcerou Lula havia devastado não apenas a reputação do PT, que, convenham, resistiu com poucas escoriações na comparação com outras legendas. A política como um todo foi reduzida a quase cinzas. E o “capitão” vinha se oferecendo havia pelo menos dois anos como o porta-voz dessa indignação.

Continua aqui

Blog do Reinaldo Azevedo

LEIA TAMBÉM:  Lula era a fortaleza, mas também a fraqueza do PT; a transferência de votos se deu, mas…



segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Eleitor brasileiro tocou fogo no circo da política

Dizer que o 7 de outubro de 2018 foi o mais eloquente recado enviado pelas urnas à oligarquia política desde a redemocratização do Brasil é pouco. Houve algo bem mais grave: o eleitor tocou fogo no circo. Foi como se quisesse deixar claro que não tem vocação para palhaço. As urnas carbonizaram parte do elenco que reagia à Lava Jato com malabarismo verbal, trapezismo ideológico e ilusionismo.

A velha política está em chamas. Tomado pelas proporções, o incêndio lembra aquele que consumiu o acervo do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. Salvaram-se múmias como Renan Calheiros, Jader Barbalho, Ciro Nogueira e Eduardo Braga. Mas viraram carvão as pretensões eleitorais de peças como Dilma Rousseff, da sessão de paleontologia. Reduziram-se a cinzas mandatos do porte dos de Romero Jucá, Eunício Oliveira e Edson Lobão, da ala dos invertebrados.

Desde 2014, quando a operação foi deflagrada, os oligarcas partidários cultivavam a fantasia de que seria possível “estancar a sangria”. Gente poderosa preparava para depois da abertura das urnas uma investida congressual para transformar propinas em caixa dois. O eleitor arrancou o nariz vermelho, jogou longe o colarinho folgado, livrou-se dos sapatos grandes e riscou o fósforo.

Sobraram chamas para investigados, denunciados e até para críticos do juiz Sergio Moro e dos procuradores da força-tarefa de Curitiba. Vai abaixo uma primeira lista das vítimas das labaredas. Inclui gente barrada no Senado, na Câmara e em governos estaduais:
Eunício Oliveira (MDB-CE); Romero Jucá (MDB-RR); Beto Richa (PSDB-PR); Marconi Perillo (PSDB-GO); Roberto Requião (MDB-PR); Lindbergh Farias (PT-RJ); Jorge Viana (PT-AC), Delcidio do Amaral (PTC-MS); Marco Antonio Cabral (MDB-RJ), filho do presidiário Sergio Cabral; Daniele Cunha (MDB-RJ), filha do presidiário Eduardo Cunha; Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do ex-presidiário Roberto Jefferson; Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), irmão do presidiário Geddel Vieira Lima; Leonardo Picciani (MDB-RJ), filho do preso domiciliar Jorge Picciani; Dilma Rousseff (PT-MG); [de nada adiantou o Lewandowski fatiar a Constituição para manter os direitos políticas da Dilma - o povo mineiro os cassou.] Fernando Pimentel (PT-MG); Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM); Roseana Sarney (MDB-MA); Sarney Filho (MDB-MA); Edison Lobão (MDB-MA); Paulo Skaf (SP), Benedito de Lira (PP-AL); André Moura (PSC-SE); Valdir Raupp (MDB-RO); Cassio Cunha Lima (PSDB-PB); Garibaldi Alves Filho (MDB-RN); e Wadih Damous (PT-RJ). [esta é uma das raríssimas vezes em que grafamos o nome da farsa 'wadih damous' por extenso e com destaque - assim procedemos para apregoar aos quatro cantos sua derrota.]

Será necessário esperar pelo resultado do rescaldo para saber o que sobrou e o que o eleitor colocou no lugar. Sintomaticamente, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa de Curitiba, soltou fogos nas redes sociais ao tomar conhecimento das totalizações de votos da Justiça Eleitoral. “Parabéns aos novos senadores e deputados!”, escreveu Deltan. “Houve avanços significativos contra a corrupção: pelo menos uma dezena de envolvidos graúdos na Lava Jato perderam o foro privilegiado. Cerca de uma dezena de senadores do movimento Unidos Contra a Corrupção se elegeram. Além disso, movimentos de renovação apartidários elegeram vários candidatos —o RenovaBR, por exemplo, elegeu 16 candidatos.”

Deltan realçou um detalhe monetário: o eleitor puniu os candidatos brindados com fatias mais generosas do fundão de financiamento eleitoral público. Nas palavras do procurador, a “sociedade remou contra a correnteza, pois milhões do novo fundo eleitoral bilionário foram direcionados para campanhas da velha política.”

Na avaliação do chefe da Lava Jato, o fogo ateado pelo eleitor no circo pode não resolver o problema. Mas reacendeu a percepção coletiva sobre a importância da boa política: “(…) Podemos não ter o Congresso dos sonhos, mas não se trata agora de ter o congresso dos sonhos e sim de ajudar a construir o melhor país possível com os eleitos. O único caminho para um país melhor é o da política, da luta contra a corrupção e da democracia.”
Quando o desalento foi às ruas, a partir de junho de 2013, as broncas do brasileiro englobaram causas variadas —do horror à ruína de Dilma ao clamor pela volta da ditadura. Naquela ocasião, os queremistas da intervenção militar eram uma minoria na multidão. Em 2014, sobreveio a Lava Jato. Dilma reelegeu-se por pequena margem de votos.

A partir de 2015, o asfalto passou a roncar pelo impeachment. As manifestações eram menores que as de 2013. Até por essa razão, ficou mais fácil notar a presença de personagens até então vistos como folclóricos. Jair Bolsonaro deixou-se fotografar com uma camiseta na qual se lia: “Direita já”. Na foto, ele era carregado por admiradores.
Nessa mesma época, Lula, o PT e seus satélites engrossaram a pregação segundo a qual a Lava Jato criminalizou a política. Depois do grampo do Jaburu, Michel Temer e o seu MDB aderiram ao coro. Pilhado achacando Joesley Batista, Aécio Neves ecoou o mesmo lero-lero. Ao tocar fogo no circo, o eleitor sinalizou que pensa de outra maneira: quem criminalizou a política foram os criminosos. Culpar os investigadores é como responsabilizar a radiografia pela doença.

Graças ao excesso de malabarismo, o “Direita Já” da camiseta de Bolsonaro deixou de ser uma reivindicação. Ganhou ares de constatação. Nas próximas semanas, os críticos da Lava Jato dirão que a operação tirou a ultradireita do armário. Chamarão Bolsonaro de neo-Trump. Recordarão que, na Itália, a Operação Mãos Limpas levou ao poder Silvio Berlusconi. E esquecerão de lembrar —ou lembrarão de esquecer— que Lula tornou-se o principal cabo eleitoral de Bolsonaro ao criar, na cadeia, a figura do presidenciável-laranja. O fogo arderá no circo por muito tempo.

Blog do Josias de Souza

 

domingo, 9 de setembro de 2018

Haddad vira presidenciável graças a escândalos

 [vale lembrar que sem escândalos PT não existiria; toda a história do perda total é fonte de escândalos.]

Em 2005, quando explodiu o mensalão, Lula deslocou Tarso Genro do comando do Ministério da Educação para a presidência do PT. Ao aceitar a missão, Tarso pediu que fosse acomodado no seu lugar Fernando Haddad, então secretário-executivo da pasta da Educação. Dona Norma, mãe de Haddad, soube pelo noticiário da promoção do filho. Telefonou-lhe para perguntar por que aceitara ser ministro de um governo em má situação. E Haddad: “Mãe, se a situação fosse boa, nunca me ofereceriam o ministério.” Lula encantou-se com sua gestão.

Decorridos 13 anos, Haddad está na bica de se tornar candidato ao Planalto graças a outro escândalo que marca a ruína petista: o petrolão. Nesta segunda-feira, o filho de dona Norma visitará Lula, em Curitiba. Se tudo correr como planejado, sairá da cela especial, finalmente, com o aval do preso mais ilustre da Lava Jato à sua conversão em cabeça da chapa presidencial do PT. A promoção precisa ocorrer no dia seguinte, 11 de setembro, quando vence o prazo fixado pela Justiça Eleitoral para a substituição de Lula.

Haddad terá, então, 28 dias para tocar uma campanha eleitoral sui generis, na qual o sucesso depende de sua capacidade de se autoanular. Terá de se apresentar como um candidato invisível —de modo que o eleitor consiga enxergar o Lula que há por trás dele. Em tais circunstâncias, o apelido de poste talvez seja inadequado. Haddad participa da eleição mais com um laranja de Lula. Para que a transfusão de votos ocorra na proporção desejada pelo petismo, o eleitorado precisaria acreditar que, votando no candidato em liberdade, estará elegendo o padrinho preso.

A escassez de tempo não é a única adversidade. Haddad herda uma equipe de campanha que não escolheu. Terá de tourear petistas que avaliam que ele não é o melhor Plano B —a começar pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que queria a vaga para ela. Precisará molhar a camisa para evitar que parte dos votos de Lula escorra para Ciro Gomes e Marina Silva. De resto, entrará no jogo depois da facada que praticamente colocou Jair Bolsonaro no segundo turno, obrigando os outros candidatos a se engalfinhar pela vaga restante.

Na noite desta segunda, Haddad terá uma ideia do tamanho do seu desafio. O Datafolha divulgará uma pesquisa presidencial que captará os efeitos da primeira semana do horário eleitoral, dos primeiros debates, das sabatinas, do veto à candidatura de Lula e do atentado cometido contra Bolsonaro. Pesquisa do Ibope, divulgada na semana passada, colocou Haddad (6%) na quinta colocação, atrás de Bolsonaro (22%), Ciro Gomes (12%), Marina Silva (12%) e Geraldo Alckmin (9%). Nessa pesquisa, o laranja de Lula estava tecnicamente empatado com o candidato tucano.

De acordo com o lema da campanha petista, só a vitória do laranja de Lula será capaz de fazer “o Brasil feliz de novo”. Aposta-se que o apagão do governo de Michel Temer acenderá na cabeça do eleitor a memória dos melhores tempos da gestão de Lula, quando havia empregos, renda, crédito e consumo. Os adversários de Haddad se equipam para levar à vitrine outra realidade. Que a gestão Temer foi ruinosa, ninguém tem duvida. Mas planeja-se levar à vitrine também a ruína de Dilma Rousseff, que produziu desequilíbrio fiscal, recessão e desemprego.

Entre 2013 e 2016, a economia brasileira encolheu 6,8%.Na gestão empregocida de Dilma, o desemprego saltou de 6,4% para 11,2%. Foram ao olho da rua cerca de 12 milhões de trabalhadores. Deflagrada em 2014, a Lava Jato demonstrou que o único empreendimento que prosperava no Brasil era a corrupção. Agora, o PT tenta empurrar o espólio de Dilma para o gavetão do esquecimento. Os adversários cuidarão de instilar no eleitorado o receio de que Haddad, a nova criatura de Lula, vire uma nova Dilma.

Não será a primeira vez que Dilma assombra projetos políticos de Haddad. A gestão impopular da ex-gerentona de Lula conspirou contra a recondução de Haddad à prefeitura de São Paulo, em 2016. Em fevereiro daquele ano, quando se equipava para reivindicar a reeleição, Haddad distanciou-se de Dilma numa entrevista ao blog. Entre outras críticas, apontou “problemas de condução” da política econômica. Reveja um trecho abaixo. A íntegra está disponível aqui. Haddad não foi reeleito. O rival tucano João Doria prevaleceu no primeiro turno. Os rivais do PT talvez forcem Haddad a renovar em 2018 as ressalvas que fazia a Dilma há dois anos.

Blog do Josias de Souza

sábado, 1 de setembro de 2018

Eles querem lhe enganar!

Em plena reta final da campanha, com a indecisão dos eleitores granjeando o tabuleiro político, não existem ainda propostas consistentes e factíveis para um futuro governo.  

Você, caro leitor, sabe realmente o que cada um dos candidatos à Presidência vai fazer se porventura vier a sentar na cadeira de comando do Planalto a partir de janeiro próximo? Provavelmente não. E não sabe porque eles não disseram efetivamente ou desviaram a sua atenção com promessas vagas e inexequíveis. Sim, é razoável supor que muitos deles querem lhe enganar e acenar com o paraíso para conquistar o seu voto e nada mais. Esse filme já foi visto. Na eleição passada, Dilma Rousseff e a tropa petista venderam um festival de ilusões: luz barata, gasolina com tarifa congelada, inflação sob controle, empregos e renda subindo. Todo mundo depois pagou o preço de aceitar ser ludibriado. Deu no que deu. Por isso, qualquer desatenção agora pode ser fatal. Há no ar um festival de baboseiras para atrair os incautos. Ainda mais com a entrada em vigor do horário eleitoral gratuito na TV e os programas maquiados, repletos de jingles de motivação e mentiras a granel. Convence quem tem mais lábia, tiradas fáceis e saídas mirabolantes. 

No campo da fantasia, cada um dos postulantes escolhe à revelia as bandeiras marqueteiras como a tresloucada ideia de limpar o nome de 60 milhões de devedores do SPC em um passe de mágica. Não vai acontecer. Você sabe que não. Custaria perto de R$ 100 bilhões e o Orçamento Federal não comporta tamanho desatino. Nem negociando em parcelas, descontando aqui e acolá, somando a benevolência das instituições financeiras envolvidas. Pode esquecer. Fake news tripudiada nas redes sociais com uma montanha de memes.  Presidenciáveis se acham no direito de reduzir o anseio geral do povo a mero instrumento de manobra para alcançar seus próprios objetivos. Depois rasgam os compromissos firmados e jamais adotados. Esses ficam para as calendas. Sejamos realistas: não há, por exemplo, como falar em juros e câmbio controlados (a proposta está lá nas peças programáticas de certos presidenciáveis) sem que isso provoque um desarranjo geral e irresponsável da economia. É uma lorota pensar em tributar lucros e dividendos sem comprometer, seriamente, a capacidade de investimentos e da geração de empregos das empresas.

Uma coisa segue ligada a outra como numa equação direta e transitiva. Se o lucro for comprometido, os projetos de expansão e a abertura de novas vagas seguirão pelo mesmo destino, qual seja: o da penalização inevitável, na ponta do processo, da camada da população de baixa renda. Diz o ditado: “não existe almoço grátis”, como também não ocorrem soluções simplistas e redentoras. Um pouco mais de atenção a essas armadilhas dos postulantes pode evitar dissabores mais adiante. O País já se mostra desiludido, desenganado em demasia, para ser levado por novas gambiarras. O mais valioso mecanismo, a arma certeira, contra o atual estado de anarquia política é o voto, que deve ser usado com critério. De maneira calculada e cirúrgica. Nada de votos de protesto ou em branco, ou nulo. Se você não escolhe, outros o farão por você. E, se escolher mal, sentirá mais à frente as consequências.

Candidatos evitam neste momento tratar de medidas amargas, mesmo que vitais e inadiáveis. A Reforma da Previdência, por exemplo. Não há quem não fale em revisá-la. As contas públicas estão no limite da insolvência, o rombo do déficit não pára de crescer, a ameaça de calote nas pensões e benefícios é real e, mesmo assim, a maioria dos postulantes insiste em começar o projeto todo de novo, como se houvesse tempo hábil para tanto. Faltam responsabilidade e sinceridade de quem, neste momento de campanha e da busca ensandecida por simpatizantes, encara os desafios como meros erros do passado facilmente suplantáveis. Não é bem assim. A gravidade do quadro após anos de recessão está a exigir a escolha de um mandatário compromissado com a disciplina dos gastos públicos, o equilíbrio fiscal e o incremento do comércio exterior para ampliar fontes de recursos. Tarefa dificílima, para a qual não cabem platitudes e roteiros fantasiosos. Não se deixe enganar.


Carlos José Marques, diretor editorial da Editora Três - IstoÉ


domingo, 26 de agosto de 2018

Na TV, Meirelles vincula sua candidatura a Lula

A estreia dos presidenciáveis no horário político na televisão ocorrerá no próximo sábado, 1º de setembro. Mas Henrique Meirelles (MDB) já veiculou nas redes sociais o que chama de “primeiro programa”. Nele, o candidato do partido de Michel Temer recorre à mistificação para induzir o eleitor a acreditar que ele dispõe do apoio de Lula. Extraída de gravações antigas, a voz do ex-presidente petista soa na peça duas vezes. Em ambas Lula elogia Meirelles. “Tenho muito respeito pelo Meirelles. E devo a esse companheiro”, diz Lula na primeira participação involuntária. “Eu precisava de alguém competente no Banco Central”, declara o cacique do PT noutro trecho. Meirelles presidiu o Banco Central durante os dois mandatos presidenciais de Lula, de 2003 a 2010. Sob Michel Temer, Meirelles foi ministro da Fazenda. Deixou o cargo há apenas quatro meses. Mas não faz questão de vincular sua imagem à figura tóxica do ex-chefe.

[traição = Henrique Meirelles.

Meirelles se sente bem traindo. Lembram que em 2002 ele foi candidato a deputado e foi eleito com mais de 150.000 votos.

Bastou o agora presidiário Lula estalar os dedos e convidar para o banqueiro ser ministro e Meirelles sem pestanejar traiu todos que votaram nele para deputado.

Agora mesmo tendo sido ministro de Temer, amarra sua candidatura a Lula.

Apesar de que se tratando do atual presidente tudo é possível que já declarou, em alto e bom tom, que votará em Haddad se houver segundo turno e o procurador de Lula estiver entre os dois concorrentes.]

Além do áudio, Lula está presente no vídeo de Meirelles em fotos e vídeos. Quanto a Temer, nem sinal. O atual presidente, reprovado por sete em cada dez brasileiros, mereceu de Meirelles apenas uma citação anódina: “O mundo para mim não se divide entre quem gosta do Lula de um lado e quem não gosta. E entre quem gosta do presidente Michel Temer e quem não gosta. Para mim, se divide entre quem trabalha quando o Brasil precisa e quem não trabalha quando o Brasil precisa.”

Empacado nas pesquisas na marca de 1%, Meirelles encosta sua candidatura em Lula num instante em que o candidato-presidiário do PT acaba de amealhar 39% no Datafolha. Na bica de ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa pelo TSE, Lula indicará como seu substituto o petista Fernando Haddad, hoje com 4% das intenções de voto. Meirelles aproveita a transição da campanha petista para tentar tirar uma casquinha no prestígio eleitoral de Lula. O candidato revela-se capaz de tudo, menos de defender Michel Temer da má fama que o persegue na campanha de 2018.

A propaganda associa Meirelles ao vocábulo “confiança”. O mote da peça é “Chama o Meirelles”. Ironicamente, após realçar que foi chamado por Lula para o Banco Central, o candidato apresenta-se ao eleitor como responsável por retirar a economia do país da “UTI” em foi metida por Dilma Rousseff. “Eu sei quando e por que governos anteriores erraram”, diz Meirelles no vídeo, tendo ao fundo imagens de uma Dilma transtornada, oscilando entre a carranca e uma expressão de sombrio desânimo.

Numa campanha marcada pela verba curta, o marketing de Meirelles é 100% financiado por sua fortuna. E o candidato não parece preocupado em economizar. Não faltam à propaganda inaugural as trucagens e uma certa espetaculosidade hollywoodiana —trilha animada; cenas externas; voos sobre estrada, ponte, rio e campo.
Tudo faz crer que a pujança das arcas da campanha de Henrique Meirelles será inversamente proporcional à penúria do cesto de votos do candidato, condenado a percorrer a campanha tentando se livrar da bola de ferro representada pela impopularidade de Michel Temer.

Blog do Josias de Souza

[o melhor de tudo é que não haverá segundo turno = Bolsonaro ganha no primeiro;
havendo algum acidente de percurso que leve a um segundo turno Bolsonaro estará lá e dificilmente Haddad será o adversário.
Outra certeza é que em um hipotético segundo turno  Meirelles não estará lá.
Também é certo que Meireles deverá vencer a disputa entre os três candidatos menos votados.]
 

 

sábado, 18 de agosto de 2018

Lula é apenas um presodenciável

Desde o final dos anos 1970, Luiz Inácio Lula da Silva está presente na cena política. 

Como presidente de sindicato liderou três grandes greves. Todas fracassadas. Porém, aparecia como vitorioso, o dirigente autêntico dos metalúrgicos, mesmo derrotado. [pela manhã, no Vila Euclides,  insuflava com discursos inflamados a turma de babacas do 'sindicato dos metalúrgicos'  a fazer e acontecer.
No final da tarde ia para a sede da FIESP encher a cara com uísque escocês - ao lado dos patrões.
Após, antes de ir para casa, ainda alcaguetava os companheiros metalúrgicos para o delegado Romeu Tuma.]
Em 1982, ficou em quarto lugar, na eleição para o governo do estado de São Paulo. Mesmo assim, foi considerado o vencedor moral. Tinha na imprensa e na universidade devotos que o transformaram em símbolo maior do novo Brasil que surgia em pleno processo de redemocratização. Candidatou-se à Assembleia Constituinte. Foi eleito com uma grande votação — o PT fez campanha quase que exclusivamente para ele. Era uma forma de registrar que não aceitava qualquer tipo de concorrência, especialmente no “seu” partido. Teve uma atuação pífia na Constituinte. Notabilizou-se pelas noitadas acompanhado de parlamentares, um deles teve papel central na confecção da nova Constituição. Desiludiu-se do Parlamento. Lá tinha de apresentar qualidades que não possuía. Odiava ler, debater e encontrar saídas para as divergências. Desejava — e não conseguia — ser idolatrado. Desprezava ser “apenas” um constituinte.

Candidato à Presidência da República, surpreendentemente foi ao segundo turno, porém não conseguiu enfrentar as tensões daquele momento. No debate final que antecedeu à eleição, foi derrotado pelo seu oponente, Fernando Collor. Mas logo seus seguidores apresentaram outra versão: Lula estava abalado emocionalmente e foi prejudicado pela edição do debate, no dia seguinte, realizado pela emissora que promoveu o evento — o que é uma falácia.

Concorreu e perdeu duas vezes enfrentando Fernando Henrique Cardoso. Como de hábito, as derrotas — as duas no primeiro turno! — foram transformadas em vitórias. Na quarta tentativa, em 2002, apresentou-se com novo figurino. O ídolo tinha descido à terra. Era — momentaneamente — um simples mortal. Venceu. Contou com a ajuda indireta do seu opositor nas duas eleições anteriores que fez corpo mole, desinteressando-se em eleger seu sucessor. Governou despoticamente. Organizou o maior esquema de corrupção da história. Teve como princípio não ter princípio. Cooptou por meio do uso de recursos públicos grande parte da elite política e econômica. Elegeu duas vezes Dilma Rousseff. Graças à Lava Jato acabou na cadeia. Deve por lá permanecer. Hoje é um presodenciável, nada mais.
Graças à Lava Jato, Lula acabou na cadeia. Deve por lá permanecer. Hoje é um presodenciável, nada mais


 

terça-feira, 24 de julho de 2018

O condenado mais inocente do mundo e Dilma, uma pedra no caminho de Pimentel



E o mundo não reage. Ninguém reage.

Insiste em dizer a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, que se a Justiça apresentar uma prova da culpa de Lula, uma única reles prova, ele não será candidato a presidente. Então se resignará a cumprir a pena de 12 anos e um mês de cadeia pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Quer dizer que nenhuma das provas que o condenou foi convincente? Que errou o juiz Sérgio Moro ao condená-lo, e depois erraram os juízes do tribunal de Porto Alegre que por duas vezes o condenaram? Sem falar dos juízes dos tribunais superiores que negaram todos os recursos de sua defesa até aqui?

E o mundo civilizado não reagiu contra tão escandalosa injustiça? Somente os governos da Venezuela, Cuba, Bolívia e Nicarágua reagiram? Os Estados Unidos não? Nenhum país europeu? A China calou-se? A Rússia nada disse? Calada ficou a Organização das Nações Unidas? [a ONU não ficou calada; ao contrário, se manifestou contra a libertação de Lula.]  Barbaridade!

O mais trágico é ver os brasileiros assistirem sem revolta a prisão do mais popular presidente que o país já teve, não é verdade? Pelo menos 30% desse povo dizem que votariam em Lula outra vez, mas é só. Nada fazem. Não vão às ruas para protestar. Não incendeiam o país como tanto temeram ministros do Supremo Tribunal Federal. Povo ingrato, esse. Ou povo sábio que não se deixa enganar por um político preso travestido de preso político.


O PSDB mineiro agradece


Tudo ficaria mais fácil para que o governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) pudesse se reeleger se a ex-presidente Dilma Rousseff desistisse de ser candidata a senadora.  Foi por causa da candidatura dela que o PMDB mineiro abandonou Pimentel e entrou em crise. Pimentel havia prometido ao PMDB uma das duas vagas de senador em sua chapa. Dilma ocupou-a.

O PMDB se reconciliaria com Pimentel se pelo menos Dilma fosse candidata a deputada federal. Mas aí é Dilma que não quer. Ela acabaria ajudando a eleger candidatos do PMDB a deputado.  E Dilma não perdoa o PMDB por ter conspirado para derrubá-la da presidência da República. O PSDB agradece a ajuda de Dilma para eleger Antonio Anastasia governador de Minas.

Blog do Noblat - Veja